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PDD

Finanças

Prof. Sérgio Pires


GESTÃO DE PROJETOS

LIDERANÇA

PROCESSOS

ESTRATÉGIA
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

FINANÇAS
MARKETING & COMERCIAL
Parte I
A utilização da contabilidade como
ferramenta auxiliar de gestão, no
processo de tomada de decisões
PDD
A Dinâmica Econômico-Financeira Finanças

CENÁRIO

Aplicar Remuneração do
Recursos capital investido
Retorno
Obter
Resultados
Risco Reflexo das
Captar políticas financeiras
Recursos
PDD
Econômico X Financeiro Finanças

ECONÔMICO: está ligado a resultados.

RECEITAS

(-) CUSTOS/DESPESAS

(=) RESULTADO

Esse resultado pode ser positivo (LUCRO)


ou negativo (PREJUÍZO).
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Econômico X Financeiro (cont.) Finanças

FINANCEIRO: está ligado a pagamentos e recebimentos, à movimentação de recursos.

RECEBIMENTOS (Ingressos de Caixa)

(-) PAGAMENTOS (Desembolsos de Caixa)

(=) SALDO/FLUXO DE CAIXA


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Lucratividade X Rentabilidade Finanças

• Lucratividade: lucro comparado com faturamento.

Exemplo:

LL/ROL = Lucro Líquido/Receita Operacional Líquida

• Rentabilidade: lucro comparado com investimento.

Exemplo:

LL/PL = Lucro Líquido/Patrimônio Líquido


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Processo de Criação de Valor Finanças

Decisões
Oportunidade de Alternativas de
estratégicas:
Negócios Financiamento
• Investimentos (crescimento) (debt: equity)
• Financiamentos
• Política de
distribuição do Decisão de Decisão de
resultado Investimentos Financiamentos

Decisões
operacionais: Capital de Terceiros
Ativo Econômico - AE (Dívida)
• Vendas (Capital Investido) Capital Próprio
• Gestão de (Sócios/Acionistas)
custos Custo de Capital
Ganho Operacional
• Gestão de ciclo Esperado (Risco Percebido)
financeiro WACC
NOPAT
• Gestão de Criação de Valor
risco EVA
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Fontes de Recursos Finanças

• Onde/com quem a empresa capta recursos para financiar suas atividades, sua operação.

• São pessoas físicas e/ou jurídicas que, de alguma forma, financiam a empresa.
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Aplicações / Investimentos Finanças

• São os recursos que a empresa aplica/investe para desenvolver as atividades a que se propôs.
• Sob o ponto de vista econômico-financeiro, essas aplicações/investimentos são realizadas
com a finalidade de gerar resultado.
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Contabilidade: Conceito e Finalidade Finanças

Contabilidade é um sistema padronizado, normatizado, que registra e processa as transações de uma entidade
(seja pessoa física ou jurídica) que possam ser expressas em termos monetários e informa os reflexos dessas
transações na situação patrimonial e econômico-financeira em uma determinada data.

Finalidade: Possibilitar a consolidação de informações econômico-financeiras e a elaboração de relatórios que


facilitem a tomada de decisões.

Demonstrações contábeis: São relatórios nos quais as informações são divulgadas. É o modo de apresentar a
situação econômico-financeira da empresa de forma ordenada, padronizada e normatizada.
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Balanço Patrimonial – Estrutura Finanças

PASSIVO

Fontes (origens) de Recursos


Aplicações de Recursos
ATIVO
Capital de Terceiros
(Aplicações resgatáveis,
que podem ser convertidas
em disponibilidades
a qualquer momento)
PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital dos Proprietários


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Balanço Patrimonial Finanças

ATIVO PASSIVO

Circulante Circulante

Caixa e equivalentes de caixa Fornecedores

Contas a receber Salários a pagar

Estoques Tributos a pagar

Tributos a recuperar Empréstimos bancários

Não Circulante Não Circulante

Aplicações de Longo Prazo Empréstimos e Financiamentos

Investimentos Patrimônio Líquido

Imobilizado Capital social

(-) Depreciação Acumulada Reservas de lucros

Intangível

Ativo Total Passivo Total


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Regime de Competência Finanças

• A legislação determina (regra geral) que as receitas, os custos e as despesas sejam incluídos na apuração do
resultado (DRE) no período em que ocorrem, sempre simultaneamente quando se relacionarem,
independentemente do recebimento ou pagamento.
• No Regime de Competência, as receitas, os custos e as despesas serão sempre reconhecidos segundo o fato
gerador e não segundo o fluxo de recursos financeiros, ou seja, não importa se houve entrada ou saída de
dinheiro. Se o fato ocorreu naquele período, tem de ser contabilizado.

