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O inventário portage operacionalizado
na avaliação e no processo de
intervenção precoce

Lucieny Almohalha
UFTM

Katiane Beatriz da Silva Pagnan


UFTM

Lidiane de Souza Santos


UFTM

10.37885/210906085
RESUMO

Introdução: O desenvolvimento é um processo contínuo que começa na concepção e


progride ao longo da vida com mudanças físicas, cognitivas, emocionais e comporta-
mentais. Objetivos: avaliar e descrever, a partir da visão materna, o desenvolvimento
neuro-sensório-motor, cognitivo e psicossocial de 30 crianças de 0 a 2 anos de idade,
nascidas pré-termo e a termo e detectar precocemente sinais de alterações. Métodos: Foi
uma pesquisa descritiva exploratória de abordagem quantitativa. Para a coleta dos dados
utilizou-se roteiro de anamnese e Inventário Portage Operacionalizado. Resultados:
Constatou-se que para as crianças de 0 a 1 ano, somente a área de estimulação infan-
til estava desenvolvida; as demais, socialização, cognição, linguagem, autocuidado e
desenvolvimento motor estavam em sua maioria com itens em desenvolvimento ou em
atraso. Para as crianças de 1 a 2 anos somente a área socialização estava desenvolvi-
da; a cognição e linguagem estavam com itens desenvolvidos e não desenvolvidos; e o
autocuidado e desenvolvimento motor estavam divididos entre itens desenvolvidos ou
em desenvolvimento. Conclusão: Conclui-se que algumas áreas do desenvolvimento de
crianças nascidas a termo e pré-termo estavam com alterações e atrasos. Faz-se neces-
sário considerar todas as capacidades e a plasticidade cerebral da criança e promover
uma intervenção precoce que tenha resultados satisfatórios e que ofereça subsídios para
a prevenção de alterações no desenvolvimento infantil.

Palavras-chave: Desenvolvimento Infantil, Mães, Estimulação Precoce, Prematuridade.


INTRODUÇÃO

Cientistas do desenvolvimento estudam dois tipos de mudanças que ocorrem durante


todo ciclo vital e as classificam essas mudanças como qualitativas e quantitativas (PAPALIA;
OLDS; FELDMAN, 2009; SILVA; ENGSTRON; MIRANDA, 2015). A primeira corresponde
à mudança evidenciada no tipo, na organização ou na estrutura, como no entendimento de
palavras pela criança, comunicação verbal, e aprendizagem de novas habilidades; e a quanti-
tativa corresponde à mudança percebível em número ou quantidade, como crescimento, peso,
aumento do vocabulário, dentre outras (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2009). As mudanças
presentes no desenvolvimento humano ocorrem em domínios do desenvolvimento físico,
cognitivo, psicossocial, existindo uma inter-relação entre eles (FORMIGA; PEDRAZZANI;
TUDELLA, 2010; GERZSON; ET AL, 2016; PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2009).
O desenvolvimento físico corresponde ao crescimento do corpo e maturação do sistema
nervoso central, refletindo mudanças em habilidades motoras amplas e finas, nas capaci-
dades sensoriais e na saúde (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2009; SILVA; CAVALCANTE;
HEUMANN; LIMA, 2018), o desenvolvimento cognitivo compreende mudanças relacionadas
às funções mentais, como compreensão, entendimento, aprendizado, pensamento crítico e
processamento de informações (BANCA; NASCIMENTO, 2019), e o desenvolvimento psi-
cossocial corresponde a um padrão perceptível de mudanças na personalidade, emoções
e convívio social (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2009).
É importante compreender que o processo de desenvolvimento é complexo, e resul-
tante da interação entre um indivíduo geneticamente programado e o ambiente sociocultural
que está inserido (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2009; SILVA; ENGSTRON; MIRANDA,
2015). Essa interação sofre influências de fatores biológicos, ambientais, genéticos, sociais
e culturais, que interferem simultaneamente sobre o desenvolvimento, podendo alterar seu
ritmo normal (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2009; SILVA; ENGSTRON; MIRANDA, 2015).
Nos primeiros anos de vida o desenvolvimento psicomotor segue os princípios céfa-
lo-caudal e próximo-distal e são notáveis nas capacidades do bebê em primeiro manter a
sustentação da cabeça, ficar na posição de sentado, passar para a posição ereta culminando
na marcha (BORA; CARDOSO; TONI, 2019; PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2009; SILVA;
ENGSTRON; MIRANDA, 2015). Na primeira infância os progressos relacionados ao desen-
volvimento normalmente seguem uma sequência ordenada e regularidade na aquisição de
habilidades, além de mudanças a nível cerebral que possibilitam avanços nas habilidades
motora, cognitiva, afetiva e social (GERZSON; ET AL, 2016).
É de fundamental importância compreender o desenvolvimento da criança nos
primeiros anos de vida, assim será possível a identificação de fatores de risco e de

