Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
- bactérias são estruturas unicelulares, o núcleo não é bem organizado, não tem membrana nuclear, são
procariontes.
- material citoplasmático é bem misturado com a parte nuclear.
- a membrana citoplasmática de uma bactéria é muito parecida com a nossa -> feita de fosfolipídio de
membrana.
- em volta da membrana citoplasmática tem uma camada dura e grossa que protege a bactéria que se chama
peptideoglicano.
- a membrana externa é feita de lipídeo e gordura.
- o S. pyogenes é causador de infecções comuns como erisipela. Não existe outro germe que dá erisipela, o
Stafilo até dá, mas é uma erisipela bolhosa (mais cheia de secreção purulenta).
- o S. pyogenes faz amidalite purulenta também.
- o S. viridans é causador de cárie dentária.
- S. agalactiae é mais na criança.
- Moraxella catarrhalis pode até dar sinusite, mas não é tão comum assim.
- a penicilina também age porque o coco gram negativo não tem a gordura que nem a do bacilo, então, a
penicilina até consegue agir.
- causadores de infecção urinária, infecção hospitalar grave, pode também ser causa de infecção
comunitária.
- Salmonella pode dar diarreia.
- toda vez que tiver uma sepse abdominal (quando tem fluido ou fezes dentro da cavidade – facada,
perfuração intestinal, volvo, apendicite perfurada...) tem que lembrar que tem BGN’s tipo E. coli e tem
Bacterioides.
- quando fala enterobactérias, inclusive Bacterioides, muda a nossa concepção de antibiótico, porque o
Bacterioides já é um anaeróbico. O antibiótico que vai pegar E.coli as vezes não age no Bacterioides, tem que
raciocinar clinicamente.
- outros BGN não necessariamente Enterobactérias podem estar no intestino ou não.
- Acinetobacter baumanni é uma bactéria terrível causadora de surtos dentro do CTI, é capaz de causar
mortes dentro do CTI.
- Haemophilus influenzae é causa de meningite, mas também de otite, sinusite.
- Legionella pneumophila é uma daquelas bactérias que não tem parede, é uma bactéria atípica que também
dá pneumonia atípica.
- OBS: Legionella, Clamydia e Mycoplasma são os 3 que não tem parede. Então, não adianta fazer
antibiótico que interfere na produção da parede celular.
- Pseudomonas é a grande vilã a nível hospitalar principalmente. Causadora não só de infecção urinária,
mas de infecção sistêmica, etc.
- Stenotrophomonas maltophilia e Burkholderia cepacia são duas pseudômonas não aeruginosas. Todas
elas causadoras de doenças hospitalar. São perigosas.
- o uso de antibiótico pode predispor o aparecimento do Clostridium difficile, e aí acontece diarreia. O
paciente pode morrer de superinfecção pelo Clostridium difficile por causa do antibiótico. A colite
pseudomembranosa é causa de diarréia associada ao uso de antibióticos, sendo provocada por reaçao
inflamatória intestinal às toxinas do Clostridium difficile.
- um paciente com amidalite fez assoalho da orofaringe e mostrou Candida albicans, é errado o médico dá
um anti-fúngico. Candida está no assoalho da boca, pode crescer em qualquer assoalho.
- tem que ter raciocínio clínico, não é porque deu na cultura que vai dizer que é isso que está causando.
- biofilme predispõe em ponta de cateter o crescimento de determinadas bactérias. Cria basicamente um
meio de cultura para as bactérias.
- qualquer dispositivo interno pode ou não ser colonizado através de biofilme.
- a cárie dentária é um biofilme.
- a formação polimérica que dá rigidez a parede da bactéria, permitindo que ela não se arrebente coma a
entrada da água.
- dentro da célula bacteriana existe todo um processo enzimático para formar o precursor da parede.
- o precursor será polimerizado através de enzimas chamadas PBP (proteína ligadora de penicilina).
- PBP’s são enzimas bacterianas que atuam no processo de biossíntese da parede celular bacteriana.
- os PBP são: transpeptidase, carboxipeptidase e endopeptidase. Essas enzimas que vão fazer a arrumação
final, e são elas que são inibidas pelo beta-lactâmico (penicilina, cefalosporina).
- tem bactérias que estão se transformando, mexendo no PBP para a penicilina chegar e não achar.
PENICILINAS:
- A) Fenoximetilpenicilina - PENICILINA V
- B) Benzilpenicinlina - PENICILINA G -> Penicilina G Cristalina, Penicilina Procaína,
Penicilina Benzatina.
- C) Aminopenicilinas -> Ampicilina, Amoxacilina
- D) Isoxazoilpenicilinas -> Oxacilina
- E) Carboxipenicilinas -> Carbenicilina, Ticarcilina
- F) Ureidopenicilinas -> Piperacilina
- O seu mecanismo de ação é a inibição da síntese da parede celular bacteriana por interferência com a
síntese do peptidoglicano, bloqueando a fase final da sua produção.
- o espectro de ação das penicilinas são cocos gram positivo e cocos gram negativos (Neisseria
gonorrhoeae, Neisseriae meningitidis).
- é muito boa para anaeróbico que não produz beta lactamase. Todos os anaeróbicos da boca não produzem
beta lactamase. O que produz beta lactamase é o da barriga, o Bacterioides fragilis.
- age no Clostridium tetani que é um anaeróbico.
- em geral são destruídas por alguma bactéria que produz beta lactamase porque é beta-lactâmico. Exemplo
disso é o Stafilococos.
- age muito bem nas espiroquetas: Leptospira interrogans, Treponema pallidum.
- a penicilina não atravessa bem a barreira hematoencefálica, ela só passa na barreira inflamada, só em
meninges inflamadas. Então, é usada para meningite.
- a penicilina não é absorvível por via oral a princípio, mas quando coloca fenoximetil torna esse
antibiótico com uma certa lipossolubilidade.
- medicamento lipossolúvel é absorvível por via oral, enquanto que o medicamento hidrossolúvel não
consegue atravessar a barreira das células.
