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Resumo:
Abstract:
Introdução:
A Epistemologia Convergente foi criada por Pedro Luiz Visca (1935-2000),
Nasceu em Beradeiro, província de Buenos Aires Argentina. Graduou-se em
ciências da Educação foi psicólogo social, fundou os centros de estudo
psicopedagógicos de Buenos Aires, Misiones, Rio de Janeiro, Curitiba, São
Paulo e Salvador. Realizou inúmeras publicações em seu país e no exterior,
trabalhou como consultor e assessor na formação de profissionais em diversos
centros de estudos psicopedagógicos que trata das dificuldades de
aprendizagem, publicou vários livros. A Epistemologia Convergente é uma linha
que propõe um trabalho clínico com bases nas escolas: psicogenéticas de
Piaget, Psicanalítica de Freud e a Psicologia social de Enrique.
Considerações Finais:
Referencias Bibliográficas:
BOCK, Ana Maria Mercês Bahia -et al, (1991), Psicologias uma introdução ao
estudo de Psicologias, (5º ed), Editora Saraiva.
Artigo
*
Doutora em psicologia da educação pela Universidade de São Paulo, professora e supervisora
do curso de pós-graduação em psicopedagogia da Universidade Metodista de São Paulo e da
Universidade Gama Filho, pesquisadora do Núcleo de Psicanálise e Educação coordenado por
Leny Mrech.
RESUMO
Este artigo tem como objetivo esclarecer sobre a técnica de grupos operativos e a
sua conexão com a atuação do psicólogo e também do psicopedagogo, voltados
para a promoção de saúde, caracterizandose como possibilidade de intervenção em
diferentes processos de aprendizagem. Procurarei articular ainda as concepções de
Pichon- Rivière sobre os grupos operativos, com os principais pressupostos da
teoria de Henri Wallon sobre o papel fundamental das interações e dos grupos na
formação da pessoa.
ABSTRACT
This article aims to shed light on the technique of operative groups and their
connection with the psychologist and also psychopedagogists, aimed at promoting
health, characterized as the possibility of intervention in different learning
processes. Still seek to articulate the ideas of Pichon-Rivière on the operative
groups, with the main assumptions of the theory of Henri Wallon on the role of
interactions and the formation of groups of people.
Henri Wallon (1968) também dá grande ênfase ao meio social e às interações com
o meio. Ressalta que as relações do homem com o meio são de transformações
mútuas e as circunstâncias sociais de sua existência influenciam fortemente a
evolução humana. O meio é compreendido como o complemento indispensável do
ser humano. Para este autor, as interações são fundamentais tanto para a
construção do sujeito como do conhecimento, e ocorrem ao longo do
desenvolvimento de acordo com as condições orgânicas, motoras, afetivas,
intelectuais e socioculturais. Pode-se perceber que as interações, desde o
nascimento, são as molas propulsoras para a evolução do psiquismo e responsáveis
pela constituição do sujeito e de seu conhecimento. Na teoria walloniana, a criança
é compreendida como um ser social que, por meio das relações que vai
estabelecendo com as pessoas, com os objetos, com o espaço e com o tempo,
gradativamente vai diferenciando-se do outro, constituindo-se como sujeito e
construindo sua identidade. Portanto, é por meio da interação que se dá a
construção do eu, que é condição fundamental para a construção do conhecimento
(BASTOS, 1995).
Neste sentido, podemos dizer que há uma rede de interações entre os indivíduos. A
partir destas interações, o sujeito pode referenciar-se no outro, encontrar-se com o
outro, diferenciar-se do outro, opor-se a ele e, assim, transformar e ser
transformado por este.
A palavra interação pressupõe a ação que se exerce com duas ou mais pessoas,
nos remetendo, portanto, a uma ação recíproca. A ação de interagir é uma ação
social, na medida em que envolve mais de um sujeito, em que a ação de cada um é
dirigida para o outro ou decorrente da ação deste. Neste sentido, pode-se dizer que
as ações são reciprocamente orientadas e dependentes entre si.
Segundo Wallon (1975), a criança aos poucos, passa a se colocar a questão do seu
eu em relação aos outros, e a partir das relações que estabelece com a sua família
pode construir uma referência de conjunto, no qual tem um lugar e um papel
específico. Dentro da constelação familiar, aprende a se situar em relação aos
outros irmãos, aos pais, como um elemento fixo e, aos poucos, toma consciência da
estrutura familiar.
