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Doente Com Cancro (DCC)
(Módulo 11 – Compilação de Perguntas de
Exame)
Marta Simões e Nuno Leiria, com a contribuição de Carolina Gavancho, Maria João Paiva e Mélissa Carvalho
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Mestrado Integrado em Medicina (MIM), NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas da
Universidade NOVA de Lisboa, 5º ano, 2019/2020
Perguntas de Exame
Carcinoma do Esófago:
1. Doente com DRGE, sem HX de tabagismo e obeso. Lesão no esófago distal. Indique a certa:
a) É mais provável ter ADC;
b) É mais provável ter CPC.
4. Relativamente aos fatores de risco para o cancro esofágico, escolha a afirmação ERRADA:
a) A raça negra é maior fator de risco para CPC do que para ADC;
b) O esófago de Barrett está associado ao ADC do esófago;
c) O RGE é fator de risco para CPC do esófago proximal; → fator de risco para ADC
d) A dieta rica em vegetais diminui o risco de cancro esofágico;
e) O tabaco e o álcool têm um efeito sinérgico no aumento de risco de cancro esofágico.
5. Num doente com CPC do esófago torácico médio metastático, a paliação da disfagia deve ser feita preferencialmente
com:
a) QRT concomitante;
b) QT paliativa;
c) Colocação de PEG;
d) Dilatação e colocação de prótese endoluminal autoexpansiva;
e) Esofagectomia paliativa com interposição gástrica ou cólica.
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6. Em relação às neoplasias da JGE:
a) São habitualmente CPC;
b) Não têm relação com a metaplasia de Barrett;
c) A escolha de procedimento CX depende da classificação de Siewert;
d) Necessitam de TX pré-op. com RT isolada;
e) A CX é feita habitualmente com interposição de cólon.
8. Qual das situações NÃO é fator de risco para o desenvolvimento de esófago de Barrett:
a) RGE;
b) Obesidade;
c) Tabaco;
d) Infeção por H. pylori;
e) Perturbação. da motilidade esofágica.
Carcinoma do Estômago:
1. Qual dos seguintes NÃO é um provável sintoma de tumor do cárdia T1N0M0:
a) Vómito;
b) Disfagia para sólidos;
c) Melenas;
d) Anemia;
e) Gânglio de Virchow.
2. Um doente de 55 A vai à consulta por queixas dispépticas recentes. Faz uma EDA que identifica uma lesão ulcerada
na pequena curvatura cuja biópsia estabelece o DX de ADC. Qual das atitudes DX ou TX NÃO está indicada:
a) Realização de TC TAP de estadiamento;
b) Realização de laparoscopia DX pré-op. para exclusão de carcinomatose peritoneal;
c) Gastrectomia subtotal com linfadenectomia como opção inicial se o estadiamento clínico for cT2N0M0 (tumor
sem envolvimento transmural e sem envolvimento ganglionar);
d) Administração de QT peri-op. se o estadiamento clínico for cT3N1M0 (tumor com envolvimento transmural e
envolvimento ganglionar regional);
e) QRT pré-op. se o estadiamento clínico for cT3N1M0 (tumor com envolvimento transmural e
envolvimento ganglionar regional).
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3. No ADC gástrico:
a) Mesmo nos estádios mais precoces (AJCC IA), tem elevado risco de recaída após TX CX; → a partir de Ib
b) O risco de recorrência relaciona-se apenas com a metastização ganglionar;
c) Mesmo em lesões muito precoces (T1N0) não se coloca a possibilidade de resseção endoscópica pelo
elevado risco de recaída;
d) A QT peri-op. aumenta o intervalo livre de doença e a sobrevivência global;
e) Nos tumores que fiquem em remissão clínica após QT pré-operatório, a CX pode ser substituída por RT.
Carcinoma da Mama:
1. Num tumor da mama, qual das seguintes é indicação para QT adjuvante:
a) Ki67 10%;
b) Recetores de progesterona positivos;
c) HER-2+ 3+;
d) Grau 2 de diferenciação;
e) Recetores de estrogénio >60%.
3. Relativamente ao cancro da mama associado a mutações do gene BRCA1 ou BRCA2, escolha a afirmação correta:
a) Representa 15-20% da totalidade dos doentes com cancro da mama;
b) Um homem com o DX de cancro da mama só deve fazer pesquisa de mutações dos genes BRCA1 e BRCA2
se o DX for feito antes dos 50 A;
c) Associa-se a carcinoma da mama triplo negativo, mas não a carcinoma da mama com expressão de recetores
hormonais;
d) A mastectomia bilateral profilática anula quase totalmente o risco de cancro da mama;
e) A salpingo-ooforectomia bilateral profilática reduz em >75% o risco de cancro do ovário mas não afeta o risco
de cancro da mama.