- a Penicilina V oral age em gram positivo. Mas é muito fraquinho, só vai atuar nas bactérias
hipersensíveis a penicilina.
- o porblema é que essa lipossubilidade da Penicilia V é irregular. É capaz de não ser absorvida se tiver
algum alimento junto.
- usa penicilina V oral em infecções leves, amidalite leve, erisipela leve, no streptococo de uma pereba de
uma criança.
- em uma pneumonia pneumocócica a penicilina age sobre o Pneumococo, mas precisa ter nível sérico para
chegar no pulmão.
- uma erisipela em que o individuo está com calafrio, ele está fazendo bacteremia, não adianta dá uma
penicilina v oral.
- penicilina v oral é um antibiótico limitado.
- o grupo das benzilpenicilina (penicilina G) não tem essa lipossolubilidade, é hidrossolúvel. Então, não
pode ser dada por via oral, só parenteral.
- são 3 apresentações: Penicilina G Cristalina, Penicilina Procaína e Penicilina Benzatina.
- usa penicilina G cristalina quanto tiver que fazer infusão venosa direto. Quando precisa de altas
concentrações séricas da penicilina.
- penicilina é eliminada pelo rim.
- meia vida da cristalina de 2 horas (disse que não vai cobrar posologia). Consegue fazer penicilina
cristalina de 4 em 4 horas.
- quando vai fazer penicilina G cristalina? Em doenças graves, quando precisa de alto concentração de
penicilina no sangue. Exemplo: pneumonia pneumocócica grave, uma sepsemia por pneumococo, uma
sepsemia por strepto, leptospirose, tétano, endocardite infecciosa (S. viridans), erisipela (não necessariamente,
a não ser que esteja toxicêmica, muito caída, prostrada).
- o tratamento da leptospirose é penicilina cristalina.
- abscesso pulmonar acontece no paciente que tem má conservação da boca, tem muito anaeróbico. Comum
nas pessoas que usam drogas, que bebem muito e vomita e depois aspira isso, levando a microbiota da boca
para o pulmão e faz um abscesso pulmonar. Tem um hálito horrível. Penicilina cristalina age no anaeróbico de
boca.
- não tem toxidade, porém a hipersensibilidade é o problema da penicilina.
- choque anafilático é mais raro de ocorrer na penicilina cristalina, é mais comum de ocorrer com a
Benzatina.
- Penicilina Benzatina tem um depósito grande, em 30 dias ainda está presente se dosar a penicilina no
sangue.
- a quantidade de penicilina no sangue é mínima, por isso que penicilina Benzatina é o pior antibiótico que
existe, não funciona praticamente pra nada.
- funciona para pouquíssimas coisas porque a concentração sérica dela é mínima.
- para o que que serve a penicilina Benzatina? Para duas situações terapêuticas: infecção da sífilis (primária
ou secundária) e tratamento de infecção streptocócica leve (impetigo, amidalite não tão purulenta).
- infecção de sífilis terciária com manifestação neurológica, por exemplo, não adianta fazer penicilina
Benzatina, tem que fazer penicilina cristalina.
- pode fazer penicilina benzatina também como profilaxia: profilaxia no paciente com predisposição a
erisipela (erisipela de repetição), paciente que tem amidalite de repetição, profilaxia de febre reumática.
- edema linfático predispõe a erisipela, quem já teve uma vez só na vida erisipela tem predisposição de ter a
segunda.
- é muito errado passar Benzetacil para um paciente com um furúnculo, porque primeiro que 99% dos
stafilos são resistentes a penicilina e segundo porque tem uma secreção purulenta ali e o antibiótico nunca vai
entrar.
- outro erro: paciente no pronto socorro que pisou no prego, e faz benzatina para prevenção do tétano. A
profilaxia de tétano nunca se faz com antibiótico penicilina. Tetraciclina é o único antibiótico que tem efeito
no caso de tétano.
- benzatina expõe muito antígeno, por isso que as alergias da benzatina são mais graves do que as outras. É
mais relacionada a choque anafilático, a edema de glote.
- as Aminopenicilinas aumenta a lipossolubilidade, melhor que a penicilina v oral, porque aumenta
lipossolubilidade não só de absorção mas também de ampliação daquela camada de gordura da bactéria.
Então, agora a Ampicilina e a Amoxacilina age também em BGN que não produz beta lactamase.
- vai continuar atuando muito bem em pneumococo e strepto porque todos eles agem em cocos gram
positivos -> muito bom para pneumonia pneumocócica, doença de streptococo, infecção de garganta.
- também age na E. coli da rua, no Proteus da rua, na Klebsiella da rua. Quando se fala rua é porque as do
hospital que produz beta lactamase (as da comunidade a princípio pode até produzir, mas em geral não).
- é uma droga que pode usar em gram negativo, mas é suscetível ao beta lactamase.
- pode ser dada por via oral, venosa e intramuscular.
- Amoxacilina absorve mais que a ampicilina e tem uma meia vida um pouco mais longa.
- ampicilina passa um pouco melhor que a penicilina pela barreira hematoencefálica, mas acaba não
usando.
- o grupo das Carboxipenicilinas (Carbenicilina, Ticarcilina) parou de fabricar, não existe mais.
- a Ureidopenicilinas passou a ter uma solubilidade só especificamente para ampliar o espectro de ação.
- a Piperacilina é um antibiótico espetacular porque praticamente atua em todos os BGN, inclusive
Pseudomonas.
- piperacilina está sempre associada com o Tazobactam (inibidor da beta lactamase).
- é o antibiótico que é reservado e guardado para o CTI ou para casos muitos graves.
- piperacilina com tazobactam (pipetazo) atua em pseudomonas, em anaeróbicos.
- se é um paciente que chega da rua com infecção comunitária não justifica fazer piperacilina.
- infecções hospitalares: infecção por sífilis, amidalite purulenta, meningococcemia, celulite molhada.
