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12 Pages 1.0MB
Jan 11, 2023 1:50 AM GMT Jan 11, 2023 1:50 AM GMT
Summary
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Unidade Curricular
Pedagogia do Desporto e das atividades físicas
Docente
Luís Pinto Gonçalves
Discentes
João Rocha nº 22002702
Francisco Reis nº 22006056
Tiago Oliveira nº 22002341
Turma EFDE3
2022/2023
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Índice
Introdução ................................................................................................................................. 3
Enquadramento Teórico ............................................................................................................ 4
Caracterização do caso de estudo ............................................................................................. 6
Recolha de dados ....................................................................................................................... 6
Apresentação de dados ............................................................................................................. 7
Discussão e interpretação de dados .......................................................................................... 9
Conclusão ................................................................................................................................ 10
Bibliografia ............................................................................................................................... 11
Anexos ..................................................................................................................................... 12
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Introdução
Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Pedagogia do Desporto e das Atividades
Físicas, do 1º ano do Curso de Licenciatura em Educação Física e Desporto no ramo de treino
desportivo, da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.
O objetivo deste estudo é conhecer o perfil ideal de um bom treinador de jovens na perspetiva
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dos jovens atletas. Para a realização deste trabalho observámos duas equipas de formação da
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escola de futebol da Geração Benfica do Clube União Desportiva Alta de Lisboa, para perceber
quais as qualidades que um treinador de jovens deve ter. Este trabalho está dividido em duas
partes. Na primeira foi feito um enquadramento teórico, e na segunda, um questionário para
jovens atletas de futebol, nas faixas etárias de sub-13 e sub-15. Além de informações que
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caracterizam a amostra, como idade, género, desporto praticado e há quanto tempo o praticam,
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foi pedido para nomearem três qualidades e três falhas de um treinador de jovens. Com base
nas respostas, foi traçado um perfil de um bom e de um mau treinador de jovens. Após a recolha
e análise dos dados e ponderação do enquadramento teórico, obtivemos mais informação sobre
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as características que caracterizam a atividade do treinador de jovens, nomeadamente a sua
intervenção pedagógica.
Estes estudos são muito importantes para os treinadores, pois assim podem entender melhor o
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comportamento e a personalidade dos seus jogadores e ajudar os treinadores a mudar e
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melhorar a relação com os atletas, identificar falhas e aperfeiçoar o seu desempenho.
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Enquadramento Teórico
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Alguns dizem que a educação é mais que uma ciência, é uma arte. O treinador modelo de jovens
não é fácil de encontrar, mas existem qualidades e características a ter em atenção.
O treinador desportivo deve ser capaz de promover, organizar, planear, dirigir e avaliar toda a
formação dos jovens, em particular e no geral, em todas as modalidades. Eles também devem
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ter competências pedagógicas para lidar com jovens de diferentes idades e em diferentes
estágios de educação e desenvolvimento.
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O técnico deve estar bem informado sobre tudo o que diz respeito à modalidade e ser capaz de
agir de acordo com seu conhecimento. Espera-se que este tenha as decisões certas no momento
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certo. Um treinador é um técnico e um educador e deve ser aceite e respeitado por todos.
Considerando que o futebol é uma modalidade desportiva com grande impacto na sociedade
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em termos de integração e desenvolvimento social e cultural, o treinador de jovens atletas tem
um papel bastante importante e responsável.
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Intervêm em todas as fases do treino, com o objetivo geral de desenvolver o gosto pela
modalidade, controlar as expetativas dos jogadores, incentivar a prática de exercício físico,
promover a aprendizagem e melhorar os conteúdos técnico/táticos e sobretudo promover a
aquisição de valores e atitudes, fomentando o fair play.
Vários autores concordam que nem todos podem treinar, liderar e coordenar um grupo de
jovens. A forma de pensar, o jeito de ser, o comportamento, as habilidades de cada atleta são
diferentes, por isso é muito importante a compreensão, o respeito, a paciência, a motivação, a
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aceitação e a atitude do treinador para com os atletas.
Para Morris (2010), um bom treinador é aquele que entende os atletas e sabe como se
comunicar com eles para alcançar resultados, orientá-los e desenvolver seu potencial individual.
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Afirma que um treinador deve ter vários papéis - o de professor, conselheiro, líder, motivador e
mentor. É-lhe exigido dedicação e empenho, conhecimento da modalidade, aperfeiçoamento
dos métodos de treino, comunicação, consideração das diferenças individuais, motivação e
disponibilidade com os atletas.
Hoefs (2011), destaca a necessidade de conhecimento técnico da modalidade, bem como
paciência para lidar com o crescimento e desenvolvimento de jovens atletas. Também se refere
à importância da liderança numa organização, estabelecendo regras e tendo uma atitude
positiva mesmo quando o desempenho não é o melhor. Ser treinador não é só falar e dar ordens,
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é comunicar, ter conhecimento, autenticidade, respeito e perspectiva pedagógica. Hoefs (2011)
refere que são estas formas de comunicar que permitem a motivação e a criação de um
ambiente positivo no treino, o que aumenta a possibilidade de sucesso.
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Um treinador deve ter a capacidade de criar um grupo unificado para atingir metas.