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possíveis transtornos no desenvolvimento de cada criança (ZAQUEU; TEIXEIRA; ALCKMIN-
CARVALHO; PAULA, 2015).
Tendo em vista essas possíveis alterações essa pesquisa teve como objetivos avaliar
e descrever, a partir da visão materna, o desenvolvimento neuro-sensório-motor, cognitivo
e psicossocial de crianças de 0 a 2 anos de idade nascidas pré-termo e a termo, atendidas
em um ambulatório de pediatria da região do Triângulo Mineiro e detectar precocemente
possíveis sinais de alterações no desenvolvimento infantil.

MÉTODO

Esta pesquisa definiu-se como descritiva e exploratória de abordagem quantitativa.


Foram incluídas por amostra não probabilística por conveniência, trinta mães de crianças
de 0 a 2 anos, nascidas pré-termo e a termo, que frequentavam os atendimentos de terapia
ocupacional e puericultura de um ambulatório de pediatria da região do Triângulo Mineiro.
Para tal foi necessário ter autorização e assinatura do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido por seus responsáveis legais. A aprovação da referida pesquisa ocorreu em
período anterior a disponibilidade do número CAAE, no entanto, esta pesquisa foi aprovada
pelo Comitê de Ética em Pesquisa Humana da Universidade Federal do Triângulo Mineiro,
Resolução 196 sob protocolo número 2420.
Para a coleta dos dados foram utilizados um roteiro de anamnese criado pelas pesqui-
sadoras com dados das crianças e dos pais e o Inventário Portage Operacionalizado (IPO)
(BORA; CARDOSO; TONI, 2019; PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2009) correspondente às
idades de 0 a 2 anos. Os instrumentos foram respondidos pelos pais das crianças participan-
tes. A organização e análise dos dados referentes ao roteiro de anamnese se deram através
de uma catalogação de itens relacionados às crianças como: história pré, peri e pós-natal,
suas condições clínicas e desenvolvimentais, e itens relacionados ao perfil dos pais como
o grau de escolaridade, dados gestacionais e do parto. Tal análise permitiu a visualização
do perfil das crianças e dos pais participantes dessa pesquisa.
A análise dos dados do IPO se deu em dois momentos: no primeiro foi realizada a
contagem manual e utilizadas as frequências de aparição e porcentagens das respostas ma-
ternas em relação à aparição ou não da habilidade listada no questionário seguindo as cinco
áreas do desenvolvimento infantil avaliadas pelo IPO, a saber: áreas de estimulação infantil,
socialização, cognição, linguagem, autocuidado e desenvolvimento motor. Fez-se então a so-
matória manual de quantas vezes aquela habilidade perpassou ou não pelas respostas mater-
nas. No segundo momento foi realizada uma catalogação da somatória inicial dos itens e uma
titulação conforme: aparição maior que setenta por cento – intitulado: Itens Desenvolvidos;

4 Leitura de Prova
aparição de cinquenta a setenta por cento – intitulado: Itens Em Desenvolvimento e aparição
menor que cinquenta por cento – intitulado: Itens Não Desenvolvidos.

