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Manutenção da Superestrutura

Ferroviária
Edição, Revisão e
Desenho Instrucional ID Projetos Educacionais

Desenho Gráfico
e Produção Ser Integral Consultoria em Recursos Humanos Ltda.

Conteúdo Vale
Vale

Conteudistas André Andrade – São Luís (MA)


Henrique da Luz – São Luís (MA)
Luiz Uchoa – São Luís (MA)
Luiz Zanotti – São Luís (MA)
Paulo Henrique Martins – São Luís (MA)
Raimundo Baldez – São Luís (MA)
Robson Filho – São Luís (MA)

Fevereiro 2008 Impresso pela Ser Integral Consultoria em Recursos


Humanos Ltda. no Brasil.

É proibida a duplicação ou reprodução deste material, ou parte do mesmo,


sob qualquer meio, sem autorização expressa da Vale.

Primeiro aprenda a ser um artesão.

Isso não impedirá


você de ser um
um gênio.

Eugene Delacroix

APRESENTAÇÃO

Prezado Empregado, C onheci ment os



Habil idad es

Você está na Trilha Técnica da Manutenção Ferroviária participando


do curso “Manutenção da Superestrutura Ferroviária”.

A Valer - Universidade Corporativa Vale - construiu esta Trilha em


conjunto com profissionais representantes da área (comitê técni-
co, supervisores e técnicos) com o objetivo de identificar as com-
petências indispensáveis para o melhor desempenho das funções
técnico-operacionais da ferrovia e organizar as ações de desenvol-
vimento necessárias para desenvolvê-las.
Competência é a união de conhecimentos, habilidades e atitudes.
Todos os treinamentos
Todos tr einamentos contidos na Trilha Técnica contribuem com o
desenvolvimento de suas competências tornando-o apto a executar
seu trabalho com mais qualidade e segurança, agindo em confor-
midade com os padrões exigidos pela Companhia.
Atit udes

Agora é com você. Vamos Trilhar?


Trilhar?

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I A VIA FÉRREA 10

Formação e controle da via ferroviária 12


Cargas 12
Infra-estrutura 13
Superestrutura 15

CAPÍTULO II VIA PERMANENTE 22

Componentes da Via Permanente 24


Geometria da via 35
Manutenção da VP 37
Esforços que atuam sobre a via 45
Principais anomalias na via 47

CAPÍTULO III METROLOGIA 50

Sistemas de medidas padronizados 52


Unidade 52
Instrumentos de medição 54

CAPÍTULO IV SEGURANÇA E SAÚDE OCUP


OCUPACIONAL
ACIONAL 66

CAPÍTULO V PROCEDIMENTOS PARA SOLDAGEM 72

Solda aluminotérmica 74
Solda QP/CJ WGW 90
Alívio de tensão 94

CAPÍTULO VI JUNTA
JUNTA ISOLADA COLADA – JIC 104

Preparo e montagem da Junta Isolada Colada 108


Inspeção da Junta Isolada Colada 127

INTRODUÇÃO


A via férrea é composta por vários elementos que sofrem degradação diária, tanto pelos fenômenos natu-
rais quanto pelo excesso de utilização. Para não causar prejuízos na qualidade operacional do sistema, é
extremamente importante a manutenção da superestrutura ferroviária.
Nesta apostila, você conhecerá os conceitos fundamentais sobre a estrutura da via férrea e os procedi-

mentos que devem ser tomados para sua conservação.


Aprenderá os recursos para a soldagem da via férrea, quais os tipos de solda utilizados na Via Permanente
e conhecerá os equipamentos utilizados para efetuar a manutenção, bem como os procedimentos para
sua inspeção.
Não se pode esquecer da segurança dos operadores. Por isso, você também conhecerá as normas de
Segurança e Saúde Ocupacional estabelecidas por regulamentos especiais e que são seguidas nas vias
férreas.
CAPÍTULO I

A VIA FÉ RREA


Neste capítulo, você aprenderá sobre a via férrea, cargas na via, tensões do tráfego e os esforços que
atuam sobre ela.
Além disso, estudará superestrutura e infra-estrutura ferroviária e saberá quais são as principais
anomalias que ocorrem nas vias.
Este capítulo servirá de introdução aos próximos capítulos porque lhe fará entender, desde o início,
como é o trabalho na Via Permanente.
FORMAÇÃO E CONTROLE DA VIA FERROVIÁRIA

Como é formada uma via ferroviária?


É formada por um conjunto de elementos que constroem o caminho do rolamento. Sua função é
transmitir e distribuir para sua base as cargas que circulam nela, além de dirigir esses veículos,
estabelecendo um determinado trajeto.
Cada um dos elementos desse conjunto
conjunto sofre uma desagregação própria ao longo do tempo, devido às
ações a que está submetido e às condições ambientais. Isso provoca
provoca um afastamento da via de suas
condições iniciais de implantação ideais, com prejuízo para a qualidade operacional do sistema.

Qual é o objetivo do controle da via férrea?


Acompanhar a evolução da via, por meio de inspeções e registros, além da manutenção para corrigir

os defeitos detectados, de forma que o nível da qualidade operacional não seja afetado.
Agora você conhecerá os procedimentos para a circulação de cargas no tráfego ferroviário.

CARGAS

Como são transmitidas as cargas oriundas do tráfego ferroviário?


São transmitidas pelas rodas aos trilhos que, por sua vez, transmitem-nas aos dormentes.
Dessa forma, geram-se tensões que, dependendo da natureza dos veículos, da velocidade com que
trafegam, da respectiva tonelagem bruta e do estado da via, podem ser superiores à capacidade de
carga do próprio terreno onde a linha está implantada.

Para compatibilizar as tensões devidas ao tráfego, utiliza-se uma camada de material semidefor-
mável, que absorve parte dos esforços. Com esse material, a plataforma fica estruturada.
Este material é denominado lastro ferroviário ou somente lastro.

12
INFRA-ESTRUTURA

O que é infra-estrutura ferroviária?


É o conjunto constituído pela plataforma ou leito estradal, demais obras de terra e os sistemas de drenagem.

O que é leito estradal?


Geometricamente representa a faixa limitada pelos pés dos cortes ou cristas dos aterros, mas a
plataforma indica a conclusão do terraplenagem e o leito
l eito a conclusão da obra como um todo.

Principais elementos de infra-estrutura


Plataforma ferroviária: é constituída pelos seguintes elementos:

terraplanagem – como se trata de estrutura ferroviária, esse termo pode representar a reti-
rada de terra, chamada escavação ou corte, ou seu preenchimento, chamado de aterro;
talude – é a superfície do terreno originária de uma operação de terraplenagem;
declive – é a superfície inclinada do corte ou aterro;
corte – é a escavação que é feita quando a construção tem cota menor que a superfície
normal do terreno;

Crista

P er
fil d
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Talude
Crista

Plataforma
Talude
Declive. A
B
B
Pé Pé

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 13


aterro – é o enchimento feito quando a construção a ser executada tem cota maior que a
superfície natural do terreno;

Crista Plataforma Crista



B
Talude
Declive. A
Perfil d B A
o terre Talude
no

seção mista – é constituída por corte e aterro;

linha de passagem – representa o ponto da superfície de mesma cota que a plataforma;


área de domínio – é a região em torno de uma obra que pertence a seu domínio. É delimitada
para essa área dos que dela se aproximem ou ainda demarcar a área que futuramente será
ampliada;
estruturação viária – é uma obra que se destina à circulação de veículos.
Drenagens e obras complementares: têm o objetivo de conservar a via e são responsáveis por
sua manutenção;
Obras de arte especiais (OAE):
túneis – são passagens subterrâneas destinadas às vias de comunicação ou abdução de
água e esgoto;

14
pontes e viadutos – têm como função dar continuidade às estreadas onde não foi possível
a execução de aterros.

Faixa de domínio de uma estrada é a faixa de terreno predeterminada que pertence ao domínio da
estrada. Dentro dela está o corpo estradal.
A faixa de domínio foi feita ou para a proteção da estrada e das pessoas que a utilizam ou para o
futuro alargamento da mesma.

SUPERESTRUTURA

O que é superestrutura ferroviária?


É o sistema constituído por:
lastro;
dormentes;
trilhos.

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 15


Lastro

É uma camada de material permeável e resistente, de granulometria adequada, posicionada entre


os dormentes e o leito e/ou sublastro.

Granulometria é a divisão controlada de grãos de diâmetros diversos.

Essa camada proporciona drenagem e elasticidade à linha e tem como principal função a distribui-
ção das cargas dos dormentes para o leito do terreno (plataforma ferroviária).

Dormentes
São os elementos da superestrutura ferroviária que constituem a superfície de apoio para os trilhos.
São compostos pelos seguintes materiais:

Madeira Concreto protendido Aço

16
Funções dos dormentes
Garantir a fixação e manter um suporte seguro e adequado aos filtros;
Amortecer e absorver os choques de rolamento;
Distribuir e transmitir ao lastro os esforços recebidos dos trilhos;
Manter a bitola constante;
Manter o alinhamento longitudinal e transversal da via.
vi a.

As tensões devidas ao tráfego e convenientemente amortecidas propagam-se na plataforma estradal.


Essas tensões devem estar em condições de serem suportadas pelo terreno.
Em linhas de alta intensidade de tráfego, ou quando este é constituído por trens de elevada carga
por eixo (como por exemplo os trens de minério), é conveniente reforçar a capacidade da carga da
plataforma. Este reforço é constituído por uma camada de material selecionado e compactado,
denominado sublastro.

OBSERVAÇÃO: alguns autores incluem o sublastro como parte constituinte da superestrutura.

Trilhos

São elementos da superestrutura que constituem a superfície de rolamento para as rodas dos ve-
ículos ferroviários. É uma longa viga de aço com uma forma ou perfil especial, na qual trafegam e
são guiadas as rodas de equipamentos de tração e de material rodante rebocado.

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 17


Constituição
Os trilhos são constituídos pelos seguintes materiais:
aço carbono;
aço liga;
boleto tratado.

Exemplos de veículos que circulam sobre os trilhos


Locomotivas

Vagões

Trilhos são resistentes a desgastes, choques e ações mecânicas.

18
Composição
Os trilhos são compostos por:
boleto: é a parte superior do trilho, onde as rodas dos veículos ferroviários se apóiam e se deslocam;
alma: é a parte estreita e vertical da secção transversal do trilho, localizada entre o boleto e o patim;
patim: é a parte mais larga do trilho. É apoiada e fixada diretamente no dormente ou indireta-
mente, por intermédio da placa de apoio.

Boleto

Alma

Patim

Após conhecer a via férrea, você aprenderá todos os conceitos necessários sobre a Via Permanente.
Veja no próximo capítulo!

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 19


1 Complete:
relembrar
a) O objetivo da ____________ é acompanhar a evolução da via, por meio de inspeções e
registros, além da _____________ para corrigir os defeitos detectados, de forma que o
nível da qualidade operacional não seja afetado.

b) ____________ é o conjunto constituído


constituído pela plataforma ou leito estradal, demais obras de
terra e os sistemas de drenagem.
c) Para compatibilizar
compatibilizar as ________ devidas ao tráfego,
tráfego, utiliza-se uma camada
camada de material
emideformável,l, que absorve parte dos esforços.
emideformáve

2 Verdadeiro ou falso?
( ) A plataforma ferroviária é constituída
constituída por terraplenagem, talude, declive e corte
corte somente.
( ) A área
área de
de domínio
domínio e a linha
linha de passagem são elementos
elementos que constituem a plataform
plataform
ferroviária.

( ) As drenagens e obras complementares têm o objetivo de conservar a via e são responsáveis


por sua manutenção.
( ) As pontes e viadutos têm como função dar continuidade às estreadas onde não foi
possível a execução de aterros.

3 Correlacione os elementos que constituem a plataforma ferroviária às suas definições:


a) túneis
b) seção mista

c) aterro
d) declive
e) corte
f) talude
g) terraplenagem

20
( ) É a superfície inclinada do corte ou aterro.
relembrar
( ) É constituída por corte e aterro.
( ) É a superfície do terreno originária de uma operação de terraplenagem.
( ) São passagens subterrâneas destinadas às vias de comunicação ou abdução de água e esgoto.
( ) É o enchimento feito quando a construção
construção a ser executada tem cota
cota maior
maior que
que a superfície
natural do terreno.
( ) Esse termo pode
pode representar a retirada de terra, chamada
chamada escavação ou corte, ou seu
preenchimento.
( ) É a escavação que é feita quando a construção tem cota
cota menor
menor que
que a superfície normal
normal
do terreno.

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 21


CAPÍTULO II

VII A P E R M A N E N T E
V


Neste capítulo, você aprenderá o significado de Via Permanente, seus componentes e saberá para que
servem os AMVs.
Além disso, aprenderá como é feita a geometria e a manutenção da Via Permanente.

Aqui, você entenderá


anomalias ocorrentes.também quais são os esforços que atuam sobre a via e estudará as principais

O que é Via Permanente?


É o conjunto de elementos que proporciona suporte e direção ao deslocamento dos trens.
A Via Permanente é construída de modo a ser renovada quando seu desgaste atinge o limite de tolerân-
cia estipulado pela segurança e comodidade da circulação ou uma necessidade de melhoria em função
do aumento de carga por eixo ou de velocidade.

NOTA: a esse limite de tolerância explicado anteriormente dá-se o nome de Remodelação.


COMPONENTES DA VIA PERMANENTE

Elementos da Superestrutura
Lastro, dormentes e trilhos, explicados anteriormente na parte que define superestrutura (capítulo 1).

Bitola
É a distância entre as faces internas das duas filas de trilhos, medida a 16 mm abaixo da face
superior dos trilhos.

Bitola

A bitola é um dos elementos mais importantes de todo o projeto e traçado ferroviário, pois é o parâ-
metro na definição dos seguintes pontos da ferrovia:

velocidade;
capacidade de transporte;
tipo de material rodante;
aspectos econômicos da ferrovia;
possibilidade de unificação de ferrovias existentes.

24
Alinhamento
É o posicionamento da linha férrea em relação ao terreno, conforme definido nas cotas do projeto,
em relação ao plano vertical e/ou horizontal.

As imagens a seguir mostram um trecho alinhado e outro com flambagem horizontal e vertical.
À esquerda: flambagem horizontal da via; à direita: flambagem vertical da via.

Placas de apoio
São chapas de aço com furos necessários à fixação nos dormentes, com perfil e rasgos para fixarem
o trilho sobre as mesmas.

A secção transversal tem uma inclinação aproximada de 1:20 para o lado de dentro dos trilhos.

Essa inclinação é necessária para possibilitar um melhor contato entre a roda e o trilho.

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 25


Vantagens do uso de placas de apoio
Prolongam a vida útil do dormente;
Proporcionam melhor distribuição de carga sobre o dormente;
Evitam a tendência do patim do trilho de penetrar no dormente;
Permitem que o esforço transversal à via seja transmitido a toda a pregação.

Trilho

Grampo Elastico Denck

Chapa de apoio
Tirefond

Apruela dupla

de pressao Dormente

Retensores
São peças que têm por objetivo transferir aos dormentes o esforço longitudinal que tende a deslocar
o trilho.

Retensor

O uso do retensor é indispensável apenas em linhas com fixação rígida. Do contrário, é praticamente
impossível manter o alinhamento dos trilhos.

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Almofadas isolantes
São peças confeccionadas com material isolante. Elas têm a função de impedir o contato entre o
patim do trilho e o dormente de aço.

Acessórios metálicos
São os elementos que auxiliam a fixação dos trilhos nos dormentes, permitindo-lhes maior seguran-
ça para sustentar as cargas distribuídas.
Os acessórios metálicos dividem-se em acessórios de fixação e acessórios de ligação.

Acessórios de fixação
São os elementos necessários à fixação do trilho no dormente ou na placa de apoio do trilho. Os
acessórios de fixação podem ser:
rígidos: exemplos – prego de linha e tirefond (espécie de parafuso de “rosca soberba”);
elásticos: exemplos – grampos elásticos Deenik e Pandrol.

