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BEATRIZ GOIS, ISABELLA MAFESSONNI, LARA SOARES, MANUELA

FAJARDO.

ESTUDO SOBRE A FALTA DE ATENDIMENTO NA UTI-


NEONATAL - BR

Londrina

2018
ESTUDO DOS RELACIONADO ÀS UTI NEONATAIS DO BRASIL E AS
IRREGULARIDADES DE SEU FUNCIONAMENTO
COLÉGIO PGD
MARTINHO LUTERO - GLEBA PALHANO

BEATRIZ GOIS, ISABELLA MAFESSONNI, LARA SOARES, MANUELA


FAJARDO

SAULO CAVALLI GASPAR

Fevereiro (2018) - Setembro (2018)


Dedico este trabalho a meu professor Saulo Cavalli Gaspar

E ao PGD que nos deu a oportunidade de realizar esse trabalho com excelência

AGRADECIMENTOS

Ao Dr. Emanuel Gois Junior e o pediatra Dr. Claudio Amorin, pela


ajuda em nossas pesquisas sobre o tema.
Ao meu orientador, professor Saulo Cavalli Gaspar, pela orientação,
apoio e paciência no desenvolvimento da pesquisa.
Ao colégio PGD, pela oportunidade.
As professoras, Luciana pela contribuição na realização de correção
do questionário.
Aos amigos, pelo auxílio e incentivo.
A todos que ajudaram na etapa do questionário.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha
formação, minha gratidão e reconhecimento.

GOIS, Beatriz; MAFFESSONNI, Isabella; SOARES, Lara; FAJARDO, Manuela.


Estudo das UTI neonatais e suas condições no Brasil. 2018. 27 p. Trabalho Científico
– Colégio PGD, Londrina, 2018.

RESUMO

A seguinte pesquisa teve como objetivo conscientizar a população que não só os adultos
precisam de boa infraestrutura nos hospitais mas também os recém nascidos, que
necessitam igualmente de um atendimento especializado, por esse motivo criou-se a
UTI-neonatal, isto é, uma unidade hospitalar, onde os recém nascidos, que estão com
problemas de saúde potencialmente graves, são internados para monitorização e
tratamento contínuo até sua estabilização.
Palavras-chave: UTI-NEONATAL. Recém nascidos. Saúde pública.
Prematuridade.

GOIS, Beatriz; MAFFESSOINI, Isabella; SOARES, Lara; FAJARDO, Manuela. Study


of neonate’s UTI and their conditions in Brazil. 2018. 27 p. Scientific Work - PGD
College, Londrina, 2018.

ABSTRACT

This research aimed to raise the awareness of the population that not only adults need
good infrastructure in hospitals but also newborns, who also need specialized care, for
this reason the UTI neonatal was created, that is, a unit hospital, where newborns with
serious health problems are hospitalized for continuous monitoring and treatment until
their stabilization.

Key words: UTI-neonatal. Newborns. Public health. Prematurity


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - UTI neonatal 13

Figura 2 - TOT - tubo oro traqueal 14

Figura 3 - Incubadora 14

Figura 4 - Monitor 15

Figura 5 - Ventilação Mecânica 15

Figura 6 - Sonda Nasogástrica ou Orogástrica.

16
Figura 7 - Acessos Venosos

16

Figura 8 - UTI neonatal continua sem prazo para ser entregue em Itapetininga

17

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 –Algum conhecido seu já perdeu um recém-nascido pela falta


de atendimento ou falta de equipamentos nas UTI
neonatais? 21

Gráfico 2 – Você acha que, na maioria das vezes esses problemas


relacionados as UTI neonatais estão relacionados a falta de
verba?

