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APRESENTAÇÃO

Olá, professor(a) da rede estadual de ensino da Paraíba.


Iniciamos mais um ano letivo e, com ele, diversos desafios que,
enquanto equipe, teremos que superar. Este material vem com o intuito
de oferecer a você, docente da rede, um suporte mínimo para auxiliar
nas metodologias de êxitos das Escolas Cidadãs Integrais,
contemplando, além do componente de Práticas Experimentais, os
componentes da BNCC.
O ensino e a aprendizagem, por meio das Práticas Experimentais (PEX),
é uma metodologia de êxito que alguns(as) docentes já desenvolvem em
suas rotinas pedagógicas. No entanto, ainda se faz necessário pensar
em meios para que se possa replicar essas ações em todas as escolas
da rede. Pensando nisso, as Escolas Cidadãs Integrais disponibilizam à
comunidade escolar, o componente da Parte Diversificada do currículo
Práticas Experimentais, com o objetivo de oferecer a experimentação,
referente ao conhecimento teórico, aos(às) estudantes da rede estadual
de ensino.
As Práticas Experimentais precisam ser trabalhadas, não somente
pelos(as) docentes de Ciências da Natureza e de Matemática, mas por
todas as áreas do conhecimento, de forma que a interdisciplinaridade e
a interação entre os conteúdos aconteçam de maneira prática.
Esperamos que este material venha contribuir com sua metodologia, e
ofereça um aporte teórico para o planejamento e elaboração de novas
práticas experimentais. Afirmamos que este documento é de caráter
norteador, e tem por intencionalidade o incentivo ao uso da metodologia
de ensino investigativo, na formação do(a) estudante protagonista.
Desejamos a você, professor(a), uma excelente leitura e um ano letivo
de muita aprendizagem.

Secretaria Estadual de Educação da Paraíba - SEE/PB

ABORDAGEM STEM/STEAM
Tem sido cada vez mais necessário envolver nossos estudantes
em atividades experimentais, proporcionando-lhes a oportunidade de
simular situações relevantes para o seu cotidiano. O movimento STEAM
(Science, Technology, Engineering, Art e Mathematic), que começou no
início dos anos 2000, desempenhou um papel significativo no
desenvolvimento das Práticas Experimentais, consolidando a base
necessária e fornecendo um embasamento teórico para sustentar os
componentes curriculares envolvidos nesse processo de
experimentação.
No Brasil, o enfoque STEAM é uma metodologia de ensino
relativamente nova, que defende a aprendizagem integrada como uma
abordagem mais atrativa e capaz de apresentar resultados superiores,
quando comparados àqueles obtidos por meio do estudo isolado de
cada componente curricular. Ao considerarmos que no cotidiano dos
estudantes as situações-problema também são complexas e requerem
conhecimentos e habilidades de diversas áreas de conhecimento, é
possível direcioná-los para se tornarem sujeitos ativos no processo de
ensino-aprendizagem, em um modelo de corresponsabilidade. Assim, o
estudante é envolvido de maneira mais completa e eficaz.
Dessa forma, as Práticas Experimentais e a abordagem STEAM
têm por objetivo geral, contribuir com o desenvolvimento de habilidades
dos(as) estudantes ao resolverem situações-problema no seu cotidiano,
por meio de projetos e aplicações relativas ao conhecimento teórico, de
forma prática e integrada com os objetivos específicos.
As habilidades propostas são de acordo com a Taxonomia de Bloom
(Ferraz & Belhot, 2010) e com as competências gerais da BNCC (Brasil,
2018), especificamente, competência 1: autoconhecimento; competência
2: pensamento científico, crítico e criativo; competência 7:
argumentação; competência 9: empatia e cooperação; e competência
10: autonomia, além de corroborar com a proposta curricular da Paraíba.

FALA AÍ, PROFESSORA…


Sou professora de Práticas Experimentais das 1ª e 2ª séries da Escola
Cidadã Integral Técnica Pastor João Pereira Gomes Filho, e nas minhas
aulas trabalho com as abordagens STEAM e Design Thinking. Trabalhar
com Práticas Experimentais é mostrar aos(às) estudantes quais são as
perguntas que corroboram para as soluções de situações-problema que
são encontradas no cotidiano. São através de práticas embasadas na
aprendizagem baseada em projetos que os(as) estudantes também são
incentivados(as) a serem pesquisadores(as), criativos(as) e
inovadores(as). Além de serem estimulados(as) e levados(as) a pensar
em hipóteses e fazer prototipagem para entender o funcionamento do
ambiente em que ele(ela) está inserido(a) e contribuir com a
comunidade a qual ele(ela) pertence. Desse modo, tornando-os(as)
autônomos(as), solidários(as) e competentes, desenvolvendo assim
habilidades para enfrentar os desafios do século XXI.

Greyce Michelinne Rocha Martins


Mestre em Ensino de Ciências e Matemática
ECIT Pastor João Pereira Gomes Filho.

O SE LIGA NO ENEM TAMBÉM FALOU…

O uso das oficinas de práticas experimentais nos festivais presenciais do


Programa Se Liga no Enem é essencial na preparação dos(das) estudantes da
rede estadual de educação da Paraíba, por levar aos nossos eventos a
interação dos conhecimentos teóricos e práticos nas áreas das ciências da
natureza e matemática, instigando o protagonismo juvenil a partir da cultura do
aprender fazendo e contribuindo para que os(as) estudantes se tornem
cidadãos(cidadãs) autônomos(as), solidários(as) e competentes.

Festival Se Liga no ENEM


Fonte: Se liga no ENEM

Como ocorrem as oficinas de Práticas Experimentais nos Festivais do Se


Liga no Enem Paraíba?

Dentro de roteiros impressos e nos módulos de estudo do programa, são


disponibilizadas questões inéditas e/ou adaptadas do Enem, criadas por nossa
equipe de professores(as). As questões de Ciências da Natureza e Matemática
são trabalhadas na forma de prática. O(A) professor(a) realiza uma prática
experimental relacionada a cada questão que é revisada no momento, com a
participação dos(das) estudantes presentes, tornando a oficina mais dinâmica e
inserindo o(a) estudante no centro do processo de aprendizagem.

Izabelly Dutra Fernandes


Coordenadora geral do Se Liga no ENEM
Haniel Lima
Coordenador pedagógico do Se Liga no ENEM
O QUE SÃO PRÁTICAS EXPERIMENTAIS?

As Práticas Experimentais (PEX) se referem a um componente curricular


da parte diversificada presente nas Escolas da Rede Estadual da Paraíba, com
o intuito de proporcionar aos(às) estudantes uma abordagem prática e
investigativa do conhecimento científico.
As práticas experimentais podem ser classificadas em práticas
demonstrativas, que são atividades realizadas pelo(a) professor(a) com
objetivo de ilustrar conceitos e fenômenos; experimentos ilustrativos, são
atividades que os(as) estudantes podem realizar e que cumprem as mesmas
finalidades das demonstrações; experimentos descritivos, são atividades que
o(a) estudante realiza, não necessitando, obrigatoriamente, da condução do(a)
professor(a) durante todo o processo, e que seguem um roteiro
pré-determinado; e experimentos investigativos, que exigem a maior interação
do(a) estudante durante sua execução, envolvendo a discussão de ideias,
elaboração de hipóteses investigativas e experimentos para testá-las.
No entanto, é importante destacar que a prática experimental não deve
ser vista como uma atividade isolada, mas sim como uma abordagem
metodológica que deve ser integrada ao processo de ensino e aprendizagem,
de forma a complementar e enriquecer os conteúdos teóricos abordados nos
demais componentes curriculares da BNCC e da Parte Diversificada.
Por isso, é fundamental que as práticas experimentais sejam conduzidas
de forma adequada e orientadas pelo(a) professor(a), de modo a garantir a
segurança dos(as) estudantes e a eficácia dos experimentos realizados. Além
disso, é importante que haja uma ênfase na investigação científica, permitindo
que os(as) estudantes possam elaborar hipóteses, testá-las e chegar às
conclusões a partir da análise dos dados obtidos.
Por fim, é importante destacar que o ensino por meio da prática
experimental é uma metodologia de grande impacto quando planejada e
utilizada de forma adequada, aproximando os conteúdos abordados durante as
aulas ao cotidiano dos(as) estudantes, permitindo que eles(as) percebam a
importância da ciência e estimulando o desenvolvimento de habilidades como a
criatividade, o trabalho em equipe e o pensamento crítico.

As práticas experimentais e os impactos positivos na construção do(a)


estudante protagonista

As práticas experimentais compõem uma metodologia que corrobora


com o ensino e aprendizagem, permitindo que os(as) estudantes tenham uma
visão mais aplicada e contextualizada dos conceitos teóricos aprendidos em
sala de aula. Dessa forma, as PEX contribuem para formar o(a) estudante
protagonista, uma vez que o(a) incentiva a desenvolver habilidades como a
observação, o pensamento crítico, a criatividade e a capacidade de solucionar
problemas.

Quais são os desafios para realizar as PEX?

Sabemos que existem vários aspectos do cotidiano escolar que podem


dificultar a realização das práticas experimentais nas aulas, como a falta de
materiais, o número elevado de estudantes por turma, o tempo necessário para
que o(a) professor(a) prepare a prática, a falta de um laboratório apropriado,
entre outras dificuldades. No entanto, o desenvolvimento das práticas
experimentais, na maioria das vezes, depende mais da criatividade, do
aprofundamento no objeto de estudo e do planejamento do(a) professor(a) do
que de materiais e de equipamentos. O que está em questão é estimular o
envolvimento e o desenvolvimento intelectual, emocional e cooperativo (através
do trabalho em grupo) do(da) estudante para que haja um aprendizado
significativo.

OBJETIVO GERAL

Proporcionar aos(às) estudantes a oportunidade de vivenciar atividades


práticas, com o intuito de desenvolver diversas habilidades como raciocínio
lógico, pensamento científico e crítico, criatividade, comunicação,
argumentação e colaboração, buscando torná-los(às) sujeitos autônomos(as),
solidários(as) e competentes.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Definir e reconhecer conceitos, manusear equipamentos, coletar e


examinar dados;
2. Interpretar e explicar conceitos, teorias e fenômenos;
3. Aplicar na prática os conceitos teóricos aprendidos em sala de aula,
tornando o aprendizado mais concreto e significativo;
4. Investigar, interpretar, organizar, classificar e analisar dados
experimentais de maneira sistemática;
5. Formular hipóteses e inferir resultados;
6. Sintetizar, interpretar, criticar e discutir os resultados e as conclusões
experimentais;
7. Comunicar de forma clara e coerente os resultados alcançados;
8. Avaliar, interpretar e decidir a melhor solução para os problemas da vida
cotidiana através do método científico-investigativo;
9. Promover a interação e colaboração entre os(as) estudantes a fim de
estimular a troca de conhecimento e cooperação mútua;
10. Despertar o interesse dos(as) estudantes pela ciência e pela pesquisa
de forma a contribuir para formação de futuros(as) cientistas e
profissionais qualificados(as) em diferentes áreas do conhecimento.

QUEM PODE LECIONAR AS PEX?

De acordo com as Diretrizes Curriculares de 2023 para o


funcionamento das Escolas da Rede Estadual da Paraíba, o componente
curricular Práticas Experimentais deve ser lecionado no Ensino Médio pelos(as)
professores(as) das áreas de Ciências da Natureza (Biologia, Física e Química)
e Matemática, no Ensino Fundamental pelos docentes de Ciências e
Matemática.

Embora os(as) professores(as) de Ciências da Natureza, Matemática e


Ciências, no caso do Ensino Fundamental, sejam os mais diretamente
envolvidos(as) nas PEX, os(as) docentes de outras áreas do conhecimento
também podem e devem contribuir para as Práticas Experimentais de maneira
interdisciplinar. Assim, é possível proporcionar aos(às) estudantes diferentes
perspectivas e maneiras de pensar em busca de desenvolver competências e
habilidades.

AS CONTRIBUIÇÕES DAS PEX PARA O RENDIMENTO E RESULTADOS


NOS DEMAIS COMPONENTES CURRICULARES DA BNCC E PARTE
DIVERSIFICADA

O estado da Paraíba tem como objetivo principal com a Educação e a


população oferecer e possibilitar o acesso de todas as crianças e adolescentes
em idade escolar à Educação Básica e garantir uma educação de qualidade
para todos(as), conforme a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional de 1996, que garante o acesso e permanência da
criança e adolescente na escola.
Buscando sempre melhorias e trabalhando em prol do nosso objetivo
com a Educação e a população, o foco da política pública educacional do
nosso estado é ampliar o seu olhar para a qualidade da educação ofertada.
Nesse sentido, em 2016, o estado da Paraíba, tomando como modelo para o
programa de educação integral o Ginásio Pernambucano, que foi reinaugurado
em 2004 como Centro de Ensino Experimental/CEE, iniciou o projeto de
implantação da Educação Integral. Na época foram criadas 8 escolas como
projetos-piloto, oferecendo ensino integral de qualidade e garantindo o acesso
e a permanência das crianças e adolescentes. Atualmente a rede já conta com
302 escolas que ofertam o modelo de ensino e 6 socioeducativas.
O modelo de Educação Integral do estado da Paraíba tem como
centralidade o(a) estudante e seu projeto de vida, tornando-o(a) sujeito ativo no
processo de aprendizagem.
A escola enquanto instituição de ensino básico é responsável pela
formação dos(as) estudantes, tendo por função incentivar e orientar, buscando
aguçar a curiosidade natural em busca do conhecimento científico.
Nesse sentido, o uso das PEX como prática investigativa corrobora com
o desenvolvimento de metodologias ativas, favorece o conhecimento teórico,
incentiva o protagonismo dos(as) estudantes, ajudando-os(as) a exercer esse
papel de maneira efetiva para que possam desenvolver algumas habilidades
básicas, que lhes permitam observar, investigar, comparar e relacionar fatos e
fenômenos de forma adequada.
Assim, é de suma importância o uso dessa metodologia de êxito para o
desenvolvimento de habilidades e competências que venham a contribuir com
a formação do(a) estudante, tornando-o(a) protagonista do seu projeto de vida
na construção do sujeito autônomo(a), solidário(a) e competente .
Além disso, o ensino por investigação, desenvolvido no ato das práticas
experimentais, seja nos componentes curriculares da BNCC e/ou da Parte
Diversificada, trará grande impacto positivo para aprendizagem, visando o
desenvolvimento de habilidades e competências que poderão contribuir com o
rendimento e resultados dos demais componentes curriculares. Essas
habilidades irão perpetuar para compreensão e o desenvolvimento do sujeito
protagonista.
OS TRÊS PONTOS PARA PLANEJAR UMA PEX

