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Título original: Bare Ass in Love

Copyright © 2017 Sasha Burke


Copyright da tradução © 2021 por Cherish Books Ltda
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou
reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito das
editoras.
Publicado mediante acordo com a autora.

Tradução: AJ Ventura
Revisão: Elimar Souza
Diagramação: AJ Ventura
Capa: One Minute Design
Marketing e Comunicação: Elimar Souza

Burke, Sasha
O chefe apaixonado/ Sasha Burke; tradução de AJ Ventura. Rio de Janeiro:
Cherish Books, 2021.

Tradução de:
ASIN

1. Ficção americana I. Ventura, AJ. II. Título.

Todos os direitos reservados, no Brasil, por


Cherish Books
Rua Auristela, nº244 - Santa Cruz
E-mail: cherishbooksbr@gmail.com
SUMÁRIO

Capa
Sinopse
1. Capítulo 1
2. Capítulo 2
3. Capítulo 3
4. Capítulo 4
5. Capítulo 5
6. Capítulo 6
7. Capítulo 7
8. Capítulo 8
9. Capítulo 9
10. Capítulo 10
11. Capítulo 11
12. Capítulo 12
13. Capítulo 13
14. Capítulo 14
15. Capítulo 15
16. Capítulo 16
17. Capítulo 17
18. Capítulo 18
19. Capítulo 19
20. Capítulo 20
21. Capítulo 21
22. Capítulo 22
23. Capítulo 23
Epílogo

Sobre a Autora
ESSA MULHER ESTÁ ME MATANDO.

N ão sou o tipo de homem que normalmente consideraria


confundir os limites entre o senhorio e a inquilina ou o chefe
e a funcionária, mas Summer é uma tentação ambulante.
Ela é neurótica e obsessiva como o inferno quando se trata de
detalhes de trabalho, mas mesmo assim, uma tentação fofa sem
nem ao menos saber.
Ela tem sido uma boa inquilina e uma funcionária ainda melhor.
Além disso, ela não sorri de maneira afetada ou se joga para cima
de mim como um monte de mulheres que descobrem meu
patrimônio líquido. Eu me tornei... afeiçoado a ela, estranhamente.
Mas se ela me tirar da cama no meio da noite para falar de
trabalho mais uma vez ...

ESSE HOMEM É UM SANTO.

Jason não só me contratou para o maior projeto de que já


participei, mas também me deixou morar em um loft incrível em seu
prédio como um extravagante privilégio de relocação de trabalho.
Claro, ele pode ficar resmungão quando eu acidentalmente o acordo
para revisar o projeto, mas ele ainda é um santo.
Ele tem sido um chefe fantástico e um senhorio
surpreendentemente protetor. Mas... quando seus ombros ficaram
tão largos? E por que essa voz rosnando está me deixando com os
joelhos fracos ultimamente?
E também é considerado ereção matinal se acontecer no meio
da noite… ou um pouco mais cedo?
Para Heather

para Daisy.
JASON
SEGUNDA-FEIRA
(Horário: 1:53)

E u chuto os lençóis e olho para o meu despertador. Ainda


está escuro pra caralho e eu conheço aquela batida. É a
mesma batida frenética que ela deu todas as outras vezes
que me acordou em uma hora ridícula.
Depois de um mês e meio disso, você pensaria que eu estaria
acostumado a arrastar minha bunda para fora da cama no meio da
madrugada porque minha gerente de construção está perdendo a
cabeça por causa de alguns detalhes de um projeto. Isso, no
entanto, não me impede de ser um rabugento dos infernos.
Eu abro a porta para encontrá-la parada lá. Summer Davis. Sim,
ela é tão bonita quanto seu nome.
Como de costume, seu cabelo está em um coque bagunçado
com algum lápis enfiado nele. E como de costume durante esta
hora, ela está corada e sem fôlego por ter subido os quatro lances
de escada para chegar aqui.
Com o acesso do elevador ao andar da cobertura redirecionando
automaticamente o passageiro de volta ao saguão para liberação da
recepção, e Summer de alguma forma conseguindo convencer meu
gerente noturno a arriscar uma aposentadoria precoce ao me
acordar mais de meia dúzia de vezes em suas primeiras duas
semanas depois de me mudar, decidi dar à mulher seu próprio
código de acesso para entrar no meu andar pela escada de
incêndio.
Ela o havia acessado tantas vezes que a segurança do meu
prédio nem se incomodava em verificar comigo depois que ela
passou a vir aqui com frequência. Eles me garantem que a
observam em seus monitores até eu deixá-la entrar, no entanto.
Principalmente por razões não relacionadas à segurança, tenho
certeza.
O que significa que provavelmente eles estão focados em seu
peito arfante.
Eu cortei um olhar sombrio para a câmera de vigilância em
formato de globo de neve aparafusada no teto perto do elevador e
quase soltei um sorriso quando o globo ocular eletrônico
instantaneamente zumbiu em movimento, sacudindo para um novo
ângulo de visão o mais longe possível da minha porta da frente.
Milagre dos milagres, pelo menos esta noite ela vestia algo
diferente das camisas masculinas de botão que usa para dormir — e
mais frequentemente do que não, usa para descer até o saguão
para assinar as entregas da UPS... sem nada por baixo, exceto a
calcinha.
Sei com certeza que meus seguranças adoravam chamá-la para
as entregas o mais tarde possível, esperando, como um bando de
pervertidos, que ela descesse sem se esquecer de vestir um short
primeiro.
Demiti dois seguranças que antes eu achava serem confiáveis,
por cobiçar sua bunda enquanto ela lutava com algumas caixas.
Provavelmente essa é a razão pela qual nenhum dos meus
funcionários não gosta mais de receber as entregas para ela.
Então, sim, em comparação a situação anterior, as calças de
ioga e a blusa solta mostrando a maior parte do seu sutiã esportivo
são uma grande melhora. Mais ou menos Contanto que ela não vire
para o lado e inadvertidamente me mostre aquela pequena marca
de nascença sexy que me distrai...
Inferno. Tarde demais.
Distraidamente. Sexy.
A mulher está me matando.
Normalmente, eu não sou o tipo de homem que consideraria
confundir o limite entre inquilina e senhorio ou patrão e empregada,
mas Summer é uma maldita tentação ambulante. E se ela estivesse
mesmo remotamente ciente de que seus mamilos estavam
cutucando o tecido fino de seu sutiã e dizendo “oi” para mim agora,
eu ficaria chateado pra cacete por ela estar me fazendo repensar
minhas próprias regras.
— Summer — eu finalmente consigo grunhir em um rosnado
apenas civilizado. —, são duas malditas horas da manhã. Não pode
esperar pelo menos até o nascer do sol para variar?
Ela franze a testa daquele jeito fofo e confuso que faz quando
percebe que o resto da cidade está dormindo como ela deveria
estar.
— Oh. Perdão, chefe. Acho que posso voltar em algumas
horas...
Fecho a porta antes que ela diga o “mas” que sempre ouço
esperando nos bastidores, torcendo para que ela não leve a
sugestão do nascer do sol à sério. Não literalmente.
JASON
SEGUNDA-FEIRA
(Horário: 4:21)

E u vou para a porta da frente e a abro no meio de sua


segunda rodada de batidas.
Ela está parada na porta, com o rosto fresco e os olhos
brilhantes. Quase impossivelmente animada. Perseguida, é claro,
por sua dose usual de preocupação excessiva e geralmente
desnecessária com o que quer que esteja passando por seus
pensamentos agora.
— Bom dia, chefe. — Ela me abre um sorriso apressado, mas
genuíno, e prontamente me entrega um grande copo de papel com
o que cheira mais a avelã açucarada do que a café. Onde diabos ela
foi buscar um café chique para viagem a esta hora, eu nem quero
saber. Vou verificar com meu pessoal de segurança mais tarde. Por
enquanto, pego o copo e o deixo sobre a mesa do saguão. Eu não
estou pronto para o café. Eu nem estou vestido.
Ela pisa na soleira, agarrando o copo abandonado para tomar
um gole rápido — como se precisasse de mais cafeína — antes de
dizer com pressa:
— Então, eu tenho algumas coisas para tratar com você.
Talvez seja porque ela puxou uma pasta inacreditavelmente
cheia – uma das muitas em sua bolsa – ou talvez seja porque ela
entendeu literalmente sobre a coisa do nascer do sol, mas sinto que
é perfeitamente justificável estender a mão para colocar sobre a sua
boca para impedi-la de me sobrecarregar com informações antes
que meu cérebro tivesse a chance de acordar.
Seus olhos se arregalam no instante em que minha pele toca a
dela.
Ótimo. Ao som de sua respiração me pegando suavemente de
surpresa, todos os músculos do meu corpo estão tensos e prontos
para a ação. Agora tudo o que consigo pensar é em extrair o mesmo
suspiro dela novamente, de preferência junto com o meu nome,
enquanto mergulho forte e profundamente em sua pequena e
molhada...
A maneira como seus olhos descem chamam a minha atenção, e
eu noto que ela está olhando para a frente da calça de moletom que
eu tive que começar a usar para dormir, depois que a maluquinha
insone começou essas invasões ao meu santuário particular.
Claro, eu normalmente teria escondido melhor minha ereção
matinal, mas estou na minha própria maldita casa e não sou uma
criança que precisa esconder o fato de que meu pau está duro como
pedra por pensar em uma mulher bonita.
Estou curioso sobre a reação dela.
Ela está olhando para o meu pau duro como se eu fosse algum
tipo de alienígena que acabou de mostrar a ela um terceiro globo
ocular. Como se ela estivesse percebendo pela primeira vez que eu
sou um homem e ela uma mulher. Como se ela nunca tivesse tido
um homem reagindo a ela dessa forma antes.
Má ideia, cara. Apenas vá embora. Agora.
— Eu preciso do café da manhã — eu digo, virando e indo para
a cozinha. Ela pode me seguir ou não.
Ela me segue.
E, graças a Deus, ela parece estar de volta ao seu padrão
normal, alheia a tudo, menos ao trabalho, porque eu a ouço
tagarelando o que parece ser uma longa lista de verificação de
coisas em sua mente enquanto eu tiro ovos e alguns outras coisas
da geladeira. De alguns problemas que ela prevê que virão, aos
detalhes de design que ela queria falar comigo antes, a algumas
restrições de construção de interiores que ela está descobrindo, é
tudo padrão, e eu sintonizo com um ouvido enquanto preparo um
pouco de comida.
— Está com fome? — eu pergunto quando ela finalmente faz
uma pausa para respirar novamente.
— Não, obrigada. Já comi — diz ela antes de retomar uma
análise aprofundada do nosso progresso no projeto.
Como sempre, sua atenção aos detalhes é impecável; se ela
tivesse quase a mesma percepção de quanto eu gostaria que ela
fosse embora agora. Seria bom apenas desfrutar novamente de
rituais matinais calmos como eram antes. Mas, eu entendo. Este é
um grande projeto que eu escolhi a dedo para ter o poder de
execução dela. Eu sei que vai levar algum tempo para entrarmos em
um ritmo que não me deixe maluco. O importante é que ela é muito
talentosa, mesmo que seu processo seja pouco ortodoxo.
Termino de fazer meus ovos mexidos e sento no balcão para
comer enquanto ela começa a fazer o que parece ser o início de
uma maratona de explicação sobre como o cara que estávamos
considerando para uma vaga em seu projeto não é a melhor
decisão, e como ela conhece um cara que seria muito mais
adequado.
— Ele foi contratado — eu a interrompo, e ela faz uma pausa,
com a boca ligeiramente aberta enquanto me encara.
Eu calmamente dou outra mordida nos ovos, estudando-a tão
atentamente quanto ela está me observando. Ela não percebe que
confio em suas opiniões sobre esse tipo de coisa? Se ela disser que
seu cara é melhor, ele está contratado. Eu não a teria no trabalho se
pensasse que ela era de alguma forma incompetente.
— Oh — ela diz, seus olhos arregalados — ok. Obrigada.
Ela ainda parece surpresa com minha resposta. Ninguém nunca
a levou a sério? Até agora, ela está administrando tudo com
segurança, e mesmo quando surgem obstáculos, como sempre
acontece com qualquer projeto, ela está resolvendo tudo antes de
eu ter que me envolver.
Aproximo-me para colocar meu prato na pia e ela me observa,
em silêncio absoluto, o que é uma mudança refrescante. O fato de
eu realmente sentir falta de ouvir sua voz, no entanto, me faz pensar
que ainda estou muito cansado para ser funcional no momento.
— Vou tomar banho — informo-a então, deixando-a livre para
sair, enquanto caminho de volta para o quarto principal.
Meio minuto depois, estou de pé no chuveiro, sob um jato
pulsante de água quente quando a ouço começar a falar
novamente.
Ok, acho que ela vai ficar. E agora eu estou com o traseiro nu e
ela está na porta do meu banheiro, falando sobre a equipe e como
eles vão adorar a nova contratação. Ótimo. Maravilha. Que se dane.
A porta de vidro do chuveiro é fosca. A mulher não vai me impedir
de tomar banho.
Ela continua falando e eu começo a me ensaboar, evitando me
ensaboar muito, assim como evito o desejo inesperado que de
repente tenho de puxá-la para o chuveiro comigo.
Porque isso seria ruim.
De um jeito bom pra caralho.
SUMMER
SEGUNDA-FEIRA
(Horário: 5h05)

J ason está no banho e estou vasculhando minhas anotações


para ter certeza de que terminei tudo o que preciso falar
com ele antes que nos separemos como sempre acontece
quando chegamos ao nosso local de trabalho. Parece que
essas primeiras horas da manhã improvisada em sua cobertura são
as únicas vezes que posso reservar alguns minutos para acertar
esses detalhes com ele. Tanto é assim que se tornou a nossa praia.
Durante o último mês e meio, tivemos inúmeras reuniões produtivas
como esta.
Bem... talvez não apenas assim. Sua decisão de tomar banho
durante uma de nossas reuniões é nova. Mas, novamente, não
posso culpá-lo. Ele é um bilionário. Seu tempo é dinheiro.
Literalmente. Uma vez, li um artigo online sobre quanto os
bilionários ganham todos os dias. Para os bilionários que operam da
nova escola, como Jason, calculava-se que eles ganham cerca de
cinco mil dólares por minuto.
Então, eu entendo totalmente. A cinco mil dólares por minuto, é
apenas o uso do bom senso para o homem realizar várias tarefas ao
mesmo tempo. Como na outra noite, quando eu consegui alcançá-lo
antes que ele fosse para a cama após um dia ridiculamente longo
para nós dois, ele simplesmente se virou e começou a tirar as
roupas enquanto eu falava, assinou o formulário que eu precisava
dele com uma mão enquanto puxava as cobertas com a outra, e
murmurou para eu desligar as luzes da sala quando saísse cerca de
um segundo antes de sua cabeça bater no travesseiro.
É bom que ele seja tão casual e direto comigo.
Quando descobri que estaria trabalhando diretamente com o
novo jovem CEO da Steele Developments International, o incrível
Jason Steele em pessoa, fiquei preocupada em ter que estar
sempre perfeitamente penteada o tempo todo, maquiada, de salto
alto e meia-calça, completamente impecável. E eu tentei isso.
Inicialmente. Mas então eu tive meu primeiro surto por causa de um
prazo perdido.
Para ser justa, o erro não foi meu. Jason me contratou para
assumir o cargo depois de demitir o gerente de projeto anterior —
uma decisão que foi absolutamente acertada por tudo que vi.
Caramba, o cara tem sorte de Jason não ter apresentado queixa.
Negligência grosseira à parte, um idiota colocando em risco o
primeiro projeto comunitário de aposentadoria da SDI,
especialmente um que Jason está pessoalmente financiando em
homenagem a seu falecido pai, merece estar na prisão, se você me
perguntar.
Depois de descobrir o quão regiamente meu antecessor nos
ferrou no meu terceiro dia de trabalho, eu subornei o gerente do
prédio de Jason com tudo que eu tinha, exceto meu primogênito
ainda não nascido, para que ele me deixasse subir na cobertura
para falar com ele naquela noite. Não me lembro exatamente o que
estava vestindo quando Jason finalmente abriu a porta, mas me
lembro que ele nem piscou para a minha aparência. Ele apenas me
deixou entrar e me acalmou antes de passar as próximas duas
horas mergulhado até o pescoço em papéis e planos comigo,
mostrando-me em primeira mão exatamente por que seu grupo de
desenvolvimento tinha a reputação de excelência.
Então, quando acabei caindo no sono em seu sofá depois que
meu cérebro finalmente se acalmou o suficiente para aliviar o pedal
de adrenalina pela primeira vez, acordei na manhã seguinte e
descobri que ele me carregou até uma de suas camas de hóspedes
e me colocou lá em algum momento da noite.
Depois disso, nós meio que nos acomodamos nesta pequena
rotina agradável em que estamos agora, onde estamos
completamente confortáveis um com o outro. Surpreendente,
realmente. Sempre ouvi dizer que Jason Steele era tão duro e
intimidador quanto possível — Deus sabe que até os maiores
valentões da minha equipe têm um pouco de medo dele. Mas,
honestamente, nunca vi isso. Além de ser intenso e rude, e
definitivamente um pouco rabugento quando o pego na hora errada,
ele é meio... fofo.
Quero dizer, realmente, quantos outros bilionários incluiriam um
loft sem aluguel em seu prédio de luxo como um privilégio de
relocação durante todo o ano ou mais de um projeto de construção?
Um projeto para ajudar aposentados a aproveitarem seus anos
dourados, nada menos. Sério, o homem é praticamente um santo.
Especialmente quando se trata de me aturar toda vez que eu...
— Summer?
— Sim? — Eu chamo para o banheiro cheio de vapor.
— Pensei que você tivesse ido embora. Ficou em silêncio por um
minuto.
— Desculpe. — Eu me encolho. — Só estou procurando algo em
meus arquivos. — Muito bem... Perdendo o tempo do homem. Um
minuto inteiro. Besteira. São cinco mil dólares ali mesmo. Significa
que o silêncio agora custou a ele mais do que todo o meu salário
líquido este mês.
Controle-se, Summer!
Eu rapidamente examino minhas anotações para os itens com
asteriscos e sublinhados duplos em marca-texto neon.
— Oh! Isso mesmo. — Eu respiro fundo, me fortalecendo, e
então corajosamente começo meu discurso. — Eu também
precisava perguntar a você sobre o pântano abandonado atrás do
nosso lote — eu digo, tentando conter o pânico em meu peito sobre
a ideia de outra pessoa escavando o antigo terreno de paintball
antes que eu possa convencer Jason a ver minha ideia. — Eu sei
que está em péssimo estado e podemos ter algumas preocupações
com a mão de obra sem mencionar a questão de não haver água,
eletricidade ou esgoto, mas eu realmente acho que poderíamos
fazer algo ótimo com toda a metragem quadrada extra.
Eu divago um pouco sobre minhas ideias para a terra. Eu não
posso evitar. A área intocada é realmente perfeita. Isso significará
mais dinheiro do que Jason havia orçado, sim, mas também nos
permitirá expandir as amenidades de forma a torná-las mais
sustentáveis a longo prazo.
Os sons dele se movendo no chuveiro são minha única
indicação de que ele ainda está vivo e me ouvindo. Pelo menos ele
não está zombando da minha proposta. Ainda. Eu ouço o chuveiro
desligar e considero isso minha bandeira quadriculada para
continuar tagarelando. Elaborei um resumo da análise de custos
para a construção de um centro de saúde completo em que médicos
e especialistas em terapia também pudessem atender outros
pacientes, por meio de uma cooperativa médica privada de
concierge, que está na moda agora, junto com um centro de
atividades sênior adjacente. Ambas as instalações estariam abertas
a residentes e não residentes selecionados, o que compensaria os
custos de manutenção de uma maneira enorme no futuro.
Já que ele ainda não me deu um não absoluto, eu continuo.
— Eu também estava pensando em criar diferentes espaços
agrícolas com uma seção para jardinagem residencial, é claro, mas
também uma seção para um jardim de pesquisa botânica aberto ao
público e uma seção para um jardim de produtos agrícolas
especificamente para um chef no local manter um restaurante
público da fazenda para a mesa que também funcionaria como uma
comodidade para a propriedade. Eu sei o quanto você investe em
organizações sem fins lucrativos e há uma série de outras
possibilidades privadas e financiadas por doações com as quais
também poderíamos criar parcerias, algumas para divulgação,
outras para...
— Estou convencido — diz ele, agora parecendo genuinamente
intrigado e a apenas alguns metros de distância. — Vou ligar para a
prefeitura para obter mais informações sobre a terra hoje.
Eu imediatamente sinto o mesmo choque de euforia que senti
antes, quando ele disse que contrataria minha escolha para a vaga
que temos. Mas também é algo mais. Estou praticamente tonta
agora, pensando em um bando de pequenos aposentados fofos
cuidando de seus jardins, comendo de forma saudável, tendo
acesso ao tipo de atendimento médico vinte e quatro horas de que
precisam e brincando com as crianças em um playground legal
construído exatamente para eles.
Eu me viro, meio pronta para lançar um grande abraço no meu
santo chefe.
Apenas para encontrar meus pés pregados no chão, em algum
lugar próximo ao meu queixo.
Não é nenhum segredo que Jason é geralmente o homem mais
bonito da sala, de qualquer sala, esteja ele de terno ou coberto com
poeira do canteiro de obras, da cabeça aos pés.
Mas Jason ensopado e nu?
Não tenho palavras.
Tudo o que vejo diante de mim são quilômetros de músculos
bronzeados e definidos e uma ereção quase assustadoramente
impressionante.
Não mesmo. É enorme.
E assim, não consigo impedir meu cérebro de disparar um
ataque de perguntas. Como ele anda por aí com aquela coisa e não
sente que tem uma marreta extra pesando em seu cinto de
ferramentas? Eu conseguiria fechar os dedos em torno dele? Tomá-
lo? Estava tão duro quanto esta manhã quando o vi pela primeira
vez na porta?
Enquanto continuo a olhar, começa a endurecer e alongar ainda
mais. A ponto de eu não estar apenas fascinada, mas também
francamente curiosa do ponto de vista de um empreiteiro geral. Mais
ou menos como naquela vez, quando tive que descobrir como
colocar um piano de cauda em uma janelinha minúscula no
trigésimo andar de um arranha-céu comercial.
Colocando a questão do ajuste anatômico aparentemente
impossível entre homem e mulher em segundo plano por enquanto,
mudo minha inquisição silenciosa para a questão de por que ele
está de pau duro de novo. Essa é a segunda vez hoje. “Ereção
matinal” é uma coisa contínua? Ele tem estado assim todas as
manhãs sem que eu perceba? E é algum tipo de resposta biológica
misteriosa meus mamilos estarem enrijecendo tanto agora que
estou percebendo?
Sinto minhas bochechas ficarem vermelhas, mas não consigo
desviar o olhar. Um zumbido de caloroso prazer começa em meu
núcleo e sinto todo o meu corpo acordando como se eu nunca
tivesse realmente acordado antes deste momento. É perturbador.
Mas não de um jeito ruim.
Definitivamente, não de um jeito ruim.
Sério, preciso parar de encarar. Ele é meu chefe. E meu
senhorio. Eu preciso desviar o olhar.
A qualquer momento.
Cada segundo que passa é um segundo a mais, outro segundo
que fico boquiaberta com ele como se nunca tivesse visto um pênis
humano antes.
O que é ridículo para uma mulher da minha idade. Claro que vi
um.
Bem, eu já vi pornografia. E também aquele cara em pessoa que
não era tão dotado quanto Jason. Ou qualquer que seja o termo
para um pau gigante agora de pé e quase me saudando.
A visão inesperada do pênis daquela outra vez também foi um
acidente. O cara do pênis da vida real, não o pornô. Assisti ao filme
pornô de propósito para ver o que estava perdendo. Claramente,
porém, minha pesquisa pornográfica tinha sido um meio de medição
totalmente inadequado.
Porque uau.
Meu coração começa a trovejar então, e meu cérebro começa a
catalogar cada milissegundo de tempo que passa. Quanto mais ele
me deixa ficar aqui e olhar para o seu volume, mais eu me pego
pensando em outras coisas. Coisas que até agora eram impróprias.
Nem consigo pensar no adjetivo certo.
Imagens eróticas além de qualquer coisa que eu já imaginei
antes começam a inundar meus sentidos, e meu cérebro de repente
está sob um cerco com mais perguntas ilícitas. Seria quente ao
toque contra meus lábios? Minha língua? Como ele reagiria se eu o
alcançasse agora? Ele seria calmo e controlado como normalmente
é ou eu poderia realmente quebrar seu controle renomado?
Eu o quero fora de controle?
Sinto minha calcinha ficar úmida enquanto a resposta a essa
última pergunta me aquece de dentro para fora, correndo em
minhas veias como uma droga.
Logo, seu abdômen está tenso e seus antebraços estão
flexionando de uma forma que me diz que ele está adivinhando que
tipo de pergunta inadequada está passando pela minha cabeça. E
como se aprovasse todos esses pensamentos sujos que não
consigo controlar, seu pau grosso pulsa, apenas uma vez.
Isso faz com que um som que eu nunca fiz antes deslize pelos
meus lábios e quebre o silêncio envolvido em vapor no quarto.
JASON
SEGUNDA-FEIRA
(Horário: quem diabos sabe.)

