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31/10/2023

BIOENERGÉTICA
rotas celulares que colhem energia química

Profa. Dra. Rita Ross


Biomedicina - 2023

Referências
• Nelson, D.l.; Cox, M.M. Lehninger Princípios de bioquímica. 3 ed. São Paulo-SP:
Worth, 2002.

• Voet, D.; Voet, J.G.; Pratt, C.W. Fundamentos de bioquímica. 1 ed. Porto alegre-
RS: Artmed, 2002.

 Galante, F. Fundamentos de Bioquímica para universitário, técnicos e demais


profissionais da saúde. 2 ed. São Paulo-SP: Rideel, 2014.

• http://link1.fadap.br:8011/AlunoOnline/

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Objetivo e Conteúdo da aula


• Conhecer as rotas metabólicas para obtenção de energia.

• O que é metabolismo?
• Reação de oxidação e redução
• Via glicolítica
• Regulação e utilização da glicose
• Fermentação

Introdução
• A glicose é o substrato energético universal para as células humanas. Cada tipo
celular nos humanos é capaz de produzir ATP a partir de glicólise, a rota na qual a
glicose é oxidada e quebrada para formar piruvato.

• Três passos metabólicos desempenham papéis na utilização da glicose para


fornecimento de energia:

 Glicólise – formação piruvato


 Respiração celular – ambiente aeróbio
 Fermentação – ambiente anaeróbio

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O que é metabolismo?
• A soma total de todas as reações químicas
envolvidas na manutenção do estado dinâmico
das células.

1. Catabolismo  processo de quebra das


moléculas para fornecer energia.

2. Anabolismo  processo de síntese


(construção) das moléculas.

As reações redox transferem elétrons e energia


• Quando uma substância transfere
um ou mais elétrons à outra
substância, ocorre uma reação de
oxidação-redução ou reação redox.

• O ganho de um ou mais elétrons por


um átomo, íon ou molécula é
denominada redução.

• A perda de um ou mais elétrons é


chamada de oxidação.

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A mitocôndria
• As mitocôndrias são
organelas complexas
presentes apenas em
células eucarióticas.
• A sua função é
produzir a maior
parte da energia das
células, através do
processo chamado de
respiração celular.

Quais são os principais compostos da via metabólica comum?

ATP
adenosina trifosfato
O ATP consiste em uma
molécula de adenosina (adenina
+ ribose) a qual estão ligados
três grupos fosfato.

A remoção de um fosfato produz


ADP, e a remoção de dois
fosfatos produz monofosfato de
adenina – AMP.
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Síntese e Degradação do glicogênio


• A síntese e a degradação do
glicogênio estão diretamente
relacionadas à ação de duas
enzimas:

 glicogênio sintetase (síntese)


 glicogênio fosforilase (degradação)

• Essas enzimas estão sob a


regulação dos hormônios insulina e
glucagon.
Síntese: a glicogênese ocorre quando há Degradação: a glicogenólise ocorre com a ↓[glicemia],
↑[glicemia]. Ela requer ↑[ATP] e liberação de quando o organismo tem ↓[ATP]. Isso é regulado pelo
insulina. Essa reserva é feita no fígado e no Glucagon e Adrenalina. O fígado tem receptor para
músculo, sendo o primeiro o regulador da glicemia. ambos, mas o músculo, só para adrenalina.
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Via glicolítica

Glicólise é a sequência metabólica composta por um conjunto de dez


reações catalisada por enzimas livres no citosol da célula, na qual a
glicose é oxidada produzindo duas moléculas de piruvato, duas
moléculas de ATP e dois equivalentes reduzidos de NADH+, que serão
introduzidos na cadeia respiratória ou na fermentação.

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Os descobridores da via glicolítica

A via glicolítica completa foi elucidada em 1940.


A via completa em leveduras (por Otto Warburg e Hans von Euler-Chelpin) e em
músculo (por Gustav Embden e Otto Meyerhof) na década de 1930.
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Tipos de reações da glicólise

• A glicólise é uma das principais rotas para geração de ATP nas células
e está presente em todos os tipos de tecidos.

1. Reações investidoras de energia


2. Reações produtoras de energia

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Citoplasma

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Etapa 1 – a glicose é fosforilada para


produzir glicose-6-fosfato.
A fosforilação da glicose é uma
reação endergônica.