5. Numa doente com 45 A (pré-menopausa) com DX de carcinoma ductal invasivo da mama, submetida a tumorectomia
e exérese de gânglio sentinela com remoção de um tumor de 3 cm, com recetores de estrogénio positivos (80% das
células), HER-2 positivo (3+ por ICC) e com gânglio sentinela com uma metástase e com envolvimento extracapsular,
qual das seguintes TX NÃO está indicada:
a) RT adjuvante;
b) QT adjuvante;
c) HT com inibidor da aromatase;
d) Linfadenectomia axilar;
e) Administração de Trastuzumab durante 1 A.
6. Numa doente com 45 A (pré-menopausa) com DX de carcinoma ductal invasivo da mama, submetida a tumorectomia
e exérese de gânglio sentinela com remoção de um tumor de 3 cm, com recetores de estrogénio positivos (100%), HER-
2 negativo e com gânglio sentinela “positivo”, qual das seguintes TX NÃO está indicada:
a) RT adjuvante;
b) QT adjuvante;
c) HT com Tamoxifeno;
d) HT com Letrozole;
e) Linfadenectomia axilar.
7. Qual das seguintes alíneas permite estadiar um carcinoma da mama como localmente avançado:
a) Microcalcificações extensas na mamografia;
b) Nódulo de consistência pétrea;
c) Corrimento mamilar hemático unicanalicular;
d) Retração cutânea;
e) Pele em casca de laranja.
8. São fatores que potenciam o risco de cancro da mama todas as seguintes alíneas, EXCETO:
a) Sexo feminino;
b) Menarca precoce;
c) Menopausa precoce;
d) THS;
e) Obesidade pós-menopausa.
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Carcinoma do Pulmão:
1. Qual das seguintes neoplasias NÃO tem uma associação forte com o tabaco:
a) Carcinoma do pulmão;
b) Carcinoma da bexiga;
c) Carcinoma do cólon;
d) Carcinoma da laringe;
e) Carcinoma do esófago.
4. Qual a afirmação ERRADA em relação ao carcinoma do pulmão de não pequenas células do pulmão associado a
mutações ativadoras do gene EGFR:
a) É mais frequente em doentes fumadores;
b) É mais frequente em doentes do sexo feminino;
c) É mais frequente em ADC;
d) É clinicamente menos agressivo do que os tumores sem estas mutações;
e) A probabilidade de resposta à TX com Erlotinib ou Geftinib (iTK) é >70%.
5. Qual destes tipos histológicos de carcinoma do pulmão é que tem um tempo de duplicação mais longo:
a) Epidermoide;
b) Grandes células;
c) ADC;
d) Pequenas células;
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e) Não há diferenças no tempo de duplicação entre os vários subtipos histológicos.
Carcinoma do Ovário:
1. Em relação ao carcinoma do ovário, escolha a afirmação mais correta:
a) É um tumor habitualmente diagnosticado num estádio avançado; → >70% dos tumores epiteliais do
ovário à apresentação apresentam-se em estádio III/IV
b) É o tumor ginecológico mais frequente na mulher pós-menopausa; → a idade mediana de DX é 60 A, i.e.
afeta predominantemente mulheres pós-menopausa
c) Tal como os tumores germinativos do homem, é mais frequente em mulheres jovens; → a idade mediana de
DX é 60 A, i.e. afeta predominantemente mulheres pós-menopausa
d) A maioria associa-se a história familiar de carcinoma da mama ou do ovário; → pode associar-se a HF
familiar, nomeadamente a mutações BRCA1/2 e S. de Lynch, mas não é a maioria
e) O subtipo histológico mais frequente é o disgerminoma. → o subtipo histológico mais frequente é o tumor
seroso de alto grau
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2. NÃO é fator de prognóstico do carcinoma do ovário:
a) A idade da menarca; → não é fator de prognóstico mais é fator de risco, nomeadamente uma menarca
precoce
b) O estádio da doença; → o estádio da doença ao DX é o principal fator prognóstico
c) O tipo histológico; → o tipo histológico á um fator de prognóstico menos importante, mas o tumor seroso de
alto grau (mais frequente) associa-se a um pior prognóstico
d) O grau de diferenciação do tumor; → o grau de diferenciação é um fator de prognóstico importante nos
tumores não serosos e de células claras
e) A experiência cirúrgica do cirurgião. → a experiência cirúrgica do cirurgião é um importante fator prognóstico
pois o volume de doença residual é o 2º fator de prognóstico mais importante
Indicações para iPAPR: cancro da mama recorrente ou metastático HER2-negativo e com mutação do BRCA1/2; cancro do
ovário, como TX de manutenção ou recorrente e subsequente; ADC metastático do pâncreas com mutação germinativa do
BRCA.