Dada a importância das atividades experimentais para o


desenvolvimento estudantil, faz-se necessário que o(a) professor(a) tenha
grande atenção durante o seu planejamento. Independentemente dos
componentes curriculares aos quais uma prática experimental possa estar
vinculada, de acordo com Paulo Freire (1996) em “Como deveria ser a escola”,
espera-se que esta metodologia leve o(a) estudante a pensar, fazer e aprender,
sendo esses os três pontos centrais a serem considerados pelo(a) professor(a)
durante o planejamento de suas aulas.
Carvalho (2016) enfatiza a importância da problematização inicial em
sala de aula. Dessa forma, durante as aulas de PEX, deve-se utilizar
problemas que induzam os(as) estudantes a pensar como podem
solucioná-los. O(A) professor(a) pode utilizar esse momento inicial para
estimular o diálogo e, consequentemente, o levantamento de possíveis
obstáculos epistemológicos relacionados ao tema da aula. Para isso, é
importante que o material didático responsável por essa problematização seja
claro e objetivo.
Ainda com relação às práticas experimentais, sabemos que no cotidiano
escolar há diferentes formas de realizá-las (fazê-las). Por exemplo, algumas
são realizáveis em sala de aula, outras em laboratório e até ao ar livre. Há
experimentos que podem ser manuseados pelos(as) estudantes, enquanto
outros, chamados de experimentos demonstrativos, devem apenas ser
observados por eles(as) e realizados unicamente pelo(a) professor(a), devido,
entre outros fatores, à necessidade do manuseio de materiais perigosos.
Assim, podemos dizer que a experimentação deve considerar o grau de
independência dos(as) estudantes, respeitando, sobretudo, a sua segurança.
Em todos os casos, a presença da problematização e do diálogo na
abordagem experimental cria um ambiente investigativo durante a aula
(Carvalho, 2016), sendo esse o principal objetivo.
Como citado anteriormente, o problema proposto pelo(a) professor(a)
induz os(as) estudantes a relatarem seus conhecimentos prévios, algo
importante, pois é através destes que os(as) estudantes levantarão hipóteses e
sequencialmente selecionarão os materiais que considerarem adequados para
testá-los em busca da solução da situação-problema (Carvalho, 2016).
Neste ponto, o(a) professor(a) torna-se o(a) mediador(a) do
conhecimento e estimula a autonomia estudantil (dentro do seu grau de
independência e segurança necessária). Logo, os(as) estudantes passam a ser
agentes ativos(as) na construção do conhecimento e desenvolvimento de
habilidades cognitivas (Moura, 2018). Essa é a etapa que lhes permite explorar
cientificamente alguns fenômenos e à medida que isso ocorre de forma mais
ampla, os(as) estudantes se tornam cada vez mais autônomos(as), ganhando
protagonismo na realização das práticas experimentais.
Nesse contexto, o importante não é o conceito em si, mas sim as ações
manipulativas (Carvalho, 2016), pois elas permitirão aos(às) estudantes
testarem as hipóteses iniciais e concluir se estas estavam ou não de acordo
com o conhecimento científico.
No caso das hipóteses erradas, elas não devem ser descartadas ou
desvalorizadas, mas utilizadas pelo(a) professor(a) mediador(a) numa
perspectiva dialógica, como elementos importantes para a construção do
conhecimento científico, conforme afirma Hoffmann (1994):

Se o aluno é considerado um receptor passivo dos conteúdos que o


docente sistematiza, suas falhas, seus argumentos incompletos e
inconsistentes não são considerados senão algo indesejável e digno
de um dado de reprovação. Contrariamente, se introduzimos a
problemática do erro numa perspectiva dialógica e construtivista,
então o erro é fecundo e positivo, um elemento fundamental à
produção de conhecimento pelo ser humano. (HOFFMANN, 1994, p.
57)

Após o debate sobre os erros, os(as) estudantes devem ser


convidados(as) e incentivados(as) a reformularem suas hipóteses.
Com a solução da problematização inicial, dá-se início à terceira etapa
(aprender), na qual o papel do(a) professor(a) é fundamental. A aula, neste
momento, precisa proporcionar espaço e tempo para sistematização coletiva
do conhecimento. Enquanto ouve o outro e interage com o(a) professor(a), o(a)
estudante “não só relembra o que fez, como também colabora com a
construção do conhecimento que está sendo sistematizado.” (Carvalho, 2016).
O(A) professor(a) deve conduzir os(as) estudantes através de novos
questionamentos, exemplo: “Como vocês justificam o motivo do experimento
ter obtido um bom resultado?” ou “Quais fatores vocês acreditam que
contribuíram para o êxito desse experimento?". O debate incentiva o(a)
estudante na busca por justificativas para o fenômeno através de novas
palavras e conceitos.
O aprender também passa pela construção individual durante a
resolução da problematização. Porém, ao longo da aula, o(a) estudante tem a
oportunidade de desenvolver uma aprendizagem social, primeiro trocando
informações em grupo, depois, retomando o debate com o auxílio do(a)
professor(a). É importante que ele(a) tenha um momento sozinho(a) para poder
escrever ou desenhar sobre o que aprendeu na aula. Esse processo realça e
consolida a construção pessoal do conhecimento (Carvalho, 2016).
Assim, podemos afirmar que, ao considerarmos os três passos, pensar,
fazer e aprender, conduzimos a experimentação científica dentro de uma
atmosfera investigativa, ou seja, associando-a plenamente ao ensino por
investigação.
ENSINO POR INVESTIGAÇÃO

Os mecanismos de sobrevivência dos seres vivos na natureza trazem


ideias fascinantes sobre como se explica a vida. Entender como as plantas
conseguem converter a luz solar em nutrientes que auxiliam sua manutenção
no ecossistema. Compreender como ocorrem tantas explosões no Sol e que a
distância que ele se encontra da Terra é o que permite a existência de tantos
seres dinâmicos e distintos nesse planeta.

Conduzir esses diversos conhecimentos em tantas mentes distintas é


uma tarefa árdua, que necessita de capacitação e estudos. O(A) professor(a) é
a peça fundamental para a condução do conhecimento científico, podendo
elucidar de forma explicativa ou lúdica com experimentos que demonstram os
conhecimentos que precisam ser gerados (Santana e Mota, 2022).

Experimentar a ciência vai além das paredes de um laboratório, passa


pelos exemplos cotidianos, como a observação de tempo e temperatura para a
água ferver em uma panela, a observação de como a sombra de um prédio se
move durante um dia, a contagem das horas para uma consulta, tudo isso é
ciência, e muitas vezes é um conhecimento já vivenciado pelos(as) estudantes.

Nesse contexto, o conhecimento prévio deve ser levado em


consideração (Salvatierra, 2020), para que ocorra o ensino prático, buscando
não só ensinar um tipo de método aos(às) estudantes de um determinado local,
mas elucidar conhecimentos empíricos que eles(as) já possuem e demonstrar
como o cotidiano pode ser explicado cientificamente.

Quando a prática experimental faz uso de atividades investigativas, esta


irá auxiliar os(as) educandos(as) no desenvolvimento das metodologias ativas,
favorecendo os conhecimentos teóricos e proporcionando o seu protagonismo
no desenvolvimento da aprendizagem, o que possibilita o desenvolvimento de
algumas habilidades básicas que lhes permitam observar, investigar, analisar e
relacionar fatos e fenômenos de forma adequada.

É importante ressaltar que um dos aspectos do ensino por investigação


está focado no fazer, por meio do qual o(a) estudante irá experimentar, medir,
construir e avaliar os resultados de situações-problema que estejam presentes
não só no ambiente escolar, como também, no seu dia a dia.

Educar por investigação é trazer o(a) discente para o palco principal do


questionamento, da dúvida e da vontade de entender e descobrir. É aguçar de
alguma forma a curiosidade do(a) estudante, para que ele(a) se questione e
busque entender de forma prática a natureza.

O grande desafio de educar por investigação reside em estimular o


espírito investigativo dos(as) estudantes, entender a base que eles(as)
possuem, mas que certamente todos(as) já vivenciaram uma experiência
científica cotidiana que podemos em sala de aula explicar, e até mesmo
solicitar que o(a) protagonista do componente curricular demonstre como esse
experimento cotidiano funciona.

CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES PRÁTICAS


As atividades práticas podem ser classificadas como: prática
demonstrativa, experimento ilustrativo, experimento descritivo e experimento
investigativo. Veremos adiante como se dá cada uma delas.

Uma prática demonstrativa é uma atividade realizada pelo(a)


professor(a), conduzida por roteiros pré-determinados e os(as) estudantes
apenas observam, sem interatividade física direta, porém deixando espaço
para os possíveis questionamentos dos(as) discentes, proporcionando a
estes(as) contato com fenômenos já conhecidos. Nessa atividade, a exposição
de experimentos demonstrativos através do(a) professor(a) é usada para
elucidar ou contribuir para a construção de conceitos sobre a teoria estudada,
dando uma compreensão significativa sobre o conteúdo trabalhado. Segundo
Krasilchik (2008):

A utilização de demonstração é justificada em casos em que o


professor deseja economizar tempo, ou não dispõe de material
suficiente para toda a classe, servindo também para garantir que
todos vejam o mesmo fenômeno simultaneamente, como ponto de
partida comum para uma discussão ou para uma aula expositiva.
(KRASILCHIK, 2008, p. 85)

Um exemplo de prática demonstrativa é a extração de DNA de


morangos e que tem como objetivo isolá-lo, utilizando técnicas simples de
genética. Neste caso o (a) professor (a) realiza a prática e os (as) estudantes
observam.

Um experimento ilustrativo é uma atividade que os(as) estudantes


podem realizar, “colocar a mão na massa”, e que possui as mesmas finalidades
de uma prática demonstrativa. Proporciona interatividade física direta com o
experimento e social (quando realizada em grupos). A interatividade intelectual
acontece através de problematizações estimuladas pelo(a) professor(a).

Um exemplo de experimento ilustrativo é a construção de um vulcão


feita pelos(as) estudantes. Neste caso, é realizada a exposição teórica do
conteúdo pelo(a) professor(a) antes da elaboração do vulcão.

Um experimento descritivo é uma atividade realizada pelo(a)


estudante e envolve o contato direto com situações ou fenômenos que
precisam ser apurados em detalhes, sem a necessidade de testar hipóteses.
Nesse tipo de prática, o(a) discente tem autonomia para realizar as atividades,
sem que o(a) professor(a) direcione o tempo todo, pois deve apresentar um
roteiro norteador. É uma forma de aprendizado que favorece o contato direto
com o objeto de estudo, independentemente deste ser comum ou não no dia a
dia do(a) estudante.

Um exemplo de experimento descritivo é a confecção de um


observatório de fungos que permite aos (às) estudantes acompanhar,
constantemente, o surgimento do mofo, ou bolor, nos alimentos por um tempo
determinado.

Um experimento investigativo é uma atividade prática que envolve a


participação ativa dos(as) estudantes durante a sua execução. Esses
experimentos são diferentes de outras atividades práticas, pois estimulam
os(as) discentes a discutirem ideias, elaborarem hipóteses investigativas e
realizarem experimentos para testá-las, dando oportunidade para eles(as)
explorarem um conceito ou fenômeno científico de forma mais aprofundada.

Vale ressaltar que esse experimento favorece aos(às) estudantes


situações de aprendizagem por meio da descoberta e da exploração, e não
simplesmente recebendo informações de um(a) professor(a), tornando assim o
aprendizado mais significativo e envolvente.

Um exemplo de experimento investigativo é a análise de como a


temperatura afeta a atividade enzimática da amilase salivar, uma enzima
presente na saliva que ajuda a quebrar o amido.

RECOMENDAÇÕES

A possibilidade de acontecer um acidente existe e não é desprezível,


independente da prática experimental está sendo realizada em um laboratório,
em sala ou em um espaço aberto. Portanto, pensando na aprendizagem e na
segurança de todos(as), se faz necessário algumas recomendações básicas
para a realização de uma prática experimental:
● Orientar os(as) estudantes a seguir atentamente as instruções recebidas
do(a) professor(a);
● Manter cabelos longos presos;
● Nunca deixar a turma desacompanhada de um(a) responsável;
● Em caso de práticas experimentais que envolvam reagentes tóxicos
evitar inalar, comer e/ou beber durante o procedimento;
● Lavar bem as mãos ao finalizar o experimento;
● Conhecer a localização dos equipamentos de segurança;
● Não retornar reagentes aos frascos originais, mesmo que não tenham
sido utilizados;
● Não manusear reagentes sem conhecer o seu potencial de toxicidade;
● Não usar equipamentos elétricos sem certificar-se da voltagem dos
aparelhos antes de conectá-los à rede elétrica. Quando não estiverem
em uso, os aparelhos devem ficar desconectados;
● Não manipular material quente sem luvas adequadas;
● Não utilizar líquidos voláteis (isto é, que evaporam facilmente, por
exemplo: álcool, éter, acetona e gasolina) próximos a chamas ou
qualquer fonte de calor;
● Antes de iniciar um experimento que necessite de eletricidade, gás ou
até mesmo água, verificar se todas as conexões estão seguras;
● Ao testar o odor de produtos químicos, nunca colocar o produto ou o
frasco diretamente no nariz;
● Ao manipular frascos, nunca direcione a sua abertura na sua própria
direção ou na direção de outras pessoas;
● A prática experimental não deve ser pautada como uma “receita de
bolo”, em que os(as) estudantes recebem um roteiro e obrigatoriamente
devem segui-lo passo a passo para que os resultados alcançados sejam
exatamente o que o(a) professor(a) espera sem existir a investigação;
● A prática experimental não deve acontecer como uma mera observação,
na qual o(a) professor(a) realiza todos os procedimentos deixando o(a)
estudante apenas como um mero(a) espectador(a);
● O(a) estudante deve ser desafiado(a) a testar suas próprias hipóteses
ou encontrar inconsistência entre sua forma de explicar e a aceitação
científica.
● O(a) professor(a) que leciona PEX não poderá utilizar as aulas
destinadas a Práticas Experimentais para dar aulas de outros
componentes curriculares, como por exemplo, Física, Química, Biologia
ou Matemática.

PLANEJAMENTO

O planejamento é um dos pilares primordiais para a realização e êxito da


nossa proposta pedagógica quanto ao currículo. O Pensar, Fazer e Aprender
está diretamente ligado ao ato de planejar da equipe pedagógica que precisa
ocorrer e ser validado para alcançarmos os resultados almejados durante o
nosso projeto.

Planejamento semanal

O planejamento deve ocorrer de forma semanal, dentro do horário de


planejamento do(a) professor(a), uma vez que as aulas de Práticas
Experimentais ocorrem semanalmente nas escolas da rede estadual de ensino
integral. É importante lembrarmos que é no planejamento que o(a) professor(a)
irá selecionar a prática experimental a ser trabalhada com os(as) estudantes,
pensar nos itens necessários para a realização da experiência e a
interdisciplinaridade, buscando a colaboração dos(as) professores(as) de
outras áreas de ensino.

Elencar as habilidades de Propulsão

É de suma importância que o(a) docente tenha conhecimento das


matrizes de habilidades de Propulsão no ato do planejamento. Assim, como
toda a esfera pedagógica sugere, as habilidades de Propulsão devem ser
contempladas em todos os demais componentes curriculares, sejam parte
diversificada ou BNCC. As habilidades deverão estar contidas no relatório
bimestral de acordo com o planejamento de cada prática.
Execução semanal

Como já foi dito anteriormente, as aulas de Práticas Experimentais ocorrem


semanalmente em duas aulas geminadas e o planejamento deve ocorrer
semanalmente para atender as demandas necessárias para a sua realização.