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 27


Observe as ilustrações:

Tirefond

Grampos elásticos: Deenik e Pandrol

28
Por que é melhor fazer a fixação elástica dos trilhos à fixação rígida?
r ígida?
Porque a fixação elástica absorve os choques e vibrações por meio de um ou mais elementos flexí-
veis, efeito mola, sem, no entanto, perder o poder de retenção dos trilhos e dos dormentes. Sendo
assim, comportam-se melhor que as fixações rígidas.
As desvantagens da fixação rígida em relação à fixação elástica são muitas:
facilita rachaduras de dormentes. O prego funciona como uma cunha de madeira;
oferece pouca resistência ao arrancamento;
facilita o alargamento da bitola quando ocorre afrouxamento;
acarreta maior despesa com manutenção do nivelamento e alinhamento da linha, além de fe-
chamentos de bitola;
oferece pouca resistência aos esforços longitudinais, necessitando da utilização de retensores.

Acessórios de ligação
São peças de ligação entre duas barras de trilho. São constituídos pelos seguintes elementos:

Talas de função Parafuso de talas Arruelas Porcas

Os acessórios de ligação são também conhecidos como juntas. Elas podem ser:
1. metálicas;
2. isoladas convencionais ou encapsuladas;
3. isoladas coladas.

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 29


1. Juntas Metálicas
São normalmente utilizadas na Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).
Na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), são mais utilizadas em pátios e na remoção de
fraturas de trilhos, antes da soldagem.
sol dagem.

2. Juntas Isoladas Convencionais ou Encapsuladas


São utilizadas para isolamento elétrico entre duas secções de trilho e não divisões de circuito
em linhas sinalizadas.

30
3. Juntas Isoladas Coladas
Possuem a mesma utilidade das juntas isoladas encapsuladas, com a diferença do uso de ade-
sivo à base de epóxi, para promover uma maior vedação na junta e, conseqüentemente, menor
volume de impactos no material rodante e na linha.

AMVs – Aparelhos de Mudança de Via


Os Aparelhos de Mudança de Via são dispositivos instalados na ferrovia que permitem a transferên-
cia de um trem ou veículo ferroviário
f erroviário de uma linha para a outra.

IMPORTANTE: os Aparelhos de Mudança de Via possibilitam a translação e a rotação combinadas


dos eixos.

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 31


A maioria dos AMVs instalados nas vias representa uma área crítica mais fraca do que o restante
da via, mesmo estando situados em tangentes. Isso ocorre devido ao grande número de componen-
tes e a certa fragilidade
fr agilidade dos mesmos frente à sua elevada solicitação.
Dessa forma, são necessárias intervenções constantes para a manutenção e lubrificação dos mesmos.

Para o correto funcionamento de um AMV, é necessária a limpeza e a lubrificação periódica dos


componentes sujeitos a atrito (chapas de apoio, agulhas, maromba etc.). Deverá ser executado
o reaperto dos parafusos, nivelamento, socaria e esmerilamento do jacaré e das agulhas, o que
garantirá uma maior vida útil para estes componentes.

Observe o esquema básico de um AMV

32
Classificação dos AMVs
Comuns: são constituídos por:
agulhagem ou chave;
corpo do aparelho;
cruzamento;
geral.
Giradores: são equipamentos que permitem apenas a rotação do eixo. São usados em oficinas de
manutenção e servem como equipamento para mudar o sentido do veículo;
Especiais;
Carretões: são equipamentos que possibilitam a translação do eixo, de uso específico em ofici-
nas de manutenção e lavadores;
Triângulos de reversão;
Pára-choques.

Na FCA e na EFVM predominam os seguintes tipos de AMVs:


AMV # 08;
AMV # 10;
AMV # 12;
AMV # 20.

OBSERVAÇÃO: esta classificação é realizada em função da razão de abertura do jacaré, no cru-


zamento. No caso do AMV # 10, por exemplo, a razão de abertura do jacaré é 1:10.

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 33


Entrevia
É a distancia entre os eixos de duas vias férreas paralelas, medida na normal aos eixos.
A cota da entrevia deve ser disposta de forma que, em duas situações de linha dupla ou muitas
linhas, os trens que estejam circulando em linhas adjacentes na mesma seção não sofram influên-
cias por causa da proximidade.

NOTA: a influência sofrida pela seção é diretamente proporcional à velocidade dos trens. Dessa
forma, em linhas de alta velocidade a entrevia deve ter valores maiores.

A entrevia mínima é aquela que permite o cruzamento de composições ferroviárias, com espaça-
mento seguro entre elas.

Entrevia

34
GEOMETRIA DA VIA

Para que você entenda melhor como é a geometria da via, observe o esquema a seguir, em que os
diferentes elementos são divididos em três grupos.
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Manutenção da Superestrutura Ferroviária 35


Em relação ao traçado
Características geométricas que visam à melhoria na adaptação às variadas formas da superfície
do terreno. São as formas básicas de curvas e tangentes (retas) em planimetria e altimetria.

Planimetria é a parte da Topografia que estuda os métodos e os procedimentos que serão utilizados
na representação do terreno.
Altimetria é a parte da Topografia que estuda os métodos e procedimentos que levam à represen-
tação do relevo.

Função da circulação dos trens


A procura por adequação da geometria básica de curvas e tangentes com as necessidades dinâmi-
cas da circulação do trem. Seus componentes são:
superelevação;
curva de transição;
entrevia;
super-largura;
raio de curvatura;
rampa máxima;
curva vertical de concordância.

Função da qualidade e tolerâncias da linha


Os parâmetros básicos que definem a qualidade da pista de rolamento e que possibilitam a fixação
de valores de tolerâncias são a bitola da linha, o alinhamento e o nivelamento da linha.
As vias férreas sofrem muitos esforços devido ao tráfego de trens. A causa desses esforços sofridos
é em função das seguintes circunstâncias:
da carga e da velocidade dos trens;
do desgaste;
da fadiga dos materiais;
ação das intempéries (tempestades).

36
Esses inconvenientes atuam tanto na superestrutura quanto na infra-estrutura. Essa ação tem
como resultado deformações nas condições geométricas da via.
Se as deformações na via não forem corrigidas no tempo adequado, podem causar estragos irre-
versíveis à Via Permanente, além de riscos à circulação dos trens, aumentando excessivamente as
despesas com a manutenção da via.

MANUTENÇÃO DA VP

O que é manutenção da Via Permanente?


É o trabalho ou o conjunto de trabalhos corretivos,
corr etivos, periódicos e programados, feitos na superestru-
tura da via férrea, visando cuidar de sua geometria, com total ou parcial aplicação e substituição
maciça de material.

Otolerância,
processo garantindo
de manutenção da via é feito
total segurança com o dos
no tráfego objetivo
trens.de mantê-la dentro dos parâmetros de

Quando deve ser feita?


A manutenção da superestrutura deve ocorrer quando ela apresentar os seguintes inconvenientes:
alta incidência de desgaste de trilhos e fixações;
apodrecimento de dormentes de madeira;
contaminação do lastro;
perda de geometria como flambagem de linha (ganchos), devido aos esforços de tração e des-
nivelamentos.

Que serviços que a manutenção envolve?


Essa manutenção deve contemplar os seguintes serviços:
remoção de barreiras;
recomposição da plataforma;
limpeza dos dispositivos de drenagem, como:

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 37


valetas;
canaletas;
bueiros;
drenos;
valetas de proteção.

NOTA: os serviços devem ser executados nos meses que antecederem as chuvas e após ocorrências
de queda de barreiras. Poderá ser necessária a limpeza do lastro.

A correta manutenção da infra-estrutura e dos dispositivos de drenagem é fundamental para a vida


útil da superestrutura.

Essa manutenção é de responsabilidade da Via Permanente e é executada de acordo com as pro-


gramações, com o pessoal próprio ou empresas contratadas, conforme o volume e o tipo
t ipo de serviço.
Na maioria das vezes, as equipes de manutenção de Via Permanente se locomovem por meio de
veículos ferroviários.
Os princípios se iniciam sempre por:
auto ou caminhão de linha que transporta pessoal e/ou equipamentos de manutenção ferroviária;
auto de linha de inspeção do trecho ferroviário, ou conduzindo gerentes, visitantes etc.;
trem ou guindaste ferroviário que realiza serviços para a Via Permanente, geralmente de carga
ou descarga de materiais;
equipamentos de manutenção de linha (socadora/reguladora, desguarnecedora, multifuncional,
esmeriladora de trilhos etc.).

38
Socadora de linha

IMPORTANTE: a sinalização de via deve ser feita de acordo com o ROF (Regulamento de Operação
Ferroviária), bem como a comunicação via rádio deve ser feita de maneira clara e objetiva, visan-
do à total segurança do pessoal envolvido na ferrovia e dos equipamentos.

Tarefas envolvidas na manutenção da Via Permanente


Manutenção da Geometria da Via e AMVs:
nivelamento – transversal e longitudinal;
alinhamento;
bitola.
Manutenção dos materiais e acessórios:
trilhos;
dormentes;
fixações;
ligações (juntas);
AMVs;
lastro;
passagem em nível – PN.

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 39


Manutenção dos marcos de referência:
locação;
alinhamento;
nivelamento.

Renovação da Via Permanente


Consiste no trabalho ou o conjunto de trabalhos corretivos, periódicos e programados, realizados na
superestrutura da via férrea e em sua geometria, total ou parcialmente, com aplicação e substitui-
ção maciça de material.
A renovação na Via Permanente pode ser total ou parcial.

Renovação Total
É o tipo de renovação na qual, dado o estágio de desgaste, fadiga ou envelhecimento dos materiais,
há a necessidade de substituição desses elementos.

Renovação Parcial
É o tipo de renovação em que somente parte dos materiais é substituída e/ou parte da geometria
da via é revista.

Objetivos dos trabalhos de manutenção e renovação da Via Permanente

Conservar o traçado e a geometria da via em planta e perfil;


Conservar seus aparelhos e materiais componentes dentro dos padrões de tolerância e sem
defeitos, para não prejudicarem o tráfego dos trens;
Manter um lastro limpo, elástico e drenado.

40
Remodelação da Via Permanente
É o conjunto de obras ou melhoramentos aplicados à superestrutura da via férrea existente, total
ou parcialmente, com o objetivo de melhorar seu traçado geométrico (retificações ou variantes) ou
suas condições técnicas (maiores raios de curva, material de via mais pesado, dormentes de con-
creto etc.) para possibilitar a circulação de trens mais pesados e/ou de maiores velocidades.

Manutenção Preventiva
É aquela executada segundo um levantamento prévio, num horizonte anual das necessidades, para
se ter uma linha segura.
Esse levantamento consiste na verificação do estado geral de dormentes, como condições da fixa-
ção e apodrecimento, inspeção em trilhos para a detecção de defeitos superficiais, além de medição
de desgaste e achatamento, verificação da necessidade de brita para lastro e verificação do estado
geral da geometria da linha para programação de equipamentos de grande porte, como socadoras
e reguladoras.

Manutenção Corretiva
É aquela executada para substituição de componentes defeituosos, que passam dos limites de
tolerância e, conseqüentemente, colocam em risco a segurança da linha.
li nha.
Geralmente é executada segundo programações, porém num horizonte semanal ou até mesmo diário.

Manutenção Emergencial
É aquela executada quando ocorrem situações que provocam interdições da linha ou risco iminente
de acidentes,
de juntas, como descarrilamentos,
flambagem tombamentos,
acentuada da linha, fraturasetc.
fratura de trilhos de talas de junção, desnivelamento

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 41


Fraturas de trilhos
São trincas parciais e/ou totais dos trilhos, ocasionadas por fadiga, variações de temperatura e
acentuadas, defeito de fabricação ou acidentes.

Classificam-se em:
longitudinais;
verticais.

No caso de identificação de uma fratura longitudinal, a linha será imediatamente interditada. Não
é permitido o uso de talas de segurança com sargentos. Nesse caso, será requisitada a presença
da Via Permanente.
Fratura Longitudinal

Fratura longitudinal
Corte

Corte

0,26 m 0,26 m

Fratura longitudinal
Corte Corte

Corte

0,26 m 0,26 m

42
Sargento de linha

42,0

7
7

4
,
3
2
2

45º
4
255 90 255 ,
7
7

Colocação de sargentos

Trilho
Trinca
Tala metálica

Lastro Sargento Sargento

Trilho Trinca
Trinca Tala metá
metálica
lica

Lastro Trinca
Sargentos

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 43


Quando há fraturas verticais nos trilhos, poderão ser utilizadas as talas de segurança com sargen-
tos, caso seja necessária uma complementação da passagem do trem, cumprindo precaução de
velocidade de 10 km/h.

IMPORTANTE: após a passagem do primeiro trem, se for necessário, a linha será interditada ao
trafego normal. Nesse caso, a Via Permanente será requisitada.

Fratura vertical é aquela em que o desenvolvimento longitudinal ao trilho não pode ultrapassar 50 mm.

Fratura Vertical

50 mm

Fratura longitudinal
Corte Corte

0,26
0,26 m 0,
0,26
26 m

44
ESFORÇOS QUE ATUAM SOBRE A VIA

Apesar de a via só poder suportar os esforços conseqüentes do peso dos veículos e da força centrí-
fuga praticada por estes esforços na via curva, a ação destes esforços está mais constantemente
modificada por esforços de caráter anormal, que desempenham um papel muito importante na
resistência da via.

Força centrífuga: força de inércia que aparece em todos os corpos que estão em movimento curvilí-
neo, empurrando-os para fora da curva.

Os esforços que atuam na via se sucedem por meio das características da via e dos veículos que
circulam sobre ela.

Classificação dos esforços

Cargas verticais
Normais
Força centrífuga

Devido à própria via


Anormais
Devido ao material rodante

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 45


Classificam-se também em:
verticais: são os que têm direção normal ao plano dos trilhos. São transmitidos pelas rodas dos
veículos e resultam da carga deles. Classificam–se da seguinte forma:
for ma:

carga estática;
força centrífuga vertical;
movimento de galope;
movimento de balanço;
repetição desigual do peso nas curvas;
defeito da linha;
defeitos do material rodante.
longitudinais: são os que têm direção longitudinal ao plano dos trilhos. Os esforços longitudi-

nais
pelossão própriosedas
dormentes pelocondições da via e dos movimentos
lastro. Classificam-se da seguintedos veículos sobre ela.
f orma:
forma: el a. São suportados

dilatação;
reptação;
golpes das rodas nos topos dos trilhos;
tril hos;
esforço trator;
frenagem;
atrito dos frisos das rodas em contato com os trilhos.
transversais: são os que têm direção transversal ao plano dos trilhos. Os esforços transversais
sobre a via produzem tanto em curva como reta. Classificam-se da seguinte forma:
força centrífuga;
movimento de Lacêt;
vento.

46
PRINCIPAIS ANOMALIAS NA VIA

As anomalias podem ser causadas por diversos fatores, como:


defeitos em trilhos (superfície de rolamento): amassamento, desgaste, quebra, fratura;
defeitos na geometria: nivelamento longitudinal, nivelamento transversal, alinhamento, bitola,
superelevação, empeno, balanço etc.;
defeitos em dormentes: porcentagem podre, rachado, empenado, queimado, seqüência de dor-
mentes com defeito etc.;
defeitos de lastro: contaminado, sujo etc.;
defeitos na infra-estrutura: falha na plataforma, talude, corte etc.;
defeitos no AMV:

falha na bitola;
alinhamento;
nivelamento longitudinal;
nivelamento transversal;
cotas de salvaguardas;
fratura;
desgrude em agulhas/jacarés;
vedação das agulhas.

A manutenção da superestrutura da ferrovia exige o conhecimento dos conceitos de metrologia, bem


como os sistemas de medidas. Conheça esses conceitos no próximo capítulo.

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 47


1 Correlacione os elementos que compõem a superestrutura ferroviária a suas definições:
relembrar
a) Lastro
b) Dormentes
c) Trilhos

( ) São os elementos de superestrutura


superestrutura ferroviária
ferroviária que consistem
consistem na superfície de apoio para os
trilhos.
( ) É uma camada de material permeável e resistente, de granulometria adequada, posicionada
entre os dormentes e o leito e/ou sublastro.
( ) São os elementos de superestrutura
superestrutura ferroviária
ferroviária que consistem
consistem na superfície de apoio para os
trilhos.

2 Coloque as palavras do quadro abaixo nas respectivas lacunas:


lacunas:

placas de apoio – bitola – Via Permanente – almofadas isolantes – boleto

a) ___________ é a parte superior do trilho,


trilho, onde as rodas dos veículos
veículos ferroviários se
se apóiam
e se deslocam.
b) ____________ é o conjunto de elementos que proporciona suporte e direção ao deslocamento
dos trens.

c) ___________ é a distância
abaixo da face superior entre as faces internas das duas filas de trilhos, medida a 16 mm
dos trilhos.
d) ____________ são chapas de aço, com furos necessários à fixação nos dormentes, com
perfil e rasgos para fixarem o trilho
tr ilho sobre as mesmas.
e) _____________ têm a função de impedir o contato
contato entre o patim do trilho e o dormente de aço.