Resumindo, o Princípio (regime) da Competência estabelece que as receitas devem ser confrontadas com
os custos e as despesas que as geraram, independentemente do fluxo financeiro.
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Demonstração do Resultado do Exercício – DRE Finanças

Receita Operacional Bruta


(-) Deduções da Receita (Tributos, devoluções e outras)
Receita Operacional Líquida
• Trata-se de uma demonstração dedutiva,
Custo das Mercadorias Vendidas – CMV, ou seja, inicia-se pela Receita Bruta de
Custo dos Produtos Vendidos – CPV ou Vendas ou Serviços e, a partir daí, vão
sendo deduzidos os impostos, os custos
Custo dos Serviços Prestados – CSP e as despesas, para se chegar ao
Lucro Bruto resultado econômico (lucro ou prejuízo)
daquele período.
Despesas/Receitas Operacionais
• Através da DRE podemos calcular a
• Despesas Comerciais lucratividade da empresa no período.
• Despesas Gerais e Administrativas Apurado o resultado, podemos calcular
• Despesas/Receitas Financeiras também a rentabilidade, comparando o
resultado da DRE com o capital investido,
• Outras Despesas/Receitas Operacionais cujo valor encontramos no Balanço
Resultado Operacional Patrimonial.

Outras Receitas e Despesas • Esse modelo de DRE, apresentado nessa


estrutura, está de acordo com a
Lucro Antes do IR e da CSLL legislação vigente. No entanto, para fins
gerenciais, sugerimos, a princípio, duas
Imposto de Renda e CSLL alterações.
LUCRO LÍQUIDO
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DRE Gerencial – EBITDA e Resultado Financeiro Finanças

Receita Operacional Bruta - ROB Sugerimos duas alterações em relação à estrutura


Impostos sobre a Receita da DRE contábil: destacar o valor da Depreciação e
Amortização, para se obter, de forma direta, o valor
Receita Operacional Líquida - ROL
do EBITDA, e ainda colocar o valor do resultado
Custo dos Produtos/Mercadorais Vendidos financeiro abaixo do resultado operacional.
Custo dos Serviços Prestados
• EBITDA: Mede a capacidade de geração
Lucro Bruto operacional de caixa. Indicador importante na
Despesas Comerciais área financeira das organizações. É utilizado,
Despesas Administrativas e Gerais entre outras coisas, para comparação da
performance operacional corrente de empresas
pertencentes ao mesmo segmento.
EBITDA
(-) Depreciação e Amortização • Depreciação: Deve ser destacada dos demais
custos e despesas, por se tratar de um valor não
EBIT (Lucro Operacional)
desembolsável.
Receitas e Despesas Financeiras
Resultado Não Operacional • Resultado Financeiro: As receitas e despesas
financeiras, não devem afetar o EBIT, pois estão
Lucro Antes do IR e da CSLL - LAIR
relacionadas com a estrutura financeira da
Imposto de Renda e CSLL empresa e não com suas atividades
LUCRO LÍQUIDO operacionais.
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Referências Finanças

• IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Curso de contabilidade para não contadores. 8. ed.
São Paulo: Atlas, 2018.
• PADOVEZE, Clóvis Luís. manual de contabilidade básica: contabilidade introdutória e intermediária. 7. ed.
São Paulo: Atlas, 2010.
• ROSSETTI, José Paschoal et al. Finanças corporativas: Teoria e prática empresarial no Brasil. Rio de Janeiro:
Campus, 2008.
• SZUSTER, Natan et al. Contabilidade geral: introdução à contabilidade societária. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
Parte II

Fundamentos e
Gestão de Custos
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Gastos Finanças

• Sacrifício que a empresa faz para adquirir um bem ou serviço.