E la gemeu, porra.
Depois de passar um bom minuto olhando para mim
como se eu fosse uma espécie de deus com raios de sol
ofuscantes saindo do meu pau... ou como se eu fosse um altar e ela
estivesse pronta para se ajoelhar e orar.
Oh, inferno, aquela última imagem agora me deixou tão duro que
estou tomando tudo de mim para evitar que o pré gozo vaze.
Cerrando os dentes, aperto meus punhos com mais força para não
tocá-la.
Ela deveria ter saído.
Simplesmente não há como voltar disso. Quer dizer, eu nunca
me importei muito com as mulheres medindo visualmente meu
volume antes. Percebi que elas provavelmente têm direito, já que a
maioria dos homens pensa sobre o formato e o tamanho de seus
seios e bunda provavelmente mais do que a cor de seus olhos ou
qualquer coisa menos ofensiva.
Mas é diferente quando é Summer que está olhando. É meio
fofo, de uma forma inocentemente sincera. Mas definitivamente não
é bom.
Como diabos eu digo a ela para parar de olhar para o meu pau?
Não parece o tipo de coisa que eu deveria ter que dizer a outro ser
humano adulto.
Para uma mulher de quase trinta anos, ela é estranhamente
inconsciente do decoro e de como ela não deveria estar sozinha na
minha casa comigo enquanto eu estou duro e nu. Eu não sou um
puritano, mas não há uma parte dela sussurrando que isso é
perigoso? Ela não me conhece muito bem, não deveria ficar em
guarda contra a possibilidade de eu tirar vantagem dela?
Não que eu fosse. Eu simplesmente presumi que as mulheres
vinham com aquele sinal de alerta tocando a qualquer momento que
pudesse ser um problema.
Percebo então que estou preocupado com ela. Ela é doce.
Ingênua.
E ela ainda está olhando.
É quando algo em mim se encaixa.
— Merda, Summer, dê o fora daqui. — Eu ouço o calor enterrado
sob a raiva em minhas palavras, o fogo desenterrado e enxofre
alertando-a a ser educada ou eu não serei responsável pelo que
acontecerá a seguir.
Por um segundo, parece que ela simplesmente não vai dar
ouvidos ao meu comando raivoso.
E por um segundo, eu realmente quero que ela tome meu último
controle.
Mas ela não quer.
Jesus Cristo.
Assim que ela tira os olhos do meu pau e se vira, eu finalmente
sinto a névoa vermelha que estava fodendo com meus sentidos nos
últimos minutos começar a se entorpecer e desaparecer. O
suficiente para eu falar como um humano novamente.
— Vá para o canteiro de obras, Summer. Estarei lá em uma hora
ou mais.
Eu a vejo acenar com a cabeça e começar a sair sem questionar
por que vou demorar tanto para chegar lá. Aleluia.
Mas antes de ir, ela rapidamente pega a toalha pendurada na
parte de trás da porta e cegamente a empurra para mim.
— Desculpe, eu fiz você pingar no chão.
E então ela foge.
Dane-se tudo para o inferno. Ela é fofa pra caralho.
Eu jogo a toalha no balcão e volto para o chuveiro, sua escolha
irônica de palavras ao se despedir não passou despercebida por
mim.
SUMMER
SEGUNDA-FEIRA
(Horário: 5h52)

D urante todo o caminho até o local de trabalho, sinto que


devo começar a trabalhar com
acompanhamento, agora que Jason concordou em
considerar os pântanos atrás do lote.
planos de

Mas eu não o faço.


Ao invés disso, só consigo pensar em como o homem é
incrivelmente sexy. Como no mundo isso nunca me afetou antes de
hoje?
Em um instante vividamente claro, ele em pé em seu banheiro
hoje de repente atinge minha memória novamente, e eu quase bato
em um carro estacionado ao lado da minha vaga.
É como se algum tipo de barragem mental tivesse se rompido. E
agora, memórias isoladas dele durante o último mês e meio estão
começando a se parecer com aquelas imagens de ilusão de ótica.
Como aquela com o coelho que é claramente um coelho... até que
de repente, sua percepção muda e você percebe que é um pato.
Coisas como o quão grande sua mão calejada parecia agarrar
meu cotovelo na outra semana, quando ele me impediu de pisar em
uma poça de lama. Ou como sua voz profunda é sempre muito mais
áspera e grave nas manhãs em que o acordo acidentalmente. Ou a
forma como seu corpo emite calor como uma fornalha sempre que
fico perto demais, mas de uma forma agradável, como quando
minha pele fica quente e tostada na frente de uma fogueira.
De repente, tudo isso faz com que o interior do meu carro pareça
mais quente do que um forno em chamas.
Abro todas as minhas janelas para deixar entrar um pouco de ar
fresco da montanha e, embora a névoa da manhã ajude um pouco,
estou começando a pensar que nada menos que uma ducha gelada
vai funcionar.
Estou neste planeta há quase trinta anos e esta é a primeira vez
que estou realmente, legitimamente perdendo o controle por um
homem.
Não que eu nunca tenha me sentido atraída por um homem
antes. Eu definitivamente já estive. Mas sempre teve curta duração,
geralmente acabando no momento em que aquele olhar de
reprovação se insinuava nos olhos do indivíduo. O mesmo olhar que
a maioria das pessoas tem ao meu redor quando percebem que não
conseguem me entender e, além disso, que não querem.
Eu juro, faço um esforço para não ser estranha. Mas
simplesmente... acontece.
Talvez seja porque eu não sou boa em ficar atrás dessas linhas
invisíveis que as pessoas desenham ao seu redor. Não sei por que
não controlo o que falo até depois do estrago ter sido feito.
Com homens, sempre começa o mesmo. Com eles pedindo meu
número. Toda vez, eu me pego estremecendo e quase desejando
ser o tipo de mulher que atraía os homens que estão procurando
apenas por uma noite. Eu já saí para beber com rapazes o
suficiente para ouvir como as trocas são simples e rápidas quando
eles estão pegando a bola da vez, sem nome, rapidinhas de pé e
sem vergonha.
Nenhum homem jamais tentou isso comigo. Não, eu sempre
recebo os caras legais que querem bater um papo ao telefone antes
de me convidar para um encontro adequado.
Conversa fiada? Não é uma habilidade que possuo.
Nunca sei como dizer a eles que não sou boa em bater papo ao
telefone. Ou conversar em geral. Pelo menos não sobre nada fora
do trabalho. Então, eu acabo não dando a eles meu número de
telefone.
Às vezes, milagrosamente, essas primeiras conversas estranhas
ainda resultam em planos para um primeiro encontro. Com os caras
otimistas, pelo menos. Os mais realistas saltam do prédio em
chamas no segundo em que o alarme que detecta as esquisitices
começa a soar. Normalmente na marca de cinco minutos.
Até agora, meu recorde é de dois minutos. Acho que da vez que
respondi à pergunta sobre como foi meu dia, descrevendo — em
detalhes bem vívidos — como havíamos desobstruído uma vala de
drenagem em um de meus canteiros de obras e nos encontramos
afundados até os joelhos em um verdadeiro mar de sapos... E como
o coletivo de sapos é aparentemente saparia, de acordo com o
Google.
Francamente, eu me lembro de ter julgado o cara um pouco por
continuar a falar comigo por um minuto inteiro depois que eu disse a
ele aquele fato divertido sobre anfíbios. Embora eu aprecie seu
esforço em tentar lembrar o nome do personagem Muppet que a
Sra. Piggy estava apaixonada para manter a conversa nos últimos
dolorosos dez segundos antes de ele finalmente dar uma desculpa
esfarrapada e desligar.
Com Jason, no entanto, nossas conversas nunca são estranhas.
Sem perguntas sobre meus planos de fim de semana inexistentes.
Sem me perguntar como está minha família igualmente inexistente.
É conversa objetiva, e é isso. Tudo é breve, quase abrupto.
Eu adoro.
Não há disputas com ele, sem regras socialmente aceitáveis
para obedecer. Ele não se importa que eu seja um desafio para o
ato de conversação; ele só se importa que eu faça um bom trabalho.
Não me entenda mal, não sou estúpida o suficiente para
acreditar que Jason não me ache peculiar. Mas o simples fato de
que eu ainda não vi aquele olhar em seus olhos, aquele que diz que
ele meio que gostaria que nunca tivéssemos nos conhecido, e que
ele já me considerou uma pessoa estranha demais para passar
mais um segundo com ele.
Bem, vamos apenas dizer que isso conta muito.
E ainda por cima, ele me escolheu a dedo para executar este
projeto incrível. É incrível ter alguém como ele realmente
acreditando em mim, confiando em mim para dar vida à sua visão
de construção.
Eu simplesmente não posso decepcioná-lo.
O que significa que absolutamente, positivamente, não posso
desenvolver esses novos e bizarros sentimentos por ele.
Não. Não pode acontecer.
Então... tudo o que tenho que fazer é parar de ter pensamentos
sensuais sobre o homem. Esquecer que já vi Jason Steele nu.
Sim. Fácil, por favor.
SUMMER
SEXTA-FEIRA
(Horário: 3h03)

À luz do que aconteceu na outra manhã com todos os olhares


e as encaradas inadequadas ao pau dele, eu sei que não
deveria estar aqui de novo, mas...
Jason está agindo estranho.
E para eu pensar que uma pessoa está sendo estranha, tem que
ser muito estranha mesmo.
Ele está me evitando há quatro dias inteiros, o que é uma
façanha, considerando que trabalhamos a partir do mesmo trailer no
local do projeto.
Nos primeiros dois dias, ele se ofereceu para supervisionar a
quebra e remoção das tubulações de esgoto existentes no subsolo.
Ninguém se oferece para isso. É literalmente o pior trabalho
possível para se escolher.
O dia seguinte não foi melhor. Ele ficou em seu escritório
corporativo, o que qualquer pessoa que o conheça poderia dizer que
ele odeia fazer.
E então, ontem, ele me enviou um e-mail sobre como ele teria
uma atualização sobre os pântanos para eu revisar na próxima
semana. O homem raramente me envia e-mails. Além disso, ele
estava sentado a três metros de mim no momento.
Então aqui estou eu, enlouquecendo e batendo incessantemente
em sua porta.
Ele tem que responder. Se ele não fizer isso, há uma boa chance
de meu coração bater tão forte que saia do meu peito. E me chame
de paranoica, mas tenho certeza de que meu ataque cardíaco na
sua porta só tornaria as coisas ainda mais estranhas entre nós.
Enquanto continuo a bater, me lembro do único cara que
conseguiu passar de um recorde de três encontros comigo. No final,
ele me chamou de excessivamente analítica e incapaz de deixar de
lado as pequenas coisas, antes de nunca mais me ligar.
Se eu pudesse evitar, eu o faria. Minha própria mãe costumava
me dizer que eu era uma irritação constante durante todo a infância.
Mas simplesmente eu não consigo ver como as outras pessoas, “as
pessoas normais”, conseguem ver um problema bem na frente delas
e não sentirem a necessidade de fazer nada a respeito.
Para mim, se algo parece quebrado, não consigo parar de
pensar nisso até que pelo menos tenha um plano para consertar. Se
eu não consigo bolar um plano, não consigo parar de pensar. Se eu
não consigo parar de pensar, não consigo dormir.
Se ao menos meu cérebro tivesse um botão liga / desliga.
Felizmente para meus dedos doloridos, a porta finalmente se
abre.
E assim, todos aqueles pensamentos superabundantes na minha
cabeça são eliminados completamente.
Enquanto Jason se ergue na porta com seu corpo de mais de um
metro e oitenta sem camisa, como de costume, o cabelo
despenteado pelo sono e a expressão esculpida visivelmente tensa,
a única coisa que meu cérebro registra é: ele tem olhos verdes.
Não. Apenas não. Notar a cor dos olhos do homem não é
permitido.
Eu desvio meu olhar.
O que acaba sendo um erro tático colossal porque agora estou
olhando para seu peito largo e perfeitamente esculpido. É de
alguma forma maior do que eu me lembro. Seus ombros também. E
nem me fale em seus braços.
Não consigo desviar o olhar.
Até, isto é, que eu o ouço fazer um som rápido e mal-humorado
que soa rouco de fadiga... e outra coisa que não consigo identificar.
Arrisco olhar de volta para seu rosto para descobrir que sua
atenção está focada no que estou vestindo.
Eu olho para baixo para ter certeza de que minha camisa do
pijama está totalmente abotoada. Isto é. Uau. Mas, inferno, esqueci
de colocar o short novamente. Ainda bem que minha camisa é longa
o suficiente para que ele nunca saiba.
— São três da madrugada, Summer, o que você quer?
Boa pergunta. Estou mortificada ao descobrir que de repente sou
um quadro em branco.
Outro longo segundo de silêncio total se passa e estou
realmente começando a me preocupar com a possibilidade de ter
um derrame. É como se eu fosse fisicamente incapaz de encontrar
palavras, quaisquer palavras para pronunciar em voz alta.
Pelo menos eu não estou mais olhando para seu peito ou
braços. Pense comigo. É uma pequena vitória, mas uma vitória
difícil, se estou sendo perfeitamente honesta sobre isso.
— Eu... uh...— Esqueça o derrame, é possível que eu esteja
sofrendo de danos cerebrais.
Jason se inclina um pouco, como se esperasse que estar um
pouco mais perto me ajudasse a usar minhas palavras.
Tem exatamente o efeito oposto.
Na minha segunda tentativa fracassada de palavras coerentes e
monossilábicas, Jason simplesmente suspira e dá um passo para
trás em seu loft.
— Entre, está frio aí fora.
Ele me leva para sua sala de estar e se deixa cair cansado em
uma cadeira de couro escuro.
— Sente-se — diz ele, apontando para o sofá em frente a ele.
Para seu crédito, ele nem mesmo parece surpreso quando eu
desisto do sofá e apenas caio de bunda no chão onde estou.
— Ok, pare com isso. O que está errado? — ele pergunta
rispidamente, embora em uma voz mais suave do que eu já ouvi.
Sério, é só dizer alguma coisa. Qualquer coisa.
— Equipamento! — A palavra irrompe de mim como um passe
de mágica. Seguido por palavras suficientes para uma frase real. —
Alguns dos equipamentos que recebemos eram...
— Espera aí — ele me interrompe, suas palavras curtas, quase
ásperas. — Você me acordou às três da manhã para algo que você
e eu sabemos que só pode ser feito no local?
— Hum... sim? — Eu respondo em forma de pergunta, sabendo
que ele não está acreditando.
Uma expressão taciturna de “tente novamente” é sua única
resposta.
— Eu... não consigo dormir — eu termino sem jeito, indo com
algo verdadeiro, mas me sentindo como uma idiota desajeitada ao
mesmo tempo.
Sua expressão se suaviza então, como se eu tivesse dito algo
que o atinge também. — Algo está te incomodando?
Eu concordo.
— Você quer falar sobre isso?
Por um segundo, sou lançada para um loop completo que um ser
humano está realmente sugerindo que eu abra minha boca e liberte
o conteúdo do meu cérebro hiperativo. Voluntariamente.
Mas então ele se move para frente em seu assento e minha
mente fica vazia novamente, deixando meus olhos sem um guardião
enquanto eles começam a viajar cada vez mais para baixo.
Por mais que eu lute contra isso — e eu realmente luto —,
encontro-me obcecada pela única coisa em que estou mais
interessada em pensar do que em trabalhar no momento.
JASON
SEXTA-FEIRA
(Horário: muito cedo para ereção matinal.)

E la está olhando pro meu pau novamente.


E por mais que eu lute, eu realmente luto, eu vejo meu
pau ficando duro o suficiente para martelar pregos.
Eu deveria dizer a ela para parar com isso.
Mas eu não digo.
Por alguma razão totalmente complicada, não estou pensando
em manter uma distância profissional agora. Não, estou pensando
em como sinto falta da expressão chocada em seu rosto no outro
dia. Como eu sinto falta da maravilha, da curiosidade que ela teve
enquanto olhava para o meu pau duro. E como eu sinto falta da
sensação de que sou o único homem a deixá-la corada e nervosa
em muito tempo.
Ou na vida.
Droga. O aperto que sinto no estômago é possessivo e
absolutamente primitivo, e sinto que só existe uma coisa capaz de
me tirar desse estado.
— Então, você vai me dizer o que está pensando ou não,
Summer? — Eu propositalmente deixo meu tom mais áspero do que
o normal.
— Você vai me despedir? — ela deixa escapar, o rosto cheio de
pavor.
Eu pisco para ela em confusão.
— O quê?
— Eu sinto muito por ter olhado tanto tempo para o seu, hum...
volume outro dia. Eu juro, não farei isso de novo. — Um rubor
vermelho mancha suas bochechas. — Quer dizer, eu prometo
depois desta última vez agora.
Bem, merda, o que diz sobre mim que estou ficando chateado
por ela ter jurado nunca mais olhar para a minha ereção de novo?
Isso é confuso, cara.
— Esqueça isso. Não é grande coisa.
— Nós dois sabemos que isso não é verdade. Você é meu chefe.
Foi inapropriado. Basicamente, eu assediei você sexualmente. —
Ela olha para baixo, os ombros dolorosamente caídos. — Eu
entenderia se você não quisesse mais trabalhar comigo.
Então foi isso que a deixou mais preocupada do que o normal.
— Não vou despedir você por causa disso, Summer.
— Qualquer outro chefe faria isso. Se algum de seus outros
trabalhadores fizesse o que eu fiz...
Eu solto uma risada com isso.
— Se algum dos meus grandes e desajeitados operários
entrasse em meu banheiro sem avisar e ficasse olhando para o meu
pau, sim, provavelmente eu o despediria.
Ela parece à beira das lágrimas enquanto se levanta
rapidamente.
— Obrigada pela oportunidade, Jason. Eu nunca vou esquecer
isso.
Meu sorriso desaparece. Eu pulo da minha cadeira e agarro seu
cotovelo para impedi-la de ir embora.
— Eu disse que não vou demitir você, Summer.
Sua coluna endurece.
— Porque eu não sou um cara grande e desajeitado.
Uma coisa que sempre achei fascinante sobre Summer é que ela
realmente, genuinamente pensa que é apenas um dos caras. Em
seu primeiro dia de trabalho para mim, ela perguntou aos homens
onde eles faziam xixi, para que ela pudesse ir também, já que os
dois banheiros químicos que tínhamos no local estavam ocupados.
Ela estava pronta para fazer isso também, rolo de papel higiênico
nas mãos e tudo.
Eu quase despedi minha equipe inteira quando soube que eles
ficaram por perto e a assistiram chegar tão longe a ponto de abrir o
zíper de seu jeans antes que meu capataz interviesse e
praticamente a jogasse em sua caminhonete para levá-la ao
banheiro de um posto de gasolina nas proximidades.
De acordo com ele, ela xingou de forma espetacular o tempo
todo.
— Eu não gosto que você pense em mim de forma diferente dos
homens — ela diz claramente, os braços cruzados sobre o peito.
Bem, isso é difícil.
— Desculpe te contrariar sobre isso querida, mas eu penso em
você de forma diferente. Sempre pensei e sempre vou pensar.
Ela recua como se eu a tivesse golpeado.
Oh, inferno, eu conheço esse olhar. Se aprendi alguma coisa
sobre Summer depois de todo esse tempo, sei que ela não está se
preparando para desmoronar. Ela está se preparando para...
— Teste de campo! Amanhã — ela rosna, cutucando-me no
esterno com um dedo indicador zangado, os olhos faiscando e
completamente lívidos. — Eu contra o seu melhor cara. Estrutura de
aço e estrutura de madeira. Aposto o pagamento de um mês que
serei mais rápida, melhor e usarei menos materiais!
Meu Deus, a mulher é demais. Ela tem sorte de eu não estar
arrancando sua roupa sexy sem parte de baixo e enterrando meu
rosto entre suas pernas agora.
Enquanto ela está lá com seus pequenos punhos rebeldes
cerrados ao lado do corpo, eu estudo seus grandes olhos azuis e o
leve toque de sardas cruzando seu nariz, ambos ficando mais
pronunciados quanto mais eu a deixo ferver.
— Summer, acredite em mim quando digo que gostaria de poder
vê-la como apenas um dos caras, que poderia ignorar o quão linda
você é — eu cerrei por entre os dentes —, mas eu não posso.
Seus lábios se separam uma fração de polegada, em choque
puro e completo.
— Eu já sei que você é melhor do que meus rapazes. Se eu ficar
deprimido e precisar de alguém do seu calibre, acredite, espero que
você esteja lá fora conosco. Mas nada disso muda o fato de que
estou totalmente ciente de que você é mulher. Uma mulher linda na
qual não consigo parar de pensar, não importa o quanto eu tente.
Com o rosto rosado, ela afunda os dentes no lábio inferior e me
dá aquele sorrisinho fofo e confuso, meu preferido de todas as suas
expressões faciais.
Isso é tudo o que preciso para me descontrolar.
Antes que eu perceba, estou envolvendo um braço em volta da
cintura dela e puxando-a para perto. Lentamente, porém, para que
ela possa me parar se quiser.
Mas em vez de se afastar, ela se molda contra mim.
E eu estou perdido.
Como diabos ela espera que eu pense nela como um dos meus
homens, eu nunca vou entender. Ela é delicada, minúscula
comparada a mim. E ela sempre cheira bem, mesmo depois de
horas de trabalho duro. Eu culpo aquela loção de frutas que ela
mantém em sua mesa. Depois que eu a vi alisando em seus braços
um dia, tudo que eu conseguia pensar no resto da semana eram
morangos... ou mais especificamente, geleia de morango, e eu
lambendo a pele macia de sua barriga bem ali no trailer do
escritório.
Porra, eu quero sua boca na minha. Seus lábios carnudos têm
me distraído desde o dia em que nos conhecemos. Mas agora que
estou sentindo seus pequenos mamilos duros pressionados contra
mim, estou indeciso sobre onde quero colocar minha boca primeiro.
Qualquer esperança de ela me ajudar com esta decisão é um tiro
no inferno quando ela pega suas mãozinhas curiosas e começa a
passá-las timidamente pelo meu torso.
Essa é a minha deixa para voltar aos meus malditos sentidos.
Eu tenho que deixá-la ir.
Agora. Agora mesmo.
Mas mesmo quando digo a mim mesmo que é a coisa certa a
fazer, meus braços não ouvem. Eles não a deixam ir. Eu não recuo.
Eu não a liberto de minhas garras. Eu não rompi o que quer que
esteja me mantendo conectado a ela.
Em vez disso, continuo a abraçá-la, olhando em seus olhos azuis
arregalados e confiantes, me perguntando se algum dia me
perdoaria se jogasse fora minhas regras auto impostas apenas
desta vez.
O que é uma noite? Passei a vida inteira seguindo regras,
respeitando os limites, mas nunca os ultrapassando. Quem disse
que não posso quebrar essa regra arbitrária?
Minha mão pressiona seu quadril e eu corro até suas costelas,
amando os planos de seu corpo. Ela é linda pra caralho. Curvas
suaves, tonificadas e bronzeadas de todo o trabalho manual que
nosso negócio exige. Olhos exóticos e expressivos. E uma boca
exuberante com a qual eu poderia fantasiar por horas.
Quando ela vira aqueles olhos e aquela boca para mim, não
consigo evitar. Eu faço a única coisa que tenho vontade de fazer
desde a primeira vez que a vi com esta camisa sexy.
Eu desfaço um botão.
Então outro.
— Jason... — ela respira, e meu pau salta ao som do meu nome
cruzando seus lábios pela primeira vez. Ela nunca me chamou de
nada além de chefe ou Sr. Steele até agora.
Se ela fizer isso de novo, vou toma-la bem aqui no maldito tapete
da sala.
Jesus Cristo. Esta mulher vai destruir minha sanidade, meu
senso de certo e errado. A menos que eu faça a coisa certa e pise
no freio neste instante.
Mas eu não faço isso.
Em vez disso, passo meus dedos por seu cabelo com mechas
de sol, soltando seu coque bagunçado. As ondas suaves e sedosas
fazem cócegas enquanto caem sobre minha mão para roçar o topo
de seu quadril. Eu não tinha percebido que o cabelo dela era tão
comprido. Ou que deixá-lo sair daqueles pãezinhos sensíveis que
ela sempre usa liberaria o cheiro de flores. Flores de Summer.
Flores de Verão. Bem apropriado.
E agora, tudo que posso pensar é como seria a sensação de
envolver aqueles fios longos, com aroma de flores, marrom-dourado
em volta do meu punho enquanto eu persuadia seus lábios a se
abrirem com o meu grosso e duro...
Droga. Como essa mulher doce e enlouquecedora consegue
passar até a última das minhas defesas sem nem mesmo tentar?
Se eu não parar agora, não vou parar de jeito nenhum.
— Você deveria ir. — Eu de alguma forma consigo murmurar
densamente, surpresa com o quão difícil é pronunciar as palavras.
Eu pensei que eventualmente iria desaparecer, essa faísca entre
nós, essa tensão.
Evidentemente, eu pensei errado.
SUMMER
SEXTA-FEIRA
(Horário: pela primeira vez na vida, não faço ideia.)