48
3 Encontre no caça-palavras os elementos que compõem a superestrutura da Via Permanente:
relembrar
T A J J L C V G U I O P A L M O F A D A I S O L A N T E
R F M I U V C X B D S A P L L H S A X V B B Q E Z X H Y
I C B J K B N N M R E T Y U I H C O P L L I O A X V M O
L W V K L L A S T R O A S F V B T O T W S A F F T Y H F
H Q B Ç Ç D D E O G P C C V B I F A C S S D R A A S T S
O Q B J H E X D H F O A E R E T E N S O R S D D D D T T
A X M B N T Q X U B U I D A T O C A O I P E D C G R H B
A D F A B Y Z B Ç N J O S S H L D S F S W G T S F X C V
C S A E V U M V P N H L M F G A V O Ç J G D A X W A X C
X V S W C I N J L J F Ç N F E W G P D O R M E N T E S A
Z M X D X O P K L K A M B G E S B V Q A F H J K Ç L N M
P L A C A D E A P O I O P H M P O R W S C V B N R S E Y

4 O que é a manutenção da Via


Via Permanente?
Permanente?

5 Assinale as assertivas corretas:


a) Os defeitos nos trilhos
tril hos podem ser causados por:
( ) amassamento somente;
( ) amassamento, desgaste e quebra;
( ) os trilhos são os únicos elementos que nunca apresentam defeitos.

b) Os dormentes podem apresentar defeitos por causa de:


( ) podre, rachado, empenado, queimado;
( ) contaminado, sujo etc;
( ) alinhamento, bitola, superelevação, empeno, balanço etc.

c) São tipos de defeitos na geometria:


( ) nivelamento longitudinal, nivelamento transversal, alinhamento, bitola, superelevação,
empeno, balanço;
( ) somente alinhamento e superelevação;

( ) nivelamento longitudinal ou transversal.

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 49


CAPÍTULO III

METROLOGIA


Metrologia é a ciência das medidas e das medições, ou seja, o conhecimento dos pesos, medidas e
sistemas de unidades dos povos antigos e modernos.
A metrologia ajuda a combater o desperdício de matéria-prima e a reduzir o consumo por meio da
calibração de componentes e equipamentos. Dessa forma, é possível aumentar a produtividade e
minimizar os riscos de rejeição do produto.
SISTEMAS DE MEDIDAS PADRONIZADOS

O que é medir?
É comparar uma grandeza com outra de mesma natureza, tomada como padrão. Logo, medição é o
conjunto de operações que tem por objetivo determinar o valor de uma grandeza.
Observe a classificação das unidades de medida:
INCH (Polegada) ”
FOOT (Pé) ft
MILHA mi
METRO m
LITRO l
GALÃO G

QUILOGRAMA kg
LIBRAS lbs

UNIDADE

Unidade é um conjunto de definições adotado para uniformizar e facilitar as medições. Podemos


citar como exemplo:
o metro;
a polegada;
o pé etc.

Unidade de comprimento

Milímetro
A unidade de medida mais utilizada nos estudos de metrologia mecânica é o milímetro, cuja repre-
sentação é mm. O milímetro é a milésima parte do metro.

52
Polegada
A polegada, assim como o milímetro, é uma unidade de medida muito utilizada neste curso. Ela
corresponde a 25,4 mm. Pode ser de dois tipos:

decimal;
fracionada.

A polegada é dividida em frações ordinárias. Observe a seguir.


1/2” (meia polegada)
1/4” (um quarto de polegada)
1/8” (um oitavo de polegada)
1/16” (um dezesseis avos de polegada)

1/32” (um trinta e dois avos de polegada)


1/64” (um sessenta e quatro avos de polegada)
1/128” (um cento e vinte e oito
oi to avos de polegada)

Na maioria das vezes, a escala só é gravada até a fração 1/16”.


Algumas equivalências de polegadas (sistema inglês de medidas):
1 jarda = 3 pés ou 1# = 3’
1 pé = 12 polegadas ou 1’ = 12”
1 jarda = 36 polegadas ou 1# = 36”

jarda = yd
pé = ft
polegada = in

O paquímetro deve ser utilizado para leitura das outras frações menores, pois ele possui um siste-
ma especial de leitura,
lei tura, o Vernier.

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 53


Calibradores
São instrumentos úteis para realizar comparações, pois estabelecem o limite máximo e o mínimo,
variando de acordo com a aplicação.

Conheça a seguir os principais instrumentos de medição.

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

O sucessivo aumento da produção e a melhoria de sua qualidade exigem um constante desenvolvi-


mento e aperfeiçoamento na técnica de medição.
Quanto mais altas as exigências de qualidade e rendimento da produção, maiores são as necessi-
dades de aperfeiçoamento dos instrumentos de medição e dos profissionais que fazem uso deles.
Para que o trabalho seja realizado da melhor forma, a iluminação do ambiente deverá ser uniforme,
constante e disposta de modo a evitar ofuscamentos. Por outro lado, o operador deverá ter conheci-
mentos atualizados sobre as normas de medição que determinam as tolerâncias, folgas
f olgas e ajustes.

Quais são as normas gerais de medição?


Tranqüilidade;
Limpeza;
Cuidado;
Paciência;

Senso de responsabilidade;
Sensibilidade;
Finalidade da posição medida;
Instrumento adequado;
Domínio do instrumento;
Domínio das normas “ISO”.

54
Instrumentos de medição mais utilizados:
escala;
trena;
paquímetro;
micrômetro;
calibrador de lâminas;
torquímetro.

Escala
Escala ou régua graduada é o mais elementar instrumento de medição utilizado nas oficinas. São
lâminas de aço que podem ter vários comprimentos e são graduadas geralmente de 1 em 1 mm e

de 0,5
em eme0,5
1/16” de mm
1/32”naamenor
1/32” graduação. Se a graduação for em polegadas, geralmente é de 1/16”
na menor graduação.
Para conservar as escalas é importante:
evitar quedas, fricção, arranhão e contato com outras ferramentas de trabalho;
lubrificar o instrumento para o uso;
evitar contato com calor ou frio em excesso;
evitar flexionar o instrumento.

Para que servem as escalas?


Esses instrumentos servem para realizar medidas lineares, ou seja, quando não há exigência de precisão.

NOTA: para a escala ser completa e ter um caráter universal, deverá ter graduações do sistema inglês.

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 55


Nessas lâminas estão gravadas as medidas em centímetro (cm) e milímetro (mm), conforme o
sistema métrico, ou em polegadas e suas frações, conforme o sistema inglês.
Outra função desses instrumentos é fazer a verificação de planicidade em vários elementos mecâ-

nicos, como cabeçotes de motor.

De que é feito esse instrumento?


A escala é um instrumento feito de aço inoxidável. Sua graduação inicial está na extremidade es-
querda e pode ser fabricada em diversos comprimentos.
Exemplo: 6” = 150 mm / 12” = 300 mm

Quais são os tipos de régua e suas utilidades?


Régua de encosto interno: é destinada a medições que apresentam faces internas de referência.
Régua sem encosto: com ela, você deverá subtrair do resultado o valor do ponto de referência.
Régua com encosto: nesta régua, a medição do comprimento se dá a partir de uma face externa
utilizada como encosto.
Régua de profundidade: utilizada nas medições de canais ou rebaixos internos.
Régua de dois encostos: utilizada principalmente pelos ferreiros, é constituída de duas escalas:
uma com referência interna e outra com referência externa.
Régua rígida de aço-carbono com seção retangular: com esta régua você pode medir os desloca-
mentos em máquinas-ferramenta, aferir o controle de dimensões lineares, a traçagem etc.

Trena
É um instrumento de medição fabricado em fita de aço, fibra ou tecido, graduada em uma ou am-
bas as faces, no sistema métrico e/ou no sistema inglês, com traços transversais ao longo de seu
comprimento.

Paquímetro
Instrumento usado para medir as dimensões lineares internas, externas e de profundidade de uma
peça. Consiste basicamente em uma régua graduada com encosto fixo, sobre a qual desliza um
cursor. O cursor ajusta-se à régua e permite sua livre movimentação com um mínimo de folga.

56
O paquímetro é dotado de uma escala auxiliar chamada nônio ou vernier, que permite a leitura de
frações da menor divisão da escala fixa.
É utilizado para realizar medidas lineares com precisão de dimensões externas, internas e de pro-
fundidades. Esse instrumento é feito normalmente de aço inoxidável e suas superfícies são planas
e polidas.
Na escala principal estão traçadas as medidas em milímetros e polegadas e, no cursor, temos a
escala de maior precisão.

Recomendações para seu funcionamento


Nas medidas externas, colocar a peça a ser medida entre os bicos de medição, o mais profundo
possível.
Nas medidas externas, colocar o paquímetro paralelo à peça que está sendo medida.
Nas medidas de profundidade, a escala deverá estar perpendicular à peça a ser medida.
Nas medidas de ressaltos, colocar a parte do paquímetro apropriada para ressaltos perpendicular
à superfície de referência.

Manuseio
Manejar o paquímetro sempre com muito cuidado, evitando choques.
Não deixar o paquímetro em contato com outras ferramentas
ferr amentas para evitar danos.
Evitar arranhões ou entalhes, pois isso prejudica a graduação.
Ao realizar a medição, não pressionar o cursor além do necessário.
Limpar e guardar o paquímetro em local apropriado, após sua utilização.

O que é Pressão de Medição?


É a pressão necessária para vencer o atrito do cursor sobre a régua, mais a pressão do contato com
a peça. Em virtude da folga do cursor sobre a régua, que é compensada pela mola, a pressão pode
resultar em uma inclinação do cursor em relação à régua.

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 57


Por outro lado, um cursor muito duro elimina completamente a sensibilidade do operador, o que
pode causar grandes erros, como:
influências objetivas: são erros de planicidade, de paralelismo, de divisão da régua, de divisão

do nônio e da colocação em zero;


influências subjetivas: são aqueles erros causados pelo operador (erros
(err os de leitura).

Paquímetro em milímetros
A leitura deve ser feita para verificar a medição indicada na escala dos milímetros até o “0” (zero) do
nônio. Depois, contam-se os traços de nônio até o que coincidir com um traço da escala principal.

Princípio de Vernier (mm)


A escala do vernier ou nônio divide 9 mm da escala principal em 10 partes iguais. Cada divisão
dessa escala é 0,1 mm menor que a divisão da escala principal.

Paquímetro em polegadas
Polegada fracionada – Leitura de medidas sem o uso do nônio.
A leitura do paquímetro em polegadas segue o mesmo princípio da leitura da régua graduada.
Quando o traço “0” (zero) do nônio se alinha com um dos traços da escala principal, basta fazer a
leitura da quantidade de polegadas e da fração correspondente.

NÔNIO: 1/128” ESCALA PRINCIPAL 1-1/16”


NÔNIO 4/128”
_______________________________
LEITURA DO PAQUÍMETRO 1-3/32”

Lê-se na escala principal, até antes do zero do nônio, polegadas e frações (as frações poderão ser:
meia polegada, quartos, oitavos ou dezesseis avos).
Em seguida, os traços do nônio são contados até o traço que coincida com o traço da escala princi-
pal. Por exemplo: quatro traços, ou seja, 4/128”.

58
Por fim, soma-se: 1-1/16”+4/128”= 1 - 8” + 4 = 1 - 12” = 13”
128 128 128 32

Às vezes, aparecem simplificações na leitura, surgindo resultados com aproximações em 64 ou 32


avos da polegada.
1° exemplo:
Escala principal: 1 1” - nônio 6° traço, ou 6”
16 128

Ora, 6” = 3”
128 64

Soma: 1 1” + 3” = 1 4” + 3” = 1 7”
16 64 64 64 64

2° exemplo:
Escala principal: 2 3” - nônio 4° traço, ou 4”
4 128

Escala p
Ora, 4” = 1”
128 32

Soma: 2 3” + 1” = 2 24” + 1” = 2 25”


4 32 32 32 32

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 59


3° exemplo:
Escala principal: 2 7” - nônio 2° traço, ou 2”
8 128

Ora, 2” = 1”
128 24

Soma: 2 7” + 1” = 2 56” + 1” = 2 57”


57”
8 64 64 64 64

Tipos de paquímetro
Paquímetro universal: trata-se do tipo mais utilizado, pois realiza medições internas, externas,
de profundidade e de ressaltos.
Paquímetro universal com relógio: possui um relógio
r elógio acoplado a seu cursor, que facilita a leitura
e agiliza a medição.
Paquímetro com bico móvel (basculante): é utilizado para medir peças cônicas ou peças com
rebaixos de diâmetros diferentes.
Paquímetro de profundidade: serve para medir a profundidade de furos não vazados, rasgos,
rebaixos etc. Ele pode apresentar haste simples ou haste com gancho. Observe a seguir duas
situações de uso do paquímetro de profundidade.
Paquímetro duplo: mede dentes de engrenagens.
Paquímetro digital: utilizado na leitura rápida, livre de erro de paralaxe, é ideal para controle
estatístico.

Micrômetro
O micrômetro é um instrumento que permite medir dimensões com grande precisão, como: 0,01 mm,
0,001 mm micrômetros em milímetros e 0,001”, 0,0001”, quando o micrômetro é em polegada.
Quando você verificar que a precisão na medição obtida com o paquímetro não é suficiente, ou seja,
quando houver necessidade de uma precisão maior, você deverá utilizar o micrômetro.

60
Características do micrômetro:
capacidade;
resolução;
aplicação.

A precisão de medição do micrômetro depende da pressão utilizada. A pressão é dada por uma
mola contraída que funciona através do atrito de uma superfície ligada à extremidade do parafuso
micrométrico (catraca).
Essa pressão deve ser periodicamente testada utilizando os “Blocos-Padrão” – gabaritos de medi-
das exatas que acompanham cada jogo de micrômetro.
Seu funcionamento é parecido com o do sistema parafuso e porca. Quando temos uma porca fixa
e um parafuso móvel, damos uma volta completa e um deslocamento igual a seu passo que será
provocado.
Assim, quando você dividir a “cabeça” do parafuso, poderá avaliar frações menores que uma volta
e, com isso, medir comprimentos menores do que o passo do parafuso.

Como ajustar o “zero” dos micrômetros?


1. Limpar bem as superfícies de medição.
2. Encostar as mesmas, usando somente a catraca, a trava e o fuso.
3. Com auxílio da chave apropriada fornecida com cada micrômetro, girar a bainha graduada até
que sua linha longitudinal coincida com a linha zero do tambor.

A trava é o dispositivo que, uma vez acionado, impossibilita o tambor de girar e faz a medida ficar
registrada.
O protetor antitérmico evita a dilatação do micrômetro pelo calor das mãos.
Os contadores, ou pontas de medição, precisam ser planos e paralelos.
Alguns instrumentos podem apresentar traços e posições diferenciadas que distinguem os milíme-
tros dos meio-milímetros.

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 61


Quais são os outros tipos de micrômetro?
Micrômetro de profundidade: Usado para medir profundidades, possui hastes intercambiáveis
de 25 em 25 mm.

Micrômetros externos com hastes intercambiáveis: cada haste é 25 mm maior que a anterior.
Micrômetros para medir engrenagens.
Micrômetros para medir roscas.
Micrômetros internos para medir peças internas.
Micrômetros internos.

O tipo tubular é utilizado nas relações internas. Este tipo é composto de um corpo elementar funda-
mental, no qual são montadas as hastes de prolongamento.

tipo imicro
Oleitura direta. é um dos instrumentos de maior precisão para medição de diâmetros internos, com
As três pontas de medição dispostas em 120° são auto centrantes, garantindo a alta precisão na
leitura, com medições rápidas e seguras.
O tipo súbito é utilizado
util izado para medir diâmetros internos, verificar possíveis ovalizações ou comparar
diâmetros internos.
É composto por:
relógio comparador;
haste ou súbito;

três calços para ajuste, nas medidas 1 mm, 2 mm e 3 mm;


adaptador de 50 mm;
várias pontas com medidas de 50 mm, aumentando de 5 em 5 mm, até 100 mm.

