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INSTITUTO DE GESTÃO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE (IGCS)

RAIVA

Lénio Samuel Muita

Angoche, Dezembro
2023
INSTITUTO DE GESTÃO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE (IGCS)

Técnico de Medicina Preventiva e saneamento do Meio (TMPSM)

Turma: P4

Lénio Samuel Muita

Raiva

Trabalho de caracter avaliativo do curso de


Técnico de Medicina Preventiva e saneamento do
Meio, 2o ano, que tem como tema Raiva a ser
apresentado no estágio integral Rural,
supervisora:
Tec. Samira Das Neves Gaita - TMPSM

Angoche, Dezembro
2023
Índice
1. Introdução .............................................................................................................. 4
2. Raiva ...................................................................................................................... 5
3. Historial do surgimento da Raiva .......................................................................... 5
4. Epidemiologia da Raiva no Mundo ....................................................................... 6
5. Agente Etiológico .................................................................................................. 7
6. Reservatório ........................................................................................................... 8
7. Período de Incubação............................................................................................. 8
8. Período de Transmissibilidade .............................................................................. 8
9. Principais Sinais e Sintomas .................................................................................. 8
10. Transmissão ....................................................................................................... 9
11. Fatores de Risco ................................................................................................. 9
12. Diagnóstico da Raiva ....................................................................................... 10
12.1. Diferencial .................................................................................................... 10
12.2. Diagnóstico Laboratorial .............................................................................. 10
13. Tratamento ....................................................................................................... 11
14. Principais complicações ................................................................................... 11
15. Prevenção ......................................................................................................... 11
16. Medidas de Controlo ........................................................................................ 12
17. Conclusão......................................................................................................... 14
18. Referencias bibliografias ................................................................................. 15
1. Introdução
O presente trabalho de caracter avaliativo, que tem como tema a raiva sendo ela
também conhecida, impropriamente, como hidrofobia, é uma doença infeciosa que afeta
os mamíferos causada pelo vírus da raiva que se instala e multiplica primeiro nos nervos
periféricos e depois no sistema nervoso central e dali para as glândulas salivares, de onde
se multiplica e propaga, que foi descrita por Aristóteles, que assinalou o risco da mordida
por cães infectos — embora ainda se acreditasse que sua ocorrência poderia se dar de
modo espontâneo, por meio de alimentos muito quentes, pela sede, por conta da falta de
sexo ou forte excitação nervosa. Desde a Antiguidade a raiva era temida em razão da sua
forma de transmissão, ao quadro clínico e sua evolução, considera-se que a cadeia
epidemiológica da doença apresenta 4 ciclos de transmissão: urbano, rural, silvestre aéreo
e silvestre terrestre. O ciclo urbano é passível de eliminação, por se dispor de medidas
eficientes de prevenção, tanto em relação ao homem quanto à fonte de infeção e para cães
e gatos, a vacinação deve ser realizada de 12 em 12 meses, por isso os donos de animais
domésticos devem estar atentos à carteira de vacinação do animal
2. Raiva
O termo raiva deriva do latim rabere (significando fúria ou delírio), mas também
encontra raízes no sânscrito rabhas (tornar-se violento). A raiva (também conhecida,
impropriamente, como hidrofobia, é uma doença infeciosa que afeta os mamíferos
causada pelo vírus da raiva que se instala e multiplica primeiro nos nervos periféricos e
depois no sistema nervoso central e dali para as glândulas salivares, de onde se multiplica
e propaga.

3. Historial do surgimento da Raiva


Desde a Antiguidade a raiva era temida em razão da sua forma de transmissão, ao
quadro clínico e sua evolução. Acreditavam os antigos que era causada por motivos
sobrenaturais, pois cães e lobos pareciam estar possuídos por entidades malignas. É uma
das doenças de registro mais antigo.