Além da família, outros grupos começam a fazer parte de nossas vidas. A escola
também é fundamental para a evolução psíquica da criança na medida em que é
um meio diversificado que oferece novas oportunidades de convivência para ela que
ainda tem como única referência a família. A escola também é um meio para a
constituição dos grupos que são os iniciadores das práticas sociais.
O circuito vincular tem direção e sentido, tendo um porquê e um para quê. Quando
somos internalizados pelo outro e internalizamos o outro dentro de nós, podemos
identificar o estabelecimento do vínculo de mútua representação interna.
O vínculo é uma estrutura complexa de relação que vai sendo internalizada e que
possibilita ao sujeito construir uma forma de interpretar a realidade própria de cada
um. Na vivência com os outros nós nos constituímos por meio de uma história
vincular que vai se tecendo nessa relação. A psicologia social privilegia o grupo
como unidade de interação; neste sentido, o grupo operativo é considerado como
uma estrutura operativa que possibilita aos integrantes meios para que eles
entendam como se relacionam com os outros (GAYOTTO, [1992]).
A tarefa é a trajetória que o grupo percorre para atingir seus objetivos, ela está
relacionada ao modo como cada integrante interage a partir de suas próprias
necessidades. Compartilhar essas necessidades em torno dos objetivos comuns do
grupo pressupõe flexibilidade, descentramento e perspectiva de abertura para o
novo. Quando o grupo aprende a problematizar as dificuldades que emergem no
momento da realização de seus objetivos, podemos dizer que ele entrou em tarefa,
pois a elaboração de um projeto comum já é possível e este grupo pode passar a
operar um projeto de mudanças.
Neste sentido, podemos dizer que os grupos operativos têm um caráter terapêutico
apesar de que nem todos os grupos terapêuticos podem denominar-se de grupos
operativos.
Kupfer (2004), ao investigar o papel da escuta nas instituições, nos diz que toda
instituição está estruturada como uma linguagem e que, portanto, está sujeita às
leis de funcionamento da linguagem. Estabelece uma conexão entre a escuta de
grupos na instituição com a escuta de um paciente em análise, ressaltando que
podemos ler os discursos como se lê o discurso de um sujeito em análise. Não que
nosso objetivo seja o de psicanalisar as pessoas da instituição, mas o de aplicar as
regras de funcionamento da linguagem e buscar brechas, espaços, para fazer com
que possam emergir falas de sujeitos, que buscam operar rachaduras no que está
cristalizado, uma vez que os discursos institucionais tendem a produzir repetições
para preservar o igual. Neste sentido, o psicólogo pode operar como auxiliar de
produção de tais emergências.
PSICOLOGIA
São amplas e ricas as possibilidades de grupo que fica difícil listar e definir exatamente cada
modalidade, mesmo porque muitas delas se entrelaçam ou se complementam.
A seguir está descrita uma classificação proposta por Zimerman (2000, p. 90) referente ao
critério da finalidade. Eis a divisão:
GRUPOS OPERATIVOS
Segundo Pichon-Rivière (1991), o grupo operativo assemelha-se ao funcionamento do grupo
familiar (como também propõe Zimerman, 2000) e pode ser definido como um “conjunto de
pessoas reunidas por constantes de tempo e espaço, articuladas por sua mútua representação
interna, que se propõe, implícita ou explicitamente, uma tarefa que constitui sua finalidade” (p.
157).
Um dos objetivos da técnica dos grupos operativos, como sinaliza Pichon-Rivière (1991) é o de
auxiliar na minimização dos medos básicos e o de favorecer o rompimento dos estereótipos que
funcionam como barreira à mudança.
-Grupos comunitários. Um exemplo clássico são os grupos na área de saúde mental, como
ilustra Zimerman (2000). Podem ser com adolescentes, gestantes, líderes comunitários, etc.; de
caráter preventivo, de tratamento ou reabilitação.
