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A C.P. = Sociologia Política + Teoria Geral do Estado.
O que é o estado?
O estado é uma forma de organização política da sociedade que nós escolhemos ter e
implementar.
O estado foi evoluindo ao longo dos séculos. O Estado não é natural é uma construção
humana. Mas o estado em si é uma construção de órgãos (executivo, legislativo,
judicial) estes órgãos exercem o poder que é delegado pelo povo.
O poder está no povo é e relacional visto que não existe em relação ao outro, quanto o
nosso poder aumenta, o poder do outro partido diminuiu.
Os 4 órgãos são:
Presidente da república
Assembleia da República
Tribunais
Primeiro Ministro
O objeto da ciência Política
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As principais conceções:
O saber vem da antiguidade clássica quando Aristóteles no seu
tratamento político estudou as constituuções de 158 cidades gregas
Nessa altura a política era cnsiderada como um saber.
Sabe O saber de conjugar uma boa atividade com uma boa organização da
r cidade. Por isso que a C.P aparece no topo das ciências porque a
cidade, engloba toda a organização social
Como arte de governar encontra-se em Maquievel no seu livro
"Princepe" que ensinava, a arte de governar e conjunto de regras e
táticas para a obtenção de poder. Maquievel procurou estudar a política
tal como ela é é não deveria ser aplicada Política regras e estratégias
Arte para alcançar o objetivo
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Adriano Moreira: “O poder é objeto central da CP e deve ser examinado com um
critério tridimensional: a sede do poder, a forma ou imagem, e a ideologia”.
Objeto da ciência Política
O objeto da ciência política mergulha entre o poder e o estado. O poder é o assunto
principal da ciência política. Isto vai tornar o estado como um sistema de poder, de
obediência ou de colaboração no poder.
Caraterísticas da C.P.:
Criação de sistemas ou modelos teóricos relativos aos fenómenos políticos.
Carater descritivo, neutral e não normativo.
Tem por assunto uma realidade de factos.
CP: conhecer, descrever, explicar e sistematizar os fenómenos políticos
O fenómeno Político
Deve ser encarado como um fenómeno e como tal deve ser estudado.
- O que o distingue? Relação com o poder político (exercício, instituições).
O fenómeno Político distingue-se do fenómeno social porque o F. S possui atributos que
levam a que possa ser qualificado como fenómeno político.
Definição de fenómeno Político:
“Aquele que pressupõe uma relação de poder, uma diferenciação entre governante e
governado ou resulta de um conflito de interesses com vista à conquista ou exercício do
poder político. Ao conceito de político é essencial a ideia de autoridade, possuir
autoridade ou ter força par a exercer ou influenciar o poder”
Conceções:
Conceções:
F. P como fenómeno estadual:
O conceito de política identifica-se como um f. estadual, mas o que era estadual era
político e identifica-se com as funções do estado.
O F. P é um fenómeno estadual e desenvolve-se no quadro do Estado.
Quando o estado legisla, ministra o julga está a praticar atos políticos.
O Fenómeno Político menor que o fenómeno estadual:
Porque existem funções no estado que não podem ser considerados políticos: como a
função jurídica que seria meramente técnica.
Para o fenómeno político só as funções executiva e legislativa que seriam políticos.
O político identifica-se com o cerne decisório e autodiretivo da atividade estadual.
O Fenómeno Político mais amplo que o fenómeno estadual:
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Atualmente sabe-se que o fenómeno político é mais amplo que o F. estadual, nunca se
pode dizer que o F. P está efetivamente definido.
Os fenómenos políticos devem ser vistos para alem do corpo do estado.
O político não se identifica como Estado, porque ele engloba o funcionamento de:
partidos políticos, manifestações, grupos de pressão, sindicatos entre outros.
O estado e o sistema político
Para estudar os fenómenos políticos estabelece-se um sistema (conjunto de variáveis ou
elementos de funções interdependentes).
O modelo teórico (conjunto de conceitos relacionados entre eles).
