Para que um carro se mova é necessário que haja no motor uma reação química de combustão, que leva ao seu aquecimento e ao da sua vizinhança. Há aquecimento nos travões e nas rodas quando se efetuam travagens.
Estes e outros fenómenos
causam variações da energia interna do carro. 1 Automóvel em movimento.
10F Sistema mecânico redutível a uma partícula
Muitas vezes pretende-se analisar o movimento do carro sem
estarmos interessados no aquecimento ou no arrefecimento das suas peças.
Se não consideramos as variações da sua energia interna,
estudando o movimento do carro como um sistema mais simples, dizemos que o carro é um sistema mecânico.
É possível tornar ainda mais simples o estudo do movimento do carro.
10F Sistema mecânico redutível a uma partícula
Um carro em viagem pode ser representado apenas por um ponto
num mapa.
Vendo o carro globalmente, e
desprezando aqueles movimentos de rotação, como os das rodas, reparamos que as diferentes partes do carro – bancos, carroçaria, etc. – têm todas o mesmo movimento de translação. 2 Utilização de um ponto (centro de massa) para representar o movimento do carro. 10F Sistema mecânico redutível a uma partícula
Podemos substituir o carro por um só ponto, que possui esse mesmo
movimento de translação, ou seja, as diferentes partes do carro têm todas a mesma velocidade. A esse ponto, que representa o carro, associamos toda a massa do sistema. Consideramos aplicadas nesse ponto todas as forças que atuam sobre o carro e chamamos-lhe 2 Utilização de um ponto (centro de massa) centro de massa (abreviadamente para representar o movimento do carro. 10F CM) do sistema. Sistema mecânico redutível a uma partícula
Centro de massa, CM:
ponto que representa um sistema e a que se associa toda a massa desse sistema. Consideram-se aplicadas nesse ponto todas as forças que atuam sobre o sistema.
3 Carro em movimento representado pelo seu centro de massa.
10F Sistema mecânico redutível a uma partícula
Quando um sistema é representado pelo centro de massa – o
chamado modelo do centro de massa – diz-se que o sistema foi reduzido a uma partícula. O modelo do centro de massa (redução do sistema a uma partícula) aplica-se:
― quando não se têm em conta variações de energia interna
do sistema (o sistema é mecânico);
― quando só importa o movimento de translação do sistema,
considerado indeformável. 10F Sistema mecânico redutível a uma partícula
Este modelo, que simplifica a descrição de certos movimentos,
apresenta algumas limitações:
― ignora variações de energia
interna;
― não permite o estudo dos
movimentos de rotação nem das deformações do sistema. 4 Este modelo não permite estudar o movimento de rotação de um pião. 10F ATIVIDADE Indique, justificando, em quais das seguintes situações podemos reduzir o sistema ao seu centro de massa. (A) Movimento de Marte em torno do Sol, desprezando o seu movimento de rotação. (B) Movimento de rotação de uma bola de ténis. (C) Movimento de translação de um ciclista. (D) Movimento de um carro, considerando as variações da sua energia interna. Resolução: Situações A e C. Podemos reduzir o sistema ao seu centro de massa quando se pretende estudar o seu movimento de translação, desprezando as variações da sua energia interna (sistema mecânico). 10F