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Melanoma
Características principais:
● Tumor de pele derivado dos
melanócitos;
● Alto potencial metastático,
levando a >75% das mortes por CA
de pele;
● Em fases iniciais, melanomas são
tratados por excisão cirúrgica em
sua grande maioria;
● Para melanomas avançados,
imunoterapias e terapias
direcionadas podem gerar
resultados.
Introdução:
● Tumor maligno tradicionalmente
cutâneo, que surge dos ● As alterações genéticas ocorrem
melanócitos (células produtoras em pontos de sinalização
de melanina na pele); específicos do ciclo de vida
● A grande maioria é marrom- celular, os quais, quando
escura, mas as colorações podem alterados, promovem o
variar do tom da pele até rosa- desenvolvimento de tumores;
avermelhados (amelanóticos); ● O reconhecimento desses pontos
● As taxas de incidência têm geneticamente alterados promove
aumentado na população branca o uso de terapias direcionadas a
nas últimas quatro décadas, mas essas vias de sinalização;
a taxa de mortalidade se ● Sinalização MAPK:
estabilizou pela detecção precoce. ○ Tal via celular é responsável
Patogênese molecular: pela regulação da
● O cerne do desenvolvimento proliferação, crescimento e
tumoral são as mutações migração celular;
genéticas de células que passam a ○ Alterações nessa via levam
se desenvolver à ativação de fatores de
descontroladamente, sem o crescimento, que são
controle anticrescimento e promotores de mitose, e
autossuficientes para seu quinases de tirosina
desenvolvimento e invasão dos receptoras, aumentando
demais tecidos; fatores de transcrição e
● Esses mecanismos são ativados expressão nucleares;
pelos oncogenes, regulados ○ Uma cascata de ativações
positivamente; enzimáticas ocorre com a
● Existem diversos genes associados regulação desses fatores
ao desenvolvimento melanocítico: positivamente, levando a
supressão de genes anti-
tumorais e expressão
exacerbada de oncogenes;
Meg Moreira - Dermatologia 2
Melanoma nodular:
Meg Moreira - Dermatologia 4
● ABCDE do melanoma:
○ A: assimetria;
○ B: bordas irregulares;
○ C: cores diversas;
○ D: diâmetro >5 mm;
○ E: evolução da lesão.
● Sinais diagnósticos:
○ Sinal do patinho feio:
○ Sinal Chapeuzinho
Vermelho: descoberta de
Melanoma lentiginoso acral: eritema ou inflamação ao
● Tipo raro de melanoma; redor da lesão;
● Diagnóstico usualmente feito na ○ Regra EFG: lesão Elevada,
7ª década de vida; Firme e Growing
● Ocorre mais nas palmas das mãos (crescente).
e plantas dos pés ou em torno do ● Diagnósticos diferenciais:
aparelho ungueal; ○ Nevos;
● Representa cerca de 5% de todos ○ Melanoníquia longitudinal;
os casos de melanomas; ○ Melanose de regiões
● Lesão elementar: mácula mucosas;
assimétrica marrom a preta, com ○ Hiperplasia de melanócitos
coloração variada e irregular. em pele danificada pelo sol;
○ Queratoses.
● Dermatoscopia:
○ Microscopia
epiluminescente;
○ Ferramenta dermatológica
não invasiva;
○ Ampliação pode variar de 6
a 10 vezes;
○ Fotografias digitais podem
complementar a avaliação
diagnóstica em pacientes de
Diagnóstico: alto risco com lesões novas
● Detecção precoce é fator ou mutáveis.
prognóstico positivo; ● Estudo histopatológico:
● Diagnóstico clínico pela inspeção ○ Padrão-ouro para
visual e dermatoscopia; diagnóstico de melanoma;
● Alterações de uma lesão de pele ao ○ Características
longo de meses ou anos é um sinal histológicas:
de alerta;
Assimetria
Circunscrição pobre do componente melanocítico intraepidérmico
Silhueta da base tumoral irregular
Não maturação dos melanócitos com descida progressiva na derme
Ninhos de melanócitos na epiderme não equidistantes entre eles
Padrão
Ninhos de variados tamanhos e formatos
arquitetural
Ninhos confluentes
Dispersão de melanócitos acima da junção dermoepidérmica
Melanócitos dispostos como unidades solitárias predominam sobre
ninhos na epiderme
Melanócitos não são coesos nos ninhos
Meg Moreira - Dermatologia 5
metástases viscerais ou
qualquer metástase a
distância com LDH
aumentada
● Classificação:
○ 0: melanoma in situ;
○ IA;
○ IB;
○ IIA;
○ IIB;
○ IIC;
○ III;
○ IV.
Prognóstico:
● Fatores prognóstico:
○ Espessura do tumor;
○ Ulceração;
○ Taxa mitótica;
○ Idade (quanto maior, pior);
○ Sexo (homens tem pior
prognóstico);
○ Local anatômico (cabeça,
pescoço e tronco possuem
pior prognóstico);
○ Número de linfonodos
envolvidos;
○ Carga tumoral nódulo
linfático regional;
○ Local de metástases
distantes.
Tratamento:
● Estádios 1 e 2:
○ In situ: excisão cirúrgica
com 1 cm de margem;
○ 1 e 2: excisão cirúrgica
(preferencialmente cirurgia
micrográfica de Mohs);
● Estádio 3: excisão cirúrgica +
biópsia de linfonodo sentinela
e/ou linfadenectomia completa;
○ Metástases extensas podem
ser tratadas com terapia
sistêmica, como interferon-
alfa, ou terapias tópicas,
como crioterapia e
imiquimod.
● Estádio 4: cirurgia + radioterapia +
terapia sistêmica.