RESULTADOS

O perfil das crianças foi organizado por semestre e foi verificado que dezessete crianças
estavam com idade de 0 a 6 meses, uma criança de 6 a 12 meses, oito crianças de 12 a 18
meses e quatro crianças de 18 a 24 meses de idade. Do total de participantes, dez eram do
sexo masculino e vinte do sexo feminino. Todos tiveram a mesma naturalidade. Vinte crianças
foram nascidas prematuras e encaminhadas ao serviço ambulatorial de estimulação precoce
e dez crianças nasceram a termo e estavam no serviço de puericultura deste mesmo local.
O perfil dos pais foi organizado por idade, nível de escolaridade e ocupação. A idade
das mães variara entre dezenove e quarenta anos; 3 mães tinham o ensino fundamental
completo, 2 o ensino fundamental incompleto, treze o ensino médio completo, 9 o ensino
médio incompleto e 3 mães possuem o ensino superior completo. A ocupação dessas mães
foi cuidadoras do lar, nutricionista, atendentes, auxiliares de serviços gerais, secretária, ope-
radora de caixa, técnica de enfermagem e manicure. A idade paterna variara entre vinte e
quarenta e seis anos; 3 pais tinham o ensino fundamental completo, 1 o ensino fundamental
incompleto, 7 o ensino médio completo, quinze o ensino médio incompleto e 4 não infor-
maram seu grau de escolaridade. A ocupação desses pais era auxiliar de serviços gerais,
chapeiros, zelador, agente de segurança penitenciária, motorista, mecânico, tratorista, autô-
nomo, funileiro, auxiliar de construção, servente, vigilante, operador de máquina, eletricista,
comerciante, pintor, conferente, soldador, montador e balconista.
Os dados do IPO foram organizados pelas idades das crianças, em 0 a 1 ano e em 1
a 2 anos e analisados nas áreas de estimulação infantil, socialização, cognição, linguagem,
autocuidado e desenvolvimento motor para crianças de 0 a 1 ano e socialização, cognição,
linguagem, autocuidado e desenvolvimento motor para crianças de 1 a 2 anos.
Os itens analisados em todas as áreas desenvolvimentais das crianças de 0 a 1 ano
que correspondiam às respostas de dezoito mães destas crianças, apareceram com fre-
quência maior que setenta por cento (n>12) se relacionam aos comportamentos desenvol-
vidos. Os itens que apareceram com frequência de cinquenta a setenta por cento (n de 9
a 12) se relacionam aos comportamentos que estão em desenvolvimento. E os itens com
frequência menor que cinquenta por cento (n< 9) representam comportamentos não desen-
volvidos pelas crianças.
Os resultados encontrados no grupo de 0 a 1 ano mostram que dos quarenta e cinco
itens avaliados na área de estimulação infantil, que correspondem à sensibilidade tátil, visual,
auditiva, localização visual e auditiva e ao desenvolvimento neuropsicomotor, observou-se

Leitura de Prova 5
que vinte e nove apareceram com uma frequência maior que setenta por cento, sendo por
isso, considerados desenvolvidos; oito tiveram frequência de cinquenta a setenta por cento
e foram considerados em desenvolvimento, e oito tiveram frequência de aparição menor
que cinquenta por cento evidenciando comportamentos não desenvolvidos pelas crianças.
Dos vinte e oito itens avaliados na área de socialização, observou-se que 3 apareceram
com uma frequência maior que setenta por cento, sendo considerados desenvolvidos, 6 tive-
ram frequência de cinquenta a setenta por cento e foram considerados em desenvolvimento,
e dezenove tiveram frequência de aparição menor que cinquenta por cento evidenciando
comportamentos não desenvolvidos.
Dos catorze itens avaliados na área de cognição, não foi verificado nenhum comporta-
mento desenvolvido ou em desenvolvimento. Todos os catorze itens tiveram frequência de
aparição menor que cinquenta por cento evidenciando comportamentos não desenvolvidos.
Dos dez itens avaliados na área de linguagem, observou-se que apenas 1 apareceu
com frequência maior que setenta por cento, e foi considerado desenvolvido, não apareceu
nenhum item com frequência de cinquenta a setenta por cento e 9 tiveram frequência de
aparição menor que cinquenta por cento evidenciando comportamentos não desenvolvidos.
Dos treze itens avaliados na área de autocuidado, observou-se que apenas 1 apareceu
com uma frequência maior que setenta por cento, sendo assim considerado desenvolvido, 1
teve frequência de cinquenta a setenta por cento, sendo classificado em desenvolvimento,
e onze tiveram frequência de aparição menor que cinquenta por cento evidenciando com-
portamentos não desenvolvidos.
Dos quarenta e cinco itens avaliados na área de desenvolvimento motor, observou-se
que apenas 1 apareceu com uma frequência maior que setenta por cento, e foi considerado
desenvolvido, 4 tiveram frequência de cinquenta a setenta por cento e foram classificados
em desenvolvimento e quarenta tiveram frequência de aparição menor que cinquenta por
cento evidenciando comportamentos não desenvolvidos pelas crianças.
Pode ser constatado que entre as crianças de 0 a 1 ano de idade, somente a área
nomeada estimulação infantil estava com desenvolvimento apropriado à idade, as demais,
socialização, cognição, linguagem, autocuidado e desenvolvimento motor estavam em sua
maioria com itens em desenvolvimento ou em atraso (Tabela 1).

