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Continuada a Distância
Curso de Tecnologia de
Leite e Derivados
MÓDULO V
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos nas Referências Bibliográficas.
MÓDULO V
13 MICRORGANISMOS DO LEITE
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13.1 PRINCIPAIS GRUPOS DE MICRORGANISMOS
13.1.1 Bactérias
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entretanto sua enterotoxina é termoestável ou termorresistente, ou seja, resiste à
ação do calor. Isto significa dizer que, se houver produção desta enterotoxina no
leite cru, durante o processo de pasteurização ela não será destruída.
As bactérias esporuladas possuem uma característica importante: resistem a
tratamentos térmicos elevados. Neste grupo estão os Bacillus, bastante importantes
em leites concentrados, fervidos ou esterilizados, queijos fundidos, queijos de massa
cozida, entre outros, que sofreram algum tipo de aquecimento. Neste grupo de
bactérias esporuladas as que merecem maior atenção são os Bacillus e o
Clostridium. O gênero Bacillus é formado por bactérias esporuladas aeróbias estritas
ou anaeróbias facultativas, com capacidade de promover a acidificação, coagulação
e proteólise no leite. Por outro lado, o gênero Clostridium é formado de bactérias
esporuladas anaeróbias estritas, que estão relacionadas com a produção de gás em
queijarias (estufamento tardio) ou produção de algumas toxinas pelo Clostridium
perfringens.
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As Pseudomonas podem produzir enzimas proteolíticas e lipolíticas que são
termorresistentes. As Brucellas são patogênicas para o homem e animais e, o
Campylobacter pode provocar aborto e infertilidade no gado, enquanto no homem
causa transtornos gastrintestinais.
13.1.2 Fungos
Não possui grande relevância no leite fluido, mas sim nos derivados do leite.
Os gêneros Penicillium roqueforti, Penicillium casei, Penicillium camembert,
Penicillium caseicolum e o Geotrichum candidum são utilizados para a produção de
queijos.
13.1.2.1 Leveduras
13.1.3 Vírus
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13.2 ALTERAÇÕES DO LEITE OCASIONADAS POR MICRORGANISMOS
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Entretanto, a lactose não desaparece, ela se transforma em ácido láctico. O
ácido láctico age sobre a caseína desdobrando-a e ocasionando a coagulação do
leite.
Com base nestas informações, é bastante compreensível a razão pela qual
o leite ácido é recusado na plataforma de recepção da usina. Ocorre que ao ser
analisado, o leite acusa transformação da lactose em ácido láctico, que pode ter sido
determinado por contaminações, demora no transporte ou grande exposição ao sol,
com elevação da temperatura e consequente proliferação microbiana.
Além da lactose, os microrganismos agem sobre a caseína, ocasionando a
fermentação proteolítica. Daí a razão pela qual nos deparamos com algumas
coalhadas com grande quantidade de soro e com o quase completo
desaparecimento da caseína (massa sólida).
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13.2.4 Leites Filamentosos ou com Viscosidade Aumentada
Algumas bactérias podem fazer com que o leite se torne viscoso, como
consequência do acúmulo de material mucilaginoso capsular produzido pelo
metabolismo de algumas bactérias como Alcaligenes viscolatis, Aerobacter
aerogenes e alguns micrococcos.
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13.2.7 Produção de Odores Variados
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14 CONTROLE DE QUALIDADE DO LEITE
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14.1.1 Prova de Redução de Corantes
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TABELA 18 - PARÂMETROS DE CLASSIFICAÇÃO DO LEITE PELA PROVA TRAM
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A interpretação dos resultados é feita utilizando-se uma escala de números,
pois como a alteração da cor é progressiva, utiliza-se uma escala graduada de
coloração, a semelhança do comparador de Lovibon, que apresenta discos
numerados de zero a seis, em que o leite é classificado de acordo com o
apresentado na tabela 19.
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14.2 CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DO LEITE
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14.2.2 Substâncias Conservadoras ou Inibidoras
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Embora proibidas pela legislação, as substâncias neutralizantes mais
utilizadas no leite são: carbonato de sódio, bicarbonato de sódio, soda e cal virgem.
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TABELA 20 - CRITÉRIOS DE INSPEÇÃO E DESTINO DO LEITE
Produto Destino
Aproveitamento
Leite in natura Condenação
condicional
Leite em pó industrial.
Doce de leite.
Requeijão.
a) Impurezas Desnate (creme para
manteiga comum e o leite
para qualquer dos produtos
acima).
b) Corpos estranhos ou
causas de repugnância
(insetos, roedores,
outros animais, fezes,
Sabão
urina, objetos, produtos
Caseína industrial
químicos e outros que
venham a alterar os
caracteres
organolépticos)
Leite em pó industrial.
