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SÍNDROME DO PÔR DO SOL

A síndrome do pôr do sol ainda é um pouco indefinida por ser associada a


múltiplos fatores. Mas é caracterizada pelo surgimento de sintomas
neuropsiquiátricos, como agitação, confusão, ansiedade, agressividade,
alucinações visuais, auditivos, entre outros, no final da tarde início da noite ...
Prevalente em indivíduos com demência, associado a ritmicidade circadiana
prejudicada, fatores ambientais, sociais, baixa cognição. Neuro
fisiologicamente é medida pela degeneração do núcleo supraquiasmático do
hipotálamo e diminuição da produção de melatonina. Onde representa o
segundo tipo mais comum de comportamento disruptro em pacientes com
demência e por ser frequentemente descrito por idosos com deficiência
cognitiva em lares e em 66% dos pacientes com doença de Alzheimer.

Além de ser comum em idosos com demências, ela representa fardo social e
econômico significativo em termos de hospitalizações recorrentes, internação
prolongadas e declínio funcional e também tem sido associado a uma
progressão mais rápida da piora cognitiva na Alzheimer.

OS FATORES DA FISIOPATOLOGIA – SÃO DEVIDIDOS EM 4

FATORES NEUROBIOLÓGICOS:
- Degeneração do núcleo supraquiasmático
- Diminuição da produção de melatonina
- Perturbação dos ritmos circadianos
- Neurotransmissão colinérgico prejudicado
- Desregulação do eixo HPA (eixo Hipotálamo-Pituitária-Adrenal) desempenha
um papel na resposta aos estímulos esternos e internos.

FATORES FARMACOLOGICOS
- Antipsicóticos
- Anticolinérgicos
- Antidepressivos
- Hipnóticos

FATORES FISIOLOGICOS
- Fadiga
- Fome
- Necessidade físicas ou psicológicas não satisfeitas
- Mudança temporais na temperatura do corpo
- Modificação circadianos dos níveis de glicose no sangue
- Alteração circadianos na pressão arterial

FATORES MÉDICOS
- Distúrbios do sono
- Privação sensorial
- Dor
- Distúrbios e flutuação do humor
- Déficits cognitivas

entre os fatores médicos que podem contribuir para a síndrome em idosos com
demência também estão: síndrome de dor crônica devido a artrite, distúrbios
sistêmicos de órgãos (incluindo insuficiência cardíaca congestiva, doença
isquêmica do coração, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica , refluxo
gastroesofágico, incontinência, hipertrofia benigna da próstata), condições
psiquiátricas (incluindo depressão, ansiedade, psicose) e efeitos de vários
medicamentos. Em pacientes com demência, o desconforto físico e a doença
também podem ser expressos como anormalidades comportamentais.
Indivíduos com DA não são capazes de reagir à dor ou outro desconforto físico
de maneira padronizada, bem como de se relacionar adequadamente com seu
corpo. É por isso que pacientes idosos dementes costumam usar agressividade
e outros comportamentos, como gritar e se recusar a comer para expressar dor
ou outros sintomas físicos.

FATORES AMBIENTAIS
- Exposição a quantidade inadequada de luz
- Relação equipe-paciente mais baixa em instalações residências
- Fadiga do cuidador
- Superestimação ambiental (ruídos)

Na neurobiologia tem se concentrado no papel patogênico de alterações


primarias do ritmo circadiano normal. Os distúrbios do ritmo circadiano têm sido
associados ao envelhecimento/alteração do núcleo supraquiasmático,
localizado no hipotálamo e considerado o principal marcapasso circadiano do
corpo. O volume, a morfologia e a atividade do supraquiasmático podem ser
influenciados por diversos fatores, como idade, sexo e condições patológicas. A
diminuição do número de células e do volume do núcleo tem sido visto no
processo de envelhecimento fisiológico entre 80 e 100 anos de idade e
pacientes com várias doenças neurodegenerativas. Paciente com Alzheimer
tem danos no supraquiasmático em perda neuronal e acumulo de
emaranhados neuro fibrilares enquanto as placas amiloides são mais raras. O
núcleo supraquiasmático em indivíduos com DA grave também e caracterizado
por gliose reativa em resposta a perda neuronal, com aumento da relação
astrócitos/neurônios. Esse dano envolve neurônios neurotensina e
vasopressina.

O pôr do sol é resultado de anormalidade neuropatológicas especificas que


interferem no ritmo circadiano no normal e na regulação comportamental. Um
importante componente da regulação do ritmo circadiano é a melatonina,
hormônio secretado pela glândula pineal em resposta a escuridão, cuja
produção e liberação é regulada pelo próprio SCN (SESTEMA NERVOSO
CENTRAL). A melatonina diminui no envelhecimento e é mais reduzido na DA
e em outas doenças degenerativas.
Sua abordagem clina é feita através da observação direta dos pacientes ou
entrevistas aos cuidadores. A anamnese é seguida de um exame físico geral,
que deve ser finalizado principalmente para determinar a presença de
condições somáticas potencialmente contribuintes (por exemplo, dor, privação
sensorial) sendo realizada uma avaliação cuidadosa dos potenciais gatilhos
ambientais (por exemplo, iluminação, níveis de ruídos, mudanças na rotina
diária) e iatrogênicos. O diagnóstico é, portanto, essencialmente clinico.

SUA EPIDEMIOLOGIA
- idosos com Alzheimer
- Pacientes com demências graves e grau diminuído do cognitivo
- Estação do ano (outono ou inverno) devido a diminuição da duração e
quantidade de luz solar
TRATAMENTO
- Terapia com luz brilhante (fototerapia)
- Suplementação de melatonina
- Inibidores
- Farmacológicos e não farmacológicos

PREVENÇÃO
- Fototerapia
- Musicoterapia
- Aromaterapia
- Estimulação multissensorial
- Rotina de higiene do sono
- Programas diários (rotina)

Existe uma área no cérebro chamada temporizador circadiano que ajuda a sincronizar o
movimento e a função de todas as células do corpo com os níveis de luz e escuridão do
ambiente.

Assim, quando o nível de luz cai abaixo de um certo limite, ele envia uma mensagem para a
glândula pineal, que além de produzir melatonina, ajustar todas as funções do corpo.

✅ Em outras palavras, nosso ritmo circadiano é essencial para regular o corpo - incluindo
pressão arterial, temperatura corporal e produção hormonal.

👉🏼 Por isso, o horário ideal para iniciar o sono para nos sentirmos descansados e revigorados
é pelo menos 90 minutos antes da meia-noite.
Neste período que o corpo é reabastecido e rejuvenescido em todos os níveis - física, mental
e emocionalmente. Muita cura ocorre apenas corrigindo isso.
supraquiasmático, (Recebe informação da retina diretamente, sobre o ritmo
claro/escuro do ambiente)

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