6 Leitura de Prova
Tabela 1. Perfil de 0 a 1 ano segundo o IPO.

Itens
Áreas IPO Total de itens
Desenvolvidos Em desenvolvimento Não desenvolvidos
Estimulação Infantil 45 29 8 8
Socialização 28 3 6 19
Cognição 14 0 0 14
Linguagem 10 1 0 9
Autocuidado 13 1 1 11
Desenvolvimento motor 45 1 4 40
Fonte: Dados da pesquisa.

Os resultados da socialização, cognição, linguagem, autocuidado e desenvolvimento


motor encontrados no grupo de 1 a 2 anos, que correspondiam às respostas de doze mães
destas crianças, os itens que apareceram com frequência maior de setenta por cento (n >
8) se relacionavam aos comportamentos desenvolvidos pelas crianças. Os itens que apa-
receram com frequência de cinquenta a setenta por cento (n de 6 a 8) se relacionavam aos
comportamentos que estavam em desenvolvimento. E os itens com frequência menor que
cinquenta por cento (n< 6) representavam comportamentos não desenvolvidos.
Dos quinze itens avaliados na área de socialização, observou-se que treze apareceram
com uma frequência maior que setenta por cento, e foram considerados desenvolvidos, 2
tiveram frequência de cinquenta a setenta por cento e foram classificados como em desenvol-
vimento, e nenhum item apareceu como comportamentos não desenvolvidos pelas crianças.
Dos dez itens avaliados na área de cognição, observou-se que 5 apareceram com
uma frequência maior que setenta por cento, e foram considerados desenvolvidos, 1 teve
frequência de cinquenta a setenta por cento, o que o classificou como em desenvolvimento,
e 4 tiveram frequência de aparição menor que cinquenta por cento evidenciando comporta-
mentos não desenvolvidos.
Dos dezoito itens avaliados na área de linguagem, observou-se que 4 apareceram
com frequência maior que setenta por cento, considerados então desenvolvidos, 5 tiveram
frequência de cinquenta a setenta por cento, considerados em desenvolvimento, e 9 tive-
ram frequência de aparição menor que cinquenta por cento evidenciando comportamentos
não desenvolvidos.
Dos doze itens avaliados na área de autocuidado, observou-se que 5 apareceram
com uma frequência maior que setenta por cento, considerados desenvolvidos, 3 tiveram
frequência de cinquenta a setenta por cento, considerados em desenvolvimento, e 4 tive-
ram frequência de aparição menor que cinquenta por cento evidenciando comportamentos
não desenvolvidos.
Dos dezoito itens avaliados na área de desenvolvimento motor, observou-se que 8
apareceram com uma frequência maior que setenta por cento, considerados desenvolvidos,

Leitura de Prova 7
5 tiveram frequência de cinquenta a setenta por cento e foram classificados em desenvol-
vimento, e 5 tiveram frequência de aparição menor que cinquenta por cento, mostrando
comportamentos não desenvolvidos.
Entre as crianças de 1 a 2 anos somente a área socialização estava desenvolvida, a
cognição e linguagem estavam entre itens desenvolvidos e itens não desenvolvidos; e o
autocuidado e desenvolvimento motor estavam em sua maioria divididos entre itens desen-
volvidos ou em desenvolvimento. Nenhuma área do desenvolvimento das crianças de 1 a
2 anos estava com a maioria dos itens em atraso (Tabela 2).

Tabela 2. Perfil 1 a 2 anos segundo o IPO.


Itens Em Itens Não
Áreas IPO Total de itens Itens Desenvolvidos
desenvolvimento desenvolvidos
Socialização 15 13 2 0
Cognição 10 5 1 4
Linguagem 18 4 5 9
Autocuidado 12 5 3 4
Desenvolvimento motor 18 8 5 5
Fonte: Dados da pesquisa

Com estes dados foi possível observar uma importante defasagem em diversas áreas
desenvolvimentais avaliadas pelo IPO e relatada pelos pais, com exceção da área de es-
timulação infantil, das crianças de 0 a 1 ano. As crianças de 1 a 2 anos apresentaram
maior defasagem na área de linguagem, e nas outras áreas (socialização, cognição, lin-
guagem, autocuidado e desenvolvimento motor) os resultados encontrados estavam mais
próximos do esperado.

