Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ficha Catalográfica
300 p; 14,8x21 cm
Introdução.................................................................9
Entre_vista com Christiane Crasemann Collins............17
Entre_vista com Jean-Louis Cohen..............................37
Entre_vista com Bernardo Secchi.................................55
Entre_vista com Marco Biraghi....................................81
Entre_vista com Yannis Tsiomis....................................113
Entre_vista com Otília Beatriz.....................................131
Entre_vista com José Cláudio Gomes..........................165
Entre_vista com Benamy Turkienicz ............................185
Entre_vista com Rômulo Krafta...................................221
Entre_vista com Donatella Calabi...............................241
Entre_vista com Guido Zucconi...................................281
Sobre o autor.............................................................297
8
Sobre Projeto Urbano: Entre_vistas
como estratégia para construção de
um itinerário de pesquisa
10
Introdução
11
Adalberto RETTO JR.
12
Introdução
13
Adalberto RETTO JR.
14
Introdução
15
16
Entre_vista com Christiane Crasemann
Collins
1. Introdução
17
Adalberto RETTO JR.
18
Entre_vista com Christiane Crasemann Collins
19
Adalberto RETTO JR.
8 DUANY, Andes; PLATER-ZYBERK, Elizabeth; ALMINANA, Robert. The new civic art -
elements of town planning. Nova York, Rizzoli, 2003.
9 CHASTEL, André. Architettura e cultura nella Francia del cinquecento. Torino, Ei-
naudi, 1991.
20
Entre_vista com Christiane Crasemann Collins
21
Adalberto RETTO JR.
22
Entre_vista com Christiane Crasemann Collins
23
Adalberto RETTO JR.
2. Der Städtebau
24
Entre_vista com Christiane Crasemann Collins
25
Adalberto RETTO JR.
3. Declinações locais
26
Entre_vista com Christiane Crasemann Collins
27
Adalberto RETTO JR.
28
Entre_vista com Christiane Crasemann Collins
29
Adalberto RETTO JR.
5. Werner Hegemann
30
Entre_vista com Christiane Crasemann Collins
31
Adalberto RETTO JR.
32
Entre_vista com Christiane Crasemann Collins
7. Créditos
33
Adalberto RETTO JR.
34
Entre_vista com Christiane Crasemann Collins
Revisão
35
36
Entre_vista com Jean-Louis Cohen
1. Introdução
37
Adalberto RETTO JR.
38
Entre_vista com Jean-Louis Cohen
39
Adalberto RETTO JR.
40
Entre_vista com Jean-Louis Cohen
41
Adalberto RETTO JR.
42
Entre_vista com Jean-Louis Cohen
43
Adalberto RETTO JR.
44
Entre_vista com Jean-Louis Cohen
45
Adalberto RETTO JR.
46
Entre_vista com Jean-Louis Cohen
47
Adalberto RETTO JR.
6. Manfredo Tafuri
48
Entre_vista com Jean-Louis Cohen
49
Adalberto RETTO JR.
7. Créditos
Jean-Louis Cohen
Arquiteto e historiador. Professor do Institute of Fine Art de
50
Entre_vista com Jean-Louis Cohen
51
Adalberto RETTO JR.
Tradução
Zeila Oppermann Sampaio – Alliance Française – Centre
Correspondant Bauru
Revisão
Adalberto da Silva Retto Júnior
Imagens
As imagens dos módulos 2, 3 e 7 foram retiradas da pesquisa
«Italophilie» publicada na Revista IN Extenso, 1984
52
Entre_vista com Jean-Louis Cohen
53
54
Entre_vista com Bernardo Secchi
1. Introdução
55
Adalberto RETTO JR.
56
Entre_vista com Bernardo Secchi
2. Il Racconto Urbanistico
57
Adalberto RETTO JR.
58
Entre_vista com Bernardo Secchi
59
Adalberto RETTO JR.
60
Entre_vista com Bernardo Secchi
61
Adalberto RETTO JR.
63
Adalberto RETTO JR.
64
Entre_vista com Bernardo Secchi
5. O papel do urbanista
65
Adalberto RETTO JR.
66
Entre_vista com Bernardo Secchi
67
Adalberto RETTO JR.
6. Renovatio urbis
68
Entre_vista com Bernardo Secchi
69
Adalberto RETTO JR.
7. Cidade / palimpsesto
70
Entre_vista com Bernardo Secchi
71
Adalberto RETTO JR.
72
Entre_vista com Bernardo Secchi
8. New Territories
73
Adalberto RETTO JR.