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Professor Teotónio Lima (2000) diz-nos que, primeiro o ensino e depois o treino, devem ser
necessariamente uma prática que os treinadores com responsabilidade na formação dos atletas
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devem seguir como alternativa pedagógica, resultante de uma metodologia de ensino que
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proteja sobretudo os interesses e necessidades dos atletas. A ideia central do desporto juvenil
é que as crianças devem ser o alvo de todas as prioridades de desenvolvimento social, cultural
e desportivo. Nessas faixas etárias, o treinador é, antes de mais, um professor de jovens atletas,
por esse motivo deve ter uma atitude positiva, usar elogios e incentivos, reforçar e encorajar
comportamentos desejáveis e evitar punições. O mesmo afirma que uma das tarefas com maior
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importância de um treinador de jovens é trabalhar o gosto pelo treino, porque se um jovem
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gostar do que faz, suporta com maior facilidade o esforço. Fomentar um ambiente positivo leva
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a que os jovens atletas se sintam aceites, cuidados e importantes para as pessoas ao seu redor.
A interferência negativa aumenta a pressão dos praticantes, enfraquece o gosto pelo exercício
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e cria antipatia pelo treinador (Lourenço, 2005).
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Caracterização do caso de estudo
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Para este estudo, foi utilizado um questionário elaborado e cedido pelo professor desta UC
(Anexo I). O mesmo foi entregue a atletas dos escalões sub-13 e sub-15 da Escola de Futebol
Geração Benfica do clube União Desportiva Alta de Lisboa. Este é o nosso público-alvo. Para
caracterizar a amostra, foram feitas perguntas sobre características como idade, sexo, faixa
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etária e modalidade e foi também pedido aos atletas que indicassem três características,
classificadas de mais para a menos importante, que eles acreditem serem essenciais para ser
um bom treinador de jovens atletas.
Recolha de dados
Para realizar este estudo, primeiro pedimos autorização aos pais e encarregados de educação
para a realização deste inquérito, no âmbito de um trabalho da Faculdade da UC de Pedagogia.
Posteriormente, pedimos aos treinadores dos Sub-13 e Sub-15 que nos deixassem inquirir os
jogadores no final do treino. Seguidamente, os inquéritos foram entregues aos jogadores que
estavam presentes, 15 atletas sub-13 e 14 atletas Sub-15. Após o seu preenchimento, foram
recolhidos.
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Apresentação de dados
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Tabela com as qualidades escolhidas pelos atletas.
Equipa Sub-13
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Qualidades 1ª Escolha 2ª Escolha 3ª Escolha Total de Total de
3 pontos 2 Pontos 1 Ponto Pontos escolhas
Motivador 4 2 3 19 9
Exigente 3 3 1 16 7
Empenhado 3 2 0 13 5
Amável 0 1 2 5 4
Experiente 0 2 1 5 3
Bom ouvinte 1 0 1 4 2
Sincero 1 1 0 4 2
Organizado 0 1 1 3 2
Competente 1 0 0 3 2
Comunicador 0 1 1 3 2
Compreensivo 1 0 0 3 2
Assíduo 0 0 2 2 1
Paciente 1 0 2 2 1
Ambicioso 1 0 0 1 1
1
Respeitador 0 0 1 1 1
N/ Respondeu 0 0 0 0 2
Tabela 1-Escolhas Equipa Sub-13
Estas foram as características que os atletas indicaram nos inquéritos. Podemos observar que as
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3 características mais escolhidas pelos atletas para caracterizar um bom treinador foram: ser
motivador, exigente e empenhado. Podemos verificar que os atletas se focaram mais nos traços
de personalidade do treinador e nas suas competências técnicas. Na opinião dos atletas, um
bom treinador deve ser exigente em termos de desempenho, ser um líder, conhecer a
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modalidade, nunca deixar de ser amável, bom ouvinte e compreensivo.
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Equipa Sub-15
Analisando a Tabela da equipa de Sub-15, podemos analisar que as 3 qualidades mais escolhidas
pelos atletas para se ser um bom treinador foram: ser ambicioso, motivador e competente.
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Discussão e interpretação de dados
Título do Gráfico
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
1
Sub-13 Sub-15
Como podemos ver neste gráfico, há alguma diferença de opinião entre os dois públicos
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entrevistados. Em relação à qualidade “motivador”, apesar dos atletas sub-13 terem mais
pontos que os sub-15, verifica-se que ambos os escalões partilham a mesma opinião quanto a
um treinador motivador. Os jogadores sub-13 necessitam de ser mais motivados pelo treinador
e de ter mais apoio do que os jogadores sub-15. Relativamente à qualidade “exigente”, a opinião
dos dois escalões coincide, quanto maior o nível, maior a exigência. Na equipa de atletas sub 13
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destacam-se algumas qualidades como “amigável, experiente, empenhado e organizado. O fato
de serem mais jovens indica que precisam de ser mais acompanhados e de um treinador
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organizado. Nestas faixas etárias, o treinador deve motivar estes jovens e desenvolver o gosto
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pelo desporto. Na equipa de sub-15 destacam-se as qualidades “competente” e “ambicioso”,
sendo precisamente nesta idade que se inicia a fase de especialização, daí a necessidade de um
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treinador mais qualificado, competente e com metas bem definidas.
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Conclusão
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Bibliografia
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Anexos
Anexo 1
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Similarity Report ID: oid:6461:133345517
TOP SOURCES
The sources with the highest number of matches within the submission. Overlapping sources will not be
displayed.
Sources overview