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Turma: R166
Campus: Méier
O filme - Somos todos diferentes conta a história de Ishaan, um menino que sofre de
dislexia, e mostra o quanto a falta de entendimento a respeito do assunto prejudica
suas relações tanto em casa com seus pais, quanto na escola com seus colegas e
professores.
Por enxergar o mundo de forma diferente Ishaan não conseguia se adaptar na escola,
sendo visto pelos seus colegas e professores como desinteressado, preguiçoso e
desatento. Nesta relação o filme nos mostra o quanto as emoções do menininho eram
negligenciadas e como a escola era um ambiente pouco afetivo para esta criança.
Por não conseguir acompanhar a turma não conseguia ter uma boa relação com seus
colegas de sala porque os coleguinhas debochavam de seus erros, isso também
contribuía para que ele se sentisse excluído e incapaz de pertencer a um grupo.
Já em casa, seu comportamento gerava comparações com o de seu irmão mais velho
que era excelente nos estudos e obediente, seus pais não conseguiam compreender a
dificuldade do filho que se desenrolava em um comportamento desobediente, eles
percebiam que tinha algo diferente, mas também não conseguiam dar o suporte
necessário a ele. Por esse motivo o menino se sentia cada vez mais incompreendido e
desmotivado as tarefas cotidianas.
A neurociência nos mostra que para que haja aprendizagem é preciso haver afeto, o
afeto é o combustível que nos propicia desenvolver o potencial criativo, ajuda a
cognição e é o grande responsável pela qualidade e conservação do que é aprendido.
Sendo totalmente negligenciado em suas emoções é completamente compreensível
entender o porquê da falta de interesse de Ishaan na escola.
Só depois que muda de escola e conhece um professor de artes que também foi uma
criança dilexa, é que Ishaan começa a receber um olhar específico, sendo ouvido nas
suas limitações e junto com o professor constroem uma relação de confiança, respeito
e afeto. O professor não só o ajuda a ler e escrever como também conseguia entender
empaticamente como o menininho se sentia, resgatando nele sua criatividade e
motivação que haviam sido perdidas.
O filme deixa bem claro como as relações humanas podem afetar a nossa vida tanto
positiva como negativamente, pois é a partir do contato com o outro que nós nos
constituímos como sujeitos. As interações sociais não apenas criam conexões, elas
afetam diretamente a forma como o cérebro se desenvolve. Cada cérebro é único já
que suas conexões e seu funcionamento representam a história do seu
desenvolvimento particular e de suas experiências ao longo da vida.