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2022/2023

Terapia com células dendríticas


no Melanoma
Trabalho realizado por:
Inês Almeida uc2022233495
Sofia Gomes uc2022218463

Com o respetivo corpo docente:


Prof. Dr.ª Ilda Patrícia Tavares da Silva
Ribeiro
Índice

02 04

Conclusão
Melanoma
01 .O que é? 03 05
.Fatores de risco
.Sintomas
Célula .Autoteste Terapia com células Bibliografia
Dendriticas .Diagnóstico dendríticas no Melanoma
.O que são? .Estadiamento
.Modos de atuação .Tratamento . Vacina Anti-Tumoral
.Prevenção . Procedimentos
.Imunidade
. Eficácia no Tratamento do
Inata .Imunidade
Melanoma
Adaptativa
.Tipos de DCs
Células Dendríticas (DCs)
● Originam-se na medula óssea a partir de células
estaminais hematopoiéticas;

● Apresentam antígenios capazes de estimular e


regular a resposta dos linfócitos T;

● Desempenham uma função importante na:

Imunidade inata- resposta não específica


e sem memória

Imunidade adquirida- resposta


específica com memória

Fig.1- Células dendríticas.


Células Dendríticas (DCs)
Reconhecimento e Maturação e migração do antigénio para
captação do antigénio. os gânglios linfáticos.

Processamento (fragmentação de proteínas, Reconhecimento pelos linfócitos T,


associação de fragmentos a moléculas do MHC, ativação dos linfócitos T e B e combate
libertação e ligação à membrana exterior da célula). da anomalia.

Fig.2-
Funcionamento
das células
dendríticas.
Células Dendríticas (DCs)
● Quando o sistema imunológico se sente ameaçado, as
DCs são ativadas para detetar o agente infeccioso e
destruí-lo;

● Se as células dendríticas não funcionarem


corretamente, o sistema imunológico tem mais
dificuldades em defender o corpo.

Maior probabilidade de desenvolver doenças (ex: cancro)

Fig.3- Funcionamento das células dendríticas.


Células Dendríticas (DCs)
Células Dendríticas

Plasmocitoides
Lorem Ipsum Lorem
Mieloides
Ipsum

-Presentes no sangue e -Localizam-se na pele,


órgãos linfoides; sangue e mucosa;
-Atuam contra o vírus; -Responsáveis pela morte de
-Possuem propriedades anti- células tumorais;
tumorais.

Têm sido alvo de estudos para a terapêutica do cancro


Melanoma
● Tipo mais grave de cancro de pele;
● Melanoma metastizado- melanoma espalha-se para os gânglios
● Tem origem nos melanócitos ( células pigmentadas linfáticos vizinhos, onde as células cancerígenas vão espalhar-
que produzem melanina); se para outras partes do corpo.

● Melanoma cutâneo- inicia-se na pele;

● Sítios mais comuns no aparecimento do melanoma:

-No homem- tronco ou cabeça e pescoço

-Na mulher- parte inferior das pernas

-Pessoas de pele escura- palmas das mãos e plantas


dos pés

Fig.4- Melanoma representado nas diferentes camadas de pele.


Melanoma

● História familiar: cerca de 10% dos casos têm história


familiar deste tipo de cancro;

Fatores de ●

Já ter tido este tipo de cancro;
Excesso de exposição à radiação UV;
● Existência de muitos sinais;

Risco ●

Nevos displásicos;
Pele clara e sardas;
● Sistema imunitário enfraquecido;
● Idade.
Melanoma

Sintomas

A B C D E
Assimetria Bordo irregular Cor Diâmetro Evolução

Aparecimento de crostas, comichão ou sangramentos num


sinal já existente.

Fig.5- Irregularidades dos sinais.


Melanoma
Melanoma

Diagnóstico

Dermatologista:

● Observar a pele do doente;

● Caso sejam detetadas manchas suspeitas, recorrer a uma


dermatoscopia;

● Se o médico achar suspeito, realizar uma biópsia;

● A biópsia é analisada por um patologista;

● Se a resposta for positiva, o médico irá dar um


tratamento adequado ao paciente.
Melanoma

Estadiamento
Fig.6- Estadios do melanoma.
Processo pelo qual verificamos se as células cancerosas espalharam-se para outras estruturas.

Recorre-se à biópsia, análises de sangue e a exames como radiografia, TAC, ressonância magnética ou PET.

Estadio O ● Melanoma in sutus;


● Células encontram-se na epiderme;
● Não há invasão de tecidos mais internos.

Estadio I ● IA- tumor tem menos de 1mm de espessura


● IB- tem menos de 1mm de espessura com úlcera ou 2mm sem úlcera;
● As células não se espalharam para os gânglios linfáticos vizinhos.

Estadio II ● Divide-se em 3 grupos consoante a espessura e grau de ulceração;


● As células não se espalharam para os gânglios linfáticos ou órgãos distantes.

Estadio III ● O melanoma atingiu os tecidos circundantes;


● Atingiu os gânglios linfáticos/ órgãos vizinhos.

Estadio IV ● O melanoma espalhou-se a um ou mais órgãos do corpo.


Melanoma

Melanoma em estadios iniciais


Melanoma em estadios avançados
● Cirurgia para remoção do tumor e tecido
● Cirurgia;
saudável à volta;
● Se o melanoma for muito fino, a biópsia
● A probabilidade de reincidir é elevada;
poderá ser suficiente para o retirar.
● Tratamento auxiliar para aumentar a
possibilidade de cura.

