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INSTITUTO SUPERIOR DE TECNOLOGIA E CIENCIA ISPTEC

DEPARTAMENTO DE CIENCIA E TECNOLOGIA – DET

GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE VAPOR


Ano letivo 2021/1º semestre

Lab Nº 1- CURVA DE PRESSÃO DO VAPOR SATURADO.

DATA 23/11/2021
TURMA EMC9-M1
ESTUDANTE ISAAC DANIEL GUEDES FIALHO
PROFESSOR FRAYMA AMARO

Luanda, 22 de Novembro de 2021


Índice
1. INTRODUÇÃO 4
1.1 OBJETIVOS…………………………………………………………………4
1.1.1 Objetivo geral……………………………………………………………4
1.1.2 Objetivo específico……………………………………………………...4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 5
2.1 PRESSÃO DE VAPOR…………………………………………………....5
3. PARTE EXPERIMENTA 6
3.1 MATERIAIS…………………………………………………………………6
3.2 ESQUEMA DE EQUIPAMENTO………………………………………...6
3.3 PROCEDIMENTOS……………………………………………………….8
3.4 EXPERIMENTO……………………………………………………………8
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 9
4.1 – DADOS RELATIVOS AO EXPERIMENTO 1 E 2…………………...9
5. CONCLUSÃO 16
6. BIBLIOGRAFIA 17

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RESUMO
Neste relatório abordaremos sobre os parâmetros temperatura e pressão que
influenciam a mudança de estado físico do referido elemento. No caso do
fornecimento de energia térmica à água, a sua temperatura aumenta até atingir
um certo valor para além do qual a água não pode permanecer mais em estado
líquido. Nomeia-se Ponto de saturação. Se continuarmos a fornecer energia,
uma parte da água entra em ebulição e transforma-se em vapor. Uma
quantidade relativamente significativa de energia é necessária a esta
evaporação. Durante a passagem do estado líquido ao estado gasoso, a água
e o vapor estão à mesma temperatura. Contrariamente, quando a energia
armazenada pelo vapor é liberada, produz-se um fenómeno de condensação,
ou seja, formação de água à mesma temperatura que o vapor.

Palavras Chaves: Temperatura, Curva de saturação, Pressão absoluta.

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1. Introdução
Pressão de vapor é a pressão exercida por um vapor quando este está
em equilíbrio termodinâmico com o líquido que lhe deu origem. Ou seja,
a quantidade de líquido (Solução) que evapora é a mesma que se
condensa.
A pressão de vapor é a medida de tendência de evaporação de um
líquido.
Quanto maior for a sua pressão de vapor, mais volátil será o líquido, e
menor será a sua temperatura de ebulição relativamente a outros
líquidos com menor pressão de vapor à mesma temperatura de
referência.

A pressão de vapor é uma propriedade física que depende do valor da


Temperatura, a tendência é de o líquido se evaporizar até atingir
equilíbrio termodinâmico com o vapor; em termos cinéticos, esse
equilíbrio se manifesta quando a taxa de líquido vaporizado é igual a
taxa de vapor condensado. Uma substância líquida entra em ebulição
quando a pressão do sistema ao qual faz parte atinge a pressão de
vapor dessa substância. Esse ponto recebe o nome de ponto de
ebulição ou temperatura de ebulição. O ponto de ebulição normal é a
temperatura de ebulição da substância à pressão de uma atmosfera.

1.1 OBJETIVOS
1.2 Objetivo geral

• Demonstrar a correlação entre a pressão de vapor e a temperatura de


aquecimento em uma caldeira de vapor de modelo fechado.

1.1.2- Objetivo específico

• Calcular a pressão relativa em bar.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 PRESSÃO DE VAPOR
A água ferve em um vaso aberto a uma temperatura de 100 ° C, e,
portanto, a esta temperatura a água não se transforma em vapor num
recipiente fechado, tal como numa caldeira de vapor, até atingir uma
temperatura mais elevada.

O calor, faz com que inicialmente as moléculas de água se evaporem.


Portanto, a pressão na câmara de vapor e na camada de água aumentam.
À medida que a pressão do vapor aumenta a temperatura do ponto de
ebulição aumenta também, pois as moléculas de água encontram maior
resistência à medida que tentam passar do estado líquido para o estado
gasoso. Consequentemente, cada pressão de vapor tem uma
temperatura de ebulição precisamente definida que o acompanha.

Figura.1. Curva do ponto de ebulição da água

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3. PARTE EXPERIMENTAL
3.1. MATERIAIS
✓ Bequer de 5000mL, 150mL, 100mL;
✓ Funil para se encher a caldeira;
✓ Água colocada em um bequer de 5000mL para se encher a
caldeira;
✓ Chave (SW 13,0*230- chron vanadium) para abrir/fechar a caldeira.

