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Lei de introdução às

normas do direito
brasileiro
(decreto Lei nº 4.657/42)
O que é direito  Base que
cria as
Conceito de direito permissõ
es
Discutido há muito tempo pela
 Permite o
doutrina
exercício
Diferentes conceitos do direito
objetivo
Direito vinculado a norma, regra ou  Conjunto
lei de regras
Radbruch Direito subjetivo subdivide-se em:
 Conjunto de normas gerais e  Direito a prestações
positivadas que regulem a o Exigem que a outra
vida social pessoa tenha uma
Classificação do direito contraprestação
Ex: empréstimo
 Natural  Direitos potestativos
o Justifica-se fora do o Não precisa de
direito contraprestação
o Tem gente que gosta o Sujeição
de usar cosmológica, Ex: divórcio
divina
o Regras de Deus Direito objetivo se subdivide em:
o Ou forças da natureza
 Público
o Supremo o Subdivide-se em:
o Direito “pressuposto”
 Interno
 Positivo  Dentro
o Fundado no Estado do país
o Contrato social  Externo
o Direito “posto”  Direito
o Divide-se em do país
 Subjetivo com o
 Permissõ Estado
es estrangei
 Meus ro
direitos  Privado
 Objetivo Ex: direito civil
Fontes do direito  Estrito
o Norma jurídica
Fontes – de onde surge o direito
elaborada pelo
PODER
legislativo
Fontes – como se expressa o É diferente da norma
jurídica ditada pelo
Divide-se em: judiciário
o civil law
 Formais
Advém da ideia de civil law também pode falar em sentido
(continentais) amplíssimo – lei em sentido de regra
o Primárias sem sentido jurídico (não usada
 Lei aqui)
o Secundárias
 Analogia características da lei
 Costumes generalidade
 Princípios gerais
do direito aplicável a todos (em regra)

Ou na classificação mais imperatividade


contemporânea
imposição
 Formais
deveres de condutas
o Diretas/imediatas
 Lei autorizamento
 Costumes
o Indiretas/mediatas autoriza ou não determinado
 Doutrina comportamento
 Jurisprudência permanência
Ou em classificação menos utilizada a lei perdura até que seja revogada
por outra
 Formais
o Estatais ex: Código Comercial de 1850
 Lei
 Jurisprudência competência
 Convenções
a lei vem da autoridade competente
internas
para estabelecer a lei
o Não estatais
 Analogia Classificação das leis
 Costumes
 Princípios Quanto a imperatividade
 Materiais  Cogentes
o Fatos sociais o Não pode afastar
Dão origem as fontes Ex: Código do
formais Consumidor
Não cogentes
O que é a lei 
o Pode ser afastada
A lei na estrutura normativa
Quanto ao autorizamento
Sentido da lei
 Mais que perfeitas
Pode ser o Pena
o Nulidade
 Amplo  Perfeitas
o = norma jurídica o Nulidade
o Usado na common law
 Menos que perfeitas
o Sentido estrito +
decisão do juiz
o Não acarretam em Elemento central/nuclear do direito
nulidade privado (relações travadas entre os
o Sanção particulares)
Ex: ineficácia do ato
 Pessoas
 Imperfeitas
o Não trazem nenhuma  Bens
sanção  Fatos jurídicos
Ex: pagamento de Direito civil é diferente do Código
dívida inexigível não Civil
gera nenhuma sanção
Existem ramos específicos que saem
Quanto a natureza do direito civil e se mantem em
 Substantivas misturas de direito civil
o Regulam as relações é uma interdisciplinaridade
jurídicas
 Adjetivas princípios do Código Civil de 2002
o Modo de fazer as
Miguel reale
relações jurídicas
Princípio da socialidade
Quanto a hierarquia
Coletivo
 Normas constitucionais
 Leis No confronto entre direitos
o Não há distinção entre particulares e direitos coletivos,
lei complementar e lei prioridade do coletivo
ordinária
Princípio da eticidade
 Normas internas/individuais
Fundar todos os direitos na pessoa
Quanto a competência humana
 Federais Ex: lei do bem de família
 Estaduais
 Municipais Princípio da Operabilidade
 Distritais Efetividade
Quanto ao alcance Princípio da sistematicidade
 Gerais Harmonia
o Vinculam todos de
maneira aberta Aplicação da LINDB
Ex: CC Norma de sobredireito

 Especiais Paira sobre todo o direito brasileiro


o Critérios particulares
Atentar sobre as peculiaridades de
Ex: CDC cada caso no direito específico