DISCUSSÃO

Os dados obtidos em cada uma das áreas analisadas pelo IPO e relatadas pelos pais
evidenciaram questões de suma importância para serem trabalhadas em programas de
intervenção precoce para que as crianças possam receber estimulações que promovam
ou reabilitem seu desenvolvimento para o mais próximo do esperado em cada faixa etária.
Ao analisar a área de estimulação infantil das crianças de 0 a 1 ano, que em sua maioria
teve itens desenvolvidos, pode-se observar que apesar da maioria delas estar realizando
o que era esperado para suas faixas etárias, como por exemplo, olhar para objetos de for-
mas e cores variadas por até dois minutos, demonstrar sensibilidade tátil, olhar em direção
a objetos que produzem som, movimentar a cabeça para o lado quando deitada de costas,
dentre outros, verificou-se que existiram itens não desenvolvidos, como por exemplo, golpear
objetos com as mãos, controlar a cabeça e os ombros quando colocada sentada, estender os
braços em direção a objetos, que necessitam ser estimulados ou enfocados na intervenção

8 Leitura de Prova
precoce. Esses itens correspondem a fatores essenciais para o desenvolvimento infantil e
necessitam ser trabalhados com estimulações adequadas que os promovam.
De acordo com a literatura (BELSKY, 2010; FORMIGA; PEDRAZZANI; TUDELLA, 2010;
MESSER; GRAVE, 2012; MORAIS; FREITAS; VIANA; FORMIGA, 2012), o desenvolvimento
neuropsicomotor da criança é dividido em trimestres sendo que no primeiro trimestre um dos
mais importantes movimentos adquiridos é o controle progressivo de cabeça, a habilidade de
levantar e mover a cabeça contra a gravidade; no segundo trimestre a criança desenvolve
mais habilidades como sentar-se com apoio, em que o tronco inclina para frente e o peso
fica nas mãos, neste trimestre também ocorre transferência lateral de peso onde a criança
apoia-se em um braço deixando o outro livre para segurar objetos; no terceiro trimestre a
criança já consegue sentar-se sem apoio e utilizar as mãos para brincar; no quarto trimestre
a criança consegue engatinhar fazendo alternância entre braços e pernas, aprende a sentar
e se levantar segurando na mobília. Com esses dados evidenciados na literatura, verifica-
-se a importância da estimulação motora para promover controle de cabeça, de tronco e o
desenvolvimento das habilidades das crianças no primeiro ano de vida.
Na área de socialização, entre as crianças de 0 e 1 ano de idade, os itens que apare-
ceram em maior destaque correspondem aos não desenvolvidos, como sorrir em resposta a
expressão facial dos outros, sorrir ao ver sua imagem no espelho, assim como tentar tocá-la,
estender os braços em direção a familiares ou a objetos que são oferecidos, brincar sozinho,
dentre outros. Por volta dos dois ou três meses de vida a criança começa a sorrir mais para
um rosto humano, do que para o rosto de uma boneca, o que sugere que ela está respon-
dendo aos sinais sociais presentes no rosto humano (FRANCO; MELO; APOLONIO, 2012;
MORAIS; FREITAS; VIANA; FORMIGA, 2012). Começa a notar as expressões faciais das
pessoas e a responder às mesmas. Aos 4 meses de idade, a criança é capaz de distinguir o
sentimento de raiva e de felicidade, apresentar preferências por expressões felizes e sorrisos
a expressões tristes, aos 5 meses de idade a criança consegue identificar alterações vocais
de feliz para triste e vice-versa, e no primeiro ano de vida já é capaz de detectar emoções
pelo reconhecimento de expressões faciais (CHRONAKI; HADWIN; GARNER; MAURAGE;
SONUGA-BARKE, 2015). Portanto, vale ressaltar que é imprescindível estimular a área de
socialização das crianças de 0 a 1 ano participantes desta pesquisa, pois apresentaram
atrasos importantes.
Com relação às crianças de 1 a 2 anos, pode ser verificado que estavam com o proces-
so de socialização, em sua maioria, com itens desenvolvidos e que respondiam aos fatores
da socialização com bastante eficácia, como por exemplo, imitar um adulto, brincar ao lado
de outra criança, explorar o ambiente, brincar com outras crianças da mesma faixa etária.
Isso demonstra as experiências vivenciadas por essas crianças, experiências chamadas de