— V ocê nunca me disse para sair antes — murmuro


estupidamente. Não sei por que vale a pena mencionar isso, mas é
verdade. — Nenhuma vez, em todo esse tempo que nos
conhecemos. Não importa o quão chata eu estivesse sendo. Você já
fechou a porta na minha cara antes de eu entrar, sim, mas você
nunca me fez sentir incomodando, indesejada aqui, uma vez que
passei pela porta.
— Você é sempre bem-vinda aqui, Summer.
— Mas hoje, você quer que eu vá embora.
Ele suspira rispidamente.
— Não, na verdade não. E é exatamente por isso que você
precisa ir. — Seu tom é firme desta vez, decidido. Ele me solta e dá
um passo para trás.
A perda de seu toque, o calor de seu corpo, é tão aguda, que um
pequeno som de protesto me escapa.
Ele para e olha para mim como se estivesse preocupado em me
machucar. Estamos frente a frente, cara a cara, e tudo que eu quero
é recuperar aquele calor, seu toque de volta.
É como se ele pudesse ouvir meus pensamentos alto e claro, e
seus lábios instantaneamente pressionaram em uma linha sombria
em resposta. O arrependimento visível escurecendo seus profundos
olhos verdes é o que me traz de volta à realidade.
O que eu estou fazendo?
Este é meu chefe, meu senhorio. O melhor chefe e senhorio que
já tive.
Seja como for, a lógica e a razão parecem desaparecer quando
começo a diminuir a distância entre nós mais uma vez. Mesmo que
tudo dentro de mim esteja gritando para eu parar antes de cruzar
uma dessas linhas invisíveis, que não posso descruzar mais tarde.
Mas eu não me importo.
Eu estendo a mão para tocar seu rosto. Deus, ele é tão robusto
e... viril.
A barba por fazer em sua mandíbula parece uma lixa grossa, o
que me faz imaginar como seria a sensação sob meus lábios. Ou
esfregando minha pele.
Seus olhos se fecham e após um momento de hesitação, ele se
transforma em meu toque. Seus lábios quentes pressionam o
interior do meu pulso e eu sinto uma onda de prazer formigante
explodir daquele ponto de contato para todo o meu corpo.
Meu coração começa a bater descontroladamente no meu peito
enquanto eu timidamente fico na ponta dos pés para que eu possa
deslizar minhas mãos por seus cabelos. Lentamente,
desajeitadamente. Eu nunca fiz isso antes, nada disso, mas ele não
parece desanimado com a minha inépcia.
Ainda assim, não consigo dar o último passo ousado...
Felizmente, ele faz isso por mim.
Nossos lábios finalmente se encontram e é como se eu estivesse
tocando um fio elétrico.
Suas mãos flexionam em meus quadris, trazendo-me para ainda
mais perto dele enquanto sua língua acaricia a costura dos meus
lábios. No momento em que eu me entrego à nova sensação sexy e
abro meus lábios para ele, sua língua varre minha boca, apenas
uma vez. Antes que ele gema e se afaste.
— Não pare — eu sussurro.
— Eu preciso — ele range, parecendo dilacerado, como um
animal preso lutando contra suas restrições. — Preciso parar agora
ou não vou parar até estar dentro de você, até que você tome cada
centímetro de mim.
Ele deixa cair a bomba e me encara, seus olhos tempestuosos,
sua mandíbula cerrada com força.
Eu não sei o que dizer. Tenho certeza de que há uma resposta
apropriadamente sexy à sua admissão que mostraria a ele o quanto
eu quero que ele faça exatamente isso, mas estou fora do meu
elemento aqui. Então, eu simplesmente digo:
— Tudo bem.
Um sorriso triste surge em seus lábios.
— Não está bem. Isso... não pode acontecer.
Oh Deus. Sinto meu constrangimento queimando minhas
bochechas. Eu praticamente me joguei no homem. E ele está me
rejeitando.
Eu começo a me desvencilhar dele.
— Summer, você tem que saber que eu quero você. Com cada
fibra do meu ser. Mas não podemos fazer isso. Você e eu…
Eu faço o que ele fez comigo na outra manhã e cubro sua boca.
Eu não quero ouvir o final dessa frase. Não quero que me digam
como somos diferentes. Eu já sei. Provavelmente mais do que ele.
Eu com um bilionário? Com o meu passado?
Eu me afasto totalmente de seu aperto e endireito minha camisa.
Demoro um segundo, mas consigo colocar minha cabeça no lugar
novamente.
— Obrigada por me deixar vir e falar sobre minhas preocupações
com você — eu digo, indo para a porta.
Ele me segue.
— Summer…
Abro a porta e vou para o corredor, meu tom é o mais
profissional que posso fazer.
— Te vejo no trabalho na segunda-feira, chefe. E vou tentar não
incomodar mais quando você estiver dormindo.
SUMMER
TERÇA-FEIRA
(Horário: 3:01 )

E stou exausta.
Até os ossos, com a alma meio adormecida e cansada.
E é tudo culpa do enlouquecedor do Jason Steele.
O homem passou de, me evitando durante a maior parte da
semana passada para aparecendo em todos os lugares que eu me
virava, depois do nosso pequeno fiasco de beijo.
Tudo começou no início da noite de sábado, quando ele bateu
na porta do meu apartamento. Inspeção de rotina do senhorio, ele
disse. O que, ele acrescentou quando eu tentei escapar e deixá-lo
sozinho, o inquilino precisava estar presente enquanto estivesse na
unidade.
Ele tinha uma prancheta e tudo.
Então eu fiquei. E pela próxima hora, ele me fez ficar ao seu lado
enquanto ele verificava as aberturas, as fechaduras nas janelas, a
pintura nos tetos, até mesmo a maldita calafetagem nos rodapés.
Fiquei uma hora inteira parada enquanto ele me tratava com luvas
de pelica, lançando olhares preocupados em minha direção sempre
que pensava que eu não estava olhando, falando gentilmente ao
invés de sua voz normal.
Isso me levou até a parede.
Se há uma coisa que odeio mais do que ser tratada como
mulher, é ser tratada como uma mulher fraca e vulnerável.
Então, para mostrar a ele... E talvez um pouco também a mim
mesma, que eu estava bem, que não estava desmoronando ou
murchando como uma flor triste com o que aconteceu, ou melhor,
não aconteceu entre nós, mandei uma mensagem para alguns dos
rapazes para ver se alguém queria sair para beber.
É engraçado, embora eu seja estranha e simplesmente horrível
em namorar aqueles caras legais que me convidam para sair, na
verdade sou bastante normal em ambientes sociais com caras da
construção. Anos de prática, eu acho. E, como geralmente faço o
esforço de sair com os rapazes de vez em quando, para manter a
camaradagem, imaginei dois coelhos, uma cajadada.
Até me arrumei um pouco para a ocasião. O que significa que eu
fiz algo com meu cabelo diferente de enrolá-lo em um coque para
variar, e eu coloquei uma regata bonita e feminina por cima do meu
jeans em vez das camisetas simples que eu normalmente usava.
Ainda assim, foi o suficiente para ganhar alguns assobios dos
rapazes, o que ajudou muito a me fazer sentir melhor.
Realmente, era a distração perfeita e divertida... até que,
surpresa, surpresa, Jason apareceu. Ele entrou no bar com dois de
seus amigos, Cade e Logan, os quais conheci antes de passar pelo
local algumas vezes. Como os dois caras aparentemente conheciam
muitos dos rapazes, é claro que o trio foi convidado para se juntar a
nós.
E assim começaram três longas horas de Jason cuidando de
mim como uma mãe galinha. Ou um galo protetor. Qualquer que
seja a metáfora apropriada do pássaro autoritário, ele era a própria
definição do dicionário. Tudo isso para a diversão visível de seus
dois amigos inúteis.
A cada garrafa de cerveja que eu bebia, sua expressão ficava
mais taciturna. Cada vez que um dos caras me tocava de qualquer
maneira amigável e totalmente inocente, fosse um simples tapinha
no meu joelho ou até mesmo um leve empurrão no ombro para
chamar minha atenção, ele olhava para eles como se estivessem
cometendo um pecado mortal.
Então ele se tornou totalmente hostil com o homem de aparência
agradável que se aproximou de mim no bar e se ofereceu para me
pagar uma bebida.
Depois disso, ele passou dez minutos inteiros me repreendendo
e me ensinando a ser mais cuidadosa com os homens que me
pagam bebidas.
Finalmente, com minha noite oficialmente arruinada, eu disse
aos caras que estava decolando e saí para pegar um uber. Tentei,
pelo menos. Antes que eu pudesse terminar de puxar o aplicativo,
eu tinha um bilionário totalmente sóbrio, um metro e noventa e
descontente, roubando meu telefone das minhas mãos e me
arrastando até sua caminhonete para me levar para casa.
Eu fingi dormir durante todo o trajeto de volta ao nosso prédio.
No domingo, passei a maior parte do dia pesquisando os
pântanos, assim como nos dois domingos anteriores. Ao contrário
daqueles outros dois domingos, no entanto, tive uma sombra o
tempo todo.
Assim que vi o grande caminhão de trabalho preto estacionado
do lado de fora do meu trailer, tentei esperar Jason sair. Mas quando
começou a chover um pouco, finalmente desisti e voltei para o
canteiro de obras, totalmente preparada para apanhar na minha
bunda por estar lá sozinha. Já que sou mulher e tudo o mais.
Mas ele não gritou comigo. Ou me repreendeu. Ele apenas me
deu uma olhada silenciosa como se estivesse verificando se eu não
tinha nenhum arranhão visível ou inchaço ou hematoma. Então ele
subiu em sua caminhonete e saiu sem dizer uma palavra.
Ontem, porém, o homem melhorou consideravelmente o seu
jogo. Durante todo o dia, toda vez que eu tentava falar com qualquer
um dos caras sobre algo, ele puxava algum motivo quase plausível
para intervir — literalmente — e enviá-los para cuidar de algo do
outro lado do local de trabalho. Só para que ele pudesse me deixar
sozinha para travar aqueles intensos olhos verdes em mim e me
dizer que precisávamos conversar.
Sobre nós.
Foi complicado, mas consegui escapar todas as vezes. Usei o
truque do telefonema falso algumas vezes, o clássico “olhe para lá”
e corri na direção oposta uma vez (o que eu honestamente não
achei que fosse funcionar), antes de finalmente recorrer e pular na
minha caminhonete e continuamente estacioná-la em novos locais
ao redor de onde trabalhávamos, enquanto eu fazia a papelada
mundana com minhas janelas fechadas até o final do dia de
trabalho.
Covarde? Sim. Mas também altamente eficaz. Eu conheço
Jason. Ele nunca faria uma cena na frente dos caras.
Talvez hoje eu deva ver como estão indo os canos de esgoto?
Sonolenta, mas com um plano sólido no lugar, meu cérebro
finalmente me dá autorização para fechar os olhos, pelo menos
alguns minutos antes do nascer do sol. Nas últimas três noites,
quase não consegui dormir. Porque, ao que parece, ter Jason me
seguindo durante o dia, inevitavelmente resulta em ele me seguindo
direto em meus sonhos à noite.
Quem diria que minha imaginação era tão... bem... imaginativa?
Para não mencionar vívida.
Mesmo agora, estou totalmente consciente de que estou
sonhando. Eu sei que Jason não está realmente entrando no meu
quarto, rabugento como o inferno, e me repreendendo por fugir dele
o dia todo ontem com aquela voz profunda e sexy.
Ainda assim, sinto cada centímetro do meu corpo inundar de
calor e minha calcinha ficar encharcada no instante em que ele pula
em cima de mim na cama e rasga minha camisa. Eu sinto minhas
pernas realmente se abrindo sob meus lençóis enquanto o sonho de
Jason pressiona seu corpo grande e duro contra mim, prendendo-
me com aquele seu pau enorme e grosso para me impedir de
escapar novamente.
Eu sei que é apenas um sonho, mas me permiti me divertir de
qualquer maneira. Porque no sonho, eu não sou a estranha moleca
que nunca fez sexo e que trabalhou com mais ferramentas elétricas
do que a maioria dos homens na vida. Não, eu sou uma mulher forte
e sexy que é capaz de fazer um homem como Jason Steele perder
o controle. Uma mulher ousada o suficiente para ir atrás do que ela
quer no segundo em que decide.
Esse último pensamento verdadeiramente fantástico faz minhas
mãos se agarrarem contra as cobertas em frustração.
O que eu quero, nunca terei.
Isso tudo é apenas um sonho. Uma fantasia que nunca se
tornará realidade. Preciso aceitar isso e banir essas ilusões fúteis
sobre Jason e eu para os cantos mais remotos da minha mente.
Eu não posso estragar tudo. Este é literalmente o maior trabalho
que assumi até agora, e o primeiro grande projeto comercial que
desenvolvo em algum tempo, para ser honesta.
Antes, quando meu avô ainda estava vivo, as pessoas
costumavam me contratar por respeito a ele depois que assumi sua
empresa. Ele pessoalmente me ensinou tudo o que sabia e
providenciou para que eu trabalhasse duro para ter o melhor dos
melhores no Noroeste do Pacífico logo após eu sair do colégio.
Talvez seja por isso que sinto uma espécie de afinidade com
Jason. É um fato bem conhecido que o pai de Jason era um
bilionário que se criou sozinho, que o criou da maneira como ele
havia crescido, trabalhando do amanhecer ao anoitecer.
Antes da Steele Developments International se tornar global,
eles fizeram sua fortuna trabalhando em projetos de baixo glamour e
de alto risco, como represas e pontes, depois de anos construindo
de tudo, desde rodovias a quartéis militares e até prisões.
Quando Jason se juntou à empresa familiar, ele trouxe sua
inteligência e começou a investir em projetos de alto valor, como
estádios esportivos e resorts com campo de golfe de primeira linha,
junto com luxuosas comunidades para os incrivelmente ricos,
elevando seu patrimônio líquido ao que é agora. E ele fez tudo, não
de algum escritório de vidro, mas com seus homens nos canteiros
de obras, ficando cobertos de sujeira, xingando à vontade e
comendo em food trucks bem ao lado deles.
Eu o respeito por isso.
Como Jason, eu praticamente cresci com um capacete de
segurança, passando a maior parte da minha juventude cercada por
trabalhadores de construção rudes, do tipo: eu sou quem eu sou, é
pegar ou largar.
Foi demais.
Embora eu tivesse uma mãe, foi meu avô quem me criou. E ele
me criou direito. Meu avô garantiu que eu pudesse construir uma
casa de cima a baixo com o mínimo de suprimentos, ao mesmo
tempo em que garantiu que eu também pudesse usar todas as
ferramentas e trabalhar em todas as peças do maquinário.
Ninguém me pressionou mais do que ele e, por causa disso,
progredir no mercado e me tornar uma das empreiteiras gerais mais
jovem e qualificada do estado, alguns anos atrás, foi uma brisa
fresca. E embora eu nunca tenha defendido nada tão grandioso
quanto as coisas que Jason normalmente assume, tive meu quinhão
de sucesso comercial.
Já lidei com arranha-céus luxuosos e academias especializadas,
bem como escolas e até mesmo um pequeno shopping center uma
vez, mas, novamente, independentemente de quão bom meu
trabalho fosse, eu não era só uma mulher em uma profissão
fortemente dominada por homens, mas também uma com uma
reputação de habilidades totalmente estranhas para as pessoas,
que costumava ser alvo de fofocas o suficiente para tornar os
grandes projetos e parceiros de alto nível ou longo prazo, mais
difíceis de encontrar depois que o vovô finalmente faleceu.
Isso não me incomodou muito. Eu apenas mantive minha cabeça
erguida e dei tudo de mim para os projetos que consegui.
Trabalho é trabalho. Isso é o que o vovô sempre dizia.
Sinto falta de ouvir suas palavras de sabedoria. Saudades dele,
ponto final. Todos os dias.
Quando ele morreu, perdi a única pessoa no mundo que me
entendia ou que realmente gostava de mim. Claro, minha mãe me
amava de sua própria maneira básica e biologicamente codificada,
mas ela definitivamente nunca gostou de mim. Ainda não, na
verdade. Nós essencialmente batemos de frente em tudo.
Caso em questão, depois que minha mãe descobriu o que eu
havia planejado com o dinheiro que meu avô tinha me deixado, ela
fez o que deveriam ter sido boas ações parecerem cirurgias de
canal radicular.
Ela revirou os olhos sobre cada cheque que eu assinei para
financiar bolsas de estudo para jovens desfavorecidos que
desejavam entrar no mercado de trabalho, reclamou das doações
que fiz para várias instituições de caridade ligadas a construção em
áreas recentemente atingidas por desastres naturais e, em seguida,
reclamou totalmente da contribuição que fiz para o nova ala no
centro de cuidados paliativos para onde acabei transferindo vovô
quando descobri as condições deploráveis do asilo em que ela e o
marido na época o haviam internado inicialmente.
É por isso que, quando recebi a aprovação para construir o
gazebo memorial do vovô em seu parque favorito, não toquei no que
restava do dinheiro do seguro de vida dele. Eu nem mesmo disse a
ela o que estava fazendo.
A última coisa que eu queria era que sua negatividade tocasse
aquele memorial. Ela teria arruinado tudo reclamando sobre eu
pagar mais pelo tampo de vidro transparente, com certeza, e sem
dúvida menosprezaria minha decisão de fazer alarde no balanço da
cadeira de rodas. O que é pior, ela também não teria entendido por
que eu fiz.
O vovô adorava sentar no balanço da varanda e olhar para as
estrelas à noite — duas coisas que ela saberia se se importasse o
suficiente para passar algum tempo com ele.
Pior pra ela.
Ela perdeu a oportunidade de conhecer o melhor homem que já
conheci. Um homem quem ainda acredito que está parcialmente
cuidando de mim e da minha carreira. Porque, vamos encarar os
fatos, se não fosse pelo balanço e pelo gazebo, eu nunca teria
entrado no radar de Jason em primeiro lugar.
O memorial chamou a atenção de Jason em algum momento do
ano passado, após a morte de seu pai, embora ele não tenha
encontrado minhas informações e feito contato até alguns meses
atrás, quando começou a ter problemas com o gerente de
construção que acabou despedido.
E agora estamos aqui, liderando um projeto pelo qual estou
absolutamente apaixonada. Por um homem por quem estou
começando a ter sentimentos decididamente pouco profissionais.
Isso é que é estar entre a cruz e a espada.
Agora, emocionalmente e fisicamente exausta, mas não mais
perto de dormir, desisto de tentar lutar contra minha insônia e decido
trabalhar um pouco.
Canos de esgoto hoje, definitivamente.
Talvez isso adie brevemente o fato de pensar sobre o homem.
APÍTULO 10_

SUMMER
QUARTA-FEIRA
(Horário: 7h17)

M erda, merda, merda. Eu estou atrasada para o trabalho.


Eu, Summer Davis.
Nunca cheguei atrasada para nada em toda a minha
vida. Não na época em que eu estava espremendo cinco horas da
manhã como aprendiz, carregando madeiras e equipamentos
enquanto treinava em máquinas todas as manhãs antes das aulas
do Ensino Médio. Nem mesmo quando eu estava fazendo
malabarismos com uma carga horária de faculdade em tempo
integral à noite, depois de passar meus dias queimando telhados,
martelando telhas ou carregando e pendurando enésimas folhas de
drywall e gesso (o que eu carinhosamente gosto de chamar de o
ano do ibuprofeno).
Mas hoje, de todos os dias, estou atrasada.
Pior de tudo, estou atrasada por um motivo estúpido e idiota.
Eu dormi demais.
Ou melhor, sonhei demais.
Quatro noites consecutivas agora eu tenho sido atormentada por
sonhos com Jason tão vívidos, que eu acordei sentindo dores em
lugares que nunca haviam doído antes. Esses sonhos... Eles não
são apenas vividamente realistas, eles são extremamente eróticos.
Completamente sujos.
E por causa de todo o erotismo vívido e elaborado, vou me
atrasar mais de uma hora para o trabalho.
Merda!
As coisas não podem continuar assim. Preciso encontrar uma
maneira de tirar o homem da minha cabeça.
E enquanto estou nisso, preciso parar de ficar estúpida toda vez
que ele acidentalmente me toca.
Sua palma desliza como um fantasma nas minhas costas
quando ele passa... Seus dedos apertando meu cotovelo quando ele
precisa chamar minha atenção... Sua mandíbula roçando meu
ombro quando ele fala em minha orelha para ser ouvido sobre o
barulho da construção — tudo perfeitamente inocente... Até minha
imaginação transformar tudo em algo sujo e sexy, me trazendo
essas fantasias malucas e impossíveis.
Fantasias loucas e incríveis...
Droga! Antes que eu possa cair naquela toca de coelho de novo
e ficar ainda mais tarde, corro para vestir as roupas limpas mais
próximas que vejo e saio em menos de um minuto, acelerando para
o canteiro de obras em velocidades vertiginosas.
Eu cheguei em tempo recorde, chocada por não ter luzes
vermelhas e azuis piscando atrás de mim em uma perseguição em
alta velocidade durante todo o caminho. Eu derrapo até parar do
lado de fora do trailer, meus pneus levantando nuvens de poeira que
fazem uma entrada dramática para mim enquanto eu corro pela
rampa de metal barulhenta.
A porta se abre antes que eu possa girar a maçaneta.
— Você está atrasada.
Meu coração troveja no meu peito com seu olhar escuro e
desaprovador.
— Eu sinto muito, eu... — Eu nem consigo me defender. Não
tenho desculpa.
— Você perdeu uma reunião importante. E posso dizer que você
não está pronta para encontrar o inspetor esta manhã.
Merda. O inspetor. Eu cravo minhas unhas em minhas palmas
para não chorar. Eu nunca, nunca sou bagunçada assim.
O olhar de Jason se aproxima das minhas lágrimas não
derramadas. Mas, em vez de recuar, ele desce com ainda mais
força.
— Você não pode foder com tudo assim, Summer — ele late. —
Não neste projeto. Não com uma porrada de gente esperando para
me dizer “eu avisei” por tê-la contratado, apesar dos rumores.
Eu sinto o sangue drenar do meu rosto quando sua última frase
é registrada totalmente.
As palavras duras acertaram em cheio. Mas elas também secam
minhas lágrimas de uma forma que nada mais pode fazer.
— Eu prometo, chefe. Não vai acontecer de novo. — Seus olhos
se estreitam em mim por um instante.
— É melhor não.
Com isso, ele sai furioso. E eu sorrio pela primeira vez em dias.
É um alívio ver que as coisas finalmente voltaram ao normal
conosco.
JASON
TERÇA-FEIRA
(Horário: 10:15.)

E la está de volta ao seu estado normal. Obrigado, porra.


Eu odiei gritar com ela na semana passada, mas
precisava ser feito. Muita coisa depende do sucesso deste
projeto. Para nós dois.
Ainda assim, me sinto um idiota por ter que ser tão direto. Eu sei
que ela só estava atrasada porque não estava dormindo. Eu vejo os
círculos escuros sob seus olhos piorando a cada dia. E eu gostaria
muito de poder ajudá-la, mas assim como ela prometeu, ela não
apareceu nenhuma vez na minha casa para me tirar do meu sono
desde então.
Eu odeio isso.
Pelo menos ela não está mais tentando me evitar. Já é um
progresso. Eu juro, apenas mais um dia disso e eu a jogaria por
cima do ombro e a arrastaria de volta para a minha casa, nos
manteria trancados no meu quarto fazendo sexo em todas as
superfícies disponíveis até que ambos nos tirássemos das nossas
cabeças.
O problema é que não acho que tirar Summer da minha cabeça
seja possível.
Estaria tudo bem, ou pelo menos administrável, se ela
simplesmente atormentasse meus sonhos. Pelo menos nos sonhos
você pode acordar. Esquecer, mesmo. Mas esses pensamentos
selvagens e totalmente vívidos que tenho tido sobre essa mulher
desde aquele beijo... Inferno. Todos os sonhos molhados que eu já
tive na vida combinados nem chegam perto de se comparar.
Tem sido intenso.
Noite após noite sou atingido por imagens cristalinas e de alta
definição dela embaixo de mim, se contorcendo e gemendo, seus
braços esticados acima dela na cama, minha mão esquerda
prendendo seus pulsos enquanto minha outra mão desliza para
dentro daquela calcinha sensual que uma vez tive um vislumbre
através do seu pijama. A peça tinha pequenas cerejas por toda
parte. A peça que eu sempre acabo rasgando com meus dentes
para que eu possa lamber sua pequena fenda encharcada e...
Droga. Agora estou duro de novo. No trabalho, ainda por cima.
— Chefe?
Ah, inferno, agora estou ainda mais duro. Eu me viro e vejo o
objeto da minha loucura crescente segurando uma pasta para mim.
— Me chame de Jason de agora em diante — eu digo sem
pensar. — Todo mundo chama. É apenas mais fácil, já que temos
tantas equipes de empresas diferentes no local agora, cada uma
com seu próprio capataz.
Sim, eu sou um filho da puta maluco. Ainda quero ouvi-la me
chamando pelo meu nome, embora eu não possa tocá-la.
Ela encolhe os ombros.
— OK. Aqui estão meus planos atualizados para... — ela para e
me lança um olhar estranho.
— O que há de errado? — Eu franzi a testa. Não pode ser minha
ereção que a deixou muda, porque meu cinto de ferramentas está
fazendo um ótimo trabalho impedindo que isso seja de
conhecimento público. Além disso, a mulher cumpriu sua promessa
de nunca mais olhar para o meu pau, ou mesmo próximo da região
mencionada.
Eu também odeio esse novo arranjo.
Ela olha para sua mesa atrás de mim.
— Você... — Ela se aproxima e pega um bolinho de mirtilo tão
grande que ela precisa das duas mãos para segurá-lo. — Você me
trouxe um bolinho?
Eu aceno com a cabeça para fora da janela onde nossos
trabalhadores estão comendo donuts.
— Peguei algumas dúzias para os caras, pois sei que eles
começaram cedo hoje. Conhecendo-os, eles teriam engolido todos
eles antes mesmo de você ter a chance de sentir o cheiro, então eu
guardei um para você.
— Estes são os meus favoritos absolutos — diz ela, sua voz
soando surpresa por eu saber um detalhe como esse sobre ela.
— Da sua padaria favorita também.
Ela balança a cabeça para mim maravilhada antes de arrancar
com entusiasmo um pedaço e colocá-lo na boca com um sorrisinho
feliz. Seguido por um pequeno gemido.
Isso me obriga a ajustar o caimento do meu jeans. Bom cinto
para ferramentas industriais.
— Então, sobre as terras pantanosas — eu digo, desviando
meus olhos da extravagância inocente de comedora de bolinhos que
está registrando como pornografia no que diz respeito ao meu pobre
e confuso pau. Eu rapidamente folheio os rascunhos recém-
adicionados e os gráficos de análise de custo longitudinal. Seu
último rascunho também foi extremamente detalhado e
impressionante como o inferno. Realmente, esta atualização só vai
fazer meus investidores pensarem que estou me exibindo.
O que me lembra…
— Seu nome não está aqui — eu digo, tocando na pasta limpa.
— Não estava no último que você se transformou em mim também.
Ela pisca com surpresa. E pânico.
— Porque essas são apenas minhas anotações informais.
Eu sorrio com a ideia dela de notas informais. É como chamar a
Disneylândia de um pequeno playground.
Ela começa a se mexer, pegando as fotos impressas e ligando
seu laptop antes de arrancar a pasta da minha mão e me bloquear
quando tento retirá-la.
— Eu não sabia que você esperava uma proposta formal ainda.
Essas foram apenas algumas coisas que juntei porque pensei que
você ainda estava considerando a compra.
— Já decidi comprar o terreno. Então, eu preciso que você lance
uma página de capa sobre isso — eu faço cócegas em suas
costelas e pego a pasta de volta quando ela grita — para que eu
possa enviá-la ao meu conselho para aprovação final. Quero ter
certeza de dar crédito onde é devido.
Minha loucura me dá a impressão de que acabei de pedir a ela
para ser cúmplice de um duplo homicídio.
— Isso não está pronto para o seu conselho ver! — O bolinho
agora totalmente esquecido, outro mapa é freneticamente enfiado
em sua pasta enquanto ela imprime um monte de documentos e
desdobra um mapa das terras pantanosas com cerca de cem
bandeiras de néon e coloca adesivos de marcadores nele. —
Apenas me dê vinte e quatro horas. Se eu trabalhar durante a noite,
serei capaz de...
Seus olhos se arregalam no momento em que minha mão
desliza suavemente sobre sua boca.
— Chega de perder o sono, Summer — eu digo severamente.
Quando ela se vira para mim e profere um palavrão em tom
baixo, eu lentamente esfrego meu polegar sobre seu lábio inferior.
Em parte, para impedi-la de protestar e em parte para afastar
algumas migalhas do bolinho. Mas principalmente porque preciso de
uma desculpa para tocar seus lábios novamente. Se não for com
meu polegar, será minha boca novamente. Então eu não vou ser
capaz de parar até que eu tenha aqueles lábios macios e cheios em
volta do meu...
Porra. Concentre-se, Steele.
— Coloque uma folha de rosto agora para que eu possa me
encontrar com a diretoria e fazer a compra. Em seguida, reserve
mais uma semana para a proposta formal.
Em sua carranca adoravelmente teimosa, eu suspiro.
— Quero dizer. Aproveite a semana. Você precisa dormir mais.
— Eu passo a parte de trás dos meus dedos sobre os círculos
escuros sob seus olhos. — Vou garantir que todos saibam que essa
ideia foi sua. O que significa muitas reuniões e talvez até algumas
entrevistas. Não posso deixar que as pessoas pensem que eu sou
um feitor malvado que está fazendo você trabalhar até depois da
meia-noite todas as noites.
Ela começa a balançar a cabeça freneticamente.
— Em... entrevistas? Não sou boa em fazer entrevistas.
— Você vai ficar bem — eu respondo em um tom que diz que,
desde que eu declarei isso, vai ser assim.
Com os olhos ainda arregalados e mais do que um pouco
descrentes, ela sussurra gravemente:
— Eu não acho que isso vai ser bom para minha insônia. Não
vou conseguir parar de me preocupar com os detalhes. — Ela dá
uma grande mordida ansiosa em seu bolinho e começa a rabiscar
um post-it atrás do outro para si mesma enquanto mastiga.
Cristo, ela é tão fofa quando está sendo neurótica.
— Essa é minha outra estipulação — eu digo, roubando um
pedaço de canto mai açucarado para colocar na minha boca,
sorrindo novamente quando a viciada em bolinhos o move para fora
do meu alcance com um rosnado minúsculo e territorial. — De agora
em diante, se algo em relação a este projeto está impedindo você
de dormir, é melhor você estar na minha porta para me deixar
ajudar. Eu não me importo que horas são. E isso não é negociável.
Estamos nisso juntos, Summer.
Enquanto ela me encara como se eu tivesse começado a falar
em uma língua estranha, eu a encaro de volta, principalmente para
ver se não há mais migalhas de donut soltas que eu possa limpar
para ela.
Existem. Na frente de sua camiseta, polvilhado sobre o grande
logotipo ‘STEELE’ emoldurado de forma bastante perfeita em toda a
ondulação tentadora de seus seios.
A mulher nunca facilita as coisas para mim.
Resisto ao impulso de cuidar dessas migalhas com minha boca
e, ao invés disso, estendo a mão para erguer seu queixo fofo.
— Eu já comprei uma garrafa daquele xarope de avelã horrível
que você colocou no seu café, então esqueça de ir àquele café do
outro lado da cidade. É perigoso. Você pode adulterar seu café
exatamente como quiser na minha cozinha a partir de agora.
A expressão dela vai de pasma a completamente pasma.
— Mas por quê?
Eu encolho os ombros com naturalidade.
— Por todas as razões que acabei de dizer. E porque descobri
que prefiro estar morto de cansaço com você me incomodando até o
sol nascer do que bem descansado sem ter feito você me
incomodar até acordar.
Ela fica boquiaberta para mim em um silêncio atordoado, quase
catatônico.
Eu não gosto do silêncio dela. Gosto de ouvi-la, toda ela. O
tempo todo. Suas pequenas reações e respostas únicas às coisas.
Sua total falta de filtro. Summer é apenas Summer.
É muito viciante.
Ela é viciante.
É por isso que ela parada ali em silêncio total depois do que
acabei de revelar está me deixando louco.
Eu quero ouvi-la. Sem filtro. Reagindo e respondendo. Para mim.
Bem aqui. Porra, agora.
SUMMER
TERÇA-FEIRA
(Horário: diurno? Eu acho. Pergunte novamente mais tarde.)