-Remoção dos gânglios linfáticos;


-Quimioterapia;
-Radios terapia;
-Imunoterapia.

Fig.7- Biópsia do gânglio sentinela.


Melanoma

● Evitar a exposição solar nas horas de maior perigo;


● Evitar solários;
● Evitar o uso de bronzeamentos artificiais;

Prevenção
Usar protetor de proteção solar 30 (no mínimo);
● Utilizar ocúlos que absorvem a radiação UV.

Testes génicos
Terapia com células dendríticas no Melanoma

Baseia-se na capacidade das DCs para captar e apresentar antígenos específicos de


tumor ( neste caso do melanoma) desencadeando uma resposta imunológica contra
o tumor.

Para amplificar esta resposta


imune existe um método
inovador:

Vacinas de Células Dendríticas


Vacinas de Células Dendríticas

Vacinas Ex Vivo Vacina Ex Vivo Por Vacinas in Vivo


Baseada em DC´s fusão de DC´s Baseada em DC´s
Vacina Ex-vivo baseada em Células Dendríticas

.Tratamento mais comum,


seguro e bem tolerado.

. Aplicado no tratamento do
Melanoma

Fig 8. Melapuldencel-T, uma vacina de DC´s, experimentada no tratamento do Melanoma.


Vacina Ex Vivo
Baseada em Células Dendríticas

Recolha do Sangue do Paciente Isolamento de Monócitos . Maturação em DC´s Controlo de Qualidade e


e Leucaférese Administração ao Paciente
. Adição de Antigénios
Tumorais
Vacina Ex Vivo
Baseada em Células Dendríticas

Recolha do Sangue do Isolamento de Controlo de Qualidade e


. Maturação em DC´s
Monócitos Administração ao Paciente
Paciente e Leucaférese
. Adição de Antigénios
Tumorais

Fig 9. - Ilustração da Leucaférese


Vacina Ex Vivo (Baseada em Células Dendríticas)

Injetadas no
organismo, migram
para os gânglios
linfáticos, onde ativam
os linfócitos, que vão
Controlo de Qualidade e atacar o tumor
Recolha do Sangue do Isolamento de . Maturação em DC´s
Paciente e Leucaférese Monócitos Administração ao Paciente
. Adição de Antigénios
Tumorais

Fig. 10.- Acção das células dendríticas com antigénio injetadas no paciente
Vacina Ex Vivo por fusão de Células Vacina In Vivo
Dendríticas
Ocorre a fusão
Em que é que diferem da Utilização de
Vacina Ex Vivo baseada em proteínas
de células
dendríticas com células dendríticas? mediadoras
células tumorais solúveis
intactas

A fusão não é Estas vão induzir a


nuclear. Logo, há maturação de
a retenção das células dendríticas
funções originais dentro do
dos dois tipos de organismo.
células.

Este tipo de vacinas permite ultrapassar


limitações das vacinas ex vivo tais como a
Possibilita
necessidade de identificar os antigénios
uma maior específicos de cada tumor.
abrangência
Porque é que a terapia com células
dendríticas poderá ser eficaz no
tratamento do Melanoma em específico?
Porque é que a terapia com DC´s poderá ser eficaz no
tratamento do Melanoma em específico?

A vacina de células dendríticas é considerada mais eficaz no combate de cancros


1 malignos com uma maior taxa de proliferação, dificultando o seu reaparecimento. O
Melanoma é um dos cancros mais proliferativos de todos.

Fig. 11. A primeira terapia que provou prolongar a vida de doentes com melanoma metastático.
Porque é que a terapia com DC´s poderá ser eficaz no
tratamento do Melanoma em específico?
A vacina de células dendríticas é considerada mais eficaz no combate de cancros
1 malignos com uma maior taxa de proliferação, como o Melanoma, dificultando o seu
reaparecimento.
As células dendríticas existem em maior quantidade e são mais acessíveis na pele, local
2 onde ocorre inicialmente o melanoma.
Logo, o melhoramento da eficácia das DC´s será
mais vantajoso no combate a células tumorais
localizadas na pele.

Fig.12. Secção da pele que mostra uma grande


quantidade de células dendríticas na epiderme
Porque é que a terapia com DC´s poderá ser eficaz no
tratamento do Melanoma em específico?
1 A vacina de células dendríticas é considerada mais eficaz no combate de cancros
malignos com uma maior taxa de proliferação, como o Melanoma, dificultando o seu
reaparecimento.
As células dendríticas existem em maior quantidade e são mais acessíveis na pele, local
2 onde ocorre este cancro.

Contorna os efeitos secundários da quimioterapia agressiva necessária para combater


3 um cancro tão proliferativo como este. Desta maneira, foca-se em melhorar a imunidade
do doente, ao só erradicar células cancerígenas e não células saudáveis, como o método
convencional elimina.

Fig 13. Quimioterapia Fig 14. Efeitos secundários da Vacina Anti-tumoral


Conclusão
Terapia com células dendríticas no Melanoma

● A sua eficácia na sobrevivência


● Método inovador, seguro e
do paciente ainda não está
com baixa toxicidade.
totalmente sustentada- são
● Adaptado a cada paciente.
necessários mais estudos.
● Apresenta bons resultados no
● Apresenta elevados custos e
tratamento do Melanoma
baixa acessibilidade
Bibliografia
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