Quanto a duração Processo legislativo

 Permanentes Fases
o Regra
 Tramitação
 Temporárias
 Sanção
o Exceção
o Em regra no poder
Ex: Lei 12613/12 (Lei da
executivo
Copa)
 Promulgação
O que é direito civil o Existência
 Publicação
o Validade anteriores começará a correr da
nova publicação.
O direito civil somente vai a partir da
publicação, antes é no direito Conta-se o vacatio legis nova,
constitucional entrando em vigor separadamente ->
conta-se um novo prazo que começa
Marco temporal: publicação a correr a partir da nova publicação
Com a publicação pode Modificação posterior a vigência
automaticamente aplicar a norma?
Art. 1º, § 4o As correções a texto de lei
Não já em vigor consideram-se lei nova.
Precisa da vigência Para alterar a lei já vigente,
Vigência limita aplicação no: considera-se como lei nova, de modo
que ela especifica a vacatio legis
 Tempo dessa lei nova.
Ex: não aplica o CC/16
Contagem
 Espaço
Ex: não posso pagar IPVA de Conta o dia da publicação
SP na BA
Conta o dia final
Vigência Vigor no dia subsequente
Regras Fim da vigência
A própria lei fixa o período que entra
em vigor Art. 2o Não se destinando à vigência
temporária, a lei terá vigor até que
Período entre a publicação e outra a modifique ou revogue.
vigência: VACATIO LEGIS / VACÂNCIA
Regra:
Silêncio da lei
Vacatio legis de 45 dias Princípio da continuidade

Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei vigente somente deixa de


lei começa a vigorar em todo o país ter aplicação por:
quarenta e cinco dias depois de
oficialmente publicada.
 Modificação
A lei pode não ter vacância, mas tem o Reforma, alteração
que estar expresso na lei  Revogação
Todo o território brasileiro ->
princípio da simetria ? declaração de
inconstitucionalidade?
Art. 1º § 1o Nos Estados, estrangeiros,
a obrigatoriedade da lei brasileira, Não revoga, somente é
quando admitida, se inicia três declarada e não aplica.
meses depois de oficialmente
publicada. Exceto
Países estrangeiros -> 3 meses (não é
Lei temporária -> tem prazo
90 dias) explícito para acabar
Modificação da lei antes da vigência
§ 1o A lei posterior revoga a anterior
Art. 1º, § 3o Se, antes de entrar a lei quando expressamente o declare,
em vigor, ocorrer nova publicação quando seja com ela incompatível
de seu texto, destinada a correção, o ou quando regule inteiramente a
prazo deste artigo e dos parágrafos matéria de que tratava a lei anterior.
Revogação expressa -> Art. 3o Ninguém se escusa de
explicitamente indica a revogação cumprir a lei, alegando que não a
conhece.
Revogação tácita (implícita):
O desconhecimento da lei não livra o
desconhecimento
 Lei nova incompatível
 Lei nova regula inteiramente O direito penal tem algumas
o tratado na lei anterior exceções, mas o direito civil não tem
o Mesmo que tenha algo
compatível na lei Antinomias
anterior
Conceito
Ex: lei do petróleo que
Duas normas antagônicas que não
nova não trata do
imposto, se tratou podem ser seguidas ao mesmo
inteiramente, revogou tempo

Normas contraditórias
Pode ser:
Classificação
 Derrogação
Real
o Revogações parciais
 Abrrogação As normas se chocam de tal forma
o Revogação completa que a aplicação de uma, impede a
o Abolição da lei aplicação de outra

Art. 2. § 2o A lei nova, que estabeleça Aparente


disposições gerais ou especiais a
par das já existentes, não revoga  1º grau
nem modifica a lei anterior. o Precisa de um critério
para resolver
Repristinação  2º grau
o Precisa de dois ou mais
Art. 2. § 3o Salvo disposição em para resolver
contrário, a lei revogada não se
Critérios de resolução
restaura por ter a lei revogadora
perdido a vigência. Cronológico

Para que a lei anterior volte a ter A lei mais nova é a utilizada
vigência, uma lei nova
expressamente indica a volta a Especialidade
vigência da lei anteriormente Lei geral x lei especial
revogada
Aplica primeiro a especial
Não pode ter repristinação tácita ou
automática Ex: regulação de contratos -> CC –
CDC – empresarial
Ultratividade Hierárquico