74
Entre_vista com Bernardo Secchi
9. Créditos
Bernardo Secchi
75
Adalberto RETTO JR.
76
Entre_vista com Bernardo Secchi
77
Adalberto RETTO JR.
78
Entre_vista com Bernardo Secchi
79
80
Entre_vista com Marco Biraghi
1. Introdução
1 Ciclo intitulado Per a Manfredo Tafuri, organizado pelo Col-legi Oficial d’Arquitectes
de Catalunya. As outras intervenções no mesmo ciclo foram de Josep Maria Rovira, Ignasi So-
la-Morales, Victor Pérez Escolano, Carlos Sambricio e Fernando Marias.
81
Adalberto RETTO JR.
que deveria ser distribuído no mesmo dia da morte. Com o título ‘Um
cadáver’, reunia escritores importantes e declarações tomadas da
imprensa, juntamente com textos ásperos e insultantes de Soupault,
Éluard, Breton, Aragon e outros companheiros ocasionais”2.
A imagem construída por Quetglas ilustra em negativo sua
manifestação. Em suas palavras: “Primeiro, porque careço da solene
alegria, da qualidade intelectual, do rigor vital daqueles homens de
1924. Segundo, porque Manfredo Tafuri não foi Anatole France. Não
foi mais do que o autor de alguns livros conhecidos em círculos de
aficionados e especialistas em história da arquitetura”.
Durante o mesmo ciclo Josep Maria Rovira, citado por Quetglas,
declara que Tafuri não conheceu, em toda sua trajetória intelectual,
nenhuma modificação, pois desde fins dos anos sessenta até seu
colapso, uma mesma e única Razão o seguiu, segura e intocável,
sempre igual e atenta a si mesma, denunciando primeiro a grande
cumplicidade entre Arquitetura – entendida como trabalho
intelectual, como ideologia disciplinar, como prática operativa
concreta – e Capital, em seu desenvolvimento, estratégia e astúcia.
Desvelando logo, minuciosamente, os nós críticos do pacto URSS e
USA, as distintas Vienas, Weimar, até chegar a descobrir e identificar,
por meio de uma análise histórica paciente e minuciosa, as origens
do moderno localizadas no mundo do “Renascimento” italiano.
Em 1969, Paolo Portoghesi, que naquele intervalo tinha
conduzido os estudos sobre Guarini e Borromini, publica um artigo
na Constrospazio, de título emblemático: “Autopsia o vivisezione
dell’architettura?”3, no qual sustenta a posição de estranheza da
crítica e da historiografia moderna em relação à crise que tinha
atingido a arquitetura daquele período. Ele denuncia a “dificuldade
dos críticos mais qualificados de destacarem-se dos seus esquemas e
do caráter puramente reacionário e regressivo das raras alternativas
2 QUETGLAS. Josep. Un cadáver. Palabras para Manfredo Tafuri. Quaderns d’arquitec-
tura i urbanisme, nº 210. Barcelona, 1995.
3 Tradução: Autopsia e dissecação da arquitetura.
82
Entre_vista com Marco Biraghi
83
Adalberto RETTO JR.
84
Entre_vista com Marco Biraghi
8 Cacciari ressalta que o próprio título de Ricerca del Rinascimento: principi, città,
architetti, de Manfredo Tafuri, já é um exercício de filologia viva, pois deixa de ser uma pes-
quisa sobre o Renascimento para incorporar a “própria visão do Renascimento como pesqui-
sa”. No sentido lato, segundo uma idéia oitocentesca, o objeto da filologia é o conhecimento
daquilo que foi produzido pelo espírito humano, isto é, do conhecido. Muitos teorizaram e
também praticaram análises do mundo figurativo e material com intenções filológicas, mas
vale recordar que cabe à escola Les Annales uma redefinição recente no sentido teorético e
metodológico do papel das fontes na pesquisa histórica, por meio de inovações no que diz
respeito às modalidades e às técnicas de interpretação dos dados, assim como ao alargamento
dos horizontes analíticos. Nessa redefinição, coloca-se, por exemplo, aquele modo de cons-
truir conhecimento histórico por meio da análise estatística de um grande número de dados,
injustamente deixados de lado pela filologia tradicional. Fernand Braudel nos mostra com uma
história quantitativa que dá relevância documental à multidão de fatos diminutos, externos à
sacralidade do evento, como os nascimentos e as mortes, habitações e vestuário, etc. É nesse
contexto que se tem uma dilatação do campo de investigação do histórico: A história – nos
diz Lucien Febvre – “se faz com os documentos escritos, certamente. Quando estes existem.