RELATÓRIO BIMESTRAL

Professor(a), o relatório será uma ferramenta essencial para o


monitoramento e validação do nosso trabalho quanto à SEE-PB. Será por meio
deste instrumento que poderemos analisar e ajustar pontos de melhoria dessas
práticas de êxito que são as PEX por meio do seu trabalho no chão da escola.
Os relatórios deverão ser elaborados de forma individual por cada
professor(a) responsável pelo componente de Práticas Experimentais e por
série, registrando as atividades semanalmente e anexando a prática
desenvolvida naquela semana em um único documento, de acordo com o
modelo que será enviado para todas as escolas integrais da rede estadual. Ao
finalizar o bimestre, a coordenação pedagógica terá a função de receber os
relatórios de cada professor(a) responsável por essa disciplina e enviar em um
único arquivo nomeado com o nome da escola junto da sigla PEX, seguido pelo
bimestre ao qual o relatório fará referência, por exemplo, ECIT PARAÍBA - PEX
- 1º bimestre. Conforme o prazo anexado na tabela a seguir, os relatórios
deverão ser enviados para o Drive da SEE-PB, de acordo com o calendário
bimestral.

BIMESTRE PRAZO

1º bimestre 28 de abril

2º bimestre 28 de julho

3º bimestre 09 de outubro
4º bimestre 22 de dezembro

ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO

Este semestre a CEEI em consonância com a SEE-PB estará


oferecendo acompanhamento pedagógico por meio da Coordenação de
Práticas Experimentais que se dará de forma remota. Os encontros ocorrerão
mensalmente durante o planejamento de área com o(a) coordenador(a) da
área de exatas, com o intuito de que as informações sejam replicadas para a
equipe, sem causar prejuízos aos(às) estudantes, uma vez que os encontros
acontecerão às quartas-feiras, dia destinado ao planejamento da área,
incluindo o componente de Práticas Experimentais. O link dos encontros será
disponibilizado por meio de ofício enviado para cada escola.
O processo de logística para esta ação dar-se-á através da divisão por
gerências e polo, tendo como objetivo atender todas as escolas em
alinhamento com a coordenação de Práticas Experimentais (PEX), oferecendo
aos(às) docentes e escolas assessoria pedagógica referente ao componente
curricular e suas ações, acompanhando o processo de ensino e monitoramento
da construção do relatório bimestral na escola, com vistas à potencialização da
aprendizagem do(a) estudante como sujeito(a) autônomo(a).

SUGESTÕES DE RECURSOS

Nesta seção, serão disponibilizados alguns sites selecionados como sugestões


de busca para agregar ao planejamento das atividades relacionadas às
Práticas Experimentais.

Simplifica

O site Simplifica apresenta experiências de aprendizagem do 1º ao 9º ano, com


dicas e estratégias para facilitar a adaptação de conteúdos. Para ter acesso ao
material disponibilizado, é necessário fazer o cadastro, que pode ser para
gestores(as), professores(as) e pais. O site publica, a cada semana, temas,
atividades, objetivos de aprendizagem e desafios.
Simplifica - https://amplifica.me/simplifica

Manual do Mundo

O canal do Youtube Manual do Mundo disponibiliza conteúdos educativos e de


entretenimento. É possível encontrar experiências e curiosidades científicas.

Manual do Mundo - https://www.youtube.com/@manualdomundo

Escola digital

A Escola digital é uma plataforma gratuita de busca que oferece a


professores(as), gestores(as) e redes de ensino, recursos digitais de
aprendizagem que proporcionam interatividade, dinamismo e inovação às
práticas pedagógicas.

Escola Digital - www.escoladigital.org.br

Educa Mídia

O site Educa Mídia foi criado para capacitar professores(as) e organizações de


ensino que visam preparar as crianças e os(as) jovens para aprender com
senso crítico e responsabilidade no século 21. A plataforma disponibiliza
conteúdos para formação e pesquisa, além de materiais e recursos para a sala
de aula alinhados com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Educa Mídia - https://educamidia.org.br/

Química Nova na Escola

A revista Química Nova na Escola é um site que aborda várias atividades


experimentais para o ensino de química no Ensino Médio e Superior -
http://qnesc.sbq.org.br/edicoes.php

Outras sugestões

Indicamos também as seguintes coletâneas de atividades experimentais para o


ensino de Ciências Exatas e da Natureza, que podem ser executadas de forma
colaborativa com outras áreas de conhecimento.
● Atividades experimentais para o ensino de Ciências Exatas -
https://www.univates.br/editora-univates/media/publicacoes/142/pdf
_142.pdf
● O Ensino de Ciências por meio de Atividades Experimentais: A
Realidade do Ensino na Escola -
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusc
a/prod
● Manual de Aulas Práticas de Ciências e Biologia -
http://fcjp.edu.br/pdf/20150619104130fc.pdf
● Sugestões para planejamento de atividades experimentais -
https://sites.unipampa.edu.br/lbda/files/2015/04/Sugest%C3%A3o-p
ara-Atividades-Pr%C3%A1ticas.pdf
● A química perto de você: experimentos de baixo custo para a sala de
aula do Ensino Fundamental e Médio
-http://www.sbq.org.br/sites/default/files/1_Experimentos_AIQ_jan2
011.pdf

É POSSÍVEL

Sabemos que ministrar aulas de Práticas Experimentais ainda é um


grande obstáculo no chão da escola e o calcanhar de Aquiles de muitos(as)
professores(as). É bastante recorrente ouvirmos dos(as) docentes que são
muitas práticas experimentais para desenvolverem durante o ano letivo, poucas
orientações por meio de formações (material norteador) e problemas com
relação ao espaço.

No entanto, pensando nisso, estamos dizendo a você, professor(a), que


é possível trabalhar com práticas experimentais em nossas atuações
pedagógicas e buscarmos, por meio desta metodologia de ensino, formar seres
autônomos, solidários e competentes.

Para oferecer um melhor suporte a você, professor(a) de Práticas


Experimentais, segue esse item “É POSSÍVEL” sugerindo algumas práticas
realizadas no chão da escola. No entanto, ressaltamos que estamos
disponibilizando esse material para auxiliá-lo(a) durante o seu planejamento,
oferecendo um suporte para a elaboração de novas práticas experimentais.

SUGESTÕES DE PRÁTICAS EXPERIMENTAIS

PEX 01: Diversidade de insetos no jardim da escola

Objetivo Geral:
● Conhecer a diversidade de insetos no jardim da escola.

Objetivos específicos:
● Coletar diferentes espécies de insetos;
● Analisar a morfologia corporal dos insetos;
● Agrupar os insetos com características comuns;
● Identificar os insetos com seus nomes populares;
● Quantificar o número de indivíduos por espécies.

Componente curricular: Biologia e Matemática

Recursos:
● Luvas de jardim;
● Lupa de mão;
● Pinças;
● Rede de insetos (ou um saco de tecido);
● Potes plásticos transparentes com tampa de diferentes tamanhos;
● Algodão;
● Papel e lápis para anotações;
● Álcool.

Habilidades da BNCC:

EM13CNT206: Discutir a importância da preservação e conservação da


biodiversidade, considerando parâmetros qualitativos e quantitativos, e avaliar
os efeitos da ação humana e das políticas ambientais para a garantia da
sustentabilidade do planeta.
EM13CNT301: Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas,
empregar instrumentos de medição e representar e interpretar modelos
explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir, avaliar e
justificar conclusões no enfrentamento de situações-problema sob uma
perspectiva científica.

Habilidades de Propulsão:

Habilidades de Português:
H03 - Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação
de textos que abordam o mesmo tema, considerando o contexto de produção e
de recepção.

Habilidades de Matemática:
H09 - Analisar e interpretar, em diversos contextos socioculturais, ambientais e
de saúde, dados apresentados em tabelas e/ou gráficos de linhas, barras,
setores, histogramas e pictogramas.

Abordagem Interdisciplinar:

Em consonância com a habilidade de Matemática, o(a) professor(a) pode


trabalhar conteúdos relacionados a estatística como moda, média e mediana
para avaliar quantitativamente os números de indivíduos de insetos coletados
por espécies.

Roteiro da PEX
Metodologia

● Aula teórica
Professor(a), sugerimos que inicie a aula explicando as principais
características dos artrópodes, com ênfase nos insetos e na importância
ecológica desse grupo.

● Antes da Coleta de Insetos


Antes de iniciar a coleta, sugerimos dividir a turma em grupos de
3 ou 4 pessoas.
Nesse momento, explique que no jardim da escola poderá ser
encontrada uma grande variedade de insetos, como formigas,
borboletas, besouros, baratas, grilos, percevejos, joaninhas, entre
outros. Indique aos(às) estudantes os possíveis locais para encontrar os
insetos, como: entre folhas caídas, nas copas das árvores, nas folhas e
flores das plantas, embaixo de pedras, pedaço de madeiras, frutas,
folhas em decomposição ou enterrados.
Certifique-se de que a coleta ocorra com segurança, informando
aos(às) discentes os cuidados necessários ao capturar os insetos, pois
estes procurarão se defender picando ou mordendo. Portanto, os(as)
estudantes devem manusear os insetos coletados com pinças ou
usando luvas de jardim.

● Coleta dos insetos


Ao encontrar um inseto, utilize a rede ou a pinça para capturá-lo.
Coloque-o dentro do pote com algodão cuidadosamente. O algodão no
fundo é para diminuir a mobilidade e amortecer os impactos com os
movimentos e para não danificar a estrutura dos insetos. O frasco deve
ser fechado e colocado em congelador, onde deve permanecer até que
morram (cerca de 10 a 15 minutos).
● Observando os insetos coletados
Após a coleta, os(as) estudantes devem verificar se os animais
coletados apresentam o corpo dividido em três partes (cabeça, tórax e
abdome), três pares de pernas e um par de antenas na cabeça (veja a
figura 1).

Figura 1: corpo de inseto dividido em três partes (cabeça, tórax e


abdome).

Fonte: Plataforma Canva. Disponível em: < https://www.canva.com/>. Acesso em: 10


abr. 2023.

Caso os(as) estudantes encontrem animais com 4 pares de


pernas (aracnídeos) ou mais (diplópodes, quilópodes ou crustáceos)
(veja a figura 2), estes não se enquadrarão na atividade, podem ser
devolvidos para natureza ou armazená-los para uma próxima aula.

Figura 2: Invertebrados que não são insetos. A - aranha; B - escorpião;


C - lacraia; D - piolho-de-cobra.
Fonte: Plataforma Canva. Disponível em: < https://www.canva.com/>. Acesso em: 10
abr. 2023.

Peça aos(às) estudantes para observar atentamente as


características morfológicas dos insetos coletados, utilizando para isso
uma lupa ou lente de aumento. Nesse momento, é importante que
os(as) estudantes descrevam e desenhem as características de cada
inseto analisado.
Em seguida, peça para separar os insetos de acordo com as
características morfológicas e agrupá-los em grupos que compartilham
as mesmas características, de acordo com as regras a seguir:

Grupo 1 - Insetos com um par de asas - Exemplo mosca e


mosquitos.

Figura 3 - Mosca e mosquito, respectivamente

Fonte: Manual de procedimentos de conservação, armazenamento e montagem de


insetos. Disponível em:
<http://www.cemafauna.univasf.edu.br/arquivos/files/manual_procedimento_insetos.p
df />. Acesso em 15 abr. 2023.

Grupo 2 - Insetos com 2 pares de asas desiguais, sendo duas


asas mais grossas (coriáceas) e duas asas finas (membranáceas) -
Exemplos: besouros e joaninha.

Figura 4 - A-B: besouros; C: joaninha.


Fonte: Manual de procedimentos de conservação, armazenamento e montagem de
insetos. Disponível em:
<http://www.cemafauna.univasf.edu.br/arquivos/files/manual_procedimento_insetos.p
df />. Acesso em 15 abr. 2023.

Grupo 3 - Insetos com ou sem asas e o abdome com constricção,


lembrando uma “cinturinha”. Exemplos: formigas, vespas, abelhas.

Figura 5 - A: vespa; B: abelha; C: formiga.

Fonte: Manual de procedimentos de conservação, armazenamento e montagem de


insetos. Disponível em:
<http://www.cemafauna.univasf.edu.br/arquivos/files/manual_procedimento_insetos.p
df />. Acesso em 15 abr. 2023.

Grupo 4 - Insetos com 2 pares de asas e pernas posteriores


longas e projetadas para saltar. Exemplos: gafanhotos, grilos,
esperanças.

Figura 6 - A: gafanhoto; B: esperança; C: grilo.


Fonte: Manual de procedimentos de conservação, armazenamento e montagem de insetos.
Disponível em:
<http://www.cemafauna.univasf.edu.br/arquivos/files/manual_procedimento_insetos.pdf />.
Acesso em 15 abr. 2023.

Grupo 5 - Insetos com asas e corpo cobertos por escamas,


geralmente coloridas - Exemplos: borboletas e mariposas.

Figura 6 - A: borboleta; B: mariposa.

Fonte: Plataforma Canva. Disponível em: < https://www.canva.com/>. Acesso em: 10


abr. 2023.

Observação! Se algum inseto coletado não apresentar as


características citadas, os(as) estudantes podem criar novos grupos.
Para isso, utilize esta literatura, disponível neste link
http://www.cvi.ufscar.br/Chaves_Zucchi_optimize.pdf

● Conclusão
Sugerimos que conclua a aula pedindo para que os(as) estudantes
listem todos os insetos com a importância ecológica de cada um. Reforce a
enorme diversidade de insetos encontrados e explique a importância da
classificação e taxonomia para organizar a biodiversidade.
● Armazenamento dos insetos

Ao finalizar a aula, os insetos devem ser guardados seguindo estes


critérios: insetos dos grupos 1 ao 3 podem ser armazenados em potes com
álcool 70% e os dos grupos 4 e 5 em envelopes.

Sugestão de leitura
Macêdo, M. V. de. et al. Insetos na educação básica. v. único. Rio de Janeiro:
Fundação CECIERJ, 2009. 272p. Disponível em:
https://canal.cecierj.edu.br/012016/6385eaa75992d201137406f72bd23211.pdf

Carneiro, A. et al. Manual de procedimentos de conservação,


armazenamento e montagem de insetos. Petrolina: Universidade Federal do
Vale do São Francisco – UNIVASF, campus de Ciências Agrárias. Disponível
em:
http://www.cemafauna.univasf.edu.br/arquivos/files/manual_procedimento_inset
os.pdf
PEX 02: Ladrilhamento

Objetivo Geral: compreender que uma das formas de ladrilhamento de uma


superfície plana pode ser feita por polígonos regulares, cuja soma das medidas
dos ângulos adjacentes desses polígonos em torno de um vértice do polígono
for igual a 360º. Tal como compreender o conceito de área e unidade de
medida.

Objetivos específicos:

● Recordar a respeito do cálculo da medida do ângulo interno de um


polígono regular;
● Discutir e investigar com quais polígonos foram possíveis ou não os
ladrilhamentos da superfície;
● Formular e desenvolver o conceito e unidade de medida de área;
● Ilustrar através das colagens ou desenhos os possíveis ladrilhamentos;
● Apreciar os mosaicos produzidos através dos ladrilhamentos.

Componentes curriculares: Matemática e Arte

Recursos didáticos:
● Cartolina;
● papéis coloridos;
● fita dupla face ou cola e tesoura;
● lápis grafite;
● borracha;
● lápis para colorir (se for desenhar na cartolina).