- se tem pus, se são mais molhadas pensa-se mais em Stafilo, se é mais perebenta, crostosa, mais seca
pensar em Strepto. Isso não regra.
- se tiver um paciente com amidalite purulenta (Streptococcus pyogenes 90% dos casos) não cabe fazer
esses antibióticos porque o streptococcus não produz beta lactamase.
- se tiver uma pneumonia lobar com broncograma aéreo típico de Pneumococo, não cabe fazer esses
antibióticos. O ideal é fazer Penicilina pura.
- na erisipela vai fazer amoxacilina + ácido clavulânico? Não, porque streptococo não produz beta
lactamase.
- piperacilina + tazobactam: droga reservada e excelente para pseudômonas, anaeróbico, gram negativo.
- dos ATB falados até agora qual que usa em uma pneumonia pneumocócica? Qualquer penicilina, mas não
vamos usar benzatina, nem penicilina v oral e nem piperacilina + tazobactam. Pode-se usar ampicilina pura.
- pode tratar pneumonia pneumocócica com amoxacilina oral.
- a resistência hoje no Brasil contra Pneumococo para infecção respiratória não chega a 5%. Ainda é
racional o uso da penicilina.
- a resistência contra Pneumococo para infecção cerebral, para meningite é suficiente. Não pode fazer
penicilina e nem cefalosporina sozinha, tem que fazer vancomicina.
- o Streptococcus viridans é o grande causador da forma subaguda da endocardite, porque a forma aguda é
o Staphylococcus aureus.
- se tiver que fazer antibiótico em um abscesso, qual que pegaria o stafilo? Oxacilina.
- celulite peri-orbitária não é muito molhada, não dá para afastar Strepto, mas é muito comum de acontecer
isso no Stafilo. Se está em dúvida se é Stafilo ou Strepto, é melhor fazer Oxacilina porque age bem no Stafilo
mas também age no Strepto.
- qual a diferença de celulite para erisipela olhando para uma pele avermelhada? A erisipela consegue-se
desenhar a lesão (sabe o que é pele normal do que não é pele normal).
- germe causador da erisipela é o Streptococcus pyogenes. É sensível a penicilina.
- paciente com lesão na palma da mão característico de sífilis secundária o tratamento é penicilina
benzatina.
- a hipersensibilidade é o problema dos beta lactâmicos.
CEFALOSPORINAS:
- é um beta lactâmico também.
- quem é alérgico a penicilina pode ser também alérgico a cefalosporinas, mas não é uma regra.
- é dividido em gerações que não tem haver com época de descoberta e sim com características
farmacocinéticas e farmacodinâmicas.
- todas as 5 gerações atuam muito bem em gram positivo (cocos gram positivo tipo strepto e pneumococo).
- a de primeira geração de uso parenteral é
basicamente a cefalotina e a cefazolina.
- esse grupo da primeira geração é muito parecido
com a amoxacilina e ampicilina. Tem aquela
lipossolubilidade de atuar nos gram negativos
comuns da comunidade.
- age bem no E. coli, na Klebsiella.
- atua bem nos gram negativos comuns (BGN de
comunidade), coco gram positivo (strepto,
pneumococo) e no Stafilo.
- BGN como Proteus, E. coli ...
- pode ser usada na infecção urinária (E. coli).
- as cefalosporina de 1ª geração são uma ótima opção para Stafilococcus na mesma proporção de potência
da Oxacilina, por isso que é tão usado para infecções de pele, para profilaxia cirúrgica.
- pode usar em pneumonia.
- pode usar cefalosporina de 1ª para várias infecções para gram positivo e alguns gram negativo
comunitário.
- se o Stafilo for resistente a Oxacilina (MRSA), vai ser também resistente a cefalotina e as outras de 1ª
geração.
- cefalotina (IV) pode ter algum grau de toxidade renal se associada com aminoglicosídeo (que também é
nefrotóxico) e se associada com furosemida.
- cefazolina mesma coisa, só que tem uma meia vida melhor.
- cefalexina (VO) tem a vantagem de ser via oral -> serve para infecções cutâneas (erisipela bolhosa por
Stafilo, erisipela comum por Strepto), infecções respiratórias, para pneumococo, strepto, impetigo.
- furúnculo é stafilo, então, pode se fazer cefalexina.
- não serve para sinusite e otite porque podem ser causadas por Haemophilus e isso não pega Haemophilus.
- os de segunda geração perdem totalmente o efeito para Stafilo, mas continua pegando Strepto,
Pneumococo, amplia para anaeróbicos (começa a agir naquele Bacterioides fragilis) e amplia BGN.
- cefoxitina é uma ótima droga para anaeróbico.
- pega mais gram negativo, então, consegue agir nos gram negativo que também tem resistência, inclusive
que produz beta lactamase (?).
- cefoxitina passa a ser um ATB interessante porque é capaz de atuar em gram negativo e anaeróbico,
então, serve para infecção intra-abdominal, pé diabético, peritonite.
- existem 3 antibióticos que mais induzem resistência bacteriana: cefoxitina, imipeném e rifampicina.
- cefoxitina é preocupante, não é para usar durante muito tempo não porque induz resistência.
- a cefuroxima (IV) é de uso intravenoso também. Não tem a mesma atuação em anaeróbico, atua em
qualquer coco gram positivo menos Stafilo. Pode ser usada em várias situações de infecção pulmonar.
- cefaclor (VO) é de uso oral. Lançado para otite e sinusite porque atua muito bem no Pneumococo e no
Haemophilus (primeira geração não atua no Haemophilus, a segunda sim). É muito boa para infecções
respiratórias de uma forma geral.
- se tem um furúnculo, não adianta fazer cefaclor, porque é Stafilo. Tratar furúnculo só com os da primeira
geração.
- os de terceira geração continuam não atuando em Stafilo, pegam streptococo e pneumococo, mantém os
BGN da comunidade, pega Pseudomonas.
