Você está na página 1de 25

Momento Angular

Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Fenômenos Mecânicos

Prof. Paulo Dias


Bacharelado Interdisciplinar em Ciência & Tecnologia (BICT)
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Janeiro de 2022

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Sumário

1 Momento Angular

2 Forças Centrais

3 Disco Puxado por um Fio

4 Referências Bibliográcas

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Momento Angular

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Momento Angular

Vamos tratar do momento angular;

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Momento Angular

Vamos tratar do momento angular;

Vamos tratar também da conservação do momento angular.

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Momento Angular
Além da força F~ , outro conceito fundamental da dinâmica de uma
partícula é o do momento linear ~p , relacionado com F
~ pela segunda
lei de Newton
d~
p
~
F = . (1)
dt

Na dinâmica de rotação de uma partícula P em torno de um ponto


O , vimos que o análogo de F~ deve ser o torque ~τ = ~r × F
~ , onde
~r = OP. Como o momento linear ~p da partícula está relacionado
com F ~ pela eq. (1), obtemos, multiplicando vetorialmente por ~r
ambos os membros,

~ = ~r × d ~p .
~τ = ~r × F (2)
dt

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Momento Angular
Temos, porém
d d~
r d~
p
(~r × ~p ) = × ~p + ~r × ~
= ~v × ~p + ~r × F (3)
dt dt dt

ou seja, como ~v × ~p = ~v × (m~v ) = ~0, temos


d
~τ = (~r × ~p ) (4)
dt

Logo, a eq. (2) ca

d~
`
~τ = , (5)
dt

onde ~` = ~r × ~p é o momento angular da partícula em relação a O .

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Momento Angular

Fig. 1 : Vetor Momento Angular.

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Momento Angular
Vemos que o momento angular está para o momento linear assim
como o torque está para a força. A eq. (5) desempenha na
dinâmica das rotações um papel análogo ao da segunda lei de
Newton, ou seja, pode ser considerada como a lei fundamental da
dinâmica de rotações para uma partícula:
a taxa de variação com o tempo do momento angular de uma
partícula em relação a um ponto O é igual ao torque em relação ao
ponto O que atua sobre essa partícula.

Tanto ~` como ~τ variam, em geral, se mudarmos o ponto O, de


modo que é preciso especicar esse ponto.

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Momento Angular
A direção de ~` é perpendicular ao plano denido pelas direções de ~r
e de ~p (ou seja, da velocidade instantânea ~v ), e o sentido é tal que,
visto da extremidade de ~`, o movimento é no sentido anti-horário.
A magnitude de ~` pode ser escrita como

` = rp⊥ = r⊥ p , (6)

onde p⊥ é a componente de ~p ⊥ à direção ~r e r⊥ é a componente


de ~r ⊥ à direção de ~p [conforme Fig. (2)].
Pela eq. (5), temos a lei de conservação do momento angular de
uma partícula: ~τ = ~0 ⇒ ~` = constante, ou seja, se o torque
sobre uma partícula em relação a um ponto se anula, o momento
angular em relação a esse ponto se conserva.

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Momento Angular

Fig. 2 : Componentes Perpendiculares.

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Sumário

1 Momento Angular

2 Forças Centrais

3 Disco Puxado por um Fio

4 Referências Bibliográcas

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Momento Angular de uma Partícula Sujeita a Forças Centrais


Sabemos que para uma partícula sujeita a forças centrais o torque
em relação ao centro de forças O é identicamente nulo. Logo, o
momento angular de uma partícula sujeita a forças centrais (em
relação ao centro de forças) se conserva.

A primeira implicação não trivial deste resultado é que o


movimento é plano, ou seja, a órbita de uma partícula sob a ação
de forças centrais permanece sempre no mesmo plano.
Com efeito, se ~r0 e ~v0 correspondem à posição e velocidade iniciais
da partícula, ~`0 = m~r0 × ~v0 é o momento angular inicial
perpendicular ao plano denido por ~r0 e ~v0 . Como ~` = ~`0 se
conserva, ~r e ~v têm de permanecer sempre nesse plano, que é o
plano da órbita.

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Momento Angular de uma Partícula Sujeita a Forças Centrais

Fig. 3 : Plano de Órbita.