Habilidades de Propulsão:

Língua Portuguesa

H04 - Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para


sustentá-la.
H07 - Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do
texto.

Matemática

H07 (2ª série) - Resolver situações-problema que envolvem área e perímetro


de superfícies planas limitadas por segmento de retas e/ou arcos de
circunferência, propondo soluções adequadas.

Habilidades da BNCC:

Matemática

(EM13MAT505) - Resolver problemas sobre ladrilhamento do plano, com ou


sem apoio de aplicativos de geometria dinâmica, para conjecturar a respeito
dos tipos ou composição de polígonos que podem ser utilizados em
ladrilhamento, generalizando padrões observados.
(EM13MAT307) Empregar diferentes métodos para a obtenção da medida da
área de uma superfície (reconfigurações, aproximação por cortes etc.) e
deduzir expressões de cálculo para aplicá-las em situações reais (como o
remanejamento e a distribuição de plantações, entre outros), com ou sem apoio
de tecnologias digitais.

Arte

(EM13LGG602) Fruir e apreciar esteticamente diversas manifestações


artísticas e culturais, das locais às mundiais, assim como delas participar, de
modo a aguçar continuamente a sensibilidade, a imaginação e a criatividade.

Roteiro da PEX:
Metodologia:

● Dividir a turma em grupos;


● Cada grupo recebe uma cartolina em formato quadrado (sugestão das
medidas da cartolina: 50 cm X 50 cm) e papéis coloridos (uma cor para
cada polígono regular). Em seguida, peça para os(as) estudantes
desenharem no papel colorido, quadrados, triângulos equiláteros,
pentágonos regulares, hexágonos regulares e octógonos regulares com
as medidas de 5 cm de lado cada um e depois cortarem as figuras
desenhadas.

Observação: Professor(a), por conveniência, para esta prática


experimental use a medida do lado da cartolina quadrada como 50
cm, isto é, um número múltiplo do número correspondente à
medida do lado do quadrado menor (5 cm) que os (as) estudantes
irão desenhar. Se não tiver papel colorido, os(as) discentes podem
tentar desenhar na própria cartolina os possíveis ladrilhamentos.

● Primeiramente peça para que cada grupo escolha uma forma


geométrica para ladrilhar a cartolina, ou seja, que não fiquem espaços
entre uma peça e outra e não haja sobreposição de peças (no primeiro
momento sem colá-las na cartolina);
● Em seguida, peça para que cada grupo escolha mais de uma peça para
ladrilhar a cartolina, isto é, não fiquem espaços entre uma peça e outra,
não haja sobreposição de peças e que os ladrilhos sejam conexos, ou
seja, cada polígono faça fronteira com todos os outros tipos (no primeiro
momento sem colá-las na cartolina);

Exemplos de ladrilhos conexo e desconexo:

Fonte: autoria própria.

● Peça para os grupos responderem às seguintes perguntas:

1) Foi possível ladrilhar a superfície somente com triângulos equiláteros?


Resposta: sim (ver explicações abaixo)

2) Foi possível ladrilhar a superfície somente com quadrados? E com os


demais polígonos regulares?
Resposta: Sim. Neste caso os possíveis polígonos são triângulo,
quadrado e hexágono.

3) Escreva com quais peças não foi possível realizar o ladrilhamento.


Escreva com suas palavras por que não foi possível tal ladrilhamento.
Resposta: Não dá pra fazer o ladrilhamento somente com
pentágonos ou somente com octógonos. O (a) estudante responde
de forma pessoal porque não foi possível tal ladrilhamento.

4) Na composição de mais de uma figura geométrica, quais figuras


foram utilizadas? Com quais figuras “deu certo” o ladrilhamento?
Resposta: Quadrados e triângulos; pentágonos e triângulos;
hexágonos, quadrados e triângulos; octógonos e quadrados.
Alguns exemplos estão abaixo nas explicações.

5) Explique com suas palavras o que é a área de uma superfície.


Resposta: É a medida de uma determinada superfície.
Nesse momento, o (a) professor (a) pode comentar um pouco sobre
o conceito de área.

6) É possível medir a superfície da cartolina com os triângulos


equiláteros? Como você faria isso? E com os outros polígonos
regulares?
Resposta: Sim e para preencher as bordas do quadrado (cartolina)
teria que cortar as figuras utilizadas.

7) Qual figura seria mais conveniente usar como unidade de medida


para calcular a medida da superfície da cartolina? Por quê?
Resposta: o quadrado, pois não precisaria cortar a figura para
preencher toda a cartolina.
Professor(a), aqui é interessante explicar que é possível medir a
superfície da cartolina com diferentes superfícies (por exemplo,
com os triângulos) e com as suas frações (os triângulos cortados).
Porém, a figura geométrica mais simples de medir a superfície
plana em questão é o quadrado, pois é mais fácil obter seus
múltiplos e submúltiplos.

● Dando continuidade ao experimento, o(a) professor(a) deve explicar


para os(as) estudantes que o ladrilhamento só é possível (não haja
espaço entre os polígonos regulares e também não tenha sobreposição)
quando a soma das medidas dos ângulos adjacentes desses polígonos
em torno de um vértice do polígono for igual a 360º. Mostre ao(à)
estudante a fórmula para calcular a medida do ângulo interno de um
(𝑛−2).180º
polígono regular 𝑎𝑖 = 𝑛
, em que 𝑎𝑖 é a medida do ângulo interno

e 𝑛 é o número de lados do polígono regular.

Alguns ladrilhamentos regulares

Fonte: autoria própria.

Professor(a): Deixe claro para os(as) estudantes que com o


triângulo e com o quadrado é possível ladrilhar o plano e com o
hexágono também, já com o pentágono regular não é possível
ladrilhar o plano. Com o octógono regular também não é possível,
pois este tem cada ângulo interno medindo 135º (135 graus).
Alguns ladrilhamentos semirregulares
Fonte: autoria própria.

● Em seguida, o(a) professor(a) deve explicar que os


ladrilhamentos regulares ou platônicos são aqueles formados por
regiões limitadas por apenas um polígono. Já os ladrilhamentos
semirregulares ou arquimedianos são aqueles formados por
regiões limitadas por mais de um polígono, isto é, pela
composição deles.

● Dando continuidade ao experimento, peça para os(as) estudantes


escolherem um tipo de ladrilhamento semirregular e colar as
peças na cartolina para formar o ladrilhamento (ou desenhar e
pintar as figuras se não tiver papel colorido).

Existem apenas oito tipos de ladrilhamentos semirregulares, mostre as


imagens aos(às) estudantes:
Disponível em: <Tesselações pentagonais e mosaicos de Penrose (usp.br)>. Acesso
em: 25 abr. 2023.

Professor(a): nessa prática experimental utilizamos apenas os


polígonos regulares como triângulos, quadrados, hexágonos e
octógonos, mas o(a) professor(a) pode utilizar o dodecágono também
como podemos ver nas figuras acima.

Abordagem Interdisciplinar:

É interessante apresentar o trabalho dos(das) estudantes para a escola através


da exposição dos cartazes na sala de aula, nas paredes dos corredores da
escola ou onde for mais conveniente, considerando-se a realidade de cada
unidade escolar. Assim, os (as) estudantes estarão expondo, na verdade,
atividades artísticas, que levam o nome de mosaico ou tesselação, fazendo
assim a interdisciplinaridade com o componente curricular Arte.

Vídeo complementar para os (as) estudantes:

<M. C. ESCHER - ARTES E MATEMÁTICA - YouTube>. Acesso em: 02 maio


2023.

Sugestões de links para o(a) professor(a):

<Área de Figuras Planas Uma Proposta De Ensino Com Modelagem


Matemática.pdf (capes.gov.br)> . Acesso em: 02 maio 2023.

<Recobrimento do plano - O Experimento.indd (unicamp.br)>. Acesso em: 02


maio 2023.
PEX 03: Que altura isso tem? (construção de teodolito caseiro)

Objetivo: Permitir aos(às) estudantes a compreensão e a aplicabilidade dos


conceitos trabalhados em trigonometria, como as razões trigonométricas, e a
importância da Matemática em nosso cotidiano.
Objetivos Específicos:

● Identificar as razões trigonométricas (seno, cosseno e tangente) e suas


fórmulas correspondentes;
● Explicar as relações entre as razões trigonométricas e os triângulos
retângulos, demonstrando a aplicação dos conceitos em situações
específicas;
● Utilizar o teodolito como instrumento de medida de ângulos;
● Demonstrar a relação entre a trigonometria e situações do cotidiano;
● Estimular a resolução de problemas que envolvam o uso das razões
trigonométricas em situações cotidianas;
● Resolver problemas envolvendo as razões trigonométricas, utilizando as
fórmulas e propriedades correspondentes;
● Avaliar e Promover discussões e debates sobre a importância da
Matemática no mundo real e como a trigonometria se relaciona com
outras disciplinas e áreas de estudo.

Componente curricular: Matemática e física

Recursos:
● Xerox da tabela das razões trigonométricas;
● um transferidor de plástico;
● canudo ou tubo de antena de TV;
● uma tampa de garrafa de plástico;
● 1 trena;
● cola quente;
● 2 parafusos;
● 2 duratex ou MDF ou papelão mais duro 10 x 12 cm;
● arame;
● 1 nível;
● tripé;
● 3 canos de PVC 22mm com 1,5m ou/e cabos de vassoura;
● garrafa Pet.

Habilidades de Propulsão:

1° ano (Matemática)
H02 - Utilizar diferentes estratégias e algoritmos para resolução de
situações-problema que envolvam as propriedades e operações de adição,
subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação de números reais.
H08 - Reconhecer, em diversas aplicações, os elementos e as relações
métricas no triângulo retângulo.

1° ano (Língua portuguesa)


H03 - Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação
de textos que abordam o mesmo tema, considerando o contexto de produção e
recepção.
H05 - Localizar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a
narrativa (enredo, tempo, narrador, personagem, espaço, tipos do discurso).
H09 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma
determinada palavra ou expressão.

BNCC
Matemática e suas tecnologias
EM13MAT105 - Utilizar as noções de transformações isométricas (translação,
reflexão, rotação e composições destas) e transformações homotéticas para
construir figuras e analisar elementos da natureza e diferentes produções
humanas (fractais, construções civis, obras de arte, entre outras).
EM13MAT308 - Aplicar as relações métricas, incluindo as leis do seno e do
cosseno ou as noções de congruência e semelhança, para resolver e elaborar
problemas que envolvem triângulos, em variados contextos.

Ciências da Natureza e suas tecnologias


EM13CNT301 - Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e
estimativas, empregar instrumentos de medição e representar e interpretar
modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir,
avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situações-problema sob
uma perspectiva científica.

Roteiro da PEX

Para ficar mais clara a construção do teodolito, deixamos um vídeo com a


explicação da construção e da utilização do teodolito construído.

Professor(a), sugerimos que apresente o vídeo abaixo para os(as)


estudantes.
Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=jkv_9EoVKJU, Acesso em: 08 mai.2023

O primeiro passo
Posicione o teodolito a uma distância X do objeto a ser medida e faça a 1ª
observação através do canudo ao topo do objeto e anote o ângulo.
O segundo passo
Afaste com o teodolito a uma distância da posição inicial do teodolito, por
exemplo a 4m, faça a 2ª observação através do canudo e anote o ângulo (que
será menor que o ângulo inicial).

Agora é aplicar a razão trigonométrica (tangente) no triângulo obtido com as


medidas anotadas. (ver imagem exemplo abaixo)

50°
Disponível em
<http://meteorotica.blogspot.com/2012/01/exercicios-resolvidos-sobre-razoes_4538.html>
acesso 08 mai2023(adaptada)

Observação: lembre-se de que no final dos cálculos tem que somar a altura do
teodolito a medida h.

Atividade para a PEX.

1ª atividade: Pode ser realizada dentro da sala de aula. Divida os (as)


estudantes em grupos ( sugestão: 4 ou 6 grupos) para medir ângulos formados
por dois pontos (alvos) quaisquer, tanto na horizontal como na vertical para que
eles (as) se familiarizem com o teodolito construído.

Observação: Professor(a), o ideal é que você, no planejamento para a


PEX, determine quais objetos serão medidos e, se possível, conheça as
medidas dos objetos (construa e aplique o seu antes de apresentar
aos(às) estudantes).

2ª atividade: Realizada fora da sala de aula. Propor aos(às) estudantes, com


os instrumentos construídos, trenas para a medição de comprimentos e tabelas
trigonométricas, que eles(as) encontrem a altura da escola, de postes, torres e
dentre outras que não possam ser obtidas diretamente. Cada grupo poderá ser
responsável por verificar a altura de um objeto ou fazer a utilização do seu
teodolito nos objetos definidos pelo(a) professor(a) e comparar os resultados
encontrados pelos grupos.

Professor(a), essa atividade é importante para que você possa analisar


possíveis equívocos nos cálculos ou utilização do teodolito.

3ª atividade: Conclusão. Promover uma discussão/debate com os(as)


estudantes sobre a importância da matemática em situações do cotidiano,
enfatizando em quais áreas ela é de suma importância.
Professor(a), essa atividade é importante para você apresentar a
importâncias das razões trigonométricas em áreas como a engenharia.

Atividade de verificação

1- Um engenheiro necessita medir a altura de um prédio e está munido de um


teodolito de 1,5 m de altura. Do ponto em que está fixado seu material, ele
mede uma distância de 120 m até o prédio. Ao utilizar o equipamento, verificou
que o teodolito registra um ângulo de 30° com a horizontal. Calcule a altura do
prédio.
Solução:
A imagem a seguir ilustra a situação descrita:

Observe que a horizontal, a linha de visão e a altura do prédio formam um


triângulo retângulo. A partir dele, pode-se determinar a altura do prédio,
que está acima do nível do teodolito, por meio da tangente de 30°, que é o
ângulo medido no teodolito. Assim:

Usando a razão trigonométrica tangente, verifica-se que:


tan⁡30° = h/120
√3/3= h/120
3h =120√3
h=(120√3)/3
h=40√3
Tomando √3≅1,7, temos h = 68 metros.

Portanto, a altura do prédio x = h + 1,5.


X = 68 + 1,5
X = 69,5 metros.

2- Um menino avista o ponto mais alto de um morro, conforme figura abaixo.


Considerando que ele está a uma distância de 500 m da base do morro,
calcule a altura (h) desse ponto.

Disponível
<https://www.todamateria.com.br/exercicios-trigonometria/#:~:text=Um%20menino%20avista%
20o%20ponto,altura%20(h)%20deste%20ponto.&text=Resposta%20correta%3A%20181%2C3
%20m.> acesso 15 mai.2023

Considere:

sen 20º = 0,34


cos 20º = 0,93
tg 20º = 0,36

Resposta
Observando o desenho, notamos que o ângulo visual é de 20º. Para calcular a
altura do morro, usaremos as relações do seguinte triângulo:

Como o triângulo é retângulo, iremos calcular a medida x usando a razão


trigonométrica tangente.

Escolhemos essa razão, visto que conhecemos o valor do ângulo do cateto


adjacente e estamos procurando a medida do cateto oposto (x).

