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Estudante:
Ricardo Osvaldo Marcelino Nhanombe
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Encontramos a seguir cinco (5) perspectivas referenciadas por Kehinde (2012):
Perspectiva processual – baseia-se na ideia de que a organização de optimizar as pessoas dentro
da organização, pois acredita-se que o sucesso de uma empresa alcança-se por ter talento certo.
Perspectiva Cultural – o desenvolvimento do talento de todos os colaboradores deve ser
apreciado, permitindo às pessoas explorarem o desenvolver o seu talento.
Perspectiva competitiva – deve-se potenciar os colaboradores. Acelerar o desenvolvimento de
um segmento de pessoas.
Perspectiva do planeamento RH – a gestão do talento é ter as pessoas certas, no lugar certo, na
altura certa e a fazer as coisas certas.
Perspectiva da Gestão da Mudança – usa o sistema gestão de talento como parte de uma
estratégia de RH mais alargada para a mudança organizacional. Incorporação do sistema de
gestão de talento na organização como parte de um processo de mudanças mais alargado.
Gestão de talento
Gestão de talentos é a combinação de esforços e incentivos estratégicos com o objectivo de
atrair, contratar e reter profissionais de destaque, talentos, na empresa.
O mercado de trabalho, em função da sua globalização, passou a desenvolver actividades mais
complexas requerendo para o seu desenvolvimento, capital humano com mais competências,
para manter as empresas competitivas. Dentro das estratégias de gestão de talentos devem
constar as práticas de atracção e identificação, desenvolvimento e retenção de talentos. Pois,
segundo Santos (2018), cada vez mais as empresas disputam a contratação e manutenção de
recursos humanos qualificados.
As práticas terão que funcionar como factor de diferenciação e, neste pressuposto, a GRH, pela
necessidade de cumprir as metas da organização mediante o desempenho das pessoas tem um
papel fundamental.
Na atracção de profissionais com talento, há que identificar as competências chave do negócio e
debruçar as práticas de atracção, tal como posteriormente as práticas de retenção, nessas mesmas
competências para que o negócio se desenvolva. Sendo que a gestão deve incidir nas posições-
chave e não em todas as funções e/ou trabalhadores tal como se clamava na tradicional GRH.
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Como prática primordial de captação de talentos deve consistir em programas de estágios .
Outra estratégia de atracção e, por inerência, de retenção é a necessidade de existir uma cultura
interna que fomente uma imagem de marca (employer branding). Um conceito suportado na
definição geral de marca, utilizado para identificar as empresas que projectam a imagem de um
óptimo lugar para trabalhar, na mente dos actuais trabalhadores e no mercado de trabalho. A
construção da marca da organização, enquanto estratégia continuada, facilita o recrutamento de
talentos e promove a celeridade deste processo.
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necessidades do negócio. Daí a pertinência, de que os gestores de RH estejam na linha da frente,
na luta pelo desenvolvimento de competências individuais e pelo crescimento da qualificação da
organização; exige-se que contribuam para o desenvolvimento de líderes da organização e exige-
se que sejam os consultores capazes de ajudar a organização a conseguir desempenhos de
excelência. Nesse sentido, as práticas de gestão de talentos têm de ser coerentes com o
planeamento estratégico das práticas da gestão de pessoas e, por sua vez, integradas na presente
missão estratégica da empresa e na sua visão para o futuro.
No actual contexto, as contrapartidas remuneratórias, estabilidade de emprego e progressão na
carreira, que foram o grande veículo de atracção e retenção de trabalhadores, nesta nova era da
relevância do talento apontam como contrapartidas mais desejadas:
Realização, crescimento e desenvolvimento, reconhecimento na família, na empresa e na
sociedade, poder e sucesso. Estas necessidades diferenciadas são o reflexo das necessidades de
uma nova geração que, confirma que a estabilidade e segurança enquanto contrapartidas e
benefícios associados à remuneração, que funcionou como matriz referencial do mercado de
trabalho, foi substituída pelo interesse em projectos, mais que por um emprego para toda a vida,
o qual está associado a uma geração que parece não se sujeitar a condições de trabalho que não
se coadunem com as suas aspirações. Estas diferentes perspectivas de encarar a vida profissional
tornam-se marcantes para a determinação das estratégias de atracção e retenção de talentos.
Socialização organizacional
A socialização corresponde a um processo onde é fornecido a oportunidade para o funcionário
clarificar as suas competências, comportamentos previstos, valores e conhecimentos sociais
necessários ao seu direccionamento como membro integrante da entidade.
Segundo Berger e Luckmann (2014), o conceito de socialização pode-se ramificar em primário e
secundário. A socialização primária remete-se àquela em que a pessoa experiência na sua
infância e em virtude da qual se torna membro da sociedade, enquanto a socialização secundária
desenvolve-se quando o ser humano, já socializado primariamente, insere-se em novas
dimensões da sua sociedade.
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Os intervenientes inseridos no processo de socialização originam uma possibilidade de mudança,
tendo por base o princípio de que este conceito se encontra sempre em constante
desenvolvimento e nunca ficará inteiramente concluído (Silva & Fossá, 2013).
Este processo desenvolve-se sempre no contexto de uma estrutura social específica, envolvendo
a transmissão de informações e valores. Para admitir um novo colaborador é fundamental
proporcionar boas condições de socialização e integração para que o mesmo se sinta parte
integrante da organização. Contudo, nem sempre este aspecto é tido em consideração por parte
das empresas através da escassez de tempo e recursos para uma preparação prévia e consequente
planificação, sendo que uma boa integração poderá enraizar as primeiras bases para estimular e
manter os funcionários (Nasr, 2019).
Para os novos colaboradores, as chefias correspondem à principal fonte de informação, onde
podem adquirir conhecimentos relativos às tarefas, grupos de trabalho e a organização, bem
como feedback técnico, normativo, social e de desempenho.
Tendo em consideração que as dinâmicas dentro de uma estrutura organizacional poderão sofrer
diversas alterações ao longo do tempo, o processo de socialização decorre durante toda a carreira
do colaborador.