E le está me beijando.
Jason Steele está com a boca na minha. Bem aqui no
canteiro de obras no meio de um dia de trabalho.
Mas onde e quando o assunto não é tão urgente quanto o
porquê no momento. Por que diabos ele se conteve da última vez?
O breve beijo que compartilhamos em sua cobertura foi ótimo.
Incrível, até. Mas não tinha nada a ver com o que sua boca está
fazendo com a minha agora. Este beijo é... cru, elementar.
Apagamento mental.
Absolutamente merecedor de consequências.
Até certo ponto.
Deus sabe que venho sonhando com isso há semanas (mais
tempo, se estiver sendo totalmente sincera). Mas aqui? No
trabalho? Onde alguém poderia entrar no trailer e nos ver?
Eu deveria me afastar.
Em vez de seguir aquele conselho extremamente sensato, no
entanto, meus braços decidem deslizar ao redor de seu pescoço e
puxá-lo para mais perto.
Apenas, no segundo que eu faço, ele interrompe o beijo.
— Devemos parar — ele murmura asperamente, seus olhos
tempestuosos, suas mãos flexionando contra meus quadris.
Então, estamos de acordo. Parar é definitivamente o caminho a
percorrer aqui.
Mas... nós não vamos. Eu sei disso, ele sabe disso.
— Eu te quis desde o momento em que coloquei os olhos em
você — ele murmura com uma voz áspera e tensa. — Então você
me acordou naquela primeira manhã e decidiu me mostrar todas as
suas loucuras de uma vez. Sem se rebaixar, sem me colocar num
pedestal. — Sua testa desce para descansar na minha. — E eu te
quis ainda mais.
Meu Deus, essa é a coisa mais doce que alguém já me disse. Eu
sinto suas mãos alisarem meus lados e então parar abruptamente.
Todo o seu corpo fica rígido de tensão, como se a luta para ele
fosse tão real quanto para mim.
Quanto mais ele se segura, mais eu tento também, toda a
batalha durando duas batidas de coração antes de eu lentamente
ficar na ponta dos pés e roçar meus lábios ao longo de seu lábio
inferior.
Ele tem gosto de menta. E tesão. Se tesão pudesse ser um
sabor, Jason Steele teria o monopólio sobre ele.
Uma fração de segundo depois, ele está correspondendo,
capturando meu lábio inferior entre os dentes enquanto seus olhos
se fixam em mim e sua mão desliza para a parte de trás do meu
crânio para me manter como refém.
— Você é tão sexy — ele murmura, seus lábios nos meus mais
uma vez, enviando um calor abrasador pelo meu peito, e emoções
que nunca senti antes ricocheteando por trás das minhas costelas.
— Seu corpo perfeito está me deixando louco há meses.
Meu corpo está longe de ser perfeito. Meus seios são pequenos.
Não grandes o suficiente para fazer qualquer decote digno de nota,
mas apenas saltitantes o bastante para que eu nunca passe por
problemas ao me exercitar. Minhas pernas estão cheias de
cicatrizes de construção que adquiri em diferentes locais de trabalho
ao longo dos anos. E minha bunda é um pouco redonda para o meu
corpo pequeno.
Mas agora, enquanto ele está olhando para o meu corpo com
aquela fome abrasadora aquecendo o seu olhar mil graus mais
quente a cada segundo que passa, me sinto desejável, linda.
É uma sensação inebriante.
Ele traça seus lábios na minha garganta.
— Diga-me para parar, Summer.
Eu não consigo.
Coração batendo forte, corpo zumbindo com a necessidade, eu
ignoro minhas sensibilidades e estendo a mão para soltar seu cinto
de ferramentas.
Ele geme, mas não me impede. Melhor ainda, ele assume o
controle, removendo seu cinto de ferramentas antes de me colocar
em sua mesa. Eu olho para baixo e o vejo espalmar seu pau grosso
através da calça jeans, me mostrando o quão duro ele está, me
observando enquanto o observo.
É tão grande quanto eu me lembro. E quanto mais difícil fica,
mais eu começo a me perguntar como seria senti-lo, saboreá-lo.
Como seria tê-lo dentro de mim.
Eu me ouço gemer. Seus olhos brilham com calor.
— Que pensamentos sujos você está tendo agora? Diga-me.
Eu balanço a cabeça.
Ele solta um rosnado baixo sobre a minha recusa em responder,
e eu juro, minha boceta começa a latejar.
— Então, que tal eu dizer que tipo de pensamentos estou tendo
em vez disso? — Ele se inclina para me dizer em um sussurro
quente e abafado: — Geralmente começa comigo imaginando meu
pau nessa sua boca sexy. — Suas mãos suavemente flexionam e
deslizam para baixo nas laterais do meu torso, lentamente,
enquanto ele murmura contra minha garganta — E quase sempre
termina do mesmo jeito... comigo enchendo, enchendo demais, sua
linda boceta com meu esperma.
Meus olhos se fecham quando ele agarra minha bunda e me
puxa contra ele. Posso sentir o quão quente ele está, o quão duro
ele está, mesmo através do jeans grosso. E instantaneamente, sou
atingida por novas visões que nunca antes imaginei, cada uma
fervendo sobre minhas terminações nervosas e sobrecarregando
minhas fantasias.
Sinto seus lábios roçarem meu pescoço e se acomodarem atrás
da minha orelha enquanto ele pergunta bem baixinho:
— Você me deixaria fazer isso, baby? Meu pau na sua boca?
Gozar dentro de você?
Oh Deus. A conversa suja do homem realmente deve ser
classificada como segunda ou terceira base.
Eu afundo meus dentes em seu ombro para impedi-lo de me
ouvir gemer.
Um arrepio sexy atinge seu corpo alto.
— Inferno. Faça isso de novo e não estaremos mais falando
apenas sobre nossas fantasias, querida.
Eu imediatamente aperto minhas pernas juntas, sentindo minha
calcinha agora encharcada.
Seu olhar faminto desce para minhas coxas cerradas.
— Você está molhada por mim? — ele pergunta em um rosnado.
Não adianta mentir. Eu concordo.
Depois de uma rápida olhada para fora da janela, ele me levanta
e coloca a mão em concha sobre meu monte, sibilando quando eu
empurro contra seu toque.
— Que delícia. — Ele lança outro olhar severo para fora da
janela e diz rispidamente: — Lembre-se, este trailer não é à prova
de som. Morda meu ombro de novo se você precisar...
Sem mais aviso do que isso, ele abre o zíper da minha calça
jeans e desliza a mão pela frente da minha calcinha.
Eu enterro meu rosto em seu pescoço para não gemer.
— Você está molhada pra caralho. — Ele circunda meu clitóris
com um dedo. E então dois. — Olhe para mim, Summer. —
Travando seu olhar no meu, seus dedos de alguma forma me levam
direto ao limite com quase nenhum esforço.
Como no mundo eu já estou tão perto de gozar? Geralmente,
leva pelo menos meia hora para me trazer a este ponto, mas ele já
me fez ofegar e tremer em menos de um minuto.
O resto das minhas perguntas são apagadas do meu cérebro
quando sua outra mão desliza por baixo da minha camisa para
beliscar rudemente meu mamilo através do meu sutiã.
— Goze — ele comanda em um sussurro rosnado e meu corpo
recebe o pedido e apenas se quebra.
O prazer explode pelo meu núcleo quase violentamente,
pulsando através de mim em ondas quentes e infinitas, me
sacudindo com intensos tremores de sensações, mais e mais, até
que eu sinto minhas pernas simplesmente cederem debaixo de mim.
Ele me pega e me embala contra seu corpo alto enquanto eu tento,
totalmente em vão, trazer um pouco de oxigênio tão necessário de
volta para meus pulmões.
Não tenho ideia de quanto tempo leva para o quarto parar de
girar, mas, eventualmente, sinto os espasmos no meu núcleo
começarem a diminuir, e a névoa de prazer se dissipar em uma
euforia quente, pouco a pouco, lenta e nebulosa.
Eu olho para o seu intenso olhar verde que nunca perde nada.
— Isso foi…
O som abrupto e inconfundível de pesadas botas de trabalho
passando pelo trailer do lado de fora nos leva de volta à realidade.
Nós nos separamos.
Eu olho da porta destrancada do trailer para minha calça jeans
aberta, atualmente exibindo minha agora completamente
encharcada calcinha da fruta do dia.
Os olhos de Jason seguem os meus, e ele rapidamente estende
a mão para refazer meu zíper antes que eu possa.
Meu Deus.
E se fôssemos pegos?
Sua expressão endurece como se o mesmo pensamento
estivesse ocorrendo a ele também.
— Jesus, Summer. Eu sinto muito. Isso é tudo minha culpa. Eu
não sei o que diabos eu estava pensando.
— Não, não se desculpe. Eu queria que você... fizesse isso. —
Eu sinto meu rosto ficar vermelho com o quão verdadeira essa
última afirmação foi. — Não foi só você. Acredite em mim.
Ele não parece convencido.
Talvez se eu dissesse a ele que era meu primeiro orgasmo não
solo?
Seu celular toca antes que eu possa compartilhar essa
informação reveladora.
— Merda. — Ele verifica seu telefone. — Tenho uma reunião de
investidores e preciso ir ao centro da cidade.
No centro da cidade, onde seu grande escritório corporativo com
seu nome é... Um dos quatro no mundo exatamente como este.
Uma batida forte na porta, como o barulho da janela, ecoa pelo
trailer, e nós dois nos viramos para ver o encanador entrar correndo.
Avaliamos. O pântano é um cocô. Sem trocadilhos. Por causa de
onde estava situado, acho que o proprietário anterior achou que não
havia problema em ignorá-lo. Mas nós não podemos. Há
definitivamente um perigo de deslizamento.
E isso seria o universo me chamando pra acordar pra realidade.
— Já vou, Frank.
Jason toca meu cotovelo suavemente no segundo que Frank sai.
— Summer…
Ele vai se desculpar novamente. E pensar nisso é demais para
suportar agora.
— Olha — eu digo, — Você tem que ir, e Frank está esperando
por mim. Falaremos mais tarde, ok? Prometo.
Bem na hora, seu telefone toca outro alerta. Ele hesita, mas
eventualmente acena com a cabeça e sai pela porta sem dizer uma
palavra.
Enquanto eu levo um minuto para ter certeza de que minhas
roupas estão todas em ordem antes de sair do trailer, eu posso
pensar sobre como isso aqui é o tipo de coisa que minha mãe fez
minha vida inteira.
Ela odiava trabalho duro. Em vez disso, optou por passar a vida
trocando sexo pelas necessidades básicas que a maioria das
pessoas simplesmente conseguia através de um emprego, um fato
que eu sabia desde muito jovem. E o pior de tudo, ela era orgulhosa
disso. Orgulhosa por poder usar seu corpo para avançar em seu
caminho na vida.
Eu nunca quis ser ela.
E olhe para mim agora. Logicamente, eu sei que não é a mesma
coisa, mas isso não faz com que a situação melhore em meu
estômago.
História da minha vida.
Mais cruel do que justa às vezes, e completamente confusa em
outras.
Enquanto pulo no carrinho de golfe do local com Frank, me forço
a me concentrar em minha longa lista de coisas a fazer pelo resto
do dia de hoje, em vez de minha longa lista de maneiras pelas quais
minha vida se complicou no passado.
Sou grata porque a primeira lista é bem mais longa que a
segunda.
JASON
QUARTA-FEIRA
(Horário: 1:27)

E u estou perdendo minha maldita sanidade.


Eu não deveria ter tocado nela no trailer. Jesus, o que
diabos eu estava pensando? Eu preciso me desculpar.
Colocarei meus joelhos no chão e implorarei por seu perdão.
O problema é que eu não quero me desculpar.
Não quero ter que dizer que me arrependo de ter esfregado seu
pequeno clitóris e fazê-la gozar com tanta força que quase gozei
nas calças só de observá-la. Porque eu não me arrependo. O
próprio pensamento me deixa estressado. E essa é a parte mais
confusa de tudo isso.
Eu amei vê-la gozar, senti-la gozar. Repassei em minha mente
mais mil vezes ao longo do dia. Mesmo agora, enquanto estou aqui
fora de seu loft ensaiando minhas desculpas na minha cabeça,
estou duro pra cacete.
Mas o fato de que não consigo parar de desejá-la, e desejá-la é
problema meu, não dela. Eu poderia ter arruinado sua carreira. Se
fôssemos pegos naquele trailer, absolutamente nada teria
acontecido comigo. Sim, sou o chefe dela neste projeto, mas ela é
uma contratada independente, não uma funcionária. Não há
problema de RH. Ninguém diria merda sobre mim.
Mas eles com certeza falariam merda sobre ela.
Eu cresci nesse meio. Eu sei o quão difícil é para qualquer
mulher ter sucesso, quanto mais crescer até o nível que ela
alcançou. A última coisa de que ela precisa é uma fofoca idiota de
que está dormindo com um cliente. Ela seria rotulada como uma
vagabunda e perderia o respeito de seus colegas e de sua equipe.
E esse pensamento é o suficiente para me fazer querer socar
uma parede.
Isso é tudo minha culpa. Eu abro meu punho e aplico minha
palma contra sua porta.
Ele abre sem eu sequer bater.
Puta merda, ela é linda pra caralho.
— Jas... — Ela se interrompe. — Hum... está tudo bem? O
segurança acabou de ligar para me dizer para verificar se minha
campainha está funcionando porque você está parado aqui nos
últimos minutos.
Eu suspiro. Claro que sim. Faço uma nota mental para dar a
todos eles bônus por serem tão invasivamente observadores.
— Desculpe, eles provavelmente pensaram que era algum tipo
de emergência do proprietário. Eu não te acordei, não é?
Embora ela esteja esfregando os braços nervosamente, ela solta
um sorrisinho torto com isso.
— Você esqueceu com quem está falando?
Eu sinto meus lábios se contorcerem em diversão também.
— Certo. Pergunta idiota.
Ela mastiga o lábio inferior.
— Você... quer entrar para tomar uma bebida ou algo assim? —
Ela olha para o velho relógio de pêndulo atrás dela para verificar a
hora. — Acho que provavelmente é tarde demais para você tomar
um café. Mas eu tenho cerveja.
Má ideia, Steele. Não faça isso. Diga o que você precisa dizer
aqui no corredor. Melhor ainda, envie a ela um bom e-mail. Dessa
forma, você não tropeçará acidentalmente e acabará com a mão
dentro das calças dela novamente.
— Claro, uma cerveja parece ótimo.
Muito bem com o autocontrole, idiota.
Uma vez na porta, eu a paro antes que ela vá para a cozinha.
— Na verdade, esqueça a cerveja. Só vim aqui para me
desculpar novamente pelo que aconteceu no trailer.
Sua boca desce nos cantos.
— Pare de se desculpar, Jason. Sério, não há nada para se
desculpar.
— Sim, há. Nós dois sabemos o quão ruim isso poderia ter
acabado para você se alguém nos pegasse.
Ela cai no sofá com um suspiro.
— Eu sei que não deveria me preocupar com algo tão trivial
como fofoca, mas eu me importo.
Contra meu melhor julgamento, eu me junto a ela no sofá.
— Qualquer um faria, Summer. Nossas reputações são nosso
sustento.
Um sorriso suave enfeita seus lábios.
— Meu avô costumava dizer isso o tempo todo.
— Não é surpreendente. Nunca tive a chance de conhecer o
homem, mas ele tinha uma reputação e tanto.
— Tinha mesmo — diz ela com orgulho antes de a luz em seus
olhos escurecer um pouco. — Essa é a única razão pela qual tantas
pessoas se arriscaram comigo quando eu estava começando.
Porque eu era a netinha de John Davis. Se não fosse por ele, de
jeito nenhum eu estaria onde estou agora neste negócio. Eu sou
praticamente a garota-propaganda do nepotismo.
— Não tem nada de errado com isso. Posso dizer a mesma
coisa sobre mim. Meu pai abriu o caminho e sou grato a ele por
isso. — Eu encolho os ombros. — Além disso, seu avô pode ter
aberto algumas portas para você, mas foi você quem mostrou a eles
por que merecia o apoio dele. Lembro-me de ouvir sobre você há
muito tempo. As pessoas falam quando uma garota arrebenta nessa
área. Especialmente naquela época. E acredite em mim, eu ouvi
várias vezes como você era boa.
— Sim, bem, eu era uma novidade na época. — Ela evita meus
olhos e se levanta para mexer em algumas fotos antigas de seu avô
sobre a lareira. — Aposto que as coisas que você ouviu sobre mim
recentemente não foram tão brilhantes.
Me deixa chateado que ela ainda tem que lidar com essa merda.
— São apenas seus concorrentes tentando derrubá-la porque
você é tão boa. Liguei antes de te contratar. Seus clientes não
receberam nada além de elogios pelo seu trabalho.
— Bem, a maioria deles de qualquer maneira.
Um olhar conhecedor cruza sua expressão.
— Nós dois sabemos que alguns dos meus clientes também
estão falando mal sobre mim.
Inferno, eu odeio fofoca. Sem dúvida, um dos traços humanos
mais estúpidos, se você me perguntar.
— Lamento que você tenha que aturar pessoas falando sobre
você pelas suas costas.
Ela levanta um ombro desdenhoso.
— Não é realmente um grande segredo. Eu sou quem eu sou.
Então, por que esconder?
Eu fico olhando para ela. Claramente, estou perdendo algo.
— O que foi? — ela pergunta, olhando para mim também.
Eu franzi a testa.
— Estamos falando sobre a mesma coisa?
— Os rumores de que eu sou estranha?
— Não, os rumores de que você era a amante de seu chefe na
cidade.
Seu queixo cai.
— O QUE?!
Merda. Eu pulo do sofá.
— É apenas algo que aconteceu de eu ouvir. — De gente pra
caralho. — Pode ser apenas um pequeno boato circulando.
— Sim, provavelmente não.
Pela primeira vez, Summer parece... vulnerável. Ferida E isso
me faz querer espancar todo mundo que já repetiu o boato.
— Summer…
— Não é verdade — ela explode com veemência. — Eu nem sei
de quem eles podem estar falando.
Eu deveria simplesmente mudar de assunto. Mas acho que ela
tem o direito de saber.
— Foi um projeto de grande altura que você fez no início do ano
passado.
Um estremecimento repulsivo sacode seu pequeno corpo.
— Oh. O cliente era Chad Harrington. O cara era um idiota e
muito desprezível se você me perguntar. Nunca vi como ele tinha
uma esposa tão doce. — Ela franze a testa. — Por que diabos
alguém estaria espalhando boatos sobre mim e Harrington? Eu mal
falei com o cara.
Mais um exemplo de onde sua inocência surpreendentemente
ingênua me deixou preocupado.
— Querida — digo suavemente —, pelo que ouvi, foi o seu
cliente que começou o boato.
Seu olhar de choque enojado me faz desejar saber quem diabos
esse idiota do Harrington era para que eu pudesse arruiná-lo.
— Mas... por que ele faria algo assim? Ele é casado. Com uma
filha pequena. — Seus braços envolvem sua cintura como se ela
estivesse literalmente com dor. — Você acha que os rumores
chegaram à esposa dele? Sua filha? A filha dele tinha uns dez anos,
já tinha idade o suficiente para ser prejudicada por isso. — Ela
parece à beira das lágrimas com o pensamento.
Inferno, ela é uma coisa tão doce e gentil.
Definitivamente vou acabar com o idiota.
— Não sei a resposta para isso. Tudo o que sei é que ele se
gabou disso para um bando de caras e... bem, você sabe como são
os rumores.
— Quer dizer, fui jantar com ele algumas vezes, mas eram
apenas reuniões de negócios. Como o tipo que temos em sua
cobertura. — Ela franze a testa. — Acho que ele ficou um pouco
grudento uma vez, quando estava bêbado, mas nunca pensei muito
sobre isso porque muitos dos caras da construção com quem vou
beber ficam da mesma forma.
— Quais caras? — Eu rosno. Eles serão demitidos.
Ela pula.
— Nenhum desta equipe. — Seus ombros caem e ela parece
desanimada. — As pessoas realmente acreditam que eu faria isso?
Dormir com um homem casado? — Ela olha para mim, os olhos
cheios de raiva, humilhação. — Espere... Você disse “amante da
cidade”. Você quer dizer que ele estava dizendo às pessoas que era
como meu... Suggar Daddy ou algo assim?
Não quero dizer a ela que sua descrição é muito mais branda do
que alguns dos boatos.
Ela acena com a cabeça ao meu silêncio.
— Então, meus colegas não acham apenas que eu sou uma
vagabunda, mas também uma prostituta.
Eu agarro seu queixo e cerro por entre os dentes.
— Nunca diga isso sobre você, porra.
Ela olha para baixo.
— Na verdade, isso explica por que ouvi alguns caras que já
despedi no passado me chamarem assim. Só pensei que eles
estavam sendo idiotas. Agora eu sei.
A expressão dela está tão derrotada que tenho vontade de gritar
com o universo. Os homens nunca precisam se preocupar com
merdas como essa. É injusto pra caralho. Eu sei o quão boa ela é.
Mas o fato de que todos os três empreiteiros para quem liguei para
saber mais ela, deram pistas sobre sua “reputação” e continuado
com piadas grosseiras sobre como ela poderia me dar o mesmo
negócio que Harrington é totalmente escroto. Se eu estivesse
perguntando por aí sobre um gerente de projeto do sexo masculino,
ninguém sequer mencionaria merdas como essa. E os membros da
obra nunca desrespeitariam um homem por algo assim.
— Oh, não — ela sussurra, seu olhar voando para encontrar o
meu. — Você acha que os caras podem acabar dizendo a mesma
coisa sobre nós? — Ela se afasta de mim, balançando a cabeça. —
D-deveríamos fazer o controle de danos. Vamos ficar longe um do
outro o máximo possível. Posso pegar outro trailer do outro lado do
estacionamento. E nada de reuniões fora do local de trabalho.
Eu a encaro como se ela estivesse fora de si, mesmo quando
sinto algo em meu peito puxando com força sobre ela tentando me
proteger.
— Summer, pare com isso. Não há necessidade de qualquer
controle de danos.
Ela congela no lugar.
— Oh droga! Este apartamento. Eu preciso começar a pagar o
aluguel para você. — Ela revira os olhos. — Do que diabos estou
falando, não posso pagar por este lugar. Eu vou me mudar. O mais
cedo possível.
— Você não vai se mudar, porra — eu quase grito.
— Mas e se pessoal...
— Era parte do seu pacote de emprego — eu interrompi,
sentindo-me desmoronar com a ideia de ela ir embora. — Ninguém
vai dizer merda nenhuma sobre o loft. — Eu sei que provavelmente
é otimista demais para ser verdade, mas se alguém fizer um
comentário, arrebento a cara dele para esclarecer a situação.
— Mesmo que fizesse parte do meu contrato de trabalho. Estou
segura que...
— Eu disse não. Você não vai a lugar nenhum. Agora se acalme,
porra.
Em seguida, faço um esforço concentrado para seguir meu
próprio conselho.
— Eu prometo, Jason. Não vou deixar sua reputação ser
arruinada junto com a minha. Eu prometo, nada como o que
aconteceu hoje vai acontecer novamente.
Puta merda. De jeito nenhum, vou conseguir me acalmar agora.
Fecho a distância entre nós com dois passos.
— Não diga merdas assim, Summer. Só de ouvir isso me deixa
louco.
Quando ela dá um passo para trás e olha para mim como se
fosse repetir aquela promessa fodida de novo, eu a puxo para meus
braços. — Você é especial, Summer. Eu não vou deixar essa merda
machista estúpida e chauvinista me impedir de ver você.
Seus olhos se suavizam e ela diz com um sorriso gentil:
— Eu também acho que você é especial.
— Obrigado porra. Então, nada muda. Nós apenas precisamos...
Ter cuidado.
Ela parece cética na melhor das hipóteses.
— Vai ficar tudo bem — eu insisto. — Eu só tenho que aprender
a manter minhas malditas mãos longe de você quando estamos no
trabalho. — Mais fácil falar do que fazer.
— Ou — diz ela, de uma forma que deixa claro que não vou
gostar de sua sugestão. — Podemos apenas esperar até que o
projeto seja concluído.
Às vezes, odeio quando estou certo.
— Você está sugerindo que esperemos quase um ano para
retomar isso? — Eu sou homem o suficiente para admitir que não
sou forte o suficiente para fazer isso, não depois de já tê-la feito
gozar em meus braços.
Ela murmura algo baixinho que eu não entendo. A expressão em
seu rosto me diz que é importante.
— O que foi?
— Eu disse, o que é mais um ano? Para mim, de qualquer
maneira. — Ela me lança um olhar significativo como se eu
soubesse o que ela quis dizer.
Eu realmente não sei.
— Summer, eu sei que você quer me dizer algo agora, mas nada
está passando pela minha cabeça. Soletre para mim, querida.
— Eu nunca... fiz... isso antes. Não que eu não queira. Bem, eu
não queria. Antes de... Mas agora eu quero. Com você, quero dizer.
Mas eu ainda posso esperar — ela divaga um pouco antes de se
interromper e morder o lábio nervosamente.
Demoro um pouco para processar tudo. Quando eu finalmente
entendo o que ela está dizendo, reconheço que não sou muito bom
nisso.
— Meu Deus. Porra. Como diabos isso é possível? Você é tão
linda.
Ela encolhe os ombros, o embaraço claro em suas feições.
— Você me conheceu, não é? Eu sou estranha com caras fora
da minha própria equipe. Eu mal fui beijada antes de você aparecer.
Eu de alguma forma consigo engolir um “puta merda”. Mas eu
quero ter certeza de obter esclarecimentos sobre alguns detalhes
importantes.
— Então, no trailer, foi a primeira vez que um homem...
Ela cora e acena com a cabeça.
— Jesus... E você realmente fala sério quando diz que quer que
sua primeira vez seja comigo?
Mais rubor e mais acenos de cabeça.
Só assim, eu sinto algo se desbloquear dentro de mim. É
libertador pra caralho. Sua admissão faz um sentimento de
modéstia, possessividade e primitividade cresce dentro de mim e eu
não luto contra isso. Não, eu me deleito.
E então eu começo a avançar sobre ela.
Vejo a pergunta em seus olhos e sinto a resposta à sua pergunta
martelando em meu peito.
— O que você está fazendo? — ela pergunta, os olhos
arregalados de curiosidade.
Com uma voz grossa e quase irreconhecível, digo a ela
exatamente o que estou fazendo:
— Não estou esperando.
SUMMER
QUARTA-FEIRA
(Horário: 2:01 e acho que meu relógio parou.)