- tem bom efeito para E. coli, infecção por Klebsiella, por Proteus, funciona muito bem -> não hospitalar,
porque hospitalar produz beta lactamase.
- ceftriaxona tem a vantagem de ter uma meia vida longa, pode-se fazer uma vez por dia (seja na veia, seja
no músculo) em uma pneumomia pneumocócica, por exemplo, em uma infecção urinária mais grave.
- ceftriaxona é a droga padrão ouro no tratamento da meningoencefalite. É a que melhor ultrapassa a
barreia hematoencefálica.
- ceftriaxona é uma opção também para leptospirose, sífilis.
- ceftriaxona não atua em Pseudomonas.
- o problema da ceftriaxona é em recém nascidos porque pode deslocar a proteína da bilirrubina. Pode
desenvolver lama biliar em crianças.
- cefotaxima é uma droga parecida, mas que hoje em dia se usa menos.
- Com pequena atividade antipseudomonas: Cefotaxima, Ceftriaxone.
- Com potente atividade antipseudomonas: Ceftazidime.
- ceftazidima pega gram negativo, ultrapassa barreira também, só que atua muito bem em Pseudomonas.
(até agora tem duas drogas boas para Pseudomonas: Piperacilina (penicilina) e Ceftazidima
(cefalosporina) -> pergunta de prova).
- o de quarta geração é igual ao de terceira geração (ceftazidima), mas volta a pegar Stafilo.
- vai atuar muito bem em todos os gram negativos, cocos gram positivo, na Pseudomonas e tem efeito
contra Stafilo.
- das cefalosporinas, quem pega Stafilo é primeira geração e quarta.
- padrão ouro para imunodeprimidos que estão com febre (neutropenia febril).
- não pega anaeróbico.
- não sabe se é strepto ou stafilo: faz oxacilina ou cefalosporina de 1ª geração (cefalexina, cefalotina).
- a oxacilina, a cefalotina e a cefepime são mais potentes que a vancomicina, funcionam como mais
eficácia e além disso não tem a toxidade e são mais baratas.
- em uma pneumonia pneumocócica se usa uma penicilina, mas todos os outros antibióticos funcionam.
Pode fazer penicilina cristalina, procaína, amoxacilina, ampicilina, cefalosporina de 1ª geração, 2ª geração, 3ª
geração (ceftriaxona 1x por dia)... são muitas opções.
- padrão ouro da meningococcemia é ceftriaxona, pega tanto Meningo, Pneumo e Haemophilus (as 3
principais causas de meningite bacteriana).
- otite externa maligna é geralmente em pacientes imunodeprimidos, diabético ou idosos. O que causa isso?
Começa com uma otite crônica, faz lesão de camadas, leva a lesão do nervo facial até chegar no seio lateral do
SNC. A mortalidade chega a 90% -> é totalmente curável se pensar no diagnostico (otite que não melhora no
idoso diabético de 60 anos). O germe em 90% dos casos é Pseudomonas.
CARBAPENÊMICOS:
- é o grupo de antibióticos de maior largo espectro que pode existir. É quando não se tem mais o que fazer,
por exemplo, um paciente que está no CTI morrendo.
- o ATB final do paciente que morre geralmente é imipeném porque ele atua muito bem em todos os BGN
possíveis.
- o problema do imipeném é que ele não tem boa ação em Stafilo e também não é bom para anaeróbico.
- usado no paciente hospitalizado.
- imipeném é preocupante por causa da resistência.
- imipeném é um ótima opção para qualquer negativo, inclusive Pseudomonas.
- imipeném tem poucos efeitos colaterais, é um pouco mais caro.
- também pega cocos gram +.
- meropeném é muito parecido.
- Ertapeném pega os gram negativos todos, mas é muito bom para anaeróbicos e não atua em
Pseudomonas.
- ertapenem por pegar gram negativo e ser bom para anaeróbio é usado em qualquer infecção intra-
abdominal, na sepse abdominal, no pé diabético.
- Recapitulando: quais das penicilinas são boas para infecção intra-abdominal por pegar gram
negativo e anaeróbio? Qualquer penicilina associada a inibidor da beta lactamase.
- das cefalosporinas, qual que atua em gram negativo e anaeróbico? Segunda geração (cefoxitina).
- para gram negativo e anaeróbico: ertapeném, associação de penicilina com inibidor de beta
lactamase, cefoxitina.
- hoje existe a bactéria produtora de carbapenemase (KPC) que é a Klebsiella produtora de carbapenemase.
Perde-se o efeito do imipeném e tem que usar polimixina e tigeciclina.
- são infecções graves as vezes.
GLICOPEPTÍDEOS:
- é a Vancomicina e a Teicoplanina.
- servem só para gram positivo (strepto, stafilo e enterococo).
- vai usar eles quando o Stafilo for resistente a oxacilina (MRSA e Ca- MRSA).
- usa a Vancomicina no MRSA, no Pneumococo resistente, no Enterococo resistente. Só usa nessas
situações porque não tem a mesma potencia da oxacilina.
- causa nefrotoxidade, ototoxidade e degranula mastócito.
- paciente que toma vancomicina pode ter liberação de histamina (isso não é alergia) -> Síndrome do
Homem Vermelho.
- só vai usar quando não puder usar penicilina.
- vancomicina para qualquer outra bactéria não funciona.
- não é absorvida por via oral, só por via venosa. Se fizer injetado pode fazer abscesso.
- usa vancomicina oral em uma situação só: colite pseudomembranosa (causado pelo Clostridium difficile)
-> tratamento é quebrar a ampola e tomar.
- a Teicoplanina é menos tóxica, dá menos nefrotoxidade, ototoxidade e síndrome do homem vermelho.
Atua nos mesmos germes e pode ser feita uma vez por dia, mas é mais cara.
- porque a vancomicina causa tanta lesão assim já que ela age na parede celular? Porque é uma molécula
grande que toda vez que passa pelo capilar, ela machuca o capilar.
