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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA

SOUZA

ETEC JÚLIO DE MESQUITA

CURSO TÉCNICO DE MECATRÔNICA

Leonardo Figliolino de Oliveira


Paulo Henrique de Lira Mineli

Pesquisa sobre robôs industriais

Santo André - SP
2023
Sumário
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................9

2. DESENVOLVIMENTO..................................................................................................10

2.1. Robô Articulado...........................................................................................................10

Aplicações.........................................................................................................................11

Capacidade de Carga.........................................................................................................11

Arquitetura........................................................................................................................11

2.2. Robô Cartesiano..........................................................................................................12

Aplicações.........................................................................................................................13

Capacidade de Carga.........................................................................................................14

Arquitetura........................................................................................................................14

2.3. Robô Cilíndrico...............................................................................................................15

Aplicações.........................................................................................................................16

Capacidade de Carga.........................................................................................................17

Arquitetura........................................................................................................................17

2.4. Robô Polar.......................................................................................................................18

Aplicações.........................................................................................................................19

Capacidade de Carga.........................................................................................................19

Arquitetura:.......................................................................................................................20

2.5. Robô SCARA..................................................................................................................21


2.5 COMPARATIVO DE DOIS FABRICANTES DE ROBÔS (ABB X STÄUBLI)............21

História/Alcance...............................................................................................................21

Funcionamento da empresa/Portifólio..............................................................................22

Robótica realizada na prática (Ciências da vida e cuidados da saúde).............................23

3. CONCLUSÃO.................................................................................................................28

4. REFERNCIAS.................................................................................................................29
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1. INTRODUÇÃO

Este relatório abrange uma investigação acerca de robôs industriais, contemplando os


seguintes aspectos: variações de robôs, elementos estruturais (incluindo arquitetura, níveis de
mobilidade, capacidade de carga, área de alcance, velocidade operacional), usos típicos desses
robôs e uma comparação entre dois fabricantes de robôs, excluindo KUKA e FANUC.
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2. DESENVOLVIMENTO

Este capítulo tem como sua finalidade introduzir os tipos de robôs, cada um com suas
características específicas.

2.1. Robô Articulado

São os robôs mais utilizados na indústria. Seu mecanismo se assemelha a um braço


humano. O braço é conectado à base com uma junta de torção que possibilita o giro do robô.
O número de juntas rotativas que conectam os elos do braço pode variar de duas juntas a dez
juntas e cada articulação fornece um grau adicional de liberdade. As juntas também são
chamadas de eixos e assim frequentemente ouvimos falar em robô de 4 eixos, robô de 6 eixos
referindo-se ao número de juntas. As articulações podem ser paralelas ou ortogonais entre si.
Dentre os tipos de robôs articulados, os com seis graus de liberdade são os robôs industriais
mais usados, pois seu design oferece máxima flexibilidade se comparado com os de menores
eixos. A velocidade e o volume de trabalho do robô articulado vária dependendo do tipo de
robô e suas configurações.
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Aplicações

- Embalagem de alimentos;

- Soldagem a arco Soldagem a ponto;

- Manuseio de materiais;

- Alimentação de máquinas Montagem automotiva;

- Paletização;

- Corte de aço;

- Manipulação de vidro;
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- Fundição e aplicação de forjamento;

Capacidade de Carga

Robôs Articulados são usados em uma variedade de aplicações industriais, como


soldagem, pintura e empacotamento, podem ter uma capacidade de carga que varia de 20 kg a
100 kg ou mais.

Arquitetura

Base: A base é a parte inferior do robô que fornece suporte e estabilidade. Pode ser
fixa ou móvel, dependendo das necessidades da aplicação. A base geralmente inclui motores e
rodas ou outros mecanismos de locomoção, se aplicável.

Coluna ou Pilar: A coluna ou pilar é uma parte vertical que conecta a base ao braço
articulado. Ela pode conter partes do sistema de atuação que permitem a rotação do braço em
torno do eixo vertical.

Braço Articulado: O braço articulado é a parte principal do robô responsável por


realizar movimentos complexos e manipulações. Ele é composto por várias articulações
conectadas por links, que podem ser atuados por motores ou atuadores. Cada junta permite
um grau de liberdade, o que significa que o braço pode se mover em várias direções.

Juntas: As juntas são os pontos de articulação onde os links do braço se conectam e


permitem movimentos específicos, como rotação ou dobragem. As juntas podem ser rotativas
(giratórias) ou articuladas (dobráveis), dependendo do tipo de robô.