J uro que o velho relógio de pêndulo da minha sala parou.


Como nos filmes durante aqueles momentos dramáticos
congelados na história.
Eu o vejo ficar cada vez mais perto. Senti meu coração
tentar sair para fora do meu peito.
— Diga-me a verdade, querida. Você quer esperar? — ele
pergunta, suas mãos grandes e calosas segurando meu rosto tão
suavemente que me encontro esfregando minha bochecha contra
sua palma para me tomar mais dele. — Porque se você quiser
esperar, eu vou. Vou esperar o tempo que você precisar, baby.
Bem, isso torna minha decisão muito mais fácil.
— Eu não quero esperar. — Sai muito mais ousado do que eu
esperava. Assumindo o controle da minha sexualidade como um
chefe, fico na ponta dos pés para tocar meus lábios nos dele.
No segundo que seus lábios encontram os meus, faíscas de
calor escaldante passam por mim. Minhas mãos encontram o
caminho sob sua camisa para tocar os planos duros e cinzelados de
seu corpo. Como sempre, sua pele é como uma fornalha. E tocá-lo
envia um choque de formigamento de consciência direto para o meu
núcleo, iluminando todas as terminações nervosas sexuais do meu
corpo até logo, até mesmo o roçar de seus polegares sobre meus
mamilos me deixa perto do orgasmo.
— Não goze ainda — ele diz rispidamente, de alguma forma
conhecendo meu corpo melhor do que eu. Sua língua passa
rapidamente pelo oco na base da minha garganta. — Não goze até
eu provar você primeiro — ele murmura contra o meu batimento
cardíaco acelerado, agora batendo ainda mais forte contra seus
lábios.
Como naquela manhã, semanas atrás, respondo simplesmente
com:
— Tudo bem.
Ele ri asperamente contra a minha pele.
— Essa porra de frase. Você sabe quantas vezes eu gozei no
chuveiro repetindo mentalmente você dizendo isso?
Eu realmente espero que ele me diga.
— Todas as manhãs você invade, Summer — diz ele. — Eu
imaginei fazer amor com você pelo menos de mil maneiras
diferentes. — Ele pontua a confissão com um beijo profundo e
quente, de alguma forma conseguindo desfazer todos os botões da
minha camisa sem que eu percebesse.
— Normalmente, nós estamos na minha sala de estar, e você
tem suas mãos e seios contra a porta que você tanto ama bater,
uma perna enganchada no meu braço e eu enfiado em você bem
fundo por trás.
Bom Deus, nesse ritmo, posso muito bem gozar antes mesmo
que ele me toque.
— Minha fantasia favorita ultimamente — ele continua, sua voz
um estrondo áspero e profundo — é de você deitada na minha
bancada levando meu pau em sua boca enquanto eu te fodo com
minha mão meia dúzia de vezes, te fazendo gozar mais e mais.
Seus lábios colidem com os meus, então, com um novo calor,
uma nova intensidade, que fica mais quente quando ele abre minha
camisa e coloca as palmas nos meus seios. Beliscando meus dois
mamilos, ele geme e empurra sua língua pelos meus lábios, me
deixando quase inconsciente e a segundos de distância de gozar.
E então ele para.
Deixando meu corpo inteiro em chamas.
Com o espírito de assumir o controle de minha desvirginação,
estendo a mão para desabotoar seu cinto. O tilintar da fivela ecoa
na sala silenciosa como uma algema aberta.
Seu braço me envolve como uma faixa de aço, me impedindo de
ir mais longe.
— Não, baby. Não terei forças para parar se você me tocar.
Quando eu franzo a testa em decepção, ele me compensa
enrolando um punho no meu cabelo suavemente, puxando-o.
Apenas o suficiente. A quantidade perfeita de tensão, puxão e
pressão para fazer minha boceta pulsar no mesmo ritmo do meu
batimento cardíaco acelerado.
É quando ele desliza as mãos sobre minha bunda e me levanta,
pressionando meu núcleo contra seu pau duro e enorme enquanto
me carrega para o quarto.
A nova pressão entre minhas pernas envia ondas de choque de
prazer através de mim a cada passo que ele dá. E ele sabe disso, o
homem mau, muito mau.
No momento em que ele me deita na cama, estou ofegante e já
separando minhas coxas para ele. Sorrindo de uma forma
positivamente perversa, ele se ajoelha e roça os lábios contra o topo
do meu monte enquanto diz:
— Abra mais para mim, querida. Deixe-me ver você antes de te
provar.
Oh, Deus, eu tenho dificuldade em acreditar que nunca estive
tão excitada em minha vida.
Eu abro as penas mais amplamente.
Seus dedos acariciam suavemente a costura da minha calcinha,
mas em vez de colocar a boca em mim, ele puxa o tecido da minha
calcinha com força. E sopra no meu clitóris.
Minhas pernas começam a tremer.
Eventualmente, ele me tira do meu sofrimento e desliza um único
dedo ao longo da minha boceta, murmurando asperamente:
— Porra, você está molhada. — O fato de ele parecer áspero e
tenso é o único bálsamo que alivia minha frustração.
— Jason, por favor.
Aparentemente, essa palavra é realmente mágica, porque eu
sinto algo muito mágico explodindo em mim quando ele desliza
lentamente dois dedos em mim enquanto esfrega meu clitóris com o
polegar. O alívio que sinto é quase opressor. Um prazer que tudo
consome.
— Porra, você é muito apertada.
Seu rosto mergulha entre minhas pernas e quase desmaio
quando sinto sua língua começar a lamber meu calor úmido.
— Você está quase pronta para que eu a tome — ele sussurra
contra mim. — Mas primeiro, vou chupar você aqui. — Ele lambe
meu clitóris. — Até você gozar na minha cara.
Eu sinto seus lábios envolverem meu clitóris inchado enquanto
ele levanta minhas pernas e as coloca sobre seus ombros.
— Agarre-se nos lençóis, querida, porque vou foder esta boceta
apertada e úmida com minha língua por um tempo.
Sua boca trava na minha boceta e eu imediatamente vejo
estrelas. É tudo que posso fazer para não desmaiar de tão intenso
que é o prazer. Uma massa de sensações de corpo inteiro.
Honestamente, não tenho certeza de quanto mais posso
aguentar, de quanto mais preciso.
Felizmente, Jason tem.
Ele começa a bombear um terceiro dedo grosso dentro de mim
antes de chupar meu clitóris inchado em sua boca, com força. E
cada um dos meus pensamentos vai se perdendo no esquecimento,
o nome dele é arrancado de mim repetidamente enquanto eu vou
voando pelo espaço.
JASON
QUARTA-FEIRA
(Horário: Hora H se eu não tomar cuidado.)

J esus, assistir Summer desmoronar é, sem dúvida, a coisa


mais sexy que já vi na minha vida.
E agora estou bem e verdadeiramente viciado.
Suavemente segurando seu monte macio, eu pressiono
a palma da minha mão contra seu clitóris enquanto movo minha
boca para acariciar a curva de seu pescoço.
Tão doce quanto o resto dela.
— Pronta para a segunda rodada, baby?
Seus olhos se arregalam quando deslizo dois dedos dentro dela.
Inferno, ela está ainda mais apertada agora que gozou uma vez, as
paredes de sua boceta inchadas, mais úmidas e quentes do que
antes.
Assim que tenho sua atenção total novamente, começo a
sussurrar as fantasias mais sujas e perversas que venho tendo em
seu ouvido, detalhando tudo para ela enquanto ela se contorce. Eu
falei sério, quero tomá-la de todas as maneiras possíveis, em todas
as posições possíveis.
Eu quero que ela me deseje tanto quanto eu a desejo.
— Você vai gozar mais uma vez — digo a ela.
Em seu suspiro incrédulo que soa parte gemido, parte resmungo,
eu rio e envolvo minhas mãos em torno de seus tornozelos para que
eu possa puxá-la para a beira da cama e espalhar suas coxas
separadas. Quero enterrar meu rosto nela até que ela goze na
minha boca mais uma vez. Até que eu a tenha molhada o suficiente
para que possa tomá-la sem machucá-la.
Mas não hoje.
Logo.
Mesmo enquanto eu faço aquele voto — que provavelmente vai
me matar — o lembrete de que eu sou o primeiro homem a tocá-la
dessa forma, que eu serei o primeiro homem a deslizar para dentro
da boceta virgem perfeita dela, quase me faz gozar de novo.
Mas eu mantenho o foco.
Eu trabalho minha língua em pequenos círculos provocantes ao
redor de seu clitóris, forçando seus gemidos a um decibel mais alto,
mais selvagem, menos contido do que aqueles pequenos gemidos e
choramingos silenciosos e ofegantes que ela estava fazendo antes.
É isso que eu quero. Tirar Summer dessa mansidão, que ela usa
para se controlar.
Ela é da mesma forma no canteiro de obras. Moderada o tempo
todo, mesmo quando sei que há um monte de loucuras fofas
pulando dentro dela.
Esse vai ser meu novo hobby. Eu decidi. Alguns caras jogam
golfe. Eu vou passar todo o meu tempo livre fazendo o Summer
gozar com a frequência que ela permitir.
E eu digo a ela isso quando acaricio minha língua sobre seu
clitóris quente e inchado.
Suas mãos quase rasgaram os lençóis da cama.
— Oh meu Deus, Jason, eu vou...
A porra de uma inundação de seus sucos enche minha boca e é
preciso todo o meu controle para não gozar na porra das minhas
calças. Eu continuo lambendo ela, segurando-a firme enquanto seu
clitóris pulsa contra a minha língua.
Quando seu corpo fica mole, eu dou beijos suaves e gentis por
seu torso, fazendo meu caminho de volta até seus lábios.
— Eu deveria ir — eu digo baixinho contra sua boca enquanto a
coloco debaixo de seu cobertor.
— O quê? — Parece que ela está nadando em areia movediça
enquanto tenta reunir energia para se levantar.
Ela não teve sucesso.
O que me deixa satisfeito pra caralho.
— Você não pode simplesmente... — Ela gesticula fracamente
no ar entre nós, como se não conseguisse encontrar as palavras.
— Comer sua boceta? — eu digo e suas bochechas ficam
vermelhas.
— Então vá embora — ela diz com mágoa. — Você apenas
continua me dando esses... esses orgasmos sem me deixar fazer
nada com você.
Eu ri. Cristo, esta mulher e sua maldita fofura.
— Querida, não adoraria nada mais do que ficar e deixar que
você me use do seu jeito perverso, mas tenho que ir para o
aeroporto. Viagem de negócios, lembra? China? Por uma semana?
— Oh, certo — ela suspira desapontada. — Espere — ela olha
para o relógio em sua mesa de cabeceira — você já não deveria
estar no aeroporto?
— Vou ter que sair agora.
— Você precisa de uma carona?
Eu sorrio.
— Não, eu sempre estaciono minha caminhonete no aeroporto
para poder ir direto para as reuniões e eventos assim que aterrissar.
— Oh. — Ela inclina a cabeça para mim com curiosidade. —
Você viaja em seu próprio jato bilionário? Eu nunca perguntei a você
todas as outras vezes que você voou.
Rindo, eu balanço a cabeça.
— Não. Eu sempre voo comercial. Não posso justificar o custo
de um avião particular. Principalmente para esses voos
internacionais. Além disso, há mais cidades e horários de voos se
eu for em voos comerciais.
— Faz sentido — ela diz. — Eu nunca fui a qualquer lugar fora
do país. Na verdade, só tenho passaporte para contratos com o
governo. — Agora que ela não está mais em sua névoa pós-
orgástica, ela está de volta ao seu jeito tagarela de sempre e
enrolando todo aquele cabelo longo e lindo em um nó rápido no topo
de sua cabeça que deixa algumas mechas aparecendo em todos os
sentidos.
É adorável pra caralho.
Ela apoia o queixo sobre os joelhos para assistir enquanto eu
afivelo meu cinto e endireito minhas roupas.
— Seu avião terá aqueles assentos de cápsula pessoais?
— Na seção da primeira classe, sim, mas estou voando na
classe executiva. Com o quanto tenho que viajar, a diferença nas
despesas aumenta. Eu poderia financiar mais dez bolsas de estudo
completas por ano com o dinheiro. — Eu encolho os ombros. —
Então eu faço.
Ela sorri.
— Deus, você realmente é um santo.
Eu fico confuso com isso.
— Quem me chama de santo? — O resmungo estoico é muito
mais apropriado.
— Eu chamo. Para quem perguntar. Você é facilmente a pessoa
mais generosa que conheço.
— Eu não sou um santo, Summer. — Não sei por que quero que
ela seja clara sobre isso, mas quero. — Eu ocasionalmente esbanjo
em algumas coisas. Em cada uma das minhas diferentes casas,
tenho muito mais meios de transporte do que uma pessoa precisa.
Algumas motocicletas, quadrículos, barcos, esse tipo de coisa.
— Você tem casas? No plural?
Eu não posso deixar de sorrir com isso. Summer é uma
mudança de ritmo tão refrescante. A maioria das mulheres que
conheço já tem um arquivo de stalker de todos os meus bens.
— Tenho três casas nos EUA. A casa que passo mais tempo
fica, na verdade, não muito longe de nosso canteiro de obras.
— Oh.
Ela é como um gatinho curioso, isso sim. E há outra questão se
formando aí, eu posso ver.
— Vá em frente e pergunte. Eu tenho mais alguns minutos.
— Não, não é da minha conta.
Eu apenas a espero falar. Pela minha experiência, as perguntas
não ficam exatamente bloqueadas com Summer por muito tempo.
Ela interrompe um segundo depois.
— Ok, eu só ia perguntar por que você não fica em sua casa se
é perto de nosso canteiro de obras.
Em vez de responder imediatamente, faço a ela uma pergunta:
— Você ficaria na casa? Se fosse mais perto do que a
cobertura?
— Na verdade — ela ri —, provavelmente escolheria a casa,
mesmo que fosse mais longe.
Uma mulher seguindo seu próprio coração.
— Eu também. Na verdade, eu costumava ficar na casa mais do
que no meu loft na cidade... Isto é, até eu descobrir que minha nova
inquilina era um insone adoravelmente sexy que tinha o hábito fofo
de bater na minha porta no meio da noite.
Ela fica vermelha.
— Eu sinto muito por isso.
Dou um beijo em seus lábios.
— Não sinta. Eu não sinto.
Meu telefone toca e eu realmente não posso ignorar este último
alerta.
— Querida, por mais que me doa “bancar o cachorro magro” pra
cima de você. — Eu sorrio enquanto suas bochechas queimam em
um adorável vermelho brilhante. — Eu realmente tenho que ir para o
aeroporto. Eu estarei com meu celular durante toda a viagem, então
me ligue se você não conseguir dormir. Contanto que eu não esteja
em uma reunião, eu responderei.
— Você não precisa fazer isso — ela diz suavemente.
— Nunca faço ofertas porque “preciso”, apenas porque que
quero. Acredite em mim, conversar com você provavelmente será o
ponto alto dos meus dias lá. Eu a puxo para um beijo final e faço um
pedido de despedida antes de ir...
Pedido, exigência, tanto faz.
— Não se toque esta semana, a menos que você esteja no
telefone comigo. Combinado?
SUMMER
DOMINGO
(Horário: 8h35)

D urante toda a semana, Jason se manteve firme em sua


demanda.
Até agora, conversamos por vídeo cinco vezes durante
sua viagem e, em cada ligação, ele fez questão de me dar um
orgasmo, geralmente dois.
Como resultado, o que é bem interessante, descobri que estava
dormindo melhor do que jamais dormi na vida.
Hoje, porém, estou determinada a não adormecer logo depois de
estar mole e satisfeita pelos orgasmos.
É domingo de manhã para mim, o que significa que é tarde da
noite na China. No momento ideal. Eu mando uma mensagem para
ele para ver se ele já foi para a cama.
Meu celular toca quase imediatamente.
— Oi — eu atendo a vídeo chamada, fazendo o meu melhor para
conter o meu nervosismo.
— Hey, querida. — Ele parecia cansado. O que me fez repensar
meu grande plano para a ligação. Isto é, até ele perguntar: — Você
está usando calcinha de morango ou abacaxi esta manhã?
Eu balancei a cabeça.
— Sem calcinha esta manhã.
Isso o faz parecer muito mais desperto na tela.
— É mesmo?
— Mmm hmm — eu respondo casualmente. — Falando nisso,
eu queria perguntar. Você se lembra de como você me disse que eu
não poderia me tocar sem você ao telefone?
— Sim — ele diz, seu tom agora intenso.
— E se eu... me tocasse? Antes de você ligar. Haveria, digamos,
uma consequência para essa ação hipotética?
Seus olhos brilham com o calor, e sua mandíbula cinzelada fica
dura como o granito.
Nossa, isso está ficando divertido.
— Você se tocou, Summer? — ele pergunta com uma voz
aparentemente calma.
Em vez de responder, inclino a câmera do meu telefone para
baixo.
— Puta que pariu.
Meu Deus, adoro quando ele começa a perder o controle.
Sabendo que meu rosto está provavelmente vermelho como uma
lagosta agora, mantenho o telefone apontado para baixo, no que
meus dedos estão fazendo no momento.
O som de seu cinto batendo no chão é pura música para meus
ouvidos.
— Quantos orgasmos à distância você me deu até agora, você
acha? — eu pergunto, sem fôlego, mas determinada.
— Dezenas, pelo menos — ele murmura, parecendo totalmente
distraído. —Sempre a melhor parte do meu dia.
Realmente, o homem diz as coisas mais doces.
— Bem, eu quero a minha vez de fazer isso por você — eu digo
enquanto deslizo dois dedos profundamente dentro de mim, para
mostrar a ele o quão molhada eu já estou.
Seu gemido resultante rasga a linha telefônica.
— Você não precisa dizer nada — eu digo. — Apenas... observe.
Já que atuar não é nem mesmo um pequeno talento meu, conto
com todas as memórias sexy e vivas que tenho de Jason me
fazendo gozar para me ajudar com isso.
Plano altamente eficaz, eu descobri.
Fecho meus olhos e quase posso sentir suas mãos correndo
sobre meus seios, provocando meus mamilos em picos rígidos
enquanto ele sussurra sua marca registrada, que é falar sacanagem
ao em meu ouvido.
Eu imagino que são as pontas dos dedos dele em vez dos meus
tocando minha fenda molhada, seus dedos escorregadios
deslizando para dentro e para fora de mim.
Antes que eu perceba, estou perdida na fantasia de sua língua
acariciando meu clitóris inchado, alternando entre chupá-lo com
força e roçá-lo com os dentes.
O som de sua respiração áspera e tensa na linha telefônica me
faz esfregar meu clitóris com mais força, mais rápido, até que todo o
meu corpo está quase tremendo de prazer. Em minha mente, ele
está acariciando seu pau no mesmo ritmo, com a mesma urgência.
E puta merda, essa imagem já me deixou perto de gozar.
Mas... sem a conversa suja de Jason, simplesmente não é a
mesma coisa.
— Foda-se com seus dedos, baby. Prepare-se para quando eu
voltar. — Sua voz endurece em um rosnado tenso. — Imagine que é
meu pau deslizando para dentro e para fora da sua boceta quente e
escorregadia.
Quando abro os olhos para vê-lo bombeando seu pau na tela,
pergunto baixinho:
— Só minha boceta?
— Puta que pariu, Summer. Você está dizendo que vai me deixar
ter sua boca quando eu chegar em casa? Diga-me.
— Sim. — Estou reduzido a respostas de uma palavra.
Jason não tem esse problema.
— Isso vai me fazer gozar, querida. Você vai me deixar gozar na
sua boca? Ou na sua buceta apertada?
Eu não consigo responder. Porque o próprio pensamento dele
gozando em qualquer lugar dentro de mim me faz estilhaçar em
pedaços, meu orgasmo tão intenso que grito seu nome enquanto
pulsos de calor úmido rasgam através de mim.
Ele geme.
Estou sem fôlego, mas não muito longe para fazer a ele uma
pergunta.
— Você vai fazer todas essas coisas sujas que vive me dizendo
em breve?
Sua voz soa nervosa, mas ainda inabalável.
— Eu disse a você, não temos que nos apressar. Nós podemos
esperar. Sua primeira vez é muito importante.
— E eu estou pronta —, eu digo, cem por cento certa.
Sua respiração parece difícil.
— Puta que pariu, estou tão duro que quase dói.
— Porque você está pensando em tirar minha virgindade?
— Jesus Cristo, pare, Summer.
Depois de toda a tortura que ele me fez passar, não posso deixar
de sorrir.
O que provoca uma risada gemida dele.
— Você é má, mulher. E vou fazer você pagar assim que chegar
em casa.
— Promessas, promessas.
De repente, seu sorriso fica perverso.
E agora estou um pouco preocupada.
— Lembra como você me perguntou quais seriam as
consequências por se tocar sem mim ao telefone, baby?
Eu sinto minha respiração começar a diminuir.
— Já que você pediu tão bem, eu vou te dizer — diz ele, sua voz
baixando para um timbre profundo, sexy e mandão. — Depois de
fazer você gozar na minha boca pelo menos duas vezes, mais
provavelmente três, vou esfregar meu pau em todo o seu pequeno
clitóris duro até que você goze em cima de mim. Então, e só então,
vou me permitir gozar. — Seu tom áspero e estrondoso torna-se
positivamente primitivo. — Em toda a sua fenda molhada... para
marcá-la como minha.
Meu Deus.
— Mas antes de eu gozar — ele rosna, — eu vou fazer você me
tomar nessa sua boca sexy, então você será capaz de se provar em
mim. Provar o quão doce você é, por que assim você vai descobrir
porque eu sou tão viciado em te fazer gozar.
A esta altura, sou uma bagunça trêmula, exausta como um
viciado em overdose de imagens de sexo vívidas, sujas e muito
estimulantes. E é quando ele simplesmente... para. Assim como em
todos os telefonemas que recebemos esta semana, o homem
enlouquecedor simplesmente respira fundo e estremece e se
levanta sem se juntar a mim na terra pós-orgasmo.
O asno teimoso.
Eu tinha tanta certeza que seria eu quem iria dar uma volta por
ele desta vez.
— Eu te disse no início desta semana — ele diz, como se
estivesse lendo minha mente. — Não vou gozar de novo até estar aí
com você. Que vai ser em mais ou menos... — Ele checa o relógio.
— Trinta e oito horas.
SUMMER
TERÇA-FEIRA
(Horário: exatamente trinta e oito horas depois.)