- Recapitulando os ATB que atuam em Stafilo: das penicilinas é a Oxacilina, das cefalosporinas a
cefalotina, cefalexina e cefazolina (1ª), cefepime (4ª) e ceftaroline (5ª), dos glicopeptídeos a vancomicina
e a teicoplanina.
- a Fosfomicina é uma droga antiga que saiu de circulação porque era barata. Era muito boa para tudo,
pegava bem gram negativo, todos os gram positivos inclusive Stafilo, pegava Pseudomonas.
- hoje ela vem junto com a substancia trometamol que é uma substancia que segura a fosfomicina e quando
ela passa no epitélio, é liberada uma quantidade muito pequena, então, ela não consegue atingir nível sérico
em luar nenhum além do rim e da bexiga.
- ela só serve para infecção urinária baixa na mulher. Primeira escolha.
- efeito colateral praticamente zero.
- um paciente que está cateterizado com infecção urinária no hospital, não é uma E. coli boba, é uma E. coli
ou Klebsiella perigosa que produz beta lactamase. Não adianta pensar em fazer amoxacilina pura, podendo
fazer até com acido clavulânico, mas as vezes, o tipo de bactéria que está lá é tão agressivo que nem o inibidor
de beta lactamase resolve. Nessa situação pode lançar mão da piperacilina + tazobactam, do imipeném, do
meropeném.
- se tiver um paciente com pneumonia hospitalar e tem respirador mecânico, tem que se pensar em dois
agentes: Pseudomonas e MRSA. Como vai tratar esse paciente? Tem que fazer esquema terapêutico:
vancomicina (MRSA) + pipetazo (Pseudomonas) ou ceftaroline (MRSA) + imipeném (Pseudomonas).
(PROVA).
- Paciente com furunculose ou celulite em volta, qual germe? Stafilo. O que faria nessa paciente?
Oxacilina.
- Pneumonia pneumocócica: amoxacilina, ampicilina, penicilina cristalina...
- Otite externa maligna (Pseudomonas): das penicilinas é a Piperacilina + Tazobactam, das cefalosporinas
são ceftazidima (3ª), cefepime (4ª) e ceftolozane (5ª), dos carbapenêmicos o imipeném e meropeném.
- Sepse abdominal (gram negativo e anaeróbico): qualquer penicilina com inibidor de beta lactamase,
cefoxitina (2ª), ertapeném.
RECAPITULANDO:
- Antimicrobianos que agem inibindo a parede celular são bactericidas. Então, aqui tem as Penicilinas,
Inibidores de Betalactamases, Cefalosporinas, Glicopeptídeos, Fosfomicina, Carbapenêmicos e Aztreonam.
Penicilinas:
- os agentes bacterianos mais susceptíveis são os cocos gram +, mas também agem nas espiroquetas, em
anaeróbicos de boca não produtores de betalactamases. Então, agem em: strep e pneumococo.
- a oxacilina é o único que age em stafilo não MRSA, porque é o único que tem resistência a beta
lactamase, e os outros restantes não.
- Penicilina V pode ser dada VO mas somente para infecções leves.
- por via parenterais: penicilina cristalina, procaína e benzatina.
- penicilina cristalina é usada na veia para infecções mais graves -> leptospira, pneumococo, streptococo,
endocardite e processo séptico.
- procaína e benzatina são de depósito IM, o que diminui a concentração sérica. Então, a procaína é para
infecções de média gravidade (pneumonia pneumococica, erisipela...), e a benzatina é para infecções de menor
gravidade ainda (infecção streptococica, sífilis e profilaxia para erisipela).
- a benzatina tem chance de fazer um processo alérgico maior, mais grave. Mas no geral são medicamentos
seguros, na maioria das vezes.
- quando inicia uma ampicilina, amoxacilina, tem a possibilidade de fazer via oral ou venoso (tem IM, mas
se faz venoso ou oral). Aumenta o espectro para gram negativos comunitários e é interessante para infecções
comuns, como strepto. Não age contra stafilo aureus, mas se dá muito bem com strepto de um modo geral e
BGN de rua.
- Oxacilina é especificamente para stafilo, mas também atua em strepto.
- Piperacilina + tazobactam tem espectro mais amplo, agindo inclusive em pseudomonas.
Inibidores de betalactamase:
- grupo de antimicrobianos que vou usar quando eu não sei se tal infecção tem bactérias que produzem beta
lactamase, quando não sabemos qual é o agente (otite e sinusite pode ter Haemophilus, pé diabético pode ter
anaeróbios e gram -, sepse abdominal pode ter gram – e anaeróbio também).
- não vamos usar essa droga para pneumonia pneumocócica nem para erisipela porque é Strepto e strepto
não produz betalactamase.
- Pipetazo (piperacilina + tazobactam) é usado para infecções mais sérias e mais graves.
- Avibactam + ceftazidine e ceftolozana + tazobactam são usados em infecções por pseudomonas mais
graves ou gram negativos mais hospitalares.
Cefalosporinas:
- 1ª geração tem uma boa atuação em gram + -> strepto, pneumococo, stafilo não MRSA e BGN de rua.
- gerações que atuam em stafilo: 1ª, 4ª e 5ª.
- stafilo MRSA é resistente a oxacilina, então, será resistente a cefalosporinas de primeira e quarta geração.
- cefalexina VO é uma boa opção para situações ambulatoriais.
- 2ª geração: Aumenta o espectro para gram-. E particularmente a Cefoxitina é boa opção para anaeróbio e
gram negativo, então, é boa para sepse abdominal e pé diabético.
- 3ª geração: perco espectro para anaeróbio mas ganho para gram negativo e mantém gram +.
- ceftriaxona é um ATB com espectro de ação bom e ½ vida longa (1x/dia, IM ou EV) e ultrapassa muito
bem a barreia hematoencefálica, então, é padrão-ouro para meningite. Também é bom para pneumonia
pneumocócica e para pileonefrite por E. coli.
- Ceftazidima é a de terceira geração que atua em pseudomonas.
