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Princípios Biomecânicos em Ortodontia

Reações Biomecânicas à movimentação dentária


 Bio  Biológico
 Mecânica  Força
É a parte de movimento biológico, realizado pela composição celular, em
resposta a força produzida pelo aparelho mecânica.
Anatomia do Periodonto
Situação de ação do ligamento periodontal.
 Proteção  representado pela gengiva, que também tem uma
participação no movimento, as fibras dentogengivais são as que
demoram mais para se renovarem, sendo muito responsáveis por alguns
movimentos de recidiva, como movimentos de rotação. Portanto se não
cuidarmos dos dentes pós o tratamento com adequada contenção, o
dente pode voltar a posição que se encontrava, pois as fibras tendem a
querer se organizar novamente.
 Sustentação  é a parte trabalhada pela ortodontia

No ligamento periodontal temos uma série de estruturas, células formadoras e


remodeladoras de osso, odontoblastos e odontoclastos, fibroblastos que vão
cuidar das fibras do ligamento, na área da superfície da raiz temos o
cementoblasto, que é extremamente importante para minimizar ou controlar a
reabsorção radicular durante o movimento.
Se o cemento blasto morre ou é pressionado ou agredido em grande
intensidade ou se a área do ligamento periodontal é agredida em uma
intensidade muito grande, podemos ter uma deficiência na nutrição e ter
células morrendo e como o cementoblasto está disposto um ao lado do outro, a
área que ele necrosa fica um cemento exposto, sem proteção do
cementoblasto e por consequência essa área pose ser reabsorvida pelo
osteoclasto que não reconhece se é cemento ou osso.
Teorias da movimentação dentária
Todas elas dizem respeito ao ligamento periodontal, aos ossos e raiz dentária.
Falando sobre o desequilíbrio fisiológico normal das estruturas que por
consequência, vai tentar restabelecer esse equilíbrio e assim conseguimos tirar
o dente de posição.
 Teoria da Piezoeletricidade
 Teoria da reação inflamatória – teoria mais aceita
 Teoria do fluxo sanguíneo
 Teoria da pressão e tração
EX.: Ao ativarmos uma mola digital, vamos gerar uma pressão que empurra o
dente, o ligamento periodontal na direção que estamos ativando, assim
teremos uma distenção das fibras do ligamento, gerando o desequilíbrio,
alteração de cargas elétricas, uma reação inflamatória por cargas controladas,
alteração no fluxo sanguíneo e vai para teoria da pressão e tração.
Teoria da Pressão e Tração

Ao pressionarmos o dente em uma direção, o dente tende a inclinar naquela


direção, portanto a área em azul é a qual as fibras do ligamento tendem a se
distender, a área próxima a crista alveolar sofre uma pressão e como é um
movimento de inclinação, a coroa caminha para um lado e a raiz para outro.
Tracionamento das fibras na cervical e na apical, sendo que as áreas de tração
e compressão serão equivalentes a essas.
Teoria da pressão e tração
 Tecido ósseo reabsorvido – lado de pressão; diminuímos o fluxo
sanguíneo, mudamos o pH, atraímos osteoclastos.
 Tecido ósseo adicionado – lado de tensão; distensão dos vasos
sanguíneos, aumento da quantidade de sangue, pH favorável a vir
osteoblasto  neoformação de tecido ósseo.
Relaciona o movimento dentário com mudanças celulares produzidas por
alterações no fluxo sanguíneo através do ligamento periodontal.
Agem direta ou indiretamente estimulando mediadores químicos.
Teoria aceita até hoje. É usada para explicar a movimentação do dente para o
paciente e o grau de mobilidade. Uma vez que a reabsorção de osso acontece
mais rápido que a aposição, sendo aumentada a largura do ligamento
periodontal, aumentando o grau de mobilidade do dente por aumentar a
gonfose e o dente apresenta grande mobilidade.
Determinados movimentos, como o cervico-intrusivo é um mal sinal, pois pode
indicar que o dente está para cair, algo está errado.
Movimentação dentária
 Fisiológica – movimentos normais dos dentes
o Irruptivos
o Decorrentes de forças mastigatórias
o Migrações – por perda de dentes
o Compensações – irruptivas por desgaste, em pessoas mais velha
é normal encontrarmos dentina nas incisais, porém não é normal
em pessoas jovens, podendo indicar desgastes patológicos.
 Ortodôntica
Movimentação ortodôntica
A ortodontia fundamenta-se essencialmente no fato que é possível movimentar
um dente quando este é submetido a uma força (BIOMECÂNICA).