Leitura de Prova 9
verticais e horizontais, em que as primeiras correspondem ao relacionamento com pessoas
próximas do seu ciclo social (pais, irmãos, tios) e as segundas correspondem a relaciona-
mento com outras pessoas, como crianças da mesma idade (BEE, 2018). Nesses relacio-
namentos a criança elabora seus modelos funcionais internos, adquirindo desta forma as
habilidades sociais fundamentais para o seu desenvolvimento (BEE, 2018).
As experiências sociais vivenciadas pela criança por meio da exploração do ambiente,
da interação com adultos e crianças da mesma idade, facilitam o aprendizado, possibilitam
a criação de estratégias adaptativas que permitem a criança interagir com o meio que está
inserida e propicia a transformação dessas experiências externas em um processo intrapes-
soal (GERZSON, 2016; SOUSA; PASIN; SILVA; SALES, 2018). Devido a isso é importante
que os pais participantes desta pesquisa ofereçam, especialmente, para as crianças de 0 a
1 ano, oportunidades para que possam desenvolver sua área social.
Com os dados obtidos na área de cognição, observou-se a necessidade da estimulação
desta área fundamentalmente entre as crianças de 0 a 1 ano, pois estavam com grande
defasagem em itens como remover um pano do rosto que obscurece a visão, procurar com
o olhar um objeto que foi retirado do seu campo visual, imitar um adulto colocando um objeto
em um recipiente, deixar cair e apanhar um brinquedo, assim como executar gestos sim-
ples. De acordo com a literatura (BANCA; NASCIMENTO, 2019; OLIVEIRA; GONÇALVES;
COSTA; BONILHA, 2016; TENÓRIO; PEDRUZZI; SANTOS; SANTOS, 2019), as crianças
nascidas prematuramente apresentam maior probabilidade de sofrer alterações e apresen-
tar dificuldades em seu desenvolvimento cognitivo devido a fatores de risco associados a
prematuridade, como, baixo peso ao nascer, nível de escolaridade materna, pré natal inade-
quado e entre outros, pois no desenvolvimento cognitivo infantil, fatores socioeconômicos,
biológicos e ambientais interferem diretamente na cognição em processos de assimilação,
acomodação e equilibração das informações pela criança, porém, é necessário atentar-se
ao fato de que havia no estudo dez crianças nascidas a termo e que também demonstraram
defasagem nesta área do desenvolvimento. Faz-se, portanto necessário estimular a cognição
de todas as crianças com até um ano participantes deste estudo.
Entre as crianças de 1 a 2 anos foi verificado, em sua maioria, itens desenvolvidos e
em desenvolvimento. Foi possível observar que ainda existem itens em defasagem, como
por exemplo, empilhar blocos, emparelhar objetos e seguir ordens simples. A estimulação
dos itens cognitivos não desenvolvidos deve ser primordial no plano de intervenção dessas
crianças. As crianças na faixa etária de 1 a 2 anos potencializam sua cognição através da
exploração de objetos e do ambiente, realizam isso tocando, mexendo em tudo, observan-
do cada detalhe, buscando assimilar, acomodar e equilibrar as informações recebidas do
meio a fim de elaborar seu próprio esquema cognitivo (BEE, 2018). É importante que os