Entre os egípcios era comum a crença de que havia a interferência maligna da


estrela Sirius (da constelação de Cão Maior) sobre os cachorros, alterando-lhes o
comportamento. Entre os mesopotâmios, cerca de 1 900 a.C., já era citada no Código de
Eshnunna: quando um animal provocasse a morte de alguém, seu dono era obrigado a
depositar certa quantia nos cofres públicos — o que demonstra ser a raiva um problema
considerável, na época.

Na Grécia Antiga era temida, e Homero (Ilíada) registra a presença de cães


raivosos; na mitologia eram invocados os deuses Aristeu e Ártemis para a proteção e cura
da raiva. Autores gregos e romanos estudaram o mal, entre os séculos IV e I a.C., tais
como

Demócrito, Aulo Cornélio Celso e Galeno, descrevendo-as em homens e animais e sua


transmissão, recomendando práticas como a sucção, cauterização por meio de substâncias
cáusticas e/ou ferro em brasa e também a excisão cirúrgica dos ferimentos: se a vítima
não viesse a óbito ficaria com várias cicatrizes.

Foi descrita por Aristóteles, que assinalou o risco da mordida por cães infectos — embora
ainda se acreditasse que sua ocorrência poderia se dar de modo espontâneo, por meio de
alimentos muito quentes, pela sede, por conta da falta de sexo ou forte excitação nervosa.
Desde a Antiguidade a raiva era temida em razão da sua forma de transmissão, ao quadro
clínico e sua evolução. Acreditavam os antigos que era causada por motivos
sobrenaturais, pois cães e lobos pareciam estar possuídos por entidades malignas. É uma
das doenças de registro mais antigo.

Entre os egípcios era comum a crença de que havia a interferência maligna da estrela
Sirius (da constelação de Cão Maior) sobre os cachorros, alterando-lhes o
comportamento. Entre os mesopotâmios, cerca de 1 900 a.C., já era citada no Código de
Eshnunna: quando um animal provocasse a morte de alguém, seu dono era obrigado a
depositar certa quantia nos cofres públicos — o que demonstra ser a raiva um problema
considerável, na época.

Na Grécia Antiga era temida, e Homero (Ilíada) registra a presença de cães raivosos; na
mitologia eram invocados os deuses Aristeu e Ártemis para a proteção e cura da raiva.
Autores gregos e romanos estudaram o mal, entre os séculos IV e I a.C., tais como
Demócrito, Aulo Cornélio Celso e Galeno, descrevendo-as em homens e animais e sua
transmissão, recomendando práticas como a sucção, cauterização por meio de substâncias
cáusticas e/ou ferro em brasa e também a excisão cirúrgica dos ferimentos: se a vítima
não viesse a óbito ficaria com várias cicatrizes.

Foi descrita por Aristóteles, que assinalou o risco da mordida por cães infectos
embora ainda se acreditasse que sua ocorrência poderia se dar de modo espontâneo, por
meio de alimentos muito quentes, pela sede, por conta da falta de sexo ou forte excitação
nervosa.

Durante a Idade Média era chamada de Mal de Santo Huberto, e a Igreja recebia, no
mosteiro de Andage, onde estavam os restos mortais daquele que fora bispo de Ardenas,
peregrinos em busca de salvação deste mal.

4. Epidemiologia da Raiva no Mundo


Lugares livres da raiva, em 2010: Austrália, Nova Zelândia, Singapura, Fiji, Papua Nova
Guiné, Províncias de Irian Jaya e Papua Ocidental na ilha de Nova Guiné na Indonésia,
Guam, Havaí, Japão, Taiwan, Alemanha, Áustria, Reino Unido, República da Irlanda,
Dinamarca, Noruega, Suécia, Islândia, Sardenha e Córsega.

Com exceção da Austrália e Antártida, a raiva está ainda presente em todos os continentes
da Terra. Alguns países conseguiram erradicá-la — como Reino Unido, Irlanda, Japão e
nações da Escandinávia; esta ampla distribuição deve-se à grande adaptabilidade do vírus
em várias espécies de hospedeiros.
Na América do Norte e Europa os casos urbanos são considerados erradicados, restando
ainda as do ciclo silvestre; nos demais países os registros urbanos persistem. A Índia, por
exemplo, chegou a registrar mais de 20 mil casos ao ano, e a China 5 mil. Diversas cepas
do vírus se encontram em reservatórios silvestre e em cães, através do globo.