Ao utilizar o súbito, você deverá observar sua perpendicularidade com a peça a ser medida.

62
O que medem os micrômetros externos e internos?
Os micrômetros externos e internos medem apenas um espaço pré-determinando à amplitude de
medição.

Micrômetros em milímetros medem de 25 em 25 mm.


Exemplo: de 0 a 25 mm/de 25 a 50 mm/50 a 75 mm, e assim por diante, sempre aumentando
25 mm.
Micrômetros em polegadas seguem a mesma norma, ou seja, medem de 1” em 1”.
Exemplo: de 0 a 1”/de 1” a 2”/2” a 3”, sempre aumentando 1”.
Micrômetros internos tubulares seguem a mesma norma.
Micrômetros internos imicro ou súbito têm amplitude de medição bem reduzida e, geralmente,
medem no máximo apenas 3 mm.
Micrômetro em milímetros

Possui uma escala graduada de 0 a 25 mm, sendo que cada divisão equivale a 1 mm e cada sub-
divisão a 0,5 mm (50 centímetros de milímetro).
O tambor tem 50 divisões; cada divisão equivale a 0,01 mm (um centésimo de milímetro).

Micrômetro em polegadas
Possui uma escala graduada de 0 a 1.000” (zero a mil milésimos de polegada). Esta escala está
dividida da seguinte forma:

de um número a outro - 0,100” (cem milésimos de polegada);


de um traço a outro - 0,025” (vinte e cinco milésimos de polegada);
e no tambor cada traço é igual
i gual a - 0,001” (um milésimo de polegada).

Calibrador de lâminas
É um instrumento muito utilizado na mecânica automotiva, pois verifica folgas e ajustes de meca-
nismos diversos.
O calibrador de lâminas constitui-se de uma série de lâminas com várias espessuras, em forma
f orma de
canivete. Existem também os verificadores cilíndricos (tipo arame) para verificação de furos.

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 63


Torquímetro
É um instrumento de aplicação e verificação de torque. Ele auxiliará muito seu trabalho, pois tem
como função medir o momento de atrito de parafusos e porcas, para melhor definir/medir o torque.

Mas o que significa torque?


Torque é o produto de uma força (kgf) atuando perpendicularmente em um braço de alavanca
qualquer.

Torque: T = F x d

A unidade legal para medida do momento de força é 0 Nm (Newton-metro). Dentre as unidades


antigas estão mkgf, Ibs x ft, Ibs x pol.

Unidades de medida de torque


A unidade padronizada atualmente é o Nm (Newton-metro).
1Nm = 1N x 1m
Também
Também são unidades de medida de torque:
mkgf - 1kgf x 1m
Ibs x ft - 1Ib x 1ft
Ibs x pol - 1Ib x 1pol
A manutenção da superestrutura da ferrovia também exige cuidados com a saúde e segurança dos
operadores. No próximo capítulo você conhecerá as normas de Segurança e Saúde Ocupacional.

64
1 Complete:
relembrar
a) ____________ é a ciência das medidas e das medições, ou seja, o conhecimento dos pesos,
medidas e sistemas de unidades dos povos antigos e modernos.

b) _____________ é um conjunto de definições adotado para uniformizar e facilitar as medições.


c) _____________ são instrumentos úteis para realizar comparações, pois estabelece o limite
máximo e o mínimo, variando de acordo com a aplicação.

2 O quadro abaixo
abaixo apresenta os instrumentos de
de medição mais utilizados. Preencha as lacu-
nas, colocando cada instrumento de acordo com sua finalidade:

Escala – trena – paquímetro – micrômetro – calibrador de lâminas – torquímetro

a) _______________ é um instrumento de medição fabricado em fita de aço, fibra ou tecido,


graduada em uma ou ambas as faces, no sistema métrico e/ou no sistema inglês, com traços
transversais ao longo de seu comprimento.
b) ______________ é o mais elementar instrumento de medição utilizado nas oficinas. São
lâminas de aço que podem ter vários comprimentos.
c) _____________
_______________ é um instrumento que permite medir dimensões com grande precisão.
d) ________________ Instrumento usado para medir as dimensões lineares internas, externas
e de profundidade de uma peça.
e) _______________ é um instrumento de aplicação e verificação de torque. Tem como função
medir momento de atrito de parafusos e porcas.
f) O ______________
______________ verifica folgas e ajustes de mecanismos diversos.

3 Verdadeiro ou falso?
( ) O calibrador de lâminas constitui-se de uma série de lâminas com várias espessuras, em
forma de canivete.
( ) Os micrômetros podem ser em polegadas, milímetros ou metros.
( ) Existem vários modelos de micrômetros.
( ) Existem somente dois modelos de micrômetros.

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 65


CAPÍTULO IV

SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL


Na execução das tarefas de manutenção das ferrovias, alguns procedimentos, de acordo com o Re-
gulamento de Operação Ferroviária (ROF) e o Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional
(SSO), deverão ser observados.

Adasegurança
produção, deve ser épriorizada
por isso em todas
proibido cobrar as tarefas.
rapidez Não poderá
na execução serdecomprometida
da tarefa em função
forma a comprometer a
segurança dos executantes.

VAMOS LOGO! DEIXE


ESSA PARAFERNÁLI
PARAFERNÁLIA
A
PRA LÁ!

É RUIM HEIN!
MINHA
SEGURANÇA EM
PRIMEIRO
LUGAR!

Além dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) que se aplicam a atividades específicas, os
seguintes equipamentos são obrigatórios:

Capacete com jugular Óculos de segurança Luvas de segurança

Botinas com biqueira Abafador de ruído Perneira

68
NOTA: ainda é recomendado o uso de colete reflexivo ou uniforme de cor viva. No decorrer das ati-
vidades é proibido usar a camisa desabotoada ou por fora da calça.

CERTO ERRADO

As ferramentas devem ser inspecionadas antes da execução das tarefas. É proibida a utilização
uti lização
de ferramentas com defeitos ou realizar improvisações que possam pôr em risco a saúde dos
executantes;

VOU BUSCAR
ME PASSA A OUTRA, PORQUE
SERRA? ESSA NÃO ESTÁ
FUNCIONANDO
MUITO BEM!

NÃO, VAI
DEMORAR
MUITO! VOCÊ ME
AJUDA E A GENTE
USA ESSA
MESMO! DE JEITO NENHUM!
ASSIM A GENTE PÕE
A NOSSA VIDA EM
RISCO. ESPERA UM
POUCO AÍ QUE EU
JA VOLTO COM UMA
SERRA NOVINHA!

O piso irregular e as diferenças de níveis devem ser observados pelos executantes das tarefas
para se evitar acidentes;

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 69


É proibido andar sobre os boletos dos trilhos. Assim se evitam quedas e tensões;
t ensões;
Antes de manusear materiais entocados ou empilhados, verificar se não há presença de insetos
ou animais peçonhentos;
É recomendado isolar a área de trabalho com fita zebrada em caso de pessoas estranhas no local;
A linha deve ser sinalizada, obedecendo ao gabarito e ao Regulamento de Operação Ferroviária,
para se evitar atropelamentos nas linhas adjacentes;
Os funcionários devem usar proteção acordo com o clima de cada região, especialmente os que
ficam expostos a tempestades durante a execução das tarefas da VP;
Nos serviços em túneis deve ser realizada a APT, observando os riscos adicionais relativos à
iluminação e características próprias do local.

Agora que você conhece as normas para se preservar a saúde e a segurança dos operadores das
ferrovias, aprenderá no próximo capítulo os procedimentos para a soldagem.

70
1 Determine certo ou errado:
relembrar
( ) As ferramentas devem ser inspecionadas ao menos uma vez por semana.
( ) As ferramentas devem ser inspecionadas antes da execução das tarefas.
( ) É proibida a utilização de ferramentas com defeitos ou realizar improvisações que possam
pôr em risco a saúde dos executantes.
( ) É permitido andar sobre os boletos dos trilhos.
( ) Antes de manusear materiais entocados ou empilhados, verificar se não há presença de
insetos ou animais peçonhentos.
( ) Os funcionários devem usar proteção de acordo com o clima de cada região.

2 Circule no quadro
quadro abaixo os equipamentos de segurança que devem ser utilizados na exe-
cução das tarefas das ferrovias:

capacete com jugular – chuteira – óculos de segurança


segurança – luvas de segurança –
botinas com biqueira de aço – capa de chuva – abafador de ruídos – perneira – escudo

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 71


CAPÍTULO V

PROCEDIMENTOS PARA SOLDAGEM


A soldagem é um dos procedimentos mais corriqueiros na manutenção da superestrutura da ferrovia.
Por isso, é necessário que você conheça profundamente como proceder para que as soldagens fiquem
perfeitas.
SOLDA ALUMINOTÉRMICA

Preparação da junta a soldar


Desmontar os grampos de cada lado da junta:
de três dormentes em tangente;
de seis dormentes em curva.
Limpar e escovar as pontas do trilho para eliminar os resíduos de lubrificante e de oxidação;
Controlar a qualidade geométrica dos terminais e apontar as anomalias.

Ajuste da junta

Realização de folga de solda


Folga: 25 + / -2 mm – as quatro medidas 1-2-3-4 devem situar-se entre 23 e 27 mm;
O corte não deve apresentar na altura do trilho e na altura do patim uma diferença de esquadro
superior a 1 mm;
Para obter a solda, usar máquina a disco abrasivo;
É desaconselhável usar solda nos terminais cortados com maçarico;
Deve-se evitar a circulação no trecho entre o corte do trilho e a realização da solda;
Também
Também não é aconselhado o uso de martelo, pilão e cunha.

Ajuste da flecha
Os trilhos devem formar um bico antes da solda. É necessário verificar o valor da flecha depois da
esmerillhação de acabamento.
Os trilhos não devem ficar rebaixados. As medições são feitas a cerca de 50 mm das extremidades
da régua.

74
Alinhamento ou traçado
A face interna dos dois trilhos deve ser alinhada ao lado da bitola. Nas curvas com um raio < 500 m,
deve-se utilizar tirantes de alinhamento.

A inclinação
É necessário controlar a inclinação dos dois terminais na base da alma e na face interna dos boletos.

Kit de solda

O kit vem acondicionado em caixa de papelão, envolta por plástico fechado hermeticamente, para
a proteção contra umidade. São embalados em pallets e envolvidos por mais de uma camada de
plástico para a proteção total do material.

Composição do kit

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 75


Devem-se conservar as referências indicadas na etiqueta do kit, pois nenhuma reclamação será
atendida sem essas informações. Observe:

136 QP 25 CJ
2 x 1/2 formas
Perfil Processo Folga
QP CJ8 CP Y

Porção
5 NOv 96 VS001
Molde do patim Porção
Data Lot
Tampa

Colocação das fôrmas e vedação

Preparação e vedação do molde do patim


Colocar o molde em sua placa e conferir se está bem assentado (não bandeia);
Pôr um cordão de massa de vedar nos dois entalhes situados em cada lado do molde, com cui-
dado para não deixar cair massa no interior;
Apresentar o conjunto molde-placa de fundo, prender os grampos em cada lado;
l ado;
Verificar a centragem da placa em relação à folga e apertar os parafusos.

NOTA: é aconselhável verificar o alinhamento após a colocação da placa de fundo.

Colocação das fôrmas


Juntar cada placa lateral na respectiva meia fôrma;
Colocar uma meia fôrma e mantê-la no lugar com uma das mãos;
Posicionar o segundo semi-molde e ajustá-lo previamente (centragem em cima e embaixo rela-
tivamente à folga e ao molde do patim);
As duas meias-fôrmas não devem ficar defasadas uma da outra;

76
Terminarr o ajuste e o alinhamento posicionando a prensa de fixação;
Termina
Apertar as formas com cuidado para não serem trincadas.

NOTA: é aconselhável cobrir as fôrmas com um cartão para o prosseguimento das operações.

Vedação das fôrmas


Colocar à mão, de modo homogêneo, um cordão de massa em toda a volta e na superfície de sepa-
ração dos moldes. Deve-se ter cuidado para pressionar e alisar bem a massa.

Cuba de escória
Colocar a cuba de escória e encher o intervalo entre a cuba e as fôrmas com um fio de massa de vedar.

Pré-aquecimento

O pré-aquecimento é uma operação muito importante. Serve para eliminar a umidade residual das
fôrmas e levar os topos dos trilhos à temperatura determinada.

A boa execução do pré-aquecimento é primordial para a durabilidade da solda. Portanto, as instru-


ções para se realizar o pré-aquecimento devem ser obedecidas rigorosamente.

Manutenção da Superestrutura Ferroviária 77


Materiais utilizados
Uma garrafa de oxigênio;
Uma garrafa de propano;
Um maçarico com o respectivo suporte;
Uma válvula anti-retorno;
Um manômetro oxigênio;
Um manômetro propano;
10 m de mangueiras oxigênio 0 10/17 mm norma NFT 47;
10 m de mangueiras propano 0 10/17 mm norma NFT 47.

Ajustes para o pré-aquecimento


Assegurar-se de que as garrafas de oxigênio e de propano estão suficientemente cheias para
garantir uma pressão constante durante toda a duração do pré-aquecimento;
Encaixar o maçarico em seu suporte e centrar o bico nas fôrmas;
A distância entre a extremidade do bico do maçarico e a parte de cima do trilho deve ser fixada
em função do tipo de maçarico utilizado;
Aumentar progressivamente o fluxo dos gases até que as torneiras de propano e de oxigênio
estejam completamente abertas até obter um dardo azul de 15 mm até 30 mm, dependendo do
tipo de maçarico;
Retirar o maçarico de seu suporte;
Acender o maçarico;
As pressões são:
1. oxigênio: 5 bar (70 PSI);
2. propano: 7,0 bar (10 PSI).

78
Ajustar os reguladores com as torneiras do maçarico completamente abertas;
Colocar o maçarico em seu suporte;
Fechar a torneira de oxigênio até que a chama comece a estalar;
Aumentar o oxigênio de meia-volta de torneira ou até que a chama deixe de estalar para se
assegurar uma chama neutra.

Acendimento do maçarico
Quando o maçarico estiver aceso, os gases devem escapar dos cachimbos laterais simetricamente (iguais).
Depois, deve-se colocar a tampa na fôrma junto a um cachimbo com a face superior contra a chama.
É necessário deixar o maçarico aceso durante a fase de pré-aquecimento. Observe:
trilho 40 kg/m a 54 kg/m 4 minutos

trilho 55kg/m
55kg/m a 59kg/m 4 minutos 30 segundos
segundos
trilho 60kg/m 5 minutos
trilho > 60kg/m 6 minutos

NOTA: esses tempos são imperativos e não devem ser alterados pelo operador.

Após o pré-aquecimento, é preciso cortar a alimentação de propano e depois a de oxigênio. Então,


retirar o maçarico com cuidado para não estragar as paredes internas das fôrmas.
Deve-se colocar a tampa com o tenaz previsto para a tarefa. Não deverá haver nenhuma perda de
tempo entre o fim do pré-aquecimento e a sangria.

Cadinho

Sangria do cadinho
Logo após o pré-aquecimento, o cadinho deve ser colocado nas fôrmas;
Acender o acendedor, por contato com a parede interna rubra de uma fôrma ou maçarico;
Pôr o acendedor aceso no cadinho no meio da porção;
Colocar a tampa no cadinho;
Retirar o cadinho com a forquilha especial.

79
Manutenção da Superestrutura Ferroviária

IMPORTANTE: a reação acontece em poucos segundos e a sangria ocorre automaticamente após


o fim da reação.

É importante utilizar exclusivamente a porção fornecida no kit;


Nunca se pode misturar os componentes de dois kits diferentes;
Nunca utilizar um saco de porção aberto ou incompleto.

O que compõe o cadinho descartável?


O cadinho descartável é confeccionado de material refratário composto por uma mistura de areia e
resina sintética. Suas principais atribuições são:
fácil manuseio;
ergonomia;
produtividade;
qualidade no acabamento;
qualidade metalúrgica.

80
O cadinho descartável é de fácil manuseio, o que economiza tempo. Observe o processo de preparo:
a porção é colocada no interior do cadinho, enquanto a válvula de abertura automática já se
encontra instalada no próprio cadinho;

o cadinho descartável é posicionado diretamente sobre os moldes;

após a fusão o cadinho descartável é removido por uma forquilha especial.


