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Sumário

1 Introdução: pág. 2

2 desenvolvimento: Qualidade do ensino oferecido durante a


Pandemia de Covid-19.

• Dificuldades do ensino EAD: pág. 3 a 6

• Aspectos positivos do ensino EAD: pág. 7

3 Conclusão: pág. 8

4 Fontes: pág. 9

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Introdução

A pandemia de Covid-19 abrigou o sistema de ensino a se reinventar, as


tradicionais aulas presenciais se tornaram inviáveis diante do quadro de
contágio mundial que se alastrava, e foi necessário aderir a uma forma
alternativa pouco explorada até então, o módulo EAD (Ensino a distância), foi
um processo feito sem transição, pois não havia tempo para tal, e teve de ser
implementado em caráter de urgência, sem que houvesse uma preparação
com antecedência por parte das instituições e dos alunos. Tudo isso
desencadeou muitas dificuldades, tanto para os professores, quanto para os
alunos, e causou muitos problemas no processo de aprendizagem, tendo sido
desafiador do início ao fim.

O objetivo desse trabalho é fazer uma análise sobre o módulo de ensino


online durante a pandemia de Covid-19, serão analisados os graus de Ensino
Médio e Superior, e através de dados colhidos por pesquisas e vivências do
autor serão feitas comparações com o objetivo de tirar conclusões sobre esse
método de ensino, analisando pontos negativos e positivos em um aparato
geral da experiência em EAD.Foram colhidos relatos de 17 pessoas, entre eles
um professor, e treze estudantes, sem contar com as escrevivências do autor, a
pesquisa questionava os indivíduos sobre suas opiniões quanto a esse módulo
de ensino, quais foram suas principais dificuldades, se acham uma forma que
se compara em qualidade com o ensino presencial ou não e o grau de
satisfação com o ensino oferecido.

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Desenvolvimento: Qualidade do ensino oferecido durante a
Pandemia de Covid-19.

1. Dificuldades do ensino EAD:

Dezesseis entre os dezessete participantes responderam essa pergunta,


sendo que seis marcaram 5 como seu nível de satisfação sobre o ensino
oferecido entre a pandemia, tendo sido a opção mais assinalada pelos
participantes, para médias acima de 6 temos apenas quatro escolhas, sendo
duas votações para 7 e duas para 10, que indica o nível máximo de satisfação.

Uma das perguntas questionava sobre a experiência geral dos


estudantes com o ensino online durante a Pandemia de Covid-19, entre as
respostas, um dos participantes da pesquisa, José Olivar Paulo Oliveira,

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estudante da área da saúde, relatou entre os ponto positivo a facilidade de
assistir as aulas em casa, sem precisar se locomover, o que poupava tempo,
mas como seu curso tinha uma demanda de aulas práticas, elas acabaram
sendo totalmente deixadas de lado, o que prejudicou bastante seu aprendizado
e até sua grade curricular. Podemos concluir que cursos como enfermagem e
educação física estão entre os mais prejudicados pelo ensino EAD, pois em
ambos as disciplinas práticas são imprescindíveis para uma formação
adequada, sendo que as práticas desses cursos só podem ser realizadas de
forma presencial.

Agora vamos analisar a citação de um aluno do curso de História


identificado como Silver:

“Gosto de dividir essa experiência em 3 fases


sabe: De início foi um grande desafio a adaptação e a
organização em relação aos meios tecnológicos, foi um
"aprender" a aprender via ensino online. Depois veio a
fase de habituação, as coisas transcorreram bem!
Porém com algumas problemáticas ainda. E a última
fase foi a da saturação, já não aguentava mais essa
forma de ensino, além das dificuldades que enfrentei
com problemas de internet, aumento da ansiedade,
problemas de concentração e outros mais !”

“Aprender a aprender”, de fato, o início da jornada em ensino a distância


foi difícil, pois era necessário se adaptar a essa nova forma de ensino, cujos
quais a grande maioria dos alunos não estava adaptada a esse novo método
de ensino, e foi necessário um tempo para que pudessem ir se acostumando. A
segunda fase, como expressa o colega citado, foi onde os alunos começaram a
realmente se adaptar e engajar no ensino online, foi a fase mais leve do longo
período de aulas a distância, e se situa no meio do recorte temporal trabalhado.
Por fim, o processo de saturação, que viria por último, nesse estágio os alunos
já não tinham ânimo para continuar, e prosseguiam os semestres com cada vez
menos motivação e mais dificuldade em aprender, esse processo em três fases

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também foi infartado por mim, o autor da pesquisa, sendo que consegui
terminar as cinco disciplinas do primeiro período, mas ao chegar no segundo
me deparei com o processo de saturação, onde esgotei completamente minha
vontade para continuar, de cinco disciplinas que me escrevi, consegui concluir
apenas uma, e durante todo o resto do ensino a distância simplesmente não
consegui mais prosseguir, retornei com o curso apenas com o retorno às aulas
presenciais, que aconteceram no ano de 2022.