O sistema político é um sistema aberto através do qual se conseguiram ver as causas e
os efeitos de cada fenómeno, recebendo imputs provenientes de outros sistemas
intrassociais ou de outros sistemas sociais (meio- ambiente, extrassocial)
Os imputs apresenta-se como as ações ou causas dos fenómenos políticos. Podem ser
suportes, ações de apoio ao sistema político ou um agradecimento ao governo.
Os imputs vão provocar um efeito no sistema político que é os outputs.
Os outputs são a resposta que o sistema produz às pressões a fim de se adaptar as
estruturas do meio ambiente.
Ex: nova legislação é a resposta do sistema a esta agregação.
As alterações do meio ambiente que resultam dos outputs provocam novos imputs, que
entram no sistema através de um mecanismo de retração de feedback
O sistema está sempre em equilíbrio e desequilíbrio.
Modelo simplificado de um sistema político:
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Etimologia: status – introduzido por Maquiavel que foi o primeiro a dar o nome de
estado ao estado e surge associado a forma de organização do estado.
Momento chave para a organização em forma de
Estado: século XVI
Sem vínculo de nacionalidade
-Organização muito dispersa / compartimentalizada
O que mudou?
- Descobrimentos
-Absolutismo
Mas o que terá motivado o ser humano a organizar-se desta forma?
A origem do Estado
Tese organicista Tese voluntarista
Estado = organismo natural Organização em grupos como essencial
à sobrevivência
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Direito e Estado como Volksgeist Daí organização em clãs, tribos, etc.
Positivismo e cientismo Imposição da vontade do mais forte –
que impôs o Estado
Órgãos do Estado
Depende da forma política, do regime e do sistema
Regras do Estado
Primeiras regras: organização do próprio Estado, dos seus poderes, etc.
Estado subordinado às leis:
-Estado sujeito às normas que cria
- As normas sujeitas fiscalização da constitucionalidade
TIPOS HISTÓRICOS DE ESTADO
Evolução do Estado ao longo do tempo e do espaço
Assim, tipo histórico de estado será cada uma das diferentes e autonomizáveis
concretizações ou manifestações que assume a forma de poder político que
genericamente se designa por Estado.
Diferentes abordagens quanto à tipologia:
Quanto ao fim do Estado: conservador, reformista, revolucionário, etc.
Quanto ao grau de intervenção: abstencionista, intervencionista, totalitário, etc.
Quanto à evolução histórica: antigo, moderno, contemporâneo
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Os Estados na fase pré-constitucional
Os Estados Antigos
4000 aC a 476 dC (fim Imperio Romano Ocidental)
Época onde estrutura estadual não é igual à nossa conceção:
Instabilidade territorial;
Falta de centralidade do poder;
Inexistência de vínculo de nacionalidade
Os Estados Antigos
O Estado Oriental
Principal localização: Médio Oriente
Tipicamente teocráticos e monárquicos
Monarca = líder espiritual
Elevada desigualdade social + elevada hierarquização
Reduzidas garantias jurídicas
Diferenças étnicas agregadas pela força
Objetivos expansionistas de universalidade
Exs.: Egipto; Babilónia; Síria, Pérsia, Hititas e China
O estado Grego
O estado aqui é a comunidade de cidadãos e a religião fundamental esta comunidade. O
estado era a cidade-Estado, uma comunidade de homens livres em que se exercia uma
democracia direta na ágora. As cidades estavam ligadas pela tradição e por uma política
comum, por vezes, por motivos de defesa. O povo apresenta um grau de civilização,
onde só tinha direitos políticos, um determinado estrato social- os cidadãos. Os
indivíduos de outras cidades eram considerados como estrangeiros e sujeitos a
jurisdição especial.
Apresenta como traços especiais:
A prevalência do fator pessoal da mesma origem étnica
Uma comunidade com fundamento religioso
Pouca importância do fator territorial.
A liberdade reduzida à participação no governo da cidade.