Manutenção da Superestrutura Ferroviária 81

Cadinho Standard
Procedimentos para a utilização:
1. cadinho novo ou limpeza completa:
aquecer o cadinho por cinco minutos;
executar um falso derrame;
aguardar 10 minutos para a primeira solda.
2. cadinho usado: após o cadinho ficar sem uso prolongado (pelo menos duas horas), é neces-
sário um novo pré-aquecimento de pelo menos 20 minutos;
3. limpeza: o cadinho deve ser totalmente
t otalmente limpo após 10 soldas executadas;
4. centralização do cadinho:
posicionar o cadinho e o ajuste em seu encaixe;
o espaço entre a válvula do cadinho e o topo dos moldes é de 25 a 30 mm;
durante a preparação da soldagem, deve-se assegurar que o cadinho está posicionado no
eixo central;
5. pré-aquecimento dos moldes:
instalar a válvula de abertura automática no encaixe do cadinho e vedá-lo com óxido de
magnésio;
colocar a porção e a solda no interior do cadinho;
6. reação:
girar o cadinho sobre os moldes. Ele deve estar perfeitamente alinhado com a linha central
dos moldes e trilhos;
inserir o acendedor no interior do cadinho e tampá-lo;
o manipulador do cadinho e seus acessórios poderão então ser removidos.

O cadinho é biodegradável após resfriamento.


A tampa do cadinho com sistema de filtragem reduz em 40% a exaustão de fumaça e partículas.

Cadinho com sistema de filtragem na tampa.

82
Tempos para soldagem
Processo QP cadinho descartável X Processo QP cadinho Standard
CADINHO DESCARTÁVEL CADINHO SATANDARD
(29 MINUTOS) (40 MINUTOS)
0 minuto Limpeza e pré-aquecimento do 10 minutos
cadinho
5 minutos Ajuste da abertura entre os trilhos 5 minutos
3 minutos Ajuste do molde inferior e laterais 3 minutos
7 minutos Vedação dos moldes 7 minutos
O minuto Ajuste e centralização do cadinho 2 minutos
4 minutos Pré-aquecimento 4 minutos
Tem
empo
po de pr
pré-
é-aq
aque
ueci
cim
men
ento
to Prep
Prepar
aroo da
da por
porçã
çãoo no
no ca
cadi
dinh
nhoo Tem
empo
po de pré
ré-a
-aqu
quec
ecim
imen
ento
to
30 segundos Remoção no maçarico e posicio- 30 segundos

30 segundos namento
Fusão e eno
scocadinho
amento da solda 30 segundos
5 minutos Resfriamento e retirada das ferragens 5 minutos
3 minutos Desenforme e rebarbamento da 3 minutos
solda

Instruções para o preparo dos cadinhos


Manutenção da Superestrutura Ferroviária 83

NOTA: a preparação do cadinho descartável é extremamente fácil. Os riscos de interferência por


erro são eliminados.

Ferragens
CADINHO DESCARTÁVEL CADINHO STANDARD
15,600 kg KIT 15,600 kg
2,000 kg Conjunto de placas laterais 2,000 kg
4,000 kg Base inferior 4,000 kg
5,400 kg Grampo de fixação dos moldes 5,400 kg
7,000 kg Bandeja para o recolhimento da 7,000 kg
escória
11,000 kg Extensão do cadinho 23,000 kg
Anel do cadinho 9,500 kg
Supo
Su port
rtee pa
para
ra ap
apoi
oioo do ca
cadi
dinh
nhoo 2,50
2,5000 kg
Colu
Co luna
na pa
para
ra su
supo
porte
rte do ca
cadi
dinh
nhoo 8,
8,00
0000 kg
kg
Tampa do cadinho 7,500 kg
3,000 kg Forquilha especial 3,500 kg
Haste do dedal 2,000 kg

Pureza da liga metálica


Temperatura de derramamento
Temperatura constante
Altura do caminho de derramamento constante
Tolerância
Tolerância geométrica constante
Balanceamento Térmico constante

Retirada da cuba de escória


Deve-se partir o bico de escória solidificado entre as fôrmas e a cuba. Se essa operação não for
efetuada, o bico pode arrastar a massa de vedar e a areia, provocando uma cuba.

IMPORTANTE: a cuba de escória só pode ser retirada depois de seu conteúdo ter solidificado.
Nunca se deve deitar ou vazar o conteúdo sobre um chão úmido ou gelado e nem sobre um
dormente ou até mesmo água.
84

Desmodelagem
Esperar três minutos após a sangria antes de retirar as placas laterais e a placa do fundo;
Tirar a escória cerca de cinco minutos e trinta segundos após a sangria;
Cortar a placa com a parte superior da fôrma e desencaixá-la.

NOTA: não retirar a escória se o ácido ainda estiver líquido.

Corte
O corte com a cola quente é desaconselhável;
Deve-se cortar com uma rebarba para garantir uma melhor geometria da solda;
As lâminas devem estar reguladas a 3 mm (no mínimo) da altura relativa ao topo do boleto;
A solda estará suficientemente solidificada por cerca de 6 min;
Retirar a areia que estiver em volta da rebarba de fundição com uma escova metálica;
Colocar a rebarbadeira no trilho;
Acionar a alavanca para cortar;
Retirar rapidamente a rebarbadeira após efetuada a operação.

Remoção dos cachimbos


Retirar os cachimbos com uma ferramenta especial e um corta-quente em duas operações:
começar enquanto o metal ainda estiver maleável, de modo a criar um entalhe. Esta operação
deve ser realizada rapidamente, logo após a sangria;
partir o cachimbo em frio, aproximadamente 350º (30 min).
Manutenção da Superestrutura Ferroviária 85

Esmerilhação

Esmerilar a parte de cima do boleto e a face interna;


Deixar uma pequena espessura de 0,5 mm na parte de cima do boleto e na face interna do
rolamento;

NOTA: a temperatura de 350º é atingida em cerca de 25 a 30 min após a sangria.

A esmerilação de acabamento serve para restabelecer a continuidade geométrica do trilho. Deve ser
realizada após o arrefecimento completo e a passagem de várias circulações.

Limpeza
Remover todos os vestígios de produtos refratários;
Remover todas as rebarbas;
Polir os cachimbos.
86

Alinhamento dos trilhos


Observe a ilustração do alimento dos trilhos
tri lhos na execução do processo QP:

Ajuste dos moldes


Aplicar a vedação no molde inferior;
Ajustar o molde inferior;
Ajustar os moldes laterais;
Aplicar a vedação nos moldes laterais.
Manutenção da Superestrutura Ferroviária 87

Fusão da Porção

Rebarbamento

Marcação e traçado
Marcar com pulsão cada solda com algarismos de 8 a 10 mm de altura na face externa da solda.
Esta marcação contém:
número do mês de execução;
05
os dois últimos algarismos do ano de execução; 93

número de habilitação do soldador; 05:93


450
0000

número da solda.
88

Ferramentas para soldar

No Natureza Ref. No Natureza Ref.


1 Cadinho 83450112 7 Tenaz 83432920
2 Jogo de placas laterais 82027210 8 Forquilha para retirar 83450111
3 Placas de fundo 82180200 o cadinho
4 Prensa de fixação 82250260 9 Maçarico bico 22 furos
5 Balde de massa 8366130 RAILTECH 11231007

6 Cuba de escória 82532000 Suporte maçarico 11234003

Existe um tipo de solda que substitui as soldas aluminotérmicas defeituosas: é a solda QP/CJ WGW.
Você vai conhecê-la abaixo.
Manutenção da Superestrutura Ferroviária 89

SOLDA QP/CJ WGW

A Railtech disponibiliza a solda QP/CJ WGW (70 mm) para atender a substituição de soldas elétri-
cas ou aluminotérmicas defeituosas de defeitos internos ou superficiais nos trilhos. Atende a uma
abertura de 68 mm (+ / - 3 mm).

É utilizada na reparação de solda elétrica


el étrica danificada. Observe:
90

Nivelamento com régua pré-ajustável

Folga de 70 mm ajustada e nivelada

Preparação de vedação do molde inferior


Manutenção da Superestrutura Ferroviária 91

Colação do molde inferior

Colação dos moldes laterais

Montagem completa dos moldes e cuba de escória


92

Pré-aquecimento

Fusão/Corrida

Resfriamento dos moldes


Manutenção da Superestrutura Ferroviária 93

Solda acabada

A seguir, você aprenderá os procedimentos que devem ser executados para o alívio de tensões.

ALÍVIO DE TENSÃO
As tensões das barras de TLS – Trilhos Longos Soldados – devem ser retiradas utilizando tensor
hidráulico para minimizar os deslocamentos longitudinais ou laterais dos trilhos assentados. Este
procedimento é padronizado nas ferrovias da Vale.
Todas as equipes de manutenção da Via Permanente que utilizam o tensor hidráulico como ferra-
menta para simular a Faixa de Temperatura Neutra (FTN) nos serviços de Alívio Térmico de Tensões
(ATT) ou nos assentos de TLS devem empregar esse procedimento.
Algum recursos são necessários para a execução desse procedimento. São eles:
marrão de cobre ou bronze de 5 kg;
termômetro ou pirômetro;
roletes;
sacador de grampos ou pampulher;
alicate de montagem;
máquina policorte;
alavanca de montagem;
tensor hidráulico.
94

Deve-se estabelecer o ponto onde se iniciará o Alívio Térmico de Tensões – ATT – e a extensão do
Trilho Longo Soldado – TLS. Observe a figura abaixo:

A extensão de cada segmento L não deve ser superior a 648 metros. O ATT deve ser executado nos
trilhos direito e esquerdo simultaneamente.
O responsável pela execução deve inspecionar o local e procurar evidências de deslocamentos late-
rais da grade ferroviária ou marcas de deslocamentos longitudinais dos trilhos. Por exemplo:
marcas dos grampos no patim do trilho;
deslocamentos dos trilhos nas placas.

Se a unidade possuir equipamento apropriado de medição de tensões, a análise do responsável pela


execução pode ser dispensada.

Os executantes devem conhecer os locais de maior concentração de tensão e executar o serviço de


modo a minimizar a tensão nesses pontos, antes da retirada das fixações.
Para se evitar acidentes de trabalho, é desaconselhável a utilização do tensor hidráulico em curvas
acima de dois graus.
Manutenção da Superestrutura Ferroviária 95

Cortar o trilho para o alívio de trecho


Caso no local exista uma junta, ela
el a deverá ser desmontada para separar os trilhos. Se o ponto defi-
nido for um trilho contínuo, deve-se realizar o corte do trilho no ponto C. Observe:

Utilizar o maçarico para o corte somente se o trilho for preparado para a solda ou se estiver sob
suspeita de excesso de tensão. Nesse caso, deverá ser feito um corte de policorte a fim de preparar
o trilho para receber a solda aluminotérmica.

A ponta do trilho sempre deverá ter um acabamento final feito com a máquina de cortar trilho para
não se desmontar a junta existente.

Riscos na desmontagem de juntas


Existem alguns riscos nos serviços de desmontagem de juntas, como:
aprisionamento de membros;
projeção de partículas;
esforço excessivo;

quedas.

Por isso, o executante deve se manter em posição ergonômica correta e evitar usar esforço excessivo
para forçar a chave durante a retirada
ret irada dos parafusos. É aconselhável pedir ajuda.

Ergonomia é o estudo da relação entre o trabalhador e o equipamento de trabalho ou o meio em que


ocorre esse trabalho.
96

Aspectos a serem observados


Antes do corte, deve-se observar se há defeitos superficiais graves ou se há trincas nos furos. Na
ocorrência dessas imperfeições, o trilho deverá ser cortado, eliminando a parte defeituosa.

IMPORTANTE: deve-se tomar cuidado para a folga do patim não ficar superior à do boleto.

Riscos nos cortes dos trilhos


Os riscos nos cortes dos trilhos
t rilhos podem ser causados pela ocorrência das seguintes situações:
projeção de partículas ou pedaços de discos de corte;
incêndio em vegetação próxima;
dormentes da linha e queimaduras.

O executante deve manter uma posição ergonômica correta para realizar o corte e se proteger com
o uso de EPIs – Equipamentos de Proteção Individual. A tarefa deve ser interrompida caso haja
presença de pessoas no raio de projeção do disco de corte.

Orientações gerais para o corte


Caso em um local haja maior concentração de tensão por compressão que em outro, o corte deve ser
efetuado no ponto de menor tensão e deverá ser utilizado o maçarico.
Assim, o corte deve ser perpendicular ao trilho e de baixo para cima. Deverá ser iniciado pelo patim
do trilho, indo em direção ao final da alma, como dois cortes paralelos e eqüidistantes em apro-
ximadamente cinco centímetros. Também deverá haver um terceiro corte, longitudinal e abaixo do
boleto, que ligará os cortes paralelos.

Perpendicular: linha que forma com outra um ângulo reto (90 graus).
Eqüidistante: que dista igualmente.

Assim, separa-se o patim e a alma cortados sem cortar


cort ar os boletos. Pode-se utilizar a ponta de uma
alavanca para bater no pedaço cortado até que se solte do trilho.
Manutenção da Superestrutura Ferroviária 97

Com o boleto inteiriço, deve-ser realizar um corte na extremidade e pequenos cortes no corpo do
boleto para diminuir a tensão.
Caso os cortes não sejam o suficiente para baixar os topos dos trilhos, a operação deverá ser repetida,
tomando-se cuidado para não cortar além da abertura prevista para a realização da solda ou junta.
Esse procedimento também pode ser adotado em juntas, caso não haja desencontro dos trilhos por
causa da concentração de tensões no local.
Com a diminuição da tensão nas extremidades dos trilhos, devem ser desencontrados os topos dos
trilhos e iniciada a retirada da fixação.
Para manter os trilhos desencontrados, devem ser retirados 12 metros de fixação e utilizar o macaco
de linha ou as alavancas para desencaixar os trilhos e causar o desencontro.

Remoção das fixações dos trilhos

Toda a fixação deve ser removida, partindo-se do ponto C aos pontos A (esquerda e direita). As extremida-
des das barras devem ficar desencontradas para permitir o deslocamento horizontal. Observe a figura:

Caso haja concentração de tensão, os executantes deverão retirar a fixação do ponto desencontrado em
direção ao final dos trabalhos em pequenos trechos de aproximadamente dois trilhos (24 metros).
Em seguida, desencaixar os trilhos das placas de apoio desses trechos colocando roletes a cada 12
metros entre o patim do trilho
tril ho e a chapa de apoio.
Essa operação deverá ser repetida até que os executantes ultrapassem o ponto tencionado. Os topos
dos trilhos devem permanecer desencontrados.
Para retirar os grampos Deenik, deve-se posicionar o extrator entre o grampo e a alma do trilho em
forma de cunha e bater com o auxílio de uma marreta na parte superior do extrator, de maneira que
se solte o grampo de encaixe da placa.

IMPORTANTE: para a execução dessa tarefa são necessários dois colaboradores.


98

Os grampos Pandrol (Pampuller) devem ser retirados posicionando o extrator de grampos específico
para este tipo, paralelo ao trilho e prender o grampo. Depois deve-ser puxar a alavanca e o grampo
se soltará.

Somente os executores podem ficar na área de projeção dos grampos para evitar acidentes, já que
o risco de projeção das partículas de materiais ou ferramentas é elevado.
Mesmo os executantes devem se manter distantes do raio de projeção da marreta utilizada por outro
empregado. Caso observe que existe alguma pessoa próxima ao raio de projeção de sua marreta, o
executor também deve interromper a operação.
Caso haja retensor no local de trabalho, ele deve ser retirado. Para isso, deve-se bater com uma
marreta em sua extremidade menor, forçando-o para baixo até que o ressalto existente destrave-o.
Esse tipo de tarefa costuma pôr em risco a saúde dos empregados que ficarem na direção do reten-
sor. Por isso o executante deve interromper a tarefa caso observe que alguém pode correr riscos.
Essa tarefa também oferece outros riscos, como:
quedas;
escorregões;
atropelamentos;
projeção de partículas;
impacto de objeto contra pessoa.

Inserção de roletes
Para se inserir roletes, deve-se levantar o trilho
t rilho com o auxílio de alavancas ou macacos de linha. Os
roletes devem
necessário ser colocados
cuidado entre
para evitar o patimempecilho
qualquer e a chapaaodelivre
apoio dos dormentes
caminhamento da abarra.
cada 12 metros. É

Para as curvas, devem ser utilizados roletes especiais que impedem o tombamento do trilho. Esses
roletes serão distribuídos ao longo de toda extensão do TLS a cada 12 metros.
Em dormente de aço, as palmilhas isolantes devem ser retiradas para que os roletes sejam inseri-
dos. Nesse caso, é necessário o cuidado de se levantar somente o comprimento de trilho com peso
suportável para a equipe.