Assim, teremos:

Como o menino tem 1,30 m, a altura do morro será encontrada, somando-se


este valor ao encontrado para x. Assim, teremos:

h = 180 + 1,3 =181,3

Logo, a altura do morro será igual a 181,3 m.

3- (Enem 2010) Um balão atmosférico, lançado em Bauru (343 quilômetros a


Noroeste de São Paulo), na noite do último domingo, caiu nesta segunda-feira
em Cuiabá Paulista, na região de Presidente Prudente, assustando agricultores
da região. O artefato faz parte do programa "Projeto Hibiscus", desenvolvido
por Brasil, França, Argentina, Inglaterra e Itália, para a medição do
comportamento da camada de ozônio, e sua descida se deu após o
cumprimento do tempo previsto de medição.

Disponível em: <http://www.correiodobrasil.com.br>. Acesso em: 15 maio 2023.

Na data do acontecido, duas pessoas avistaram o balão. Uma estava a 1,8 km


da posição vertical do balão e o avistou sob um ângulo de 60°; a outra estava a
5,5 km da posição vertical do balão, alinhada com a primeira, e no mesmo
sentido, conforme se vê na figura, e o avistou sob um ângulo de 30°. Qual a
altura aproximada em que se encontrava o balão?

a) 1,8 km b) 1,9 km c) 3,1 km d) 3,7 km e) 5,5 km

Resposta correta: c) 3,1 km

Utilizamos a tangente de 60° que é igual √3. A tangente é a razão


trigonométrica entre o cateto oposto ao ângulo e seu adjacente.

Portanto, a altura do balão era de, aproximadamente, 3,1 km

Outra maneira de construção do teodolito caseiro:


Como montar um teodolito caseiro - Passo a Passo
Como utilizar passo a passo.

Como usar o teodolito caseiro - Passo a Passo

Tabela das razões trigonométricas


Ângulos em Graus Seno Cosseno Tangente
1° 0,0175 0,9998 0,0175
2° 0,0349 0,9994 0,0349
3° 0,0523 0,9986 0,0524
4° 0,0698 0,9976 0,0699
5° 0,0872 0,9962 0,0875
6° 0,1045 0,9945 0,1051
7° 0,1219 0,9925 0,1228
8° 0,1392 0,9903 0,1405
9° 0,1564 0,9877 0,1584
10° 0,1736 0,9848 0,1763
11° 0,1908 0,9816 0,1944
12° 0,2079 0,9781 0,2126
13° 0,2250 0,9744 0,2309
14° 0,2419 0,9703 0,2493
15° 0,2588 0,9659 0,2679
16° 0,2756 0,9613 0,2867
Ângulos em Graus Seno Cosseno Tangente
17° 0,2924 0,9563 0,3057
18° 0,3090 0,9511 0,3249
19° 0,3256 0,9455 0,3443
20° 0,3420 0,9397 0,3640
21° 0,3584 0,9336 0,3839
22° 0,3746 0,9272 0,4040
23° 0,3907 0,9205 0,4245
24° 0,4067 0,9135 0,4452
25° 0,4226 0,9063 0,4663
26° 0,4384 0,8988 0,4877
27° 0,4540 0,8910 0,5095
28° 0,4695 0,8829 0,5317
29° 0,4848 0,8746 0,5543
30° 0,5000 0,8660 0,5774
31° 0,5150 0,8572 0,6009
32° 0,5299 0,8480 0,6249
33° 0,5446 0,8387 0,6494
34° 0,5592 0,8290 0,6745
35° 0,5736 0,8192 0,7002
36° 0,5878 0,8090 0,7265
37° 0,6018 0,7986 0,7536
38° 0,6157 0,7880 0,7813
39° 0,6293 0,7771 0,8098
40° 0,6428 0,7660 0,8391
41° 0,6561 0,7547 0,8693
42° 0,6691 0,7431 0,9004
43° 0,6820 0,7314 0,9325
44° 0,6947 0,7193 0,9657
45° 0,7071 0,7071 1
46° 0,7193 0,6947 1,0355
Ângulos em Graus Seno Cosseno Tangente
47° 0,7314 0,6820 1,0724
48° 0,7431 0,6691 1,1106
49° 0,7547 0,6561 1,1504
50° 0,7660 0,6428 1,1918
51° 0,7771 0,6293 1,2349
52° 0,7880 0,6157 1,2799
53° 0,7986 0,6018 1,3270
54° 0,8090 0,5878 1,3764
55° 0,8192 0,5736 1,4281
56° 0,8290 0,5592 1,4826
57° 0,8387 0,5446 1,5399
58° 0,8480 0,5299 1,6003
59° 0,8572 0,5150 1,6643
60° 0,8660 0,5000 1,7321
61° 0,8746 0,4848 1,8040
62° 0,8829 0,4695 1,8807
63° 0,8910 0,4540 1,9626
64° 0,8988 0,4384 2,0503
65° 0,9063 0,4226 2,1445
66° 0,9135 0,4067 2,2460
67° 0,9205 0,3907 2,3559
68° 0,9272 0,3746 2,4751
69° 0,9336 0,3584 2,6051
70° 0,9397 0,3420 2,7475
71° 0,9455 0,3256 2,9042
72° 0,9511 0,3090 3,0777
73° 0,9563 0,2924 3,2709
74° 0,9613 0,2756 3,4874
75° 0,9659 0,2588 3,7321
76° 0,9703 0,2419 4,0108
Ângulos em Graus Seno Cosseno Tangente
77° 0,9744 0,2250 4,3315
78° 0,9781 0,2079 4,7046
79° 0,9816 0,1908 5,1446
80° 0,9848 0,1736 5,6713
81° 0,9877 0,1564 6,3138
82° 0,9903 0,1392 7,1154
83° 0,9925 0,1219 8,1443
84° 0,9945 0,1045 9,5144
85° 0,9962 0,0872 11,4301
86° 0,9976 0,0698 14,3007
87° 0,9986 0,0523 19,0811
88° 0,9994 0,0349 28,6363
89° 0,9998 0,0175 57,2900
90° 1 0 ___

Referências

OLIVEIRA DA SILVA, G. et al. MEDIDOR DE ÂNGULOS: TEODOLITO


CASEIRO PARA CALCULAR ALTURAS INACESSÍVEIS. [s.l: s.n.]. Disponível
em:
<http://www2.ufac.br/mpecim/menu/producoes/viver-ciencia-2017/123-130-teod
olito-caseiro.pdf>.

PASSOS, C. L. B. Materiais manipuláveis como recursos didáticos na


formação de professores de Matemática. In: LORENZATO, S. (Org.). O
laboratório de ensino de matemática na formação de professores. Campinas:
Autores Associados, 2006.
PEX 04: Simulação de um derramamento de petróleo

Disponível
em}<https://www.manutencaoesuprimentos.com.br/como-vazamentos-de-petroleo-prejudicam-o
-meio-ambiente/#gsc.tab=0>Acesso em:08 maio 2023.

Objetivo Geral
Descrever através de uma prática experimental, as dificuldades
encontradas para a retirada do petróleo das águas dos oceanos, quando
acontece um desastre ambiental desse tipo.

Objetivos específicos

● Examinar através de uma mistura heterogênea de água e óleo, as


consequências de um derramamento de petróleo nos oceanos;
● Demonstrar as dificuldades encontradas para a limpeza desses
oceanos, quando desastres ambientais ocorrem;
● Recordar as interações intermoleculares através da mistura água e óleo;
● Identificar os impactos ecológicos causados por um derramamento de
petróleo.

Componentes curriculares: Química e Biologia.

Recursos:

● Recipiente de plástico ou de vidro (pode ser potes de sorvetes);


● colher descartável ou de metal;
● barbante;
● algodão;
● óleo de cozinha;
● corante azul ou verde (Opcional);
● detergente;

Observação: Os(as) estudantes poderão sugerir outros métodos e recursos se


acharem necessário.

Habilidades da BNCC

Ciências da Natureza e suas Tecnologias

EM13CNT203 Avaliar e prever efeitos de intervenções nos ecossistemas, e


seus impactos nos seres vivos e no corpo humano, com base nos mecanismos
de manutenção da vida, nos ciclos da matéria e nas transformações e
transferências de energia, utilizando representações e simulações sobre tais
fatores, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais (como softwares
de simulação e de realidade virtual, entre outros).

Habilidades de Propulsão:

Ciências 7º ANO

H01 - Classificar os diferentes tipos de misturas, e selecionar os métodos


adequados para a separação de diferentes sistemas heterogêneos do
cotidiano.

Língua Portuguesa 1º ANO

H02 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

Matemática 1º Ano

H09 - Analisar e interpretar, em diversos contextos socioculturais, ambientais e


de saúde, dados apresentados em tabelas e/ou gráficos de linhas, barras,
setores, histogramas e pictogramas.

Roteiro da PEX

Metodologia

● Adicionar água ao recipiente de plástico;


● Adicionar aproximadamente 10 ml de óleo de cozinha;
● Acrescentar duas ou três gotas de corante (opcional);
● Mexer com uma colher;
● Deixar a mistura descansar por alguns minutos até que o óleo se
deposite na superfície da água.

O corante servirá apenas para mudar a coloração da água, deixando


mais parecido com o oceano.

Em seguida, proponha uma forma de retirar o óleo da água utilizando a colher,


o algodão ou o barbante (as opções de separação ficam a critério dos(as)
estudantes, desde que a água permaneça no recipiente).
Após as tentativas de separação, os(as) estudantes podem utilizar
detergente para tentar facilitar a limpeza da água.

Abordagem Interdisciplinar

A proposta de prática experimental a ser trabalhada nesta Situação de


Aprendizagem está focada na utilização de aula prática, que aborda a temática
Misturas Heterogêneas e Interações Intermoleculares, fazendo uma conexão
com eventos que envolvam questões ambientais. O experimento irá auxiliar na
melhoria da aprendizagem dos conteúdos de Química, articulando com os
conteúdos de Biologia, pois esta aborda também os impactos ambientais e as
alterações que esses desastres provocam em um ambiente aquático.

Agora é com vocês!!!!!

Após a execução do experimento, é o momento de consolidar o aprendizado,


fazendo uma análise dos resultados e respondendo às seguintes questões.

1. Quais foram as maiores dificuldades encontradas neste experimento?

2. Quais são os métodos, que mais podem ajudar na remoção do petróleo


de um oceano no caso de um desastre ambiental com derramamento
de petróleo?

3. Como você relaciona o experimento com os métodos de retirada de


petróleo do mar?

4. O que você sugere, como medida de intervenção, para evitar a morte


de animais em um caso como o citado na questão 2?

5. Como explicar o fato de o petróleo não se misturar à água?

Para saber mais:

Disponível em <https://www.youtube.com/shorts/rK4aKx82mM4> Acesso em:


08 mai.2023.
PEX 05: Determinação da constante elástica de uma mola

Objetivo Geral:
● Determinar a constante elástica de uma mola a partir da Lei de Hooke.

Objetivos Específicos:
● Enunciar a relação, em regime elástico, entre a intensidade da força
exercida sobre uma mola e a sua deformação;
● Usar instrumentos de medida de comprimento e massa;
● Calcular força peso e constante elástica.

Componentes Curriculares: Física e Matemática.

Recursos para uso geral (por todos os grupos):


● 1 balança de precisão.

Recursos para cada grupo:


● 1 copo descartável de 180 ml;
● 1 barbante;
● 1 régua ou fita métrica;
● 1 mola com cerca de 20 cm de comprimento, e que não se deforme
permanentemente ao sustentar pequenas massas;
● 5 bolinhas de gude iguais.

Habilidades da BNCC:

EM13CNT301: Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas,


empregar instrumentos de medição e representar e interpretar modelos
explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir, avaliar e
justificar conclusões no enfrentamento de situações-problema sob uma
perspectiva científica.

EM13MAT510: Investigar conjuntos de dados relativos ao comportamento de


duas variáveis numéricas, usando, ou não, tecnologias da informação, e,
quando apropriado, levar em conta a variação e utilizar uma reta para
descrever a relação observada.

Habilidades de Propulsão:

Língua Portuguesa - 1ª Série: H01 - Identificar o tema de um texto.

Matemática - 1ª Série: H03 - Compreender, comparar e resolver


situações-problema que envolvam o conceito de razão e proporção entre
grandezas diretamente/inversamente proporcionais em regras de três simples e
compostas.

Abordagem Interdisciplinar:

Sugerimos interdisciplinaridade com o componente curricular Matemática,


através do conteúdo razão e proporção entre grandezas, como indicado na
habilidade de propulsão presente nesta prática experimental.

Roteiro da PEX

Metodologia:
Parte 1: Preparação de materiais pelo(a) professor(a)

Previamente, para que o experimento seja feito de forma segura,


pedimos que você, professor(a), realize alguns procedimentos.
Para isso serão necessários os seguintes recursos:
● Copos descartáveis de 180 ml que serão utilizados no experimento;
● tesoura;
● barbante;
● ganchos ou pregos em paredes, na ausência de suporte laboratorial
específico para esse tipo de prática.
Estando com esses itens, faça ao menos três furos na parte superior de
cada copo descartável, que será utilizado durante o experimento. Lembrando
que cada grupo de estudantes utilizará um copo.
Além disso, é necessário que sejam feitos cortes nos barbantes, para
que assim os(as) estudantes apenas os usem para atravessar os furos nos
copos descartáveis, produzindo cestinhas que serão penduradas na mola.
Por fim, caso não haja suportes laboratoriais específicos para a
sustentação da(s) mola(s), pode-se fixar alguns pregos ou ganchos em locais
seguros, adequados e de fácil acesso no laboratório.
Também sugerimos a impressão, para cada grupo, do seguinte material
motivador: Como e onde são utilizadas as molas de compressão, torção e
tração.
Disponível em:
https://www.vibramol.com.br/blog/molas-tracao-compressao-torcao/.

Parte 2: Sondagem inicial

Professor(a), antes da execução da prática experimental, é importante


que os(as) estudantes debatam algumas questões, como:

1) O material da mola exerce influência na sua rigidez?


2) Ao exercermos uma força sobre uma mola, o que ocorre com o seu
comprimento? Admita que a variação do comprimento da mola não é
permanente, sendo chamada de deformação elástica.
3) As molas são importantes em nosso dia a dia? Justifique.

Espera-se que os(as) estudantes indiquem que o material da mola


exerce influência em sua rigidez, e que ao exercermos uma força sobre uma
mola, ela pode ser esticada ou comprimida, indicando, respectivamente, um
aumento ou redução de seu comprimento inicial.
A segunda pergunta permite uma revisão ou introdução da relação
matemática entre o módulo da força exercida por uma mola e a sua variação
de comprimento: F = k.ΔL, indicada na Lei de Hooke, onde k é a constante
elástica da mola que buscamos determinar nesse experimento. Essa constante
depende do material que compõe a mola e de suas dimensões.
Sugerimos que você, professor(a), utilize seu próprio material, o livro
didático ou as duas últimas sugestões de leitura apresentadas ao final dessa
prática experimental, para revisar ou introduzir a Lei de Hooke, explicando a
relação matemática entre a força elástica e a deformação da mola.
Com relação à terceira pergunta desta sondagem inicial, pode-se utilizar
o texto presente no Material Motivador para um debate mais produtivo.