• Termo genérico que pode ser utilizado tanto para custo quanto para despesa ou ainda para investimento.

• O gasto pode ser pago antecipadamente, no mesmo momento da sua ocorrência, ou após este momento.
O pagamento é o momento em que há o efetivo desembolso de caixa.
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Investimento Finanças

• Gasto que vai gerar benefícios presentes ou futuros para a empresa. O investimento é “ativado”, ou seja, é
considerado como um ativo no balanço patrimonial da empresa. Alguns, em função de sua vida útil prolongada,
serão “imobilizados”, isto é, serão considerados como aplicações sem prazo definido para resgate.

• Os gastos decorrentes da manutenção e da depreciação/exaustão do ativo imobilizado vão se tornar custos ou


despesas, dependendo de onde o ativo imobilizado está sendo utilizado, e serão levados à conta de resultados
da empresa (DRE).
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Custos X Despesas Finanças

• CUSTO: É o gasto realizado com a finalidade específica para se obter o produto ou o serviço que a empresa
comercializa. É um gasto correlacionado com a atividade produtiva da empresa. Só há custo quando o gasto
concorre para a produção de um bem ou serviço.

• DESPESA: É o gasto realizado basicamente para duas finalidades: vender e controlar as atividades da empresa.
Despesa é um gasto que independe da produção.
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Finanças

Gastos (Custos / Despesas)

Podem ser classificados:

1. EM RELAÇÃO AO VOLUME DE PRODUÇÃO/VENDAS


• Variáveis:

O total dos gastos variáveis se altera em função da variação do volume de produção ou de vendas.
• Fixos:

O total dos gastos fixos não se altera, durante certo período, em função da variação do volume de produção ou de
vendas.
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Objetivo Principal Finanças

• Determinar o risco operacional da empresa.


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Gastos (Custos, Despesas e Impostos) Finanças

Total Unitário
$ $

Variável

Quantidade Quantidade

$ $

Fixo

Quantidade Quantidade
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Margem de Contribuição Finanças

• Parcela do preço de venda que não é consumida pelos gastos (custos, despesas e tributos) variáveis.
• Essa parcela vai CONTRIBUIR para o pagamento/amortização dos gastos (custos e despesas) fixos.
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Ponto de equilíbrio Finanças

• Quanto é necessário vender para cobrir todos os gastos (custos, despesas e tributos) da empresa,
sejam eles fixos ou variáveis.

• Ponto de equilíbrio

• É o ponto no qual a receita total se iguala aos gastos (custos, despesas e tributos) totais.
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Representação Gráfica Finanças

Ponto de Equilíbrio

Custo $ / Receita $

Ponto de Equilíbrio

C+D Fixos

Volume de Venda unidades


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GAO Finanças

• O Grau de Alavancagem Operacional estabelece uma relação entre as variações percentuais observadas no
resultado operacional da empresa em função da variação percentual verificada no seu volume de vendas.

• Quanto maior o GAO, maior o risco operacional da empresa.


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DRE Gerencial – Separação dos Gastos Variáveis e Fixos Finanças
Dada a importância do cálculo e análise da
margem de contribuição, fazemos aqui uma
Receita Operacional Bruta - ROB
terceira sugestão de mudança em relação à
DRE contábil: que a DRE gerencial seja
Tributos sobre a Receita elaborada com a separação dos gastos fixos e
Receita Operacional Líquida - ROL variáveis.
Custos Variáveis . Custos e Despesas Variáveis
Despesas Variáveis
Margem de Contribuição - MC
Custos Fixos
Despesas Fixas • Custos e Despesas Fixas
EBITDA
(-) Depreciação e Amortização
EBIT (Lucro Operacional)
Receita e Despesa Financeira
Resultado Não Operacional
Lucro Antes do IR e da CSLL - LAIR
Imposto de Renda e CSLL
LUCRO LÍQUIDO - LL
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Classificação dos Gastos Finanças