Exercer coletivo e diretamente a soberania é um dever dos cidadãos, deliberar na praça
pública sobre a guerra e a paz.
O estado podia fazer tudo, em conformidade com uma regra geral por todos formulada.
Democracia diferente da que concetualizemos agora. Esta democracia era uma
forma pouco desenvolvida do Estado.
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O Estado Romano
Conceção territorial mais ampla (não tão restrita) todo o mediterrâneo estava
controlado pelos romanos.
Centro manter-se-ia sempre Roma.
Concessão de alguns direitos básicos aos cidadãos romanos (propriedade,
casamento, voto, ser eleito, etc.)
Desenvolve-se a noção de poder político como supremo
1º monarquia >> República >> Império (com concentração poderes)
Surge distinção entre poder público e privado
Cristianismo introduz algum valor ao ser humano individual – contesta caráter sagrado
do imperador.
O cristianismo tem a mensagem todos somos filhos de deus- temos de ser
tratados de forma igual.
A um grande desenvolvimento de direitos (dos agentes, privado etc)
O “Estado” Medieval – o movimento da igreja católica
Idade Média: Passagem da segurança para a pequena segurança- local.
476 – 1453 (fim Imperio Romano Oriental)
Duas fases:
Invasões
Reconstrução
Evolução: ausência de poder para poder Igreja e senhores
Ausência de um Estado como o conhecemos – porque?
Diversidade de poderes – senhores feudais, igreja...
Poder político difuso porque em vez de conceito de Imperium (poder público)
temos o conceito de dominium ( derivado da supremacia territorial)
Poder concentrado nos privados (privilégios sociais, posições jurídicas, etc)
Privatização do poder – poder patrimonial
Rei:
Detinha apenas os títulos, ficando reduzido a uma dignidade de prerrogativa, no
cimo da ordem feudal
Os direitos das pessoas dependiam da camada social a que pertenciam e da
hierarquia da relação de vassalagem.
A liberdade advém do estatuto da pessoa, não da titularidade de direitos
enquanto, individuo.
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Subordinação ao Papa (enfraquecimento poder político)
Direitos pessoais baseados na classe social.
Limite poder político <<< Cristianismo >>> garantia indivíduos
A partir do século XIII e XIV, verificava-se uma cera crise do sistema medieval,
sustentado em diversos fatores tais como:
Desenvolvimento do direito nação;
Contributo de autores como: Maquiavel e Hobbes
Emancipação em relação ao Papa
Eliminação privilégios feudais.
O Estado Moderno
1453 – 1789
Esforço de concentração poder pelo rei
Face ao Papado
Face aos senhores feudais
Período de reformulação do conceito de Estado
Processo – progressivo
Sem datas muito definidas
Diferente nos vários países europeus (+ rápido em PT; + lento FR)
Dois grandes períodos: Estado Estamental e Estado Absoluto
Estado Estamental
É uma transição entre a idade Média e Moderna
Entre a desagregação d sistema medieval e o advento do Estado Absoluto.
Como conseguiu monarca a centralização? >>> Assembleias Estamentais
Representavam grupos sociais que queriam manter privilégios
Forma de Cortes, Parlamentos, Dietas - Funções liberativas ou consultivas
Dualidade: Rei-Estamentos
Rei com poder central, mas limitado pela sociedade
Início desenvolvimento do sentimento nacional
Casos distintos:
PT: séc. XIV e XV (cortes – mas consultivas)
UK: estamentos resistem como grupos políticos
Até quando? >>> até monarca ter poder para unificar e centralizar poder.
Estado Absoluto
Resultado de a concentração poder político no rei
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Caraterísticas:
Vontade do rei = lei
Limitação jurídica do poder do rei escassa
Estado-Nação (Westfaliano) é o reconhecimento dos estados da sua soberania e
doutrina.
Independência externa
Poder interno máximo do soberano
Indivíduos sem direitos contra o Estado
O Estado reconhece as fronteiras do outro Estado.