10 Leitura de Prova
pais participantes desta pesquisa ofereçam, especialmente, para as crianças de 0 a 1 ano,
oportunidades para que possam desenvolver sua cognição.
Com os dados obtidos na área de linguagem, quase a totalidade os itens das crianças de
0 a 1 ano estavam em atraso, como na repetição de sons, de sílabas, na resposta a gestos,
a perguntas simples, na tentativa de verbalização, dentre outros. Ficou, portanto, evidente
a necessidade de estimular a linguagem das crianças participantes da pesquisa. De acordo
com a literatura (BEE, 2008), com um ou dois meses de idade a criança é capaz de prestar
atenção e perceber a diferença entre sons de várias letras, poucos meses depois é capaz de
discriminar sílabas ou palavras, além de perceber que tais sons são acompanhados pelos
movimentos da boca da pessoa que está falando (BEE, 2008).
Do nascimento até um mês de vida o som mais comum que a criança pronuncia é o
choro, entre um e dois meses a criança passa a emitir alguns sons vocálicos e risos, porém
somente com seis ou sete meses a criança passa a emitir sons de consoantes. Entre seis
e nove meses há um aumento na combinação vogal-consoante, conhecido como balbucio
que se intensifica dos seis aos doze meses (BEE, 2008; BELSKY, 2010).
No segundo ano de vida existe uma grande desenvoltura de linguagem e as crian-
ças já são capazes de construir frase com mais de três palavras e utilizar linguagem para
comunicação e socialização (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2009). Entre as crianças de
1 a 2 anos participantes do estudo, os itens estavam divididos entre desenvolvidos, em
desenvolvimento e não desenvolvidos. Verificaram-se atrasos em itens como nomeação
de objetos, de partes do corpo, na realização de perguntas mudando a entonação de voz,
dentre outros. É importante compreender que entre 1 e 2 anos a criança começa a combinar
palavras para expressar seus desejos.
Na área de autocuidado foi possível observar que devido à idade, as crianças de 0 a
1 ano apresentam dependência total na maioria dos itens analisados, como por exemplo,
tomar mingau ou sopinha, estender as mãos em direção à mamadeira tentando pegá-la e
segurá-la, comer alimentos dados pelos pais, alimentar-se sozinho usando os dedos, esticar
braços e pernas ao ser vestido, assim como segurar uma xícara com ambas as mãos. O au-
tocuidado consiste na realização de atividades voltadas para o cuidado com o próprio corpo,
como alimentação, cuidados com a higiene pessoal e tomar banho, que são essenciais para
à manutenção da saúde e bem-estar (AOTA, 2015). É importante compreender que o nível
de desenvolvimento, como a idade, as habilidades adquiridas e a exploração e interação
com o ambiente, condicionam as capacidades do indivíduo na realização do autocuidado, o
que justifica a não realização de determinados comportamentos dentro do autocuidado das
crianças com a faixa etária entre 0 e 1 ano, participantes da pesquisa (AMARAL; CORRÊA;

Leitura de Prova 11
AITA, 2019). Vale ressaltar a importância da orientação materna sobre as capacidades
adequadas em cada idade para a independência nas atividades de autocuidado.
Já as crianças de 1 a 2 anos apresentaram itens desenvolvidos ou em desenvolvimento
na sua maioria, mas também alguns itens em atraso, pois a grande maioria das mães se
tornou responsável por realizar a maioria do autocuidado das crianças participantes do es-
tudo. Na análise dos dados dessa área foi observado que algumas crianças apresentavam
maior independência em alguns aspectos, como alimentação e vestimenta, conseguindo
realizá-los sob a supervisão de adultos.
Na área de desenvolvimento motor, nas crianças de 0 a 1 ano foi perceptível grande
defasagem nos itens e atrasos nas aquisições motoras, como por exemplo, alcançar objetos
colocados à sua frente, levar objetos à boca, tocar e explorar objetos com a boca, elevar a
cabeça e o tronco, apoiando se nos braços estando deitado de barriga para baixo, dentre
outros. Os principais marcos do desenvolvimento motor nos primeiros dois anos de vida
evoluem desde reflexos a movimentos voluntários e coordenados. Essas habilidades va-
riam desde ações motoras amplas como engatinhar e andar até habilidades motoras finas
e práxicas, como agarrar objetos (BORA; CARDOSO; TONI, 2019). Esses comportamentos
estavam em defasagem nas crianças de 0 a 1 ano participantes deste estudo e precisam
ser estimulados para potencializar o desenvolvimento delas.
Analisando os dados motores das crianças de 1 a 2 anos, constatou-se a importância
de se estimular os itens não desenvolvidos nesta área, como subir em cadeira de adulto,
virar-se e sentar-se, realizar encaixes de objetos, construir torres de até três blocos, dentre
outros. Os primeiros anos de vida de um ser humano são extremamente importantes para
o desenvolvimento, pois é o principal período da vida para aquisições motoras, cognitivas,
sociais, de linguagem e comportamento (GOLLO; GRAVE, 2015), assim, torna-se funda-
mental compreender esse período para prevenir atrasos no desenvolvimento da criança.
Os atrasos no desenvolvimento possuem etiologia multifatorial, sendo influenciados por
fatores que perpassam desde a concepção, gravidez e parto, a fatores neurológicos, gené-
ticos, sociais e ambientais que interagem entre si (DORNELAS; DUARTE; MAGALHÃES,
2015; SILVA; ENGSTRON; MIRANDA, 2015; PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2009). A iden-
tificação precoce dos fatores de risco ao desenvolvimento infantil se faz necessária, pois
torna possível iniciar a intervenção precoce para prevenir ou atenuar possíveis atrasos ou
riscos ao desenvolvimento (CARDOSO; FERNANDES; PROCÓPIO, 2017). É importante
compreender que a estimulação precoce é realizada por uma equipe multidisciplinar, que
tem como foco o atendimento das necessidades da criança e sua família, por meio da ob-
servação do ambiente, identificação de fatores de risco, potencialidades e limitações ao
desenvolvimento infantil, objetivando auxiliar no desempenho da criança nas áreas motora,