22

Gráfico 3 – Você acha que as UTI neonatais de Londrina são boas e


equipadas? 23
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 10

2 OBJETIVOS 11

2.1 OBJETIVO GERAL 11

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 11

3 TEORIZAÇÃO 12
3.1 PRINCIPAIS DOENÇAS TRANSMITIDAS 18-20

4 METODOLOGIA 20

5 RESULTADOS 21

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS 24

REFERÊNCIAS 25

APÊNDICES 26
APÊNDICE A - Questionário para o pediatra 26

APÊNDICE B - Questionário para a população 27


1 INTRODUÇÃO

As UTI neonatais são unidades hospitalares, onde os recém-nascidos


que estão com problemas de saúde potencialmente graves, são internados para
acompanhamento e cuidados intensivos recebidos por uma equipe especializada de
médicos e enfermeiros.

A seguinte pesquisa busca demonstrar e conscientizar o fato de que a


UTI não recebe o suporte necessário para seu funcionamento, essencial aos recém-
nascidos com problemas de saúde que lá são internados para monitorização e tratamento
até sua estabilização.

Os pacientes internados nesta unidade necessitam de cuidados tão


especiais quanto às unidades para adultos, tendo os mesmos problemas infraestruturais.

Após a análise do conteúdo, foram realizadas diversas leituras e


pesquisas sobre o tema, como visto na teorização, onde foram identificados os
principais problemas nas UTI neonatais . Posteriormente, foram aplicados questionários
sobre o assunto e direcionados à população e ao Dr. Claudio Amorin.

10

2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL

Estudar o rendimento das UTI neonatais do Brasil e conscientizar a


população da falta de suporte dessas unidades hospitalares.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

● Identificar os principais riscos para a população;

● De verificar se o atendimento das UTI neonatais está sendo bem

executado;

● Verificar a conscientização da população sobre a situação dos

locais;

● Conscientizar população de que as UTI para adultos são tão

importantes quanto as UTI neonatais;

● Pesquisar quais são os equipamentos que são necessários para

uma infraestrutura;

● Estudar a destinação dos investimentos para UTI neonatais;

1
1
3 TEORIZAÇÃO

A UTI Neonatal é um ambiente do hospital preparado para receber bebês que


nasceram antes das 37 semanas de gestação, com baixo peso ou que possuem algum
problema que possa interferir no seu desenvolvimento, como alterações cardíacas ou
respiratórias, por exemplo.
O bebê permanece na UTI até que adquira independência respiratória, tenha peso
ideal e consiga sugar toda a comida, sendo o tratamento continuado em casa. O tempo
de permanência na UTI varia de acordo com o bebê e o motivo pelo qual foi levado à
UTI, no entanto os pais podem permanecer com o bebê o tempo todo.
O tempo que o bebê fica na UTI neonatal pode variar de dia a meses de acordo com
as necessidades e características do bebê. Durante o tempo de permanência na UTI os
pais podem permanecer junto do bebê, acompanhando o tratamento e promovendo o
bem-estar do bebê.
A equipe multiprofissional avalia o bebê periodicamente para que possa verificar a
evolução do bebê, ou seja, se os batimentos cardíacos e a frequência respiratória estão
normais, se a nutrição está adequada e o peso do bebê.
Os profissionais revelam que nem sempre o trato dispensado aos usuários é o
mesmo entre os colegas de trabalho. Ainda que justificado pela tensão presente no
ambiente, situações de hostilidade são consideradas um desgaste que pode interferir
diretamente no cuidado dispensado aos pacientes.
Os profissionais que atuam em UTI convivem com diversos fatores desencadeadores
de desgastes, tais como a dificuldade da aceitação da morte, a escassez de recursos
materiais e de recursos humanos e a tomada de decisões conflitantes relacionadas com a
seleção dos pacientes que serão atendidos. Estes são alguns dos dilemas éticos e
profissionais que geram tensão entre os profissionais e acabam por influenciar,
negativamente, a qualidade da assistência prestada aos usuários.