- tem possibilidade para usar contra pseudomonas uma cefalosporinas de 3ª, 4ª e 5ª geração.
- 4ª geração: cefepime -> atua em staphylo não-MRSA, BGN, Pseudomonas, cocos gram positivos.
- 5ª geração: ceftaroline -> atua em staphylo comum e MRSA. Não atua em pseudomonas.
- ceftolozane é excelente para Pseudomonas resistente a tudo.
CONTINUANDO...
- Tetraciclina, macrolídeos, lincosamidas, cloranfenicol são ATB que agem na síntese proteica
(bacteriostáticos).
- tetraciclina, cloranfenicol... todas elas tem uma atuação a nível ribossomal. A única que faz uma diferença
é o aminoglicosídeo (bactericida), que interfere na leitura do RNAm fazendo com que fabrique proteínas
anômalas que levam a bactéria a morte, por isso que o único antibiótico que atua na síntese proteica e é
bactericida é o aminoglicosídeo, o resto tudo é bacteriostático.
- os que atuam a nível nuclear: as quinolonas, as sulfas, a rifampicina e anti-viral.
- tetraciclinas e os macrolídeos são bacteriostáticos (não agem na parede), têm espectro de ação semelhante
e amplo, mas o exagero da utilização deles no passado fez hoje ter muita resistência, perdeu-se muito a
potência, tornando a opção de uso dessas substancias mais limitada.
- uma característica desses dois antibióticos diferente dos beta lactamicos, é que eles não se concentram no
sangue em grande concentração, ou seja, não vão para o sangue fazendo uma concentração sérica importante.
Eles vão primeiro para os tecidos, tendo alta penetração tecidual e intracelular.
- vão primeiro para dentro da célula/tecido para combater a infecção, mas não se concentra no sangue.
Então, se um paciente tiver uma pneumonia pneumocócica e tiver fazendo bacterimia (paciente está tremendo,
tem bactéria no sangue), se faz amoxilina e uma eritromicina. A penicilina faz efeito em 24 a 48 h, acabando
com a febre porque se concentrou no sangue e retirou a bactéria do sangue. Com o macrolídeo ele ficaria com
febre mais uns 3 ou 4 dias porque ele vai na raiz para resolver o problema, entra dentro do tecido, sendo então
importantes para infecções intracelulares.
- a tetraciclina além de atuar em pneumococo, strepto e parcialmente em stafilo, também atua nas infecções
intracelulares.
- a Neisseiras faz infecção intracelular, então, a tetraciclina é uma droga interessante para gonococo.
Funcionava, a resistência aumentou.
- Chlamydia é intracelular, atuando a tetraciclina também nela.
- Lembrando das bactérias atípicas: Legionella, Chlamydia, Mycoplasma. Elas fazem infecção
intracelular (vai pouco para o sangue, é mais no tecido). A escolha terapêutica para essas infecções são
tetraciclina ou macrolídeos.
- em um quadro de pneumonia grave que não sabe qual o agente (pode ser pneumococo ou atípicos):
começa empiricamente ceftriaxona + macrolídeo.
TETRACICLINAS:
- Cloridrato de tetraciclina
- Fosfato complexo de tetraciclina
- Oxitetraciclina
- Minociclina
- Doxiciclina
- Age em: gram + e gram negativos de forma geral, mas com limitação devido à resistência. Também atua
em anaeróbicos de boca.
- único antibiótico que previne tétano.
- Muito usada hoje pelos urologistas pois atua muito bem em Chlamydia.
- Chlamydia pode causar pneumonia atípica e a trachomatis pode causar DST, uretrite e conjuntivite, por
isso que é muito usada por urologistas ainda.
- febre maculosa é uma infecção intracelular, também podendo ser usada tetraciclina aqui. não vai usar
penicilina aqui.
- ela age bem na Neisseria gonorrhoeae e na Neisseriae meningitidis. Durante um tempo usou essa droga
(hoje em dia não usa mais) para erradicar meningococo.
- Administração: é um antibiótico com boa farmacodinâmica e farmacocinética, boa absorção por via oral e
é excretada muito bem pelos tecidos superficiais (pele e saliva -> por isso é muito usada para gengivites e
infecções de pele como a acne rosácea - “Roacutan de pobre”).
- como ela atua bem em gram positivo e também em anaeróbicos de boca, dentistas sempre gostavam
muito de tetraciclina.
- o problema da tetraciclina é que é um quelante do cálcio, então, não pode ser administrado com leites ou
derivados porque atrapalha a absorção da tetraciclina (não dever ser usado em crianças em fase de
crescimento e em gestantes porque causa problemas de crescimento ósseo ou da formação do esmalte
dentário).
- a doxiciclina é menos quelante do cálcio.
- outro problema da tetraciclina é que dá muita intolerância do TGI (trato gastrointestinal), dá muito vômito
e enjoo.
- tetraciclina também pode causar tubulopatia, fazendo um quadro sugestível de Síndrome de Falconi.
MACROLÍDEOS:
- Eritromicina
- Espiramicina
- Miocamicina
- Roxitromicina
- Claritromicina
- Azitromicina
- Telitromicina
- Diritromicina
- Muito parecidos com as tetraciclinas, tem um espectro de ação semelhante, também age contra essas
infecções atípicas intracelulares.
- é “queimada” pelo uso.
- “quando não pode usar penicilina, dá eritromicina, se a pessoa é alérgica a penicilina, dá eritromicina”
- gestante que não pode tomar penicilina por algum motivo, toma macrolídeo.
- macrolídeo não é quelante do cálcio, então pode ser usada por crianças e gestantes.
- Age em: bactérias atípicas intracelulares. É uma opção à penicilina.
- a eritromicina dá muita intolerância do TGI, mas os macrolídeos mais novos, tipo claritromicina,
azitromicina e telitromicina são mais seguros nesse sentido.
- essas drogas tem uma ação melhor contra os germes que ficaram resistentes à eritromicina. Atuam muito
bem no pneumococo, no haemophilos (são drogas ótimas para infecção respiratória -> otite e sinusite).
