Você está na página 1de 3

134 - Instrução de aprendiz.

Quando em meus áudios, falo que vou repassar uma instrução de aprendiz, nem sempre sou
bem recebido, porém eu não me importo, pois sabemos que nem Cristo agradou a todos,
entretanto o meu objetivo é lembra-los de fatos e atos dos quais tenho certeza de que todos
sabem, porém, falando-se sob outros ângulos, novos ensinamentos são adquiridos.

Na segunda instrução de aprendizes vamos nos deparar com simbologias muitas vezes
desconhecidas do seu significado, embora saibamos que são ferramentas de uso geral, porém
aqui elas tomam outro sentido e é deste ponto de vista que será a minha conversa de hoje.

Vou começar pela orientação de nossa loja do oriente para o ocidente e do zeniti ao
nadir, pois que representam toda a grandiosidade e compromisso de nossa Instituição
com os acontecimentos da humanidade, no trabalho árduo e incessante da Maçonaria
em laborar a favor do desenvolvimento do homem para sua plenitude intelectual e
filosófica.

Sustentando nossa Loja vemos as três grandes colunas assim conhecidas como
sabedoria, força e beleza, que nos remetem aos princípios básicos que devem dirigir o
aprendizado maçônico e que são respectivamente.

Sabedoria – para através dela e do discernimento, dar orientação devidas aos nossos
atos e pensamentos como um todo.

A força – que deve ter todo o maçom para superar as adversidades do mundo profano
e aprofundar-se mais e sempre nos augustos mistérios da maçonaria.

A beleza – fator muito importante e que deve estar sempre muito bem enraizado no
coração de todo o maçom, para que sejamos instrumentos de proliferação do amor
emanado através do GADU.

Observamos também no interior de nossa loja muitas luzes e que dentre elas, o sol
representando o GADU está sempre simbolizando toda a glória e esplendor do criador,
aquecendo-nos com seus raios energizantes e curativos, não apenas do corpo, mas
principalmente, da alma.

O pavimento de mosaico que, com seus quadrados brancos e pretos, remetem o


maçom à humildade que lhe deve ser inerente, perante as mais variadas
representações da fé no criador, orientando-nos para o caminho da tolerância e
desapego aos preconceitos quando então nos deparamos com conceitos diversos de
religiosidade, mas, que não representando nenhuma afronta às leis maçônicas e devem
ser respeitadas e vistas como a exteriorização do amor ao GADU.

Esta tolerância, deve se dar apenas no sentido de desapego à conceitos pré-


concebidos e que nossa vivência no mundo profano eventualmente nos faz incorporar,
como também o respeito às religiosidades humanas cuja finalidade é a de buscar uma
harmonia Universal.
A orla dentada que simboliza o princípio da atração universal ao nos unirmos cada vez
mais e nos mais variados níveis de convivência social, quer seja em nossos círculos de
amizade, de família ou de fraternidade sempre em torno de nossa loja e com nossos
irmãos de todo o mundo, através do amor fraternal.

O esquadro e o compasso, cujas pontas estão ocultas, nos lembram de que, enquanto
não estiverem completos os nossos trabalhos de desbastamento da pedra bruta jamais
poderemos fazer uso dele.

É nesta segunda instrução de aprendiz que nos são apresentadas as ditas joias moveis,
quais sejam, esquadro, nível e prumo e que são as usadas pelas luzes recebendo este
nome porque a cada nova direção elas passam para os novos dirigentes.

O Esquadro que também é uma ferramenta de revelada importância, porque significa a


retidão em que o venerável mestre conduzirá seus trabalhos, mas que ao ficar junto ao
livro da lei é classificada como paramento litúrgico.

O nível, decorativo do primeiro vigilante, cuja simbologia representa o direito natural,


que é a base para a igualdade social, e que dele derivam todos os demais direitos.

O prumo, ferramenta do segundo vigilante que simboliza o desapego ao interesse ou à


afeição no trato com os obreiros.

O nível e o prumo quando se auto completam, devem sempre coexistir para que
através da justiça, imparcialidade e da observância dos regulamentos maçônicos, os
homens estejam sempre em posição de igualdade, a fim de responderem ou se
valerem de seus atributos como maçons na busca incessante da liberdade e da justiça,
sem que qualquer facilitação ou pendências para qualquer um, sob pena de, em
havendo qualquer deferência à pessoa, ficará abalado o equilíbrio que deve haver para
todos e em todo o mundo.

Tomamos conhecimento também, nesta Instrução, das joias fixas que decoram nosso
templo e que são elas.

A prancheta da loja, utilizada pelo mestre maçom na orientação dada ao aprendiz rumo
ao aperfeiçoamento da real arte maçônica e nela também constarão todos os planos
da obra.

A pedra bruta em cuja superfície o aprendiz deve trabalhar e polir até ser considerado
um obreiro competente e capacitado, quando do julgamento do mestre maçom.

A pedra bruta representa o obreiro, em seu estado anterior ao de sua entrada em


nossa augusta instituição, cuja inteligência, costumes e atos estavam desfocados pela
convivência no mundo profano.

A pedra cúbica que representa a obra acabada do homem no fim de sua vida, que
através do labor exaustivo, conseguiu atingir a plenitude da virtude, piedade, e do
amor fraternal.
A pedra cubica ou pedra polida deve ser sempre o objetivo do maçom e deverá ser o
ponto ao qual todos nós deveremos nos dirigir.

Este ponto enfim, será a nossa recompensa de uma vida de entrega, desapego e
trabalho na construção dos templos as virtudes e das masmorras aos vícios.

Será através das simbologias e orientações apresentados aqui que certamente iremos
direcionar nossos passos rumo ao nosso aperfeiçoamento humano, e também de toda
a humanidade.

Sei que não devo me alongar, muito obrigado por me ouvirem. Zildo Pacheco MI, Loja
Abolição 100.

Você também pode gostar