Na África casos de cães assintomáticos foram registrados na Etiópia e Nigéria, além da


deteção de ARN viral em hienas, o que sugere a existência de cepas de baixa capacidade
patogênica nesta espécie. A incidência da doença em herbívoros tem significativo
impacto econômico; apenas em bovinos ela representa um valor estimado em 50 milhões
de dólares ao ano, em todo o mundo.

No período de 1990 a 1998 houve 383 casos de raiva humana no Brasil e seis em São
Paulo; esses números vêm diminuindo progressivamente e em 2002 foram somente dez
casos. Portugal é um país livre de raiva animal e sem ocorrência de casos humanos
autóctones desde 1952. No entanto, a doença pode ocorrer em pessoas provenientes de
Países onde a raiva ainda não foi eliminada ou em pessoas que viajam a esses países.

O último caso mortal noticiado em Portugal aconteceu em 2011, depois de uma mulher
ter sido mordida por um cão na Guiné-Bissau, na perna.

A situação da raiva na Europa, no século XIX, era ainda de manutenção das práticas mais
antigas e primitivas. Numa de suas lembranças infantis, Pasteur registrou o pânico
ocorrido no Jura (passado em outubro de 1831) quando um lobo raivoso atacou homens
e animais que cruzaram o seu caminho.

5. Agente Etiológico
O vírus rábico pertence à família Rhabdoviridae e gênero Lyssavirus. Possui aspeto de
projétil e genoma constituído por RNA. Apresenta dois antígenos principais: um de
superfície, constituído por uma glicoproteína, responsável pela formação de anticorpos
neutralizantes e adsorção vírus-célula, e outro interno, constituído por uma
nucleoproteína, que é grupo específico.

O gênero Lyssavirus apresenta 8 genótipos, sendo que o genótipo 1 – Rabies vírus


(RABV), o único presente na América Latina e no Brasil, pode ser expresso, de acordo
com o perfil, em 12 variantes antigênicas, conforme seus respetivos hospedeiros naturais
(terrestres ou aéreos).
6. Reservatório
Apenas os mamíferos transmitem e são acometidos pelo vírus da raiva. Os caninos
e felinos constituem as principais fontes de infeção nas áreas urbanas. Os quirópteros
(morcegos) são os responsáveis pela manutenção da cadeia silvestre, entretanto, outros
mamíferos, como canídeos silvestres (raposas e cachorro do mato), felídeos silvestres
(gatos do mato), outros carnívoros silvestres (jaritatacas, mão pelada), marsupiais
(gambás e saruês) e primatas (saguis), também apresentam importância epidemiológica
nos ciclos enzoóticos da raiva.

7. Período de Incubação
Extremamente variável, desde dias até anos, com uma média de 45 dias no homem. Em
crianças, o período de incubação tende a ser menor que no indivíduo adulto.

Está diretamente relacionado à localização, extensão e profundidade da


mordedura, arranhadura, lambedura ou contato com a saliva de animais infetados;
distância entre o local do ferimento, do cérebro e troncos nervosos; concentração de
partículas virais inoculadas e cepa viral. Para cada espécie animal, o período de incubação
é diferente, variando de 15 dias a 4 meses, exceto para os quirópteros, cujo período pode
ser maior.

Espécie Período de Incubação


Canina 40 a 120 dias
Herbívora 25 a 90 dias
Quiróptera Prolongado (sem informação)
8. Período de Transmissibilidade
Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ocorre de 2 a 5 dias antes do
aparecimento dos sinais clínicos e persiste durante toda a evolução da doença. A morte
do animal acontece, em média, entre 5 e 7 dias após a apresentação dos sintomas. Ainda
não se sabe ao certo sobre o período de transmissibilidade de animais silvestres.
Especificamente os quirópteros podem albergar o vírus por longo período, sem
sintomatologia aparente.