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Momento Angular de uma Partícula Sujeita a Forças Centrais


Consideremos agora uma porção innitesimal da trajetória
correspondente a um deslocamento d~r a partir do ponto P . Nesse
deslocamento, o raio vetor ~r que liga P ao centro de forças varre o
triângulo sombreado [Fig. (4)], cuja área dA é dada por
1
dA = |~r × d~r |. (7)
2
A taxa de variação com o tempo da área varrida pelo raio vetor,
que se chama de velocidade areolar, é dada então por

dA 1 d~
r 1 1 |~`|
= ~r × = |~r × ~v | = |~r × ~p | = , (8)
dt 2 dt 2 2m 2m
ou seja, a velocidade areolar é diretamente proporcional à |~`|.

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Momento Angular de uma Partícula Sujeita a Forças Centrais

Fig. 4 : Área Varrida.

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Momento Angular de uma Partícula Sujeita a Forças Centrais


No movimento sob a ação de forças centrais, ~` se conserva, de
modo que a velocidade areolar é constante: o raio vetor que liga a
partícula ao centro de forças descreve áreas iguais em tempos
iguais. Como a força gravitacional é uma força central, vemos que
a segunda lei de Kepler nada mais é do que a lei de conservação
do momento angular neste caso especíco.

Em particular, para a órbita elíptica de um planeta em redor do Sol,


a velocidade ~v é perpendicular ao raio vetor ~r quando o planeta
está no periélio P ou no afélio A, de modo que o momento angular
vP rA
` = |~`| = mrP vP = mrA vA ⇒ = . (9)
vA rB

A velocidade, em módulo, é máxima do periélio e mínima no afélio.

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Momento Angular de uma Partícula Sujeita a Forças Centrais

Fig. 5 : Plano de Órbita.

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Sumário

1 Momento Angular

2 Forças Centrais

3 Disco Puxado por um Fio

4 Referências Bibliográcas

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Momento Angular de uma Partícula Sujeita a Forças Centrais


Consideremos um pequeno disco de massa m que desliza sem atrito
sobre uma mesa horizontal, girando em torno do centro O da mesa,
ao qual está ligado por um o que passa por um orifício no ponto
O e é puxado verticalmente para baixo com uma força de
magnitude F .
A força transmitida pelo o ao disco é uma força central dirigida
sempre para O , de modo que o momento angular deve se
conservar. A força necessária para manter o disco em rotação com
velocidade v é a força centrípeta, de magnitude F = mv 2 /r , onde r
é o raio do círculo descrito [Veja Fig. (6)].
Se aumentarmos lentamente a força exercida sobre o o, o raio do
círculo diminuirá para r + ∆r (∆r < 0). Seja v + ∆v o novo valor
da velocidade. Pelo teorema do trabalho-energia cinética, a variação
∆K da energia cinética deve ser igual ao trabalho ∆W realizado:

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Disco Puxado por um Fio

Fig. 6 : Disco puxado por um o.

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Disco Puxado por um Fio

1 2 1 2 mv 2
∆K = m(v + ∆v ) − mv ≈ mv ∆v = ∆W = − ∆r (10)
2 2 r

onde (∆v )2 é desprezível, pois estamos considerando vairações


innitesinais. Com isso, temos
∆v
−mv = m ∆v ⇒ mr ∆v + mv ∆r = 0, (11)
r

o que equivale a

∆(mvr ) = ∆` = 0, (12)

de modo que o momento angular (`) se conserva. À medida que o


raio diminui, a velocidade de rotação tem de aumentar.
Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos
Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Disco Puxado por um Fio


É também interessante exprimir o momento angular em termos da
velocidade angular ω da partícula. Como v = ω r , temos

` = |~`| = m|~r ||~v | sin(π/2) = mrv = mr 2 ω = I ω, (13)

onde I é o momento de inércia da partícula em relação a O .


Considerando ω como análogo de v para rotações, a relação ` = I ω
é análoga a p = mv , ou seja, o momento de inércia desempenha
um papel análogo ao da massa inercial. Isto também se verica
pela expressão da energia cinética:
1 2 1 2 2 1 2
K = mv = mω r ⇒ K = Iω . (14)
2 2 2
A conservação do momento angular implica que I ω = constante.

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Sumário

1 Momento Angular

2 Forças Centrais

3 Disco Puxado por um Fio

4 Referências Bibliográcas

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos


Momento Angular
Forças Centrais
Disco Puxado por um Fio
Referências Bibliográcas

Referências Bibliográcas

Curso de Física Básica I: Mecânica, H. Moysés Nussenzveig, 5ª


Edição, Editora Blucher, 2014;

Física I: Mecânica,Young & Freedman (12ª Edição), Pearson


Education do Brasil, 2008.

Prof. Paulo Dias Fenômenos Mecânicos

Você também pode gostar