2. EM RELAÇÃO AO OBJETO DE CUSTO:


• Diretos: São aqueles que podem ser atribuídos a um objeto de custo de forma clara e direta, sendo possível
mensurar quanto de determinado custo está contido naquele objeto de custo.
• Indiretos: São aqueles atribuídos aos objetos de custo da empresa através de critérios de rateio, seja pela
impossibilidade de se apurar unitariamente ou ainda por não compensar fazer esse tipo de mensuração.
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Objetivos Principais Finanças

1. Apurar a lucratividade dos produtos, serviços, contratos, unidades de negócios.


2. Estabelecer o preço de venda dos produtos, serviços, contratos.
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Custos Indiretos – Rateio Finanças

• Como a apropriação dos custos indiretos aos produtos e serviços se dá através de sistemas de rateio, é preciso
que alguns cuidados sejam tomados, para se evitar erros de interpretação e análise dos custos.
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Refêrencias Finanças

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 11a. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
ROSSETTI, José Paschoal et al. Finanças corporativas: teoria e prática empresarial no Brasil. Rio de Janeiro:
Campus, 2008.
Parte III

Gestão da Liquidez de Curto Prazo

O Modelo Dinâmico de Análise Financeira


(Modelo Fleuriet)
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Indicadores Tradicionais de Liquidez Finanças

Ativo Circulante +𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧á𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜


𝑳𝒊𝒒𝒖𝒊𝒅𝒆𝒛 𝑮𝒆𝒓𝒂𝒍 =
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑁ã𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒

𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
Liquidez Corrente =
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒

Ativo Circulante − Estoques


Liquidez Seca =
Passivo Circulante

Disponibilidades
Liquidez 𝑰𝒎𝒆𝒅𝒊𝒂𝒕𝒂 =
Passivo Circulante

Planilha_Aba Modelo Dinâmico


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Capital de Giro Finanças

• É uma parte dos capitais de longo prazo da empresa que está aplicada no curto prazo, com o objetivo de
melhorar sua liquidez (capacidade de pagamento).

• Dois pontos importantes:

1. Capital de Giro não significa, necessariamente, ter dinheiro em caixa, excesso de disponibilidades.

2. O Capital de Giro tem origem no longo prazo e o que afeta o seu valor são as decisões que afetam
ativos e passivos de longo prazo.

• O cálculo do CDG é feito da seguinte forma:

(PNC + PL) – ANC


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Capital de Giro (Cont.) Finanças

• Importante elemento que pode favorecer a liquidez da empresa.

CDG = Passivos de longo prazo – Ativos de longo prazo

PC AC
AC PC

Ativo Longo Passivo Ativo Longo Passivo


Prazo Longo Prazo Prazo Longo Prazo

CDG > 0
CDG < 0
Fonte de Longo Prazo
Aplicação de Longo Prazo
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Capital de Giro (Cont.) Finanças

• CDG positivo indica que aplicações de curto prazo estão sendo financiadas por fontes de longo prazo.
• Essa medida tem como finalidade principal “garantir” certo nível de liquidez de curto prazo para a empresa.

PC
AC

Passivos de
Longo Prazo
Ativos de ANC PNC + PL
Longo Prazo
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Dinâmica do Capital de Giro Finanças

• O CDG aumenta por:


▪ autofinanciamento: lucro líquido – dividendos + depreciação;
▪ captação de empréstimos de terceiros de longo prazo (desde que os recursos não sejam aplicados no longo prazo);
▪ transferência de financiamentos de curto para o longo prazo, o que se denomina de “alongar o perfil da dívida”;
▪ alienação de ativos de longo prazo (desde que os recursos sejam aplicados no ativo circulante ou para reduzir passivo
circulante);
▪ aporte de capital por parte dos acionistas.

• O CDG diminui por:


▪ aplicações de longo prazo (Investimentos, Imobilizado e Intangível), desde que não sejam financiados por passivo não
circulante ou por aporte de capital;
▪ amortização de empréstimos de longo prazo;
▪ transferência de financiamentos de longo para o curto prazo;
▪ distribuição de lucros, pagamento de dividendos;
▪ prejuízos.
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Ativo Circulante Cíclico (Operacional) Finanças

• São aplicações de curto prazo que a empresa NECESSITA fazer para que a sua atividade-fim se
desenvolva normalmente.
• Essas aplicações têm relação direta com o volume de operação da empresa e também com os prazos,
como por exemplo, manutenção de estoques e financiamento aos clientes.
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Ativo Circulante Errático (Financeiro) Finanças

• São as aplicações de curto prazo que a empresa pode fazer ou não, mas que não são necessárias ao
desenvolvimento normal da sua atividade-fim.