12

Figura 1- UTI neonatal


Fonte: Disponível em:
https://oimparcial.com.br/cidades/2018/04/maranhao-tem-
deficit-de-274-leitos-de-uti-neonatal/

A saúde de milhares de bebês recém-nascidos no Brasil está em risco por conta


de falhas na gestão da rede pública de assistência. No Maranhão, os dados apontam um
déficit de 274 leitos de UTI neonatal para cada grupo de mil nascidos vivos: no mínimo
quatro.
De acordo com dados do Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde
(CNES), o país sofre com um déficit de 3.305 leitos de Unidades de Tratamento
Intensivo (UTIs) específicos para o acolhimento de crianças que nasceram antes de 37
semanas e que apresentam quadros clínicos graves ou que necessitam de observação.
O número representa quase a metade dos serviços já disponíveis e foi
estimado com base no parâmetro ideal estabelecido pela Sociedade Brasileira de
Pediatria (SBP): quatro leitos para cada grupo de mil nascidos vivos.
Em relação aos leitos de UTI neonatal - insumo básico para o atendimento dos
casos de maior gravidade -, das 27 unidades da Federação, em 18 o indicador
leitos/habitantes é inferior à média nacional e 25 não atendem ao ideal apontado pela
SBP. Avaliando-se o desempenho do setor público, somente oito estados superam ou
igualam a média nacional e nenhum atinge o parâmetro definido pelos especialistas
recomendável.
Nesse quesito, o Maranhão aparece com apenas 190 leitos no total, o que
significa 1,6 leitos existentes para cada 1000 nascidos vivos. Tratando-se apenas dos
leitos oferecidos pelo SUS, existem apenas 132 leitos e o índice cai para 1,1 leitos para
cada 1000 nascidos vivos.

13

Figura 2 - TOT - tubo oro traqueal


É um tubo que é introduzido pela boca até a traqueia, para
criança que não tem condições de respirar sozinha.

Fonte: Disponível em:


http://utiinfantil.com.br/utineonatal/aparelhos#prettyPhoto

Figura 3- Incubadora

É um aparelho que tenta imitar o útero materno, com temperatura regulável,


protegendo-o de infecções e ruídos.

Fonte: Disponível em:


http://utiinfantil.com.br/utineonatal/aparelhos#prettyPhoto

14

Figura 4- Monitor
É um aparelho que monitoriza através de sensores, principalmente a frequência cardíaca
e a saturação do sangue.

Fonte: Disponível em:


http://utiinfantil.com.br/utineonatal/aparelhos#prettyPhoto

Figura 5- Ventilação Mecânica

É um aparelho complexo, que permite controlar várias modalidades de respiração


mecânica, necessitando para isso, de um tubo chamado tubo oro traqueal, que é um tubo
colocado na boca até a traqueia (TOT) .

Fonte: Disponível
em:http://utiinfantil.com.br/utineonatal/aparelhos#prettyPhoto

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Figura 6- Sonda Nasogástrica ou Orogástrica.
É uma sonda que é colocada no nariz ou na boca, e que vai até o estômago, e que serve
para verificar o conteúdo do estômago do bebê, e para iniciar de maneira lenta a dieta.

Fonte: Disponível em:


http://utiinfantil.com.br/utineonatal/aparelhos#prettyPhoto

Figura 7- Acessos Venosos

Podem ser periféricas (veias superficiais) e profundas (picc-cateter central de inserção


periférica e dissecção venosa).

Fonte: Disponível
em:http://utiinfantil.com.br/utineonatal/aparelhos#prettyPhoto

16

Figura 8- UTI neonatal continua sem prazo para ser entregue em Itapetininga
Construção do prédio começou há 10 anos e ficou parada. Faltam recursos e
convênio para os equipamentos, diz Secretaria de Saúde.

Construção do prédio começou há 10 anos e ficou parada.


Faltam recursos e convênio para os equipamentos, diz Secretaria de Saúde.

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal do Hospital Regional


de Itapetininga (SP) ainda não tem prazo para ser entregue. A construção do prédio
começou há 10 anos, mas ficou parada e foi só retomada na última gestão.

Fonte: Disponível em: http://g1.globo.com/sao-paulo/itapetininga-regiao/noticia/2017/01/uti-neonatal-


continua-sem-prazo-para-ser-entregue-em-itapetininga.html

No Brasil, nascem quase 40 prematuros por hora, ou 900 por dia. Os números do Ministério da Saúde
indicam outra tendência preocupante: a mortalidade neonatal (número de óbitos de crianças com menos
de 28 dias de idade) por mil nascidos vivos é inversamente proporcional ao número de leitos disponíveis.
Nos estados onde o número de unidades é menor, a ocorrência de mortes tem sido mais alta. “Isso reflete,
além da inadequação do quantitativo de leitos, uma precariedade da rede de assistência, especialmente
nos estados do Norte e Nordeste brasileiros”, lamenta a presidente da SBP.