3.2 ESQUEMA DE EQUIPAMENTO

CUIDADOS A TER DURANTE A REALIZAÇÃO DO EXPERIMENTO

1. Preparou-se a unidade de bancada conforme descrito abaixo:


1.1. Encheu-se a Caldeira;
A caldeira deve ser cheia, uma vez antes da unidade ser executada pela
primeira vez. O nível deve subsequentemente ser rotineiramente
verificado em intervalos regulares depois que uns certos números de
experiências foram realizadas.
1.1.1. Colocou-se a unidade de bancada sobre uma superfície plana
1.1.2. Colocou-se a parte fechada da tubulação para o “overflow point” e
abriu-se a válvula (3);
1.1.3. Colocou-se a parte fechada da tubulação para a drenagem (1) e
fechou-se a válvula;
1.1.4. Retirou-se o tampão do orifício de enchimento (6) e despejou-se a
água na caldeira até que transbordar.

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ATENÇÃO!
Apenas remova o selo de bloqueio (seal plug) quando a caldeira estiver
completamente despressurizada!
1.1.5. Fechou-se a válvula de descarga novamente
1.1.6. Fechou-se a orifício de enchimento com um bujão (tampão)
1.1.7. Certificou-se que o selo está em perfeito estado de funcionamento! O
selo do bujão deve ser inspecionado a cada cinco vezes quando o
plugue for removido, substituiu-se dependendo do seu estado.
1.2. Conexões da Unidade
1.2.1. É essencial que o tubo de drenagem da válvula de alívio de pressão
(5) seja ligado a uma mangueira de tecido adicional para descarregar
o vapor quente para o exterior. A mangueira deve ser colocada sem
torções ou curvas, e deve ser bem fixada de modos a evitar que se
desloca.
ATENÇÃO!
A válvula de segurança pode de repente ativar e produzir o seu ruido
característico! Portanto, grandes quantidades de vapor quente serão
emitidas!
1.2.2. Ligou-se a unidade à rede elétrica
1.2.3. Ligou-se o interruptor principal (9).
1.2.4. Pressionou-se o interruptor do aquecedor (10) para iniciar o
experimento. O controlo do aquecedor é limitado a uma temperatura
de 200 ° C, a fim de evitar o excesso de acumulação de pressão!
1.3. Eliminou-se o ar da Caldeira;
1.3.1. Aqueceu-se a caldeira a uma temperatura de 100°C por
aproximadamente 1 minuto, permitindo deste modo que o vapor passe
através da válvula aberta (3).
1.4. Desligou-se o Caldeira;
1.4.1. Após o experimento desligou-se o aparelho no interruptor principal
1.4.2. Desligou-se a unidade da rede elétrica
1.4.3. Deixou-se arrefecer a caldeira

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3.3. PROCEDIMENTOS
3.3.1. EXPERIMENTO

1. Encheu-se a caldeira com água até transbordar abrindo a válvula


de drenagem (1), de seguida fechou-se o orifício de enchimento (6)
e a válvula de descarga.
2. Aqueceu-se a caldeira a uma temperatura de 100°C por
aproximadamente 1 minuto, permitindo deste modo que o vapor
passe através da válvula aberta (3).
3. Desligou-se o aquecedor e abrir a válvula de descarga. De seguida
aguardou-se até que a caldeira despressurizasse completamente.
4. Depois da caldeira atingir uma pressão de 0 bar, voltou-se a ligar o
dispositivo de aquecimento e começou-se a fazer a leitura dos
valores da temperatura para os diferentes valores de pressão,
como requerido na tabela 1.
5. Após a leitura dos valores requeridos, desligou-se o interruptor do
aquecedor (10) e o interruptor geral (9). Esperou-se que a caldeira
despressurizasse.
6. Registou-se 2 experimentos.
7. Desligou.se o equipamento.
8. Despressurizou-se a caldeira.
9. Arrumou-se todo material na bancada.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 DADOS RELATIVOS AO EXPERIMENTO 1 E 2
A tabela a seguir mostra os dados experimentais relativos a
pressão e temperatura da caldeira.
Tabela 1 – Dados da temperatura obtidos experimentalmente (primeira
experiência)

PRESSÃO RELATIVA PRESSÃO ABSOLUTA TEMPERATURA DO VAPOR


[bar] [bar] [ºC]
0 0.5 109,8
0.5 1 117.2
1 1.5 124.5
1.5 2 130.4
2 2.5 135.7
2.5 3 140.5
3.5 4 148.6
4.5 5 155.2
5.5 6 161.4
6.5 7 166.9
7.5 8 171.3
8.5 9 176.1
9.5 10 180.2
10.5 11 184.1
11.5 12 187.7
12.5 13 191.2
13.5 14 194.2
14.5 15 197.3