• São aplicações de natureza eventual, que existem por motivos circunstanciais, ou seja, havendo ou não estas
aplicações, a atividade operacional da empresa pode transcorrer normalmente.
• Exemplo: aplicações financeiras, disponibilidades.
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Passivo Circulante Cíclico (Operacional) Finanças

• São os recursos de terceiros, de curto prazo, obtidos junto às fontes que mantêm vínculos diretos com a
operação (com a atividade-fim) da empresa. São financiamentos que são impactados pelo volume de
operações da empresa, bem como pelos prazos de pagamento.

• Como exemplo, podemos citar os fornecedores, os tributos, os salários, os adiantamentos de clientes, as contas
a pagar e outros que estejam ligados diretamente à atividade-fim da empresa.
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Passivo Circulante Errático (Financeiro) Finanças

• São os recursos de terceiros, de curto prazo, obtidos junto às fontes que não estão vinculadas diretamente
com a atividade-fim da empresa.

• Como exemplo, podemos citar os financiamentos bancários em geral, os dividendos a pagar, os empréstimos de
sócios.
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Necessidade de Capital de Giro – NCG Finanças

• É o valor do total que a empresa necessita aplicar/investir para que a sua atividade-fim transcorra normalmente,
menos a parcela que é financiada pelas fontes vinculadas à sua operação.

• O cálculo da NCG é dado por:

ACci – PCci

ou

ACO - PCO
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Dinâmica da Necessidade de Capital de Giro Finanças

A NCG cresce pelo(a):


▪ aumento do volume de operações;
▪ aumento do prazo médio de recebimentos;
▪ aumento do volume ou do tempo médio de estoques;
▪ aumento da inadimplência;
▪ redução do prazo médio de pagamentos.
A NCG diminui por:
▪ redução do volume de operações;
▪ redução do prazo médio de recebimentos;
▪ redução do volume ou do tempo médio de estoques;
▪ redução da inadimplência;
▪ aumento do prazo médio de pagamentos.
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Saldo de Tesouraria – T Finanças

• O cálculo de T é dado por:


ACE - PCE ou ACF – PCF

Ou ainda:

CDG - NCG

• Quando positivo, evidencia a margem de segurança financeira.

• Quando negativo, evidencia o risco financeiro de curto prazo.


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Saldo de Tesouraria – T (Cont.) Finanças

• O diagrama ao lado reflete a situação de uma empresa que tem uma NCG maior
do que o seu CDG e, por isso, precisa buscar recursos erráticos de curto prazo.
T
• A equação abaixo sugere uma forma mais analítica de se calcular o saldo
NCG de tesouraria (T).

CDG

T (=) CDG (-) NCG

Ativo Errático Passivos de LP Ativo Cíclico


(-) (-) (-)
Passivo Errático Ativos de LP Passivo Cíclico

▪ Assim, o saldo de Tesouraria (T) é função do Capital de Giro (CDG) e da Necessidade de Capital de
Giro (NCG) da empresa.
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NCG X Resultados Finanças

• Quando uma empresa apresenta Necessidade de Capital de Giro, os recursos necessários para financiá -la serão
obtidos através de financiamentos bancários (T negativo), aumentando o risco da empresa, ou através de fontes de
longo prazo (CDG positivo) que, teoricamente, apresentam custos mais elevados, prejudicando, em ambas as
situações, o resultado econômico.
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Os Ciclos dos Negócios Finanças

• CICLO OPERACIONAL
• CICLO FINANCEIRO
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Ciclo Operacional Finanças

AQUISIÇÃO VENDA RECEBIMENTO


ESTOQUES

0 110 180
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Ciclo Operacional (Cont.) Finanças