A ortodontia estimula as fibras do ligamento periodontal, esse estimulo tem dois


fatores principais: intensidade da força que é aplicada e como o sistema de
força estressa a área de ligamento periodontal. Sendo que o sistema de força
está relacionado com o tipo de aparelho que vamos utilizar e como vamos
ativar esse aparelho.
1. Temos que planejar de onde o aparelho vai sair e a onde vai chegar.
2. Planejamos que tipo de aparelho vamos utilizar.
3. Qual o mecanismo de ativações periódicas e reativações do sistema,
para que ele faça o movimento desejado.
Assim vamos estar comprimindo e estendendo fibras para que consigamos os
movimentos desejados.

A imagem acima ilustra o ato operatório de seccionar as fibras subgengivais de


forma inclinada (fibrotomia), para que a gengiva fique solta e assim não
teremos a tensão recidivante, ao passo que, a reorganização total dessas
fibras ocorre de 6 a 8 meses depois que paramos o movimento.
O único problema da técnica é a falta de adesão pelo paciente, portanto, não é
muito usada no Brasil.
Toda estrutura periodontal foi preparada para receber uma carga muito alta da
força mastigatória, por um período de tempo curto, quando fazemos o aparelho
ortodôntico, fazemos o inverso, uma força de baixa intensidade por um período
muito longo, assim conseguimos quebrar o equilíbrio dessa estrutura e fazer os
movimentos.
Equilíbrio do sistema

A estrutura do ligamento, os músculos de língua pelo lado interno, lábio e


bochecha no lábio externo, altura de cúspides, força muscular da mastigação,
tudo está em equilíbrio, para que o sistema não saia da posição no dia a dia,
quando fazemos o movimento, desequilibramos todo o sistema, visto que não
temos como movimentar apenas um dente, vamos desequilibrar toda a
estrutura e poderemos ter efeitos colaterais, efeitos indesejados que devem ser
controlados pelo profissional.
Força:

A ortodontia é de força leve ou moderada e sua força será variável, devido ao


tipo de aparelho que vamos utilizar, mas não podemos dizer que um aparelho
vai funcionar mais rápido que o outro ou que é mais eficiente que outro. No
caso dos Invisalign, a troca de aparelhos com mais frequência não indica que o
tratamento está ocorrendo de forma mais rápida, mas sim que o material que
constitui o Invisalign tem uma resistência inferior ao aparelho convencional,
sofrendo maiores deformações, apresentando mais limitações e por isso sendo
necessário sua troca mais vezes ao longo dos meses.
O fator principal de velocidade e eficiência de um tratamento está ligado com a
capacidade tecidual e não com a capacidade do aparelho.
Ligamento periodontal
Se comprimirmos demais o ligamento periodontal, comprimimos tantos os
vasos sanguíneos e deixa de ter oxigênio para as células, assim quando as
células não tem oxigênio ou elas morrem (entram em necrose) ou passam pelo
processo de apoptose (ficam hibernando, em um nível mínimo de função para
não morrer por falta de nutriente). Quando colocamos muita força, acabamos
por atrasar o movimento pois acabamos criando uma hialinização, um tecido
parecido com a cartilagem hialina.

Hialinização: área com pouco núcleo celular, ocasionada por forças


excessivas durante o movimento ortodôntico, semelhante a cartilagem hialina.

O ligamento periodontal, normalmente tem 0,2 mm, quando apertamos o dente


uma posição, ele anda mais ou menos 0,15 mm, pois ele comprime o
ligamento. Assim comprimimos as células de um lado e distendemos do outro
como ilustrado nas imagens abaixo:

Assim de um lado teremos células para apor tecido ósseo e do outro lado
teremos células para remover o tecido ósseo e desse jeito o dente anda e
muda de posição, isso vai acontecendo gradativmente.
Quando estamos comprimindo as terminações nervosas livrese leem a reação
inflamatória que está acontecendo no local e vão gerar dor, por isso temos dor
durante a movimentação. Por isso não existe aparelho que não causa dor.
Tendo isso em vista, devemos analisar o relato da dor do paciente, pois se ele
sente muita dor, pode ser deorrente a muita ativação do aparelho. A diferença
do efeito desejado para o efeito indesejado, em ortodontia, é a quantidade de
ativação.
Os desconfortos causados pelo aparelho tem seu pico em 24 horas após a
ativação dele pelo profissional e eles podem ser controlados com o uso de
analgesicos e devemos evitar tratamentos odontológicos intensos nesse
período.