Parte 3: Procedimento Experimental

Com posse de todos os itens necessários:


I. Primeiramente, fixa-se a mola em um suporte, como um gancho em
alguma parede, e coloca-se a cestinha na extremidade livre da mola.
Figura 1: Procedimento Experimental. Fonte: Colagem de elementos da Plataforma Canva,
versão para educadores. Disponível em: < https://www.canva.com/>. Acesso em: 09 maio
2023.

Iniciam-se, então, as medições e cálculos, em que as unidades finais de


massa, variação de comprimento, força peso e constante elástica serão
apresentadas de acordo com o Sistema Internacional de Unidades (SI).
II. Mede-se o comprimento inicial da mola com a régua ou fita métrica.
Esse comprimento inicial será medido uma única vez.
L(inicial) = _____ cm
III. Posteriormente, com o uso da balança de precisão, mede-se a
massa de uma das bolinhas, e anota-se o resultado em gramas e em
quilogramas.
m = ______ g = _______ kg
IV. Com os valores da massa e da aceleração da gravidade, pode-se
calcular o peso da bolinha em newtons.
P = m.g = ________ N
V. Coloca-se essa bolinha na cestinha e mede-se o comprimento final da
mola.
L(final) = ______ cm
VI. Calcula-se a variação no comprimento da mola ao exercer-se nela
uma força. Essa variação é obtida em centímetros e convertida para metros.
ΔL = L(final) - L(inicial) = ________ cm = _______ m
VII. Por fim, utilizando o equilíbrio entre a força elástica e a força peso,
igualando suas respectivas intensidades, k.ΔL = P, obtemos de maneira
simplificada a constante elástica (k) da mola nessa primeira medição.
k = P/ΔL = ______ N/m
VIII. Repete-se o mesmo procedimento mais quatro vezes,
acrescentando, em cada uma delas, mais uma bolinha. Logo, em cada
repetição, uma nova massa é medida e acrescentada, gerando uma nova força
peso e uma nova variação no comprimento.
IX. Para fins de organização dos dados, é interessante que eles sejam
anotados na tabela abaixo. O comprimento inicial, medido uma única vez, será
repetido em todas as linhas da tabela.

Medidas Massa Peso (N) L(inicial) L(final) ΔL (m) k (N/m)


(kg)

1 bolinha

2 bolinhas

3 bolinhas

4 bolinhas

5 bolinhas

k(médio) =

Observação: Ao longo do experimento, o(a) professor(a) pode atuar como


mediador(a), não apenas informando os passos a serem seguidos, mas
questionando os(as) estudantes sobre como eles(as) podem obter o
comprimento inicial da mola, a massa das bolinhas, e o comprimento final da
mola. Dessa forma, esse procedimento poderá ser transformado em uma
prática investigativa.

Parte 4: Perguntas para reflexão e análise experimental


Professor(a), seguem algumas sugestões de perguntas a serem
realizadas para os(as) estudantes, após o procedimento experimental:
1ª) Há uma situação de equilíbrio entre forças durante esse
experimento?
2ª) O que ocorre com o comprimento final da mola, ao aumentarmos a
quantidade de bolinhas?
Espera-se que os(as) estudantes respondam:
1ª) Sim, observamos o equilíbrio entre a força peso e a força elástica.
2ª) Torna-se maior.
Essa segunda pergunta revisita a sondagem inicial e permite aos(às)
estudantes compararem suas ideias antes e após o experimento sobre a
relação entre força elástica e deformação da mola.

Parte 5: Aprofundamento sobre a Lei de Hooke


Após o procedimento experimental, sugerimos que você, professor(a),
aprofunde o estudo da Lei de Hooke, utilizando mais uma vez as
recomendações de leitura a seguir, e dialogando com os(as) estudantes sobre
o tema e as dificuldades encontradas durante a realização do experimento.

Para saber mais:

COMO e onde são utilizadas as molas de compressão, torção e tração.


Disponível em:
<https://www.vibramol.com.br/blog/molas-tracao-compressao-torcao/>. Acesso
em: 09 maio 2023.

DOCA, R. H., BISCUOLA, G. J., BÔAS, N. V. Física, volume 1 : mecânica :


ensino médio. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

HELERBROCK, Rafael. Lei de Hooke. Brasil Escola. Disponível em:


<https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lei-de-hooke.htm>. Acesso em: 17 maio
2023.
PEX 06: Análise da temperatura no processo de fusão do gelo

Professor(a), na sugestão de prática experimental a seguir, há a possibilidade


de abordar os conceitos de calor latente e calor sensível, com o auxílio de
materiais simples. Através da observação da mudança de fase e coleta de
temperatura, é possível conduzir o(a) estudante na construção e interpretação
do gráfico de temperatura x tempo.

Objetivo Geral: Observar a mudança de estado físico da água do sólido para o


líquido.

Objetivos Específicos:
● Anotar os dados de temperatura e representá-los através de gráficos;
● Executar o experimento de forma reflexiva;
● Comprovar que, ao longo da mudança de estado físico, a temperatura
do corpo não varia.

Componente curricular: FÍSICA E MATEMÁTICA

Recursos didáticos:
● Copo;
● termômetro;
● relógio ou cronômetro (que marque o tempo em segundos);
● gelo picado;
● lápis;
● papel quadriculado.

Habilidades da BNCC:
(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e
estimativas, empregar instrumentos de medição e representar e interpretar
modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir,
avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situações-problema sob
uma perspectiva científica.

Habilidades de Propulsão:

MATEMÁTICA- 6° ANO
H08 - Resolver e elaborar situações problemas envolvendo medidas não
padronizadas e padronizadas, como: grandezas de comprimento, área, massa,
tempo, temperatura e capacidade, recorrendo às transformações entre as
unidades mais usuais, em contextos socioculturais, a partir de situações
práticas e da utilização das TICs.
PORTUGUÊS- 8° ANO
H05 - Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas,
quadrinhos, fotos etc.).
CIÊNCIAS- 8° ANO
H02 - Distinguir temperatura e calor, compreendendo a influência das
mudanças térmicas nas mais variadas situações de troca de calor.

Abordagem Interdisciplinar:

Sugerimos que trabalhe o experimento de forma interdisciplinar com o(a)


professor(a) de Matemática, abordando temas como: medidas padronizadas e
construção e análise de gráficos.

Roteiro da PEX

Primeiro Passo
Coloque o gelo picado até a metade do copo, em seguida coloque o
termômetro e meça a temperatura inicial.

Segundo passo

Observe a temperatura do sistema, fazendo também a anotação da


temperatura medida a cada dois minutos. Construa uma tabela do tempo em
função da temperatura.

Sugestão

Tempo(min) 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

Temperatura(°C)

Terceiro passo

Descreva o que você observou em relação à temperatura.

Quarto passo

Registre também o instante em que começa a ocorrer a fusão do gelo. Neste


momento, a temperatura estará em 0 ºC.
Quinto passo

Anote o tempo em que o gelo desaparece completamente. Continue medindo a


temperatura por mais 10 minutos.

QUESTÕES

1) Usando o papel quadriculado, faça um gráfico da temperatura em função


do tempo.

2) Como é chamado o calor usado para mudança de estado?

3) Como é chamado o calor usado para a variação de temperatura?

4) Como se comportou a temperatura durante os intervalos de tempo em


que só havia gelo, gelo + água e só água?

5) O que acontece com a temperatura durante a mudança de estado?

PEX 07: A Matemática na Torre de Hanói

Objetivo Geral: Transferir toda a torre do Pino 1 para o Pino 3 em ordem


decrescente de tamanho dos discos, seguindo as regras estabelecidas.

Arquivo próprio.
Objetivos Específicos:
● Estimular o desenvolvimento de raciocínio lógico, estratégias e
percepção de regularidades e padrões;
● Sistematizar conceitos matemáticos decorrentes das estratégias de
resolução, tais como contagem, relação de recorrência, dependência
entre grandezas e progressão geométrica.

Componentes Curriculares: Matemática e Língua Portuguesa.

Recursos:
● Papelão;
● folha de isopor (pode ser de eletrodomésticos);
● cola;
● compasso;
● tesoura;
● três palitos de churrasco.

Habilidades de Propulsão:
Matemática
H05 (9º ano) - Utilizar a simbologia algébrica para expressar regularidades
encontradas em sequências numéricas.
H04 (2ª série) - Compreender o conceito de função por meio da dependência
entre variáveis, reconhecendo expressões algébricas em situações de
regularidade, além de identificar e interpretar seus gráficos.
H05 (2ª série) - Identificar e associar progressões aritméticas (PA) a funções
afins, assim como as progressões geométricas (PG) a funções exponenciais
para análise de propriedades, dedução de fórmulas e resolução de problemas.

Língua Portuguesa:
H02 ( 6º ano) - Depreender o sentido de uma palavra ou expressão.
H04 (9º ano) - Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na
comparação de textos que abordam o mesmo tema, considerando o contexto
de produção e de recepção.
H02 (2ª série) - Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso
(propagandas, quadrinhos, fotos etc.)

Habilidades da BNCC
Matemática:
(EF08MA11) Identificar a regularidade de uma sequência numérica recursiva e
construir um algoritmo por meio de um fluxograma que permita indicar os
números seguintes.
(EM13MAT508) Identificar e associar progressões geométricas (PG) às
funções exponenciais de domínios discretos, para análise de propriedades,
dedução de algumas fórmulas e resolução de problemas.
(EF69LP33) Articular o verbal com os esquemas, infográficos, imagens
variadas etc. na (re)construção dos sentidos dos textos de divulgação científica
e retextualizar do discursivo para o esquemático – infográfico, esquema, tabela,
gráfico, ilustração etc. – e, ao contrário, transformar o conteúdo das tabelas,
esquemas, infográficos, ilustrações etc. em texto discursivo, como forma de
ampliar as possibilidades de compreensão desses textos e analisar as
características das multissemioses e dos gêneros em questão.

Regras:

1. Só pode retirar um disco de cada vez;


2. Não se pode colocar um disco de diâmetro maior em cima de um disco
de diâmetro menor;
3. É permitido usar o pino intermediário para colocar discos.

Roteiro da PEX

● Dividir a turma em grupos;


● Construir discos circulares no papelão com os seguintes raios (aberturas
do compasso) e, em seguida, cortá-los.
Discos Raios

Disco 1 2 cm

Disco 2 3 cm

Disco 3 4 cm

Disco 4 5 cm

Disco 5 6 cm

Arquivo próprio.

Arquivo próprio.

Professor(a), caso o papelão seja muito fino, poderá sugerir fazer mais
discos de mesmos raios e colar um sobre o outro, de modo a ficar com
uma boa espessura.
● Furar o centro dos discos com o palito de churrasco de modo a
atravessá-los.

Arquivo Próprio
● Fazer a base, utilizando a folha de isopor. Fixar os palitos de churrasco,
que serão os pinos e identificá-los da seguinte forma:

Arquivo próprio.

Agora é com você!

1ª Parte: Manipulação dos Discos

Complete a tabela abaixo seguindo as regras estabelecidas:

Número de Discos Quantidade Mínima de Movimentos

1 1

2 3

3 7

4 15

5 31

Professor(a): A comparação da quantidade mínima de movimentos que


cada grupo encontrou é importante ser compartilhada entre eles. Caso
nenhum grupo encontre corretamente o número mínimo de movimentos,
apresente-os.
2ª Parte: Análise dos Movimentos

Observando a tabela, podemos perceber que:


Quando passou de 1 disco para 2 discos, aumentaram dois movimentos.
Quando passou de 2 discos para 3 discos, quantos movimentos aumentaram?
_______________________________________________________
(Aumentaram 4 movimentos)

Quando passou de 3 discos para 4 discos, quantos movimentos aumentaram?


_______________________________________________________
(Aumentaram 8 movimentos)

Quando passou de 4 discos para 5 discos, quantos movimentos aumentaram?


_______________________________________________________
(Aumentaram 16 movimentos)

Complete a sequência em que os termos são as quantidades de movimentos


que aumentam à medida que acrescentamos um disco.
(2, ___ , ___ , ___ , ___)
( 2 , 4 , 8 , 16 )

Você consegue perceber algum padrão na sequência encontrada


anteriormente? Se sim, descreva-a.
_______________________________________________________
Espera-se que os(as) estudantes percebam que os números da sequência
construída sempre vão dobrando, ou seja, sendo multiplicados por 2.
Nesse sentido, é importante destacar que o “dobro” é um numeral
multiplicativo, um dos tipos de numerais estudados na Língua
Portuguesa.

A sequência formada possui uma regularidade, sendo, portanto, uma


progressão. Ela é aritmética ou geométrica? Por quê? Qual a razão dessa
progressão?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

Progressão Geométrica, pois a partir do segundo termo, os números


obtidos são sempre o dobro do anterior (potências de 2), ou seja,
apresentando uma razão igual a 2, que é justamente o fator de
regularidade.

● Como escrever uma expressão algébrica para a progressão acima?


_____________________________________________ (2n)

● Ela representa que tipo de função?


_______________________________ (Função Exponencial)

3ª parte: Lei de Formação

Nessa parte, você deve observar novamente a tabela preenchida com o


número mínimo de movimentos de acordo com a quantidade de discos. Qual a
sequência formada?

( 1 , 3 , , , , )
(1 , 3 , 7 , 15 , 31)

De forma intuitiva, qual é a lei de formação da função para determinar a


quantidade mínima de movimentos a partir da quantidade de discos(n)?
_______________________________________________________
( f(n) = 2n – 1 , no qual n é a quantidade de discos. )

Construa o gráfico da quantidade mínima de movimentos (Q) x número de


discos (n).
Arquivo próprio.

Arquivo próprio.

A partir do gráfico construído, cite uma característica que você consegue


observar na curva em destaque..
_______________________________________________________________

Professor(a), é importante destacar que a função exponencial apresenta


um crescimento muito rápido, o que pode ser associado com o uso de
palavras ou expressões da Língua Portuguesa, que expressam a ideia de
aceleração ou rapidez, como "crescer rapidamente", "aumentar
exponencialmente", entre outras.

A prática experimental realizada, dá autonomia aos(às) estudantes para


solucionarem a situação-problema e, ao mesmo tempo, colabora para uma
maior aquisição do conceito que o(a) estudante adquiriu até o momento, sobre
a Função Exponencial.

Sugestões complementares para usar na prática experimental, utilizando TICs:

1) Torres de Hanói - A Matemática Interativa na Internet. Desenvolvida pelo


Laboratório de Informática na Educação (LinE) - IME -USP.
https://www.matematica.br/programas/hanoi/index.html#jogar

2) Torres de Hanói - Clubes de Matemática da OBMEP. Desenvolvida com


o software Geogebra. Adaptada por Patrícia Coelho Barbosa.
http://clubes.obmep.org.br/blog/torre-de-hanoi/

Referências

JUSTINO, Maria Eduarda Da Cruz et al.. Torre de hanói: abordagem didática


no ensino de função exponencial e suas potencialidades. Anais do VII
CONAPESC. Campina Grande - PB: Realize Editora, 2022. Disponível em:
<https://www.editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/87372>.

