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Grupo IV
Tema:
Anêmia por deficiencia de ferro
Membros do grupo:
Dulce Rabia Agi
Hagirabibi Sirage
Holga da China
Lucia Castro
Nataniel Tembe
Índice
Introdução .......................................................................................................... ①
Objectivo geral .....................................................................................................①
Objectivos especificos ...................................................................................①
1. Contextualização ............................................................................................ ②
2. Epidemiologia ................................................................................................. ②
2.1. Balanço negativo do ferro estágios I e II (Deplecção de ferro) .................... ③
2.2. Balanço negativo do ferro estágios III e IV (Deficiência de ferro) .............. ③
2.3. Balanço positivo do ferro de estágios I e II ................................................. ③
3. Epidemiologia da deficiencia de ferro ............................................................ ④
4. Etiopatogenia e fisiopatologia .........................................................................④
5. Principais causas ............................................................................................ ④
6. Manifestações clínicas .....................................................................................⑤
6.1. Função muscular inadequada ........................................................................⑤
6.2. Comprometimento neurológico .................................................................... ⑥
6.3. Comprometimento dos tecidos ..................................................................... ⑦
7. Objectivos de tratamento ............................................................................... ⑧
8. Terapeutica farmacologica ............................................................................. ⑨
8.1. Crianças ........................................................................................................ ⑨
8.2. Adultos ..........................................................................................................⑨
9. Terapêutica Nutricional ................................................................................. ⑨
9.1. Para crianças dos 0 aos 6 meses ....................................................................⑩
9.2. Para crianças em fase de diversificação alimentar e adolescentes ................⑩
9.3. Biodisponibilidade do Ferro Alimentar ........................................................ ⑩
9.4. Forma de Ferro ..............................................................................................⑩
9.4.1. Inibidores .............................................................................................⑪
Conclusão ........................................................................................................... ⑫
Referências Bibliográficas ..................................................................................⑬
Anêxos ................................................................................................................ ⑭
Anêxo A: Quota Diária Recomendada (QDR) de Ferro para Crianças e Adultos⑭
Anêxo B: Fontes Alimentares Específicas de Ferro. ........................................... ⑮
Siglas e acrónimos
OMS: Organizacao Mundial da Saúde.
O estado do ferro pode variar desde uma sobrecarga até deficiência e anemia. A
determinação rotineira do estado do ferro é necessária, visto que vários estudos
demonstram que anemia ferropriva afeta 2 biliões de pessoas, sendo 51,2% da
população crianças com idade entre 2 meses e 5 anos. Os fatores como economia,
aspectos socio-demográfico e nível escolaridade dos pais estão directamente
associados de acordo com a literatura com a alta prevalência da anemia ferropriva nas
crianças. (1)
Objectivo geral
Descrever as principais caracteristicas da anemia por deficiencia de ferro e suas
principais caracteristicas;
Objectivos especificos
Definição da anemia por deficia de ferro;
Caracterização das causas e sinais clínicos da anemia por deficia de ferro;
Discriminação dos tipos de tratamento;
①
1. Contextualização
A deficiência de ferro é definida pela OMS como uma condição na qual não há
mobilização dos estoques de ferro, comprometendo o suprimento do mineral para os
tecidos, incluindo a eritropoese (produção de eritrócitos). O estágio mais grave desta
deficiência está associado à anemia, processo patológico caracterizado pela
incapacidade do organismo de manter a concentração normal de hemoglobina.
Conforme ilustrado na figura 01, os estágios no estado do ferro variam desde a
sobrecarga de ferro até a anemia ferropriva e são resumidos da seguinte maneira:(1.2)
2. Epidemiologia
O ferro é essencial para à homeostase celular, sendo componente da hemoglobina e
mioglobina e possui diversas funções como transporte de oxigênio, síntese de DNA e
metabolismo energético. As perdas fisiológicas do ferro podem ser observadas na
descamação do epitélio intestinal, no suor e por perdas menstruais. A sua deficiência
afeta uma grande proporção da população mundial, especialmente mulheres em idade
reprodutiva, crianças e indivíduos que vivem em países de baixa e média renda.
Estima-se que a deficiência de ferro tem sua prevalência estimada em 2,0 a 2,5 vezes
superior à prevalência de anemia, atingindo aproximadamente quatro biliões da
população mundial.
②
2.1. Balanço negativo do ferro estágios I e II (Deplecção de ferro)
Nesses estágios, as reservas de ferro estão baixas, porém não há nenhuma
disfunção, no balanço negativo do ferro de estágio I, a absorção reduzida de ferro
leva a uma deplecção moderada de suas reservas. Por outro lado o balanço
negativo de ferro de Estágio II caracteriza-se por uma grave deplecção das
reservas de ferro (Figura 01). (1.2)
Figura 01: Estágios sequenciais do estado de ferro. CLF, capacidade de ligação do ferro; RE, células
reticuloendoteliais. (Copyright Victor Herbert, 1995.)
③
3. Epidemiologia da deficiencia de ferro
4. Etiopatogenia e fisiopatologia
A anemia ferropriva caracteriza-se pela produção de eritrócitos (microcíticos) e por
concentrações diminuídas de hemoglobina circulante. Essa anemia microcítica
constitui o último estágio da deficiência de ferro e representa o ponto final de um
longo período de privação desse elemento. Existem muitas causas para a anemia
ferropriva.(1.2)
5. Principais causas
④
lamblia. Deve ser lembrado, entretanto, que de modo geral, a faixa etária de maior
incidência desses parasitas é a de maiores de cinco anos de idade.(3)
6. Manifestações clínicas
Tendo em vista que a anemia constitui a manifestação final da deficiência de ferro
crônica de longa duração, os sintomas refletem uma disfunção de vários sistemas
orgânicos tais como: (3)
⑤
Manifesta-se por uma diminuição do desempenho no trabalho e da tolerância ao
exercício. (3)
A síndrome das pernas inquietas (SPI) com dor ou desconforto nas pernas pode
resultar de uma falta de ferro no cérebro; isso altera a produção de dopamina e o
movimento. Além da deficiência de ferro, a insuficiência renal, a doença de Parkinson,
o diabetes mellitus, a artrite reumatoide ou a gestação podem agravar a SPI. (3)
⑥
Figura 04: Síndrome das pernas inquietas (SPI).