AQUISIÇÃO VENDA RECEBIMENTO

0 110 180
PDD
Ciclo Operacional (Cont.) Finanças

AQUISIÇÃO VENDA RECEBIMENTO

ESTOQUES CONTAS A RECEBER

0 110 180
PDD
Ciclo Operacional (Cont.) Finanças

AQUISIÇÃO VENDA RECEBIMENTO

0 110 180
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Ciclos da Empresa Finanças

AQUISIÇÃO RECEBIMENTO

0 CICLO OPERACIONAL = ACCI 180


PME + PMR = ACCI
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Ciclo Operacional (Cont.) Finanças

AQUISIÇÃO VENDA RECEBIMENTO

(FORNECEDORES/
0 IMPOSTOS/SALÁRIOS) 100 110 180

PAGAMENTO
PDD
Ciclo Operacional (Cont.) Finanças

AQUISIÇÃO VENDA RECEBIMENTO

(FORNECEDORES/ ACCI
0 IMPOSTOS/SALÁRIOS) 100 110 180

PCCI
PAGAMENTO
PDD
Ciclo Financeiro Finanças

AQUISIÇÃO VENDA RECEBIMENTO


ESTOQUES CONTAS A RECEBER
FORNECEDORES/IMPOSTOS
0 100 110 180

CICLO FINANCEIRO

PAGAMENTO

NCG
PDD
Ciclo Financeiro (Cont.) Finanças

AQUISIÇÃO VENDA RECEBIMENTO

FORNECEDORES/IMPOSTOS
0 100 110 180

CICLO FINANCEIRO

80 DIAS
PAGAMENTO

CF = PME + PMR - PMP


PDD
Prazo Médio de Estoques Finanças

ESTOQUES X 360
PME =
RECEITA
PDD
Prazo Médio de Recebimento Finanças

ACCI - ESTOQUES X 360


PMR =
RECEITA
PDD
Prazo Médio de Pagamento Finanças

PCCI X 360
PMP =
RECEITA
PDD
Efeito Tesoura Finanças

• O Efeito Tesoura é caracterizado por um crescimento significativo da NCG, sem a devida proporcionalidade do
CDG, o que vai acarretar uma dependência crescente de recursos financeiros de curto prazo para financiamento
das necessidades operacionais da empresa, elevando o seu risco financeiro.

T
NCG
T
NCG NCG T
CDG CDG
CDG CDG
Ano 1 Ano 2 Ano 3

A situação de liquidez da empresa


apresenta clara evidência de deterioração.
PDD
Efeito Tesoura Finanças

O efeito tesoura pode ser decorrente dos seguintes fatores:


▪ Crescimento acelerado das vendas.
▪ Investimentos elevados no Ativo Não Circulante, com prazo longo de maturação.
▪ Crescimento do ciclo financeiro.
▪ Geração operacional de caixa reduzida ou inexistente.
▪ Investimentos mal direcionados, de baixo retorno.
▪ Crise econômica com redução de vendas e inadimplência.
PDD
Efeito Tesoura Finanças

EFEITO TESOURA

NCG CDG T T/NCG


1 1.000 950 -50 -0,05
2 2.000 1.200 -800 -0,40
3 4.000 1.600 -2.400 -0,60
4 8.000 1.950 -6.050 -0,76
5 16.000 2.500 -13.500 -0,84

EFEITO TESOURA EFEITO TESOURA


20.000 100.000
NCG NC
15.000 CDG G
CD
T G
10.000 10.000
5.000

0 1.000
0 2 4 6
(5.000)

(10.000)
100
(15.000) 0 2 4 6
PDD
Tipo de Estrutura Financeira Finanças

• A relação entre os três indicadores do Modelo Dinâmico (CDG, NCG e T) permite analisar o perfil financeiro das empresas,
facilitando a identificação dos seus pontos fortes e fracos, no que diz respeito à Liquidez e ao risco financeiro de Curto Prazo.

NCG T T
(-) (+) (-)
T CDG NCG
(+) (+) (+)
CDG NCG CDG
(+) (+) (+)

T T NCG
(+) (-) (+)
NCG CDG T
(-) (-) (-)
CDG NCG CDG
(-) (-) (-)
PDD
Referência Finanças

• FLEURIET, Michel; KEHDY, Ricardo; BLANC, Georges. A dinâmica financeira das empresas brasileiras:
um novo método de análise e planejamento financeiro. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

• FLEURIET, Michel; ZEIDAN, Rodrigo. O modelo dinâmico de gestão financeira. Rio de Janeiro: Alta Books, 2015.