Mesmo depois de revogada, Normas de hierarquia superior x


continua sendo aplicada normas de hierarquia inferior

Em relação aos fatos ocorridos Aplica a superior


antes da vigência da nova lei
Interpretação da norma
Norma vigente ao tempo do fato
Verdadeiro sentido da norma
Obrigatoriedade da lei
Disputas interpretativas
Classificação  Analogia
o Semelhança
Fontes/origens
 Costumes
 Autêntica/legislativa  Princípios gerais do direito
o O pr´oprio legislador
diz o sentido da norma ! Equidade não é um critério dito na
 Judicial/jurisprudencial LINDB, tem no CPC e na doutrina
o Feita pelo judiciário contemporânea
 Doutrinária
Seguem ordem de preferência
Meios/elementos
Analogia
 Gramatical/literal
o Análise literal, de cada
Requisitos
semântica
 Lógica/racional
Inexistência de dispositivo legal apto
o Raciocínio lógico
 Sistemática/lógico- Semelhança entre o caso e a lei
sistemática
o Busca no sistema as
Identidade de fundamento lógico-
soluções jurídico
 Histórica
 Sociológica/teleológica/ Analogia x interpretação extensiva
finalística
o Finalidade da norma A interpretação extensa tem norma
que amplia o alcance da norma
Resultados

 Declarativa/especificadora A analogia não tem norma


 Extensiva/ampliativa
o O autor da norma Costumes
disse um pouco menos
o Ex: casa -> Requisitos
apartamento, casa de
praia, apart hotel, Uso continuado
motor home
 Restritiva Ar de obrigatoriedade
o A norma parece que se
aplica em tudo, mas é Uniforme
pra falar menos
Dioturno (longo período de tempo
Só se interpreta norma que existe!! sem interrupções)
Integração da norma Moral (não pode ter costume contra
Lacuna legem)

Falta uma norma Princípios gerais do direito


Se volta a preencher lacunas
Suum cuiique tribuere -> dar a cada
um o que é seu
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz
decidirá o caso de acordo com a
É muito amplo, por isso acaba
analogia, os costumes e os
sendo meio difícil de aplicar
princípios gerais de direito.

Critérios de integração: Conflito de leis


Conflito no tempo
Princípio geral de irretroatividade o É diferente de
normativa expectativa de
direito
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito
imediato e geral, respeitados o ato Conflito no espaço
jurídico perfeito, o direito adquirido
e a coisa julgada. Princípio da territorialidade
moderada/mitigada/temperada
Exceção de retroatividade -> desde
que não atinja: Comporta exceções

 Ato jurídico perfeito Em regra -> aplicação de regras


o Ato consumado no brasileiras
tempo da prática Exceção -> regras internacionais
o § 1º Reputa-se ato
jurídico perfeito o já Desde que não viole:
consumado segundo a
lei vigente ao tempo  Ordem pública
em que se efetuou.  Bons costumes
 Coisa julgada  Soberania nacional
o Decisão judicial sob a
qual não pende
direito internacional
nenhum recurso privado
o trânsito em julgado
territorialidade x
o § 3º Chama-se coisa
extraterritorialidade
julgada ou caso
julgado a decisão Brasil adota o princípio da
judicial de que já não territorialidade
caiba recurso. temperada/moderada
 Direito adquirido
o Incorporou Territorialidade
definitivamente ao
patrimônio/personalid art. 11. As organizações destinadas a
ade da pessoa fins de interesse coletivo, como as
o Não tem como se sociedades e as fundações,
obedecem à lei do Estado em que se
questionar
constituirem.
o Não precisa exercer no
momento, mas ainda
§ 1o Não poderão, entretanto ter no
mantém o direito
Brasil filiais, agências ou
o § 2º Consideram-se estabelecimentos antes de serem os
adquiridos assim os atos constitutivos aprovados pelo
direitos que o seu Governo brasileiro, ficando sujeitas à
titular, ou alguém por lei brasileira.
êle, possa exercer,
como aquêles cujo § 2o Os Governos estrangeiros, bem
comêço do exercício como as organizações de qualquer
tenha têrmo pré-fixo, natureza, que eles tenham
ou condição pré- constituido, dirijam ou hajam
estabelecida investido de funções públicas, não
inalterável, a arbítrio poderão adquirir no Brasil bens
de outrem. imóveis ou susceptiveis de
 Exercício de desapropriação.
termo pré-
fixado § 3o Os Governos estrangeiros
 Condição podem adquirir a propriedade dos
inalterável prédios necessários à sede dos
representantes diplomáticos ou dos
 Prestações
agentes consulares.
Extraterritorialidade Casamento no brasil