Desnate (creme para
c) Acidez fora do manteiga comum, e o leite
padrão (acima de 20ºD) desnatado, para leite em pó
industrial, caseína
industrial).
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Sabão
d) Aguagem Caseína industrial
Alimentação animal
Leite em pó industrial.
Desnate (creme para
e) Leite manteiga comum, e o leite
fisiologicamente anormal desnatado, para leite em pó
industrial, caseína
industrial).
Sabão
f) Leite colostral Caseína industrial
Alimentação animal
Sabão
g) Leite coagulado
Alimentação animal
h) Conservador e/ou Sabão
inibidor Caseína industrial
i) Neutralizante de Sabão
acidez Caseína industrial
Sabão
j) Reconstituinte de
Caseína industrial
densidade
Alimentação animal
k) Leite viscoso com Sabão
sangue ou pus Caseína industrial
Leite em pó industrial.
Desnate (creme para
manteiga comum, e o leite
l) Leite fervido/cozido desnatado, para leite em pó
industrial, caseína
industrial).
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Leite em pó industrial.
Desnate (creme para
m) Leite parcialmente
manteiga comum, e o leite
desnatado (na
desnatado, para leite em pó
propriedade)
industrial, caseína
industrial).
Leite pré-beneficiado
Leite em pó industrial.
Desnate (creme para
a) Acidez fora do manteiga comum, e o leite
padrão (acima de 20ºD) desnatado, para leite em pó
industrial, caseína
industrial).
Leite em pó industrial.
Caseína industrial ou
b) Aguagem (quando desnate (creme para
não ficar comprovado manteiga comum, e o leite
dolo ou má fé) desnatado, para leite em pó
industrial, caseína
industrial).
Sabão
c) Leite coagulado
Alimentação animal
d) Conservador e/ou Sabão
inibidor Alimentação animal
Sabão
e) Neutralizante de
Caseína industrial
acidez
Alimentação animal
Sabão
f) Reconstituinte de
Caseína industrial
densidade
Alimentação animal
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g) Pasteurizado Qualquer produto lácteo
(remetido com leite pré- com exceção do leite de
pasteurizado) consumo humano direto.
Leite beneficiado
Leite em pó industrial.
Desnate (creme para
a) Acidez fora do manteiga comum, e o leite
padrão (acima de 20ºD) desnatado, para leite em pó
industrial, caseína
industrial).
Leite em pó industrial.
Desnate (creme para
b) Aguagem (quando
manteiga comum, e o leite
não ficar comprovado
desnatado, para leite em pó
dolo ou má fé)
industrial, caseína
industrial).
Sabão
c) Leite coagulado
Alimentação animal
d) Conservador e/ou Sabão
inibidor Caseína industrial
e) Neutralizante de Sabão
acidez Caseína industrial
Sabão
f) Reconstituinte de Caseína industrial
densidade Alimentação animal
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Leite em pó industrial.
Desnate (creme para
manteiga comum, e o leite
g) Leite retorno
desnatado, para leite em pó
industrial, caseína
industrial).
h) Embalagens Qualquer produto lácteo
danificadas durante o com exceção do leite de
envase consumo humano direto.
i) Problemas de
rotulagem (Leite Qualquer produto lácteo
reconstituído embalado com exceção do leite de
como tipo “C”, “B” ou consumo humano direto.
“A”.
FONTE: Portaria 5/1983 (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento).
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TABELA 21 - CRITÉRIOS DE INSPEÇÃO E DESTINO DE PRODUTOS LÁCTEOS
Produto Destino
Aproveitamento
Creme de indústria Condenação
condicional
Manteiga comum, após a
operação de filtração
a) Impurezas mecânica (centrífuga,
tolerando-se a filtração sob
pressão).
b) Corpos estranhos ou
causas de repugnância
(insetos, roedores,
outros animais, fezes,
urina, objetos, produtos Sabão
químicos e outros que
venham a alterar os
caracteres
organolépticos)
Fabricação de manteiga
c) Acidez acima do
(desclassificação para o tipo
padrão
inferior).
d) Conservador ou
Sabão
inibidor
SABÃO (somente
quando a fraude for
e) Neutralizante da
oriunda do produtor do
acidez
creme, tendo em vista
ser permitido o uso de
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neutralizante de acidez
pela indústria
manteigueira quando da
utilização de creme na
elaboração da manteiga
comum).
f) Putrefação Sabão
g) Ranço Sabão
Creme pasteurizado
a) Corpos estranhos ou
causas de repugnância
(insetos, roedores,
outros animais, fezes,
urina, objetos, produtos Sabão
químicos e outros que
venham a alterar os
caracteres
organolépticos)
Sabão (quando a
Manteiga comum
embalagem estiver
(quando a embalagem
íntegra e/ou na análise
estiver íntegra e após
b) Creme de retorno o produto apresentar-se
análises o creme for julgado
sem condições de
em boas condições).