A pele pode tornar-se pálida, e o interior da pálpebra inferior pode ter uma coloração
rosada em vez de avermelhada. As alterações na boca incluem atrofia das papilas
linguais, sensação de queimação, vermelhidão e, nos casosgraves, aparência
totalmente lisa, cérea e brilhante da língua (glossite). Além disso, pode ocorrer
estomatite angular, assim como uma forma de disfagia. A gastrite ocorre com
frequência e pode resultar em acloridria. (3)
⑦
As unhas dos dedos das mãos podem tornar-se finas e achatadas, e, por fim, pode-se
observar coiloníquia (unhas em formato de colher). (3)
Figura 06: As unhas dos dedos das mãos com depressões semelhantes a uma concha
(coiloníquia) constituem um sinal de deficiência de ferro em adultos. Fonte: Krause,
14a edição.
7. Objectivos de tratamento
O tratamento da anemia ferropriva deve concentrar-se principalmente na causa
subjacente, embora seja frequentemente difícil determiná-la. A meta consiste em
repor as reservas de ferro.
Repor as reservas de ferro, que pode ser alcançado pela suplementação oral e/ou
pela administração de Ferrodextrana por Via Parenteral; (3)
⑧
8. Terapeutica farmacologica
A absorção diária de 10 a 2 0mg de ferro possibilita um aumento na produção de
eritrócitos de cerca de três vezes a taxa normal, e, na ausência de perda sanguínea, a
concentração de hemoglobina aumenta em uma taxa de 0,2 g/dL por dia. Observa-se
um aumento da reticulocitose (aumento no número de eritrócitos jovens) dentro de
dois a três dias após a administração de ferro; entretanto, os indivíduos afetados
podem relatar melhora subjetiva do humor e do apetite mais cedo. A concentração de
hemoglobina começa a aumentar no quarto dia. A ferroterapia deve ser mantida por
quatro a cinco meses, mesmo após a normalização das concentrações de hemoglobina,
a fim de possibilitar a reposição das reservas corporais de ferro. (3)
8.1. Crianças
4 mg a 6 mg/kg de massa corporal, fracionados em três doses por dia para
crianças.(3)
8.2. Adultos
50mg a 100mg, três vezes ao dia. (3)
9. Terapêutica Nutricional
Além da suplementação com ferro e do ajuste de sua dose, dependendo da tolerância
do paciente, deve-se dispensar uma atenção para a quantidade de ferro absorvível
consumido na dieta. Uma boa fonte de ferro contém uma quantidade substancial do
elemento em relação a seu conteúdo energético e contribui com pelo menos 10% da
ingestão dietética recomendada (RDA) para o ferro. Entre os alimentos que
apresentam maior teor de ferro, destacam-se:(3)
⑨
9.1. Para crianças dos 0 aos 6 meses
Leite materno;
⑩
A taxa de absorção do ferro não-heme varia de 3% a 8%, dependendo da presença de
fatores intensificadores alimentares, sobretudo vitamina C, carne, peixe e aves. A
vitamina C não apenas é um poderoso agente redutor como também se liga ao ferro
para formar um complexo prontamente absorvido. O mecanismo pelo qual o fator
CPA potencializa a absorção do ferro não heme em outros alimentos não é conhecido.
(3)
9.4.1. Inibidores
A absorção de ferro pode ser inibida em graus variáveis por fatores que quelam o
ferro, incluindo carbonatos, oxálatos, fosfatos e fitatos (pão ázimo, cereais não
refinados e soja). Certos fatores nas fibras vegetais podem inibir a absorção do ferro
não heme. Quando ingeridos nas refeições, o chá e o café podem reduzir a absorção
do ferro em 50% por meio da formação de compostos de ferro insolúveis com tanino.
O ferro da gema do ovo é pouco absorvido devido à presença de fosvitina. (3)
⑪
Conclusão
A anemia é uma deficiência no tamanho ou no número de eritrócitos ou na quantidade
de hemoglobina que eles contêm. Essa deficiência limita a troca de oxigénio e de
dióxido de carbono entre o sangue e as células dos tecidos. A deficiência de ferro ou
anemia ferropriva é definida pela OMS como uma condição na qual não há
mobilização dos estoques de ferro, comprometendo o suprimento do mineral para os
tecidos, incluindo a eritropoese (produção de eritrócitos). Quando prolongada e sem
tratamento a anemia ferropriva apresenta diferentes manifestações clínicas como
facilmente identificáveis como, sinais agudos: palidez na palma das mãos e mucosas
labiais róseas, unhas quebradicas e ou em formato de conchas.(3) sinais crónicos: baixo
rendimento escolar para as crianças.(3)
⑫
Referências Bibliográficas
1. Silva, Sandra M. [et al]. Tratado de Alimentacao, Nutrição& Dietoterapia.
2ª edição. São Paulo (SP). Editora Roca, 2011.
⑬
Anêxos
⑭
Anêxo B: Fontes Alimentares Específicas de Ferro.
⑮
† Rico em colesterol.
* QD = Quota diária: A QD parao ferro é de 18 mg. Os alimentos que fornecem 20%
ou mais da QD são considerados excelente fonte de um nutriente.