Capacidade, personalidade e direito Regra: aplicam-se as regras do


de família domicílio de quem vai casar

Art. 7o A lei do país em que Quanto a impedimentos -> regras


domiciliada a pessoa determina as brasileiras
regras sobre o começo e o fim da
personalidade, o nome, a Casamento perante autoridade
capacidade e os direitos de família. consular (que representa ambos
brasileiros)
§ 8o Quando a pessoa não tiver
domicílio, considerar-se-á Regra: brasileiro
domiciliada no lugar de sua
residência ou naquele em que se
Domicílios diferentes
encontre.
Regra: primeiro domicílio do casal
Regra: domicílio
Regime de bens
Ex: brasileiro se mudou para a
frança, e os pais eram canadenses,
regras, francesas Regra do domicílio

Casamento Divórcio

Art. 7º, § 1o Realizando-se o Art. 7º, §6º O divórcio realizado no


casamento no Brasil, será aplicada a estrangeiro, se um ou ambos os
lei brasileira quanto aos cônjuges forem brasileiros, só será
impedimentos dirimentes e às reconhecido no Brasil depois de 1
formalidades da celebração. (um) ano da data da sentença, salvo
se houver sido antecedida de
separação judicial por igual prazo,
§ 2o O casamento de estrangeiros
caso em que a homologação
poderá celebrar-se perante
produzirá efeito imediato,
autoridades diplomáticas ou
obedecidas as condições
consulares do país de ambos os
estabelecidas para a eficácia das
nubentes.
sentenças estrangeiras no país. O
Superior Tribunal de Justiça, na
§ 3o Tendo os nubentes domicílio forma de seu regimento interno,
diverso, regerá os casos de poderá reexaminar, a requerimento
invalidade do matrimônio a lei do do interessado, decisões já
primeiro domicílio conjugal. proferidas em pedidos de
homologação de sentenças
§ 4o O regime de bens, legal ou estrangeiras de divórcio de
convencional, obedece à lei do país brasileiros, a fim de que passem a
em que tiverem os nubentes produzir todos os efeitos legais.
domicílio, e, se este for diverso, a do
primeiro domicílio conjugal. Exige homologação de sentença
estrangeira
§ 5º - O estrangeiro casado, que se
naturalizar brasileiro, pode, Domicílio
mediante expressa anuência de seu
cônjuge, requerer ao juiz, no ato de
Art. 7o § 7o Salvo o caso de
entrega do decreto de
abandono, o domicílio do chefe da
naturalização, se apostile ao mesmo
família estende-se ao outro cônjuge
a adoção do regime de comunhão
e aos filhos não emancipados, e o do
parcial de bens, respeitados os
tutor ou curador aos incapazes sob
direitos de terceiros e dada esta
sua guarda.
adoção ao competente
registro.
Regra de domicílio é a do chefe de § 1o Só à autoridade judiciária
família para os cônjuges e filhos não brasileira compete conhecer das
emancipados ações relativas a imóveis situados no
Brasil.
Atos notariais
Regras brasileiras
Autoridades consulares brasileiras
podem registrar determinados atos:  Réu domiciliado no brasil
 Obrigação deve ser cumprida
 Casamento no Brasil
 Registro civil  Bens imóveis -> somente a
 Tabelião autoridade brasileira pode
 Nascimento aplicar
 Morte
 Divórcio Justiça pode cumprir decisões
o A LINDB exige tempo, estrangeiras -> sim, desde que
mas não pode cobrar exequatur
mais
atos de outros países
Morte e sucessão
Art. 17. As leis, atos e sentenças
Art. 10. A sucessão por morte ou por de outro país, bem como quaisquer
ausência obedece à lei do país em declarações de vontade, não terão
que domiciliado o defunto ou o eficácia no Brasil, quando ofenderem
desaparecido, qualquer que seja a a soberania nacional, a ordem
natureza e a situação dos bens. pública e os bons costumes.

