Você está na página 1de 2

GUIA PARA O ATENDIMENTO AOS ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Criado por Maureen Tatiana Skroski


Nov/2018
Com o objetivo de organizar, acolher e encaminhar tanto famílias, estudantes e corpo docente; e a partir dos estudos
dos documentos legais, criei o Protocolo de Acolhimento. Cabe a Equipe Pedagógica e, como responsável, o
Coordenador Pedagógico seguir os passos propostos.

1 - O setor responsável fará o levantamento na unidade de quantos alunos estão diagnosticados. Apresentar, em
tabela, o nome completo do aluno, série, qual o diagnóstico e se tem laudo ou não. Essa tabela é importante para o
Censo Escolar e deve ser atualizada e enviada para a Secretaria Escolar.

2 - Os coordenadores ou orientadores devem convocar as famílias para entrevista antes do início do ano letivo.
Solicitar laudo atualizado, se for necessário. *O Coordenador Pedagógico ou Orientador, não precisam ser
especialistas na área, no entanto devem fazer a escuta da família. Perguntar qual a expectativa para o ano. Quais as
dificuldades acadêmicas e relacionais encontradas no último ano e quais foram os pontos positivos. Perguntar sobre
novas terapias, tratamentos e uso de medicamentos. Preencher essas informações na ficha do aluno permite que o
docente tenha repertório para trabalhar com o mesmo e dar continuidade no atendimento à família.

3 - Se for aluno com TEA, convidar família e aluno para explorar o espaço escolar antes do início do ano letivo.
Apresentar a professora regente e deixar com que a criança fique um tempo com a mesma, fazendo alguma
atividade para criar vínculo. Obter informações sobre as especificidades da criança como: vai ao banheiro sozinha?
Alimentação restrita? Consegue lidar com barulho? (entrada, recreio, saída, sinal da escola). Tem estereotipias?
Hiperfoco? Oportunizar esse momento promove uma relação mais tranquila para a família e garante um ano letivo
“mais tranquilo” para o professor.

4 – Compartilhar com todos os professores, Fundamental I, Fundamental II, Aulas Especiais e Aulas Extras a tabela
dos alunos especiais, se possível com foto e estratégias.

5 - No caso do Fundamental II, por não ter mais o acompanhamento das regentes, faz-se necessário compartilhar
com os professores informações específicas, como as orientações para trabalhar com os alunos com necessidades
especiais. Também deve ser oportunizado o atendimento individual da coordenação com esses professores para
apresentar as informações de cada aluno.

6 – É importante incluir ou manter o trabalho do Professor de Apoio para o Fundamental II, pois tranquiliza o docente
em sala, que deve dedicar sua atenção, também, aos demais alunos. Com o Professor de Apoio em sala, fica mais
fácil organizar as atividades adaptadas e aplicar as avaliações. Compartilhar com o Professor de Apoio a tabela de
casos e com a coordenação pedagógica, organizar o cronograma dos acompanhamentos em sala. Esse profissional
pode ser um estagiário, volante, que atenderá demandas específicas dos alunos especiais. Por exemplo:
acompanhará alunos que precisam de ajuda apenas em matemática, com cronograma desses acompanhamentos.

7 - Compartilhar a tabela, se possível com foto, e diagnóstico dos alunos com a equipe e administrativo (biblioteca,
informática), zeladoras, inspetores e cantina. É importante que os demais colaboradores e cantina saibam quem são
esses alunos, pois muitos têm estereotipias (movimentos repetitivos), podem apresentar surtos, automutilação,
fugas, entre outros.
8 – Sobre os encaminhamentos: ao observar uma dificuldade/necessidade do estudante, o professor deverá
comunicar ao Orientador. O encaminhamento será feito pela Coordenação e não pela professora ou professor. Esse
encaminhamento será por escrito, relatando as observações da/do docente e cobrará da família o retorno do mesmo.
Será anexado ao documento a lista de especialistas, como recomendação. Fica a cargo da família escolher o
profissional e fazer o acompanhamento terapêutico. Tendo o retorno da avaliação do aluno, a coordenação
compartilhará as estratégias propostas com a/o docente e havendo necessidade, conversará com os especialistas.
Cabe ao docente avaliar o que é ou não possível de aplicar, informando ao coordenador pedagógico sobre as
estratégias que serão utilizadas.

9 - Havendo necessidade, conversar com os especialistas para receber orientações para os encaminhamentos
pedagógicos.

10 - Os alunos com necessidades educativas especiais poderão, se for o caso, fazer avaliações junto com o docente,
em outra sala sozinho (mas com supervisão) ou com a professora de apoio.

11 - É direito do aluno, com ou sem laudo, e havendo necessidade, ter atividades ou avaliações adaptadas.

REFERENCIAL TEÓRICO

Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), que estabelece diretrizes
gerais da Educação Especial.
Resolução nº 02/2001-CNE/CEB, que Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica;
Resolução CNE/CEB, nº 4, de 2 de outubro de 2009, que institui Diretrizes Operacionais para o atendimento
educacional especializado para a Educação Básica;
Decreto Federal Nº 7.611/2011, que dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e
outras providências;
Nota Técnica nº 24/2013
Nota Técnica nº4/2014
Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, que Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto
da Pessoa com Deficiência);
Deliberação nº 02/2016-CEE/PR, que estabelece normas para a Educação Especial, na Educação Básica, para o
Sistema de Ensino do Estado do Paraná;

Você também pode gostar