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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no seu artigo 26, propõe ao

currículo uma Parte Diversificada que fornece diretrizes para a concepção das
Disciplinas Eletivas no Ensino Integral. Os Parâmetros Curriculares Nacionais do
Ensino Médio (1999) estabelecem para a escola, em cumprimento ao seu papel
primordial, pensar
num currículo como instrumentação da cidadania democrática,
contemplando conteúdos e estratégias de aprendizagem que capacitem o ser
humano em três domínios: a vida em sociedade, a atividade produtiva e a
experiência subjetiva, sustentados por diretrizes gerais orientadoras pelos quatro
pilares da educação da
UNESCO, Aprender a Conhecer, Aprender a Fazer, Aprender a Conviver e Aprender
a Ser.
As Disciplinas Eletivas são um dos componentes da Parte Diversificada e, devem
promover o enriquecimento, a ampliação e a diversificação de conteúdos, temas
ou áreas do Núcleo Comum. Considera a interdisciplinaridade enquanto eixo
metodológico para buscar a relação entre os temas explorados, respeitando as
especificidades das distintas áreas de conhecimento.
Dentro do currículo do Ensino Integral as disciplinas eletivas ocupam um lugar
central no que tange à diversificação das experiências escolares, oferecendo um
espaço privilegiado para a experimentação, a interdisciplinaridade e o
aprofundamento dos estudos. Por meio delas é possível propiciar o
desenvolvimento das diferentes linguagens, plástica, verbal, matemática, gráfica e
corporal, além de proporcionar a expressão e comunicação de ideias e a
interpretação e a fruição de produções culturais.
Desta forma, os alunos participam da construção do seu próprio currículo; da
ampliação, da diversificação de conceitos, procedimentos ou temáticas de uma
disciplina ou área de conhecimento que não são garantidas no espaço cotidiano
disciplinar; o desenvolvimento de projetos de acordo com os seus interesses
relacionados aos seus Projetos de Vida e/ou da comunidade a que pertencem; o
favorecimento da preparação para a futura aquisição de capacidades específicas e
de gestão para o mundo do trabalho, dentre outras.
As Disciplinas Eletivas, de organização semestral, são propostas e elaboradas por
grupos de ao menos dois professores de disciplinas distintas. O tema é de livre
escolha professores, desde que se trate de um assunto relevante e que seja
abordado de modo a aprofundar os conteúdos da Base Nacional Comum.

O que são disciplinas eletivas?


De acordo com as diretrizes do Novo Ensino Médio, 60% do currículo dos três anos de formação é
determinado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Já os 40% compõem a forma flexível da
proposta e contemplam as disciplinas eletivas, ou seja, que poderão ser escolhidas pelo aluno, e podem
ser voltadas para a formação técnica e profissional.

Entre as áreas de conhecimento que o discente pode selecionar estão Linguagens (Português, Inglês,
Educação Física e Artes), Ciências Humanas e Sociais (Geografia, Filosofia, História e Sociologia), Ciências da
Natureza (Química, Física e Biologia) e Formação Técnica. Vale ressaltar que a lei define que as disciplinas
de Português, Inglês e Matemática são as únicas obrigatórias em todos os anos do Ensino Médio.

Muitas escolas estão se deparando com as disciplinas eletivas agora, mas há diversas instituições de
ensino que já ofereciam essa possibilidade. A implementação tem como finalidade aumentar a autonomia,
o engajamento e o protagonismo dos discentes, uma vez que eles passam a conduzir o seu processo de
aprendizado.

Além disso, a novidade também contribui para diversificar as experiências escolares, abrindo espaço para
que os jovens possam se aprofundar nas áreas de conhecimento que mais despertam o seu interesse,
desenvolver projetos interdisciplinares e aprimorar as linguagens verbal, corporal, gráfica, matemática e
plástica.

Como ajudar os alunos a escolher boas disciplinas


eletivas?
Uma das principais preocupações das escolas e responsáveis sobre a autonomia dada ao aluno para
selecionar as áreas que deseja estudar é se ele terá responsabilidade e sabedoria para tomar decisões
conscientes, que realmente contribuam com o seu futuro acadêmico e profissional. Veja quais são as
melhores práticas para conduzir esse processo na sua instituição de ensino.

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