- é uma opção ótima para o pneumococo resistente a penicilina.
- atuam na pneumonia atípica, então, pega praticamente essas pneumonias todas. Se não se sabe se é
pneumococo ou Haemophilus ou uma pneumonia atípica, faz macrolídeo.
- é interessante para Clamydia e para gonococo.
- azitromicina tem um efeito pós antibiótico muito interessante. Depois que entra no tecido, ela fica ali
dentro, a ponto de ser possível tratar uma pneumonia só com 3 dias de antibiótico, porque se dá antibiótico por
3 dias, mas ele vai ficar lá dentro por coisa de 7 a 10 dias.
- Espiramicina é a droga de escolha quando tem uma gestante que tem toxoplasmose e o neném
ainda não foi comprometido, é uma proteção contra toxoplasmose congênita -> impregna na placenta,
fazendo uma proteção/barreira para que o feto não seja infectado.
- Azitromicina é uma opção terapêutica contra toxoplasmose em quem é alérgico a sulfa, porque a sulfa é o
padrão-ouro para a toxoplasmose.
- outro probleminha é a competição com proteínas de transporte. Pode deslocar algumas reações podendo
interferir em alguns medicamentos como xantinas e digitais.
- todos esses macrolídeos são VO, mas no CTI sempre tem a forma injetável da claritromicina e
azitromicina.
- quando chega um paciente grave com pneumonia severa, faz ceftriaxone (não sabe o que é) +
claritromicina para combater pneumococo agressivo ou um germe atípico.
- muito comum usar claritromicina para infecções de otite, sinusite (Pneumococo e Haemophilus) e
amigdalite (strepto).
LINCOSAMIDAS:
- Lincomicina (parou de fabricar)
- Clindamicina
- Muito parecidos com macrolídeos, mas não tem muito efeito intracelular.
- lincosamidas são os melhores antibióticos que penetram no osso.
- Age em: cocos gram + (stafilo, strepto e pneumococo), anaeróbios (todos, inclusive bacterioides fragilis),
protozoários e no fungo pneumocisti jirovetti.
- é uma opção muito interessante para stafilo.
- clindamicina não tem ação nos gram negativos.
- Administração: VO ou EV, então, além de cefalexina para furúnculo, agora tem a clindamicina também
como opção por via oral.
- clindamicina por agir em anaeróbicos e stafilo é uma opção para pé diabético, mas tem que associar com
alguma droga que age em gram negativos.
- pé diabético e sepse: clindamicina + ceftriaxone (1ª opção de acordo com a academia americana de
angiologia).
- a clindamicina tem efeito antinflamatório, tem efeito de quebrar esse desencadear de citocinas na
formação de grandes quantidade de pus e necrose (usada na sd. de founier e no choque séptico de gram+).
- por atuar em protozoários, é uma opção ótima para toxoplasmose. Em quem tem alergia a sulfa, a
clindamicina é excelente. Também serve para neurotoxoplasmose e para malária.
- o fungo pneumocisti jirovetti é o causador mais importante da pneumonia no HIV+. Funciona muito bem,
mas a sulfa é a primeira opção para o tratamento, mas caso seja alérgico a sulfa, pode usar clindamicina.
- Penetra bastante no osso: usado na osteomielite.
- Efeitos adversos: pode causar diarreia e é o principal causador da colite pseudomembranosa (diarreia
muito volumosa com sangue e muco). Outro problema é que ela potencializa o efeito curárico (curárico faz
bloqueio neuromuscular, então, a paciente pode sair do centro cirúrgico e fazer uma parada cardiorrespiratória
e morrer).
CLORANFENICOL:
- muito usada no passado (pneumonia, infecção urinária, infecção de próstata, meningite...), mas hoje tem
muita resistência.
- era o ATB que melhor se distribuía pelo corpo todo, inclusive ultrapassava a BHE facilmente (abscesso
cerebral). Podia usar para tratar meningite.
- com o uso abusivo, se perdeu essa funcionalidade toda, então, hoje tem pouca opção de se usar
cloranfenicol.
- Age em: gram +, gram -, anaeróbios. Tem muito efeito intracelular tb.
- Hoje usa muito para anaeróbios (inclusive Bacterioides fragilis), é excelente para eles. (clindamicina e o
cloranfenicol são muito bons para anaeróbios).
GLICILCICLINA:
- Tigeciclina
- tigeciclina é recente.
- derivado da tetraciclina.
- Age em todos os microrganismos menos a pseudomonas.
- pega strepto, pneumococo, stafilo normal, stafilo MRSA, pneumonia atípica, anaeróbico.
- não é racional usar ela em tudo, é reservada para CTI.
- nos EUA é usado apenas para infecções intra-abdominais severas e pé diabético.
- Administração: EV.
- pouco efeito colateral.
AMINOGLICOSÍDEOS:
- Estreptomicina
- Amicacina
- Netilmicina
- Neomicina
- Gentamicina
- Tobramicina
- Espectinomicina
- Paramomicina
- só usado via oral no paciente cirrótico que tem uma hipertensão portal, que tem uma varizes esofagianas
que tem risco de sangrar, porque se ele sangrar, a microbiota vai processar as proteínas e gerar aminas, que se
transforma em amônia no sangue e o paciente pode entrar em coma hepático. Tem que diminuir sua
microbiota.
- Efeitos adversos: ototóxico e nefrotóxico (igual a vancomicina).
- também potencializa o efeito curárico (parada cardiorrespiratória pelo bloqueio neuromuscular).
SULFAS:
- Sulfadiazina + pirimetamina
- Sulfametoxazol + trimetoprim
- Sulfamoxol
- Sulfadoxina
- Sulfadiazina de prata
- Sulfasalazina
- a sulfa tem sua molécula parecida com o PABA e a bactéria usa o PABA para comer e fazer seu processo
metabólico interno, mas a sulfa vai inviabilizar o processo metabólico da bactéria. Isso acaba também
interferindo na formação de ácido fólico humano e por isso quem toma sulfa tem que repor o ácido folínico.