O Estado:
Continua ligado ao Direito – mas a leis que o soberano faz e refaz
Ação orientada pela raison d’État = bem público (não a justiça)
Função: contribuir para a unidade Estado e sociedade; coesão
Dois subperíodos do Estado Absoluto Estado Patrimonial (séc. XVI – início XVIII) e o
Estado de Polícia (séc. XVIII)
Estado Patrimonial
Estado = bem patrimonial do monarca
Monarca:
Poder de origem divina
Monarquia de direito divino
Escolhido por Deus = autoridade com base religiosa
Direitos adquiridos, para os cidadãos este direito vem do estado estamental
Limitam o poder do soberano, do ponto de vista formal, têm a sua atuação
limitada por estes direitos adquiridos como na fase patrimonial.
Ele não limita o direito do monarca.
Se em causa a razão Estado – ultrapassar esses direitos
Sem normas regulassem relação particulares e Estado.
Estado de Polícia
Rei = pai que procura a felicidade dos súbditos e corrige os seus erros
Criação do FISCO é uma identidade que é criada a margem do estado que vai
cobrar impostos, para depois ter dinheiro para combater os erros do monarca.
Necessidade de manter o aparelho de Estado
Criada esta entidade à margem do direito
Responsabiliza-se pelos atos do monarca que prejudicassem (materialmente) os
particulares
“Submete-te e apresenta a conta” – Otto Mayer
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Rei = déspota iluminado (pela razão) As decisões do monarca são iluminadas pela
razão.
Jus politiae: direito do soberano intervir em tudo – em nome da razão
Intervenção estatal máxima
Direitos particulares cediam sempre perante a razão Estado
Particulares sem mecanismos de defesa perante Estado/administração.
Razão de Estado = vontade do Rei.
Na Economia:
Estado interventivo
Em paralelo com o mercantilismo
Desenvolvimento do capitalismo
Burguesia crescimento
PT: 3 absolutistas: D. João V, D. José, D. Maria
Os Estados na fase constitucional
Sociedade feudal – disparidade poder político / económico (burguesia)
Revoluções liberais + ideais liberalistas >> contra despotismo Estado Absoluto
Momento-chave: Revolução Americana + Revolução Francesa
✗ Exercício poder por um indivíduo >>> ✓ Exercício por muitos e eleitos ✗ Raison
d’État >>> ✓ Estado cumpre suas normas
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Princípio da legalidade – tudo tem que estar de acordo com as normas; não há
proibições ou obrigações para além daquelas que estão em vigor.
Declarações de direitos
Separação de poderes
Representação política através das eleições
Os direitos fundamentais
Conceção baseada em Locke
São anteriores e superiores ao Estado (pré- e supraestadual)
Daí a limitação do Estado
Constituição:
Não é o Estado que concede direitos aos particulares
É apenas reconhecimento dos direitos originários
Serve apenas para os garantir melhor
Originários – nascem com cada indivíduo; nenhum Estado pode violar
Consagrados na Constituição
Constituição tem supremacia jurídica
Todas as ações Estado têm que se lhe submeter
Defendem o cidadão do Estado
Direitos essencialmente negativos para que se cumpra esse direito o estado deve abster-
se de intervir.
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Direitos do Homem D. cidadão
Essencialmente pessoais/individuais; direitos na relação cm o outro enquanto
ser humano enquanto tal. ser que vive em sociedade
A divisão de poderes:
Com o objetivo da garantia dos direitos fundamentais
Surge divisão de poderes com reflexo numa estrutura organizativa
3 funções e órgão para cada uma delas
Inspirada em Montesquieu, “O Espírito das Leis” (1748)
Contra abusos de poder
Para liberais: supremacia da função legislativa.
Princípios orientadores
Império da Lei:
- Lei prevalece sobre todos os atos quer que seja atos políticos ou judiciais todos os atos
têm de ser enquadrados na lei.
- Justiça sempre garantida porque cada um é legislador e ninguém seria injusto para si.
- Cada um obedece à vontade geral e não a outro indivíduo
- Há legitimação da lei pela aprovação do órgão que representa todos.