J ason não está simplesmente comendo minha boceta, ele


está se banqueteando com ela.
E depois de dois orgasmos intensos e consecutivos, ele
efetivamente transformou minhas pernas em gelatina.
Estou pronta para entrar em colapso. Mas, em vez de ter pena da
minha pobre boceta exausta, ele simplesmente me ajeita, me
deitando na poltrona como uma virgem em sacrifício, antes de abrir
bem as minhas pernas e mergulhar a cabeça para baixo para
continuar exatamente de onde parou.
— Você só tem a si mesma para culpar, querida —, diz ele
simplesmente antes de sugar vagarosamente meu clitóris em sua
boca.
Sentindo minhas pernas começarem a tremer de verdade
conforme ele aumenta a pressão e começa no terceiro round, eu
balbucio, imploro, argumento que não há nenhuma maneira no
mundo de ser capaz de gozar novamente.
Ele me ignora.
Alguns minutos longos e torturantes depois, uma inundação de
umidade jorra de mim.
Acompanhada logo depois por um gemido baixo e profundo dele.
Só então eu percebo que estou segurando seu pau e acariciando-o
sem pensar enquanto ele está me fazendo gozar com sua boca.
E assim, toda a minha energia eletrizada está de volta. De
alguma forma, consigo conter meu constrangimento e me viro para
o lado para que possa lamber a cabeça de seu pau... enquanto ele
ainda está me lambendo.
Suas coxas endurecem como granito e seus quadris arqueiam
em mim, enviando seu eixo deslizando pelos meus lábios. Uma vez
duas vezes. Ele rapidamente se puxa para fora. — Não vou
conseguir me controlar se você continuar assim.
— Bom — eu respondo timidamente, correndo minha língua ao
longo de todo o seu comprimento latejante.
— Você não quer que eu perca o controle, baby. Agora não.
Eu aperto suavemente a base de seu pau e chupo a ponta larga
antes de responder:
— Não se trata de controle. É sobre eu querer que você...
Eu sinto meu rosto corar. Mas de alguma forma, eu consigo
puxar minha calcinha de menina grande e corajosamente ir aonde
eu nunca fui antes.
— Eu quero que você... foda minha boca... como você disse que
faria... enquanto você... enquanto você...
Ah, quem estou enganando? Não consigo terminar essa frase
em voz alta.
Jason passa a mão pelo meu cabelo e fixa o olhar no meu.
— Você está me dizendo que quer me chupar enquanto eu
chupo seu clitóris? Que eu foda sua boceta com a minha língua?
Meu Deus. Em vez de responder com palavras coerentes reais,
uma expectativa impossível nesse momento, eu deslizo meus lábios
sobre seu pau novamente e simplesmente aceno.
Ele geme e se empurra mais fundo até que está cutucando
minha garganta. Em seguida, ele muda sua postura para que ele
seja capaz de correr sua língua sobre os lábios da minha boceta e
lamber o meu clitóris enquanto lança seu eixo para dentro e para
fora da minha boca.
Eu duro quase três segundos inteiros antes de me encontrar
gemendo incontrolavelmente em torno de seu pau duro. Eu não
posso controlar isso. Não com ele enfiando a língua e o pau em mim
ao mesmo tempo.
O ataque combinado rapidamente me leva além do limite.
Minha boceta convulsiona fortemente, e eu sinto meu cérebro
esfolar quando uma onda orgástica cegante bate em mim... antes
que eu desmaie prontamente.
Eu mal registro que ele está me carregando para a minha cama
até que eu sinto o colchão macio debaixo de mim.
Minhas pálpebras estão pesadas enquanto eu pisco para ele
lentamente. Ele está beijando seu caminho suavemente pelo meu
corpo enquanto sobe em cima de mim, seus intensos olhos verdes
me observando atentamente.
— Tem certeza de que está pronta para isso, querida? — Ele
pergunta enquanto balança suavemente sua ereção contra o meu
núcleo.
Oh. Finalmente chegou a hora. Era para isso que servia tudo
isso. Eu sinto meu coração inchar no meu peito em compreensão
tardia. Eu aceno então e seguro seu bíceps enquanto ele se
posiciona na minha entrada e começa a esfregar a cabeça de seu
pênis suavemente contra meu clitóris.
De repente, ele para com uma maldição dura e sincera.
— Droga. Esqueci de comprar preservativos —. Ele realmente
parece surpreso com o fato.
Reconheço que estou apenas ouvindo pela metade. Porque ele
ainda está esfregando meu clitóris com a cabeça quente e dura de
seu pau.
— Merda, Summer, você está ensopando meu pau. — Ele muda
e começa a deslizar todo o comprimento de seu eixo contra mim
agora, encharcando-o da base à ponta. Com um gemido, ele se
detém novamente. — Eu realmente deveria ir buscar um
preservativo.
Ele realmente não parece querer. E para ser honesta, a ideia de
ele sair no meio disso para buscar uma camisinha parece altamente
desnecessário.
— Estou tomando pílula — informo-o então. — Não precisamos
usar um, a menos que você queira.
Ele fica imóvel.
Mas embora seus olhos estejam vidrados de fome, sua
expressão parece... conflitante.
Estou confusa. Eu sempre ouvi dizer que é melhor para os
homens sem camisinha.
— Ter relação com você sem proteção... — Seu pau pulsa entre
minhas pernas. Mas, novamente, seus olhos ficam nublados de
dúvida, como se ele estivesse lutando com toda a noção. — É que...
eu nunca deixei de usar camisinha antes.
E é aí que tudo se encaixa. Claro que não. Que bilionário faria
sexo com alguém sem camisinha? Não aprendi nada com meu
próprio nascimento?
O lembrete de que eu fui a tentativa fracassada de minha mãe
de um esquema de chantagem para enriquecimento é um banho de
água gelada. Sento-me imediatamente e me cubro com os
cobertores.
— Desculpe, não sei o que estava pensando — digo,
envergonhada. — Vou esperar enquanto você pega o preservativo.
Um olhar de preocupação cruza suas feições.
— O que acabou de acontecer? — Ele segura minha bochecha.
— O que está acontecendo nessa sua cabeça, querida?
Não há como eu contar a ele. De todas as coisas das quais
minha mãe me envergonhou ao longo de nossas vidas, ela ter
engravidado de mim para tentar arrancar algum dinheiro de algum
cara rico aleatório está no topo da lista.
A maioria das crianças simplesmente ouvem gritos quando
irritam os pais. Eu? Fui punida com a verdade por trás da minha
concepção. E quanto mais velha eu ficava, mais detalhada era a
descrição. Ela se certificou de que eu soubesse que ela nunca
realmente me quis, que eu deveria ser grata por ela me manter,
mesmo quando o homem que pensava que ela usava
anticoncepcionais — porque ela disse a ele que usava — se
recusou a pagar mais do que míseros dez mil para nos fazer ir
embora.
Eu odeio que a coisa toda ainda tenha o poder de me afetar.
— Fale comigo, Summer.
— Sinto muito — eu sussurro, afastando as lágrimas. — Eu
arruinei o clima agora, não é?
— Esqueça isso. — Ele me envolve em seus braços e me
abraça perto. — Você quer me dizer o que há de errado?
— Estranhamente, sim. Mas agora não. Assim não. Outra hora,
eu prometo.
Ele balança a cabeça e continua a me abraçar.
— Me desculpe — eu disse, franzindo a testa, totalmente
chateada comigo mesma por estragar nossa noite perfeita.
— Você não tem nada pelo que se desculpar. Eu sou aquele que
deveria estar arrependido. Por esquecer os preservativos. Parece
que esse foi o gatilho. — Acariciando minhas costas com a mão, ele
acrescenta baixinho: — Porque vale a pena, eu não quis dizer nada
com a coisa do preservativo. Eu não estava hesitando porque...
— Porque você não confiou que eu estava dizendo a verdade
sobre estar tomando pílula? — Eu termino por ele.
Ele suspira.
— Eu juro, esse pensamento nunca passou pela minha cabeça.
Não com você.
— Mas é uma realidade com a qual você deve ter cuidado,
certo?
— Infelizmente sim.
Eu deslizo minha mão na dele e descanso minha cabeça contra
seu peito.
— As pessoas são péssimas às vezes.
Uma risada vem dele.
— Sim, às vezes elas são.
Ele se mexe contra mim e fico surpresa — ou chocada, mais
provavelmente — por sentir sua ereção ainda forte.
— Você ainda está ...
— Duro? — ele diz prestativamente. — Sim, bem, você ainda é
virgem. Não tenho certeza se o status do primeiro vai mudar até que
o status do segundo mude também.
Meu rosto fica vermelho brilhante.
— Oh. Isso faz sentido. Eu só pensei que com meu colapso e
tudo, que você seria desligado para a coisa toda.
— Não. Eu sou homem. É muito difícil desligar “isso” depois que
estamos ligados — ele me informa com um sorriso. — E querida,
quando estou perto de você, “duro” é uma espécie de padrão do
meu pau.
Não tenho certeza se deveria achar toda essa conversa tão
romântica, mas realmente acho.
— Você quer dizer que ainda quer... hoje à noite?
Sinto os músculos de seu torso ficarem tensos.
— Você ainda quer?
— Sim — eu sussurro.

—R , baby.
Depois de me beijar sem sentido por uns bons dez minutos,
Jason passou pelo menos mais dez minutos me fazendo gozar
novamente. E de novo.
Estou, portanto, agora pingando... e ainda só capaz de receber
metade de seu enorme pau dentro de mim.
Posso dizer que isso também não é fácil para ele. Sua
respiração está severamente difícil, seus olhos selvagens com
luxúria e cada músculo de seu corpo parece tenso.
Mas ele está sendo tão gentil, tão cuidadoso, mesmo enquanto
todo o seu corpo continua a vibrar com a tensão enquanto ele
balança suavemente contra mim, entrando, centímetro por
centímetro lento e gradual.
Sinceramente, estou seriamente começando a questionar a
logística mecânica de tudo isso.
— J-Jason... E-eu acho que você é muito grande — eu consigo
engasgar depois que ele de alguma forma consegue trabalhar em
outra polegada impossivelmente grossa.
— Não, eu não sou. Apenas tente relaxar — diz ele, embora sua
própria voz soe tudo menos isso. Ele circunda o polegar em volta do
meu clitóris e eu suspiro, quase totalmente sem fôlego, quando o
sinto deslizar em mais alguns centímetros duros.
— Segure-se em mim, querida. — Com dor e preocupação
gravadas em suas feições, ele me beija profundamente, ternamente
por um longo segundo... antes de dirigir o resto do caminho para
dentro de mim em um impulso longo e suave.
Oh Deus.
É muito, muito difícil, e eu sinto que vou partir ao meio. Não
sabendo mais o que fazer, cravo minhas unhas em suas costas,
lutando contra as lágrimas.
— Sinto muito, Summer — ele sussurra asperamente, parecendo
ainda mais torturado do que eu. — Você quer que eu pare?
Surpreendentemente, encontro-me balançando a cabeça. A cada
segundo que passa, a dor está diminuindo. Mesmo que ainda doa,
há prazer enterrado bem sob a superfície também. Eu só... não
consigo alcançá-lo. Mas eu não quero parar de tentar.
— Continue. Por favor.
Lábios fundidos aos meus, ele começa a empurrar suavemente
em mim novamente.
Ainda dói, mas não tanto que eu não consiga registrar o quão
incrível é agora ter ele me enchendo tão profundamente.
Realmente incrível.
Eu envolvo minhas pernas em volta de sua cintura e pressiono
meus quadris contra os dele.
— Porra. Calma, baby. Eu não quero te machucar.
Eu mal posso ouvi-lo. Tudo o que posso focar é na sensação de
seu pau bombeando dentro de mim. Mas eu não quero mais
gentileza. Preciso do atrito, da força. Estou sem fôlego, embora
incapaz de perguntar. Tudo o que posso fazer é cavar minhas unhas
em suas costas e arquear nele, silenciosamente implorando por
mais.
— Caralho, Summer. — Ele arremete contra mim, me enchendo
ao máximo, seus braços estão travados com tensão enquanto ele
olha para mim, seus olhos uma combinação de preocupação e
luxúria pura.
— Mais forte, Jason. Por favor. É... — Não consigo colocar em
palavras o que preciso. E eu sinto minha boceta começando a
pulsar de frustração em torno de seu eixo grosso.
Um gemido baixo e sincero sai dele.
— Não consigo mais me conter. — Sua testa cai contra a minha
enquanto ele murmura pesadamente — Eu preciso gozar.
— Goze dentro de mim — eu sussurro e o sinto tenso.
É quando ele começa a me foder.
Suas mãos encontram as minhas e as prendem ao lado da
minha cabeça.
— Boceta apertada. Perfeita. — ele rosna entre as estocadas,
dirigindo em mim mais forte, mais profundo, seus golpes crescendo
cada vez menos controlados a cada segundo que passa. — Goza
pra mim. Agora baby. Então eu posso sentir você gozando enquanto
eu te encho com meu esperma.
Isso é tudo o que preciso para me fazer explodir.
Minha boceta tem espasmos em torno dele e sua boca se funde
com a minha quase impiedosamente quando ele mergulha em mim
uma última vez.
Sinto uma onda de calor quando ele derrama seu esperma
dentro de mim, sua boca enterrada contra minha garganta,
lambendo, sugando entre palavras murmuradas que estou longe
demais para entender.
Não tenho certeza de quanto tempo fico flutuando na minha
cabeça depois que meu orgasmo passa, mas é um bom lugar para
se estar. Pacífico.
Eu sinto Jason me aconchegar mais perto, mas um olhar em seu
rosto me diz que ele está fora, totalmente adormecido e fazendo
isso por puro instinto. Ocorreu-me então que, depois de todo esse
tempo nos últimos meses, eu realmente nunca o tinha visto
dormindo até agora. É... relaxante.
Eu me enrolo na cama contra ele. E pela primeira vez em muito
tempo, meu cérebro está calmo. Contente.
E caio no sono em seus braços.
JASON
QUARTA-FEIRA
(Horário: a hora das bruxas da minha pequena insone sexy.)

E stou acordando lentamente e, mesmo sem abrir os olhos,


sei que ainda está escuro.
O fato de que estou sendo acordado a esta hora ímpia
deve significar que é por volta das três da manhã. Nos últimos
meses, notei que três da manhã é quando a insônia de Summer
atinge mais.
Agora é minha nova hora favorita do dia.
— Eu não consigo dormir — ela sussurra.
— Eu percebi. — Não quero dizer isso literalmente, vendo como
ainda estou de olhos fechados.
Parte de mim está preocupado que tudo isso seja um sonho sexy
com Summer montando minhas pernas na cama comigo enquanto
ela me dá a melhor punheta que eu já tive.
— Então, você está esfregando meu pau para ajudá-la a voltar a
dormir? Porque estou totalmente de acordo com este método de
terapia do sono inovador que você está tentando.
Ela ri baixinho.
— Isso é grandioso da sua parte.
— Agora você está apenas inflando meu ego — provoco. — Eu
não diria que é “tão grande assim”.
Ela aperta meu eixo.
— Eu tenho uma boceta ligeiramente dolorida que diria o
contrário.
Inferno. Eu adoro quando ela fala sacanagem com aquela voz
tímida.
Sim, a escuridão total não está mais funcionando para mim. Eu
quero vê-la corar enquanto ela diz todas essas coisas docemente
sujas para mim.
Estendo a mão para acender a lâmpada na minha mesa de
cabeceira e sinto meu pau começar a latejar enquanto olho cada
centímetro de seu torso elegante e sexy. Linda pra caralho.
Com ambas as mãos no meu peito, seus seios pequenos e
maduros estão totalmente à mostra para mim, mas fora de alcance.
— Desça aqui. Deixe-me chupar seus mamilos.
— Não — ela diz, cobrindo os seios com um braço.
Isso chama minha atenção.
— Não? — Inferno, por que ela ser tão assertiva na cama me
deixa ainda mais duro?
— Não — ela repete com firmeza. — Porque se você fizer isso,
você vai me dar outro orgasmo. E é a minha vez. Não vou deixar
você me distrair desta vez. Eu quero que você goze na minha boca.
Meu pau ansioso pulsa em favor dessa ideia.
Quando ela vê que estou começando a vazar pré gozo, ela se
abaixa para lambê-lo com um golpe limpo de sua língua.
— Definitivamente, não vou deixar você me impedir mais disso
— diz ela com ousadia, toda açúcar e atrevimento, antes de
envolver a mão em volta da minha base e chupar o máximo possível
do meu pau em sua boca.
— Jesus Cristo, Summer.
Seus lábios relaxam e começam a se mover para cima e para
baixo em meu eixo lentamente, como se ela estivesse saboreando a
sensação, guardando-o na memória.
Bom. Ela precisa memorizá-lo, saboreá-lo. Porque é a porra do
último pau que ela vai sentir. O único, eu me lembro, e sinto meu
pau crescer mais uma polegada dura sobre o pensamento primitivo.
Com seu punho firme e apertado bombeando meu eixo, ela
fecha os lábios em torno da cabeça do meu pau e começa a chupar
com mais força.
Droga, se ela continuar assim, vou gozar em todo o rosto dela,
cobrir aqueles lábios carnudos e exuberantes com meu esperma.
Essa ideia é sexy pra caralho. Vívida o suficiente para me fazer...
Puta merda. E agora ela está me enlouquecendo.
É isso. Estou no meu limite. Tento avisá-la. Não com palavras,
porque tenho certeza de que nada coerente sairá de mim.
Mas outra coisa vai acontecer, a menos que ela pare. Eu puxo
seu cabelo um pouco para tentar passar minha mensagem. Mas ela
apenas geme de prazer com meu pau alojado no fundo de sua
garganta.
E eu gozo. Em sua boca.
Eu gozo com tanta força em sua boca que desmaio por um
segundo. Quando eu volto um momento depois, eu a encontro
olhando para mim com aqueles grandes olhos azuis.
Enquanto ela engole tudo que estou dando a ela. Inferno. Vou ter
que limitar a frequência com que a deixo fazer isso comigo porque a
sala está girando pra caralho agora.
Sem dúvida, o melhor boquete da minha vida. E é rudemente
interrompido pelo meu maldito telefone celular tocando.
Juro, quase atiro a maldita coisa contra a parede. Mas não faço
isso, porque sei que a ligação é importante.
— China — eu digo simplesmente, verificando a tela para
confirmação.
Seus olhos se arregalam de vergonha, e ela praticamente voa
pelo ar para ir correr para o banheiro.
— Não atenda o telefone até que eu esteja fora da sala — ela
exige, sua timidez atingindo um ponto mais alto na escala adorável
pra caralho.
— Não é uma vídeo-chamada — informo mesmo que ela tenha
rapidamente se retirado.
— Eu não me importo! Eu não posso ficar nua lambendo seu
esperma dos meus lábios enquanto você está falando ao telefone
com a China!
Sua fofura vai deixá-la bem fodida de novo, eu decido.
Enquanto isso, meu celular continua tocando.
Ao som do chuveiro ligando, agora estou bem e verdadeiramente
dividido.
Atendo a ligação ou atendo a garota?
Eu odeio fazer isso, mas eu atendo a chamada e vou para minha
sala do outro lado do loft para inicializar meu computador. O acordo
com a China é extremamente lucrativo e, infelizmente, envolverá
muito mais viagens de minha parte no próximo ano.
Eu odeio pensar nisso. Em estar tão longe de Summer.
Mesmo agora, sabendo que ela está tomando banho sem mim,
estou irritado como o inferno falando com meus investidores
estrangeiros. Mas o negócio é aquele pelo qual trabalhamos tão
duro.
Falando em algo duro...
Posso dizer honestamente que esta é a primeira vez que estou
meio excitado em meu escritório. Não acho que vou repetir a
experiência.
Já nos últimos minutos, tive que me abaixar para pegar o mouse
sem fio quatro vezes, já que continuo batendo inadvertidamente na
mesa com meu pau.
Eu ouço uma risada divertida vinda do corredor e me viro para
ver Summer espreitando, enrolada apenas em uma toalha.
O mouse cai no chão novamente.
Ela acena e eu não sei se ela está dizendo oi ou tchau. O mero
pensamento de que poderia ser o último me faz persegui-la.
— Senhores — eu digo no meu celular. — está muito duro
continuar. — Sem trocadilhos. — Envie-me um e-mail com o que
vocês têm até agora e irei revisar e marcar uma conferência
telefônica formal para amanhã. — Não me preocupo em ouvir a
resposta deles antes de desligar.
Quando eu saio, com certeza, vejo Summer indo para a porta da
frente com nada além daquela toalha.
— Onde você está indo?
— De volta à minha casa — ela responde, pegando sua bolsa
também. — Estaria tudo bem se eu levar esta toalha? Vou lavá-la e
devolvê-la amanhã.
— Você não pode descer a escada de incêndio apenas com uma
toalha.
— Vai ficar tudo bem — ela argumenta, olhando para ela. —
Parece um vestido branco sem alças. Os seguranças não saberão.
Oh, eles saberão. E então eu terei que despedir todos eles.
— Por que você está voltando para a sua casa afinal? Apenas
fique aqui. Podemos tomar café da manhã em algumas horas. Eu
faço ótimos ovos.
Ela me lança um olhar inseguro.
— Mas... já estou bem acordada. E você provavelmente quer
dormir um pouco. — Ela fica vermelha. — Sinto muito por acordá-lo
mais cedo.
— Eu não sinto. — E essa é a verdade. Ter Summer me
acordando está realmente se tornando um prazer para mim. Um que
eu nunca posso prever ou planejar. E, como resultado, gosto ainda
mais imensamente.
— Volte para a cama comigo — eu digo. — Tem uma TV lá.
Tenho quase todos os canais, então você pode assistir algo
enquanto durmo.
— Ou — acrescento de forma magnânima — nós dois podíamos
não dormir e fazer outra coisa.
— Como o quê? — ela pergunta timidamente.
Eu a alcanço em três passadas e a pego para carregá-la de volta
para o quarto.
O tempo todo, ela continua tentando me dissuadir.
— Tem certeza? Eu sei como você está cansado. Já é muito
tarde. Se eu sair agora, você ainda pode ter algumas boas horas de
sono.
— Pare de falar em ir embora, Summer. Está fodendo com a
minha cabeça. — Eu gentilmente a deixo cair para que ela se
ajoelhe na cama. De costas para mim. Com uma mão nas costas
dela, murmuro em seu ouvido asperamente — Cotovelos para
baixo.
Quando ela obedece sem dizer uma palavra, sinto que estou
perdendo o controle mais rápido.
— Mais aberta. Abra mais os joelhos. — Eu flexiono meus dedos
na carne arredondada de sua bunda perfeita agora bem na frente do
meu rosto.
Eu sei que pareço um homem das cavernas agora, mas não
posso evitar. Não gostei da ideia de ela ir embora. Nem um pouco,
porra.
Eu a vejo olhar para mim, os olhos arregalados, os dentes
mordendo o lábio inferior. Ofegante.
Puta que pariu, ela é tão perfeita.
— Não se atreva a fechar as pernas enquanto estou comendo
sua boceta.
Esse é o único aviso que dou a ela antes de enterrar meu rosto
em sua fenda úmida e apertada.
Eu não desisto nem uma vez. Não até que ela goze forte e
rápido na minha boca e entoe meu nome com cada respiração que
ela exala.
É quando eu finalmente a viro de costas para que eu possa
empurrar meu pau muito paciente e rígido em sua boceta lisa e
inchada.
E seus músculos convulsionando em torno do meu eixo, só
preciso de uma dúzia ou mais de golpes fortes e profundos antes de
gozar dentro dela.
Ela está praticamente transbordando do meu esperma antes
mesmo de eu terminar de bombear dentro dela.
Quando estou finalmente esgotado — literal e figurativamente —
eu rolo de costas, puxando-a para cima de mim. Eu sei que deveria
ser um cavalheiro e limpá-la, mas não posso deixá-la ir embora.
Então, em vez disso, apenas a abraço.
Alguns segundos depois, eu sinto sua inspiração aguda.
— O que há de errado baby?
Eu sinto seu rosto esquentar contra meu peito.
Com seu silêncio contínuo, eu deslizo minha mão por seu cabelo
para inclinar seu rosto corado para mim.
— Diga-me.
— Seu... — Sua respiração falha novamente, assim que eu sinto
seus quadris se moverem. — Seu esperma está escorrendo pelas
minhas coxas — diz ela, sua voz um sussurro abafado.
Puta merda, agora estou endurecendo tudo de novo.
— Droga, Summer. Se você quer que durma um pouco esta
noite, você não pode dizer coisas assim para mim.
Eu pontuo esse decreto com um deslizamento lento e profundo
em sua buceta fumegante, atualmente ainda cheia até a borda com
meu esperma e o gozo dela.
Só quando estou totalmente acomodado é que sinto seu corpo
começar a relaxar gradualmente.
— Summer?
— Hmmm?
— Você está prestes a dormir na minha palavra?
— Mmmm.
Eu ri.
— Então, acho que não há mais insônia para você esta noite?
Ela nem chega ao fim da minha frase antes de adormecer
completamente.
Inferno. Se eu soubesse que sexo quente e alucinante era o que
faria minha pequena insone dormir, eu a teria feito meses atrás.
Huh, talvez ela esteja certa sobre a minha santidade.
SUMMER
QUARTA-FEIRA
(Horário: 6h09)