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Carcinoma do Endométrio:
1. Em relação ao carcinoma do endométrio, é verdade que:
a) É o tumor ginecológico mais frequente na mulher pré-menopáusica; → é o tumor ginecológico mais frequente
na mulher pós-menopausa
b) É o tumor ginecológico com maior taxa de mortalidade; → a sua mortalidade tem vindo a diminuir (devido ao
DX precoce); a causa mais frequente de morte por cancro ginecológico é o carcinoma do ovário
c) É um tumor habitualmente diagnosticado em estádios avançados; → é habitualmente diagnosticado em
estádios precoces, por a hemorragia vaginal ser um sinal precoce
d) Faz parte do quadro clínico da Síndrome de Lynch; → e as mulheres com estas mutações devem ser
rastreadas anualmente por biópsia endometrial
e) Quando se manifesta clinicamente com metrorragias, já não é habitualmente curável com CX. → a
hemorragia vaginal é um sinal precoce
Carcinoma do Urotélio
Neoplasias Cutâneas:
1. Quando fazer biópsia do gânglio sentinela no MM:
a) Qualquer MM que apresente >1 mm;
b) Espessura >4 mm;
c) Gânglio palpável;
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d) Todos os melanomas (independentemente da espessura).
Indicações para realizar biópsia do gg sentinela: MM com 0.76-1 mm e ulceração, alto índice mitótico ou invasão
linfovascular; MM com >1 mm.
3. Homem com múltiplas queratoses actínicas nas zonas fotoexpostas. Desde há algum tempo que apresenta lesão
hiperqueratósica – corno cutâneo – sobre uma zona onde estava anteriormente queratose actínica. Qual o DX mais
provável:
a) Queratose actínica “inflamada”;
b) CEC; → em alguns casos, o tumor produz queratina e forma degenerescências designadas “corno cutâneo”
c) CBC nodular;
d) MM amelanótico.
Fatores de risco para MM: >40 A; nevos no corpo todo; nevos displásicos; nevos congénitos; AF/AP de MM; queimaduras
solares na infância/adolescência; exposição a radiação UV (sobretudo intermitente, exceto para o LMM, em que é sobretudo
cumulativa)/queimaduras solares/bronzeamento artificial; fototipo baixo; sensibilidade excessiva ao sol; manchas pequenas e
acastanhadas; mutações em CDKN2A, CDK4 e MITF; variantes do MC1R; e TX imunossupressor.
5. No TX de um doente com CBC da fase localmente avançado, qual o procedimento que não está indicado:
a) Excisão cirúrgica alargada;
b) RT; → está indicada como adjuvante ao TX cirúrgico em doentes de alto risco
c) Biópsia de gg sentinela; → não se faz biópsia de gg sentinela no CBC
d) Reconstrução com retalhos locais;
e) Reconstrução com enxerto livre.
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6. Qual o principal fator de prognóstico no MM:
a) O diâmetro da lesão cutânea;
b) A presença de crescimento nodular;
c) A localização cutânea;
d) A espessura (medida em mm);
e) O subtipo histológico.
Fatores prognósticos no MM (por ordem decrescente de importância): espessura de Breslow; carga tumoral; localização
anatómica.
7. Na abordagem de um homem com uma lesão no dorso, interescapular, preta, de contornos irregulares e aparecimento
recente, com 5 mm de diâmetro: → sinais de alarme: irregular, evolução
a) Deve ser realizada biópsia da lesão pigmentada para DX;
b) Se clinicamente suspeita, deve ser removida na totalidade com uma margem de segurança de pelo menos 1
cm; → se suspeita, deve realizar-se biópsia excisional com 3-5 mm de margem
c) A pesquisa do gânglio sentinela só tem indicação nos MM das extremidades; → MM com 0.76-1 mm e
ulceração, alto índice mitótico ou invasão linfovascular e MM com >1 mm
d) Se o gânglio sentinela for positivo, já não se justifica fazer linfadenectomia nesse território ganglionar; → se
houver positividade na linfocintigrafia pré-operatória, realiza-se biópsia para avaliação histopatológica em exame
extemporâneo durante o período operatório e, em caso de presença da doença, realiza-se linfadenectomia
e) Se se provar tratar-se de um MM espesso (>4 mm de profundidade), o TX adjuvante com Nivolumab está
indicado. → na ausência de mais informação, um MM com >4 mm é um T4 e, por isso, um estádio II, e o Nivolumab
(MAb anti-PD-1) só está indicado em caso de doença metastática
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aquando de metástases isoladas; mesmo a CX de metástases viscerais pode ser concretizada em doentes com bom
performance status e manifestações tumorais isoladas
Carcinoma da Próstata:
1. Sobre hormonoterapia no carcinoma da próstata:
a) Na doença metastática pode-se fazer castração médica e cirúrgica. → aquando de M1 ao DX (sensível
à castração)
2. Doente com PSA numa análise de rotina – o que não está indicado:
a) TR;
b) ECO transretal; → para guiar a biópsia
c) Cintigrafia óssea; → indicada para estadiamento do carcinoma da próstata após DX definitivo por biópsia e
aquando de sintomatologia sugestiva de metástases ósseas
d) Biópsia prostática;
e) RMN multiparamétrica.