Atuadores: Os atuadores são os componentes que proporcionam movimento às


articulações. Eles podem ser motores elétricos, pneumáticos, hidráulicos ou uma combinação
desses, dependendo do tipo de robô e da aplicação.

Sensores: Os sensores são utilizados para coletar informações sobre o ambiente e o


estado do robô. Eles podem incluir sensores de posição, encoders, sensores de força, sensores
de proximidade e câmeras, entre outros. Controladores: Os controladores são responsáveis por
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processar as informações dos sensores e gerar comandos para os atuadores, permitindo que o
robô execute tarefas de forma coordenada e precisa.

Efetuador Final: O efetuador final, também conhecido como "ferramenta final", é a


parte do robô que entra em contato com o ambiente para realizar tarefas específicas, como
pegar, mover ou manipular objetos. Pode ser um tipo de garra, pinça, ventosa, ferramenta de
corte etc.

2.2. Robô Cartesiano

Os tipos de robôs cartesianos também são chamados de robôs retilíneos ou de gantry e


possuem uma configuração retangular. Esses tipos de robôs industriais possuem três juntas
prismáticas com o objetivo de fornecer o movimento linear deslizando em seus três eixos
perpendiculares (X, Y e Z). Eles também podem ter um deslocamento combinado para
permitir o movimento de rotação. Os robôs cartesianos são usados na maioria das aplicações
industriais, pois oferecem flexibilidade em sua configuração, o que os torna adequados para
necessidades de aplicações específicas. O volume de trabalho de um robô cartesiano, refere-se
à região do espaço tridimensional na qual o robô é capaz de se mover e realizar tarefas.

No caso de um robô cartesiano, o volume de trabalho é definido pelos limites dos


eixos X, Y e Z nos quais o robô pode movimentar sua plataforma ou efetuador final. A
velocidade de um robô cartesiano varia com base nos motores e atuadores utilizados na sua
composição, além de depender da precisão que foi imposta e o peso da carga que o robô está
manipulando.
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Aplicações

- Operações de escolher e colocar;

- Carregando e descarregando;

- Manuseio de materiais;

- Montagem e submontagem;

- Manipulação de materiais nucleares;

- Aplicações adesivas;

Capacidade de Carga

Robôs cartesianos de tamanho intermediário, frequentemente utilizados para


manipulação de peças ou materiais em linhas de produção, podem ter capacidades de carga
que variam de dezenas de quilogramas até algumas centenas de quilogramas.
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Arquitetura

Base: A base é a parte inferior do robô cartesiano que proporciona estabilidade e


suporte. Geralmente, a base é fixa e não móvel. Ela é projetada para sustentar o resto do
sistema e, em alguns casos, pode conter atuadores ou motores que movem o robô ao longo do
eixo horizontal (X).

Eixo X: O eixo X é o eixo horizontal principal do robô, responsável pelo movimento


para frente e para trás. Ele é composto por um trilho ou guia ao longo do qual a plataforma do
robô pode se mover.

Eixo Y: O eixo Y é o eixo vertical, perpendicular ao eixo X, que permite movimentos


para cima e para baixo. Assim como o eixo X, ele também é equipado com trilhos ou guias
para movimentação.

Eixo Z: O eixo Z é o eixo horizontal perpendicular aos eixos X e Y. Ele permite


movimentos horizontais adicionais, muitas vezes fornecendo um movimento de deslizamento
lateral da plataforma.

Plataforma: A plataforma é a parte superior do robô cartesiano onde a carga útil ou


ferramenta final é montada. Ela se move ao longo dos eixos X, Y e Z para executar tarefas de
posicionamento e manipulação.

Atuadores: Os atuadores, geralmente motores elétricos ou motores lineares, estão


conectados aos eixos X, Y e Z para permitir o movimento controlado da plataforma. Os
atuadores são responsáveis por mover a plataforma ao longo dos eixos para alcançar posições
desejadas.

Controladores: Os controladores são responsáveis por receber comandos de


movimento e coordenar os atuadores para garantir que a plataforma se mova com precisão ao
longo dos eixos. Eles processam informações de sensores e garantem que a movimentação
ocorra de acordo com os requisitos da tarefa.
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Sensores: Os sensores são usados para fornecer informações sobre a posição,


velocidade e estado do robô. Sensores de encoders, sensores de proximidade e sensores de fim
de curso podem ser usados para garantir o movimento preciso da plataforma.

