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consciencializa igualmente para a desmitificação da crença de que as emoções não são
positivas associadas ao facto de serem difíceis de controlar. Tal não se verifica, pois,
trata-se da parte integrante dos mecanismos que nos permite sobreviver. Para cada
emoção, existe um circuito neural específico, sendo todos adaptáveis, ou seja,
permitem-nos compreender a causalidade de um determinado evento e planear ações
futuras. Por exemplo, se vivenciarmos uma determinada situação/evento que nos
despoleta emoções agradáveis como a felicidade, permite-nos compreender que a
vivência destas situações ou semelhantes nos fazem sentir bem, logo, permitirá que as
repliquemos. Com as emoções consideradas mais negativas como o medo e a raiva, a
capacidade de as vivenciarmos e as reconhecemos é igualmente fulcral para a nossa
sobrevivência. No caso da raiva, a vivência desta emoção permite-nos remover
obstáculos para nos possibilitar atingir marcos importantes pois procuramos formas de
nos sentirmos melhor. Tal acontece com o medo, quando vivenciamos medo, o nosso
cérebro interpreta que estamos em perigo, logo atua como um alerta de que
necessitamos de sair desta situação/evento, ou seja, um estado de alerta.
Assim, com
base no documentário visualizado, é possível compreender que todas as emoções são
boas, independentemente das suas funções, todas contribuem para a nossa
sobrevivência. As emoções apenas se podem tornar disfuncionais se forem vivenciadas
de forma intensa, persistente e prejudicarem o funcionamento normal do indivíduo.
Nestas situações, realça-se a importância do psicólogo na promoção do bem-estar
psicológico e emocional.
Deste modo, a realização desta tarefa permitiu-me também refletir acerca de
aspetos importantes a reter para a prática profissional do psicólogo. Em primeiro lugar,
é possível destacar a literacia fornecida acerca do funcionamento emocional, ou seja,
as estruturas envolvidas como o papel da amígdala, ou seja, a primeira estrutura a
reagir a um acontecimento de caráter emocional que vai desencadear reações de
curtíssima duração; o papel do tronco cerebral na condução das ondas de impulso
geradas e que produzem uma resposta instintiva em todo o corpo, entre outras. Estes
conhecimentos permitem-nos conhecer com mais detalhe a complexidade do processo
emocional e por isso, contribuem para uma melhor prática profissional.
Em segundo lugar, destaca a importância de estarmos atentos à
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linguagem não verbal como a postura e as expressões faciais que são resultantes do
processamento emocional, que podem por vezes, passar mais despercebidas em
consulta.