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RAIVA
Angoche, Dezembro
2023
INSTITUTO DE GESTÃO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE (IGCS)
Turma: P4
Raiva
Angoche, Dezembro
2023
Índice
1. Introdução .............................................................................................................. 4
2. Raiva ...................................................................................................................... 5
3. Historial do surgimento da Raiva .......................................................................... 5
4. Epidemiologia da Raiva no Mundo ....................................................................... 6
5. Agente Etiológico .................................................................................................. 7
6. Reservatório ........................................................................................................... 8
7. Período de Incubação............................................................................................. 8
8. Período de Transmissibilidade .............................................................................. 8
9. Principais Sinais e Sintomas .................................................................................. 8
10. Transmissão ....................................................................................................... 9
11. Fatores de Risco ................................................................................................. 9
12. Diagnóstico da Raiva ....................................................................................... 10
12.1. Diferencial .................................................................................................... 10
12.2. Diagnóstico Laboratorial .............................................................................. 10
13. Tratamento ....................................................................................................... 11
14. Principais complicações ................................................................................... 11
15. Prevenção ......................................................................................................... 11
16. Medidas de Controlo ........................................................................................ 12
17. Conclusão......................................................................................................... 14
18. Referencias bibliografias ................................................................................. 15
1. Introdução
O presente trabalho de caracter avaliativo, que tem como tema a raiva sendo ela
também conhecida, impropriamente, como hidrofobia, é uma doença infeciosa que afeta
os mamíferos causada pelo vírus da raiva que se instala e multiplica primeiro nos nervos
periféricos e depois no sistema nervoso central e dali para as glândulas salivares, de onde
se multiplica e propaga, que foi descrita por Aristóteles, que assinalou o risco da mordida
por cães infectos — embora ainda se acreditasse que sua ocorrência poderia se dar de
modo espontâneo, por meio de alimentos muito quentes, pela sede, por conta da falta de
sexo ou forte excitação nervosa. Desde a Antiguidade a raiva era temida em razão da sua
forma de transmissão, ao quadro clínico e sua evolução, considera-se que a cadeia
epidemiológica da doença apresenta 4 ciclos de transmissão: urbano, rural, silvestre aéreo
e silvestre terrestre. O ciclo urbano é passível de eliminação, por se dispor de medidas
eficientes de prevenção, tanto em relação ao homem quanto à fonte de infeção e para cães
e gatos, a vacinação deve ser realizada de 12 em 12 meses, por isso os donos de animais
domésticos devem estar atentos à carteira de vacinação do animal
2. Raiva
O termo raiva deriva do latim rabere (significando fúria ou delírio), mas também
encontra raízes no sânscrito rabhas (tornar-se violento). A raiva (também conhecida,
impropriamente, como hidrofobia, é uma doença infeciosa que afeta os mamíferos
causada pelo vírus da raiva que se instala e multiplica primeiro nos nervos periféricos e
depois no sistema nervoso central e dali para as glândulas salivares, de onde se multiplica
e propaga.
Foi descrita por Aristóteles, que assinalou o risco da mordida por cães infectos — embora
ainda se acreditasse que sua ocorrência poderia se dar de modo espontâneo, por meio de
alimentos muito quentes, pela sede, por conta da falta de sexo ou forte excitação nervosa.
Desde a Antiguidade a raiva era temida em razão da sua forma de transmissão, ao quadro
clínico e sua evolução. Acreditavam os antigos que era causada por motivos
sobrenaturais, pois cães e lobos pareciam estar possuídos por entidades malignas. É uma
das doenças de registro mais antigo.
Entre os egípcios era comum a crença de que havia a interferência maligna da estrela
Sirius (da constelação de Cão Maior) sobre os cachorros, alterando-lhes o
comportamento. Entre os mesopotâmios, cerca de 1 900 a.C., já era citada no Código de
Eshnunna: quando um animal provocasse a morte de alguém, seu dono era obrigado a
depositar certa quantia nos cofres públicos — o que demonstra ser a raiva um problema
considerável, na época.
Na Grécia Antiga era temida, e Homero (Ilíada) registra a presença de cães raivosos; na
mitologia eram invocados os deuses Aristeu e Ártemis para a proteção e cura da raiva.