2.3. Robô Cilíndrico

As variações de robôs cilíndricos possuem pelo menos uma junta rotativa na base e
pelo menos uma junta prismática para conectar os elos. A junta rotativa utliza um movimento
de rotação ao longo do eixo da junta, ao mesmo tempo que a junta prismática se move em um
movimento linear. Robôs cilíndricos trabalham dentro de uma área de cilíndrica. Esses robôs
possuem pelo menos uma articulação rotativa na base e pelo menos uma articulação
prismática conectando os elos. Além da sua área de trabalho cilíndrica, os robôs cilíndricos
possuem um eixo de articulação e um braço extensível que se move verticalmente e ao mesmo
tempo deslizando.

Portanto, robôs com configurações cilíndricas oferecem um movimento linear vertical


e horizontal, como também, um movimento rotativo em torno do próprio eixo vertical. Seu
design compacto da extremidade do braço permite que o robô alcance ranges apertados de
trabalho sem perder a sua velocidade e repetibilidade. O volume de trabalho de um robô
cilíndrico é determinado pelas características físicas do próprio robô, incluindo o
comprimento do braço ou alcance das articulações, bem como pelo número de graus de
liberdade que o robô possui. Para este tipo de robô, a precisão é mais importante para que o
robô consiga executar as tarefas de forma correta, sendo utilizado uma velocidade baixa para
a realização das tarefas.
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Aplicações

- Transporte de painéis LCD;

- Aplicações de montagem;

- Aplicações de revestimento;

- Fundição e aplicação de forjamento;

- Carregamento e descarregamento de máquinas;


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Capacidade de Carga

Robôs cilíndricos de tamanho intermediário, frequentemente utilizados em aplicações


industriais, como manipulação de peças, montagem e pintura, podem ter capacidades de carga
que variam de 10 kg a 100 kg.

Arquitetura

Base: A base é a parte inferior do robô que fornece estabilidade e suporte. Ela é
projetada para suportar o braço robótico e as articulações. A base também pode conter
motores e atuadores que permitem a rotação do robô ao redor do eixo vertical.

Braço Cilíndrico: O braço cilíndrico é a parte principal do robô que possui uma
articulação rotativa em sua base e uma extensão que pode se mover para cima e para baixo.
Ele geralmente é composto por um ou mais links conectados por articulações.

Articulação Rotativa (Base): A articulação rotativa na base do robô permite que ele
gire em torno de um eixo vertical. Isso fornece a capacidade de mover o efetuador (a
ferramenta final) para diferentes posições angulares.

Articulação Linear (Braço): A articulação linear no braço do robô permite que ele se
estenda ou recolha ao longo do eixo vertical. Isso possibilita o movimento vertical do
efetuador.

Efetuador Final: O efetuador final, também conhecido como "ferramenta final", é a


parte do robô que entra em contato com o ambiente para realizar tarefas específicas. Pode ser
uma pinça, ferramenta de corte, sensor, entre outros.

Atuadores: Os atuadores, geralmente motores elétricos, pneumáticos ou hidráulicos,


estão integrados nas articulações para proporcionar os movimentos rotativos e lineares
necessários. Eles são responsáveis por fornecer a energia para o movimento.
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Sensores: Os sensores são usados para coletar informações sobre o ambiente e o


estado do robô. Isso pode incluir sensores de posição, sensores de proximidade, encoders e
outros dispositivos para feedback de posição e detecção de objetos.Controladores: Os
controladores processam as informações dos sensores e enviam comandos aos atuadores para
coordenar os movimentos do robô. Eles garantem que o robô execute tarefas de forma precisa
e segura.

Controladores: Os controladores processam as informações dos sensores e enviam


comandos aos atuadores para coordenar os movimentos do robô. Eles garantem que o robô
execute tarefas de forma precisa e segura. A arquitetura de um robô cilíndrico é projetada para
aproveitar ao máximo os movimentos rotativos e lineares, tornando-o adequado para
aplicações que envolvem movimentos em coordenadas cilíndricas. Cada componente
desempenha um papel essencial na realização das tarefas específicas para as quais o robô foi
projetado.