- Lei garante igualdade, segurança e previsibilidade
Porque a lei é abstrata e não descrimina individualmente (mas Parlamento era
essencialmente burguês...) Pois, sendo geral e abstrata excluiria, a discriminação, o
privilégio, o arbítrio individual.
Lei igual para todos e todos iguais perante a lei.
Legalidade da Administração
- Ainda algum medo do poder executivo (ainda não burguês)
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- Legislativo subordinava o executivo através da Administração e dos Tribunais – para
evitar abusos
- Juiz restringido pela lei (estrita)
Duas dimensões:
Preferência da lei: Administração pode atuar desde que a lei não o proíba.
Reserva da lei: Administração só atua quando a lei o permite; nem no caso de omissões.
“O princípio de reserva de lei evoluiu, modernamente, para o princípio da reserva total
da lei, segundo o qual toda a atividade administrativa (...) pressupõe a existência de
fundamento legal.”
Os Estados na fase constitucional
O Estado Social e Democrático de Direito
Declínio do liberalismo
- Crise económica antecede IGM
- Dúvidas quanto ao funcionamento da autorregulação dos mercados
- Industrialização = substituição força humana
- Sobreprodução > baixa de preços
- IGM
- Necessidade de mudança relações Estado/sociedade <<<< novas ideologias
Cidadãos exigem + intervenção estatal
Estado passa a intervir +:
-Processo produtivo
- Redistribuição do produto social
- Planificação económica
- Ultrapassa-se a ideia da autossuficiência da sociedade >>> exige-se ao Estado que
realize a justiça social >>> surge Estado social é o bem-estar, todos tem dignidade,
corrigindo desigualdades de oportunidade.
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- Estado preocupa-se com a igualdade de oportunidades
- Estado assegura serviços: água, eletricidade, património, saúde, educação, etc. >>>
vida digna dos cidadãos.
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Direitos fundamentais como direitos contra terceiros
- Não só proteção contra Estado
- Mas proteção contra outros indivíduos
- Ex.: Contra o empregador através direito à greve
- Divisão de poderes
- Ultrapassado o mecanicismo e inflexibilidade separação de poderes
- Diluição das fronteiras
ex: Governo com iniciativa legislativa e competência legislativa
- Parlamento com intervenção na Administração
- Parlamento aprecia diplomas do Governo
- Tribunais que controlam o Parlamento e Governo (constitucionalidade das leis)
- Consagrada a justiça constitucional
- Base no valor das normais constitucionais
-Fiscalização judicial da constitucionalidade
- Como “mecanismo de compensação das tentações de arbítrio”
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• Fim séc. XIX – crise do Liberalismo
• Séc. XX – crise política, económica e social
• Pós-I GM
• Grande Depressão
• Consequências?