Autores gregos e romanos estudaram o mal, entre os séculos IV e I a.C., tais como
Demócrito, Aulo Cornélio Celso e Galeno, descrevendo-as em homens e animais e sua
transmissão, recomendando práticas como a sucção, cauterização por meio de substâncias
cáusticas e/ou ferro em brasa e também a excisão cirúrgica dos ferimentos: se a vítima
não viesse a óbito ficaria com várias cicatrizes.
Foi descrita por Aristóteles, que assinalou o risco da mordida por cães infectos
embora ainda se acreditasse que sua ocorrência poderia se dar de modo espontâneo, por
meio de alimentos muito quentes, pela sede, por conta da falta de sexo ou forte excitação
nervosa.
Durante a Idade Média era chamada de Mal de Santo Huberto, e a Igreja recebia, no
mosteiro de Andage, onde estavam os restos mortais daquele que fora bispo de Ardenas,
peregrinos em busca de salvação deste mal.
Com exceção da Austrália e Antártida, a raiva está ainda presente em todos os continentes
da Terra. Alguns países conseguiram erradicá-la — como Reino Unido, Irlanda, Japão e
nações da Escandinávia; esta ampla distribuição deve-se à grande adaptabilidade do vírus
em várias espécies de hospedeiros.
Na América do Norte e Europa os casos urbanos são considerados erradicados, restando
ainda as do ciclo silvestre; nos demais países os registros urbanos persistem. A Índia, por
exemplo, chegou a registrar mais de 20 mil casos ao ano, e a China 5 mil. Diversas cepas
do vírus se encontram em reservatórios silvestre e em cães, através do globo.
No período de 1990 a 1998 houve 383 casos de raiva humana no Brasil e seis em São
Paulo; esses números vêm diminuindo progressivamente e em 2002 foram somente dez
casos. Portugal é um país livre de raiva animal e sem ocorrência de casos humanos
autóctones desde 1952. No entanto, a doença pode ocorrer em pessoas provenientes de
Países onde a raiva ainda não foi eliminada ou em pessoas que viajam a esses países.
O último caso mortal noticiado em Portugal aconteceu em 2011, depois de uma mulher
ter sido mordida por um cão na Guiné-Bissau, na perna.
A situação da raiva na Europa, no século XIX, era ainda de manutenção das práticas mais
antigas e primitivas. Numa de suas lembranças infantis, Pasteur registrou o pânico
ocorrido no Jura (passado em outubro de 1831) quando um lobo raivoso atacou homens
e animais que cruzaram o seu caminho.
5. Agente Etiológico
O vírus rábico pertence à família Rhabdoviridae e gênero Lyssavirus. Possui aspeto de
projétil e genoma constituído por RNA. Apresenta dois antígenos principais: um de
superfície, constituído por uma glicoproteína, responsável pela formação de anticorpos
neutralizantes e adsorção vírus-célula, e outro interno, constituído por uma
nucleoproteína, que é grupo específico.
7. Período de Incubação
Extremamente variável, desde dias até anos, com uma média de 45 dias no homem. Em
crianças, o período de incubação tende a ser menor que no indivíduo adulto.
10. Transmissão
Penetração do vírus contido na saliva do animal infetado, principalmente pela mordedura
e, mais raramente, pela arranhadura e lambedura de mucosas.
12.2.Diagnóstico Laboratorial
A confirmação laboratorial em vida, dos casos de raiva humana, pode ser realizada por:
Em primeiro lugar, a ferida deve ser limpa com sabão e água. Procure auxílio
médico profissional logo em seguida para fazer os exames necessários. O médico deverá
limpar bem a ferida novamente e remover quaisquer objetos estranhos. Na maioria das
vezes, não são dados pontos nas feridas causadas pela mordida.
O paciente humano deve ser mantido em isolamento, num local com baixa
luminosidade e incidência de ruídos; não pode receber visitas e apenas se permite a
entrada de profissionais envolvidos no tratamento, com uso de equipamentos de proteção
individual (EPI).
O tratamento da raiva é somente de suporte, com sedação intensa (p. ex., cetamina
e midazolam) e medidas que tragam conforto ao paciente. Em geral, o indivíduo morre
em 3 a 10 dias após o início dos sintomas. Alguns pacientes sobrevivem, muitos
submetidos à imunoprofilaxia antes do início dos sintomas.
15. Prevenção
Para cães e gatos, a vacinação deve ser realizada de 12 em 12 meses, por isso os donos
de animais domésticos devem estar atentos à carteira de vacinação do animal.