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5. Dos seguintes elementos semiológicos na avaliação da próstata, qual valoriza mais para suspeita de carcinoma da
próstata:
a) PSA de 4 ng/mL em doente com 55 A com prostatites de repetição; → prostatite é causa de FP do PSA
b) PSA de 5 ng/mL em doente de 79 A;
c) TR com próstata aumentada de volume; → achados sugestivos ao TR incluem consistência endurecida,
nódulo palpável, limites mal definidos e assimetria
d) PSA >4 ng/mL com aumento progressivo nas últimas avaliações em doente de 50 A; → uma subida
sustentada do PSA é mais importante que um incremento único e pontual
e) PSA de 5 ng/mL num doente com próstata normal em ECO transretal. → a ECO transretal é causa de FP do
PSA
6. Um doente com ADC da próstata metastizado recorre ao SU por retenção urinária. Na observação, deteta-se a
presença de globo vesical, paraparésia flácida e diminuição dos ROT nos MI. Qual das intervenções NÃO está indicada:
→ compressão medular
a) RMN da coluna vertebral; → suspeita de compressão medular
b) TC CE; → não suspeito de metástases cerebrais e, mesmo que suspeitasse, pedia RMN CE
c) Algaliação; → retenção urinária e globo vesical
d) Início de corticoterapia EV;
e) Pedido de avaliação por Neurocirurgia. → suspeita de compressão medular
7. A quantificação do PSA:
a) Deve ser prescrita para rastreio populacional de carcinoma da próstata; → não se faz rastreio populacional
do carcinoma da próstata, mas somente rastreio oportunístico/individual
b) Deve ser prescrita a homens com >75 A porque a incidência do carcinoma da próstata aumenta com a idade;
→ é verdade que a incidência aumenta com a idade, mas só se deve dosear o PSA como rastreio individual em homens
com 50-75 A
c) Deve ser feita como rastreio oportunístico de homens entre os 45 e os 50 A, com risco elevado para
ADC da próstata, com ou sem alterações ao TR; → deve ser feita a partir dos 45 A em doentes com HF de carcinoma
da próstata e em afroamericanos
d) Para valores basais <2.5 ng/mL, a periodicidade da determinação deve ser anual; → deve ser 2-2 A; deve
ser anual em casos de PSA 2.5-4 ng/mL e em casos de PSA >4 ng/dL e PSA livre ≥25%
e) A determinação da relação PSA livre/total não tem utilidade e não deve ser prescrita. → deve ser prescrita
quando o PSA total é 4-10 ng/dL
Indicações para biópsia prostática: PSA com elevação confirmada; alterações no TR com nódulo palpável; biópsia prévia
com ASAP; follow-up na vigilância ativa; PI-RADS 3-5; nódulos suspeitos na ECO.
10. Qual a característica que DESACONSELHA a escolha de vigilância ativa na abordagem de um doente com o DX de
ADC da próstata:
a) PSA de 6 ng/mL;
b) Score de Gleason de 6;
c) DX por rastreio de PSA na ausência de queixas, com TR N e ECO transretal sem nódulos
identificáveis; → nem temos ainda DX definitivo por biópsia e não vamos sobrediagnosticar e sobretratar
d) Envolvimento tumoral de 20% de uma única amostra de biópsia prostática em duplo sextante (12 amostras);
e) 52 A.
Indicações para vigilância ativa: muito baixo risco (T1c, Gleason <6, PSA <10 ng/mL, <3 cores + na biópsia com
<50% de envolvimento tumoral em cada, densidade PSA <0.15); baixo risco (T1-2a, Gleason ≤6, PSA <10 ng/mL;
risco intermédio favorável (T2b-2c ou Gleason 3+4=7 ou PSA 10-20 ng/mL + biópsia + com <50% de envolvimento
tumoral; consentimento do doente e parecer médico; EMV >10 A; doença indolente.