Em outra pergunta os participantes da pesquisa foram questionados


sobre os desafios enfrentados no ensino online, entre os dezessete
participantes, treze marcaram dificuldade em manter a motivação como um dos
desafios que eles tiveram de superar, sendo essa a opção mais votada nessa
questão de múltipla escolha, e com base nessa questão e no relato do Silver e
do autor, é possível eleger esse como o maior desafio do ensino a distância. O
segundo tópico mais escolhido é o de problemas técnicos ou de conexão, esse
também é um tópico muito importante, vale citar que nem todos os alunos
tinham aparelhos adequados ao módulo online, ou mesmo acesso a uma
internet de qualidade, aqui é possível analisar um problema de infraestrutura

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que foi enfrentando por um número considerável de alunos, novamente aqui
usávamos da escrevivência, fazendo um relato do autor, que tinha de usar o
celular de sua tia, pois estava sem celular na época em que se iniciaram as
aulas em módulo online. O próximo tópico e o da dificuldade em aprender um
conteúdo, com 10 votos, algo que foi potencializado pelos próximos dois
tópicos, falta de interação com os alunos, 9 votos, e falta de suporte e
orientação adequados, com 4 votos, pois algo observado em todas as aulas
online foi a falta de interação por parte da turma com os colegas e professores,
todos desligavam a câmera e quase ninguém respondia as questões
levantadas pelos professores, que muitas vezes reclamar por se sentir dando
aula para “uma tela de computador onde tudo o que era possível ver era a foto
do perfil do e-mail dos alunos”, era algo muito monótono, e aliados com a falta
de suporte por falta da instituição, e as dificuldades em possuir materiais
adequados se tornam grandes obstáculos no objetivo de realizar uma
aprendizagem de qualidade durante o módulo EAD.

A dificuldade não se deu apenas por parte do alunos, os professores


também tinham muitas dificuldades, embora essa pesquisa seja sobre o Ensino
Médio e Superior, vale citar o relato do ex professor Leonardo Silva, que
lecionou em uma escola de nível fundamental:

“Lecionei em uma escola de ensino


fundamental e foi algo muito ruim, primeiramente
devido o acesso que nem todos conseguiram ter, por
questões financeira, segundo era sobre o feedback dos
alunos onde não era possível acomanha-los de perto e
saber se realmente estavam assistindo a aula...”

Como já foi citado antes, devido a pouca participação dos alunos e o fato
de a maioria não ligar a câmera dos celulares, ficava difícil para os professores
saberem se os alunos estavam realmente participando das aulas, ou
simplesmente deixavam o celular ligado enquanto faziam qualquer outra coisa,
como assistir TV, jogar videogame, usar as redes sociais no horário de aula, e
etc...

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Eles também não tinham um controle sob as atividades que eram
passadas, os alunos poderiam simplesmente estarem pesquisando tudo na
internet, e também já foi citado as dificuldades em possuir os materiais e
condições adequadas, como cita o ex professor Leonardo Silva.

2. Aspectos positivos do ensino EAD:

Embora o módulo online tenha trazido muitas dificuldades para o


processo de aprendizagem, não há dúvidas e nem é possível questionar a sua
imprescindível importância durante o período de paralisação e quarentena
ocasionados pela Pandemia de Covid-19, nessa situação não havia outra
opção a não ser seguir com o ensino em módulo online, pois uma parada
completa seria um retrocesso inimaginável na educação do pais, que já
apresenta sérios problemas educacionais. Entre os pontos positivos desse
módulo, é possível citar a flexibilidade de horários, os alunos poderiam
programar sua rotina estudantil facilmente, e sobrava mais tempo para eles se
dedicarem em outras atividades, pois não era necessário que eles se
locomovessem de seus respectivos distritos ou cidades para chegar na

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universidade ou nas escolas, além de ser possível consultar o próprio celular
ou computador que usavam para assistir as aulas na busca de materiais e
conteúdos complementares enquanto as assistiam simultaneamente. Também
tem a possibilidade de rever as aulas, que ficavam gravadas, dando maior
autonomia no processo de aprendizagem dos alunos.

Conclusão:

É possível concluir, portanto, que o módulo EAD, mesmo tendo sido


imprescindível no momento de quarentena, nunca poderá substituir o ensino
presencial, que permite melhor engajamento e uma aprendizagem mais sólida
e de maior e mais fácil absorção dos conteúdos. Mas certamente pode ser
usado como uma ótima e adequada ferramenta completar, como já vem sendo
usada principalmente pelo professores universitários, que aderem a aulas
online em situações que não seria possível recorrer ao ensino presencial, como
em ocasiões que não é possível a locomoção dos alunos para a universidade,
devido falta de ônibus ou outras questões, ele também é usado para repor
aulas que foram perdidas, em dias de sábado, por exemplo, como já ocorreu.

Portanto, embora a tecnologia tenha muito a oferecer, ela não substitui o


ensino presencial, e deve ser usada com responsabilidade, esse é um método
viável e inquestionável para situações de emergência, mas em situações
normais ele deve ser usado como uma ferramenta complementar, não
substituindo o módulo convencional de ensino, a menos que seja o caso de
uma formação específica que use o módulo EAD, mas aqui já é outro campo
que não está sendo abordado nessa pesquisa.

8
Fontes:

As fontes foram colhidas através de uma pesquisa feita pelo Google


Forms, não foi utilizado bibliografia complementar, apenas as experiências
colhidas e a vivência do autor.

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