- Bactrim (Sulfametoxazol + trimetoprim) é uma droga exageradamente usada. Passou a perder muito
efeito (70% das E. coli são resistentes). Mas ainda se mantém para pneumococo, strepto, stafilo.
- Agem em gram + (strepto, pneumococo, stafilo da comunidade (CA-MRSA), os outros stafilo pode usar
mas tem bastante resistência). Pode agir em gram negativos como E.coli.
- tratamento de escolha do CA-MRSA é sulfa.
- Reservada para infecções específicas como pneumocistose e paracoccidiose.
- padrão ouro para o tratamento da toxoplasmose.
- paciente com AIDS se beneficia muito com a sulfa, pois pode-se fazer profilaxia da pneumocistose com a
sulfa, prevenindo uma pneumonia no paciente com CD4 baixo.
- ainda pode usar em gram -, como E. coli (usada em diarreias toxêmicas e enteroinvasiva), mas tem muita
resistência. Usar para uma infecção de pele é meio inseguro.
METRONIDAZOL:
- Antiparasitário.
- Age em: giárdia, ameba, bactérias anaeróbias (infecção intra-abdominal e pé diabético).
- não adianta para gram negativo.
- problema do metronidazol é que não se sabe exatamente o mecanismo de ação dele, mas aparentemente
libera radicais livres nas bactérias (algumas pessoas acham que pode ser mutagênico para humanos).
- principal efeito colateral é que causa bastante intolerância do TGI (gosto metálico).
- pode ter efeito parecido com dissulfiram -> aumenta o efeito do álcool e dura mais tempo no organismo.
quem toma metronidazol deve ser orientado a evitar álcool.
QUINOLONAS:
- 1ª geração: ácido nalidíxico, rosoxacina e ácido pipemídico.
- 2ª geração: A: norfloxacina, lomefloxacina.
B: ciprofloxacina
- 3ª geração: moxifloxacina, levofloxacina e gemifloxacina.
- 2ª geração A: absorção ruim, então, vai pouco ATB para o sangue, e o que vai pro sangue, vai para urina
também. Usadas apenas em infecção urinária baixa também.
- se tiver pielonefrite, não vai tratar.
- não vai conseguir tratar um pé diabético por E. coli que seja sensível a norfloxacina porque não vai
chegar lá. É só para infecção urinária.
- 2ª geração B: boa absorção e boa distribuição. Penetra em osso, em pulmão. Age em gram negativos,
inclusive muito bem na pseudomonas.
- pode usar em infecção sistêmica tanto no individuo quanto no idoso.
- 3ª geração: quinolonas respiratórias. Agem em gram negativos (infecção urinária), diminui para
pseudomonas e começa a atuar em gram + (pneumococo), haemophilos influenza e age em germes atípicos
(Clamydia, Mycoplasma, Legionella).
- fácil de usar: usa 1 cp/dia.
- são excelentes para pneumonia, sinusite, otite.
- algumas tem suas peculiaridades como a Moxifloxacina que não atua em trato urinário, só em pulmão.
Hoje está em protocolos de pneumonia.
- Administração: EV ou VO.
POLIMIXINA:
- é parecido com o imipeném, é aquele ATB para infecções graves, geralmente usado quando não tem
quase nada o que fazer, antibiótico de CTI.
- Age em: pseudomonas multirresistente, KPC, acinetobacter. Excelente para gram negativos.
- não serve para gram +.
- também é antinflamatório -> impede o choque séptico.
- ele tem um problema: muito tóxico (age na membrana citoplasmática da bactéria e na nossa: cardiotóxica,
nefrotóxica, hepatotóxica...)
- droga muito perigosa mas necessária.
- associação boa para KPC no paciente grave, chocado: polimixina + tigeciclina.
LINEZOLIDA E DAPTOMICINA:
- São drogas muito semelhantes e recentes.
- usadas quando não pode usar vancomicina devido a problema renal (pega os mesmos germes).
- Age em: gram + (stafilo MRSA, pneumococo resistente, enterococo resistente).
- Linezolida penetra muito bem em ossos e pulmões (ótimo para pneumonias graves por stafilo ->
pneumonia do respirador).
- Daptomicina não penetra no pulmão (não pode usar para pneumonia), mas pode usar para qualquer
infecção sistêmica como bacteremia, endocardite, osteomielite...
- tem pouca toxidade, mas pode causar neuromielite óptica, algum tipo de aplasia de medula e neuropatia
periférica, mas não é comum.
- Recapitulando os ATB que atuam em stafilo MRSA: vancomicina, linezolida, daptomicina,
ceftaroline (cefalosporina de 5ª).
- para tratar pneumonia do respirador usa uma dessas drogas que atuam em stafilo MRSA + um
contra Pseudomonas (imipeném, aminoglicosídeo, quinolonas, pipetazio, cefaloposporina de 3ª, 4ª e 5ª).
- a Rifampicina é excepcional não apenas para o Mycobacterium, mas para várias bactérias como stafilo
não-MRSA e MRSA, pneumococo, gram negativos, até em pseudomonas age.
- mas o problema é que a rifampicina não é distribuída facilmente, é apenas para tuberculose.
- pode fazer nefrotoxidade e pode dar Síndrome do homem vermelho, mas a diferença é que a síndrome do
homem vermelho pela vancomicina era desgranulando mastócito, enquanto que a síndrome pela rifampicina é
porque ela é vermelha (impregna nos tecidos porque é vermelho).
- ultrapassa a BHE -> pode usar em abscesso cerebral causado por uma endocardite (usa rifampicina +
oxacilina ou vancomicina).
- aminoglicosídeo não ultrapassa BHE, então, não pode se associar oxacilina com aminoglicosídeo para
fazer sinergismo quando tem lesão cerebral.
- se estiver tratando empiricamente a tuberculose, pode estar tratando outra coisa ao invés da tuberculose.