Você está na página 1de 3

TIPO DEPROVA: Exame época especial

DATA: 17/11/2014

ANO LETIVO: 2º SEMESTRE 2º

1º CICLO DE ESTUDOS EM : Direito

UNIDADE CURRICULAR: Direito Administrativo II

Duração da prova:3 horas

GRELHA DE CORREÇÃO

Parte I

1- As garantias como meios jurídicos de defesa dos particulares contra a


Administração( 0,5)
As garantias administrativas efetivam-se através dos órgãos da AP, aproveitando as
suas estruturas e os controlos de mérito e legalidade nela previstos, as contenciosas
são as que se efetivam através da intervenção dos tribunais administrativos(1)

2- Ambos constituem vícios dos atos administrativos e portanto violações da ordem


jurídica quanto a qualquer dos seus elementos intrínsecos subjetivos, objetivos,
formais ou funcionais ( 0,25)
A incompetência absoluta é um vicio orgânico, porque relativo à violação de
requisitos legais relativos ao sujeito administração e consiste na prática por um órgão
de uma PCP de um ato incluído nas atribuições de outra PCP, ou, no caso da PCP
Estado nas atribuições de outro Ministério que não aquele a que o órgão pertence ,
implica a nulidade do ato praticado artigo 133º /2/ b), o desvio de poder é um vicio
material, relativo aos motivos do ato e consiste no exercício de um poder discricionário
por um motivo principalmente determinante desconforme ao fim para que a lei
atribuiu aquele poder. O desvalor jurídico pode ser a mera anulabilidade ( artigo 135º
do CPA) no caso de o fim prosseguido ser ainda de interesse público ou a nulidade caso
prossiga um interesse privado ( artigo 133º/2/b) ( 1,25)

3- Ambos constituem garantias administrativas e são procedimentos de controlo ou


revisivos ( 0,25). O recurso hierárquico impróprio consiste no pedido de reapreciação
de um a.a. dirigido a um órgão da mesma PCP a que pertence o autor do ato e que
detenha sobre este poderes de supervisão ( artigo 176º do CPA) . Pode ter por

IMP.GE.92.0
fundamento tanto a inconveniência como a ilegalidade do ato praticado e segue
supletivamente o regime jurídico previsto para o recurso hierárquico.
O recurso tutelar consiste no pedido de reapreciação de um a.a. praticado por um
órgão de uma PCP e dirigido a um órgão de outra PCP que detenha poderes de
superintendência ou tutela sobre aquele ( artigo 177º do CPA). Pode, também, fundar-
se na ilegalidade ou no demérito do a.a. praticado, mas como este recurso tem caráter
excecional só existe nos casos e formas previstas na lei de tutela. Segue
supletivamente o regime jurídico previsto para o recurso hierárquico. ( 1,25)

4- Ambos são regulamentos e portanto normas jurídicas gerais e abstratas aprovadas


por um órgão administrativo no exercício da função administrativa( 0,5). O decreto
regulamentar é a forma regulamentar mais solene porque aprovado em CM e carece
sempre de promulgação pelo PR. Os regulamentos independentes devem revestir
sempre esta forma regulamentar ( artigo 112º /6 da CRP). A portaria é uma forma
regulamentar que é aprovada por um ou mais ministros em nome de todo o governo
( 1)

1- As licenças são a.a. de 1º grau porque incidem pela primeira vez sobre uma situação
de facto ou da vida, permissivos porque permitem ao destinatário a adoção de um
comportamento e por isso constitutivos de direitos ou favoráveis. São os a.a. através
dos quais um órgão da AP possibilita a um particular o uso de uma coisa ou o
exercício de uma atividade normalmente proibida ( 1,5)
As autorizações são também a.a. de 1º grau , permissivos e favoráveis, através das
quais a AP possibilita o exercício de um direito ou de uma competência mas, podem
ter uma natureza constitutiva se o direito ou a competência não existia na esfera
jurídica do sujeito ou permissivas se o sujeito já era seu titular e apenas via o seu
direito comprimido por razões de interesse público.
Por isso podemos considerar que as licenças parecem-se mais com as autorizações
constitutivas do que com as permissivas.(1,5)

2- Resultando o contrato administrativo de um acordo de vontades, tal qual o contrato


civil, a sua execução não se compagina com os tradicionais poderes da AP na relação
jurídica administrativa poderes como auto tutela declarativa e a auto tutela executiva (
1)
Apesar disso, a lei reconhece à AP alguns poderes administrativos que conformam
essa relação e que afastam este contrato dos civis servindo como um elemento
caraterizador.
A saber: poder de direção, de fiscalização de sanção, de modificação unilateral do
contrato e de resolução unilateral do contrato, ( dar noção de cada)

IMP.GE.92.0
Poderes a que a AP não pode renunciar embora possa consensualizar o seu exercício
através de acordos endocontratuais ( 2)

PARTE II

Podemos dividir o caso prático em 3 partes:

1ª parte (1)
Estamos perante um procedimento ( noção, caraterização)
Referência às fases do procedimento e aplicação ao caso concreto, nomeadamente,
instrução, iniciativa, órgão instrutor , proposta deste de suspensão de Isabel. A decisão
pelo órgão competente de demissão. Sempre sem ouvir Isabel e sem fundamentação
A.a. em causa ( noção e caraterização)

2ª parte (4)
Assim o a.a. de demissão vem inquinado de violação da lei por 2 motivos:
- Falta de audiência dos interessados
- Insuficiência de fundamentação
Caraterização dos vícios em causa, razões da necessidade da audiência e da
fundamentação, consequências jurídicas

3ª parte (3)
Uso da garantia administrativa impugnatória por Isabel com pedido de revogação da
decisão de demissão.
Tipo de recurso.
A revogação ( noção e caraterização), iniciativa, fundamento, competência, prazo e
efeitos. Artigos 138º e segs. do CPA
Conclusão, pode o Min. revogar ? Artigo 139º /1 /a) do CPA
Está em prazo? Artigo 141º /1 do CPA e 58º do CPTA

IMP.GE.92.0

Você também pode gostar