Mas pode-se fazer também, quando os documentos escritos não existem [...]. Logo, com as
palavras. Com os signos. Com a paisagem e as telhas. Com os eclipses da lua e as rédeas dos
cavalos de carga. Com as perícias das pedras feitas pelos geólogos e com as análises de metais
feitas pelos químicos. Em suma, com tudo aquilo que, pertencendo ao homem, depende do
homem, serve ao homem, exprime o homem, demonstra a presença, a atividade, os gostos e
modos de ser dos homens”. Se o objeto da filologia é o estudo com o fito de compreender e
explicar um mundo de signos e sentidos por meio da obra, se é o estudo a fim de reconhecer os
traços genéticos e estruturais de uma obra, e se além de tudo tem o fim de um trabalho sobre a
obra – saturar lacunas ou produzir integração apropriadas –, então o procedimento filológico
percorre a linha da construção.
85
Adalberto RETTO JR.
86
Entre_vista com Marco Biraghi
87
Adalberto RETTO JR.
88
Entre_vista com Marco Biraghi
89
Adalberto RETTO JR.
90
Entre_vista com Marco Biraghi
19 In www.documenti.ve.it.
20 Cacciari reforça que Tafuri como “homem póstumo, ensinava a coisa mais difícil: a
arte do desencanto junto à esperança e a fé”. CACCIARI, Massimo. Quid tum. Casabella, nº 619-
620. Milão, Elemond Periodici, jan./fev. 1995, p. 168.
91
Adalberto RETTO JR.
2. Projeto de crise
92
Entre_vista com Marco Biraghi
93
Adalberto RETTO JR.
a Louis Kahn, que antes foi visto como um “salvador”, e depois, como
uma espécie de “início do fim” da arquitetura moderna, nos ombros
do qual recaiu a as culpas de qualquer falência... Em geral, a sua
abordagem sempre foi muito crítica em relação a toda arquitetura
que teve a ilusão de poder evitar prestar as contas com a realidade.
Uma abordagem histórica-crítica baseada na crítica da ideologia (e
da utopia, como seu necessário correlato) não podia menos que por
de frente a um aut aut21 de uma inteira cultura arquitetônica – e de
conseqüência por um aut aut a si mesmo. O projeto de Tafuri foi, no
meu ponto de vista, um dos grandes produtos da modernidade (e
também um dos últimos, provavelmente). O problema para nós hoje
é compreendermos em que medida este projeto seja verdadeiramente
“histórico”, e por isso pertença à sua época, ou mesmo possa ser útil
também para nós.
21 Expressão latina que significa “ou sim ou não”, “de um modo ou de outro”.
94
Entre_vista com Marco Biraghi
3. O objeto da história
95
Adalberto RETTO JR.
96
Entre_vista com Marco Biraghi
4. A crítica operativa
97
Adalberto RETTO JR.
98
Entre_vista com Marco Biraghi
5. Cidade Território
99
Adalberto RETTO JR.
100
Entre_vista com Marco Biraghi
101
Adalberto RETTO JR.
102
Entre_vista com Marco Biraghi
103
Adalberto RETTO JR.
7. Tafuri e Koolhass
104
Entre_vista com Marco Biraghi
105
Adalberto RETTO JR.
8. Crítica contemporânea
106
Entre_vista com Marco Biraghi
107
Adalberto RETTO JR.
108
Entre_vista com Marco Biraghi
9. Crédito
Marco Biraghi
Nascido em Milão, em 1959, é professor de História da Arquitetura
Contemporânea na Facoltà di Architettura Civile del Politecnico de
Milão. Faz parte do comitê de redação da revista Casabella. Entre
as suas publicações: Porta multifrons. Forma, immagine, simbolo
(Sellerio, Palermo 1992), Hans Poelzig. Architectura, Ars Magna
(Arsenale, Venezia, 1992), Béla Lajta. Ornamento e modernità
(Electa, Milano 1999). Além disso foi curador da edição italiana do
livro Delirious New York de Rem Koolhaas (Electa, Milano, 2001), da
coleção de textos de Ezio Bonfanti (Nuovo e moderno in architettura,
109
Adalberto RETTO JR.
110
Entre_vista com Marco Biraghi
111
112
Entre_vista com Yannis Tsiomis
1. Introdução
113
Adalberto RETTO JR.
2. Questões de escala
114
Entre_vista com Yannis Tsiomis
115
Adalberto RETTO JR.