A bro os olhos e me estico sob as cobertas, corando quando


sinto meu corpo doendo por causa das festividades da noite
passada.
No meio do alongamento, eu pulo de pé e quase caio da cama
quando registro a quantidade de luz solar que está filtrando pelas
janelas.
— Não, não, não... — Uma rápida olhada no relógio confirma
que vou me atrasar para o trabalho. Novamente.
Merda! De todos os dias para ser irresponsável...
Eu tiro o edredom e corro para encontrar algumas roupas.
— Uau. Espere, querida.
Jason me pega pela cintura e me levanta do chão, rindo quando
meus pés continuam a pedalar no ar como um personagem de
desenho animado.
— Por mais que eu ame ver você correndo pelada, e eu
realmente amo, você não precisa entrar em pânico, você não está
atrasada para o trabalho.
— Mas...
— Remarquei nossa reunião com o engenheiro para esta tarde e
pedi a Jack para cuidar dos homens para nós até o almoço.
Ele sorri e me beija atrás da orelha enquanto acrescenta:
— Imaginei que você e eu poderíamos tirar uma manhã de folga
pela primeira vez. Como eu sei que nenhum de nós realmente fez
isso antes, pensei que seria bom tentarmos juntos.
Pisco para ele, certa de que o ouvi mal.
— Você quer que matemos aula pela manhã?
— Soa ainda melhor quando você diz isso. — Ele gentilmente
me joga de volta na cama e cobre meu corpo com o dele... que só
agora estou percebendo que ele está vestido apenas com uma
toalha.
Uma aparência tão boa nele. Antes de começarmos a nos
divertir, no entanto, o alerta de e-mail no meu telefone toca.
— Isso pode esperar algumas horas — diz ele.
Se eu pudesse deixar isso pra lá tão facilmente.
— Confie em mim, Jason. Se eu não responder agora, estarei
imaginando cada cenário até o pior possível o tempo todo,
independentemente de quão bem você me distraia.
— Hmm, isso soa muito como um desafio. — Seus olhos brilham
como se eu tivesse acabado de dizer a ele que o Natal está
chegando no início deste ano, antes que ele pegue meu telefone da
mesa de cabeceira e rapidamente se enterre sob as cobertas, me
arrastando junto com ele.
Bem, a parte inferior de mim, pelo menos.
— Jason, o que você... Oh!
Eu o sinto separar minhas pernas e, em seguida, apoiar meu
telefone contra a parte interna do meu joelho enquanto murmura
contra minha boceta:
— Lembra quando você me disse outra noite que pensava que
eu era um mestre multitarefa?
Ele realmente espera que eu responda agora?
— Hum... — Isso é o melhor que posso fazer. Impressionante,
considerando que ele tem dois dedos deslizando para dentro e para
fora de mim no momento.
— Já que você está preocupada com o trabalho — diz ele de
algum lugar no meio das minhas pernas — Vou comer sua boceta e
ler seu e-mail ao mesmo tempo. Tudo que você tem que fazer... —
Ele chupa meu clitóris em sua boca — é não gozar.
Quando meus quadris se contraem, sinto seu sorriso contra a
parte interna da minha coxa.
— Se você continuar a se mover tanto assim, temo não ser
capaz de ler para você...
Ele para. E então empurra as cobertas para trás para me dar
uma aparência turbulenta e ilegível.
Tendo estado muito perto do que tenho certeza que é o primeiro
de muitos orgasmos esta manhã, meu cérebro está muito confuso
para processar por que ele parou.
Eu fico sóbria em um instante, no entanto, quando vejo o que ele
está olhando.
— Meu Deus. — Minhas bochechas pegam fogo e eu pego meu
telefone. — Não olhe para isso.
Ainda mais nuvens de tempestade rolam em seu rosto. Mas
ainda assim, ele não disse uma palavra. Ele simplesmente segura
meu telefone fora do meu alcance e me encara atentamente.
— Jason, por favor, não olhe para isso.
Sua expressão endurece.
— Você não quer que eu veja isso?
Eu balancei minha cabeça, envergonhada além dos limites.
— Entendo — diz ele antes de retomar calmamente a foda lenta
com os dedos que estava me dando antes.
Ah não.
O homem vai me torturar.
Um passo à minha frente, ele frustra minha tentativa de fuga e
me imobiliza com um único antebraço forte contra minha barriga.
— Diga-me uma coisa, querida — ele diz enquanto começa a
esfregar impiedosamente a palma da mão no meu clitóris. — Se
você não quer que eu veja esta foto muito bonita e muito nua em
seu telefone, devo presumir que esta foto foi feita para o prazer
visual de outra pessoa?
Eu engasgo. Em parte por causa do que ele está fazendo, mas
principalmente por causa do que ele está me acusando.
— Saia de cima de mim — eu rosno então, terrivelmente séria.
Seu olhar sombrio é varrido por um momento por um olhar de
surpresa.
Eu envolvo o cobertor em volta de mim e me afasto dele.
— Eu não estou te traindo, se é isso que você está insinuando.
— Obrigado, porra — ele diz, me puxando de volta para seus
braços. O alívio, claro e não filtrado, transforma suas feições, mas
não antes de eu ver as perguntas e o toque de vulnerabilidade
enterrados em seu olhar. — Jesus, Summer, eu pensei...
Com a angústia latejante em sua voz, minha raiva se dissolve
tão rapidamente quanto veio.
— Eu tirei a foto enquanto você estava na China. — Eu coro com
a mera memória da sessão estranha de selfies. — Mas eu evitei
mandar para você.
Inclinando-me para trás para olhar em seus olhos, acrescento
baixinho:
— Eu nunca faria nada como o que você estava imaginando,
Jason. Eu entendo por que pensou assim, mas de agora em diante,
eu agradeceria se você me desse o benefício da dúvida.
Ele suspira asperamente.
— Logicamente, eu sei que você não é esse tipo de pessoa. E
no meu coração, eu também sei disso. Mas eu juro, naquele
momento, eu senti meu coração saindo do peito e meu cérebro se
separando do meu corpo.
Sua testa cai para a minha.
— Tudo que eu conseguia pensar era em encontrar o outro cara
que poderia ter visto aquela foto e arrancar seus malditos olhos.
Leva mais alguns segundos para a tensão diminuir lentamente
nele.
— Sinto muito ter acusado você disso. Eu sei que você não é
assim.
— Tudo bem. — Eu admito, parecia ruim a situação. A foto
parecia ridícula. — Eu deveria ter excluído imediatamente.
Eu pego meu telefone para fazer exatamente isso. Desta vez,
Jason é quem se inclina para trás para me dar um olhar incrédulo.
— Você está brincando? Essa é a foto mais sexy que eu já vi. —
Ele traz a foto de volta à tela e eu enterro meu rosto em seu peito
para me esconder da foto que tirei de mim mesma nua da cintura
para cima na cama.
Sério, eu pareço ridícula. Não sou modelo. E, como nunca fiz
sequer um curso básico de fotografia, nem mesmo olho para a
câmera.
— Posso ficar com ela? — ele pergunta. — Só se você se sentir
confortável comigo, é claro.
Bem, já que ele já viu o show ao vivo...
— Ok.
Como se temesse que eu mudasse de ideia, Jason rapidamente
pega meu telefone e faz algum tipo de toque vodu no telefone para
que a foto seja transferida para seu celular.
Segundos depois, está feito.
— Mais seguro do que enviar mensagens de texto — ele diz
simplesmente enquanto folheia a tela para encontrar a foto recém-
transferida.
— Caralho — diz ele enquanto olha para ele em seu telefone. —
Se eu não estivesse preocupado com todos os caras que conheço
babando em toda esta foto, eu a usaria como protetor de tela. —
Seu olhar vai da foto para mim. — Você é linda pra caralho,
Summer.
Deus, ele me faz sentir isso.
Depois de se certificar de que a foto está armazenada em
backup em seu telefone, aparentemente em alguns lugares
diferentes, ele passa o polegar sobre o botão delete no meu
telefone.
— Tem certeza de que quer que apague para sempre?
— Sim por favor.
Quando vejo a foto desaparecer em poeira cibernética, suspiro
de alívio.
Ele sorri enquanto olha de mim para a foto agora exclusivamente
em seu telefone.
— Você é a coisinha mais sexy que eu já vi, mulher.
Quase não consigo acreditar como ele está excitado. Quer dizer,
eu entendi, é uma foto nua. Mas ainda assim, da maneira que ele
está olhando para as coisas, você pensaria que eu era a mulher
mais linda do mundo.
Finalmente, desabo para olhar por cima do ombro, pensando
que talvez eu veja algo mágico para justificar sua luxúria total —
talvez um arco-íris duplo com dois potes de ouro em meus seios.
Não há arco-íris.
Na verdade, também não há seios.
Ele cortou tudo, menos meu rosto.
— Eu disse que era linda — ele diz com uma piscadela.
JASON
SÁBADO
(Horário: 18h05)

S ummer é oficialmente a primeira mulher que eu trouxe aqui


para minha cabana, e ela simplesmente... se encaixa aqui.
— Uma verdadeira cabana de madeira. — Ela suspira
feliz antes de sair para olhar em volta, suas mãos alisando todos os
móveis de madeira desgastada que construí ao longo dos anos
como se fossem obras de arte. — Tudo aqui é simplesmente lindo,
Jason. Todos esses detalhes...
Os únicos detalhes lindos que posso ver agora são os que me
deixaram louco nos últimos meses.
Jesus, ela é linda pra caralho.
E falo de todas as maneiras possíveis. Não é apenas o quão
bonita ela é, mas também todas as suas peculiaridades, suas
reações fofas às coisas. A maneira como ela olha para o mundo.
Só Summer comentaria que o cheiro de serragem no ar a
deixava feliz.
Apenas Summer se agacharia no chão e acariciaria suavemente
a velha caixa de madeira rústica que eu uso para segurar toras de
lenha ao lado da lareira como se ela estivesse dizendo “bom
menino” para um animal de estimação.
E apenas Summer iria olhar por baixo de cada peça de mobiliário
aqui para ver como eles foram montados.
— Cada aspecto é tão único, tão perfeito.
Eu corro meus olhos sobre cada centímetro dela. Não poderia
concordar mais.
Depois que ela termina sua turnê e retorna para os meus braços,
ela se aconchega e murmura satisfeita:
— Oh meu Deus, Jason. Você realmente se superou na
construção. Se eu morasse aqui, nunca iria embora.
OK.
O pensamento repentino e inesperadamente opressor dela aqui
comigo permanentemente parece tão certo, que meus braços
imediatamente se apertam em torno dela um pouquinho mais.
Ela grita, e eu rapidamente solto meu aperto, apenas para
descobrir que ela está simplesmente reagindo ao encontrar outra
coisa para se maravilhar. Ela corre até a pequena mesa de laje de
árvore no canto oposto da sala que acabei de fazer no início do ano.
Um novo hobby. O tamanho é um pouco estranho para uma mesa
de centro, mas não consegui cortar mais do toco do tronco da
árvore que usei como base.
— Oh meu Deus, Jason, isso daria uma mesa tão fofa para
crianças!
E puta merda, tudo que posso pensar agora é como ela e eu
faríamos umas crianças fofas pra caralho.
Ela praticamente salta de volta para mim, toda felicidade e luz.
Tão ridiculamente adorável.
Sério, é um milagre eu ter esperado dez minutos inteiros para
fazer isso ...
Eu a puxo para um beijo longo e profundo, no fim do qual, eu
literalmente abro a camisa branca que ela está vestindo, me
sentindo como um homem das cavernas satisfeito quando ouço os
botões voando e batendo no chão ao redor de nós.
Não posso dizer que já rasguei os botões da roupa de uma
mulher antes.
Com Summer, estou pensando que talvez precise comprar um
segundo guarda-roupa para ela porque, honestamente, não acho
que vou parar tão cedo.
Ela engasga, olhando para os botões espalhados por todo o
chão.
— E-eu não posso acreditar que você acabou de fazer isso —
ela sussurra, sua voz soando sem fôlego.
— Estou querendo fazer isso há meses — eu falo rispidamente.
Em seguida, para me desculpar por minhas ações, abro o fecho
frontal de seu sutiã e me inclino para provar um mamilo duro e
ereto, alternando de um mamilo para o outro em um ritmo lento e
fácil. Estou tão surpreso quanto posso ficar, quando seus mamilos
perfeitos e parecidos com frutas vermelhas se contraem e se
transformam em pequenos pontos duros. Eu gemo e começo a
chupá-los como um homem faminto.
Minhas mãos correm sobre seu corpo magro, todo músculo e
linhas rígidas, antes de beijar meu caminho até sua barriga lisa e
tonificada. Eu deslizo suas calças de ioga por suas pernas e rosno
contra sua pele quando vejo que ela está usando sua linda calcinha
da fruta do dia. São framboesas hoje.
— Você está encharcada. — Eu corro a ponta da minha língua
contra a pequena mancha úmida entre suas coxas, encontrando e
esfregando seu pequeno clitóris duro através do tecido até que as
framboesas estejam quase translúcidas de todos os seus sucos.
Meu maldito pau vai explodir. Está empurrando meu zíper com
tanta força agora que preciso desabotoar meu jeans para aliviar a
pressão.
— Por favor — ela choraminga quando eu começo a acariciar
meu eixo rígido no mesmo ritmo da minha língua em sua boceta.
— Por favor, o quê? — eu pergunto, querendo ouvi-la dizer.
Suas bochechas ficam rosadas e sua voz cai para quase um
sussurro.
— Eu quero sentir você — diz ela em uma voz minúscula e
aquecida.
É tão sexy ouvi-la me dizer o que quer.
— Onde? — Eu me levanto para poder chupar seus mamilos
novamente enquanto envolvo sua mão em volta do meu pau duro.
— Em sua boquinha sexy? Ou na sua linda bocetinha? Mostre-me
onde você me quer, baby.
Timidamente, ela puxa a costura de sua calcinha para o lado e
pula na mesa de jantar atrás dela, literalmente me levando até ela
pelo meu pau.
Droga, eu amo o quanto já a corrompi.
Eu me introduzo nela e faço o meu melhor para entrar
lentamente, suavemente.
Isso tudo ainda é novo para ela e ela ainda é tão apertada. Mas
eu sou tão forte. Sua boceta quente e escorregadia agarra meu pau
como um punho apertado, apertando-me com mais força cada vez
que empurro mais forte.
Eu já estou profundamente dentro dela, mas quero ir mais fundo.
Eu quero mais. Eu puxo seu cabelo para expor seu pescoço para
mim e ela geme, apertando em torno de todo o comprimento do meu
eixo. Porra.
Eu chupo seu pescoço, sabendo muito bem que isso vai deixar
uma marca. Uma que ela não será capaz de esconder com suas
camisetas de trabalho. E esse pensamento me faz foder com mais
força. Eu quero marcá-la como minha. Eu quero que a porra do
mundo saiba que ela é minha. Seus músculos começam a me
apertar, pulsando forte contra meu pau enquanto a proclamação
ecoa em meu cérebro.
— Você é minha, Summer — rosno, sentindo meu pau ficar mais
duro e mais grosso só de ouvir as palavras em voz alta.
Eu pressiono meu polegar contra seu clitóris e a deixo sentir a
ponta dos meus dentes contra seu mamilo.
— Diga. Diga que isso é meu. Tudo isso. Seus pequenos
mamilos duros, essa boceta quente e apertada. Sua mente
brilhante, espírito vigoroso, coração gentil. Tudo. Meu. Diga.
Ela nem parece que pode me ouvir. Seus olhos estão vidrados,
quase estúpidos de felicidade.
Eu me abaixo para enganchar suas pernas em volta dos meus
antebraços, esticando-a mais para que eu possa empurrar ainda
mais fundo e em um ângulo novo e melhor. Ela vai gozar, eu posso
sentir.
Mas não antes de ela dizer o que eu quero ouvir.
Eu desacelero e a faço sentir cada golpe, todo o comprimento do
meu pau se movendo dentro dela.
Chupando forte primeiro em um mamilo, depois no outro, eu fodo
seu ponto G até que ela comece a choramingar.
— Eu marquei seu pescoço para que todos os malditos caras no
local de trabalho saibam que você está comprometida — eu
sussurro asperamente entre os golpes, sentindo uma onda
incontrolável de pura possessividade rasgar em minhas veias com o
pensamento de todo mundo sabendo que ela é minha. — Eu vou
gozar tão profundamente dentro de você que você ainda estará
pingando meu esperma amanhã. Você é minha, Summer, agora
diga. Se você quiser que eu deixe você gozar, se você quiser me
sentir gozar dentro de você... se você me quiser...
— Eu sou sua — ela sussurra contra minha mandíbula e assim,
meus quadris disparam para frente como a porra de um canhão,
mergulhando meu pau nela tão forte e áspero que meus próprios
dentes estão batendo.
Eu juro, um dia desses eu vou devagar, vou fazer amor com ela
devagar, mas agora, eu preciso dela assim. Preciso fazer com que
ela goze de novo daquela maneira transformadora que ela faz,
preciso gozar dela dessa forma que define a realidade como ela me
faz.
Seu corpo inteiro aperta em meus braços enquanto ela me
estuda com aqueles grandes olhos azuis.
— Eu sou sua — ela repete e pronto. Não há como voltar atrás.
Enquanto os espasmos rasgam seu núcleo e apertam meu pau,
a porra do mundo inteiro começa a explodir em pedaços ao meu
redor.
— Eu também sou seu, baby.
Pela primeira vez, não estou tão feliz porque fazê-la gozar no
meu pau a faz adormecer.
SUMMER
DOMINGO
(Horário: 10h55)

— P orque os caras acham que sou esquisita — digo a Jason


quando ele me pergunta por que não saí em mais encontros antes,
enquanto preparamos alguns sanduíches para uma mini viagem até
o litoral. É uma tradição de brunch de domingo que eu costumava
ter com meu avô em Washington o tempo todo. Jason insistiu em
que fizéssemos nos últimos dois fins de semana consecutivos.
— Os caras acham que você é estranha? — ele pergunta,
parecendo genuinamente intrigado com isso.
E isso faz meu coração derreter no meu peito.
— Jason, você é o primeiro cara que parece não notar o quão
louca eu sou.
— Oh, eu percebi. — Ele sorri. — Acontece que eu gosto de
cada coisa insana em você. Eu gosto que você não tenha medo de
ser apenas você, que você não tenha medo de mostrar ao mundo
exatamente o que a torna tão adorável e doido.
Embora eu adore ouvir o respeito e admiração genuínos em seu
tom, admito que também me faz sentir como uma fraude.
— Qual é o problema, querida? — Ele franze a testa e inclina
meu rosto para encontrar seu olhar investigativo. — Eu disse algo
errado?
Não. Ele disse tudo exatamente certo. É exatamente por isso
que está na hora. É hora de finalmente mostrar a ele todos os
esqueletos horríveis do meu armário.
Respiro fundo e digo:
— Vou te contar uma coisa e vou entender completamente se
isso mudar as coisas entre nós. Mas... espero que não.
Ele esfrega as duas mãos nos meus ombros, seus olhos
preocupados.
— Você pode me dizer qualquer coisa. E tenho certeza de que
nada do que você disser mudará o que sinto por você.
Últimas palavras famosas.
Antes de perder a coragem, simplesmente deixo escapar:
— Minha mãe era uma prostituta online. — Na verdade, pelo que
eu sei, isso pode não ser uma afirmação no passado, mas eu me
concentro nos fatos por enquanto.
Ele dá uma segunda olhada.
— Uh. OK.
Então, como uma erupção vulcânica, todos os detalhes sórdidos
da minha infância saem da minha boca.
— Minha mãe nunca conseguia manter um emprego por muito
tempo. Ela nunca gostou de trabalhar. Então, quando eu era
criança, meu avô costumava ter que pagar muitas contas para nós.
Exceto pelo meu quinto ano, quando aparentemente estávamos
morando em um apartamento que um cara extremamente rico
estava pagando, junto com uma mesada para ela.
Essa parte não era ilegal, mas era nojenta. A única razão pela
qual estou mencionando agora é para explicar por que eu queria
sair do loft. Com a internet hoje em dia, é totalmente plausível que
alguém descubra sobre o acordo e desenhe algumas semelhanças.
Na verdade, ainda me preocupo com isso todos os dias. Na
verdade, a única razão pela qual não saí do loft ainda é porque
tenho uma forte suspeita de que Jason alertou sua segurança para
me parar se eu tentar.
Deus, espero não perdê-lo por causa de tudo isso.
Apenas falar sobre o meu passado em voz alta está fazendo
toda a vergonha, toda a decepção voltar, mas eu empurro o
sentimento de volta para baixo e continuo.
— Depois disso, ela meio que se focou nos mais ricos, eu acho.
Quando eu estava no ensino médio, parece que alguém contou a
ela sobre um site de anúncios para solteiros on-line que ela poderia
usar. Era um site de namoro legítimo, com diferentes redes locais,
mas se ela usasse certas palavras exatas em seus anúncios, era
um código para um cliente em potencial saber que eles combinariam
um “encontro” e ela basicamente transaria com ele por dinheiro.
Não consigo encontrar os olhos de Jason. Se ele tiver a metade
da repulsa que eu estou ouvindo a história da minha família, eu
serei capaz de ver. E isso vai me quebrar.
— Ela fez isso por anos — eu continuo. — Conseguimos pagar
todas as nossas contas e, por um tempo, me enganei pensando que
ela nunca tinha um emprego diurno, mas sempre tinha dinheiro.
Mas, tudo isso acabou com meu segundo ano, quando ela foi pega,
e acabou tendo que cumprir uma curta temporada na prisão por
prostituição online. Foi assim que passei a viver em tempo integral
com meu avô.
Ainda me lembro de como a coisa toda foi espalhada no
noticiário local. Por semanas, era tudo o que se podia falar, já que
havia tantas pessoas envolvidas em todo o estado.
— Foi uma repercussão muito grande. E como morávamos em
uma cidade pequena, todos sabiam. Os apresentadores
continuaram destacando, “moradora local, Cindy Davis”,
repetidamente, sempre que relataram sobre isso. Como se ao
adicionarem aquele pequeno detalhe local, a grande história
nacional se tornasse assunto de todos. Foi... humilhante.
Arrisco olhar para ele então, para ver como ele está reagindo a
tudo isso.
Ele parece... lívido.
— Onde ela está agora? — ele pergunta com firmeza.
Droga, eu sei que deveria ter contado a ele tudo isso antes.
Como ele é um bilionário, eu sei tão bem quanto ele que cada
detalhe de sua vida pessoal, e a vida pessoal daqueles com quem
ele escolhe se associar, não se torna apenas uma fofoca quente, às
vezes torna-se notícia.
Ele dá um passo para trás e sinto meu coração começar a se
partir. Mas eu dou a ele a resposta que ele absolutamente merece.
— Quando ela saiu da prisão pouco depois, ela nem se
preocupou em tentar recuperar a minha custódia, não que meu avô
tivesse dado a ela se ela tentasse. Ele me disse que ela
simplesmente foi embora sem dizer uma palavra e acabou em
Reno. Encontrou um cara rico para ficar com ela. Então, de certa
forma, ser presa lhe deu tudo o que ela queria. Nenhuma filha a
incomodando todos os dias, e um homem bem-sucedido cuidando
dela, então ela nunca mais teve que trabalhar.
— Você ainda fala com ela?
— Ela começou a me ligar depois que meu avô morreu, uma vez
que os advogados a contataram sobre sua propriedade. Ele era um
bom homem; apesar de tudo, ele fez questão de deixar algum
dinheiro para ela em um fundo que eu atualmente administro. Não
era muito, então ela hesitou um pouco ao tentar falar comigo, mas
foi o suficiente para fazê-la se interessar em entrar em contato.
Depois de toda a papelada legal para o dinheiro — meu e dela — ter
sido feita, porém, suas ligações pararam e eu não tive notícias dela
desde então.
— Bom. Perca o número dela. — A raiva latejante em sua voz é
enganosamente baixa, quase indetectável, mas eu ouço.
Eu atiro meu olhar de volta para encontrar o dele.
— Podemos fazer com que meus advogados lidem com o fundo
dela a partir de agora, para que você nunca mais tenha que falar
com essa mulher novamente. — Ele está flexionando as mãos como
se estivesse se lembrando de torcer o pescoço dela. — Porra, se eu
tivesse o poder, eu a colocaria de volta na prisão pelo resto da vida
por te machucar desse jeito. — Ele volta para mim e agarra meus
ombros com força. — Eu prometo, vou garantir que ela nunca mais
ponha os pés em sua vida. Inferno, farei com que meus advogados
tornem ilegal para ela chegar a cem milhas de sua vida novamente.
Eu sinto as lágrimas escorrendo pelo meu rosto, mas não posso
explicar completamente por que estou chorando. Parece que uma
grande confusão de emoções está saindo dos meus olhos como um
dilúvio de danos, uma inundação de dor, raiva e milhares de outros
sentimentos que passei a maior parte da minha vida reprimindo e
ignorando.
Eu também estou chorando de alívio, eu percebo.
— E-então, não acabou? — eu pergunto, esperando além da
esperança. — Você e eu, quero dizer.
Uma carranca genuinamente chateada corta suas feições.
— Por que diabos isso mudaria alguma coisa entre nós?
— Porque você é um bilionário. Ambos sabemos que a fofoca é
mais popular do que fatos reais sobre pessoas ricas e famosas.
Você não será mais apenas Jason Steele, jovem bilionário e
filantropo. Você será Jason Steele, namorando a filha de uma
prostituta condenada.
— Eu não dou a mínima para fofoca.
— Você pode não ligar, mas seus investidores e conselho vão,
com certeza.
— No que diz respeito ao meu conselho, faço questão de não
contratar pessoas que são idiotas, então não acho que preciso me
preocupar com isso. E no que diz respeito aos investidores, se eles
tiverem um problema com você, eu simplesmente não irei trabalhar
com eles. — Simples assim, seu tom parece dizer.
— Jason, não posso pedir a você que corra esse tipo de risco.
— Não é um risco — diz ele secamente. — Você está certa, isso
pode virar fofoca. E algumas pessoas com quem faço negócios
podem se importar porque a imagem significa mais para alguns do
que para outros. Mas se você me perguntar, se a pior fofoca sobre
mim é que estou namorando uma mulher inteligente, talentosa e
bem-sucedida que superou uma infância terrível, então, na verdade,
estou vencendo na vida.
Deus, este homem.
— Summer, eu não me importo com o seu passado. Tudo que
me importa é você e como somos bons juntos. Não sei por que
outros homens acham que você é estranha. Mas, para ser
totalmente honesto, estou muito feliz que eles tenham achado isso,
porque impediu outro cara de ficar com você antes que eu pudesse.
— Ele me puxa para seus braços. — Você é uma mulher incrível,
Summer. Sim, você é neurótica, mas eu te acho adorável. E sim,
você tem uma mãe fodida, mas acho que o fato de você ser assim
mostra o quão resistente você é e o quão duro você trabalhou por
tudo que conquistou.
Seus lábios desabam sobre os meus. E ele então começa a me
beijar até que eu tenha muito pouco oxigênio em meus pulmões.
— Não fale mais sobre as coisas mudando entre nós porque isso
vai realmente me fazer perder a cabeça. Você e eu estamos bem.
Firmes. Perfeitos. OK?
— Ok — eu sussurro, meu coração quase explodindo no meu
peito.
— Agora, eu sei que temos planos para o brunch, mas vamos ter
que fazer planos para o almoço porque eu preciso fazer você gozar
no meu pau algumas vezes para tirar tudo isso da cabeça. Parece
bom para você?
Parece perfeito.
SUMMER
SEGUNDA-FEIRA
(Horário: 7h06)