9. Principais Sinais e Sintomas


Os sintomas iniciais da raiva são in específicos: Febre, cefaleia e mal-estar. Em alguns
dias, ocorre encefalite (raiva “furiosa”; em 80%) ou paralisia (raiva “paralítica”; em
20%). A encefalite causa inquietação, confusão, agitação, comportamento bizarro,
alucinações e insônia.
Ocorre salivação excessiva e as tentativas de ingerir líquidos produzem espasmos
dolorosos dos músculos da laringe e da faringe (hidrofobia). Na forma paralítica, há
paralisia ascendente e tetraplegia sem delirium e hidrofobia Podem surgir dor ou
parestesias no local da mordida. A rapidez da progressão depende do inóculo viral e da
proximidade da ferida em relação ao encéfalo.

10. Transmissão
Penetração do vírus contido na saliva do animal infetado, principalmente pela mordedura
e, mais raramente, pela arranhadura e lambedura de mucosas.

O vírus penetra no organismo, multiplica-se no ponto de inoculação, atinge o sistema


nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central. A partir daí, dissemina-
se para vários órgãos e glândulas salivares, onde também se replica, sendo eliminado pela
saliva das pessoas ou animais enfermos.

Por finalidade didática, considera-se que a cadeia epidemiológica da doença apresenta 4


ciclos de transmissão: urbano, rural, silvestre aéreo e silvestre terrestre (Figura 1). O ciclo
urbano é passível de eliminação, por se dispor de medidas eficientes de prevenção, tanto
em relação ao homem quanto à fonte de infeção.

11. Fatores de Risco


 Viajar ou viver em países em desenvolvimento onde a raiva é mais comum,
incluindo países da África e Sudeste Asiático;
 Atividades que possam colocar uma pessoa em contato com animais selvagens
que possam ter raiva, como a exploração de cavernas onde morcegos vivem ou
acampar sem tomar precauções para manter os animais selvagens longe de seu
acampamento;
 Trabalhar em um laboratório que contenha amostras do vírus da raiva ou com
animais contaminados;
 Ferimentos na cabeça, pescoço ou mãos, que possam ajudar a levar o vírus da
raiva para o cérebro mais rapidamente.

12. Diagnóstico da Raiva


12.1.Diferencial
A doença guarda similaridade com outros quadros patogênicos, como o tétano,
pasteureloses decorrentes de mordida de cães e gatos, a Herpesvirus simiae, botulismo,
outras encefalites virais, sodoku, etc. Para diferenciar devem ser observados o fácies,
hiperacusia, hiperosmia, fotofobia, aerofobia, hidrofobia e mudanças comportamentais.
A doença guarda similaridade com outros quadros patogênicos, como o tétano,
pasteureloses decorrentes de mordida de cães e gatos, a Herpesvirus simiae, botulismo,
outras encefalites virais, sodoku, etc. Para diferenciar devem ser observados o fácies,
hiperacusia, hiperosmia, fotofobia, aerofobia, hidrofobia e mudanças comportamentais.

12.2.Diagnóstico Laboratorial
A confirmação laboratorial em vida, dos casos de raiva humana, pode ser realizada por:

 Imunofluorescência direta (IFD) nas amostras de tecido bulbar de folículos


pilosos, obtidos por biopsia de pele da região cervical, raspado de mucosa lingual
(swab) ou de tecidos de impressão de córnea. Esse procedimento deve ser feito
por profissional habilitado, mediante o uso de equipamento de proteção individual
(EPI). A sensibilidade dessas provas é limitada e, quando negativas, não se pode
excluir a possibilidade de infecção;
 Prova biológica (PB) – isolamento do vírus, através da inoculação em
camundongos ou cultura de células;
 Deteção de anticorpos específicos no soro ou líquido cefalorraquidiano, pela
técnica de soro neutralização em cultura celular, em pacientes sem antecedentes
de vacinação antirrábica;
 Reação em cadeia da polimerase (PCR) – detecção e identificação de RNA do
vírus da raiva.
13. Tratamento
Caso a pessoa seja contaminada pelo vírus da raiva (ou suspeite do contágio), algumas
medidas devem ser tomadas para evitar a piora do quadro.