Para os profissionais com risco de exposição ao vírus (trabalhadores e estudantes da
medicina veterinária, trabalhadores de parques e reservas de animais, trabalhadores de
laboratórios específicos, entre outros), o esquema de vacinação pré-exposição é indicado,
sendo recomendado 3 doses da Vacina Antirrábica Humana (VARH) e sorologia 14 dias
após a terceira dose.
Em caso de agressão por animais, é preciso lavar o ferimento com água corrente e sabão
imediatamente e buscar atendimento médico para orientações sobre a necessidade de
receber a vacina antirrábica.
Animais com raiva muitas vezes podem ser reconhecidos por seu comportamento
estranho; podem estar agitados e indóceis, fracos ou paralisados, e podem não demonstrar
qualquer medo de pessoas.
Animais noturnos (p. ex., morcegos, gambás, guaxinins) podem estar fora durante o dia.
Os morcegos podem emitir ruídos incomuns e ter dificuldade para voar. Não se deve
chegar próximo de um animal com suspeita de raiva. As autoridades locais de saúde
devem ser contatadas para remover o animal. Como medida de Controlo, o Ministério da
Saúde recomenda evitar aproximação e o toque de animais desconhecidos,
principalmente quando estiverem se alimentando, com filhotes ou dormindo.
Em caso de agressão por animais, é preciso lavar o ferimento com água corrente e sabão
imediatamente e buscar atendimento médico para orientações sobre a necessidade de
receber a vacina antirrábica.
Animais com raiva muitas vezes podem ser reconhecidos por seu comportamento
estranho; podem estar agitados e indóceis, fracos ou paralisados, e podem não demonstrar
qualquer medo de pessoas.
Animais noturnos (p. ex., morcegos, gambás, guaxinins) podem estar fora durante o dia.
Os morcegos podem emitir ruídos incomuns e ter dificuldade para voar. Não se deve
chegar próximo de um animal com suspeita de raiva. As autoridades locais de saúde
devem ser contatadas para remover o animal.
17. Conclusão
Chegando ao termino do meu trabalho conclui que a raiva é uma doença infeciosa
que afeta os mamíferos causada pelo vírus da raiva que se instala e multiplica primeiro
nos nervos periféricos e depois no sistema nervoso central e dali para as glândulas
salivares, de onde se multiplica e propaga, que foi descrita por Aristóteles, que assinalou
o risco da mordida por cães infectos — embora ainda se acreditasse que sua ocorrência
poderia se dar de modo espontâneo, por meio de alimentos muito quentes, pela sede, por
conta da falta de sexo ou forte excitação nervosa. Desde a Antiguidade a raiva era temida
em razão da sua forma de transmissão, ao quadro clínico e sua evolução, considera-se que
a cadeia epidemiológica da doença apresenta 4 ciclos de transmissão: urbano, rural,
silvestre aéreo e silvestre terrestre. O ciclo urbano é passível de eliminação, por se dispor
de medidas eficientes de prevenção, tanto em relação ao homem quanto à fonte de infeção
e para cães e gatos, a vacinação deve ser realizada de 12 em 12 meses, por isso os donos
de animais domésticos devem estar atentos à carteira de vacinação do animal e o seu
tratamento O paciente humano deve ser mantido em isolamento, num local com baixa
luminosidade e incidência de ruídos; não pode receber visitas e apenas se permite a
entrada de profissionais envolvidos no tratamento, com uso de equipamentos de proteção
individual (EPI).
18. Referencias bibliografias
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Controle da raiva dos
herbívoros. Brasília, 2009. 124 p. (Manual Técnico).
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual de Diagnóstico
Laboratorial da Raiva. Brasília, 2008. 108 p.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para
Vacinação. Brasília, 2014. 176 p.
_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de vigilância epidemiológica de eventos
adversos pós-vacinação. 3. ed.Brasília : Ministério da Saúde, 2014. 252 p.
_____. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos
Especiais. 4. ed. Brasília, 2014.
______. Morcegos em áreas urbanas e rurais: manual de manejo e controle. Brasília:
Funasa, 1998. 117p. (Manuais).
KOTAIT, I.; CARRIERI, M. L.; TAKAOKA, N. Y. Raiva: aspectos gerais e clínica. São
Paulo: Instituto Pasteur, 2009. 49 p. (Manuais, 8).
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Expert consultation on rabies: third report.
Genebra, 2018. (WHO technical report series; nº. 1012).