SILVA, Cynthia Regina Herbst do Amaral. Relatório Teoria dos Jogos: Jogo da
Velha e Torre de Hanoi. Unicamp - Campinas SP, 2020. Disponível em:
<https://www.ime.unicamp.br/~rmiranda/cursos/2020-1-am091-4/cynthia-velha-
hanoi.pdf>.
PEX 08: Traçando uma Circunferência e Descobrindo o seu Perímetro.

Objetivo Geral : Explorar, de forma prática, a relação entre a circunferência e o


seu perímetro, compreendendo seus conceitos e propriedades.

Objetivos Específicos:

● Realizar atividades práticas que envolvam a construção e medição de


circunferências, para compreender a relação entre o seu perímetro e a
medida do seu raio;
● Identificar e descrever as propriedades da circunferência, como a
relação entre o raio, o diâmetro e o perímetro, por meio da exploração
de exemplos concretos.

Componente curricular: Matemática.

Recursos:
● Barbante;
● tesoura;
● giz escolar;
● caneta ou lápis;
● régua graduada.

Habilidades de Propulsão:

Matemática :

9º ano:

H03 - Compreender, resolver e elaborar situações-problema que envolvam


cálculo do valor numérico de expressões algébricas, utilizando propriedades
das operações matemáticas.

2ª série:

H07 - Resolver situações-problema que envolvam área e perímetro de


superfícies planas limitadas por segmento de retas e/ou arcos de
circunferência, propondo soluções adequadas.
Língua Portuguesa :

2ª série:

H02 - Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas,


quadrinhos, fotos etc.);

H03 - Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação


de textos que abordam o mesmo tema, considerando o contexto de produção e
de recepção.

Roteiro da PEX

Professor(a), essa atividade pode ser realizada em dupla ou em


grupo, podendo ser feita no chão da sala de aula, no pátio ou ginásio da
escola. A seguir encontram-se as orientações que devem ser repassadas
aos(às) estudantes para realização dessa prática.

Passo 01: Fazendo um compasso artesanal:

● Corte um pedaço de barbante de tamanho qualquer;


● Numa ponta, amarre um pedaço de giz;
● Na outra, amarre a caneta/lápis, essa será a ponta seca do compasso.

Figura 1: Compasso artesanal. (Fonte: Arquivo próprio).

Passo 02: Traçando a circunferência:

● Escolha um ponto qualquer e fixe a ponta seca do compasso (ponta em


que a caneta /lápis foi amarrada);
● Depois, estique o barbante e desenhe a circunferência utilizando a ponta
do giz.

Figura 2: Construção da circunferência. (Fonte: arquivo próprio).

Professor(a), como sugestão, oriente os(as) estudantes para que


um(a) segure a ponta seca do compasso e para que o outro(a) trace a
circunferência, mantendo o barbante sempre esticado.

Passo 03: Encontrando o raio da circunferência:

● Pegue um novo pedaço de barbante e conecte o centro a um ponto na


circunferência;
● Em seguida, corte esse pedaço de barbante, representando assim o
raio da circunferência.

Figura 3: Traçando o raio da circunferência. (Fonte: arquivo próprio).

Passo 04: Encontrando o diâmetro da circunferência:

● Com outro barbante, ligue dois pontos da circunferência de modo que


passe pelo centro;
● Depois corte-o, representando, desse modo, o diâmetro da
circunferência.
Figura 4: Traçando o diâmetro da circunferência. (Fonte: arquivo próprio).

Passo 05: Encontrando o comprimento da circunferência:

● Com outro barbante, contorne a circunferência, cortando-o em seguida.

Figura 5: Contornando a circunferência. (Fonte: arquivo próprio).

Professor(a), nessa etapa da atividade é interessante destacar que


o contorno da circunferência representa o seu comprimento, ou seja, o
seu perímetro.

Passo 06: Tabulando os dados:

● Agora, complete a tabela a seguir, utilizando sempre a mesma unidade


de medida.

Sugestão: pedir que os(as) estudantes representem as medidas em


centímetros (cm).

Medida do comprimento do Medida do comprimento Medida do barbante que


barbante que representa o raio do barbante que representa o contorno da
da circunferência. representa o diâmetro da circunferência (comprimento ou
circunferência. perímetro).
Passo 07: Relacionando medidas:

● Estabeleça uma relação entre o raio da circunferência traçada e o seu


diâmetro. Essa relação serve para qualquer circunferência?

_______________________________________________________________

Professor(a), é esperado que os(as) estudantes respondam que a


medida do diâmetro de uma circunferência equivale a duas vezes (o
dobro) da medida do raio ou que a medida do raio é a metade da medida
do diâmetro e que essa relação é válida para qualquer circunferência.

Passo 08: Encontrando o valor de pi (π):

● Calcule a razão entre as medidas do comprimento da circunferência e


do diâmetro, utilizando os valores obtidos na tabela e complete as
lacunas a seguir.
a) A razão entre a medida do comprimento da circunferência e a medida do
diâmetro é ____________________ .
Professor(a), é esperado que os(as) estudantes encontrem algum
valor próximo do número pi (π), ou seja, 3.141592.

b) O número ______ é um número irracional cujo valor aproximado é


3,14159265358979323846… e é obtido pela divisão da medida do
___________________________ pela medida do _______________ ,
ou seja :

Respostas:
O número pi (π) é um número irracional, cujo valor aproximado é
3,14159265358979323846… e é obtido pela divisão da medida do
comprimento de uma circunferência pela medida do seu diâmetro,
ou seja :
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑛𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 ( 𝑝𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 )
π = 𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜

Passo 09: Deduzindo a fórmula do comprimento (perímetro) da


circunferência:
● Em função do diâmetro, vimos que a razão entre a medida do
comprimento da circunferência e a medida do seu diâmetro é
aproximadamente igual ao valor de pi. Desse modo, temos que:

Onde: Usa-se:
C: medida do comprimento (perímetro) da circunferência;
D: medida do diâmetro;

π : constante irracional aproximadamente igual a 3,14...


● Em função do raio: como a medida do comprimento do diâmetro
é igual a duas vezes a medida do raio, então temos que:

Usa-se:
C: medida do comprimento (perímetro) da circunferência;
R: medida do raio;

π : constante irracional aproximadamente igual a 3,14...


PEX 09: Ecologia de campo: compreendendo como os(as) profissionais da
área ambiental listam as comunidades que estão em risco de extinção

Objetivo Geral

Demonstrar de forma prática como os profissionais da área ambiental realizam


as contagens de espécies de uma determinada comunidade em campo.

Objetivos específicos:

● Entender como são geradas as médias de quantidades de espécies em


uma comunidade ecológica.
● Entender de forma lúdica as diferenças entre populações, espécies e
comunidades.

Abordagem interdisciplinar: Matemática, Geografia e Português

Componente curricular: Ecologia - (EM13CNT206) justificar a importância da


preservação e conservação da biodiversidade, considerando parâmetros
qualitativos e quantitativos, e avaliar os efeitos da ação humana e das políticas
ambientais para a garantia da sustentabilidade do planeta.

Recursos:

● Folhas de papel de cores diferentes (pelo menos quatro cores


diferentes);
● quatro canos de PVC do fino (medindo cerca de 20cm cada);
● quatro joelhos de PVC para formar um quadrado.
Fonte da imagem: <https://fazfacil.com.br/artesanato/cesto-de-roupa-em-pvc/>, Acesso em: 18
abril 2023.

O quadrante de PVC pode ser substituído por qualquer outro material que
forme um quadrado, podendo ser feito, por exemplo, papelão, palitos de
churrasco, ou com canudos, podem ser materiais alternativos. O
importante aqui é o(a) estudante entender o tamanho que o quadrado
possui.

Habilidade de Propulsão:

Português H03 - Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na


comparação de textos que abordam o mesmo tema, considerando o contexto
de produção e de recepção.

Matemática H01 - Compreender e resolver situações problema envolvendo


cálculos matemáticos básicos, como adição, subtração, multiplicação e divisão,
com foco nos números positivos e negativos.

Matemática H08 - Compreender, resolver e elaborar situações-problema das


ciências humanas e naturais, que envolvam grandezas determinadas pela
razão ou pelo produto de outras (velocidade, densidade demográfica, energia
elétrica etc.)

Matemática H10 - Resolver e elaborar situações problemas, em diferentes


contextos, que envolvam cálculo e interpretação das medidas de tendência
central (média, moda, mediana) e das medidas de dispersão (amplitude,
variância e desvio padrão).

Roteiro da PEX
Observações
Parâmetros para medição ilustrativos:
Professor(a): Trabalhar alguns conceitos com os(as) estudantes, como os de
população, comunidade e extinção (local e global, nessa prática poderá ser
percebido a possível extinção local de uma população).
O ideal é que seja recortado em média 20 bolinhas de cada cor diferente.
Dessa forma, caso o(a) estudante encontre um total de:
- Entre 20 e 15 bolinhas da mesma cor no quadrante as espécies estão
fora do risco de extinção.
- Entre 14 e 10 bolinhas da mesma cor no quadrante as espécies
encontram-se em baixo risco de extinção.
- Entre 9 a 0 bolinhas da mesma cor no quadrante as espécies
encontram-se em alto risco de extinção.
- Esses valores são ilustrativos para facilitar a interpretação dos dados
gerados na prática.

Dessa forma, cada bolinha, individualmente, representa uma espécie da


população, as bolinhas de cores distintas demonstram a comunidade.

São diversas as conversas, que podem ser geradas a partir da


realização desta prática. Podemos destacar aqui, a distinção entre população e
comunidade, representada pelas cores das bolinhas, como também tentar
compreender a baixa quantidade de bolinhas em um quadrante justificando os
possíveis riscos de extinção naquele quadrante.

Modo de fazer a prática

● Inicialmente, rasgar os papéis em pequenos pedaços e amassar para


que se tornem pequenas bolinhas de papel.
● Separar as bolas de papel por cores e contar quantas tem. Essa
contagem representaria o valor total de cada população na comunidade.
● Separar grupos de estudantes, de acordo com a quantidade de papéis
coloridos escolhidos, por exemplo, se há quatro cores diferentes. Serão
quatro grupos, cada um responsável por uma população específica.
● Somente o(a) professor(a) deverá pegar as bolinhas de papel
separadas e jogar aleatoriamente e com as cores misturadas em pontos
distintos da escola.
● Os(as) estudantes deverão procurar quantas espécies eles(as)
encontram da população escolhida pelo grupo e procurar pela escola.
● Ao encontrar as bolinhas na cor escolhida pelo grupo, eles(as) deverão
colocar o quadrante em cima do local e contar quantas espécies da cor
escolhida pelo grupo estão naquele local.
● Solicitar aos(às) estudantes que façam isso em locais próximos de onde
foram jogadas as bolinhas da população.
● Posteriormente, solicitar aos(às) estudantes que eles(as) observem se o
que encontraram são valores semelhantes ao total que jogaram, ou se
está muito diferente.
● Pedir para os(as) discentes subtraírem e refletirem em grupo, se podem
ter cometido algum erro na metodologia, se seria bom refazer a
pesquisa de campo para fazer outra coleta de dados, ou se de fato
eles(as) conseguiram representar bem a população que eles(as)
escolheram.
● Por fim, conversar na sala que parte dos(as) profissionais da área
ambiental costumam marcar as espécies com anilhas. É comum que
ocorra a recontagem das espécies pelo menos três vezes, isso para
assegurar que os cálculos sejam o mais preciso possível. Com isso, é
possível identificar se essa comunidade estudada encontra-se
ameaçada de extinção, ou com poucos indivíduos em um local.

Referências Bibliográficas

Ricklefs, R. E. A Economia da Natureza. 5ª. Ed. Rio de Janeiro: Editora


Guanabara Koogan, 2003.
PEX 10: O Shisima

Objetivo: Apresentar aspectos da cultura afro-brasileira e da Lei 10.639


resgatando elementos culturais, como o jogo Shisima, e montar seus
componentes, por meio de construções geométricas centradas na utilização de
régua e transferidor.

Componente curricular: Matemática

Recursos:
● Papel sulfite (A4 ou ofício);
● canetas;
● transferidor;
● régua;
● tampinhas de garrafa.

Habilidades de Propulsão:

H02 (6º ano) - Reconhecer e relacionar os diferentes tipos de numerais


(cardinais, ordinais, multiplicativos, fracionários e coletivos) com outras
linguagens através de recursos diversificados, tais como bulas, receitas, regras
de jogos, metodologias ativas, entre outros, contemplando diversos gêneros
textuais nos variados contextos da vida cotidiana.

H03 (6º ano) - Compreender, resolver e elaborar situações-problema em


diferentes contextos, utilizando diferentes algoritmos de resolução baseando-se
nas quatro operações matemáticas: adição, subtração, multiplicação e divisão.

H04 (6º ano) - Compreender e resolver situações-problema relacionados às


ideias de frações, associando-as ao resultado de uma divisão ou à ideia de
parte de um todo, suas leituras, representações, classificações, características
de equivalência e operações.

Habilidades da BNCC
(EF69LP15 - 6º a 9º ano) Apresentar argumentos e contra-argumentos
coerentes, respeitando os turnos de fala, na participação em discussões sobre
temas controversos e/ou polêmicos.
(EF06MA25 - 6º ano) Reconhecer a abertura do ângulo como grandeza
associada às figuras geométricas.
(EF06MA26 - 6º ano) Resolver problemas que envolvam a noção de ângulo em
diferentes contextos e em situações reais, como ângulo de visão.
(EF06MA27 - 6º ano) Determinar medidas da abertura de ângulos, por meio de
transferidor e/ou tecnologias digitais.

Roteiro da PEX

Professor(a), é importante que se destaque que a Lei 10.639,


sancionada em 9 de janeiro de 2003, completou 20 anos de existência em
2023. A lei tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e
africana em todas as escolas do país, promovendo a valorização da
diversidade étnica e cultural do Brasil.
Antes da Lei 10.639, a história dos povos africanos e afrodescendentes
era pouco abordada nos currículos escolares, o que reforçava a invisibilidade e
o preconceito contra esses grupos sociais. Com a obrigatoriedade do ensino da
história e da cultura afro-brasileira e africana, os(as) estudantes passaram a ter
acesso à informações mais precisas e aprofundadas sobre a contribuição
desses povos para a formação da sociedade brasileira.
Além disso, a Lei 10.639 contribuiu para a promoção da igualdade racial,
ao estimular a reflexão crítica sobre as desigualdades sociais e as violências
sofridas pelos(as) afrodescendentes no Brasil. A partir do estudo da história e
cultura afro-brasileira e africana, os(as) estudantes podem compreender melhor
as raízes da discriminação racial e atuar de forma consciente na luta contra o
racismo.
Apesar dos avanços conquistados com a Lei 10.639, ainda há muito a
ser feito para garantir a efetivação do ensino da história e da cultura
afro-brasileira e africana em todas as escolas do país. É importante que as
instituições de ensino desenvolvam políticas de inclusão e diversidade, para
que os(as) estudantes afrodescendentes possam se sentir representados(as) e
valorizados(as) no ambiente escolar.
Nesse contexto, a celebração dos 20 anos da Lei 10.639 é uma
oportunidade para refletirmos sobre os avanços já alcançados e os desafios,
que ainda precisam ser superados na promoção da igualdade racial e da
valorização da diversidade étnica e cultural do Brasil.
A cultura africana é rica em diversos aspectos, incluindo a utilização de
jogos de estratégia como forma de entretenimento e aprendizado. Dentre os
jogos mais conhecidos, podemos citar o Mancala e o Shisima, que são jogos
de tabuleiro com origem em diferentes regiões da África. O Shisima é um jogo
originário do Quênia, um país situado na região da África Oriental, com uma
área superior a 582 mil km² e uma população de mais de 45 milhões de
habitantes. O Quênia é amplamente conhecido por suas belas paisagens
naturais, incluindo praias, safáris e reservas repletas de fauna e flora, sendo o
turismo a principal fonte de renda devido à diversidade cultural e variedade de
atrativos turísticos. A língua oficial do país é o suaíle, seguida pelo inglês,
quicuio e luo. Há uma grande variedade de grupos étnicos no Quênia, entre os
quais se destacam os quicuios, luias, luos, cambas e calenjins.
O Quênia é um dos países que compõem a região dos Grandes Lagos
Africanos, considerada o berço da humanidade e a origem dos primeiros seres
humanos. Banhado pelo Oceano Índico, o país faz fronteira com Sudão do Sul,
Etiópia, Somália, Tanzânia e Uganda. A capital do Quênia é Nairóbi, e a moeda
utilizada é o Xelim Queniano. A cultura queniana é rica e diversa, influenciada
por uma mistura de povos, incluindo árabes, indianos e europeus. A música, a
dança, a arte e a culinária do país refletem sua rica história e diversidade étnica
e cultural.
Fonte:
https://www.matematicaefacil.com.br/2022/04/jogos-matematicos-continente-africano-shisima.ht
ml
Acesso em: 01 maio 2023.

