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QUESTÕES “CIRCUITO REVISAR”

FACULDADE ARNALDO

PRISÃO TEMPORÁRIA (LEI 7960 DE 1989)


TEXTO 1 – A prisão temporária é uma modalidade de medida cautelar privativa de liberdade,
cabível na fase investigativa, decretada por ordem judicial, após provocação do Ministério
Público ou da Autoridade policial e que busca aquilatar as investigações a respeito de certos
crimes graves.

a) Apresentar e explicar as alterações promovidas pela LEI 13869 DE 2019 (ABUSO DE


AUTORIDADE) no referido instituto da prisão temporária.

b) Consubstanciado no recente (2022) posicionamento do STF apontar e explicar os


requisitos para decretação da referida prisão cautelar.

PACOTE ANTICRIME (LEI 13.964/19) e PRISÃO PREVENTIVA

TEXTO 1 – A Lei nº 13.964/2019, também conhecida como “pacote anticrime” consiste em um


conjunto de alterações na legislação brasileira, inclusive no Código de Processo Penal. Até a
entrada em vigor da referida lei, a prisão preventiva poderia ser decretada de ofício, na fase
processual. Contudo, dentre as alterações promovidas pelo “pacote anticrime”, está a proibição
de decretação, de ofício, da prisão preventiva.

a) A proibição de decretação, de ofício, da preventiva retrata a doção de qual sistema


processual? Por que?

b) Nessa linha, indicar e analisar o posicionamento do STF e do STJ sobre a (im)


possibilidade de CONVERSÃO, de ofício, da prisão em flagrante em preventiva.

c) Embora a decretação de ofício da preventiva seja expressamente vedada, o artigo 316


do CPP permite que a redecretação da prisão preventiva seja determinada de ofício.
Apresentar argumentos a favor e contra a referida norma.

TEXTO 2 – A prisão preventiva não tem prazo pré-determinado e vai perdurar enquanto a
situação fática que a ensejou permanecer. Assim, a referida prisão cautelar vai “flutuar ao
sabor dos acontecimentos” de modo que poderá ser revogada se, no correr da investigação ou
do processo, o juiz verificar a falta de motivo para que ela subsista, bem como novamente
decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem novamente decretada.
Embora a Lei 13.964/19, denominada de Pacote Anticrime, não tenha mudado essa situação,
estipulou no parágrafo único do artigo 316, a necessidade de revisitação nonagesinal da
referida medida cautelar.
a) Nessa linha, indicar e explicar os requisitos fáticos e normativos exigíveis para a
decretação da prisão preventiva.

b) Apresentar e analisar o recente posicionamento do STF a respeito da não observância


do referido prazo.

TEXTO 3 – A Lei 13.964/19, denominada de Pacote Anticrime, alterou significativamente o


universo das prisões preventivas. Determinou a proibição de decretação de ofício, passou a
exigir fundamentação mais robusta, trouxe prazo para revisitação da necessidade de sua
manutenção e também passou a exigir a observância do Princípio da Atualidade ou
Contemporaneidade.

Nessa

a) Nessa linha, em que consiste o Princípio da Atualidade ou Contemporaneidade.

b) O referido princípio pode ser aplicado no que diz respeito as medidas cautelares de
natureza pessoal diversas da prisão?

TEXTO 4 – A fundamentação das decisões, além de ser um requisito da sentença, é exigência


constitucional estabelecida no artigo 93, IX. A Lei 13.964/19, denominada de Pacote Anticrime,
avançou consideravelmente nesse aspecto, ao trazer no artigo 315, parágrafo segundo,
exigência mais robusta no que diz respeito a fundamentação da prisão preventiva.

a) O artigo 315, parágrafo segundo, é exigível para as demais decisões na seara


processual penal?
b) O referido comando está mal alocado no Código de Processo Penal?
c) Apontar e explicar os parâmetros elencados no artigo 315, parágrafo segundo, nos
quais a decisão NÃO se considera fundamentada.

PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS


TEXTO 1 – Estamos todos acostumados [...], neste nosso país que não cobra
responsabilidade de ninguém, ao dizer de magistrados levianos, que
fundamentam seus julgados com expressões criminosas como estas:
“atendendo ao quanto nos autos está fartamente provado...”, “ à robusta prova
dos autos...”, “ao que disseram as testemunhas...” e outras leviandades dessa
natureza que, se fôssemos apurar devidamente, seriam, antes de leviandades,
prevaricações, crimes, irresponsabilidade e arbítrio, desprezo a exigência
constitucional de fundamentação dos julgados, cusparada na cara dos falsos
cidadãos que somos quase todos nós.[...]Nós, advogados, que representamos
os cidadãos em juízo, devemos nos mobilizar aguerridamente contra as
sentenças desfundamentadas ou inadequadamente fundamentadas, quando se
cuida de antecipação de tutela , arma de extrema gravidade em mãos de juízes
inescrupulosos ou “ fáceis”, num sistema em que não se consegue, jamais,
responsabilizá-los. E isso para se preservar, inclusive, os muitos dignos e
sacrificados magistrados, com os quais convivemos quotidianamente e cujo
calvário acompanhamos, solidários. Vítimas da organização inadequada de
nosso judiciário e vítimas da concorrência malsã dos marginais da
magistratura, privilegiados com o atual estado de coisas. (CALMON DE
PASSOS, José Joaquim. Inovações no Código de Processo Civil.Rio de
Janeiro: Forense, 1995.)
O trecho acima descrito revela a insatisfação do autor com a falta ou
deficiência da fundamentação das decisões. Nesse aspecto, responda aos
seguintes questionamentos

a) Qual a relação entre o princípio do contraditório e o princípio da fundamentação das


decisões?
b) Dentro do princípio do contraditório o que podemos entender por NÃO SURPRESSA e
INFLUÊNCIA?

TEXTO 2 – Tribunal de Rua - O Rappa


A viatura foi chegando devagar
E de repente, de repente resolveu me parar
Um dos caras saiu de lá de dentro
Já dizendo, ai compadre, cê perdeu
Se eu tiver que procurar cê ta fodido
Acho melhor cê i deixando esse flagrante comigo
No início eram três, depois vieram mais quatro
Agora eram sete os samurais da extorsão
Vasculhando meu carro, metendo a mão no meu bolso
Cheirando a minha mão
De geração em geração
Todos no bairro já conhecem essa lição

E eu ainda tentei argumentá


Mas, tapa na cara pra me desmoralizar
Tapa, tapa na cara pra mostra quem é que manda
Porque os cavalos corredores ainda estão na banca
Nesta cruzada de noite, encruzilhada
Arriscando a palavra democrata
Como um santo graal
Na mão errada dos hômi
Carregada em devoção
O texto acima retrata parte da música acima Tribunal de Rua que, entre outros aspectos, a
utilização da tortura que é vedada na Constituição e também na Lei 9455 de 1997.

a) A prova obtida por meio da tortura é considerada ilícita significando ofensa a qual
princípio?
b) O que deve ser feito com a prova obtida ilicitamente?
c) Diferencie prova ilícita em sentido estrito de prova ilegítima.
d) Em que consiste a Teoria dos frutos da arvore envenenada? Ela encontra-se
sedimentada no Código de Processo Penal de modo absoluto?
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA

TEXTO 1 – O Ministro da Justiça e o Presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)


assinaram acordos de cooperação técnica para facilitar a implantação do projeto
Audiência de Custódia em todo o Brasil.
Os acordos buscam incentivar o desenvolvimento da prática das penas alternativas e da
política de monitoração eletrônica. As medidas previstas nos acordos buscam estimular
e aproveitar o “potencial desencarcerador”, assegurando o uso dessas ferramentas com
respeito aos direitos fundamentais. A assinatura dos documentos alinha-se a uma das
principais diretrizes da atual gestão do CNJ, que é o combate à “cultura do
encarceramento”.
Segundo o Ministro da Justiça, é necessário desnudar problemas típicos do sistema
prisional brasileiro, a exemplo da superlotação carcerária e da falta de capacidades para
a ressocialização de presos. “Precisamos aplicar as sanções penais devidas e efetivas.
Ainda há a ideia de que apenas a pena restritiva de liberdade é eficaz, mas há medidas
cautelares, como a monitoração eletrônica, que precisam ser aplicadas. Precisamos
encontrar sanções penais duras, eficazes e que não prejudiquem a segurança pública nos
estados”, defendeu o Ministro.
Disponível em <http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015> Acesso em: 9 ago.
2015 (adaptado)
Com base nesse texto, avalie as afirmações a seguir.
I. A realidade da superlotação no sistema carcerário brasileiro é tema de
extrema importância e preocupação na seara dos Direitos Humanos. Assim,
há de se priorizarem políticas públicas que tenham como metas de longo
alcance o encarceramento.
II. O projeto Audiência de Custódia, cujo objetivo é incentivar a utilização das
penas alternativas e da política de monitoração eletrônica, deverá ser
implementada em todos os estados da Federação.
III. A necessidade de ressocialização dos presos constitui uma das grandes
preocupações dentro do sistema prisional, que precisa ser revisto diante da
nova proposta do CNJ.