17

3.1 OS PROBLEMAS DE SAÚDE MAIS COMUNS NOS BEBÊS PREMATUROS

Por deixarem a barriga da mãe muito cedo, eles estão sujeitos a uma série de
complicações de ordem respiratória, cardíaca e até neurológica.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que, anualmente, 15
milhões de bebês nasçam antes de 37 semanas de gestação ao redor do globo. Isso
significa que todas essas crianças fazem parte do time dos prematuros. No Brasil, a
realidade também não é animadora. A grande preocupação é o fato de que a
prematuridade está associada a uma série complicações que podem colocar a vida e a
saúde do recém-nascido em risco. E quanto menor a idade gestacional do pequeno ao
chegar ao mundo, mais grave a situação. No Brasil, os prematuros extremos – aqueles
que nascem com menos de 1.500 gramas e antes da 32a semana
gestacional – representam 1,5% dos nascidos vivos, segundo o pediatra Renato
Soibelmann Procianoy, professor titular de Pediatria da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS). Parece pouco? “São 45, 50 mil bebês todos os anos”, calcula.
Todas essas crianças – e também aquelas que deixaram as barrigas entre 34 e 36
semanas, conhecidas como prematuros tardios – estão sujeitas a problemas
imunológicos, respiratórios, cardíacos, intestinais e neurológicos que podem
trazer prejuízos à saúde de curto em longo prazo. A seguir, confira as principais doenças
a que os apressadinhos estão sujeitos logo após chegarem ao mundo.

Problemas respiratórios

Eles são a principal preocupação quando se trata dos prematuros. A enfermidade mais
comum é a síndrome do desconforto respiratório, antigamente conhecida como doença
pulmonar da membrana hialina. Ela atinge com mais frequência os pequenos de muito
baixo peso e que nasceram antes da trigésima semana de gestação. Neles, devido à
imaturidade dos pulmões, há uma produção insuficiente de surfactante, uma substância
que permite que o ar passe livremente pelos alvéolos pulmonares. Além de dificultar a
respiração, a oxigenação dos tecidos pode ser afetada, o que também abre portas para
complicações.

E mais: o próprio tratamento dessa síndrome é uma ameaça aos prematuros. “Com
frequência, eles precisam ser intubados ou ventilados, técnicas de assistência que podem
trazer sequelas”, observa Procianoy, que também é presidente do Departamento de
Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Outra encrenca de ordem respiratória que atinge aqueles que nasceram antes dos nove
meses é a taquipineia transitória, mais frequente nos prematuros tardios. “Ela acontece
quando há uma retenção de líquido no pulmão do recém-nascido”, explica a pediatra
neonatologista Edinéia Vaciloto Lima, do Hospital Pro Matre Paulista, em São Paulo. O
tratamento é rápido: com suporte ventilatório, em até três dias o pequeno está curado.

18

Persistência do canal arterial


É a patologia cardíaca mais comum nos bebês que nasceram pré-termo. O canal em
questão liga a artéria pulmonar à aorta. E, dentro do útero, é importante que ele fique
aberto para que o fluxo de sangue passe por ali. Contudo, no nascimento, essa estrutura
já precisa estar fechada – o que nem sempre acontece com os prematuros,
principalmente os extremos. Muitas vezes, devido à imaturidade, eles não estão
preparados para que o canal se feche. “Isso pode gerar uma descompensação cardíaca,
além de ser um fator de risco para atrasos no desenvolvimento ao longo da vida”, alerta
a pediatra Ana Lucia Goulart, coordenadora do Ambulatório de Prematuros da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O tratamento é feito por meio de cirurgia
ou pelo uso de uma medicação que promove o fechamento do canal arterial. No entanto,
ela não está disponível na rede pública de saúde brasileira.