Carcinoma do Rim:
1. Mulher com tumor de 9 cm no polo superior do rim:
a) Nefrectomia total; → apenas no polo inferior é que se faz nefrectomia total sempre que o tumor tem >4 cm
b) Nefrectomia parcial do polo superior do rim;
c) Biópsia por agulha fina.
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2. O carcinoma do rim representa 3-4% dos tumores malignos do adulto, sendo, contudo, o tumor urológico mais letal.
Qual das situações NÃO é um fator de risco para o carcinoma de células renais:
a) Obesidade;
b) HTA;
c) Tabagismo; → responsável por 1/3 dos casos no homem e ¼ na mulher
d) DRC em diálise;
e) Pielonefrite crónica.
Fatores de risco para CCR: exposição a tabaco, cádmio, asbestos e produtos derivados do petróleo; obesidade; HTA; DRC
estádio 5; ADPKD; esclerose tuberosa.
4. Um homem de 42 A apresenta-se na consulta a pedir a sua opinião sobre a realização de nefrectomia para TX de
um carcinoma renal recentemente diagnosticado. Trazia uma TC TAP que mostrava uma massa complexa no rim direito
com 9 cm, bem como vários nódulos pulmonares bilateralmente, com dimensões de 1-3 cm. Tinha realizado também
uma cintigrafia óssea sem evidência de lesões e uma RMN CE normal. Foi submetido a biópsia da massa renal e da
maior lesão pulmonar, sendo ambas positivas para carcinoma de células claras. O doente não tem comorbilidades,
apresentando função renal, cardíaca e pulmonar normais. Qual seria a sua recomendação terapêutica:
a) Recomendaria a realização de nefrectomia seguida de TX com Sunitinib ou Pazopanib;
b) Não recomendaria a nefrectomia numa doença metastática; → a nefrectomia pode ter lugar em doentes
selecionados com doença metastática
c) Iniciaria TX com IFN e orientaria para posterior nefrectomia de acordo com a resposta à TX;
d) A nefrectomia radical é uma cirurgia de alto risco e, por isso, não seria uma boa opção num doente com
patologia metastática; → seria um argumento caso ele tivesse mau PS, que não parece ser o caso
e) Iniciaria RT sobre a massa renal e lesões pulmonares, já que a CX é um procedimento agressivo e sem
evidência de benefício.
5. Qual dos fármacos está indicado no carcinoma de células claras do rim metastático:
a) Sunitinib;
b) IL-2 em alta dose;
c) Bevacizumab;
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d) Everolimus;
e) Todos os anteriores.
Oncogénese Viral:
1. Mulher de 34 A, nulípara, com biópsia cervical com displasia de alto grau e com citologia prévia alterada. Qual a
abordagem/o próximo passo:
a) Vigiar anualmente;
b) Traquelectomia.
→ conização
3. De entre os fatores de risco para cancro do colo do útero, qual das seguintes afirmações está ERRADA:
a) A infeção persistente pelo vírus HPV de alto risco constitui o principal fator de risco;
b) Entre os serotipos mais frequentes de HPV de alto risco identificados em biópsias de cancro do colo do útero
encontram-se o 16 e o 18;
c) Em mulheres seropositivas para o HIV, o potencial oncogénico do HPV é igual para todos os
serotipos;
d) Outros cofatores, como os hábitos tabágicos, infeção por Chlamydia ou HSV e desnutrição, promovem a
progressão de lesões pré-malignas para lesões invasivas;
e) A idade precoce do 1º parto e a multiparidade num contexto socioeconómico desfavorável constituem
também fatores de risco para este tipo de cancro ginecológico.