9
Tabela 2 – Dados da temperatura obtidos experimentalmente (segunda
experiência)

PRESSÃO RELATIVA PRESSÃO ABSOLUTA TEMPERATURA DO VAPOR


[bar] [bar] [ºC]
0 0.5 108.7
0.5 1 116.6
1 1.5 124.0
1.5 2 130.1
2 2.5 135.4
2.5 3 140.1
3.5 4 148.1
4.5 5 155.0
5.5 6 161.0
6.5 7 166.5
7.5 8 171.5
8.5 9 175.9
9.5 10 179.8
10.5 11 184.0
11.5 12 187.8
12.5 13 190.9
13.5 14 194.0
14.5 15 197.2

10
A tabela abaixo mostra os dados obtidos a partir da literatura
Tabela 2 – Dados da temperatura retirados da literatura

PRESSÃO RELATIVA PRESSÃO ABSOLUTA TEMPERATURA DO VAPOR


[bar] [bar] [ºC]
0 0.5 81.32
0.5 1 99.61
1 1.5 111.35
1.5 2 120.21
2 2.5 127.41
2.5 3 133.52
3.5 4 143.61
4.5 5 151.83
5.5 6 158.83
6.5 7 164.95
7.5 8 170.41
8.5 9 175.35
9.5 10 179.88
10.5 11 184.06
11.5 12 187.96
12.5 13 191.60
13.5 14 195.04
14.5 15 198.29

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CURVA DO PONTO DE EBULIÇÃO DA ÁGUA
TEST 1

230
220
210
200
TEMPERATURA DO VAPOR [ºC]

190
180
170
160
150
140
130
120
110
100
90
80
70
0.5 1 1.5 2 2.5 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
PRESSÃO ABSOLUTA [BAR]

Gráfico 1 – Curva do ponto de ebulição da água para experimento nº 1.

CURVA DO PONTO DE EBULIÇÃO DA ÁGUA


TEST 2

230
220
210
200
TEMPERATURA DO VAPOR [ºC]

190
180
170
160
150
140
130
120
110
100
90
80
70
0.5 1 1.5 2 2.5 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
PRESSÃO ABSOLUTA [BAR]

Gráfico 2 – Curva do ponto de ebulição da água para experimento nº 2.

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CURVA DO PONTO DE EBULIÇÃO DA ÁGUA
LITERATURA

230
220
210
200
TEMPERATURA DO VAPOR [ºC]

190
180
170
160
150
140
130
120
110
100
90
80
70
0.5 1 1.5 2 2.5 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
PRESSÃO ABSOLUTA [BAR]

Gráfico 3 – Curva do ponto de ebulição da água para os dados da


literatura.

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CURVA DO PONTO DE EBULIÇÃO DA ÁGUA
LITERATURA TEST 1 TEST 2

230
220
210
200
TEMPERATURA DO VAPOR [ºC]

190
180
170
160
150
140
130
120
110
100
90
80
70
0.5 1 1.5 2 2.5 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
PRESSÃO ABSOLUTA [BAR]

Gráfico 4 – Curva do ponto de ebulição da água para experimento nº 1 e 2,


e para os dados da literatura

Com base nos resultados obtidos, pode-se afirmar que os mesmos apresentam
um comportamento aceitável com relação ao da literatura, ou seja, a medida
que a pressão aumenta, a temperatura também aumenta na razão direta,
proporcionando ao sistema uma maior energia de rotação, translação e
vibração das moléculas.
Esta variação da temperatura com a pressão de vapor, proporciona as
moléculas da água maior resistência, a medida que tentam passar do estado
líquido para o vapor. Outro fator extremamente importante observado, é que
cada pressão de vapor tem uma temperatura de ebulição definida.

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Segundo Alfredo e outros (ALFREDO, LEONARDO, et. al; 2017, p. 8)
destacam que os valores da temperatura aumentam a medida que a pressão
relativa do sistema aumenta, isto porque a energia elétrica é transformada em
energia térmica fazendo com que a caldeira esteja aquecida.

Quando se aumenta a temperatura de um dado sistema aumenta-se também o


grau de agitação entre as moléculas, fazendo com que o choque entre elas
sejam maiores aumentando assim a sua velocidade e chega um certo ponto
em que a energia é tão alta que faz com que as ligações sejam rompidas
(ponto de ebulição).

Na verdade, na nossa prática também se observou esse fenómeno e a nossa


curva de vapor saturado deu como era esperado.

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5. CONCLUSÃO
De acordo a prática realizada concluímos que, a pressão do vapor
depende da temperatura, aumentando com ela, pois a energia cinética
de translação é diretamente proporcional à temperatura absoluta, pelo
que um aumento desta leva a um aumento da velocidade de
vaporização e consequentemente a um aumento da pressão de vapor.

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6. BIBLIOGRAFIA
ALFREDO, V. et al. Curva de Pressão. Instituto Superior Politécnico de
Tecnologias e Ciências. Luanda. 2017.
TERRON, L. R. Operações Unitárias para Químicos Farmacêuticos e
Engenheiros: Fundamentos e Operações Unitárias do Escoamento de
Fluidos. Rio de Janeiro: [s.n], 2012.
https: // Pt.m.wikipedia.org/wiki/Pressão_de_vapor

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