12 Leitura de Prova
social, sensorial, cognitiva e social, visando promover o desenvolvimento de habilidades e
a qualidade de vida(CARDOSO; FERNANDES; PROCÓPIO, 2017).
O terapeuta ocupacional é um dos profissionais que compõe a equipe multidisciplinar
e o seu papel neste contexto consiste em propor que a família se envolva ao máximo no
programa de intervenção e que os pais se sintam confiantes em trabalhar com a criança em
casa e aprendam também a ver os seus progressos (FORMIGA; PEDRAZZANI; TUDELLA,
2010). Este profissional atuará junto à própria criança visando favorecer o desempenho de
habilidades em todas as áreas de desenvolvimento e no ambiente familiar, objetivando a
promoção da qualidade de vida, das fases do desenvolvimento global, da proteção e con-
servação de funções existentes, através de estratégias que estimulem o lúdico por meio do
brincar (SOUZA; SANTO; BORGES; VIEIRA, 2018).
Em um programa de intervenção precoce é de extrema importância que o profissional
tenha conhecimento detalhado sobre o desenvolvimento típico infantil, como conceitos bási-
cos, maturação e crescimento, para que possa identificar possíveis desordens, prevenindo,
tratando e reabilitando crianças com riscos ou atrasos no desenvolvimento, ofertando um
atendimento de qualidade e orientação aos pais e cuidadores, que são importantes no pro-
cesso terapêutico (GOLLO; GRAVE, 2015).

CONCLUSÃO

É imprescindível o entendimento de que os primeiros anos de desenvolvimento infantil


são de extrema importância, pois é o período no qual ocorre a maior plasticidade neuro-
nal, o que favorece a aquisição de habilidades nas diferentes áreas de desenvolvimento
(CARDOSO; FERNANDES; PROCÓPIO, 2017).
Este estudo apresentou algumas limitações que geraram questionamentos e suges-
tões para novas pesquisas que poderiam investigar hipótese como: se os bebês estavam
em acompanhamento terapêutico porque seus pais relataram tantos itens que geraram
resultados de atrasos desenvolvimentais em diversas áreas do IPO? Como a análise dos
dados foi baseada nas respostas maternas e não na avaliação e intervenção direta com os
bebês participantes, vale questionar se as mães souberam apontar corretamente os itens,
no entanto, acredita-se na veracidade dessas percepções, uma vez que elas são as prin-
cipais cuidadoras das crianças participantes, além de ser uma forma de se valorizar esse
tipo de avaliação centrada no cliente, na família e nas reais necessidades. Inclusive essa
metodologia pode auxiliar no desenvolvimento das estratégias terapêuticas advindas do
cliente e de seu grau de satisfação com a terapia. Será que o programam de intervenção
precoce estava enfocando mais a estimulação infantil que as outras áreas desenvolvimentais
do IPO? A forma como foi realizada a análise dos dados pode ter interferido nos resultados,

Leitura de Prova 13
pois se deu somente a partir da divisão de grupos por idade de 0 a 1 ano e de 1 a 2 anos e
não foi realizada por gênero, pela condição da prematuridade ou ainda por área específica
do IPO. Sugere-se ainda investigar as variáveis dicotômicas como a prematuridade e o
nascimento a termo; variáveis contínuas como peso da criança e variáveis ordinais como
condições sociodemográficas.
Para se realizar a intervenção precoce, é necessário então considerar as capacidades
da criança, sua plasticidade cerebral para aprendizado e adaptação ao meio ambiente e
desta forma promover uma intervenção que tenha resultados satisfatórios2 e ofereça sub-
sídios para a prevenção de dificuldades desenvolvimentais. A intervenção precoce deve
priorizar também o incentivo, a orientação e a promoção do envolvimento consciente e ativo
do cuidador no durante todo o processo da estimulação precoce. Vale, ainda, ressaltar a
importância em orientar os pais com relação ao desenvolvimento da criança e potenciali-
zá-los no reconhecimento das dificuldades e habilidades apresentadas pela criança, assim
eles poderão se tornar empoderados e participantes proativos no processo de intervenção
precoce e no desenvolvimento dos seus filhos.

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Leitura de Prova 15

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