É correto o que se afirma em


A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.

TEXTO 2 – Visando, dentre outros aspectos, evitar a prática da violência policial, passou
a ser realidade no Brasil a realização da chamada Audiência de Custódia também
conhecida como Audiência de apresentação. A audiência de custódia, estabelecida pela
Resolução n. 213- CNJ/2015, tem como objetivos, dentre outros, permitir a “apreciação
mais adequada e apropriada da prisão que se impôs, considerando a presença física do
autuado em flagrante, a garantia do contraditório e a prévia entrevista pelo juiz da
pessoa presa (...)” e o conhecimento de “possíveis casos de tortura”, prevenindo, com
isso, “o ciclo da violência e da criminalidade, quando possibilita ao juiz analisar se está
diante da prisão de um criminoso ocasional ou daqueles envolvidos com facções
penitenciárias”, conforme expresso na página eletrônica do Conselho Nacional de
Justiça (acesso em 15 de novembro de 2017).
Com o advento da Lei 13.964/19, denominada de Pacote Anticrime, a referida audiência de
custódia, passou, expressamente, a constar do Código de Processo Penal. Nesse aspecto
responsa aos seguintes questionamentos:

a) a referida audiência é exigível tão somente para os casos de prisão em flagrante?


b) A não observância do prazo para a realização da audiência de custódia tem gerado a
ilegalidade da prisão? Aponte a visão dos tribunais superiores.

LEI MARIA DA PENHA E VIOLÊNCIA DE GÊNERO

TEXTO 1 – A paquistanesa Malala Yousafzai, de dezessete anos de idade, ganhou o


Prêmio Nobel da Paz de 2014 pela defesa do direito de todas as meninas e mulheres de
estudar. “Nossos livros e nossos lápis são nossas melhores armas. A educação é a única
solução, a educação em primeiro lugar”, afirmou a jovem em seu primeiro
pronunciamento público na Assembleia de Jovens, na Organização das Nações Unidas
(ONU), após o atentado em que foi atingida por um tiro ao sair da escola, em 2012.
Recuperada, Malala mudou-se para o Reino Unido, onde estuda e mantém o ativismo
em favor da paz e da igualdade de gêneros.
Disponível em: <http://mdemulher.abril.com.br> Acesso em: 18 ago. 2015 (adaptado).

A partir dessas informações, responda aos seguintes questionamentos

a) A lei 11343 de 2006, popularmente conhecida como Lei Maria da Penha, assegura a
mulher o direito à educação?
b) A lei Maria da Penha aplica-se na hipóteses de violência doméstica e familiar
envolvendo um casal de mulheres?
b) Em que consiste a violência de gênero?
c) Diferencie gênero de sexo
d) De acordo com o STJ aplica-se a Lei Maria da Penha na hipótese de transexuais?