Na EFC (Estrada de Ferro de Carajás), o levante de trilho é efetuado também com o apoio de equi-
pamento de linha.
Manutenção da Superestrutura Ferroviária 99

Essa tarefa pode causar esforço excessivo e aprisionamento de membros por causa do contato da
alavanca com os trilhos.
É uma tarefa perigosa. A tensão do TLS assentado geralmente carrega esforço de tração ou com-
pressão e pode provocar impactos que venham a causar lesões permanentes.
A tarefa deve ser interrompida cada vez que um funcionário perceber que pode gerar riscos à sua
saúde ou à de outro que esteja nas imediações.

NOTA: no caso da EFC, o risco de atropelamento é o mais crítico por causa da utilização de veículo
rodoferroviário para o levante de barra.

Averiguação da temperatura
A temperatura da barra deve ser verificada através de um pirômetro ou termômetro afixado na alma
do trilho. Este equipamento deve estar posicionado de forma a se proteger do sol e a temperatura
deve ser monitorada a cada 10 minutos.
Enquanto a barra do trilho estiver sobre os roletes, deve-se utilizar um marrão de bronze ou cobre de
5 kg para vibrar toda a extensão da barra. Assim, pode-se vencer o atrito estático nos roletes.
Os executantes devem se manter sempre afastados do raio de projeção da marreta utilizada pelo
responsável por essa tarefa.

Montagem do tracionador
Para se montar o tracionador, deve-se efetuar um novo corte no trilho para deixar uma folga entre
os trilhos. Observe o cálculo para a folga:

TNR = Temperatura Neutra de Referência


Fórmula
FOLGA(mm) = F+F” sendo
F = 0,0115 x L(m) x (TNR0 C - Temperatura do trilho 0 C)
F = 0, 0115 x L’(m) x TNR0 C - Temperatura do trilho 0 C)
100
10 0

Deve-se montar o tracionador hidráulico nas duas extremidades das barras e traçar as marcas de
referência a partir do ponto C nos sentidos de A e A’, em intervalos iguais e em número que permita
fácil divisão. Analise o esquema:

Após aprender os procedimentos para realizar a soldagem, você conhecerá as atividades de monta-
gem da Junta Isolada Colada. Veja no próximo capítulo!
Manutenção da Superestrutura Ferroviária 101
10 1

1 Enumere os procedimentos para preparar e vedar o molde no patim, de forma que as


as etapas
relembrar fiquem na ordem correta:
( ) apresentar o conjunto molde-placa de fundo, prender os grampos em cada lado;
( ) pôr um cordão de massa de vedar nos dois entalhes situados em cada lado do molde, com
cuidado para não deixar cair massa no interior;
( ) verificar a centragem da placa em relação à folga e apertar os parafusos;
( ) colocar o molde em sua placa e conferir se está bem assentado (não bandeia).

2 Enumere os procedimentos para a colocação das fôrmas, de maneira que as etapas fiquem
na ordem correta:
( ) colocar uma meia fôrma e mantê-la no lugar com uma das mãos;
( ) posicionar o segundo semi-molde e ajustá-lo previamente (centragem em cima e embaixo
relativamente à folga e ao molde do patim);
( ) juntar cada placa lateral na respectiva meia fôrma;
( ) terminar o ajuste e o alinhamento posicionando à prensa de fixação;
( ) apertar as formas com cuidado para não serem trincadas.

3 Encontre no caça-palavras
caça-palavras os materiais utilizados no pré-aquecimento:
T A M A N G U E I R A O X I G E N I O O P S O L A N T E
R F M I U V C X B D S A P L L H S A X V B B Q E Z X H Y
M A N O M E T R O P R O P A N O A O P L L I O A X V M O

HL WQ BV ÇK MA DL DG EA RO GR AP MF AA PN RG OU PE AI NR OA JP RF OS AP AI ON OL PF
O Q B J Ç E X D H F O A E R E T E N S O R S D D D D T T
A X M B A T Q X U B M A N O M E T R O O X I G E N I O P
A D F A R Y Z B Ç N J O S S H L D S F S W G T S F X C V
C S A E I U M V P N H L M F G A V O Ç J G D A X W A X C
X V S W C I V A L V U L A A N T I R E T O R N O P B C N
Z M X D O O P K L K A M B G E S B V Q A F H J K Ç L N M
P L G A R R A F A O X I G E N I O U S A C V B N R S E Y
102
10 2

4 Assinale os recursos necessários


necessários para a execução do alívio de tensão:
relembrar
( ) marrão de cobre ou bronze de 5 kg;
( ) maçarico;
( ) mangueira de oxigênio;
( ) termômetro ou pirômetro;
( ) roletes;
( ) manômetro de propano;
( ) sacador de grampos ou pampulher;
( ) alicate de montagem;
( ) válvula anti-retorno;

( ) máquina policorte;
( ) alavanca de montagem;
( ) tensor hidráulico.
Manutenção da Superestrutura Ferroviária 103
10 3

CAPÍTULO VI

JUNTA ISO LADA COL ADA – JIC
JUNTA


As atividades de montagem de Junta Isolada Colada – JIC – nos estaleiros de solda devem ser
padronizadas, proporcionando:
segurança;
produtividade;
qualidade (requerida nos padrões da ferrovia).

Os procedimentos para a saúde e a segurança ocupacional – SSO – também devem ser considera-
dos na execução desse procedimento.
Todos os operadores de máquinas devem ser treinados. Será considerada falta grave a delegação de
operação de qualquer máquina a algum empregado que não esteja habilitado.

DELEGAR A OPERAÇÃO
AMIGO, TERMINA
TRABALHO O
PRA MIM? DE QUALQUER MÁQUINA
A UM FUNCIONÁRIO
ESTOU INDO ALMOÇAR! NÃO TREINADO É FALTA
UÉ, MAS NÃO GRAVE...PIOR QUE DAR
RECEBI O CARRINHO POR TRÁS!
TREINAMENTO
PARA MEXER
NESSA MÁQUINA!

TEM PROBLEMA
NÃO...É FÁCIL! É
SÓ APERTAR UM
BOTÃOZINHO...
106
10 6

Além dos equipamentos de segurança mencionados no capítulo sobre alívio de tensão, também
devem ser usados os seguintes equipamentos:

Avental de raspa Protetro facial

Riscos
Os riscos mais comuns na execução dessa tarefa são os seguintes:
aprisionamento de membros;
contato com energia elétrica;
exposição a ruídos;
riscos de incêndio;
quedas;
projeção de fagulhas;
fluidos sobre pressão.
Manutenção da Superestrutura Ferroviária 107
10 7

Responsabilidades
Existem atribuições específicas para cada membro das equipes. Observe:

Gerente
garantir os recursos necessários para o bom desempenho das funções de execução, por meio de
pessoas treinadas e capacitadas para desempenhar seu trabalho;
definir em conjunto com o SESMT local o uso dos EPIs , bem como garantir sua distribuição e uso;
assegurar treinamento e capacitação das pessoas envolvidas na atividade.

Supervisor
garantir o cumprimento do padrão, através da orientação, fiscalização e cobrança da correta
aplicação desse padrão.

Operador
conhecer e aplicar as recomendações desse padrão;
propor a inclusão de itens que julgue
j ulgue necessários para a segurança operacional.

PREPARO E MONTAGEM DA JUNTA ISOLADA COLADA

Etapas do processo:
corte do trilho no comprimento total na base de estocagem ou área definida com disco de corte,
ou ainda no caminho rolante com disco de corte/serra
corte/serr a de fita;
corte do trilho na região de instalação da junta isolada colada no ângulo definido (15º, 45º ou 135º);
preparação do trilho para montagem da junta isolada colada (furação/biselamento);
jateamento na região da alma do trilho para a instalação da junta isolada colada;
montagem da junta isolada colada;
medição do isolamento;

estocagem/expedição.
108
10 8

Para cortar o trilho no comprimento total da base de estocagem ou no caminho rolante, deve-se
posicionar com o auxílio do pórtico rolante de cinco toneladas, no caso da EFVM (Estrada de Ferro
Vitória a Minas), ou empilhadeira de sete toneladas, no caso da EFC (Estrada de Ferro Carajás).

Os trilhos de 24 metros devem ficar posicionados na base de estocagem de trilhos curtos novos ou
em área pré-definida para a tarefa, mantendo um espaço entre eles suficiente para o manuseio da
máquina de cortar.

Para este fim, a EFVM utiliza uma unidade hidráulica com braço do dispositivo de corte reversível.
Já a EFC usa uma unidade hidráulica elétrica com eixo de transmissão flexível.

Deve-se verificar se a base está nivelada para evitar o prensamento do disco durante o corte. Tam-
bém é necessário medir e marcar o trilho
tri lho na região do boleto local do corte, conforme o comprimento
total da JIC.

Um calço de madeira deve ser colocado abaixo do patim do trilho para garantir seu corte livre e
prevenir o prensamento do disco de corte. Este procedimento oferece alguns riscos, como:
prensamento de membros superiores;
queda do mesmo nível;
desprendimentos dos alicates no trilho durante o transporte;
choque mecânico.

Alguns procedimentos devem ser tomados para evitar esses riscos, como:

não transitar sob carga suspensa;


usar luvas de couro;
inspecionar equipamentos e dispositivo de fixação de trilho;
tril ho;
liberar local ou trajeto para movimentação e posicionamento do trilho.
Manutenção da Superestrutura Ferroviária 109
10 9

Corte do trilho com disco abrasivo


Em caso de corte do trilho
tril ho com disco abrasivo, a máquina e a área de trabalho devem ser inspecio-
nadas. Algumas circunstâncias devem ser observadas, como:
mangueira hidráulica danificada;
espiras de aço à mostra;
nível de óleo hidráulico;
rachaduras e vazamentos nas conexões hidráulicas.

Atenção especial
Alguns acessórios ou equipamentos merecem atenção especial, como:
válvulas para controle de pressão;
motor elétrico de acionamento de unidade de força;
painel de comando;
plugues e tomada elétrica de PVC;
engate rápido da mangueira (limpo e lubrificado);
conjunto da cortadora de discos – fazem parte do conjunto:
gatilhos;
suporte da fixação do disco de corte;
torninho de fixação no trilho;
proteção do disco de corte;
suporte para manuseio durante o corte;
braços;
discos de corte;
eixo flexível para o equipamento da EFC.
110
11 0

Irregularidades
Se alguma irregularidade for notada, o supervisor ou responsável para a correção da anomalia
devem ser acionados. Circunstâncias que possam pôr em risco a saúde dos funcionários devem ser
observadas, como:
condições do piso;
obstáculos;
manchas de graxa ou óleo no piso.

Eliminando esses tipos de inconvenientes, a saúde dos funcionários fica assegurada contra aci-
dentes como:
quedas e tropeços;
torção lombar;
prensamento dos dedos e mãos;
torção dos pés e dos joelhos.

NOTA: é importante a utilização dos equipamentos de segurança já mencionados.

Procedimentos para corte


Os procedimentos para o corte do trilho
tril ho com disco abrasivo são os seguintes:

garantir a fixação do TLS ou do trilho curto através do dispositivo apropriado;


sinalizar a área onde será efetuado o corte;
atuar o dispositivo de bloqueio de comando da linha de rolos motorizados;
fechar as cancelas para a obstrução de movimentação dos trilhos;
marcar previamente o local no trilho onde será efetuado o corte.

Ao posicionar a máquina sobre o trilho na região do corte, inicialmente deverá se fixar o suporte no
boleto do trilho juntamente ao conjunto da cortadora, apertando o troninho com segurança.
Manutenção da Superestrutura Ferroviária 111
11 1

O grupo da unidade hidráulica deverá ser posicionado corretamente em local seguro e a área deverá
ser isolada. As mangueiras de transmissão hidráulica devem ser acopladas a seus respectivos
engates de 10 GPM (galões por minuto). As válvulas de circulação de óleo hidráulico deverão ser
colocadas em posição OFF quando em funcionamento.

IMPORTANTE: o calço de madeira nas extremidades dos trilhos na região onde será cortado deve
ser garantido para evitar o prensamento do disco durante ou após o corte.

Antes de energizar a unidade hidráulica (380 volts contínua), deve-se conferir se o botão de partida
do painel da unidade hidráulica está na posição desligado (vermelho).
Deve–se conferir se a alavanca de aceleração (gatilho) do conjunto de cortar do policorte está livre.
Se houver dispositivo de bloqueio mecânico na tomada, é preciso se certificar de que está em posi-
ção de desligado. Para isso basta acionar a chave ou o disjuntor.

É expressamente proibido trabalhar com o sistema de unidade hidráulico por acionamento elétrico
próximo à água ou em tempo chuvoso porque pode causar choque elétrico.
elétri co.

Antes de acionar a unidade hidráulica, os ajustes e a proteção da unidade hidráulica deverão ser
conferidos e o dispositivo de proteção da tomada deve ser liberado. Então, o botão “ligar” (cinza)
poderá ser acionado.

IMPORTANTE: caso o botão “ligar” não funcione, o supervisor deverá ser informado imediatamen-
te, pois o reparo só pode ser efetuado por pessoa especializada.

Ao se acionar a máquina de cortar, os seguintes procedimentos devem ser tomados:


conferir se as mangueiras hidráulicas estão esticadas e afastadas do raio de ação do disco de corte;
verificar se não há circulação de pessoas no raio de projeção de fagulhas ou disco de corte.

IMPORTANTE: caso haja ruptura no disco de corte em movimento no momento do contato com o
trilho, deverá ser exigida a presença de um observador durante a execução do corte para abrir o
registro hidráulico e desligar o motor elétrico.
112
11 2

Para cortar o trilho, é necessário aproximar cautelosamente o disco de corte na região do boleto do
trilho, em movimentos de vai-e-vem, controlando a força exercida e o peso da máquina e observan-
do a rotação do disco para não deixá-lo prender na fissura do corte.

A posição do corte na região do boleto e do patim deve ser alternada até a conclusão da tarefa. Caso
necessário, durante a operação pode-se mudar a posição do corte, invertendo a posição do policorte.
A região do corte do trilho deve ser monitorada para que ela não obtenha coloração azulada nem
forme martensita ou altere a estrutura dos grãos, o que tornaria a região frágil e reduziria a quali-
dade da soldagem.

Martensita é a estrutura básica formada no processo de têmpera que tem como resultado um ex-
pressivo aumento da dureza do aço.

Riscos do procedimento de corte

O procedimento de cortar o trilho oferece os seguintes riscos:


choque mecânico;
ruído;
torção lombar;
projeção de fagulhas;
liberação de poeira sílica e metálica;
borras ou fagulhas;
quebra de disco.

Prevenção dos riscos


Além dos equipamentos de segurança já mencionados anteriormente, também são recomendados
os seguintes instrumentos:

Protetor nasal Manga de raspa


Manutenção da Superestrutura Ferroviária 113
11 3

Para substituir o disco de corte é necessário desligar o equipamento, acionando o botão “desligar” no
painel de comando na unidade de força e esperar parar completamente a circulação do disco de corte.
O policorte deve ficar apoiado em posição segura e o bloqueio mecânico da tomada elétrica ativado.
Também
Também se pode retirar
reti rar o plug da tomada.

IMPORTANTE: proceder a substituição do disco de corte utilizando as ferramentas apropriadas e


inspecionadas.

Conclusão do corte
Depois de concluído o corte, os registros devem ser fechados e as mangueiras hidráulicas desconecta-
das. Se não houver necessidade de continuar a execução da tarefa, o dispositivo de fixação do conjunto
do policorte deve ser desmobilizado.

NOTA: a máquina deve ser guardada em local apropriado, seguro e sinalizado.