Regras do domicílio do morto § 2o A autoridade judiciária


brasileira cumprirá, concedido
o exequatur e segundo a forma
Exceções estabelecida pela lei brasileira, as
diligências deprecadas por
§ 1º A sucessão de bens de autoridade estrangeira competente,
estrangeiros, situados no País, será observando a lei desta, quanto ao
regulada pela lei brasileira em objeto das diligências.
benefício do cônjuge ou dos filhos
brasileiros, ou de quem os Desde que não viole
represente, sempre que não lhes seja
mais favorável a lei pessoal do de
cujus. Bons costumes

Bens no brasil com regra mais Princípios


benéfica ao filho brasileiro
Moralidade
§ 2o A lei do domicílio do herdeiro ou
legatário regula a capacidade para Homologação -> STJ
suceder.
Bens e obrigações
Regra de capacidade para suceder é
do domicílio do herdeiro art. 8o Para qualificar os bens e
regular as relações a eles
Competência processual concernentes, aplicar-se-á a lei do
país em que estiverem situados.
Art. 12. É competente a autoridade
judiciária brasileira, quando for o Regras do local onde o bem estiver
réu domiciliado no Brasil ou aqui situado
tiver de ser cumprida a obrigação.
§ 1o Aplicar-se-á a lei do país em que
for domiciliado o proprietário,
quanto aos bens moveis que ele § 2o Os Governos estrangeiros, bem
trouxer ou se destinarem a como as organizações de qualquer
transporte para outros lugares. natureza, que eles tenham
constituido, dirijam ou hajam
§ 2o O penhor regula-se pela lei do investido de funções públicas, não
domicílio que tiver a pessoa, em cuja poderão adquirir no Brasil bens
posse se encontre a coisa apenhada. imóveis ou susceptiveis de
desapropriação.
Se tiver penhor -> regras do local de
quem tem a coisa consigo § 3o Os Governos estrangeiros
podem adquirir a propriedade dos
prédios necessários à sede dos
Art. 9o Para qualificar e reger as
representantes diplomáticos ou dos
obrigações, aplicar-se-á a lei do país
em que se constituirem. agentes consulares.

§ 1o Destinando-se a obrigação a ser Governos estrangeiros e


executada no Brasil e dependendo organizações internacionais em
de forma essencial, será esta regra não podem adquirir bens
observada, admitidas as imóveis no Brasil, a menos que sejam
peculiaridades da lei estrangeira para administração e
quanto aos requisitos extrínsecos do funcionamento
ato.
Direito público
§ 2o A obrigação resultante do
contrato reputa-se constituida no Incluída pela Lei 13.655/2018
lugar em que residir o proponente.
Duplo escopo:
Obrigações -> onde a obrigação foi
constituída
 Segurança jurídica
Contrato -> regras onde o contrato  eficiência
foi proposto
inaplicabilidade dessas normas no
Provas direito privado

Art. 13. A prova dos fatos ocorridos atos normativos


em país estrangeiro rege-se pela lei
que nele vigorar, quanto ao ônus e Art. 29. Em qualquer órgão ou Poder,
aos meios de produzir-se, não a edição de atos normativos por
admitindo os tribunais brasileiros autoridade administrativa, salvo os
provas que a lei brasileira de mera organização interna,
desconheça. poderá ser precedida de consulta
pública para manifestação de
Regramento do país interessados, preferencialmente por
meio eletrônico, a qual será
Pessoas jurídicas de direito privado considerada na decisão.

art. 11. As organizações destinadas a § 1º A convocação conterá a minuta


fins de interesse coletivo, como as do ato normativo e fixará o prazo e
sociedades e as fundações, demais condições da consulta
obedecem à lei do Estado em que se pública, observadas as normas
constituirem. legais e regulamentares específicas,
se houver.
§ 1o Não poderão, entretanto ter no
Brasil filiais, agências ou podem ser precedidos de consulta
estabelecimentos antes de serem os pública – preferencialmente no meio
atos constitutivos aprovados pelo eletrônico
Governo brasileiro, ficando sujeitas à
lei brasileira.
tem que ter minuta para conter o perdas que, em função das
prazo e as condições para a peculiaridades do caso, sejam
consulta anormais ou excessivos.

decisões Tem que conter

Art. 20. Nas esferas administrativa,  Consequências jurídico


controladora e judicial, não se administrativas
decidirá com base em valores  Condições de regularização
jurídicos abstratos sem que sejam da conduta
consideradas as consequências
 Sem prejuízo de interesses
práticas da decisão.
gerais não pode impor ônus
anormais/excessivos
aplicação em tripla esfera:
Intepretação
 administrativa
 controladora Art. 22. Na interpretação de normas
 judiciário sobre gestão pública, serão
considerados os obstáculos e as
vedação a decidir de acordo com dificuldades reais do gestor e as
valores jurídicos indeterminados sem exigências das políticas públicas a
que sejam consideradas as seu cargo, sem prejuízo dos direitos
consequências práticas da decisão dos administrados.