• Alternativas
• Continuum político
• Estado Autocrático
• Matriz revolucionária anticapitalista
•Matriz conservadora
Caraterísticas:
desvalorização Constituição enquanto limitador do poder; Constituição como
instrumento de legitimação; sem conteúdo material;
Os Estados Autocráticos do séc. XX Revolucionário anticapitalista – URSS
• Até 1917: Rússia = autocracia imperial
• Rússia pós-IGM:
• Recém-industrializada
Consequências da IGM:
• Dificuldades económicas
• Descontentamento com o autoritarismo czarista
1917: Revolução Russa depôs o regime imperial (Czar Nicolau II)
• março: Poder: governo provisório (partidos socialistas moderados – república liberal)
• novembro: Partido Bolchevique (V. Lenin) derrubou governo provisório – 1º país
socialista do mundo (até 1991)
• 1917: República Socialista Federativa Soviética Russa
• Inicia-se guerra civil para empossar comunistas em vários territórios do Império Russo
– Exército Vermelho
• 1922: União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
• Rússia + Ucrânia + Bielorrússia + Transcaucásia (Arménia, Azerbeijão e Geórgia)
Significado da vitória do Partido Bolchevique
• Base: crítica marxista do Estado capitalista + programa revolucionário
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• Oposição ao absolutismo czarista
• Oposição ao liberalismo
• Objetivo: instauração de uma ditadura do proletariado (1º passo)
• Área central de intervenção: economia
• A teoria Marxista
• Apelo à revolução proletária
• Como movimento da “minoria consciente em benefício da imensa maioria”
• Democrático e pacífico
• O Marxismo-Leninismo na URSS
• Adaptação do projeto marxista por Lenine = “teoria marxista-leninista” do Estado e
do Direito
• Revolução = processo de apropriação coletiva dos meios de produção através do
Estado
• Meio: eliminar estruturas políticas tradicionais
• Finalidade: “democracia dos sovietes”
• Supressão dos mecanismos democráticos (Assembleia constituinte, “sindicatos”
controlados pelo Estado)
• Criação do Congresso dos Sovietes – prepara a Constituição de 1918: “todo o poder
aos Sovietes”
• Constituição de 1936: cria uma assembleia representativa (com duas câmaras)
Democracia socialista, dirigida pelo Partido e pelo Estado
• Objetivo: defender o desenvolvimento do socialismo e a construção do comunismo
• Restrições à liberdade dos opressores (aka capitalista)
• Fase de transição até ao desaparecimento do Estado
• Fim do Estado = poder do proletariado = socialização dos meios de produção = fim
das classes
• Contudo, Estado não acabou
• Foi-se prolongando
•Teve que reforçar-se porque se agravou a luta de classes
• Não houve “socialização dos meios de produção”, mas sim a “estatização dos meios
de produção”
• Crescimento desmesurado do aparelho burocrático
• Eliminação progressiva oposição – Partido único
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• Sufrágio restrito: não votam proprietários (alterado pela Constituição 1936 em
termos formais) • Direitos fundamentais: direitos de participação ativa na vida da
sociedade socialista são direitos e deveres
• Supressão de muitas liberdades < pela construção do socialismo
• Exercício dos direitos previstos na Constituição sempre condicionado pelos interesses
do Estado
• Gorbatchev n 1985: Perestroika
•1988/89: reformas constitucionais
•Crítica do Estalinismo
• Certa abertura
• Comunidade dos Estados Independentes (CEI)
• Tratado de Dezembro de 1922
• Protocolo ao Acordo de Minsk: confirmação das 11 ex-Repúblicas em participar na
CEI (Azerbaijão, Arménia, Bielorrússia, Moldávia, Rússia, etc.)
• Apenas uma união de Estados
• Rússia representava toda a URSS na ONU
• Tratado de Dezembro de 1922
• Protocolo ao Acordo de Minsk: confirmação das 11 ex-Repúblicas em participar na
CEI (Azerbaijão, Arménia, Bielorrússia, Moldávia, Rússia, etc.)
• Apenas uma união de Estados
• Rússia representava toda a URSS na ONU
Os Estados conservadores
Caraterísticas dos totalitarismos europeus:
• Autoridade plena e ilimitada do Estado
• Não reconhecimento de direitos e liberdades à margem do Estado
• Identificação da comunidade nacional com o Estado
• Não reconhecimento de fins ou atividades alheias ao Estado
• Conformação estadual das relações económicas e laborais
• Caráter dogmático do Estado
• Centralização do exercício do poder numa única pessoa ou grupo restrito
• Culto do líder
• Inspiração filosófica
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• Culto das elites
• Publicação do partido único + eliminação partidos oposição
Conservador – fascista italiano
• Centro: vida do homem
• Homem tem que estar inserido em grupos sociais (família, nação, pátria) para realizar-
se material e espiritualmente
• Vida tem que ser séria, austera e religiosa
• Partido Fascista:
• 1915 surgimento
• Muita ação propagandística – crescimento rápido
• Contra as greves, violência e desordem
• Representante do orgulho e respeito Itália como vencedora IGM
• Movimento sem bases filosóficas; surgiu como reação imediata contra Estado Liberal
• Estado como pessoa jurídica titular da soberania
• Duce = um órgão do Estado
• Ideia de Estado como fim em si mesmo = entidade que deve ser engrandecida,
fortalecida
• “Tudo no Estado, nada fora do Estado, nada contra o Estado” (máxima de Mussolini)
• Objetivo: construção de um Estado forte, de grande intervenção, antissocialista
• Relevância absoluta do Estado = desvalorização dos direitos do cidadão – sacrificados
pelo bem do Estado
• Não admitidos grupos fora do Estado (partidos, associações, sindicatos)
• Nação = organismo espiritual; Estado dá-lhe forma jurídica
• Interesses do indivíduo só protegidos quando e enquanto coincidem com os do Estado
• Estado corporativista: onde participam varias classes/grupos.