2.4. Robô Polar

Os robôs polares possuem uma junta de torção que liga o braço à base e uma
combinação de duas juntas rotativas e uma junta linear conectando os links. Estes tipos de
robôs também são chamados de robôs esféricos, uma vez que tem um volume de trabalho
esférico e os eixos formam um sistema de coordenadas polares. Esses robôs têm um eixo de
articulação central e um braço giratório extensível. A configuração da torre de revólver dos
robôs polares varre um grande volume de espaço, mas o acesso do braço é restrito em seu
espaço de trabalho. Sua velocidade pode variar dependendo de vários fatores, incluindo o
design específico do robô, os tipos de motores e atuadores utilizados, a carga que o robô está
manipulando e a precisão necessária para suas tarefas.
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Aplicações

- Fundição;

- Manipulação de vidro;

- Empilhamento e desempilhamento;

- Moldagem por injeção;

- Forjamento;

- Soldadura;

- Manuseio de materiais;

Capacidade de Carga

Robôs polares de porte médio, frequentemente usados em aplicações industriais, como


montagem, inspeção e processos de manipulação, podem ter capacidades de carga que variam
de 10 kg a 100 kg.
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Arquitetura:

Base: A base é a parte inferior do robô que fornece estabilidade e suporte. Ela pode
conter motores e atuadores que permitem a rotação do robô ao redor do eixo vertical.

Braço Polar: O braço polar é a parte principal do robô que se estende da base e
contém as articulações que permitem o movimento do robô. O braço polar consiste em um ou
mais braços articulados que se estendem radialmente a partir da base.

Articulações Rotativas: O robô polar possui articulações rotativas em cada braço


articulado que permitem a rotação em torno de eixos radiais. Geralmente, há uma articulação
rotativa em cada junta para permitir movimentos em coordenadas polares.

Efetuador Final: O efetuador final, também conhecido como "ferramenta final", é a


parte do robô que entra em contato com o ambiente para realizar tarefas específicas. Pode ser
uma pinça, ferramenta de corte, sensor, entre outros.

Atuadores: Os atuadores, como motores elétricos, pneumáticos ou hidráulicos, estão


integrados nas articulações para fornecer os movimentos rotativos necessários. Eles são
responsáveis por fornecer a energia para o movimento.

Sensores: Os sensores são usados para coletar informações sobre o ambiente e o


estado do robô. Isso pode incluir sensores de posição, sensores de proximidade, encoders e
outros dispositivos para feedback de posição e detecção de objetos.

Controladores: Os controladores processam as informações dos sensores e enviam


comandos aos atuadores para coordenar os movimentos do robô. Eles garantem que o robô
execute tarefas de maneira precisa e segura.
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2.5. Robô SCARA

Comumente usados em aplicações de montagem, estes tipos de robôs possuem duas


juntas paralelas que fornecem conformidade em um plano onde será instalado. Os robôs
SCARA (Conjunto de Conformidade Seletiva Robot Arm) possuem um range de trabalho em
forma de anel. Os eixos rotativos são posicionados verticalmente e o eixo final preso ao braço
se move horizontalmente.

Os robôs SCARA são especializados em movimentos laterais e são usados


principalmente para montagem devido à fato destes tipos de robôs poderem se mover mais
rapidamente e ter integração mais fácil do que robôs cilíndricos e cartesianos. Um robô
SCARA possui quatro graus de liberdade. Esses graus de liberdade permitem que o robô
execute movimentos precisos e coordenados em um plano horizontal, sendo particularmente
adequado para tarefas de montagem, inserção de peças e processos de manufatura que
envolvem movimentos repetitivos e precisos em um plano específico.
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Aplicações

- Manuseio de pastilhas de semicondutores

- Montagem de circuitos

- Aplicação de Cola

- Inspeção

- Aplicações biomédicas

- Embalagem

- Paletização

- Carregamento da máquina

Capacidade de Carga:

Robôs SCARA de tamanho intermediário, frequentemente usados em aplicações


industriais que envolvem montagem, empacotamento ou manuseio de peças, podem ter
capacidades de carga que variam de 5 kg a 20 kg.

Arquitetura:

Base: A base é a parte inferior do robô que fornece estabilidade e suporte. Ela pode
conter motores e atuadores que permitem a rotação do robô em torno de um eixo vertical.

Braço Horizontal: O braço horizontal é o componente principal do robô SCARA, que


se estende horizontalmente da base. Ele é projetado para permitir movimentos de extensão ao
longo de seu comprimento.

Primeira Articulação (Rotação da Base): A primeira articulação, localizada na base,


permite que o braço horizontal do robô gire em torno de um eixo vertical. Isso fornece a
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capacidade de direcionar o efetuador (ferramenta final) para diferentes direções em um plano


horizontal.

Segunda Articulação (Movimento de Extensão Horizontal): A segunda articulação


está localizada no final do braço horizontal e permite o movimento de extensão ou retração do
braço. Isso permite que o efetuador alcance diferentes posições horizontais.