Corte de trilho com máquina serra de fita ou disco de corte na linha


l inha de preparação e montagem
da junta isolada colada
Para realizar esse procedimento, deve-se inspecionar a máquina e a área de trabalho. É importante
averiguar as condições da máquina, como:
mangueira hidráulica danificada;
nível do óleo hidráulico;
rachaduras e vazamentos nas conexões hidráulicas;
válvulas de controle de avanço da serra para corte;
motores elétricos de acionamento da prensa hidráulica e serra de fita;
painel de comando;
plugues e tomada elétrica de PVC (desenergizados);
partes deslizantes da máquina;
tensão da fita de serra;
sistema de refrigeração e líquido refrigerante;
botão parada de emergência.
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11 4

IMPORTANTE: caso haja irregularidade, não operar o equipamento


equipamento.. Entrar em contato com o super-
visor para que seja providenciado o reparo.

Para efetuar o corte de trilho com máquina serra de fita ou disco de corte na linha de preparação e
montagem da junta isolada colada, é necessário seguir as seguintes recomendações:
sinalizar a área onde o corte será efetuado;
acionar o dispositivo de bloqueio de comando da linha de rolos motorizados e fechar as cancelas
para a obstrução de movimentação dos trilhos;
marcar previamente o local no trilho onde será efetuado o corte.

O trilho deve ser posicionado na região a ser cortado com lâmina de serra de fita ou disco de corte. Em
caso de trilho curto, o acionamento deve ser realizado por meio de botoeira de comando instalada no
caminho rolante ou através de empilhadeira/talha elétrica.
A região a ser cortada deve ser posicionada imediatamente abaixo da lâmina serra de fita ou disco de
corte. Os procedimentos são diferenciados em relação à EFVM e à EFC. Observe:
EFVM: girar a máquina de serra de fita instalada sob base giratória e garantir sua fixação por
meio do pino de travação, situado na borda circular/lateral da base giratória nos ângulos dese-
jados de 45º ou 135º;
EFC: posicionar o suporte (torninho) da máquina corte de disco no ângulo de 15º.

Após a execução desses procedimentos, garantir a fixação do trilho curto através do dispositivo apro-
priado e acionar a prensa hidráulica por meio da botoeira com símbolo característico no painel de
comando da máquina.
Garantir ao torninho fixação ao suporte da máquina de disco de corte no boleto do trilho. Deve-se obser-
var se não há torção no trilho e evitar forçar o trilho durante o corte.

É obrigatório o uso de protetor auricular.


Nunca segurar no topo do trilho para sua movimentação no caminho rolante ou qualquer hipótese.
Manutenção da Superestrutura Ferroviária 115
11 5

Para acionar o mecanismo de tração da fita e ajustar a velocidade de avanço da serra, ou ainda ligar o
motor diesel da máquina de disco de corte, deve-se seguir as orientações conforme as especificações
dos trilhos e a tabela de corte para as serras de fitas.

Deve-se ligar o mecanismo de movimentação da serra através das botoeiras com símbolo característico
no painel de comando da máquina ou puxar a cordoalha para dar partida no motor diesel da máquina
de disco de corte.
O mecanismo de lubrificação e o líquido refrigerante (óleo solúvel) também devem ser acionados atra-
vés das botoeiras com símbolo característico no painel de comando da máquina.
Para cortar o trilho deve-se aproximar lentamente a serra de fita ou o disco de corte ao trilho a ser cor-
tado, controlando a velocidade do corte por meio do dispositivo apropriado de cada equipamento.
A saída dos cavacos pequenos deve ser evitada para proporcionar produtividade à lâmina e evitar
que o disco de corte se rompa. O final do corte e a atuação do limitador de avanço da serra devem ser
observados.

Este procedimento oferece alguns riscos, como:


liberação de cavacos umedecidos;
ruídos;
corte das mãos na serra de fita;
rompimento do disco de corte.

É obrigatória a utilização dos seguintes equipamentos de segurança:


óculos de segurança;

protetor auricular;
luvas de couro.

IMPORTANTE: nunca permitir a circulação de pessoas na trajetória do disco de corte. A área de


corte deve ser isolada.
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11 6

Liberação do trilho após o corte


Antes de liberar o trilho após o corte, é necessário seguir os seguintes procedimentos:

aguardar o retorno da liberação do cabeçote da serra de fita;


desligar o mecanismo de tração da fita;
liberar a prensa do trilho;
desligar o mecanismo de lubrificação/refrigeração;
retirar os calços de apoio/alinhamento do trilho;
desligar o painel de comando e o botão de emergência;
colocar calço metálico no cabeçote da prensa (para garantir segurança e evitar abaixamento e
levante contínuos durante a movimentação do trilho);
liberar o suporte (torninho) de fixação da máquina de corte, localizado no boleto do trilho;
retirar o conjunto de corte.

Este procedimento oferece alguns riscos, como:


prensar ou cortar as mãos;
entorse;
queda do mesmo nível;
projeção de cavacos;

IMPORTANTE: é obrigatório o uso dos óculos de segurança e das luvas de couro.


Manutenção da Superestrutura Ferroviária 117
11 7

Para substituir a lâmina de serra, é necessário liberar o tensionador mecânico da lâmina. Após esse
procedimento, a lâmina de serra pode ser retirada do suporte de metal duro (pastilha), forçando-a
para baixo.

Então, retirar as lâminas das polias de tensão (volante). Para dobrar a serra de fita, deve-se dobrá-
la ao meio como se fosse fazer um oito.
Este procedimento oferece os seguintes riscos:
corte nas mãos e em outros membros;
projeção de corpos estranhos.

É recomendada a utilização dos óculos de segurança e das luvas de couro.

Limpeza da região do corte do trilho/máquina e dentição da serra


Após a utilização do equipamento, sua limpeza deve ser garantida, especialmente as extremidades
dos trilhos cortados.
Deve-se evitar a transferência dos cavacos para as linhas de rolo ou máquinas de solda Schlatter,
durante a movimentação dos trilhos. Há risco de projeção de óleo solúvel no piso.

Procedimento de furar o trilho para instalar a junta isolada colada


Durante a execução desse procedimento, é necessário seguir as seguintes etapas:
inspecionar a máquina de furar os trilhos e as brocas;

posicionar os trilhos na máquina de furar;


furar o trilho.

Inspecionar a máquina de furar os trilhos e as brocas


Deve-se verificar as condições mecânicas e elétricas da máquina de furar, checando o nível de oleio
hidráulico das prensas de fixação dos trilhos e o carro de avanço das brocas.
É necessário atestar se as brocas estão amoladas e se permitem furar os trilhos sem necessidade
de amolação durante o processo. Deve-se verificar a regulagem das brocas no cavalete, conforme
espaçamento do projeto ou gabarito da junta metálica.
118
11 8

IMPORTANTE: é obrigatório o uso de luvas de couro para se evitar o corte das mãos durante a
inspeção.

Posicionar os trilhos na máquina de furar


Seguir os seguintes procedimentos:
movimentar o trilho número 1 na posição central da máquina conforme a indicação (batente);
apertar a prensa hidráulica vertical por meio de botão indicado no painel;
colocar perfil metálico entre os trilhos;
aproximar o trilho número 2, ajustando-o de forma a ficar preso sem folga;
apertar a pressão hidráulica vertical.

São necessários os seguintes cuidados durante a execução desse procedimento:


fechar a cancela da linha do caminho rolante;
segurar nas extremidades do perfil metálico para posicioná-lo entre os trilhos;
não pular os trilhos para acionar as prensas;
não operar o equipamento com camisa solta na cintura.

IMPORTANTE: é obrigatória a utilização de luvas e óculos de segurança.

Furar o trilho
Seguir os seguintes procedimentos:
ligar bomba de água/óleo solúvel para arrefecimento e lubrificação das brocas, por meio de
botoeira no painel;
ligar motor cavalete das brocas;
disparar o avanço do carro das brocas, por meio de dispositivo apropriado;

controlar o avanço das brocas, assegurando uma aproximação lenta da ponta aos trilhos;
Manutenção da Superestrutura Ferroviária 119
11 9

garantir que os cavacos sejam liberados da limalha e que fiquem uniformes e sem queimaduras
até a conclusão dos furos;
verificar a total liberação da navalha da saída da navalha das brocas;
interromper o deixar atingir o limite de avanço das brocas, observando o completo recuo do carro;
desligar a bomba de arrefecimento.

Este procedimento oferece os seguintes riscos:


projeção de cavacos;
cortes nas mãos;
ruídos.

É obrigatório usar os seguintes equipamentos de segurança:


luvas de raspa;
capacete;
óculos de segurança;
protetor auricular.

Biselamento dos furos/topos dos trilhos e retirada de alto relevo da alma do trilho
Os trilhos furados devem ser deslocados por meio de rolos motorizados até o local indicado. Estes trilhos
poderão ser conduzidos diretamente pela máquina de furar ou posicionados com auxílio da talha elétrica
do local de estocagem próximo à linha do caminho rolante ou outro equipamento similar de guindar.
guindar.
Com auxílio da máquina de esmerilar angular (lixadeira), as quinas vivas do topo do boleto do trilho
devem ser rebarbadas, sendo marcadas previamente por instrumento de marcação “1/16” horizon-
talmente na ponta do trilho, com a lixadeira inclinada a 45 graus.
Com a própria lixadeira deve-se remover todas as inscrições em alto relevo da seção alma do trilho na
região de instalação da junta isolada colada, inclusive as saliências do trilho na saída das brocas.
Com o auxílio de pontas montadas ou bizelador metálico, deve-se executar o mesmo processo no
furo dos trilhos (ambos os lados).
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12 0

Preparação da área de colagem da tala isolada colada


Este processo consiste no jateamento na região da alma do trilho para a inspeção da junta isolada
colada. Os trilhos deverão ser posicionados dentro da cabine de jateamento do trilho, localizada na
linha do caminho rolante montagem de JICs, acionando os comandos dos rolos motorizados para
que sejam deslocados.
Os trilhos devem ser posicionados corretamente, como o espaçamento necessário à execução da
limpeza. É necessário fechar as portas de vedação de saída da granalha de aço.
Deve-se averiguar se os vidros estão bem fixados e permitindo boa visibilidade para se acompanhar
o processo. Toda a carepa do trilho deve ser removida com jato de granalha de aço angular com
granulometria GR-40 e comprimento de 50 cm.
A área é definida da seguinte forma:
alma;
parte inferior do boleto na junção com a alma;
parte superior do patim;
face do corte.

Nessa área o trilho deverá ficar com uma coloração prata opaca, evidenciando uma limpeza com-
pleta. O contato manual com a área limpa deve ser evitado, pois a oleosidade natural das mãos
diminuirá a área a ser colada.
A limpeza é completada utilizando-se uma trincha embebida em tricloretileno.
t ricloretileno. Deve-se aguardar a
evaporação da substância.
A superfície isolada das talas deverá ser lixada manualmente, removendo quaisquer sujeiras e
imperfeições. Em seguida é necessário passar uma trincha embebida de tricloretileno, inclusive
nas seguintes peças:
porcas;
parafusos;
arruelas;
entre trilhos.

NOTA: após a limpeza das peças, se houver necessidade de manuseio, deve-se utilizar luvas ci-
rúrgicas limpas.
Manutenção da Superestrutura Ferroviária 121
12 1

É necessário tomar os seguintes cuidados durante a execução dessa operação:


fechar a cancela entre os rolos, impedindo a movimentação dos trilhos no caminho rolante
durante o processo de jateamento;
não permitir o acesso de pessoas não habilitadas na área de trabalho;
nunca posicionar as mãos entre os topos dos trilhos para sua movimentação.

É obrigatória a utilização dos seguintes equipamentos de segurança:


óculos de segurança;
luvas de raspa;
máscara nasal;
avental de couro;
protetor auricular;
capacete.

Montagem da tala isolada no trilho


Depois de concluído todo o processo de jateamento dos trilhos, deve-se retirar os segmentos dos
trilhos de dentro da cabine de jateamento e posicioná-los nos cavaletes pré-nivelados na área de
montagem, com auxílio da talha elétrica de uma tonelada.
Deve-se inserir o trilho e alinhá-lo com uma régua de aço, ajustando seu nivelamento através de
parafusos de ajustes, instalados nos cavaletes (bancada).
Em seguida, é necessário realizar uma pré-montagem com as talas para conferir as furações,
utilizando os pinos guias e observando com muita atenção para que não ocorra nenhum tipo de
interferência ou desalinhamento nas furações.
Caso haja algum tipo de interferência, será necessário eliminá-la utilizando uma retífica com a
ponta montada e, se não for possível uma perfeita montagem, deve-se substituir os segmentos e
realizar uma rigorosa verificação dos procedimentos para furação.
É recomendado fazer uma montagem com parafusos, como pouco aperto e sem adesivos, para medir o
isolamento. Se houver passagem de corrente, deve-se identificar e descartar o elemento defeituoso.

NOTA: deve-se medir a isolação entre o trilho e as talas.


122
12 2

Após concluir o ensaio das talas isoladas, é necessário executar a identificação do conjunto a ser
instalado conforme a seqüência de montagem, observando os seguintes elementos:
número;
data de montagem;
abreviatura do fabricante da tala isolada;

IMPORTANTE: estes caracteres deverão ser impressos na área frontal da tala (parte metálica) com
o auxílio de punção de aço.

A superfície isolada das talas deverá ser lixada manualmente, removendo quaisquer sujeiras e im-
perfeições. Em seguida deve-se passar uma trincha embebida de tricloretileno em todas as peças e
aguardar a evaporação da substância.

ATENÇÃO: caso haja necessidade de manuseio após a limpeza, é necessário utilizar luvas cirúrgi-
cas limpas.

A montagem da tala isolada oferece os seguintes riscos:


choque mecânico;
torção lombar;
prensar mãos e dedos;
bater ferramentas contra os dedos;
inalação do pó do celeron durante o lixamento da tala isolada;
vapor do solvente para limpeza;
contato do solvente para limpeza com a pele;
projeção de partículas metálicas.
Manutenção da Superestrutura Ferroviária 123
12 3

É recomendada a utilização dos seguintes equipamentos de segurança:


óculos de segurança;

máscara nasal;
luvas cirúrgicas.

Montagem da JIC e acabamento do adesivo


Seguir os seguintes procedimentos:
imediatamente após a preparação da resina, o trilho deve ser encaixado na posição de montagem;
utilizar os pinos guias para colocar as talas em posição;
colocar os primeiros parafusos, alternando a posição das porcas com as cabeças dos parafusos;

retirar os pinos guias e colocar os demais parafusos;


apertar todos os parafusos com a chave de impacto, começando pelo centro e de forma alternada;
utilizar a parte do adesivo que não foi aplicada na montagem para selar completamente todo o
material de isolação – para isso usar o auxílio de uma espátula. Passar em toda a borda da tala;
usar o torquímetro de estalo para apertar todos os parafusos;
remover todo o excesso resultante do aperto dos parafusos.

O torque especificado para o padrão ferroviário é:


trilho 68 kg/m;
torque de 1.000 ft LB.

Este procedimento oferece os seguintes riscos:


choque mecânico;
projeção de adesivo;
ruídos.
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ATENÇÃO: é recomendada a utilização de óculos de segurança e protetor auricular. Não se deve


posicionar os cotovelos sobre a superfície metálica porque a chave pode escorregar do encaixe e
chocar com os cotovelos.

Reparo dos parafusos da JIC


Começando-se pelo centro, devem-se apertar novamente todos os parafusos com o torquímetro
e uma chave de boca para evitar que girem. O tempo para apertar novamente os parafusos deve
seguir a tabela abaixo:

Temperatura Ambiente ºC Tempo


Até 25 15 minutos
25 a 32 10 minutos
Acima de 32 05 minutos

NOTA: a condição ideal para se apertar novamente os parafusos ocorrerá quando o parafuso ainda
estiver mole. Para tanto, devem-se apertar os parafusos sobre o adesivo com os dedos, tomando
cuidado para que o adesivo não cole os dedos.

Cura do epóxi (adesivo)


O adesivo utilizado completará seu ciclo em 24 horas e somente assim atingirá a máxima resistên-
cia. A cura total do epóxi para a aplicação da JIC na Via Permanente se completará em sete dias.

IMPORTANTE: antes da cura, deve-se isentar a JIC de chuva e poeira durante sete dias.

Logo após apertar novamente os parafusos, o conjunto montado poderá ser movimentado com talha
elétrica ou equivalente para concluir o processo de cura do epóxi.

NOTA: no período de cura a junta não deve ser movimentada nem ficar sujeita a qualquer carga.
Manutenção da Superestrutura Ferroviária 125
12 5

Acabamento final da JIC


Seguir os seguintes procedimentos:

posicionar o conjunto montado sobre os cavaletes com o auxílio do pórtico rolante;


utilizar a lixadeira manual para remover todo o excesso de adesivo, especialmente sobre o boleto
do trilho na área do entre trilho e na região inferior do patim trilho;
realizar o melhor acabamento possível sem expor o isolante;
pintar todo o conjunto montado com alcatrão de hulha, ou outro produto equivalente.