• ROSSETTI, José Paschoal et al. Finanças corporativas: Teoria e prática empresarial no Brasil. Rio de Janeiro:
Campus, 2008.
• VIEIRA, Marcos Villela. Administração estratégica do capital de giro. São Paulo: Atlas, 2005.
Parte IV

Indicadores de Lucratividade,
Rentabilidade e Geração de Valor
PDD
Lucratividade: Margem de Contribuição Finanças

• As medidas de lucratividade são medidas de eficiência operacional.

Para cada real de receita bruta, quantos centavos sobram


de margem de contribuição para pagar/amortizar os gastos
M. Contribuição fixos da empresa.
Margem Contribuição =
Receita Bruta
Vista por outro ângulo, indica qual o percentual de gastos
variáveis incide sobre a receita bruta da empresa.
PDD
Lucratividade: Margem de EBITDA Finanças

• EBITDA é o lucro operacional antes dos juros, do imposto de renda e da depreciação e amortização.

A margem de EBITDA é muito utilizada para comparar a


performance operacional de empresas do mesmo segmento,
EBITDA pois exclui possíveis vieses gerados por idades diferentes
Margem de EBITDA = de ativos e estrutura de capital.
Receita Líquida
Para cada real de receita líquida, quantos centavos sobram,
oriundos exclusivamente da atividade operacional.

ATENÇÃO!!!! EBITDA NÃO é caixa, e nem Geração


Operacional de Caixa!!!!
PDD
Lucratividade: Margem Operacional Finanças

• As medidas de lucratividade são medidas de eficiência operacional.

Para cada real de receita líquida, quantos centavos sobram


de lucro operacional (EBIT) após a dedução de todos os
EBIT gastos operacionais, inclusive a depreciação.
Margem Operacional =
Receita Líquida
PDD
Lucratividade: Margem Líquida Finanças

• As medidas de lucratividade são medidas de eficiência operacional.

Para cada real de receita líquida, quantos centavos sobram


após a dedução de todos os custos, despesas operacionais
Lucro Líquido e não operacionais, da depreciação, do resultado financeiro
Margem Líquida = e do imposto de renda (IR/CSLL/AIR).
Receita Líquida
De cada um real de receita líquida, quantos centavos
sobram para os investidores (sócios/acionistas) da empresa.
PDD
Rentabilidade: Retorno sobre o total do Capital Investido Finanças

• Medida de rentabilidade sobre o total do capital investido (próprio e de terceiros).

O Retorno sobre o Ativo – ROA, mostra qual foi a


rentabilidade do total do capital investido (Ativo Total = Total
Lucro Líquido de Investimentos) em determinado período.
ROA =
Ativo Total
Indicador de grande importância para os gestores da
organização, pois através do seu cálculo, de forma
desmembrada, podem mensurar a lucratividade da empresa,
combinada com a qualidade dos investimentos realizados.

A forma desmembrada do ROA é:


Margem X Giro
Lucro Líquido X Receita Líquida
Receita Líquida Ativo Total
PDD
Rentabilidade: Retorno sobre o Capital Próprio Finanças

• Medida de rentabilidade sobre o capital investido pelos proprietários (sócios/acionistas) da empresa.

Mostra quanto os proprietários (sócios/acionistas) obtiveram


de retorno no período sobre o capital por eles investido.
Lucro Líquido
ROE = Vale lembrar aqui que essa medida de retorno tem como
Patrimônio Líquido
base o lucro líquido contábil, no qual NÃO foi imputado
ainda o custo do capital dos proprietários.
PDD
Qual é o Lucro Ideal? Finanças

• Qual é o lucro mínimo necessário para estimular uma empresa a continuar operando, crescendo, investindo?

