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Estomatite

vesicular
Introdução:
Doença viral de caráter zoonótico. Acomete bovinos, ovelhas, cabras, porcos, cavalos e o homem;
Vírus da família Rhabdoviridae, do gênero Vesiculovírus;
Difere-se da febre aftosa, pelo fato de acometer cavalos e, também, por ser um vírus que não
sobrevive por muito tempo no ambiente. Tem sua ocorrência aumentada no verão, por conta das
chuvas.

Patogenicidade:

Clinicamente transmissível, com potencial de se difundir rapidamente. Trazendo graves


consequências socio-economicas e de saúde pública e de grande importância para o comércio
internacional de animais e seus derivados;
Nos seres humanos, sua transmissão é restrita apenas à contato com animais doentes. Sua
manifestação é semelhante a gripe.

Transmissão:
Transmissão por um artrópode (mosquito vetor), e transmissão por secreções (saliva, lesões) -
contaminando cochos e bebedouros;
Disseminação em animais silvestres, por mosquitos vetores;
Como mencionado anteriormente, a transmissão para humanos ocorre através do contato com
animais doentes (como na febre aftosa).

Diagnóstico clínico:
O vírus possui seu tempo de incubação de 2-8 dias, mas houveram casos das vesículas desenvolverem-
se em 24 horas;
Primeiro sintoma = salivação excessiva, com posterior formação de vesículas cujos fluidos são
importantes no mecanismo de transmissão da doença;
Podem surgir lesões nas tetas (queda de produção de leite), língua, interior e exterior de lábios,
focinhos e patas (coroa do casco é afetada);
Após erosão das vesículas, as úlceras provocam anorexia e a recusa a beber água;
Enfermidade raramente fatal em bovinos e equinos, mas tende a ser fatal em suínos;
Os animais recuperam-se em 2 semanas, a não ser que ocorra co-infecção bacteriana.

No início do quadro clínico, as lesões são pequenas e, em alguns pontos, apenas um ponto e são
esbranquiçadas com bordas elevadas.
Rapidamente tornam-se vesículas acinzentadas, medindo 2-4cm, e que se rompem em 1-2 dias após
sua formação. Há escoamento de líquido em cor de palha e rico em vírus.
Após o rompimento, há a erosão e ulceração, seguidas de cicatrização.

Nos humanos, o período de incubação é de 3-4 dias, podendo chegar até 6. sintomas semelhantes ao
de gripe.
Diagnóstico clínico:
Por sorologia ELISA.
Material enviado para o laboratório precisa ter fluidos, e estar em swab com stuart.

Controle:
Controlar, principalmente a população de mosquitos;
Realizar o manejo correto (oferta de alimentos de fácil apreensão e mastigação - favorecendo a
recuperação das lesões orais);
Realizar interdição da propriedade;
Isolar animais doentes;
Realizar a desinfecção da propriedade;

OBS.: a vacina existe, mas não é usada comercialmente!

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