Alcatrão de hulha é um líquido escuro, viscoso, constituído essencialmente por hidrocarbonetos


aromáticos (fenóis, anilina, benzeno etc.). Trata-se da mais importante fonte natural de compostos
aromáticos para a indústria.

Este procedimento oferece os seguintes riscos:


projeção de fagulhas e poeira do epóxi;
ruído;
corte com o disco de corte em circulação;
torção lombar.

É recomendado parar o giro do disco de corte da lixadeira no trilho após concluída a tarefa. Devem-
se utilizar os seguintes equipamentos de segurança:
óculos de segurança;
protetor auricular;
máscara nasal;
luvas de couro.

Teste de isolamento elétrico da JIC


Após o acabamento final da JIC, com o auxílio do pórtico rolante de duas toneladas, deve-se colocar
o conjunto montado sobre o material isolante (borracha, plástico de régua de madeira seca).
126
12 6

É necessário utilizar um megômetro na escala de 500 VDC para o padrão ferroviário e medir o valor míni-
mo de 10 hms, ou na escala 1.000 VDC para o padrão metroviário e medir o valor mínimo de 20 hms.
Deve-se medir o isolamento trilho x trilho e trilho x tala isolada colada. Os referidos valores de iso-
lamento deverão ser anotados na pasta de controle de JICs e, simultaneamente inscritos com pincel
industrial no boleto trilho do conjunto montado.
Este procedimento oferece os seguintes riscos:
torção lombar;
prensar dedos, mãos e membros superiores;
queda do mesmo nível.

São recomendados os seguintes cuidados:

manter postura para movimentação;


não deixar mãos/dedos embaixo dos trilhos;
não transitar sob carga suspensa.

INSPEÇÃO DA JUNTA ISOLADA COLADA

As atividades de inspeção das juntas isoladas devem ser padronizadas e utilizadas por todas as
equipes de manutenção da Via Permanente.

Quem são os responsáveis?


Os responsáveis pela execução dessa tarefa são:
engenheiro;
supervisor de manutenção;
técnico da Via Permanente;
técnico especializado em manutenção;
inspetor ferroviário.
Manutenção da Superestrutura Ferroviária 127
12 7

Quais tarefas devem ser inspecionadas?


As seguintes tarefas devem ser inspecionadas:

averiguar as juntas isoladas;


verificar as talas isoladas;
verificar o estado geral das juntas;
inspecionar o trilho de reforço;
verificar dormentes;
verificar fixações da junta;
verificar lastro;
registrar as anomalias encontradas.

Averiguar as juntas isoladas


programar a inspeção das juntas em freqüência bimestral;
confirmar se a junta isolada está colada, verificando
veri ficando parafusos e arruelas de pressão;
observar o aperto das arruelas e se há fraturas ou ausência de parafusos ou danos neles.

IMPORTANTE: não é tolerada a ausência de parafusos ou arruelas. Devem-se substituir os parafu-


sos danificados.

Verificar as talas isoladas


É necessário observar se a tala está com início de fadiga, fragmentada ou trincada. Caso ocorra
alguma dessas situações, providenciar reparo imediato.
128
12 8

Verificar o estado geral da junta


Deve-se observar a junta quanto:

ao nivelamento e necessidade de nivelamento;


a separação do isolante;
a necessidade de biselamento.

Inspecionar o trilho de reforço


É necessário averiguar os trilhos de reforço. Deve-se verificar a distância entre o trilho de reforço e
o trilho de rolamento (medida 50 – 0 + 5 cm eixo a eixo).

Na EFC os trilhos de reforço serão aplicados somente em juntas problemáticas. Em caso de dormen-
te de aço devem ser usados os especiais, de 2,80 m.

Verificar dormentes
Não são admitidos dormentes podres ou trincados na região da junta. Os dormentes cujas chapas
estiverem penetrando deverão ser substituídos.
Na EFVM e na FCA o espaçamento deve ficar conforme o esquema abaixo:

Tubarão

Os dormentes devem ter tamanhos iguais a 2,90 m. Os antigos, de 2,15 m, rachavam a cabeça
quando se fixava a chapa do trilho de reforço ou com esforço repetitivo e choques dos rodeiros.

NOTA: na EFC as juntas devem ficar em balanço.


Manutenção da Superestrutura Ferroviária 129
12 9

Verificar fixações da junta


Observandor se há tirefonds ou grampos frouxos ou ausentes nas fixações das juntas. No sentido
do espaçamento da junta, as medidas são inversas porque a menor deve estar na parte de baixo
do sentido TU.
O martelamento maior se dá pelo rodeiro sentido exportação, em que há maior esmagamento e
ruptura do boleto.

Verificar lastro
É importante observar se há existência de contaminação de lastro e bolsões d’água sob a junta.

Registrar as anomalias encontradas

Todas as anomalias encontradas devem ser registradas.


130
13 0

1 Complete:
a) Para compatibilizar as tensões devidas ao tráfego, utiliza-se uma camada de material
______________, que absorve parte dos esforços.

b) _______________ de uma estrada é a faixa de terreno predeterminada que pertence ao


domínio da estrada. Dentro dela está o corpo estradal.
c) ____________ são os elementos necessários à fixação do trilho no dormente ou na placa
de apoio do trilho.
d) ______________ são dispositivos
dispositivos instalados na ferrovia que permitem a transferência de
um trem ou veículo ferroviário de uma linha para a outra.
e) A correta manutenção da _____________ e dos dispositivos de drenagem é fundamental
para a vida útil da ________________.

2 Circule a ilustração que retrata o procedimento correto quanto às normas


normas de Segurança
Segurança e
Saúde Ocupacional:

PONHA OS
PRECISO QUE VOCÊ EQUIPAMENTOS PARA
SE PROTEGER!
SOLDE ESTE
TRILHO!
NÃO PRECISA,
É
VOU BUSCAR AS RAPIDINHO...
LUVAS E OS ÓCULOS
DE SEGURANÇA!

NÃO PRECISA, É
RAPIDINHO...NÃO PRECISA SIM, A SAÚDE E
PODEMOS PERDER A SEGURANÇA ESTÃO
TEMPO EM PRIMEIRO LUGAR!
Manutenção da Superestrutura Ferroviária 131
13 1

3 Enumere os procedimentos
procedimentos para a sangria do cadinho,
cadinho, de forma que as etapas fiquem na
ordem correta:
( ) pôr o acendedor
acendedor aceso no cadinho no meio da porção;
( ) logo após o pré-aquecimento o cadinho
cadinho deve ser colocado nas fôrmas;
fôrmas;
( ) colocar a tampa no cadinho;
( ) acender o acendedor,
acendedor, por contato com a parede interna rubra de uma fôrma ou maçarico;
( ) retirar o cadinho com a forquilha especial;

4 Preencha o quadro com o tempo necessário


necessário para o preparo de cada
cada tipo de cadinho:
CADINHO DESCARTÁVEL CADINHO SATANDARD
(29 MINUTOS) (40 MINUTOS)
Limpeza e pré-aquecimento do
cadinho
Ajuste da abertura entre os
trilhos
Ajuste do molde inferior e la-
terais
Vedação dos moldes
Ajuste e centralização do ca-
dinho
Pré-aquecimento
Tem
empo
po de pr
pré-
é-aq
aque
ueci
cime
ment
ntoo Prep
Pr epar
aroo da
da por
porçã
çãoo no
no cad
cadin
inho
ho Tem
empo
po de pr
pré-
é-aq
aque
ueci
cime
ment
ntoo
Remoção no maçarico e posi-
cionamento no cadinho
Fusão e escoamento da solda
Resfriamento e retirada das
ferragens
Desenforme e rebarbamento
da solda
132
13 2

5 Ligue às figuras os procedimentos que estão sendo executados no preparo da solda QP/CJ WGW:
Preparação de vedação do molde inferior

Colação do molde inferior


Colação dos moldes laterais
Montagem completa dos moldes e cuba de escória
Pré-aquecimento
Resfriamento dos moldes
Solda acabada

1 2 3 4

5 6 7

6 Verdadeiro ou falso?
( ) As tensões
tensões das barras de TLS devem ser retiradas utilizando tensor hidráulico para
minimizar os deslocamentos longitudinais ou laterais dos trilhos assentados.

( ) Para se evitar acidentes de trabalho é aconselhável a utilização do tensor hidráulico em


curvas acima de dois graus.
( ) Utilizar o maçarico para o corte somente se o trilho for preparado
preparado para a solda ou se
estiver sob suspeita de excesso de tensão.
( ) Deve-se tomar cuidado para a folga do patim não ficar superior a do boleto.
Manutenção da Superestrutura Ferroviária 133
13 3

7 Enumere procedimentos para montagem das JICs de forma que fiquem em ordem de etapas:
( ) jateamento na região da alma do trilho para
para a instalação da junta isolada colada;

( ) corte
45º oudo
d135º);
o trilho na região de instalação da junta isolada colada no ângulo definido (15º,

( ) medição do isolamento;
( ) corte do trilho
trilho no comprimento
comprimento total na base de estocagem
estocagem ou área
área definida
definida com
com disco
disco de
corte, ou ainda no caminho rolante com disco de corte/serra de fita;
( ) montagem da junta colada isolada;
( ) preparação do trilho para montagem da junta isolada colada (furação/biselamento);
( ) estocagem/expedição.

8 Determine certo ou errado quanto aos procedimentos que devem ser tomados antes da liberação
do trilho após o corte:

( ) Aguardar o retorno da liberação do cabeçote da serra de fita


( ) Não desligar o mecanismo de tração da fita
( ) Liberar a prensa do trilho.
( ) Desligar o mecanismo de lubrificação/refrigeração.
( ) Não retirar os calços de apoio/alinhamento do trilho.
( ) Desligar o painel de comando e o botão de emergência.

( ) Colocar calço metálico no cabeçote da prensa.


( ) Não liberar o suporte (torninho) de fixação da máquina de corte.
( ) Retirar o conjunto de corte.
134
13 4

S
VALE A PENA RELEMBRAR!

CAPÍTULO I

1)
O
T
I
Via férrea/manutenção;
Infra-estrutura ferroviária;

R
Tensões.

2) F – V – V – V

A
B
3) d – b – f – a – c – g – e

A
CAPÍTULO II

G
1) b – a – c

2)
boleto
Via Permanente
bitola
placas de apoio
almofadas isolantes
Manutenção da Superestrutura Ferroviária 135
13 5

S
3) T A J J L C V G U I O P A L M O F A D A I S O L A N T E
R F M I U V C X B D S A P L L H S A X V B B Q E Z X H Y
I C B J K B N N M R E T Y U I H C O P L L I O A X V M O
L W V K L L A S T R O A S F V B T O T W S A F F T Y H F

O
HO QQ BB ÇJ ÇH DE DX ED OH GF PO CA CE VR BE IT FE AN CS SO SR DS RD DA DA DS TT TS
A X M B N T Q X U B U I D A T O C A O I P E D C G R H B

T
A D F A B Y Z B Ç N J O S S H L D S F S W G T S F X C V
C S A E V U M V P N H L M F G A V O Ç J G D A X W A X C

I
X V S W C I N J L J F Ç N F E W G P D O R M E N T E S A
Z M X D X O P K L K A M B G E S B V Q A F H J K Ç L N M
P L A C A D E A P O I O P H M P O R W S C V B N R S E Y

R
4) É o trabalho ou o conjunto de trabalhos corretivos, periódicos e programados, feitos na Supe-
restrutura da Via Férrea, visando cuidar da sua geometria, com total ou parcial aplicação e
substituição maciça de material.

5)

A
B
a) amassamento, desgaste e quebra;
b) podre, rachado, empenado, queimado;
c) nivelamento longitudinal,
longitudinal, nivelamento transversal, alinhamento, bitola, superelevação, empeno, balanço.

A
CAPÍTULO III

G
1)
metrologia

unidade
calibradores

2) b – a – d – c – f – e

3) V – F – V – F
136
13 6

S
CAPÍTULO IV

1) E – C – C- -E – C –C

2) capacete com jugular – óculos de segurança – luvas de segurança – botinas com biqueira de aço
O
T
I
– abafador de ruídos – perneira.

R
CAPÍTULO V

1) 3 – 2 - 4 – 1

A
B
2) 2 – 3 – 1 – 4 – 5

A
3)
T A M A N G U E I R A O X I G E N I O O P S O L A N T E
R F M I U V C X B D S A P L L H S A X V B B Q E Z X H Y

G
M A N O M E T R O P R O P A N O A O P L L I O A X V M O
L W V K M L G A R R A F A P R O P A N O J F S A I O L F
H Q B Ç A D D E O G P M A N G U E I R A P R O P A N O P
O Q B J Ç E X D H F O A E R E T E N S O R S D D D D T T
A X M B A T Q X U B M A N O M E T R O O X I G E N I O P
A D F A R Y Z B Ç N J O S S H L D S F S W G T S F X C V
C S A E I U M V P N H L M F G A V O Ç J G D A X W A X C
X V S W C I V A L V U L A A N T I R E T O R N O P B C N
Z M X D O O P K L K A M B G E S B V Q A F H J K Ç L N M
P L G A R R A F A O X I G E N I O U S A C V B N R S E Y
Manutenção da Superestrutura Ferroviária 137
13 7

S
4)
marrão de cobre ou bronze de 5 kg;

O
termômetro ou pirômetro;
roletes;

T
I
sacador de grampos ou pampulher;
alicate de montagem;
máquina policorte;

R alavanca de montagem;
tensor hidráulico.

EXERCITANDO PRA VALER!

A
B
1)

A
semideformável
faixa de domínio

G
acessórios de fixação
Aparelhos de Mudanças de Via
infra-estrutura/superestrutura

2) b)
PONHA OS
EQUIPAMENTOS PARA
SE PROTEGER!

NÃO PRECISA,
É
RAPIDINHO...

PRECISA SIM, A SAÚDE E


A SEGURANÇA ESTÃO
EM PRIMEIRO LUGAR!

3) 3 – 1 – 4 – 2 – 5
138
13 8

S
4)
CADINHO DESCARTÁVEL CADINHO SATANDARD

O
(29 MINUTOS) (40 MINUTOS)
0 minuto Limpeza e pré-aquecimento do ca- 10 minutos

T
dinho
5 minutos Ajuste da abertura entre os trilhos 5 minutos

I
3 minutos Ajuste do molde inferior e laterais 3 minutos
7 minutos Vedação dos moldes 7 minutos

R
O minuto Ajuste e centralização do cadinho 2 minutos
4 minutos Pré-aquecimento 4 minutos
Tem
empo
po de pr
pré-
é-aq
aque
ueci
cime
ment
ntoo Pr
Prep
epar
aroo da
da por
porçã
çãoo no
no cad
cadin
inho
ho Tem
empo
po de pr
pré-
é-aq
aque
ueci
cime
ment
ntoo
30 segundos Remoção no maçarico e posiciona- 30 segundos
mento no cadinho

A
B
30 segundos FResfriamento
usão e escoearetirada
mento ddas
a soferragens
lda 30 segundos
5 minutos 5 minutos
3 minutos Desenforme e rebarbamento da da 3 minutos
solda

5)
A
G
Preparação de vedação do molde inferior (ligar à foto 4)
Colação do molde inferior (ligar à foto 2)
Colação dos moldes laterais (ligar à foto 7)

Montagem completa dos moldes e cuba de escória (ligar à foto 3)


Pré-aquecimento (ligar à foto 1)
Resfriamento dos moldes (ligar a foto 5)
Solda acabada (ligar a foto 6)

6) V – F – V – V

7) 4 – 2 – 6 – 1 – 5 – 3 – 7

8) C – E – C – C – E – C – C – E
Manutenção da Superestrutura Ferroviária 139
13 9

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Carlos André, Inspecionar Junta Isolada, Gerência de PPC da Via Permanente, CVRD, 2005.
ANDRADE, Carlos André, Preparação e Montagem de Junta Isolada Colada, Gerência de Engenharia
e Desenvolvimento da Via Permanente, CVRD, 2007.
RAILTECH,
RAILTECH, Procedimentos de Soldagem – Perguntas e respostas.

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