Anemia
Por nascerem antes da hora, o organismo dos prematuros pode não ter tempo de
produzir ferro o suficiente – fator determinante para a anemia. Além disso, a quantidade
de exames a que esses bebês são submetidos na UTI neonatal também contribui para
essa doença hematológica. “Cada mililitro de sangue que se retira dessas crianças
representa um volume muito grande”, diz Ana Lucia, que também é chefe do
Departamento de Pediatria da Escola Paulista de Medicina da Unifesp.

Icterícia
Não raro, a pele dos prematuros fica amarelada – é a icterícia. Ela acontece porque o
fígado desses bebês não metaboliza corretamente uma substância chamada bilirrubina.
Com isso, ela se acumula no sangue e impregna na pele, dando o tom amarelo. Se não
tratada a tempo, a bilirrubina pode atingir níveis tóxicos e chegar ao cérebro do
pequeno. Mas graças à fototerapia – aquela luz de alta intensidade que ilumina o recém-
nascido dentro de uma incubadora – a icterícia não é mais uma ameaça hoje em dia.

Enterocolite necrosante.
Essa é uma doença intestinal séria e bastante comum entre os prematuros. “Trata-se de
um processo inflamatório intestinal grave, que compromete, às vezes, todo o intestino e
apresenta uma mortalidade bem alta”, informa Ana Lucia Goulart. A inflamação leva a
uma necrose do órgão, o que pode fazer com que parte dele tenha que ser retirada.
Muitas vezes, é necessário fazer cirurgias e até transplantes. A principal causa é a
própria imaturidade do organismo do bebê. “A melhor forma de prevenir a enterocolite
é iniciar a alimentação com o leite materno já nos primeiros dias de vida”, destaca a
professora da Unifesp.
Problemas neurológicos
O sistema nervoso central dos prematuros também pode ser abalado pelo nascimento
apressado. A antecipação do parto é fator de risco para que esses bebês apresentem
males como hemorragia intracraniana e leucoma lácia, uma isquemia cerebral. “Ambas
levam a repercussões tardias de atraso motor e mental”, alerta Ana Lucia Goulart.

19
Recém-nascidos prematuros em geral pesam menos de 2,5 quilogramas, e alguns chegam a pesar até
mesmo 0,5 quilograma. Um exame do feto por ultrassom feito cedo na gestação, as característica físicas e
exame do recém-nascido após o parto ajudam os médicos a determinar a idade gestacional (tempo
passado no útero após a fertilização do óvulo).
Os sintomas com frequência dependem da imaturidade de diversos órgãos. Alguns órgãos, como os
pulmões e o cérebro, por exemplo, podem não estar plenamente desenvolvidos. Os recém-nascidos
prematuros podem também ter dificuldade para regular sua temperatura corporal e a concentração de
açúcar no sangue. O sistema imunológico também está subdesenvolvido.

4 METODOLOGIA
Para desenvolver essa pesquisa, primeiramente foi identificado um problema
real, para futuramente realizar-se a leitura de trabalhos científicos sobre o assunto
problemas nas UTI neonatais, com interesse nos motivos e consequências para a
população, conforme teorização e objetivos.

Após essa etapa, foram espalhados 30 questionários, os quais foram aplicados


na escola , através de entrevistas, feitas pelo mentor do trabalho Saulo Cavalli Gaspar
com pessoas escolhidas por ele que circulavam no local no momento da pesquisa. O
grupo optou por não solicitar identificação.

As perguntas eram objetivas visando entender o ponto de vista da população


sobre o assunto estudado. O questionário aplicado continha três perguntas, que são as
seguintes: Algum conhecido seu já perdeu um recém-nascido pela falta de atendimento
ou falta de equipamentos? Você acha que, na maioria das vezes esses problemas estão
relacionados a falta de verba? Você acha que as UTI neonatais de Londrina são boas e
equipadas?