Carcinoma Colorretal:
1. Em relação ao rastreio do CCR:
a) O rastreio da população de risco padrão (normal) deve iniciar-se aos 35 A nos homens e aos 40 A nas
mulheres; → dos 50 aos 74 A em ambos os sexos
b) O rastreio com colonoscopia deve repetir-se 3/3 A se o exame for normal; → 10/10A
c) A S da colonoscopia é sobreponível à dos testes fecais com guaiaco; → a S da colonoscopia para CCR é
muito superior (95-97% vs 13-50% para o guaiaco)
d) A HF é um dos fatores de risco considerados na estratificação de risco dos doentes;
e) A colografia por TC apresenta taxas de complicação superiores às da colonoscopia. → a colografia por TX
poderá associar-se a menores complicações (e custos)
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2. Em relação à terapêutica do CCR, identifique a afirmação verdadeira:
a) A redução da mortalidade pela administração de QT adjuvante com FOLFOX apenas está
demonstrada em doentes com envolvimento ganglionar; → usa-se em estádio III
b) A CX do CCR por laparoscopia tem maior mortalidade aos 3 A do que CX por laparotomia; → resultados
semelhantes, a laparoscopia só tem menor tempo de internamento e menor taxa de complicações
c) A CX realizada no caso de ADC do reto médio ou alto deve ser uma proctocolectomia total com anastomose
íleo-anal; → TME
d) A remoção endoscópica de pólipos não altera a mortalidade por CCR a longo prazo; → diminui a sua
incidência e mortalidade
e) A QT com Anticorpos anti-EGFR está indicada apenas nos doentes com tumores com mutação no gene
KRAS. → não está indicada em tumores com mutação do KRAS
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d) A colonoscopia permite tratar preventivamente lesões pré-malignas e identificar carcinomas sem
manifestações clínicas, mas é um exame caro e invasivo;
e) A PSOF é um teste barato, com alta S e especificidade para a deteção de CCR. → S e E baixas (ainda
que superior com o método imunohistoquímico por comparação ao guaiaco)
Sarcomas:
1. Miúdo com dores no joelho sem HX de traumatismo:
a) O sarcoma de Ewing é mais comum no joelho; → é mais comum nas diáfises de ossos longos, o
osteossarcoma é que é mais frequente nas metáfises de ossos longos e particularmente em torno do joelho (fémur distal
e tíbia proximal)
b) A translocação t(11;22) é indicativa de um osteossarcoma; → é indicativa de sarcoma de Ewing
c) Deve-se fazer RX ao joelho, uma vez que é um exame que poderá revelar algumas características de
sarcoma ósseo; → lesão destrutiva com aparência “roída por traças”, reação perióstea espiculada e anel periósteo –
triângulo de Codman
d) Deve-se fazer RMN como exame de 1ª linha porque a RX não diz nada de jeito;
e) Deve-se tratar primeiro a # e só depois tem um DX certo. → não sei se há #, nem sequer houve traumatismo
4. Todas as seguintes são manifestações clínicas que podem ocorrer devido a metastização no SNC, EXCETO:
a) Hemiparesia;
b) Alts. do comportamento;
c) Plexopatia braquial;
d) Ataxia;
e) Hemianopsia.
6. Mulher fez uma TC CE por traumatismo e tinha múltiplas lesões. Tinha tirado “um sinal” há 20 A. Deve-se fazer:
a) Excluir causas infeciosas e inflamatórias;
b) EO completo, incluindo a inspeção de toda a pele;
c) Mamografia e TC TAP;
d) Fazer biópsia de uma das lesões;
e) Todas.
Neoplasias Pediátricas:
1. Perante um tumor abdominal numa criança, qual dos seguintes NÃO poderá ser:
a) Hepatoblastoma;
b) Neuroblastoma;
c) Nefroblastoma;
d) Meduloblastoma.
2. Qual das seguintes é MENOS frequente como efeito secundário tardio de neoplasia pediátrica:
a) Toxicidade cardíaca, principalmente se tiver tomado antraciclinas;
b) IRC;
c) LMA se tive tomado inibidores da topoisomerase; → um subtipo de LMA é a LMA após terapia com inibidores
da topoisomerase
d) Dificuldades na aprendizagem se RT do SNC.
Complicações da QT, RT e CX a longo prazo: neoplasias secundárias; mortalidade precoce; infertilidade; baixa estatura;
cardiomiopatia; fibrose pulmonar; osteoporose; disfunção neurocognitiva.
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3. São possíveis toxicidades tardias (na idade adulta) do TX de tumores pediátricos:
a) Hipogonadismo;
b) Carcinoma da tiroide pós-RT do pescoço;
c) Miocardiopatia dilatada das antraciclinas;
d) Carcinoma da mama após RT mediastínica por LH;
e) Todas as anteriores.
3. O que melhor define um oncogene. → gene envolvido no controlo positivo da proliferação celular – quando sobre-
expresso, promove a hiperproliferação celular, sendo suficiente a sobre-expressão de 1 das cópias – efeito dominante
4. São características de uma célula neoplásica. → auto-suficiência em fatores de crescimento; evasão aos inibidores
de crescimento; resistência à apoptose; aquisição de imortalidade; angiogénese; e invasão e metastização
5. Qual das seguintes opções é uma causa frequente de ganho de imortalidade da célula tumoral:
a) Perda completa dos telómeros; → pelo contrário
b) Inativação da enzima telomerase; → pelo contrário
c) Reativação da enzima telomerase;
d) Diminuição do comprimento dos telómeros; → pelo contrário
e) Nenhuma das anteriores.