O movimento pode deixar uma marca, pois o osso novo é feito desorganizado
e acabamos deixando um desenho do movimento da raiz.
Força ortodontica ótima  Movimento ortodôntico ideal
Sendo que a força ótima é uma força leve e intermitente (damos um tempo
para o organismo se reorganizar), porém normalmente o orto trabalha com uma
força leve e contínua, que não é a mais biológica, mas é suportável, ao passo
que não esperamos pela intermitência pois o tratamento ortodontico ficaria
muito longo.
Força leve e continua  tratamento ortodontico mais rápido  biologimanete
compatível.
Força ótima
 Manter a vitalidade do tecido
 Inicia um máximo de resposta tecidual
 Reabsorção direta – quando temos o processo de hialinização, é
necessaria muita força para rebasorção de forma direta e a força alta
reabsorve a distância o que não queremos.
 Força contínua – é indicada e leve.
Clinicamente – força ideal
 Ausência de dor – POUCA DOR
 Mobilidade mínima
 Falta do periodonto intermediário – o perioodonto intermediario seria a
hialinização.
Ritmo de movimento dentário
 Movimentação no espaço periodontal
 Hialinização
 Reabsorção osso cortical
 Aumento do Ritmo
Pressionamos o ligamento, sempre ocorre uma área de hialinização, que
deveremos transformar na menor parte possível, por meio de uma força baixa,
assim teremos reabsorção do osso cortical e aumento do ritmo do movimento.
Força constante
1. Fase inicial
a. Movimento rápido – ligamento periodontal.
2. Fase intermediaria
a. Movimento lento- nessa fase quase não temos movimento.
3. Fase final
a. Ritmo gradual – geralmente após duas semanas.
Por isso o aparelho não deve ser ativado semanalmente, o paciente pode ser
marcado semanalmente, mas a ativação não vai acontecer.
Fluxo sanguíneo

Quando comprimimos os vasos sanguineos diminuem de volume (representado


pelas bolinhas vermelhas).
Elementos ativos/passivos
 Ativo  Movimentação
 Passivo  Ancoragem / Reativa
Tipos de forças

Intermitentes: a força vai caindo até que em um determinado momento


reativamos.
Interrompida: ativamos um aparalho e após um período de tempo a força cai a
0. No caso do aparelho móvel esse momento se da quando o paciente remove
o aparelho para comer, por exemplo.
A força contínua é parecida com a intermitente só que o nível de alteração é
menor, muitas vezes o nível de força não altera. Sendo a mola ideal.
Quando temos a força leve, teremos um platô de movimento que se mantém,
assim teremos sempre um movimento, porém quando temos uma força
pesada, podemos ter momentos quase sem movimento e então um pico de
movimento, o que não é desejado, não é biológico.

Os períodos de repouso, são os periodos de hialinização, onde a força é tão


alta que não temos reabsorção direta e vai demorar para acontecer o
movimento.
Compressão inicial  período que nada acontece  movimento acontece de
uma vez (movimento dentário), período secundário de movimento/ movimento
tardio.
Questão 1: Dentes com endodontia movimentam de forma diferente?
Não! Eles movimentam igual a qualquer dente com vitalidade. A
endodontia altera a parte do canal radicular e não o ligamento
periodontal.
Questão 2: Dentes com reação periapical por endodontia mal feita?
Problema! Pois temos a presença de um processo inflamatório e a
movimentação pode desencadear a rabsorção de raiz e comprimento de
raiz.
Questão 3: E quando temos rebsorção externa de raiz?
Nesses casos não adianta tratar o canal, pois a rebasorção é externa,
adiantaria se a rebsorção fosse interna, se tratamos o canal dos dentes
com rebsorção externa, apenas tiramos a vitalidade do dente
Quando temos rebsorção externa temos que parar o movimento ortodôntico e
não partir para uma endo.
Biomecânica – conceitos básicos
Centro Massa
 É o ponto central da massa de um objeto, quando livre de qualquer
influência (por exemplo, se estivesse livre da ação da gravidade).
Ex.: quando pegamos um estojo, se pegarmos ele pelas extremidades, ele se
desequilibra e pende pra uma lado, mas se pegarmos ele pelo meio, ele ficará
equilibrado, esse meio é o centro de massa.
Centro de resistência
 Quando o corpo a ser movido, no caso o dente, não está livre no espaço
e sim rigidamente fixado em sua porção radicular no periodonto, um
ponto correspondente ao centro de massa, esse ponto é o centro de
resistência que representa toda força do ligamento periodontal.