PRECONCEITO E RECONHECIMENTO

Após mais de um ano de molho, por conta de uma lei estadual que coibia sua realização
no Rio de Janeiro, os bailes funk estão de volta. Mas a polêmica permanece: os
funkeiros querem, agora, que o ritmo seja reconhecido como manifestação cultural. Eles
sabem que têm pela frente um caminho tortuoso. “Muita gente ainda confunde funkeiro
com traficante”, lamenta Leonardo Mota, o MC Leonardo. “Justamente porque ele
tem cor que não é a branca, tem classe que não é a dominante e tem moradia que não
é no asfalto.” (grifo nosso)
Disponível em <http://www.rhbn.com.br> Acesso em: 19 ago. 2015 (adaptado)
O reconhecimento, como meio de prova, está previsto nos artigos 226, 227 e 228 do
Código de Processo Penal. Está também delineado no artigo 6 do referido diploma
processual, como uma das diligências que podem ser realizadas pela polícia
investigativa. Embora a redação inicial do Código de Processo Penal, cuidasse, tão
somente do reconhecimento pessoal presencial, com o passar dos anos, também passou
a ser aceito em outras situações como a possibilidade de reconhecimento fotográfico.
Contudo, a questão do racismo estrutural e da cor da pele como fator significativo na
hipótese de reconhecimento pessoal e fotográfico é realidade em nosso país. Nesse
contexto, apresente um texto (máximo 10 linhas) explicando como os tribunais
superiores (STJ e STF) tem, recentemente, se posicionado sobre a utilização do
reconhecimento como meio de prova.

PRISÃO PROCESSUAL

PUBLICADO POR
TARSO CABRAL VIOLIN

A presunção de inocência, também chamada de estado de inocência ou não


culpabilidade, encontra-se sedimentada no artigo 5, inciso LVI, da Constituição.
Do referido princípio podemos constatar, além de uma regra de cunho
probatório, a afirmativa de que a prisão antes do trânsito em julgado deve ser
considerada medida excepcional.
No plano fático, a realidade do sistema prisional brasileiro, configura uma
verdadeiro estado inconstitucional de coisas como se conclui a partir do
julgamento da ADPF nº 357/DF, proposta pelo Partido Socialismo e Liberdade
(PSOL), de relatoria do então ministro Marco Aurélio, no qual o Supremo
Tribunal Federal determinou, em decisão convergente com a proferida pela
Corte Constitucional Colombiana (Sentencia de Unificación — SU 559
06/11/1997), o estado de coisas inconstitucional relativo ao sistema
penitenciário brasileiro entendendo pela violação sistemática de diversos
direitos dos reclusos, inclusive o direito à saúde, evidenciando-se falhas com
relação às políticas públicas elaboradas pela Administração Pública brasileira.
(BRASIL, 2015)
Nessa linha de raciocínio, as penitenciária e prisões brasileiras são
consideradas verdadeira “universidades do crime”.
A respeito do tema responda ao seguintes questionamento:

a) Em que consiste a característica da PREFERIBILIDADE das medidas


cautelares pessoais menos gravosas.

b) A referida exigência de que a prisão preventiva seja considerada a “ultima


ratio” pode ser aplicada face a prisão temporária?

PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA E STF

Jaguar/Reprodução Folha de S.Paulo

A presunção de inocência, também chamada de estado de inocência, encontra-


se sedimentada no artigo 5, inciso LVI, da Constituição que estabelece que
ninguém será considerado culpado após o trânsito em julgado da sentença.
Contudo, em 2016, o STF mudou seu posicionamento ao julgar o HC 126292 e
reafirmou esse entendimento ao julgar, em abril de 2018, o HC 152752
conhecido como “CASO LULA”.
A respeito do tema responda aos seguintes questionamentos:

a) Qual posicionamento passou a ser seguido pelo STF ao julgar os HC


126292 e HC 152752?

b) Qual a posição atual do STF sobre a possibilidade da relativização da


presunção de inocência?
FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO E STF

TEXTO 1 – Em 2018, 0 STF, ao julgar a Apn 937 (ação penal 937), restringiu o foro por
prerrogativa de função no que diz respeito ao deputados federais e senadores tornando mais
difícil a incidência da competência originária do STF para julgá-los.

Considerando as informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta


entre elas.

I –Para a incidência da aplicabilidade do foro por prerrogativa de função é necessário que os


deputados e senadores tenham praticado o crime durante o mandato e em razão dele.

PORQUE

II – com a manutenção da competência no STF, após o fim da instrução processual, ou seja,


com a publicação do despacho intimando as partes para alegações finais, evitam-se manobras
jurídicas indevidas –o chamado efeito “gangorra”.

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.

a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.


b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa
correta da I.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.

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