Em primeiro lugar, a ferida deve ser limpa com sabão e água. Procure auxílio
médico profissional logo em seguida para fazer os exames necessários. O médico deverá
limpar bem a ferida novamente e remover quaisquer objetos estranhos. Na maioria das
vezes, não são dados pontos nas feridas causadas pela mordida.

O paciente humano deve ser mantido em isolamento, num local com baixa
luminosidade e incidência de ruídos; não pode receber visitas e apenas se permite a
entrada de profissionais envolvidos no tratamento, com uso de equipamentos de proteção
individual (EPI).

Sem tratamento específico, a raiva comporta terapia de suporte: alimentação por


sonda Naso gástrica, hidratação, controle de distúrbios eletrolíticos e ácido-básicos, da
febre e dos vômitos; uso de betabloqueadores na hiperatividade simpática, entre outros.

O tratamento da raiva é somente de suporte, com sedação intensa (p. ex., cetamina
e midazolam) e medidas que tragam conforto ao paciente. Em geral, o indivíduo morre
em 3 a 10 dias após o início dos sintomas. Alguns pacientes sobrevivem, muitos
submetidos à imunoprofilaxia antes do início dos sintomas.

14. Principais complicações


Quadros de raiva podem levar a alucinações, espasmos e dificuldade para ingerir
líquidos, além de paralisia, alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e obstipação
intestinal.

Existe, ainda, a evolução do quadro para o coma, seguido da morte do paciente. O


período de evolução da raiva, depois de instalados os sinais e sintomas até o óbito, é, em
geral, de 2 a 7 dias. Os espasmos musculares evoluem para um quadro de paralisia,
levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e obstipação intestinal.
Observa-se, ainda, a presença de disfagia, aerofobia, hiperacusia e fotofobia.

15. Prevenção
Para cães e gatos, a vacinação deve ser realizada de 12 em 12 meses, por isso os donos
de animais domésticos devem estar atentos à carteira de vacinação do animal.
Para os profissionais com risco de exposição ao vírus (trabalhadores e estudantes da
medicina veterinária, trabalhadores de parques e reservas de animais, trabalhadores de
laboratórios específicos, entre outros), o esquema de vacinação pré-exposição é indicado,
sendo recomendado 3 doses da Vacina Antirrábica Humana (VARH) e sorologia 14 dias
após a terceira dose.

O Ministério da Saúde recomenda a vacinação de maneira preventiva para grupos


considerados de risco, de acordo com a atividade desempenhada, nomeadamente:

 Médicos veterinários; biólogos; profissionais de laboratório de virologia e


anatomopatologia para raiva; estudantes de medicina veterinária, zootecnia,
biologia, agronomia, agrotécnica e áreas afins.
 Pessoas que atuam na captura, contenção, manejo, coleta de amostras, vacinação,
pesquisas, investigações epidemiológicas, identificação e classificação de
mamíferos como os domésticos (cão e gato) ou de produção (bovídeos, equídeos,
caprinos, ovinos e suínos), animais silvestres de vida livre ou de cativeiro,
inclusive funcionários de zoológicos.
 Pesquisadores de cavernas (espeleólogos), guias de ecoturismo, pescadores e
outros profissionais que trabalham em áreas de risco.

16. Medidas de Controlo


Como medida de Controlo, o Ministério da Saúde recomenda evitar aproximação e o
toque de animais desconhecidos, principalmente quando estiverem se alimentando, com
filhotes ou dormindo.