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c) A peritonectomia é utilizada no TX dos pseudomixomas peritoneais; → parte do procedimento da QT
intraperitoneal hipertérmica
d) A eletroQT baseia-se na utilização de pulsos de energia elétrica de alta voltagem para permeabilizar a
membrana celular à entrada de agentes de QT (bleomicina e cisplatina);
e) No TX do ADC gástrico, a deteção durante o ato cirúrgico de envolvimento peritoneal não identificado
na TC pré-op. é uma indicação para RT adjuvante pós-op.
3. Doente que entra no SU com quadro de oclusão intestinal em contexto de neoplasia da sigmoideia metastizada. O
que fazer:
a) Colocar prótese. → em contexto paliativo devem preferir-se as técnicas endoscópicas
Princípios de Radioterapia:
1. Em relação ao TX com braquiterapia de alta taxa de dose:
a) O césio e o iodo são as fontes mais utilizadas;
b) Não tem indicação no carcinoma da próstata de risco intermédio; → risco intermédio favorável
c) Pode ser utilizada no contexto adjuvante de CBC da pálpebra; → braquiterapia intersticial
d) As opções b) e c) estão corretas;
e) Nenhuma das opções anteriores.
3. A radiação ionizante administrada através do acelerador linear para irradiação tumoral é geralmente na forma de:
a) Microondas;
b) UV;
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c) Protões;
d) Fotões;
e) Neutrões.
Quimioterapia e Hormonoterapia:
1. O TX neoadjuvante é uma das modalidades TX que tem tido maior desenvolvimento recente:
a) Permite TX local mais conservador, ao reduzir o volume tumoral;
b) É uma boa forma de avaliar in vivo a eficácia da QT;
c) Permite o TX sistémico precoce;
d) Todas as anteriores;
e) Nenhuma das anteriores.
5. A utilização de QT e RT concomitantes tem adquirido uma importância crescente. Escolha a opção FALSA:
a) Tem indicação no RX pré-op. do cancro do reto;
b) Está indicada como TX definitivo do cancro do esófago localmente avançado;
c) Está indicada como TX definitivo do carcinoma pavimentocelular do colo do útero localmente avançado;
d) O papel fundamental da QT é a sua ação sistémica; → tem ação sistémica, mas o mais importante é o
seu papel como radiossensibilizadora
e) O papel fundamental da QT é como sensibilizante para o efeito da RT.
7. A utilização de QT e RT concomitantes tem adquirido uma importância crescente – escolha a opção ERRADA:
a) É muito usada no cancro do reto;
b) Pode ser usada em contexto neoadjuvante, adjuvante ou como TX definitivo;
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c) O papel fundamental da QT é a sua ação sistémica;
d) A QT funciona fundamentalmente como sensibilizante do efeito da RT;
e) É o TX standard do carcinoma localmente avançado do colo do útero.
Agentes Biológicos:
1. Quais destes fármacos são inib. da angiogénese:
a) Sunitinib e Bevacizumab; → o sunitinib é um iTK que inibe o VEGFR e o bevacizumab é um MAb anti-
VEGF
b) Erlotinib e Geftinib; → são iTK que inibem o EGFR
c) Trastuzumab e Panitumumab; → são MAbs anti-HER-2
d) Cetuximab e Panitumumab. → o cetuximab é um MAb anti-EGFR
4. O Palbociclib:
a) É uma nova TK inibidora do recetor HER-2 no cancro da mama; → iCDK no cancro de mama
b) É um inibidor da ciclina D cinase (CDK), com atividade clínica demonstrada em associação com TX
hormonal em carcinoma da mama metastático; → após falência da HT
c) É um anti-angiogénico com atividade no cancro da mama;
d) É uma TK com atividade no GIST após progressão sob imatinib;
e) É uma TK com atividade no CCR metastático quimiorresistente.
Urgências em Oncologia:
1. Doente que fez o último ciclo de QT há 16 dias apresenta-se com náuseas e vómitos e sintomas neurológicos. Tem
um Ca2+ de 14 mg/dL. O que NÃO fazer:
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a) Corticosteroides; → se linfoma, D. granulomatosas
b) Hidratação EV; → 1ª coisa a fazer
c) Zoledronato; → efeito tardio
d) Denosumab, principalmente se IR;
e) Calcitonina. → efeito imediato
2. Homem com sinais de compressão medular em contexto de neoplasia da próstata. O que NÃO fazer:
a) Corticosteroides; → fazer logo
b) Contactar NC;
c) Zoledronato EV;
d) TC CE;
e) TC ou RMN da coluna vertebral.
