Você está na página 1de 3

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG


Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700. Alfenas/MG
CEP 37130-000
Fone: (35) 3299-1000. Fax: (35) 3299-1063

Disciplina: Morfologia do português

Docente: Celso Ferrarezi Júnior.

Discente: Maria Tereza Franchi Silva 2019.1.40.035

Categoria: Conectivos.

O que diz a gramática normativa:

Os conectivos segundo a gramática normativa são tratados separadamente e são classificados


conforme a relação que estabelecem entre as frases e orações, ou seja, se expressam finalidade,
conclusão, oposição, causa, continuidade, etc.
Seguindo as duas categorias: preposições, que ligam palavras e termos entre si; e conjunções,
que ligam orações entre si. É a partir dessas categorias que surgem subclassificações que
considera a presença de tipos de preposições (essenciais e acidentais) e de conjunções
(coordenativas e subordinativas).

Os conectivos são, em sua maioria, conjunções. Apesar disso, também há advérbios, preposições
e pronomes que exercem a função de conectivos. A maioria das gramáticas normativas
encontram-se na noção de conectivo a preposição, a conjunção e o pronome relativo, com o
objetivo de expressarem pelo menos um dos seguintes papéis gramaticais:

a) o papel de ligação vocabular ou oracional;

b) o papel de indicação da fronteira vocabular ou oracional;

c) o papel de atribuidor de uma relação no plano sintático;

d) o papel de termo anafórico dotado de uma função sintática.


Essa determinação de conectivo sobre a visão da gramática normativa não descreve
explicitamente esses papéis, e sim, está mais visivelmente ligada a uma proposta de análise
sintática. Essa visão dos conectivos está fundamentada em um estudo da década de 80, e até nos
dias atuais, as classes gramaticais são oferecidas de maneira não funcional, tornando o seu estudo
altamente complexo, pelo fato de confundir cada vez mais a função das classes gramaticais.

O que diz a visão funcionalista:

Para o funcionalismo, os conectivos servem apenas para ligar estruturas formadas por palavras,
não é necessário a divisão em preposições e conjunções. Os conectivos não se flexionam nem
aceitam derivação, porem comumente aceitam cotações e combinações.

Essas palavras podem funcionar em três situações: na dimensão morfológica (criação de palavras
compostas como cor-de-rosa), fazendo ligações por subordinação (entre uma base da estrutura
sintática e a parte que se liga a essa base) e por coordenação (ligações entre termos ou orações).

“ Os conectivos indicam relações específicas entre as partes da estrutura atuando como


operadores semânticos; quando necessário, atuam como bloqueadores de concordância,
especialmente quando realizam uma ligação entre nomes; ” (FERRAREZI p. 189)

Os conectivos não são marcados em gênero, número nem pessoa; ligam palavras ou partes a
outras palavras ou outras partes da construção sintática; não aceitam derivação, mas aceitam
contrações e combinações; indicam relações específicas entre as partes da estrutura atuando
como operadores semânticos, as vezes atuam como bloqueadores de concordância.

Bibliografia:

CAVALIERE, Ricardo. A noção de conectivo nas gramáticas brasileiras do século XIX.


revista.usp.br, 2018. Disponível em:
<https://www.revistas.usp.br/flp/article/view/130592/146521>. Acesso em: 15 de Setembro de
2021

FERRAREZI JR, Celso. Working Paper. Alfenas, 2021

Você também pode gostar