Em caso de agressão por animais, é preciso lavar o ferimento com água corrente e sabão
imediatamente e buscar atendimento médico para orientações sobre a necessidade de
receber a vacina antirrábica.

Animais com raiva muitas vezes podem ser reconhecidos por seu comportamento
estranho; podem estar agitados e indóceis, fracos ou paralisados, e podem não demonstrar
qualquer medo de pessoas.

Animais noturnos (p. ex., morcegos, gambás, guaxinins) podem estar fora durante o dia.
Os morcegos podem emitir ruídos incomuns e ter dificuldade para voar. Não se deve
chegar próximo de um animal com suspeita de raiva. As autoridades locais de saúde
devem ser contatadas para remover o animal. Como medida de Controlo, o Ministério da
Saúde recomenda evitar aproximação e o toque de animais desconhecidos,
principalmente quando estiverem se alimentando, com filhotes ou dormindo.

Em caso de agressão por animais, é preciso lavar o ferimento com água corrente e sabão
imediatamente e buscar atendimento médico para orientações sobre a necessidade de
receber a vacina antirrábica.

Animais com raiva muitas vezes podem ser reconhecidos por seu comportamento
estranho; podem estar agitados e indóceis, fracos ou paralisados, e podem não demonstrar
qualquer medo de pessoas.

Animais noturnos (p. ex., morcegos, gambás, guaxinins) podem estar fora durante o dia.
Os morcegos podem emitir ruídos incomuns e ter dificuldade para voar. Não se deve
chegar próximo de um animal com suspeita de raiva. As autoridades locais de saúde
devem ser contatadas para remover o animal.
17. Conclusão
Chegando ao termino do meu trabalho conclui que a raiva é uma doença infeciosa
que afeta os mamíferos causada pelo vírus da raiva que se instala e multiplica primeiro
nos nervos periféricos e depois no sistema nervoso central e dali para as glândulas
salivares, de onde se multiplica e propaga, que foi descrita por Aristóteles, que assinalou
o risco da mordida por cães infectos — embora ainda se acreditasse que sua ocorrência
poderia se dar de modo espontâneo, por meio de alimentos muito quentes, pela sede, por
conta da falta de sexo ou forte excitação nervosa. Desde a Antiguidade a raiva era temida
em razão da sua forma de transmissão, ao quadro clínico e sua evolução, considera-se que
a cadeia epidemiológica da doença apresenta 4 ciclos de transmissão: urbano, rural,
silvestre aéreo e silvestre terrestre. O ciclo urbano é passível de eliminação, por se dispor
de medidas eficientes de prevenção, tanto em relação ao homem quanto à fonte de infeção
e para cães e gatos, a vacinação deve ser realizada de 12 em 12 meses, por isso os donos
de animais domésticos devem estar atentos à carteira de vacinação do animal e o seu
tratamento O paciente humano deve ser mantido em isolamento, num local com baixa
luminosidade e incidência de ruídos; não pode receber visitas e apenas se permite a
entrada de profissionais envolvidos no tratamento, com uso de equipamentos de proteção
individual (EPI).
18. Referencias bibliografias
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Controle da raiva dos
herbívoros. Brasília, 2009. 124 p. (Manual Técnico).
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual de Diagnóstico
Laboratorial da Raiva. Brasília, 2008. 108 p.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para
Vacinação. Brasília, 2014. 176 p.
_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de vigilância epidemiológica de eventos
adversos pós-vacinação. 3. ed.Brasília : Ministério da Saúde, 2014. 252 p.
_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos
Especiais. 4. ed. Brasília, 2014.
______. Morcegos em áreas urbanas e rurais: manual de manejo e controle. Brasília:
Funasa, 1998. 117p. (Manuais).
KOTAIT, I.; CARRIERI, M. L.; TAKAOKA, N. Y. Raiva: aspectos gerais e clínica. São
Paulo: Instituto Pasteur, 2009. 49 p. (Manuais, 8).
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Expert consultation on rabies: third report.
Genebra, 2018. (WHO technical report series; nº. 1012).

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