O grupo realizou outro questionário enviado ao Dr. Claudio Amorin, com


questões dissertativas, que são as seguintes: Quais suas opiniões sobre a infraestrutura
das UTI neonatais públicas? Em quais áreas a UTI neonatal poderia melhorar? Em
todos esses anos de trabalho e observação de famílias, você percebeu se elas possuem
receio de algo errado acontecer? As dificuldades financeiras podem interferir no
tratamento? Existe medo da descoberta de uma doença? Poderia relatar um caso que
você já vivenciou de mau atendimento aos recém-nascidos que resultaram em
problemas mais graves?

20

5 RESULTADOS

Após as diversas leituras realizadas sobre o tema, pode-se concluir que as


UTI neonatais necessitam de altos cuidados e custos por precisarem de uma
infraestrutura resistente e potente para que o tratamento e monitoramento dos pacientes
tão sensíveis sejam realizados com excelência.
De acordo com o trabalho, a população deve ser consciente de que não
somente as UTI para adultos necessitam de atenção, mas também as dos pequenos e
frágeis prematuros.

Gráfico 1 – Algum conhecido seu já perdeu um recém-nascido pela falta de


atendimento ou falta de equipamentos nas UTI neonatais públicas?

Fonte: Questionário.

21
O gráfico acima comprova que um número considerável de pessoas,
60%, perdeu um prematuro pela falta de atendimento e infraestrutura das UTI neonatais.
Gráfico 2 – Você acha que, na maioria das vezes esses problemas estão relacionados a
falta de verba?
Fonte: Questionário

O gráfico 2 indica que a população entrevistada teve respostas em


grande maioria afirmando que os problemas nessas unidades hospitalares estão sim
relacionadas a falta de verba pública.

22

Gráfico 3 – Você acha que as UTI neonatais de Londrina são boas e equipadas?
Fonte: Questionário

Grande maioria acha as UTI neonatais de Londrina (PR) são bem equipadas. Isso,
provavelmente, tem relação com o fato de muitas delas não frequentarem estas
unidades.

23

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise do local de estudo comprova que as UTI neonatais do Brasil
precisam de maior estrutura para um bom funcionamento. É importante ressaltar que
este fato apresenta um risco para a população em relação à saúde pública, podendo
causar sequelas médias ou graves, podendo levar a morte.

Através dos resultados deste trabalho, foi possível evidenciar que a


produção de cuidado humanizado no âmbito da UTI neonatal ainda é um desafio, sendo
numerosas as dificuldades e os obstáculos encontrados pelos profissionais em seu
processo de trabalho.

Na UTI neonatal pesquisada, o local de acomodação para as mães - o


alojamento de nutrizes - está distante do modelo de humanização que os profissionais
gostariam de proporcionar. Esta questão foi apresentada pelos profissionais como uma
causa urgente.

Ressaltamos que, embora o processo de trabalho da UTI neonatal


proporcione constantes desgastes e envolva fatores que constituem obstáculos para a
oferta da assistência humanizada, percebemos que trabalhadores criam estratégias para
atender às necessidades dos usuários e também desenvolvem ações que facilitem suas
práticas. São profissionais que, conforme expressa o dito popular, tiram leite de pedra
em uma UTI neonatal.

Portanto, finalizamos acenando para a urgente necessidade de um olhar


cuidadoso dos gestores em relação à qualidade da produção de cuidados em saúde
neonatal e das condições de trabalho atualmente disponíveis para o alcance das metas
instituídas pelo Ministério da Saúde, no que concerne à produção de cuidados
humanizados.

24

REFERÊNCIAS
UTI Neonatal: o que é, tempo de permanência e quando acontece a alta. Disponível
em: <https://www.tuasaude.com/uti-neonatal/>. Acesso em: 05 ago. 2018.

MONTEIRO, Luiza. Os problemas de saúde mais comuns nos bebês prematuros


Disponível em: <https://bebe.abril.com.br/saude/os-problemas-de-saude-mais-
comuns-nos-bebes-prematuros/.> Acesso em: 08 ago. 2018.