116
Entre_vista com Yannis Tsiomis
118
Entre_vista com Yannis Tsiomis
119
Adalberto RETTO JR.
120
Entre_vista com Yannis Tsiomis
121
Adalberto RETTO JR.
122
Entre_vista com Yannis Tsiomis
123
Adalberto RETTO JR.
124
Entre_vista com Yannis Tsiomis
126
Entre_vista com Yannis Tsiomis
5. Créditos
Yannis Tsiomis
Arquiteto, Urbanista e Doutor em Letras greco-francês. Diretor
de estudos na École des Hautes Études en Sciences Sociales e na
Universidade de Paris VIII e professor na Escola de Arquitetura de
Paris La Villette. Foi nomeado “Chevalier des Palmes académiques”
(Cavaleiro das Palmas Acadêmicas), Ordem de Cavalaria para
acadêmicos e figuras culturais e educacionais, pelo Ministério da
Educação Nacional da França
Adalberto da Silva Retto Júnior
Professor de Desenho Urbano e História do Urbanismo na
Universidade Estadual Paulista - Unesp, Professor Visitante da
Universite Sorbonne Paris I (Visiting Scholar) do Master Erasmus
Mundus Techiniques, Patrimoine, Terrotoires de l’industrie. Possui
pós-doutorado no Doutorado de Excelencia do Istituto Universitario
de Arquitetura de Veneza - Italia. Doutor pela Faculdade de Arquitetura
e Urbanismo da Universidade de Sao Paulo e Instituto Universitario
de Arquitetura de Veneza. Atua na linha de pesquisa “Conhecimento
Histórico Ambiental Integrado na Planificação Territorial e Urbana”
alimentado por duas sub-linhas: História da Cidade e do Territorio e
127
Adalberto RETTO JR.
128
Entre_vista com Yannis Tsiomis
129
130
Entre_vista com Otília Beatriz
1. Introdução
131
Adalberto RETTO JR.
2. Cidades “ocasionais”
133
Adalberto RETTO JR.
134
Entre_vista com Otília Beatriz
135
Adalberto RETTO JR.
136
Entre_vista com Otília Beatriz
137
Adalberto RETTO JR.
138
Entre_vista com Otília Beatriz
139
Adalberto RETTO JR.
141
Adalberto RETTO JR.
142
Entre_vista com Otília Beatriz
143
Adalberto RETTO JR.
144
Entre_vista com Otília Beatriz
5. Arquitetura da cidade
145
Adalberto RETTO JR.
146
Entre_vista com Otília Beatriz
147
Adalberto RETTO JR.
148
Entre_vista com Otília Beatriz
149
Adalberto RETTO JR.
150
Entre_vista com Otília Beatriz
151
Adalberto RETTO JR.
152
Entre_vista com Otília Beatriz
153
Adalberto RETTO JR.
154
Entre_vista com Otília Beatriz
155
Adalberto RETTO JR.
156
Entre_vista com Otília Beatriz
157
Adalberto RETTO JR.
158
Entre_vista com Otília Beatriz
159
Adalberto RETTO JR.
que já não tenho mais idade e ânimo para uma pesquisa detalhada
que possa acrescentar algo ao que já vem sendo dito, até nas ruas...
8. Ficha técnica
160
Entre_vista com Otília Beatriz
161
Adalberto RETTO JR.
162
Entre_vista com Otília Beatriz
163
164
Entre_vista com José Cláudio Gomes
1. Introdução
165
Adalberto RETTO JR.
166
Entre_vista com José Cláudio Gomes
2. Urbanismo do pós-guerra
167
Adalberto RETTO JR.
168
Entre_vista com José Cláudio Gomes
3. Projeto urbano
169
Adalberto RETTO JR.
170
Entre_vista com José Cláudio Gomes
4. Grands Projets
Croquis
171
Adalberto RETTO JR.
172
Entre_vista com José Cláudio Gomes
Estudos
173
Adalberto RETTO JR.
174
Entre_vista com José Cláudio Gomes
175
Adalberto RETTO JR.
6. Análise e projeto
176
Entre_vista com José Cláudio Gomes
177
Adalberto RETTO JR.
178
Entre_vista com José Cláudio Gomes
179
Adalberto RETTO JR.
180
Entre_vista com José Cláudio Gomes
8. Créditos
182
Entre_vista com José Cláudio Gomes
Entrevista
A entrevista foi disponibilizada em Vitruvius em julho de 2005.
183
184
Entre_vista com Professor Turkienicz
185
Adalberto RETTO JR.
186
Entre_vista com Professor Turkienicz
187
Adalberto RETTO JR.