ex: determino que tal coisa seja feita § 1º Em decisão sobre regularidade
com interesse público de conduta ou validade de ato,
contrato, ajuste, processo ou norma
Art. 20. Parágrafo único. A motivação administrativa, serão consideradas
demonstrará a necessidade e a as circunstâncias práticas que
adequação da medida imposta ou houverem imposto, limitado ou
da invalidação de ato, contrato, condicionado a ação do
ajuste, processo ou norma agente.
administrativa, inclusive em face das
possíveis alternativas. Tem que considerar os obstáculos e
as dificuldades reais, sem prejuízo
motivação adequadas:

 necessidade/adequação
 invalidação § 2º Na aplicação de sanções,
 alternativas serão consideradas a natureza e a
gravidade da infração cometida, os
Art. 21. A decisão que, nas esferas danos que dela provierem para a
administrativa, controladora ou administração pública, as
judicial, decretar a invalidação de circunstâncias agravantes ou
ato, contrato, ajuste, processo ou atenuantes e os antecedentes do
norma administrativa deverá indicar agente.
de modo expresso suas
consequências jurídicas e Sanção analisa:
administrativas.
 Natureza/gravidade
Parágrafo único. A decisão a que se  Danos
refere o caput deste artigo deverá,
 Circunstâncias
quando for o caso, indicar as
o Atenuar
condições para que a regularização
ocorra de modo proporcional e o Agravar
equânime e sem prejuízo aos
interesses gerais, não se podendo
impor aos sujeitos atingidos ônus ou
§ 3º As sanções aplicadas ao Parágrafo único. Consideram-
agente serão levadas em conta na se orientações gerais as
dosimetria das demais sanções de interpretações e especificações
mesma natureza e relativas ao contidas em atos públicos de caráter
mesmo fato. geral ou em jurisprudência judicial
ou administrativa majoritária, e
Revisão ainda as adotadas por prática
administrativa reiterada e de amplo
conhecimento público.
Art. 23. A decisão administrativa,
controladora ou judicial que
estabelecer interpretação ou Responsabilidade civil
orientação nova sobre norma de
conteúdo indeterminado, impondo Art. 28. O agente público responderá
novo dever ou novo pessoalmente por suas decisões ou
condicionamento de direito, deverá opiniões técnicas em caso de dolo
prever regime de transição quando ou erro grosseiro.
indispensável para que o novo dever
ou condicionamento de direito seja Não é a responsabilidade tradicional
cumprido de modo proporcional,
equânime e eficiente e sem prejuízo
aos interesses gerais. É sobre decisões e opiniões com
dolo ou erro grosseiro ->
responsabilidade SUBJETIVA
Esferas
administrativa/controladora/judicial
Compensação
Estabelece nova
interpretação Art. 27. A decisão do processo, nas
esferas administrativa, controladora
ou judicial, poderá impor
Impõe novo: compensação por benefícios
indevidos ou prejuízos anormais ou
 ônus injustos resultantes do processo ou
 Dever da conduta dos
 Condição envolvidos.

Tem que pôr regras de transição § 1º A decisão sobre a compensação


será motivada, ouvidas previamente
as partes sobre seu cabimento, sua
Quando quanto a validade
forma e, se for o caso, seu
valor.
Art. 24. A revisão, nas esferas
administrativa, controladora ou
judicial, quanto à validade de ato, § 2º Para prevenir ou regular a
contrato, ajuste, processo ou norma compensação, poderá ser celebrado
administrativa cuja produção já se compromisso processual entre os
houver completado levará em conta envolvidos.
as orientações gerais da época,
sendo vedado que, com base em Necessita de motivação
mudança posterior de orientação
geral, se declarem inválidas Após a oitiva das partes
situações plenamente interessadas
constituídas.
Prevenir/ regular -> compromisso
Não pode invalidar atos que
estavam certos com orientações à
época Compromisso

Proteção do ato jurídico perfeito Interesse geral

Legislação aplicável
Efeitos somente na publicação
oficial

Inclusive para os casos de licença

Segurança jurídica

Art. 30. As autoridades públicas


devem atuar para aumentar a
segurança jurídica na aplicação das
normas, inclusive por meio de
regulamentos, súmulas
administrativas e respostas a
consultas.

Parágrafo único. Os instrumentos


previstos no caput deste artigo terão
caráter vinculante em relação ao
órgão ou entidade a que se
destinam, até ulterior revisão.

Pautar com a edição de:

 Regulamentos
 Súmulas administrativas
 Respostas à consultas

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