GRUPOS TERAPÊUTICOS
-Grupos de autoajuda. Assim como os demais, essa modalidade grupal apresenta benefícios
terapêuticos. Segundo Zimerman (2000) possui esse nome porque consiste de pessoas que
apresentam o mesmo tipo de necessidades, isto é, são considerados grupos homogêneos. Como
exemplos há: alcoólicos anônimos (A. A.), narcóticos anônimos (N.A.) e neuróticos anônimos
(N.A.).
2. Tipos de grupos
-Homogêneo. Segundo Zimerman (2000) destina-se àquele grupo de pessoas que possuem
características comuns. São exemplos: grupos de obesos, deprimidos, psicossomatizadores, etc.
-Heterogêneo. Refere-se a pessoas que tenham características diferentes entre si. Por exemplo:
um grupo formado por uma pessoa obsessiva-compulsiva, outra histérica, e assim por diante.
-Aberto. Caracteriza-se por não ter um prazo para o término, além do que permite que entrem e
saiam pessoas do grupo.
-Fechado. Entende-se que as mesmas pessoas iniciam e terminam juntas, com prazo definido,
não podendo entrar novos membros.
Em cada grupo que se forma, espontâneo ou terapêutico, percebe-se que cada membro
desempenha um papel ou uma posição diferente. Na maioria das vezes é uma “escolha”
inconsciente e que faz parte da configuração do campo grupal. Diz Zimerman (2000) que “em
cada papel se condensam as expectativas, necessidades e crenças irracionais de cada um e que
compõem a fantasia básica inconsciente comum ao grupo todo” (p. 137).
O papel que o indivíduo desempenha no grupo geralmente é o mesmo evidenciado na sua vida
de forma geral: seja na escola, no trabalho, na família, numa festa, etc. Nesse sentido, Zimerman
(2000) e Pichon-Rivière (1991) apontam que, muitas vezes, esses papéis são rígidos e
estereotipados, funcionando, portanto, de forma patológica. No processo terapêutico esses
papéis devem ser identificados e modificados, de forma que se tornem mais flexíveis, deixando
sua natureza patológica.
-Porta-voz. Refere-se àquela pessoa do grupo que denuncia, que comunica os sentimentos,
necessidades, pensamentos e ansiedades inconscientes do grupo. Essa comunicação, segundo
Zimerman (2000) pode ocorrer de várias formas. Pode ser feita verbalmente, por meio de
manifestos, reivindicações, contestações. Mas pode ser também de forma não verbal, por meio
de atuações, dramatizações, silêncios, etc. Para Pichon-Rivière (1991) o doente costuma ser o
porta-voz das angústias e conflitos do grupo. Inconscientemente, o grupo “elege” essa pessoa
porque é insegura, característica essa que tende a deixar o indivíduo paralisado e doente
(quando a natureza do papel for patológica).
-Radar. Esse papel costuma ser assumido por aquela pessoa do grupo que capta, antes dos
demais, os primeiros sinais de angústias e ansiedades do grupo. Geralmente, esses conflitos são
expressos por intermédio de abandono do tratamento, somatizações e outras atuações; ou seja,
de forma não verbal (ZIMERMAN, 2000).
-Instigador. Executa o papel de instigador, conforme Zimerman (2000), aquele membro do
grupo que costuma fazer intrigas e que acaba perturbando o campo grupal.
-Sabotador. Geralmente é um papel, segundo Zimerman (2000), que é executado por pessoas
invejosas e narcísicas, que procuram criar obstáculos e prejudicam o bom andamento do grupo.
Para Pichon-Rivière (1991) o sabotador representa a resistência à mudança, característica esta
que faz parte de qualquer processo psicoterápico, seja ele individual ou grupal.
-Apaziguador. É aquele papel conhecido como “colocar pano quente”. Como afirma Zimerman
(2000) é desempenhado por pessoas que apresentam dificuldades de lidar com situações tensas,
ou de agressividade.
Pichon-Rivière (2000) atenta para o fato de que o terapeuta também desempenha um papel e
posição no grupo, que pode ser diferente em cada grupo que se forma. Por exemplo: um
paciente emocionalmente fragilizado pode atribuir ao terapeuta o papel maternal, isto é, de uma
pessoa que provê a segurança de uma mãe.
Esse papel orienta Pichon-Rivière (2000), pode ser de natureza boa (maternal, paternal, etc.) ou
má, nas situações em que predominam fantasias paranoides, persecutórias, etc.