Terceira Articulação (Movimento de Elevação Vertical): Algumas configurações


de robô SCARA podem incluir uma terceira articulação que permite movimentos de elevação
vertical. Isso permite que o efetuador se mova para cima e para baixo em relação ao plano de
trabalho.

Efetuador Final: O efetuador final, também conhecido como "ferramenta final", é a


parte do robô que entra em contato com o ambiente para realizar tarefas específicas. Pode ser
uma pinça, ferramenta de montagem, sensor, entre outros.

Atuadores: Os atuadores, geralmente motores elétricos ou outros tipos de motores,


estão integrados nas articulações para fornecer os movimentos necessários. Eles são
responsáveis por fornecer a energia para o movimento.

Sensores: Os sensores são usados para coletar informações sobre o ambiente e o


estado do robô. Isso pode incluir sensores de posição, sensores de proximidade, encoders e
outros dispositivos para feedback de posição e detecção de objetos.

Controladores: Os controladores processam as informações dos sensores e enviam


comandos aos atuadores para coordenar os movimentos do robô. Eles garantem que o robô
execute tarefas de maneira precisa e segura.
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2.6. Robô Delta

Os tipos de robôs delta, parecidos com aranhas, também são chamados de robôs de
link paralelo, pois consistem em ligações paralelas de junções conectadas a uma base comum.
Devido ao controle direto de cada junta sobre o efetor final, o posicionamento do efetor pode
ser controlado facilmente com seus braços, resultando em alta velocidade de operação. Os
robôs delta possuem um envelope de trabalho em forma de cúpula. Esses robôs geralmente
são usados para aplicações rápidas de coleta e transferência de produtos. A quantidade de
graus de liberdade de um robô delta pode variar, mas em geral, eles têm uma configuração
comum de 3 graus de liberdade.
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Aplicações:

- Indústria alimentícia

- Indústria farmacêutica

- Indústria eletrônica

- Simuladores de voo

- Simuladores de automóveis

- Alinhamento de fibra óptica

Capacidade de Carga:

Em geral, os robôs delta tendem a ter capacidades de carga que variam de cerca de 1
kg a 10 kg. No entanto, é importante ressaltar que esses valores são estimativas gerais e
podem variar de acordo com as especificações do modelo e a aplicação específica.

Arquitetura:

Base Fixa: A base fixa é a parte inferior do robô e serve como ponto de ancoragem
para a estrutura móvel do robô. A base fixa é montada em uma superfície sólida para fornecer
estabilidade ao robô durante seus movimentos.

Plataforma Móvel: A plataforma móvel é a parte superior do robô, onde o efetuador


final é montado. Ela é suportada por braços articulados que se estendem a partir da base fixa.
A plataforma móvel é responsável por realizar os movimentos de seleção e posicionamento de
objetos.

Braços Articulados: Os braços articulados são ligados à plataforma móvel e


conectados à base fixa por meio de articulações. Geralmente, um robô delta possui três ou
mais braços articulados que se estendem radialmente a partir da base fixa até a plataforma
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móvel. Esses braços articulados fornecem os movimentos necessários para posicionar o


efetuador em diferentes posições dentro do espaço de trabalho.

Atuadores Lineares: Os atuadores lineares são usados nos braços articulados para
estender e retraí-los. Esses atuadores fornecem os movimentos de translação vertical e
horizontal da plataforma móvel.

Efetuador Final: O efetuador final, também conhecido como "ferramenta final", é a


parte do robô que entra em contato com o ambiente para realizar tarefas específicas. Pode ser
uma pinça, ventosa, ferramenta de montagem, entre outros.

Motores e Atuadores: Os motores e atuadores são responsáveis por fornecer a energia


para os movimentos dos braços articulados e da plataforma móvel. Geralmente, motores
elétricos ou atuadores pneumáticos ou hidráulicos são usados para alcançar os movimentos
precisos e rápidos necessários em um robô delta.

Sensores: Os sensores são usados para coletar informações sobre o ambiente e o


estado do robô. Isso pode incluir sensores de posição, sensores de proximidade e encoders
para fornecer feedback de posição.

Controladores: Os controladores processam as informações dos sensores e enviam


comandos aos atuadores para coordenar os movimentos do robô. Eles garantem que o robô
delta execute tarefas de maneira precisa, rápida e segura.