aproveitamento
condicional)
c) Putrefação Sabão
d) Rança Sabão
e) Microrganismos
Sabão
patogênicos
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Creme esterilizado
Sabão (quando a
Manteiga comum embalagem não estiver
(quando a embalagem íntegra e/ou na análise
a) Impurezas estiver íntegra e após as o produto apresentar-se
análises o creme for julgado sem condições de
em boas condições). aproveitamento.
b) Corpos estranhos ou
causas de repugnância
(insetos, roedores, outros
animais, fezes, urina,
objetos, produtos Sabão
químicos e outros que
venham a alterar os
caracteres
organolépticos)
Sabão (quando a
Manteiga comum
embalagem não estiver
(quando a embalagem
íntegra e/ou na análise
estiver íntegra e após as
c) Creme de retorno o produto apresentar-se
análises o creme for julgado
sem condições de
em boas condições).
aproveitamento
condicional).
d) Putrefação Sabão
e) Ranço Sabão
f) Microrganismos
Sabão
patogênicos
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Manteiga
a) Impurezas (quando
Sabão
incorporados)
b) Corpos estranhos ou
causas de repugnância
(insetos, roedores, outros
animais, fezes, urina,
objetos, produtos Sabão
químicos e outros que
venham a alterar os
caracteres
organolépticos)
Desclassificação para o
c) Acidez fora do prazo tipo inferior.
Liberação após
malaxagem e correção
d) Umidade acima do (quando constatado na
padrão indústria).
Fusão (quando
constatado no comércio).
e) Ranço Sabão
Liberação após ser
removido (desde que não
Sabão (quando
esteja disseminado e tenha
f) Mofo fracionada ou no
sido constatado na indústria
comércio).
e não esteja fracionada).
g) Caracteres Sabão
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organolépticos estranhos
h) Conservadores ou
Sabão
inibidores
i) Misturada à gorduras
Sabão
estranhas
Liberação após a
correção
(quando constatado na
j) Sal acima do padrão
indústria).
Fusão (quando
constatado no comércio).
Aplicação dos critérios
estabelecidos pela presente
k) Manteiga de retorno
na Portaria após re-
inspeção.
FONTE: Portaria 5/1983 (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento)
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TABELA 22 - CRITÉRIOS DE INSPEÇÃO DE QUEIJOS
Produto Destino
Aproveitamento
Queijos Condenação
condicional
a) Impurezas
Liberação após
a. Superficiais
limpeza
b. Incorporados na massa Queijo fundido
c. Disseminados na massa Alimentação animal
b) Corpos estranhos ou
Alimentação animal
causas de repugnância
c) Mofo (fungos)
Liberação após
a. Superficiais
limpeza
b. Interno Queijo fundido
Fatiagem, ralação ou
d) Defeito de crosta
fusão
e) Fendido (rachado) Ralação, fusão
f) Defeito de forma Ralação, fusão
g) Estufamento Alimentação animal
h) Caracteres
Alimentação animal
organolépticos anormais
i) Aditivos e/ou
Alimentação animal
ingredientes não permitidos
j) Parasitos Alimentação animal
k) Microrganismos
Sabão
patogênicos
l) Substâncias estranhas Alimentação animal
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m) Composição química
Fusão
fora do padrão
n) Maturação inadequada Fusão
o) Validade vencida Fusão
Liberação após
p) Dentro do padrão
reinspeção
q) Fora do padrão Fusão
FONTE: Portaria 5/1983 (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEHMER, M.L.A. Tecnologia do leite. 15. ed. São Paulo: Nobel, 1984.
136
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FAO Equipo Regional de Fomento y Capacitación em Lecheria para America Latina
y El Caribe. Manual de composición y propriedades de La leche. Santiago, Chile,
1981.
HARRIS JR, B.; BACHAMAN, K.C. Nutritional and management factors affecting
solidnon-fat, acidity and freezing point of milk. Gainesville, Institute of Food and
Agricultural Sciences, 1988. (Florida Cooperative Extension Service, DS25).
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas analíticas: métodos químicos e físicos para
análise de alimentos. 3. ed. São Paulo, 1985. v. 1.
SOMMER, H.H., WINDER, W.C. The physical chemistry of dairy and food
products. Madison: Univerty of Wisconsin, 1970.
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TAMPLIN, T.C. Milk pasteurization. Journal Society Dairy Thecnology, v. 43, n.2,
1990.
TRONCO, V.M. Manual para inspeção da qualidade do leite. Santa Maria: Editora
da UFSM, 1997. 166 p.
138
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