Grupos Operativos
Fonte: goo.gl/hCWjZj
Bastos (2010) aponta esse movimento como um cone invertido, e nele ele estão
incluídos seis vetores, que estão ligados e permitem visualizar o crescimento
grupal.
Sobre os papeis que compõe o grupo, Campos (2010) pontua que alguns são
fixos, como o de coordenador, sendo esse responsável por direcionar o grupo a
sua tarefa, articulando e problematizando os discursos sobre os temas propostos;
e o observador observar e registrar tudo que ocorre no grupo, assim como resgatar
demandas do grupo. Já outros surgem no decorrer do processo, como por
exemplo, o porta- voz (expõe conteúdos latentes do grupo), bode- expiatório
(depositório dos aspectos negativos do grupo), Sabotador (representa a resistência
à mudança).
O Grupo Operativo na intervenção
psicopedagógica
PEDAGOGIA
O Grupo Operativo pode ser considerado como mais alternativa de atuação psicopedagógica,
que também, com suas especificidades, atua diante das dificuldades de aprendizagem. Um
trabalho em equipe que privilegia o convívio e a vivência e exposição das diferenças dos
sujeitos inseridos.
Criado por Pichon-Rivière, técnica surgida a partir de experiência do mesmo como psiquiatra
em hospitais (inicialmente com psicose e esquizofrenia), percebendo a importância e a
influência do grupo familiar nos resultados obtidos por seus pacientes. Para este autor da
Psicologia Social, que criará um novo enfoque epistemológico, saúde mental e aprendizagem
são sinônimas, ou seja, para ambos serem potencializados podem ser usadas ferramentas
similares.
Este autor sempre deu bastante ênfase ao funcionamento dos grupos familiares, percebendo o
quanto famílias disfuncionais eram responsáveis pela desestruturação psíquica e do percurso de
aprendizagem dos indivíduos.
O Grupo Operativo pode ser utilizado em ambientes que também apresentem sujeitos
caracterizados pela dificuldade de aprendizagem em seu percurso educacional (crianças,
adolescentes e adultos). A atuação e trabalho do Grupo Operativo objetivam uma mudança
gradativa daqueles que estão inseridos no trabalho.
São criadas oficinas psicopedagógicas que privilegiam a interação dinâmica entre ensinante e
aprendente. Estimulando no convívio e na circulação de saberes a partilha das questões
subjetivas e objetivas de cada sujeito. Oportunizando aos sujeitos envolvidos despertar de seus
desejos, elaborar conflitos, reflexão, insight e principalmente momentos de ressignificação e
reelaboração de suas demandas com seu percurso de aprendizagem.
Para que o trabalho do Grupo Operativo seja bem potencializado é necessária a presença de um
Coordenador, que tem a função de indagar, problematizar, captar sinais não verbais importantes,
ver questões implícitas e não apenas com se estivesse orientando um grupo de discussões. Além
de um Observador, participa de forma silenciosa, mas observa todos os sinais (verbais e não
verbais) para que posteriormente analisar com o coordenador e construir hipóteses conforme o
contexto.
Uma importante ferramenta para o trabalho do Grupo Operativo é o que conhecemos como
Cone Invertido, que avalia tarefas durante sua execução e no final. Com seis vetores para
análise a dinâmica do grupo: Aprendizagem (a partir do vínculo estabelecido pelo grupo pode-
se proporcionar boa proximidade ou não do sujeitos com aprendizagem), Comunicação
(fundamental para execução da tarefas, que objetiva evitar “ruídos” que atrapalham o
entendimentos das mensagens), Tele (quando se constata o nível de identificação e empatia
entre os indivíduos, durante a execução das tarefas que é percebido proximidade, rejeição, etc),
Pertinência (olhar dos participantes perante a execução das tarefas e aos objetivos do grupo
como um todo), Pertença (questões subjetivas do indivíduo em relação a sua participação no
grupo, sensação e visão que o mesmo com os compromissos assumidos) e Cooperação (atitude
dos sujeitos no que tange a colaboração com outros membros, a troca e contribuição para os
demais).
Outra importante ferramenta (que também é utilizada pela Epistemologia Convergente de Jorge
Visca) é o ECRO (Esquema Conceitural Referencial Operativo), em que é analisado o
funcionamento do grupo e dos indivíduos também. Analise a partir das questões interpessoais,
subjetivas e objetivas que vão emergindo durante as tarefas realizadas.