2.5 COMPARATIVO DE DOIS FABRICANTES DE ROBÔS (ABB X STÄUBLI)

História/Alcance

De acordo com as informações disponíveis nos sites principais das duas empresas,
ambas estão em ativa a aproximadamente 130 anos, porém a ABB foi originalmente fundada
em 1988, quando a sueca Asea e a suíça Brown Boveri & Cie. (BBC) uniram-se adotando o
nome ABB (acrónimo de Asea Brown Boveri). Enquanto isso, a Stäubli foi fundada em 1892
como uma pequena oficina em Horgen/Zurique, agora atualmente é um Grupo internacional
sediado em Pfäffikon, Suíça.
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Embora ambas tenha anos de fundação próximas, os números que essas empresas
alcançam são consideravelmente destoantes, como aponta a pesquisa realizada pela Robotics
& Automation News que ranqueou as 14 maiores fabricantes mundiais de robôs industriais:

Essa diferença gritante é encontrada nos números disponibilizados pela própria ABB e
Stäubli, respectivamente.

Com uma história de excelência que remonta a mais de 130 anos, o


sucesso da ABB é impulsionado por cerca de 110.000 funcionários
talentosos em mais de 100 países.
Somos um Grupo internacional que funciona atualmente em 28 países, com
agentes em 50 países nos quatro continentes. O compromisso dos nossos
6000 colaboradores, em parceria com clientes de praticamente todas as
indústrias, permite um conjunto de soluções abrangente, bem como apoio a
longo prazo.
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Funcionamento da empresa/Portifólio

Sobre as áreas de atuação as duas empresas são bastante amplas, indo de


automobilismo e logística a saúde e alimentos. Com tudo, essas empresas possuem áreas de
atuação principais, que são apresentadas a seguir sobre a ABB e Stäubli respectivamente.

A ABB (ABBN: SIX Swiss Ex) é uma empresa líder global em tecnologia que
estimula a transformação da sociedade e da indústria em prol de um futuro
mais produtivo e sustentável. Ao conectar softwares ao seu portfólio de
eletrificação, robótica, automação e tecnologias de acionamento, a ABB
ultrapassa os limites da tecnologia para elevar o desempenho a novos
níveis.
A Stäubli é fornecedora de soluções de mecatrónica globais com quatro
Divisões dedicadas: Conectores Elétricos, Conectores de Fluidos, Robótica
e Têxtil, servindo os clientes que pretendem aumentar a sua produtividade
em muitos setores industriais.

Robótica realizada na prática (Ciências da vida e cuidados da saúde)

Em uma análise da atuação das duas empresas é notório que ambas são parecidas em
sua tecnologia e em suas máquinas, porém algo que as difere são os polos do caminho
produtivo em que elas realizam seu trabalho.

A ABB aposta em uma vasta participação, atuando desde o início da produção de


equipamentos médicos até os próprios hospitais, como mostra o esquema realizado pela
empresa.
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A ‘ em robôs de médio a pequeno porte, fixos e em poucos casos, colaboradores,


manejando componentes médicos delicados, auxiliando os médicos no seu trabalho e os
reguladores e organizadores de estoque e de produtos.
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Por outro lado, a Stäubli está com o objetivo de eliminar os principais desafios
enfrentados pela indústria farmacêutica moderna, que, de acordo com eles, são:

- As novas mudanças regulatórias na fabricação farmacêutica;

-A demanda por medicamentos personalizados;

-Novas opções de tratamento;

-Abordagens inovadoras na prevenção e diagnóstico;

Com isso em mente a Stäubli foca rigorosamente em flexibilidade e resultados,


apostando em apenas pequenos lotes na medicina personalizada. Com isso, seus robôs
oferecem a vantagem adicional de reduzir ao mínimo o contato humano, evitando assim o
risco de contaminação.
32
33

3. CONCLUSÃO

Como foi apresentado, ambas empresas possuem equipamentos avançados, o que


fazem elas estarem efetivamente em ativa no mundo nas diversas áreas e não só da tecnologia.

Foi possível perceber também como seus robôs, apesar de parecidos, possuem
características distintas, sendo assim mais uteis em trabalhos diferentes.
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4. REFERNCIAS

https://servnews.com.br/site/ranking-dos-14-maiores-fabricantes-mundiais-de-robos-
industriais/#:~:text=Se%20destacam%20entre%20os%20fabricantes,ambas%20com
%20300.000%20robôs%20instalados.

https://pt.wikipedia.org/wiki/ABB_(empresa)

https://www.staubli.com/br/pt_br/home.html

https://new.abb.com/br/empresa/negocios

https://www.citisystems.com.br/tipos-de-robos/

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