O jogo Shisima

Shisima é um jogo que envolve estratégia, antecipação e raciocínio


lógico, por meio do alinhamento de três peças. Jogado na parte ocidental do
Quênia pelas crianças, é desenhado o tabuleiro na areia e jogam com pedras
ou tampinhas de garrafa. Na língua Tiriki, a palavra Shisima quer dizer
“extensão de água”. Eles chamam as peças de “imbalabavali” ou “pulgas
d’água”. É jogado por duas pessoas, foi criado por meio da observação das
pulgas d’água sobre a superfície das lagoas. As pulgas d’água movimentam-se
tão rapidamente que é difícil acompanhá-las com o olhar. No jogo, as pedras se
movimentam no tabuleiro com rapidez. Este jogo é semelhante às estratégias
utilizadas no “jogo da velha”, mas tenta-se impedir que o adversário alinhe suas
peças em uma das diagonais do tabuleiro octogonal (oito lados).

Fonte:
<https://www.matematicaefacil.com.br/2022/04/jogos-matematicos-continente-africano-shisima.
html> Acesso em: 01 maio 2023.

Componentes:
1 Tabuleiro e seis peças (três de uma cor e três de outra cor).

Fonte:
<https://www.matematicaefacil.com.br/2022/04/jogos-matematicos-continente-africano-shisima.
html> Acesso em: 01 maio 2023.

Vamos construir um Sishima?

Sugerimos que:
● A turma deve ser dividida em grupos;
● Cada grupo deve dispor de uma folha de papel sulfite (A4 ou ofício), pelo
menos uma régua, um transferidor, canetas e 6 tampinhas de garrafa;
● O(A) professor(a) inicia apresentando para os grupos a maneira correta
da utilização do transferidor e da régua na construção de uma
circunferência com raio maior que o raio do próprio transferidor;
● Em seguida, os(as) estudantes devem ser questionados acerca da
medida em graus da circunferência desenhada;
● Um segundo questionamento a ser feito aos(às) estudantes, é sobre
quais medidas (em graus) devem ser marcadas sobre a circunferência
para que ela seja dividida em oito partes iguais (8 arcos com a mesma
medida);
● Daí, siga o roteiro abaixo.

Passo a passo

Desenhe uma circunferência na folha de papel utilizando o transferidor.


Em seguida, marque os ângulos de 0º, 45º, 90º, 135º, 180º, 225º, 270º, 315º.

Elaboração própria.

Agora ligue os pontos vizinhos.

Elaboração própria.
Em seguida, trace os segmentos que unem os pontos diametralmente opostos,
marcando o ponto de intersecção entre eles.

Elaboração própria.

Agora vamos às regras do jogo:

1. Cada jogador(a), na sua vez, coloca as peças no tabuleiro, sendo três de


cada lado.
2. Em seguida, depois de distribuídas as peças, mexe uma delas em linha
reta, até o próximo ponto vazio. Cada jogador(a) fará o mesmo na sua vez.
3. Os(As) jogadores devem ficar atentos(as), pois não é permitido saltar por
cima de uma peça.
4. O objetivo é que o(a) jogador(a) alinhe suas três peças em uma reta.
5. O(A) primeiro(a) jogador(a) que alinhar as três peças, ganha o jogo.
6. Quando a sequência de movimentos se repetir por três jogadas, o jogo
acaba empatado, não havendo vencedor(a).

Por fim, sugerimos que os(as) estudantes possam interagir jogando o


Shisima e, logo em seguida, o(a) professor(a) possa questionar sobre qual jogo
eles(as) conhecem que se assemelha ao Shisima, os(as) encorajando a
argumentar e contra-argumentar sobre suas hipóteses e os fatos que possam
ratificá-las ou retificá-las.
É interessante expor o trabalho dos(das) estudantes para a escola
através da exposição dos tabuleiros na sala de aula, nos corredores da escola
ou onde for mais conveniente de acordo com a realidade. Expor suas
produções é uma ação, que pode contribuir para que os(as) estudantes
mostrem suas habilidades e conhecimentos para um público mais amplo. Isso
pode ser motivador e gratificante, ajudando a aumentar a autoestima e a
confiança dos(das) estudantes em suas próprias capacidades.
Além disso, a exposição de suas produções pode ajudar a desenvolver
habilidades importantes, como a capacidade de comunicar ideias de forma
clara e eficaz, e a habilidade de receber e dar feedback construtivo. Através do
feedback dos outros, os(as) discentes podem aprender como melhorar e
aperfeiçoar suas produções, o que pode ajudá-los(as) a crescer
academicamente.
Por fim, a exposição das produções dos(das) estudantes pode ajudar a
criar um senso de comunidade na sala de aula. Ao compartilhar suas criações
com os outros, os(as) discentes podem aprender a valorizar e respeitar a
diversidade de pontos de vista e estilos de trabalho, além de fortalecer as
relações sociais na sala de aula.
PEX 11: Cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) e a sua relação com a
saúde

Objetivo geral: Compreender o conceito de Índice de Massa Corporal (IMC) e


sua relação com a saúde, além de desenvolver habilidades de cálculo e
interpretação de resultados.

Objetivos específicos:

● Definir o IMC como uma relação entre a altura e o peso.


● Calcular e analisar os resultados do IMC, identificando as faixas
consideradas saudáveis.
● Discutir os possíveis impactos na saúde associados a cada faixa de IMC
e a importância de uma alimentação saudável e prática de exercícios.

Componente curricular: Matemática, Ciências e Educação Física.

Recursos:
● balança;
● fita métrica ou régua;
● calculadora.

Habilidades de Propulsão:
Matemática
(2º série EM) H01 - Compreender e resolver situações-problema envolvendo
cálculos matemáticos básicos, como adição, subtração, multiplicação e divisão,
com foco nos números positivos e negativos.
(2º série EM) H03 - Compreender e executar cálculos que envolvam radiciação
e potenciação com números reais e aplicá-los na representação de números
em notação científica.
(2º série EM) H09 - Analisar dados apresentados em gráficos, tabelas e/ou
amostras de pesquisas estatísticas como recurso para a construção de
argumentos e resolução de problemas, além de reconhecer quais são os mais
eficientes para sua análise.
Ciências
(8º ano) H07 - Compreender a alimentação como necessidade de
sobrevivência e funcionamento do organismo nos seres vivos.

Português
(2º Série EM)H02 - Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso
(propagandas, quadrinhos, fotos etc.).

Habilidades BNCC:
Matemática
(EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com
expoentes fracionários.
(EF09MA22) Escolher e construir o gráfico mais adequado (colunas, setores,
linhas), com ou sem uso de planilhas eletrônicas, para apresentar um
determinado conjunto de dados, destacando aspectos como as medidas de
tendência central.
(EM13MAT104) Interpretar taxas e índices de natureza socioeconômica (índice
de desenvolvimento humano, taxas de inflação, entre outros), investigando os
processos de cálculo desses números, para analisar criticamente a realidade e
produzir argumentos
(EM13MAT314) Resolver e elaborar problemas que envolvem grandezas
determinadas pela razão ou pelo produto de outras (velocidade, densidade
demográfica, energia elétrica etc.)

Português
(EM13LP28) Organizar situações de estudo e utilizar procedimentos e
estratégias de leitura adequadas aos objetivos e à natureza do conhecimento
em questão.

Roteiro da PEX

Parte 1: Introdução
Explicar aos(às) estudantes o conceito de Índice de Massa Corporal
(IMC), que é uma medida utilizada para avaliar se uma pessoa está dentro de
faixas consideradas saudáveis de peso em relação à sua altura. Após explicar
o conceito, é importante discutir brevemente com os(as) estudantes a
importância de manter um peso saudável para a saúde.

Parte 2: Coleta de dados


Após entenderem o significado do IMC, e com o auxílio de uma fita
métrica ou régua, os(as) estudantes deverão realizar a medição da sua altura e
registrar o valor em metros. Nesse momento, é ideal que o(a) professor(a)
explique para os(as) estudantes a forma correta de realizar a medição e depois
deixar que realizem as medições com ajuda dos(as) colegas, ficando o(a)
professor(a) apenas supervisionando.
Após realizar a medida da altura, os(as) estudantes deverão se pesar na
balança e registrarem o valor em quilogramas.

Parte 3: Cálculo do IMC


Explique para os(as) estudantes que o cálculo do IMC é dado através da
fórmula:

Após apresentar a fórmula, peça aos(às) estudantes para realizarem o


cálculo do seu IMC, inicialmente sem fazer uso da calculadora, posteriormente,
podem usar a calculadora para conferir o resultado. Nesse momento, é
importante que o(a) estudante que encontrar um resultado diferente fazendo o
cálculo manualmente e com a calculadora, retorne aos seus cálculos para
tentar identificar o que está errado.

Parte 4: Interpretação dos resultados


Observação: Estimule os(as) estudantes a compartilharem seus resultados de
forma anônima e realize uma análise coletiva, comparando os diferentes
resultados obtidos pela turma.

Considerando o sexo, a idade e o IMC encontrado pelo(a) estudante,


peça que ele(a) marque o valor corretamente em um dos gráficos abaixo:

Gráfico IMC para a idade em meninos:

Disponível em:
<https://endocrinoinfantilsjc.com/2016/03/07/obesidade-na-infancia-e-adolescencia/> Acesso
em 30 mai. 2023

Gráfico IMC para a idade em meninas:


Disponível em:
<https://endocrinoinfantilsjc.com/2016/03/07/obesidade-na-infancia-e-adolescencia/> Acesso
em 30 mai. 2023

Observação: É interessante destacar com os(as) estudantes que, embora o


cálculo do IMC seja feito usando a mesma fórmula, os valores de referência
para adultos é calculado de forma diferente. São classificados como mostra a
tabela abaixo.

IMC para Adultos

IMC Classificação

Abaixo de 18,5 Déficit de massa corporal

Entre 18,5 e 24,9 Massa corporal normal

Entre 25 e 29,9 Sobrepeso

Entre 30 e 34,9 Obesidade grau I


Entre 35 e 39,9 Obesidade grau II

Mais de 40 Obesidade grau III

Peça que os(as) estudantes coloquem em um papel o seu IMC e o


entreguem.
Assim que coletar todos os valores, escreva no quadro uma lista com
todos os dados de IMC encontrados e peça para que construam gráficos
comparando os resultados encontrados na turma.
Após a construção, promova uma discussão sobre os resultados
encontrados interpretando os gráficos construídos por eles(as). Nesse
momento, pode ser reforçado com os(as) estudantes a importância da
construção e análise correta de gráficos e tabelas e os possíveis impactos na
saúde associados a cada faixa de IMC e quais medidas podem ser tomadas
para aqueles(as) que se encontram acima ou abaixo do peso.

Parte 5: Reflexão
Promova uma reflexão sobre a importância de manter uma alimentação
saudável e os possíveis hábitos que podem contribuir para isso, como por
exemplo, a prática de atividade física.
Observação: é importante neste momento a participação do professor de
educação física para falar sobre a importância da prática de atividade física
para a saúde. Deixo como sugestão o vídeo abaixo:

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=lE-xgVSJUVo> Acesso em: 30 mai. 2023.

Conclusão
Essa prática permite aos(às) estudantes aplicar conceitos matemáticos
(medidas, operações e gráficos) e relacioná-los com a saúde e o bem-estar,
promovendo a conscientização sobre a importância de manter um estilo de vida
saudável.
Reforce a importância de considerar o IMC como uma medida geral,
lembrando que outros fatores individuais, como composição corporal e
distribuição de gordura também devem ser levados em conta.
Além disso, é importante enfatizar que o IMC deve ser interpretado de
forma conjunta com outros indicadores, como por exemplo a composição
corporal (proporção de massa muscular em relação à gordura corporal),
histórico familiar e análise dos níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue e
orientação médica, caso necessário.
Neste momento, também é essencial encorajar os(as) estudantes a
expressarem suas dúvidas, compartilharem suas reflexões e respeitarem a
privacidade de seus(suas) colegas. O objetivo principal é promover a
conscientização sobre a importância da saúde e estimular hábitos saudáveis de
forma responsável.

Referências

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brasileira. Brasília, 2014. Disponível em: <
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileir
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em crianças e adolescentes. Conexões, São Paulo, SP, v.8, n.3, p. 47-63,
set/dez, 2010. Disponível em:
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/conexoes/article/view/8637727/
5418 . Acesso em: 15 maio de 2023.

REFERÊNCIAS
Área de figuras planas: uma proposta de ensino com modelagem matemática.
Disponível em: <Área de Figuras Planas Uma Proposta De Ensino Com
Modelagem Matemática.pdf (capes.gov.br)>. Acesso em: 02 maio 2023.

Atividades experimentais para o ensino de Ciências Exatas Atividades


experimentais para o ensino de Ciências Exatas / Maria Madalena Dullius, Marli
Teresinha Quartieri (Org.) - Lajeado : Ed. da Univates, 2015.

A química perto de você: experimentos de baixo custo para a sala de aula do


ensino fundamental e médio. / Organizador: Sociedade Brasileira de Química. –
São Paulo: Sociedade Brasileira de Química, 2010.

BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília,


2018. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 08
de maio 2023.

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brasileira. Brasília, 2014. Disponível em: < Guia alimentar para a população
brasileira (saude.gov.br)>. Acesso em: 15 de maio de 2023.

CARNEIRO, A. et al. Manual de procedimentos de conservação,


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Vale do São Francisco – UNIVASF, campus de Ciências Agrárias. Disponível
em:http://www.cemafauna.univasf.edu.br/arquivos/files/manual_procedimento_i
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CARVALHO, A. M. P. Fundamentos Teóricos e Metodológicos do Ensino por


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