• Rejeição do individualismo liberal
• Rejeição da luta de classes entre patrões e sindicatos
• Indivíduos como parte de uma corporação
• Através da corporação, o Estado integra as várias associações no seu aparelho
Conservador – nacional-socialista alemão
1980-Adolf Hitler nasce em Braunau, na Áustria.
1907 – 1913 Período em que Hitler viveu na capital austríaca em Viena.
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1908 – setembro: Não Consegue ser Admitido na Academia de Belas-Artes de Viena.
1913 – 24 de maio: Muda-se para Munique, Alemanha.
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Estado Português = Estado Social e Democrático de Direito (Artº 2º e 9º b)
- Com uma Constituição escrita
- Estado subordina-se à Constituição Elaborada por uma Assembleia Constituinte
(Preâmbulo + 3º, nº2)
Parte I: Direitos Fundamentais
Negativos: 24º a 57º + 9º, b)
Positivos: 58º a 79º + 9º, d)
Direitos contra outrem: 52º e 57º Sufrágio Universal: 49º + 113º, nº 1
Direito a participação na vida pública: 48º
Organização Económica:
Introduzida após constituições do liberalismo Artº 80º a 107º
Princípio da separação e interdependência de poderes: 110º, nº1 + 111º, nº 1
AR = legislativo por excelência: 161º, c)
Governo = legislativo + administrativo: 198º + 199º 24
PR: promulgar atos legislativos referendados pelo Gov: 134º b) + 140º, nº1
Limitação do poder político
Fiscalização da constitucionalidade: 277º a 283º
Legalidade da Administração: 266º, 268º, nº 3, 4 e 5
Direito de oposição: 114º, nº 2
Princípio da renovação: 118º
Responsabilidade titulares cargos políticos: 117º
Autonomia das Autarquias e Regiões Autónomas: 235º + 225º, nº 6
REGIMES POLÍTICOS
Regime político
- Relacionado com a forma de exercício do poder
- Incl. Relação entre governantes e governados + grau participação
cidadãos
Categorizaçã o de Aristó teles – de acordo com Constituições:
Sãs: Democracia
Monarquia: poder num 1 homem
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Aristocracia: poder alguns homens República: poder da coletividade
Perversas: Formas de organização política degradadas
Tirania: poder 1 homem, mas alinhado c/ seu interesse
Oligarquia: poder alguns homens, interesse sua riqueza
Demagogia: poder coletividade, interesse dos explorados e pobres
Categorizaçã o de Maquiavel Monarquia:
Poder supremo exercido por um só titular
- Exercício do poder por direito próprio, resultante de investidura derivada,
alienação da coletividade ou apropriação do poder pela violência
- Hereditariedade do poder do chefe de Estado.
República:
- Poder supremo pertence a um grupo de indivíduos (cidadãos que votam)
- Soberania do povo, exercida em seu nome e representação
- Sem hereditariedade do chefe de Estado.
Outras categorizaçõ es:
- Regime político liberal vs. Regime político totalitário
- Regimes autoritários, totalitários e liberais
-Regimes individualistas, institucionalistas e coletivistas
- Regime ditatorial vs. democrático.
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