No incisivo o centro de resistencia está a 2/3 da apical e a 1/3 da cervical. Se


formos perdendo tecido de suporte, tendo reabsorção gengival, o centro de
resistância, caminha para apical. Quanto menos osso  centro de resistência
mais para apical. Quanto menos raiz  centro de resistência mais para cervical
(coroa).

Quando temos mais que uma raiz o centro de resistência vai estar em uma bi
ou tri – furcação.
No dente unirradicular o centro de resistencia está a 2/3 da apical e a 1/3 da
cervical, pois a área cervical tem o maior diâmetro em relação a apical e
portanto, maior concentração de ligamento periodontal.
Momento

 Tendência de rotação de um corpo, devido a força aplicada ter passado


distante do centro de resistência.
Quando a força passa fora do centro de resistencia, temos a tendência de
rodar o dente, chamando isso de momento.
O momento é proporcional a força multiplicada pela distância que a força é
aplicada em relação ao centro de resistência.
Ex.: Se aplicarmos uma força na raiz ela vai para um lado e a coroa para o
outro, o mesmo acontece quando a força é aplicada na raiz. O dente inclina
pois a força não está no centro de resistência.
Binário
 Duas forças paralelas (não coincidentes), de igual magnitude e sentidos
opostos, nesse caso o momento é chamado de binário. Este é o único
sistema de forças capaz de produzir a rotação pura de um corpo (centro
de rotação coincidente com o centro de resistência).

Ao pegarmos um fio retangular e girarmos ele dentro de um braquete, também


retangular, teremos duas forças verticais, conseguindo fazer com que o dente
gire, assim, coroa vem para frente e raiz para trás. O centro em torno o qual o
dente gira é o centro de rotação.
Centro de rotação
 É um ponto ao redor do qual o corpo girará ou se inclinará, podendo ser
alterado dependendo da linha de ação da força. Além disso, pode ser
controlado pelo Ortodontista, dependendo de suas necessidades
terapêuticas.
Assim quando escolhemos o centro de rotação, nós escolhemos o tipo de
movimvento que queremos.
Conceitos básicos
 Força (F) – Ação de um corpo sobre o outro. Podendo mudar formato
ou posição.
 Centro de massa – é o ponto central da massa de um objeto
 Centro de resistência (CR) - É o centro de massa de um dente quando
este estiver preso ao seu periodonto
 Momento (M) – É a tendência de um corpo sofrer rotação.
Toda força fora do centro de resistência vai gerar um momento força. E quando
temo duas forças fora do centro de resistência geramos um momento chamado
de binário.
Caracteríticas das Forças
 Intensidade ou Magnitude
 Direção ou Sentido
 Ponto de aplicação
 Duração
 Linha de ação – sempre em linha reta
 Distância do Centro de Resistencia.

Pergunta de Prova: Quais são os elementos que compõe uma força? Faça
um desenho e exemplifique com valores:
R: Tem que fazer o desenho:

Devemos encostar a mola, amarrando a força na vestibular, dentro do braquete


encostando a mola digital na lingual sendo esse o ponto de aplicação , então o
sentido da força é de vestibular para lingual. A linha de ação deve ser
desenhada para baixo do centro de resistência. Assim teremos o momento.
Tipos de Movimento Ortodôntico
 Inclinação
 Movimento radicular
 Translação
 Torque – torque é o movimento binário, semelhante ao movimento
de rotação.
 Rotação
 Extrusão – em linha reta pode ser considerada translação.
 Intrusão
Sendo os 4 principais: inclinação, movimento radicular, translação e rotação.
Inclinação descontrolada
 Ocorre sempre que uma força simples (sem binário) é aplicada na coroa
de um dente, passando distante do centro de resistência do dente. O
centro de rotação está próximo, mas não coincidente com o centro de
resistência.
Se aplicarmos uma simples força, fora do centro de resistência a raiz vai para
um lado e a coroa para o outro, sendo a inclinação descontrolada que a mola
digital produz.

