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Universidade Estadual do Paraná

Campus Apucarana
Disciplina: Linguística 1
Profª Joelma Castelo
ALUNO: Camily Vitória da Silva Rodrigues
Nota:

Fichamento do capítulo “Estrutura silábica e acento no Português Brasileiro”

1. As sílabas em Português Brasileiro são feitas usando vogais, consoantes ou semivogais, e esses
elementos têm posições específicas na sílaba, sendo a vogal a mais importante, pois ocupa o núcleo
(ou pico silábico);

2. As consoantes e semivogais ocupam as extremidades das sílabas. A posição pré-vocálica periférica,


localizada antes do núcleo, é denominada ataque (ou onset silábico) e pode permanecer vazia. A
posição pós-vocálica periférica, situada após o núcleo chamada coda silábica e também pode estar
ausente;

3. Para determinar a quantidade de sílabas em uma palavra, é necessário contar o número de vogais nela,
uma vez que cada sílaba contém obrigatoriamente pelo menos uma vogal;
 Bicho – contém duas sílabas e duas vogais (bi – cho);
 Queijo - contém duas sílabas, duas vogais e uma semivogal (Quei – jo);

4. O onset silábico (ataque) pode ou não estar presente na constituição da sílaba.


 Definimos como um ataque simples qualquer segmento que não seja uma vogal plena;
 Também pode ser constituído por mais de um segmento - ataques complexos

5. Coda: É a posição localizada após a vogal ser preenchida por uma ou mais consoantes.
 Quando há apenas uma consoante nessa posição, chamamos de coda simples e quando
encontramos duas ou mais, refere-se a uma coda complexa.
 SOL – A letra L /w/ representa uma coda simples;

6. Temos sílabas simples, formadas apenas pelo núcleo silábico, e sílabas complexas, onde o
núcleo é acompanhado por consoantes, além de sílabas abertas ou livres, que não possuem coda
silábica, e sílabas fechadas ou travadas, que contêm coda silábica.
7. Para Mattoso, considera-se que o sistema fonológico do Português Brasileiro (PB) é composto
por apenas sete vogais orais. Além disso, a vogal nasal é concebida como bifonêmica (formada
por um segmento vocálico oral seguido por um segmento consonantal nasal [m, n, ɲ] ).
 Esses traços são neutralizados pelo arquifonema /N/, uma vez que os segmentos consonantais
nasais são fonemas distintos, como observado em palavras como "soma", "sono" e "sonho".

8. O arquifonema /R/ também é encontrado na posição de coda simples. No Português Brasileiro


(PB), é evidente que existem dois tipos de fonemas de "r" que apresentam contraste. Esses são
conhecidos como "r" fraco e "r" forte.
 O primeiro surge entre vogais e como a segunda consoante em uma mesma sílaba.
 Por outro lado, o "r" forte ocorre no início de palavras, entre vogais, e é seguido por uma
consoante em outra sílaba, principalmente em encontros consonantais heterossilábicos.

9. As classificações dos tipos silábicos ocorrem a partir do ataque e da coda. As sílabas que são
categorizadas como simples, são formadas apenas pelo núcleo silábico; complexas, nas quais o
núcleo é acompanhado por consoantes; abertas ou livres, quando não possuem coda silábica; e
fechadas ou travadas, quando apresentam coda silábica.

10. Se considerarmos as semivogais como consoantes, podemos simplificar a categorização dos


tipos de sílabas. Por exemplo, na palavra "anéis", em vez de incluirmos a sílaba CVV’C na lista
de sílabas, teremos apenas a sílaba CVCC.
 As semivogais, como o "i" e o "u" em algumas situações, podem ser tratadas como
consoantes, especialmente quando estão em posição de coda, ao final da sílaba. Nesse
contexto, a palavra "anéis" pode ser analisada como CVCC, onde o "i" é considerado uma
semivogal que se comporta como uma consoante, simplificando assim a estrutura silábica.

11. Para simplificar o inventário fonêmico no Português Brasileiro (PB), considera-se adicionar
duas semivogais à lista de fonemas consonantais. Se tratarmos essas semivogais como
vogais, podemos manter 19 consoantes em vez de 21, embora essa abordagem torne a
tipologia silábica mais complexa. A opção comum é preservar o número de fonemas,
aumentando, assim, a diversidade de tipos de sílabas.

12. A concepção de vocábulo fonológico está diretamente ligada ao fenômeno do acento no


contexto da língua portuguesa. Câmara Jr. (1977) atribui à definição de vocábulo a dimensão
do acento, isto é, a relação entre sílabas tônicas e átonas. Segundo o autor, cada vocábulo
possui uma estrutura acentual específica, na qual as sílabas pós-tônicas (após o acento) são
menos enfatizadas em comparação às pré-tônicas (anteriores ao acento).
 Grau 0: para a sílaba átona pós-tônica;
 Grau 1: para a sílaba átona pré-tônica;
 Grau 2: para uma sílaba tônica de menor intensidade;
 Grau 3: para a sílaba tônica de maior intensidade.

Referências:

Seara, Izabel Christine; Nunes, Vanessa Gonzaga; Lazzarotto-Volcão, Cristiane. Fonética e


fonologia do português brasileiro: 2ºperíodo. Florianópolis: LLV/CCE/UFSC, 2011.

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