J ason e eu temos uma reunião com o arquiteto em dez


minutos, mas graças a um grande acidente na rodovia,
parece que todos os trabalhadores no local estão atrasados
e obstruindo as estradas principais aqui.
Finalmente, no canteiro de obras, pulo da minha caminhonete e
corro direto para o trailer para ver as plantas que precisamos
discutir, apenas para parar no meio do caminho quando sinto cheiro
de álcool no ar.
Franzindo a testa, eu examino os poucos caras saindo de seus
carros estacionados ao meu lado para encontrar a fonte.
Tom.
Um dos nossos homens mais novos no projeto e a ruína da
minha existência nas últimas semanas. O sindicato o havia enviado
junto com mais uma dúzia de trabalhadores conforme nossas
necessidades aumentavam, e enquanto o resto dos caras provaram
ser trabalhadores fortes e capazes, Tom era simplesmente horrível.
Preguiçoso, sarcástico, com um enorme problema e como
descobrimos no final da semana passada, aparentemente estúpido
o suficiente para vir trabalhar fedendo a álcool da noite anterior.
— Ei, Tom. Eu posso te ajudar com alguma coisa?
Ele me lança um olhar carrancudo e não se incomoda com
nenhuma gentileza.
— Jason me ligou ontem para me demitir. Estou aqui apenas
para pegar meu último pagamento.
Isso é novidade para mim. Boas notícias, mas mesmo assim
surpreendente. Eu planejava demiti-lo hoje, mas uma parte de mim
está feliz por Jason ter cuidado disso. Tom sempre teve um... jeito
ameaçador que me dava arrepios.
— Jason e eu vamos ter uma reunião pela próxima hora ou
assim, mas vou dizer a ele que você passou por aqui. Normalmente
enviamos o cheque final pelo correio, mas se você quiser pegá-lo
pessoalmente, ligaremos para avisar quando o cheque estiver
pronto.
Dou-lhe um sorriso cortês e me movo para contorná-lo para
chegar ao trailer.
Mas ele me impede.
— Não se afaste de mim. Ainda não terminamos de conversar.
Eu suspiro com seu tom antagônico. Eu odeio quando eles não
ficam quietos. Oh? Eu pergunto educadamente.
— Há algo mais que você gostaria de discutir?
— Sim — ele rosna, balançando em seus pés, tornando óbvio
que o álcool em seu sistema hoje não é da noite anterior. — Eu
quero discutir o fato de que você não é nada mais do que uma idiota
irritante, que não tem nada a ver com esta equipe.
Eu sinto o sangue deixando meu rosto. Já demiti um bom
número de caras nesse trabalho. Mas esta é a primeira vez que
algum deles fala assim comigo.
Tom zomba, seus olhos injetados de sangue cheios de uma raiva
horrível e bêbada.
— Isso mesmo. Eu sei tudo sobre vocês dois. Eu vi vocês
transando no trailer outro dia. Acho que os rumores sobre você são
verdadeiros.
— Dê o fora do meu canteiro de obras. Agora.
— Não fale alto comigo. Você é apenas uma prostituta
glorificada. O pior tipo de vagabunda. E seu namorado é um idiota
mimado que vai te usar e te largar a qualquer momento.
— Você tem três segundos para sair, Tom.
Ele não se move.
Em vez disso, ele se vira e grita alto por cima do ombro:
— Pare de falar comigo como se você fosse minha chefe. Nós
dois sabemos que você só conseguiu o emprego porque está
fodendo com Jason. Tirando o dinheiro do grande bilionário para
ganhar muito dinheiro.
Eu faço o meu melhor para não o deixar perceber que isso está
me afetando.
— Acabou o tempo. Estou chamando a segurança. — Pego meu
telefone.
— Foda-se, vadia. — Ele tenta arrancar de mim.
— O que diabos está acontecendo aqui? — Jack, meu capataz
principal, caminha com dificuldade com alguns dos meus homens,
todos os quais parecem prontos para socar Tom sem uma
explicação.
Tom faz uma careta quando dois dos meus trabalhadores mais
velhos se colocam entre nós.
— O que, vocês dois estão transando com ela também? Eu
aposto que sim. Parece que ela curte essa merda pervertida de
sexo grupal.
Meus rapazes não dizem uma palavra. Eles simplesmente
continuam parados ali como dois escudos humanos gigantes,
braços cruzados, expressões irritadas, mas pacientes.
Eu chamo a segurança.
Quando Tom me ouve dizer que o quero escoltado para fora da
propriedade porque está bêbado e sendo agressivo, ele volta a
gritar para a multidão crescente.
— Vocês não se importam que essa boceta esteja fodendo seu
caminho até o topo, passando por nós? O resto de nós, temos que
trabalhar pra caramba. Tudo o que ela precisa fazer é abrir as
pernas, essa safada. E ela ganha muito dinheiro enquanto trata o
resto de nós como merda.
— Você não sabe do que diabos está falando, cara — grita Pete,
um dos meus caras mais novos. — Ela é uma das que trabalham
mais duro em todo este canteiro de obras. E ela tem sido uma chefe
justa o tempo todo.
Tom zomba.
— Se você chama ser fodida por Jason no trailer de “trabalho”,
então com certeza.
Eu odeio que isso esteja me afetando.
Fazendo o meu melhor para não deixar meu constrangimento
transparecer no meu rosto, eu calmamente contornei meus dois
leais escudos humanos e fui para o trailer.
Eu não vou me envolver. Eu não vou me envolver.
Eu apenas continuo entoando isso para mim mesma quando
passo por Tom. A segurança está a caminho. E ainda tenho uma
reunião para ir. Nada de bom virá de deixá-lo ter uma plataforma
contínua, então é hora de cortar isso pela raiz.
— Ok, o show acabou — eu grito. — Todos voltem ao trabalho.
Ninguém se move.
Embora eu aprecie que eles se sintam protetores sobre mim, não
estou acostumada com os meus rapazes não me ouvindo.
— Quero dizer. Estamos trabalhando contra o relógio. Se
ninguém está aqui para ouvi-lo, ele eventualmente terá que ir
embora. Então vamos, de volta ao trabalho. Agora.
Vovô me fez praticar minha “voz de chefe” por anos. Eu nem
sempre a uso, mas tenho certeza que vou usá-la agora. Em algum
lugar entre um latido e um berro, ela efetivamente diz aos meus
rapazes que estou falando sério.
Metade dos trabalhadores começa a voltar para seus postos.
Graças a Deus.
Quanto a mim, continuo caminhando em direção ao trailer para
pegar as plantas de que preciso.
Eu o ouço me chamar de vadia e algumas outras palavras bem
escolhidas, mas eu simplesmente o ignoro. Quanto mais eu o
ignoro, mais irritado ele fica. Até que, finalmente, o idiota vem
correndo para mim.
JASON
SEGUNDA-FEIRA
(Horário: muito puto para saber.)

E u vou matar o filho da puta.


Não sei o que exatamente aconteceu antes de eu
aparecer no trailer procurando por Summer, mas tudo que
sei é que Tom empurrou minha mulher, a porra da minha mulher, e a
derrubou.
Ele é um maldito homem morto.
Mas antes que eu possa chegar lá e massacrar o homem a
sangue frio, vejo Summer se levantar, dar a ele um breve olhar, o
idiota do caralho... e, em seguida, enfiar a palma da mão em sua
cara.
Tom grita de dor quando o sangue começa a jorrar de seu nariz.
Deus, eu amo essa mulher.
— Eu vou processar você, sua vadia burra — grita Tom antes de
se virar para mim. — E eu vou te processar também!
A multidão de trabalhadores abre caminho para mim quando vou
ver Summer.
— Você está bem? Ele te machucou?
Ela balança a cabeça.
— Estou bem. Juro, Jason, tentei me afastar, mas ele veio para
cima de mim. Ele me tocou primeiro.
— Eu sei. Eu o vi. Assim como qualquer outra pessoa aqui o fez.
Você está totalmente certa aqui, baby.
— Não, ela não está! — Tom cospe um bocado de sangue na
direção de Summer.
E leva tudo em mim para não transformar o idiota em uma polpa.
— Você já ligou para a segurança? — eu pergunto a ela,
mantendo um olho em Tom.
— Eles estão a caminho.
Eu volto para Tom.
— Você pode ir em frente e tentar me processar, mas eu vou
contra-atacar. Você estava invadindo o local após sua demissão,
você acabou de agredir minha gerente de projeto, forçando-a a se
defender e, francamente, você está apenas me fazendo desperdiçar
uma quantidade absurda de dinheiro ao para a obra.
Quando ele cospe em mim desta vez, dou um passo à frente
para diminuir a distância entre nós. O maldito desgraçado vai
aprender boas maneiras agora.
Summer avança para me impedir.
— Não se envolva, Jason. Eu estive gravando a coisa toda. —
Ela aponta para o celular no bolso, a câmera vermelha piscando
apontando diretamente para Tom. — Ele não tem nada. Depois de
enviar este vídeo para meu advogado, também irei enviá-lo para o
sindicato. Ele está acabado. Fim da linha. Um pedaço de merda
como ele não tem negócios em nossa profissão, e vou ter certeza
disso.
Droga, ela é incrível.
Finalmente, a segurança aparece para levar Tom embora. Mas
ele não vai em silêncio. Enquanto eles o estão prendendo e
arrastando até o veículo, ele começa a gritar a plenos pulmões:
— Não me importa o que você diga, vou processá-lo. Essa
vagabunda criou um ambiente de trabalho hostil aqui. Ela tem
favoritos entre os rapazes, escolhendo com quem quer sair para
beber, enquanto trata o resto de nós como uma porcaria.
Que porra é essa?
— I-isso não é verdade, — ela balbuciou. — Eu apenas saio com
os caras que conheço bem.
— Você quer dizer os caras com quem você está transando —
zomba Tom. — Todo mundo conhece sua reputação. Os caras que
beijam sua bunda e aguentam suas merdas estranhas são os que
ficam por perto. Mas para caras como eu, que não se rebaixam
assim, você chuta nossas bundas no local todos os dias. Algum dos
muitos caras do sindicato que você dispensou vai me apoiar. Você
vai cair, sua vadia escrota.
Pela primeira vez, aquele olhar confuso em seu rosto me deixa
furioso.
E, aparentemente, eu não sou o único.
Embora Tom já esteja fora do alcance da voz e atualmente
sendo expulso do estacionamento pelos seguranças, o capataz de
Summer ainda dá um passo à frente para defender sua honra. Para
mim.
— Tom é um bêbado idiota que não sabe do que diabos está
falando. Cada cara que ela mandou de volta para o sindicato ao
longo dos anos mereceu. Posso atestar isso.
— Eu também — diz Mikey, outro trabalhador veterano dela.
— Na verdade, ela teve que me demitir uma vez no ano passado
por estragar tudo, — diz um jovem garoto com aparência de
faculdade que eu vi fazer um bom trabalho. — E ela me disse
exatamente o que eu precisava melhorar. Ela ficou depois do
trabalho para me mostrar algumas coisas antes de me demitir, e me
disse que ia dizer ao sindicato que eu só precisava de mais
treinamento e horas em certas áreas, mas que seria bem-vindo para
voltar depois.
Parece que não estava preocupado por nada. Seus homens aqui
claramente iriam à guerra por ela, e essa é a única reputação real
que vale a pena proteger, na minha opinião.
— Olha, pessoal — eu digo. — Vocês não precisam me
convencer. Estou do lado dela aqui.
Summer chega ao meu lado para olhar todos os seus homens.
— Já que Tom acabou de fazer da minha vida pessoal seu
negócio, quero esclarecer uma coisa — ela diz a eles. — Jason e eu
estamos de fato nos vendo. É um desenvolvimento recente e não
afetará o projeto de nenhuma maneira ou forma. Eu só quero deixar
isso claro.
O silêncio após seu anúncio dura exatamente um segundo ...
Antes que todos os caras comecem a falar ao mesmo tempo.
— Jesus, vocês demoraram muito — grita Jack.
— Já era hora — acrescenta Mikey.
Mais algumas dezenas de comentários semelhantes ecoam e
Summer encara todos eles em estado de choque.
— Vocês estavam esperando que nós ficássemos juntos?
Estou um pouco insultado por ela parecer tão surpresa. Somos
perfeitos um para o outro.
— Estávamos esperando, pelo menos — esclarece Jack. —
Você é boa para ele. Você o torna menos teimoso. Dá limite de
forma amigável.
Bruce, um dos trabalhadores que estava com o projeto antes de
Summer assumir, também aposta seus dois centavos.
— O pobre rapaz está claramente apaixonado por você desde o
início. Todos nós vimos.
Todos os caras acenam em concordância.
Bem, que diabo. Isso é uma surpresa. Acho que não fiz um
trabalho tão bom em esconder meus sentimentos quanto pensava.
— Além disso — acrescenta Mikey — vocês são uma ótima
combinação. Vocês dois têm uma coisa estranha por árvores.
— Sim — grita uma voz desconhecida na multidão. — Eu
percebi isso também. Durante toda a semana passada, ela
colecionou tocos de árvores velhas e placas de tronco ao redor das
montanhas e os jogou em seu caminhão, assim como Jason faz.
Eu olho pra ela.
— É assim mesmo? Você tem transportado madeira?
— Eu... eu vi o artesanato que você colocou em suas peças na
cabana — diz ela. — Eu poderia dizer que você realmente gostou
de construí-los, então eu só queria encontrar algumas peças boas
para você trabalhar.
É isso. Não fale mais.
Eu me viro, a pego e a jogo por cima do ombro.
— Fim do discurso — grito para todos os caras. — Volte para o
trabalho. Jack, você está no comando. Avise o arquiteto quando ele
chegar que irei reagendar nossa reunião para esta tarde ou sempre
que ele tiver tempo esta semana. Summer e eu estamos tirando a
manhã de folga para discutir algumas coisas.
Eu sei que nem tudo é classicamente romântico. É quase
primitivo. Mas esta é a única maneira que conheço de mostrar o
quanto essa mulher significa para mim.
Felizmente, os caras entendem.
Eles gritam, pulam e comemoram enquanto eu a carrego para a
minha caminhonete.
Quando chegamos lá, coloco Summer para estudar sua reação.
Ela está sorrindo.
Porra, que bom.
— Então, cabana ou cobertura? — Ela pergunta enquanto tira
minhas chaves do meu bolso. Uma extração reconhecidamente
justa, dado o ajuste atual do meu jeans. — Porque eu acho que
você conhece meu voto.
— Acho que você vai dirigir?
— Isso nos levará lá mais rápido. — Ficando na ponta dos pés,
ela me dá um beijo tímido e sexy. — Mas, — ela acrescenta
graciosamente, suas bochechas aquecendo para um tom adorável
de rosa — eu vou deixar você “dirigir,” por assim dizer, assim que
chegarmos lá.
Cristo, eu nunca vou me cansar desta mulher.
— Dirija — digo a ela.
Chegamos à cabana em tempo recorde.
E assim que saímos da caminhonete, ela olha para mim e diz do
nada:
— Ok, talvez eu não seja exatamente como um dos caras —
surpreendendo-me com um sorriso para mim.
Sério, eu nunca sei o que vai sair desses lindos lábios dela. E eu
amo isso pra caralho. Eu quero continuar sendo surpreendido por
sua visão única das coisas. Eu quero que ela continue me
mostrando todas as coisas peculiares, interessantes e fofas sobre
ela que a tornam Summer.
— Não posso jogar você por cima do ombro para fazer um
grande gesto romântico — diz ela, pensativa, aparentemente
genuinamente incomodada com a observação —, mas, eu faria se
pudesse.
Eu a puxo para meus braços.
— É essa a sua maneira de me dizer que você meio que gosta
de mim também?
Ela sorri e diz baixinho:
— Sim.
Dez meses depois

SEXTA-FEIRA
(Horário: 23h49)

E u ouço uma batida forte e turbulenta na minha porta, e é a


melhor porra de som de todos os tempos.
Os caras levaram Summer hoje à noite para comemorar
o fim do projeto. Eles me convidaram, é claro, mas eu queria que ela
tivesse um tempo com sua equipe. Além disso, eu tinha preparativos
a fazer.
Eu checo meu relógio. Os caras mantiveram sua palavra e
garantiram que ela voltasse para mim até a meia-noite. No momento
certo. Eu dou uma última olhada ao redor da cobertura para me
certificar de que não perdi nenhum detalhe. Então me ocorre quão
pouco sinto falta deste lugar.
Cerca de seis meses atrás, eu finalmente convenci Summer a
fazer uma mala para a noite e ficar comigo na cabana, já que é
muito perto do canteiro de obras. Desde então, passamos a maior
parte do nosso tempo lá, apenas voltando aqui para a cidade
algumas vezes por semana, sempre que um de nós tem uma
reunião na cidade.
Francamente, odeio voltar para cá. Principalmente porque
Summer insiste em ir para a casa dela para “me dar espaço”
enquanto lava a roupa e faz tudo o que ela faz quando está longe de
mim.
Eu não gosto nem um pouco. A cobertura parece uma prisão de
merda e solitária sem ela nela.
Então, eu decidi que vou fazer algo sobre isso. Esta noite.
Dito isso, admito que demorei muito enquanto andava até a
porta.
Eu vou sentir falta dessa batida.
— Se divertiu com os caras esta noite? — Eu pergunto enquanto
abro a porta com um grande sorriso.
Um papel rosa neon levantado contra meu rosto é sua resposta
silenciosa e confusa.
Sorrindo, eu a puxo para dentro antes que ela dê aos meus
seguranças um show.
Eu consigo dar um beijo rápido enquanto ela está boquiaberta
para mim, mas ela o interrompe e segue direto para as festividades
principais.
— Um aviso de despejo?! Sério, Jason? Eu pensei que era uma
brincadeira até que percebi que minha chave não funcionava mais
na porta!
— Aqui. — Eu entrego a ela uma chave.
Ela olha para o objeto.
— Esta é a chave para a nova fechadura do apartamento?
Eu franzi a testa. Mulher louca.
— Claro que não. Você viu o aviso. Você foi despejada.
Ela olha para a chave em total perplexidade.
— Então o que diabos isso abre?
— Na verdade, não tenho certeza. — confesso. —
Provavelmente um antigo armário de academia. Encontrei em uma
das minhas gavetas. É mais um efeito visual. Ouvi dizer que esse é
o tipo de coisa que acompanha o gesto.
— Que gesto?
— Aquele em que peço que você more comigo — respondo com
naturalidade.
Seu queixo cai.
— Como a porta da cobertura abre com uma impressão digital e
um código de acesso, achei que essa chave antiga seria mais
romântica do que um pedaço de papel com um monte de números.
Ela ainda não está falando. Tudo bem. Eu sou um cara paciente.
Ela olha da chave para o aviso de despejo.
— Você é maluco, você sabe disso, certo?
Eu rio e a puxo para mais perto.
— É preciso ser um para reconhecer.
— Então deixe-me ver se entendi. Em vez de realmente me pedir
para morar com você, você foi e trocou as fechaduras do meu loft
enquanto eu estava com os caras?
— Na verdade, eu mudei suas fechaduras na terça-feira.
Um olhar de compreensão filtra seus recursos.
— Então é por isso que você queria ficar na cabana a semana
toda. E por que você insistiu que eu fosse direto para o bar com
minhas roupas de trabalho.
Eu encolho os ombros, totalmente sem remorso sobre meus
métodos. Eu estava sendo romântico, droga.
— Eu também tomei a liberdade de contratar transportadores
esta semana. Apenas o melhor, é claro.
Seus lábios se contraem, mas ela mantém seu olhar confuso.
— Isso foi presunção de sua parte. E se minha resposta for não?
Eu tiro a camisa e a pego pela cintura, satisfeito pra caralho
quando ela automaticamente envolve suas pernas em volta de mim
enquanto eu ando até o quarto principal.
— Eu considerei a possibilidade de você dizer não. Conhecendo
você, havia cinquenta por cento de chance de você jogar a chave na
minha cabeça e me chutar as bolas.
Seu corpo treme de tanto rir em meus braços.
— Então, essa foi uma jogada de alto risco.
Eu paro de sorrir e falo com o meu coração.
— Este é o maior risco que já corri. É também o único do qual eu
já tive cem por cento de certeza. — Eu seguro sua bochecha. — O
único que não pensei em desistir.
Sua respiração falha e um sorriso trêmulo toca seus lábios.
Eu a carrego até o armário principal para mostrar a ela minha
outra tentativa de gesto romântico.
Ela olha ao redor do armário e me dá aquele olhar fofo e confuso
que adoro.
— Quando você comprou tantas camisas brancas de botão? —
Uma fileira inteira, além de algumas peças sobressalentes nas
gavetas.
— Essas são suas. — eu digo simplesmente.
Eu dou a ela um segundo para perceber que eu quis dizer isso
literalmente sobre aquelas camisas que estão penduradas
diretamente atrás dela.
— Você já mudou todas as minhas roupas para cá?!— Ela ainda
está lutando contra um sorriso, mas sua voz soa um pouco
provocada.
Tento imitar seu olhar fofo e confuso.
— Eu disse que contratei uma equipe de mudança.
— Jason... — ela rosna.
Ah, inferno, assim mesmo, estou totalmente duro. Meu nome em
seus lábios agressivos sempre me deixa assim em um piscar de
olhos.
— Pare de me excitar, mulher. Estou tentando ser romântico
aqui.
Ela examina sua metade do armário, balançando a cabeça em
diversão relutante.
— É oficial. Você é definitivamente mais louco do que eu.
— Não louco. Proativo — eu argumento. —É também por isso
que comprei todas as camisetas extras. Acho que com você
morando comigo em tempo integral, vou arrancar os botões de pelo
menos essa quantidade de camisas de dormir.
A risada que ela estava suprimindo finalmente irrompe.
— Isso realmente faz sentido — diz ela enquanto vagueia pelo
armário para avaliar o quão minuciosos os carregadores foram. Eles
foram muito meticulosos. Seu antigo apartamento agora está
completamente vazio.
Depois de uma volta completa, ela se vira para me encarar.
— Uma vez que todas as minhas roupas estão aqui... — ela para
antes de tirar lentamente cada centímetro de roupa que está
vestindo.
Eu imediatamente esqueço do que estamos falando.
Ela puxa uma das novas camisas do cabide e a veste.
Embora eu não ame que ela não esteja mais nua, meu pau está
praticamente vazando com pré gozo pelo olhar que ela está me
dando enquanto abotoa a camisa e começa a sair do armário.
Eu perco o resto das minhas roupas e de alguma forma consigo
encontrar meu cérebro funcionando novamente quando aqueles
peitinhos sensuais e sua doce boceta são cobertos.
— É você dizendo sim para se mudar?
— Não tenho certeza ainda — ela fala enquanto dá um tapinha
no queixo e o passa pela frente de sua camisa agora totalmente
abotoada.
Uma pequena sedutora enlouquecedora.
— Por um lado, vou sentir falta de ter você como meu senhorio
— diz ela, pensativa.
Eu praticamente reviro meus olhos para isso.
— Por favor. Não fiz nada como seu senhorio. Você nunca me
ligou para consertar algo em seu loft. — Não apenas porque me
certifiquei de que sua casa era perfeita antes de ela se mudar, mas
porque ela é realmente mais prática em luminárias internas do que
eu, com toda a sua experiência em construção residencial. — Nós
dois sabemos que seus vizinhos chamam você mais do que o
zelador para consertar as coisas.
Sério, ela é a melhor inquilina que já tive.
Ela inclina a cabeça para o lado.
— É apenas... muita mudança. — Há um toque de verdade
nisso, eu posso ouvir. Felizmente, ela não parece triste, apenas
reflexiva. — Eu estarei perdendo você como chefe e proprietário,
tudo na mesma semana.
— Mas você gosta do seu novo chefe — eu raciocino. Não
totalmente alegre.
Embora eu esteja emocionado que meu amigo Logan tenha
contratado Summer para lidar com a expansão de um milhão de
dólares de sua academia de escalada, estou com inveja da ideia de
eles passarem tanto tempo juntos nos próximos meses. Embora eu
odeie admitir, Logan é um filho da puta bonito. Além disso, ele tem
uma filha fofa pra caralho.
Para a maioria das mulheres que conhecemos, Logan tendo um
filho, e o fato de eu ter um bilhão ou dois a mais no banco do que
ele seria um impedimento. Mas para uma namorada como Summer,
que não tem um osso materialista em seu corpo, Logan seria um
partido compatível. Ele é menos teimoso do que eu. E ele tem mais
experiência com as coisas do romance, vendo como ele era o
marido perfeito para sua namorada do colégio até o dia em que ela
faleceu.
Ainda mais razão para fazer a mulher morar comigo.
Depois, podemos começar a fazer nossos próprios filhos fofos.
Uma coisa de cada vez, Steele.
— Você está certo — ela admite. — Eu gosto muito do meu novo
chefe. Mas eu amava meu antigo chefe. Vou sentir falta de trabalhar
para ele.
— Ama. Tempo presente. Não “amava” — eu corrijo, sentindo
meu coração bater forte no peito com o pensamento. Ouvi-la dizer
que me ama nunca envelhece. — E eu vou sentir falta de você
trabalhando para mim também, querida. — Eu a puxo em meus
braços. — Foi por isso que eu despejei você. Achei que deveria me
dar um novo papel em sua vida. Um com um pouco mais de
permanência.
— Eu acho que “colega de quarto” seria um bom upgrade de
“senhorio louco” — Ela brinca, mexendo comigo ainda mais
brincando com a bainha de sua camisa de dormir e mostrando-me
aquela boceta bonita.
Eu rosno com a visão e respondo sem pensar:
— Noivo, não colega de quarto.
Ela fica imóvel.
— O quê?
Eu vejo seus mamilos endurecerem em picos distraidamente
sexy sob o tecido fino, e eu simplesmente perco a cabeça. Em um
movimento fluido, eu rasgo sua nova camisa, praticamente uivando
para a lua sobre o barulho satisfatório de botões batendo no chão
enquanto eu a levanto e afundo o meu pau nela.
Tão malditamente perfeita. Toda vez.
Só quando estou totalmente acomodado em sua boceta quente e
escorregadia é que meu cérebro começa a se desorganizar.
E então me ocorre.
— Droga. — Eu começo a chutar mentalmente minha bunda
idiota por não ter mais autocontrole. — Eu sinto muito, Summer. Eu
estraguei tudo. Eu tinha uma coisa toda planejada esta noite.
Ela envolve seus braços em volta de mim e me dá um beijo
profundo e sexy. No final dele, todos os músculos do meu corpo
estão travados, e ela está sugando a sanidade para fora de mim,
pulsando sua pequena boceta apertada em volta do meu eixo. Estou
usando toda a força que possuo para não me mover muito e
acidentalmente gozar dentro dela. Porque realmente, neste ponto,
não demoraria muito.
— Você planejava me pedir em casamento esta noite? — Ela
parece satisfeita. Graças a Deus.
— Bem, mais como amanhã de manhã. Eu ia ser todo romântico
e propor a você acordando às três...
Ela derrete contra mim, e eu tomo isso como minha deixa para
começar a fazer essa proposta malfeita para ela. Devagar. Muito
devagar. Na verdade, continuo compensando ela por horas. Até as
três da manhã. Planos bem elaborados e tudo.
Por outro lado, devo estar ficando um pouco melhor nessas
coisas de romance.
Porque ela diz sim.
Um monte de vezes.

FIM
Sasha Burke lê romances desde que descobriu que sua biblioteca local a deixaria
pegar emprestado qualquer tipo de livro que ela quisesse... provavelmente muito
mais jovem do que deveria ter começado.
Heróis alfa possessivos e protetores sempre foram a maior fraqueza de Sasha.
Ler e escrever sobre eles, especialmente quando há uma heroína agressiva
envolvida, resultou em ela ficar acordada muitas noites ao longo dos anos.
Você geralmente encontrará Sasha por aí mimando seus muitos cães,
tentando aperfeiçoar a melhor receita de macarrão com queijo do mundo ou
recebendo amigos para noites de fajita ao ar livre sempre que puder.

www.sashaburke.com

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