Gasto
energético
1ATP

Mg2+

Reação irreversível

A carga do grupo fosfato prende o açúcar na célula porque a membrana


plasmática é impermeável a grandes moléculas. O fosfato faz a molécula
ficar mais reativa.
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Etapa 2 – A glicose-6-fosfato é convertida


aldose em seu isômero, frutose-6-fosfato.

Esta isomerização tem um papel


crítico na química da via glicolítica,
uma vez que o rearranjo dos grupos
é uma preparação necessária para
os próximos dois passos.

Mg2+
Reação reversível

cetose

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Etapa 3 – Um grupo fosfato é transferido


de ATP para frutose-6-fosfato, produzindo frutose-
1,6-bifosfato. Esta etapa é catalisada pela enzima
fosfofrutoquinase, que pode ser regulada para
Gasto acelerar ou desacelerar a via da glicólise.
energético
1ATP
O controle desta via metabólica, catalisada
pela enzima PFK, que é a enzima de controle
alostérico da glicólise. Esta etapa ocorre
para deixar a molécula simétrica para a
reação de clivagem na etapa seguinte.
Mg2+

Reação irreversível

Efeitos alostéricos na
fosfofrutoquinase

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Aproximadamente 90% das trioses


encontram-se na forma de di-
hidroxicetonafosfato (DAP), sendo esta
isomerizada rapidamente em G3P.

Reação reversível

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Gasto energético = 2 ATP

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Reação reversível

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Reação reversível

Mg2+

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Mg2+

Reação reversível

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Esta é uma reação de desidratação


catalisada pela enzima enolase.
O 2-fosfoglicerato é desidratado
formando uma molécula de água.

Reação reversível

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Mg2+ /Mn2+ /K+

Reação irreversível

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Produção da glicólise

O balanço entre o investimento


energético e a recuperação
energética resulta em duas
moléculas de piruvato.

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Formação da Acetil-CoA

Um processo irreversível de
oxidação no qual o grupo
carboxila é removido do
piruvato na forma de uma
molécula de dióxido de
carbono.
Os dois carbonos
remanescentes tornam-se um
grupo acetil do acetil-CoA.

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Na clínica... Tumores podem ser visualizados


com 2-18F-2-D-desoxiglicose
(FDG) e tomografia por emissão
de pósitrons.

A. Um análogo não metabolizável da


glicose infundido em um paciente e
detectado por uma combinação de
emissão de pósitrons e de tomografia
auxiliada por computação revela um
tumor maligno (T).
B. Após 4 semanas de tratamento com um
inibidor da tirosina quinase, o tumor não
mostra captação de FDG, que indica
metabolismo diminuído. O excesso de
FDG, que é excretado na urina, também
permite a visualização dos rins (K) e da
bexiga (B).
Cortesia das imagens de A.D. Van den Abbeele,
Dana-Farber Cancer Institute, Boston.

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Fermentação
• Muitos organismos e algumas células vivem sem O2, obtendo toda a sua energia
da glicólise e da fermentação.

• Em conjunto, essas rotas oxidam parcialmente a glicose e geram produtos que


contém energia, como ácido láctico e etanol.

• As reações de fermentação oxidam anaerobiamente o NADH + H+ produzido na


glicólise.

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Fermentação do ácido láctico.

A glicólise produz piruvato, bem


como ATP e NADH + H+, a partir
da glicose.

A fermentação do ácido láctico usa


NADH + H+ como agente redutor,
reduz piruvato a ácido láctico
(lactato).

O lactato é o produto final da


glicólise anaeróbica, ex. no
músculo em exercício e nas
hemácias, onde não há
mitocôndrias para permitir a
oxidação adicional do piruvato.

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Principais locais teciduais de produção de lactato em um homem em repouso

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Na clínica
• As condições que comprometem o metabolismo do piruvato frequentemente
levam à acidose láctica.

• Acidose láctica é uma condição causada pelo acúmulo de ácido láctico no corpo.

• Isso leva à acidificação do sangue (acidose), sendo considerada uma forma


distinta de acidose metabólica.

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Ciclo de Cori
O ciclo de Cori é uma
cooperação metabólica
entre músculos e fígado.

Com um trabalho muscular


intenso, o músculo usa o
glicogênio de reserva como
fonte de energia, via
glicólise.

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ATÉ A PRÓXIMA AULA!

rita.nunes@fadap.br

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