A valorização da vivência com o diferente (o modo como cada um vê, interage e opera no
grupo), com o outro e a interação dinâmica entre os participantes são questões primordiais nesta
proposta psicopedagógica.
Psicodrama em psicopedagogia: Uma abordagem
conceitual
PEDAGOGIA
Criada pelo médico romeno Jacob Levy, o psicodrama é uma técnica alternativa no ramo da
psicopedagogia, utilizada quando a comunicação verbal encontra-se comprometida em virtude
de uma série de fatores entre os quais podemos destacar tensões e estresse constante.
A utilização de personagens ou alter egos, possibilitaria o indivíduo a criar cenários nos quais
ele pode se expressar de maneira espontânea livre de eventuais bloqueios psicológicos.
Atividades lúdicas que anteriormente foram vistas como “difíceis” podem tornar-se
relativamente mais fáceis e até mesmo prazerosas para o indivíduo, que por sua fez passa a criar
ressignificações para as suas potencialidades.
1- Apresentação
Criado por Jacob Moreno, o psicodrama aparece onde a palavra perdeu o significado
e quando o nível de tensão é bastante forte e bloqueia a comunicação verbal. O
cenário é uma conjunção social em que os integrantes "atuam" representando seus
próprios eus. A vivência do psicodrama revela o momento atual, no presente, sendo
um convite a uma comunicação humana transformadora. Seus resultados são
observados tanto na dimensão terapêutica quanto pedagógica, ou seja, na
educação objetiva, na situação dramática, nas vivências de introspecção e
operativas, o envolvimento do indivíduo com situações que mobilizam sentimentos,
emoções a serem refletidas individualmente e/ou dentro do grupo.
De acordo com Sara Paim (1980), o jogo, como atividade coletiva e regrada da
ludicidade, desempenha uma função semiótica onde o objeto presente constitui o
símbolo para o objeto ausente. No jogo, a criança entra em contato com o outro e
supera seu egocentrismo original, direcionando para um relacionamento
cooperativo.
O jogo psicodramático visa inserir uma brecha entre a fantasia e a realidade interior
do indivíduo para que venha mobilizar o intercâmbio entre essas duas dimensões
de forma livre, espontânea e criativa a fim de que os conflitos intra-psíquicos e
psico-afetivos possam ser vivenciados, retratados e assistidos. As técnicas básicas
do psicodrama, como a inversão de papéis e o solilóquio, podem ser adaptadas sem
maiores problemas às metodologias escolares comuns.
3- Proposta de Aplicação
Acredito que a prioridade do trabalho de Orientação Educacional deve ser dada aos
grupos diante da dinâmica interpessoal existente em situações reais de cada aluno
e assim podem ser mais bem compreendidas e contextualizadas. A partir daí o
trabalho focado no atendimento individual torna-se mais expressivo pela troca e
vínculo de confiança que vai se estabelecendo com o educando.
Dinâmica: Espelho
Grupo: Alunos da 8ª série (entre 13 e 15 anos)
Nº alunos: 22
Inicio a dinâmica com todos em círculo. Ao som de uma música instrumental. Olhar
uns aos outros. Escolher um par e formar duplas. Frente a frente, um elemento da
dupla faz movimentos com o corpo, sendo imitado pelo companheiro que age como
seu espelho. Explorar ao máximo a movimentação... (a um sinal os papéis se
invertem)
Formar outras duplas, repetir o trabalho. Desfazer as duplas e formar um círculo
grande na sala, sentados.
Refletir: Como nos sentimos espelhando e sendo espelhados? Do que mais gostei?
Por quê?
Do que menos gostei? Por quê?
Tive dificuldades? Em quê? Por quê?
Com quem foi mais fácil trabalhar?
Com quem foi mais difícil trabalhar? Por quê?
Expor para o grupo os seus sentimentos, sua percepção, suas descobertas,
dúvidas, questionamentos.
4- Conclusão
DINÂMICA DE GRUPO:
http://universopsicopedagogico.blogspot.com/2010/12/dinamicas-de-grupo.html
http://psicopedagogiadinamica.blogspot.com/2016/02/dinamicas-de-grupo.html