SBP. Maranhão tem déficit de 274 leitos de UTI neonatal, segundo a SBP.
Disponível em: <https://imirante.com/maranhao/noticias/2018/04/06/maranhao-tem-
deficit-de-274-leitos-de-uti-neonatal-segundo-a-sbp.shtml>. Acesso em: 13 ago. 2018.

G1 ITAPETININGA e REGIÃO. UTI neonatal continua sem prazo para ser


entregue em Itapetininga. Disponível em:
<http://g1.globo.com/sao-paulo/itapetininga-regiao/noticia/2017/01/uti-neonatal-
continua-sem-prazo-para-ser-entregue-em-itapetininga.html>. Acesso em: 15 ago. 2018.

UTI INFANTIL. Aparelhos e Equipamentos. Disponível em:


<http://utiinfantil.com.br/utineonatal>. Acesso em: 20 ago. 2018.

Ana Cristina Magazoni Bragheto, Adriana Vilela Jacob. Suporte Psicológico às mães de
prematuros em uma UTI neonatal. Disponível em:
<http://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/saudeetransformacao/article/view/640>.
Acesso em: 16 ago. 2018.

Kátia Maria Oliveira de Souza; Suely Deslandes Ferreira. Assistência humanizada em


UTI neonatal: os sentidos e as limitações identificadas pelos profissionais de saúde
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232010000200024>. Acesso em: 20 ago. 2018.
25

APÊNDICE
APÊNDICE A

QUESTIONÁRIO

QUESTIONÁRIO PARA O PEDIATRA DR. CLAUDIO


AMORIN.

1-Qual sua opinião sobre a infraestrutura das UTIs neonatais públicas?

A infraestrutura da UTI varia de lugar para lugar, tem lugares bons e lugares não tão bons. A maior
dificuldade hoje, é a dificuldade de aparelhagem.
2-Em quais áreas a UTI neonatal poderia melhorar?

A UTI neonatal poderia melhorar principalmente, tendo especialistas de pediatria junto da UTI neonatal.
Porque muitos casos o neonatologista não consegue sozinho dar conta do problema, e é necessário por
esse motivo de um especialista

3- Em todos esses anos de trabalho e observação das famílias, você percebeu se elas têm medo de
acontecer algo errado? As dificuldades financeiras podem interferir no tratamento? Existe receio de
descobrir alguma doença?

Sim, as famílias na maior parte das vezes tem medo de acontecer alguma coisa de errado, principalmente
quando esse filho é muito esperado por esses pais ou pela família.

Infelizmente as dificuldades financeiras, podem sim interferir no tratamento, só que muitas vezes as UTIs
acabam sendo priorizadas no orçamento do hospital, para que esse tratamento não seja prejudicado, afinal
de contas é na UTI que estão os pacientes mais graves. E quando falamos de UTI neonatal as famílias têm
mais medo do que vai acontecer e não necessariamente o medo de descobrir a doença.

4- Poderia relatar um caso que você já vivenciou de mau atendimento aos recém-nascidos que resultaram
em problemas mais graves?

O caso que ele vivenciou não foi na UTI neonatal, mas foi na sala de parto, que quando o bebê nasceu não
tinha um pediatra para recebê-lo, e acabou que esse atendimento foi bem inadequado. O bebê nasceu com
problemas e não tinha como dar atendimento adequado e por conta disso, acaba comprometendo a vida
dessa criança.

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APÊNDICE B

QUESTIONÁRIO PARA A POPULAÇÃO

Trabalho de: Beatriz Gois, Isabela Maffessoni,


Lara Soares, Manuela Fajardo

UTI-NEONATAL é uma unidade hospitalar onde, os recém nascidos com doenças


potencialmente graves são internados para monitorização e tratamento.

Esse questionário faz parte de um trabalho sobre essa unidade hospitalar não cumprir o desejado
A seguir responda

1. Algum conhecido seu já perdeu um recém nascido pela falta de atendimento ou falta de
equipamentos?

( )sim ( )não

2. Você acha que, na maioria das vezes esses problemas estão relacionados a falta de
verba pública?

( )sim ( )não

3. Você acha que a UTI-NEONATAL de Londrina é boa e equipada?

( )sim ( )não

27

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