5. Doente de 40 A, sob QT adjuvante pós-ADC do cólon, recorre ao SU 10 dias após o início do último ciclo por febre
(38.6 ºC). Não tem sintomatologia acompanhante e o EO tem de relevante TA 125/85 mmHg, FC 95 bpm e cicatriz de
laparotomia. Foi colhido hemograma que mostrou Hb 12 g/dL, leuc 1 500/μL, neut 250/μL e plaq 320 000/μL. Todas as
atitudes são corretas, exceto:
a) Colheita de 2 HC; → 2 pares de HC, do SP e do CVC
b) Internamento hospitalar e prescrição de pipetazo;
c) Alta para o domicílio sob TX com amoxiclav PO com reavaliação clínica em 48-72h;
d) Alta para o domicílio com reavaliação clínica em 48-72h; → mesmo em ambulatório tem de fazer AB
e) Administração profilática de G-CSF após administração do próximo ciclo de QT.
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6. Sobre a S. da VCS – escolha a afirmação ERRADA:
a) Na maioria dos doentes, não tem etiologia neoplásica; → pode ter causa benigna (5-15%), mas a maioria
tem causa maligna (85-95%)
b) O carcinoma do pulmão é a causa oncológica mais frequente; → de não pequenas células
c) Pode ser uma complicação de trombose associada a CVC;
d) Pode ser tratada com colocação de stent (prótese endovascular) ou RT;
e) O quadro clínico depende do tempo de evolução até se estabelecer a obstrução. → e do grau de obstrução
8. Um doente oncológico recebeu o último ciclo de QT há 10 dias e nota que tem febre (38.5 ºC) sem qualquer sintoma
acompanhante. Neste doente, todas as atitudes estão corretas, EXCETO:
a) O doente telefona ao médico, que confirma a inexistência de sintomas acompanhantes e o medica
com antipirético com reavaliação na manhã seguinte; → é uma urgência, tem de ser visto e pelo menos ficar a fazer
AB (em ambulatório ou internamento)
b) O doente deve ir ao hospital de imediato para ser avaliado;
c) Deve realizar de imediato um hemograma; → para confirmar neutropenia febril
d) Deve ser medicado com pipetazo EV se tiver <500 neutrófilos/μL, mesmo na ausência de foco infecioso;
e) Se tiver <500 neutrófilos/μL, deve colher HC mesmo na ausência de foco infecioso.
Cuidados Paliativos:
1. Identifique o tipo de dor mais difícil de controlar:
a) Dor somática;
b) Dor visceral;
c) Dor irruptiva;
d) Dor neuropática;
e) Todos os tipos de dor se controlam sem dificuldade com opioides fortes.
3. Os Cuidados Paliativos:
a) Dirigem-se exclusivamente a doentes oncológicos com doença avançada incurável e progressiva;
b) Têm como objetivo primordial o alívio da dor; → melhorar a qualidade de vida
c) Estabelecem-se com a colaboração de profissionais de várias áreas a trabalhar em prol do doente e
sua família;
d) Podem ser aplicados apenas em estruturas de saúde por necessitarem de vários profissionais a trabalhar
em equipa; → também existem equipas comunitárias
e) Não estão indicados em doentes sob TX antineoplásica. → iniciar CP não implica parar as TX dirigidas à
doença
Outras
1. Qual dos seguintes métodos de rastreio demonstrou MENORES resultados de sobrevivência:
a) Jovem de 19 A sexualmente ativa – teste HPV e citologia; → início aos 25 A/21 A com início da atividade
sexual há pelo menos 3 A, por citologia só até aos 30 A e, a partir daí, teste HPV + citologia
b) Homem de 75 A – PSA e TR;
c) Homem de 55 A – colonoscopia;
d) Mulher com 50 A – mamografia a cada 18 M;
e) Homem de 60 A – PSOF 1/1 A.
2. Doente com enfartamento, dor e aumento do volume abdominal com 2 M de evolução. Tem ascite e carcinomatose
peritoneal. Qual a hipótese mais provável:
a) Tumor maligno do ovário;
b) Tumor maligno do pâncreas;
c) Tumor maligno gástrico;
d) Tumor maligno do cólon;
e) Todas as anteriores.
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4. Qual dos seguintes NÃO tem indicação para RT:
a) Cancro do endométrio com envolvimento da metade externa do miométrio;
b) Cancro da próstata com PSA <10 ng/mL e Gleason 7;
c) Cancro do esófago médio;
d) Nódulo único de 3 cm no pulmão, periférico, N0 M0.
NOTA: aqui estão as perguntas que nós conseguimos compilar antes do exame do 2º semestre, mas devem existir
mais. As respostas são as que nós achámos mais corretas de acordo com o nosso estudo, mas não garantimos que
sejam as certas.
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