DRE Gerencial

Receita Operacional Bruta – ROB


(-) Deduções da Receita Bruta
Receita Operacional Líquida - ROL
(-) Custos e Despesas Variáveis A resposta está no modelo EVA
(Economic Value Added)
Margem de Contribuição
(-) Custos e Despesas Fixas
EBITDA
(-) Depreciação/Amortização
EBIT
(-) IR/CSSL/AIR
NOPAT
PDD
Economic Value Added (EVA) Finanças

• A criação de valor e o seu processo podem ser vistos através do Economic Value Added (EVA), metodologia
desenvolvida por uma companhia de consultoria americana chamada Stern Stewart & Co.

• O EVA é um instrumento de gestão voltado para a criação de riqueza para o acionista, sendo chamado de modelo
de criação de valor.

NOPAT
(-)
x % Remuneração =
Ativo Econômico $ Custo de Capital
Requerida
(=)
EVA

• Para que a empresa crie valor para o seu acionista, o EVA > 0, ou seja:

NOPAT > Custo de Capital


PDD
ROCE – Retorno Sobre o Capital Empregado Finanças

ROIC – Return on Invested Capital

O ROCE é a medida de retorno sobre o capital oneroso investido

• Mede a rentabilidade do capital investido, tomando-se como referência o NOPAT*.


• * Net Operating Profit After Taxes, ou, Lucro Operacional Líquido, após o Imposto de Renda.

NOPAT
ROCE =
Ativo Econômico
PDD
Ativo Econômico Finanças

• O capital investido para gerar o ganho operacional é chamado de ATIVO ECONÔMICO.


• O Ativo Econômico é igual a:

Total dos Ativos de Longo


Prazo (ANC) $
+

Necessidade de Capital
de Giro (NCG) $
PDD
Custo de Capital Finanças

• O Ativo Econômico é financiado por capital de terceiros (dívida bancária) e capital próprio (capital acionário).
Esses investidores exigem remuneração para o seu capital, que sob o ponto de vista da empresa, é
chamado de custo de capital.
• Fontes de recursos são iguais às aplicações de recursos.

Necessidade de
Capital de Giro NOPAT
(-)
x % Remuneração = $ Custo de Capital
Requerida
(=)
EVA
Ativos de
Longo Prazo
PDD
Remuneração Requerida (WACC) Finanças

• Remuneração requerida é o custo médio ponderado entre as remunerações exigidas por ambas as fontes, em
que o peso na ponderação é o volume dessas fontes de capitais necessárias para financiar o ativo econômico da
empresa.
• WACC (Weighted Average Cost of Capital) é o termo designado para expressar essa remuneração dos capitais
que financiam a empresa.

Estrutura de Remuneração Remuneração Média


Capital Requerida (WACC)

Capital de
Terceiros Kd % = 10,6% 0,3 . 10,6%
30 % +
0,7 . 20%
=
Capital Próprio Ke % = 20%
70 % 17,2%
PDD
Economic Value Added Finanças

• O EVA é o lucro econômico obtido pela empresa em um período qualquer.


Se EVA > 0, haverá criação de valor
Se EVA < 0, haverá destruição de valor

NOPAT
(-)
Ativo Econômico x =
% WACC $ Custo de Capital
(capital investido)
(=)
EVA
PDD
O Modelo de Criação de Valor Finanças

• O modelo de criação de valor permite uma gestão de valor tomando-se como referência as variáveis fundamentais
geradoras de EVA.

Gestão do Decisões estratégicas e


Ciclo Financeiro operacionais sobre a
gestão do negócio

NOPAT
Necessidade de
Capital de Giro (-)
x % WACC = $ Custo de Capital

Ativos de (=)
Longo Prazo EVA

Decisão Decisões relativas à


Estratégica de Estrutura de Capital
Investimentos
(Crescimento)
PDD
Referências Finanças

BRIGHAM, Eugene F.; GAPENSKI, Louis C.; EHRHARDT, Michael C. Administração financeira –
teoria e prática. 10. Ed. São Paulo, 2006. Atlas.
ROSS, Stephen A.; WESTERFIELD, Randolph W.; JAFFE, Jeffrey F. Administração financeira –
Corporate Finance.
ROSSETTI, José Paschoal et al. Finanças Corporativas: teoria e prática empresarial no Brasil. Rio de Janeiro:
Campus, 2008.
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Alphaville Lagoa dos Ingleses
34.018-006 – Nova Lima (MG)

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