O aparelho fixo com fio redondo também faz esse movimento, um alinhador
onde tocamos só em um ponto da coroa.
Inclinação controlada
 Na inclinação controlada o ortodontista move todo o dente, mantendo o
ápice radicular imóvel, portanto, o centro de rotação do movimento
dental coincide com o final da raiz. A inclinação controlada no sentido
vestíbulo-lingual somente é possível quando parte da tendência de
rotação do dente (momento), decorrente da aplicação da força
ortodôntica de retração, é anulado por um binário.
Ou seja, o centro de rotação vai estar exatamente ao redor do ápice na
controlada, onde a coroa vai para um lado, mas o ápice não vai para o outro.

Como no caso da imagem temos um binário, um torque, mais o movimento


distal. Pois se tivermos só a força movimentamos o ápice.
Movimento Radicular
 Ocorre quando o dente se move em torno de um centro de rotação
localizado na borda incisal do dente, ou próxima a ela. Nesse
movimento, há grande reabsorção óssea e, geralmente, é bem
demorado.

Movimento de Translação
 Movimento paralelo ao longo eixo do dente. A raiz se desloca na mesma
direção da coroa, devido a linha de ação de força passar sobre o centro
de resistência do dente.
A resultante da força deve passar pelo centro de resistência.

Torque

Nesse caso precisamos de um fio retangular que será torcido dentro do


braquete para que possa ser criado um binário, que é transferido para o centro
de resitência e assim temos o torque.
Rotação

É feita com duas forças, pois o torque nada mais é que rotação. Trabalhamos
todo o ligamento.
Extrusão
 A força é aplicada na direção do longo eixo, objetivando direcionar o
dente em sentido oposto ao osso alveolar.
Pode ser com aparelho fixo ou móvel.
Intrusão
 A força é aplicada na direção do longo eixo do dente, levando-o de
encontro ao alvéolo. As áreas de pressão são concentradas no ápice
radicular. É um movimento difícil e deve ser realizado com forças
suaves.

Uso do Aparelho fixo.


Aparelho Ortodôntico – objetivos
 Controlar o centro de rotação do dente
 Manter níveis de tensão desejáveis no ligamento periodontal
 Manter um nível de força constante

Além dos movimentos principais que podemos fazer podemos também


combinar movimentos.
Forças ótimas para movimento dental ortodôntico
São forças consideradas leves, porém quanto maior o volume da raiz, maior
será a força utilizada, pois ela é dissipada. Ou seja, molares precisam de mais
força que incisivos.
Força leve X Força pesada

Existem situações que usamos a força pesada para enganar o organismo em


pacientes com a disjunção palatina, onde queremos que ocorra a hialinização,
por exemplo, podemos fazer o uso da força pesada para abrir a sutura.
Alterações Bioquímicas
 Oxigênio
 Prostaglandinas
 AMP
 Ca++

Quando aplicamos a força ortodôntica temos, no geral 3 possibilidades: injuria


tecidual, ao passo que a pressão e tensão, vão alterar o potencial elétrico e ao
comprimir os vasos sanguíneos e distender mudamos o potencial de
membrana celular, assim temos a resposta de pressão e tensão e mediadores
químicos. Tudo isso visando o trabalho final com ostoclastos e osteoblasto,
para que haja remodelação óssea e o dente ande.
Isso nos lava a movimento de inclinação descontrolada (coroa para um lado
e raiz para outro).
Diagrama da inclinação descontrolada:
Ex.: mola digital, arco vestibular, torno expansor, o aparelho móvel faz muito
esse movimento.
Quando temos dúvidas devemos medir as forças
Dentre os efeitos que podemos te com o uso de aparelho
 Reabsorção radicular – quando temos de grau 3 para frente devemos
parar o tratamento ortodôntico por algum momento.
 Perda da Crista óssea
 Perda de vitalidade

Devemos nos atentar para os dentes que tem maior chance de reabsorção
radicular.

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