188
Entre_vista com Professor Turkienicz
189
Adalberto RETTO JR.
190
Entre_vista com Professor Turkienicz
191
Adalberto RETTO JR.
192
Entre_vista com Professor Turkienicz
193
Adalberto RETTO JR.
194
Entre_vista com Professor Turkienicz
195
Adalberto RETTO JR.
197
Adalberto RETTO JR.
198
Entre_vista com Professor Turkienicz
199
Adalberto RETTO JR.
200
Entre_vista com Professor Turkienicz
201
Adalberto RETTO JR.
202
Entre_vista com Professor Turkienicz
203
Adalberto RETTO JR.
204
Entre_vista com Professor Turkienicz
205
Adalberto RETTO JR.
206
Entre_vista com Professor Turkienicz
207
Adalberto RETTO JR.
e econômico.
Para tanto será necessário aferir, constantemente, o desempenho
equilibrado dos diferentes territórios urbanos de uma mesma cidade.
Deveremos mudar de paradigma: em vez do planejamento urbano
baseado em regras de conformidade para os edifícios construídos
em lotes privados, deveremos migrar para um planejamento urbano
baseado no desempenho de vizinhanças e de bairros medidos por
indicadores internacionalmente reconhecidos.
Com essas aferições sistemáticas e a publicação de seus resultados,
para cada comunidade urbana, será finalmente possível fazer com
que a participação comunitária prevista pelo Estatuto da Cidade
possa ser mais informada. Com informação, poderiam debater,
com dados confiáveis, a qualidade dos seus espaços de convivência
e a contribuição de cada território para a qualificação ambiental
e o desenvolvimento econômico da cidade. Em lugar de somente
máximos, estabelecidos através de regras aplicadas à construção de
edifícios, deverão ser estabelecidos mínimos de desempenho para
cada região da cidade.
As regras de conformidade, hoje rigidamente aplicadas a edifícios
construídos em lotes privados, serão tão flexíveis quanto necessárias
para privilegiar as estratégias ambientais que correspondam ao
espaço entre os edifícios. Edifícios serão projetados para poupar
energia (diminuindo a pegada ecológica), oferecerem espaços para
atividades econômicas necessárias (contribuindo para aumentar as
oportunidades de emprego, renda e desenvolvimento econômico).
Tom Verebes (2014) postula que estamos diante de novos
paradigmas de planejamento urbano: devido a permanentes
incertezas e cenários econômicos instáveis é preciso planejar
não somente para o crescimento, mas também para a retração
demográfica. Transformações abruptas, como foi o caso de Detroit,
nos Estados Unidos, ensinam que alterações da ocupação de cidades
208
Entre_vista com Professor Turkienicz
209
Adalberto RETTO JR.
210
Entre_vista com Professor Turkienicz
211
Adalberto RETTO JR.
212
Entre_vista com Professor Turkienicz
213
Adalberto RETTO JR.
214
Entre_vista com Professor Turkienicz
215
Adalberto RETTO JR.
216
Entre_vista com Professor Turkienicz
217
Adalberto RETTO JR.
218
Entre_vista com Professor Turkienicz
219
220
Entre_vista com Prof. Dr. Rômulo Krafta1
Adalberto da Silva Retto Júnior2
221
Adalberto RETTO JR.
222
Entre_vista com Prof. Dr. Rômulo Krafta
223
Adalberto RETTO JR.
224
Entre_vista com Prof. Dr. Rômulo Krafta
225
Adalberto RETTO JR.
226
Entre_vista com Prof. Dr. Rômulo Krafta
227
Adalberto RETTO JR.
228
Entre_vista com Prof. Dr. Rômulo Krafta
4. Teoria do Fragmento
A fragmentação que hoje, sem distinção de partes, caracteriza o
contexto urbano, é um fato para o qual um projeto que opera e se
baseia nele não pode ignorá-lo. Mas a centralidade da questão não
consiste em reconhecer o fragmento em si, mas restituir a partir do
projeto do fragmento (do mesmo) a “inteireza” perdida da cidade.
Em meados da década de 1980, há uma retomada de conceitos
centrais como pertencimento, contexto, identidade, que poderiam
compor uma teoria do fragmento sob a égide de uma única senha
“modificação “.
É possível encontrar os traços de uma possível “teoria do
fragmento” na sedimentação do corpo da disciplina do Projeto
Urbano no Brasil?
Acho que aquela ideia do Rowe&Koetter de uma cidade tipo
patchwork, uma colagem de utopias em miniatura não poderia ir
muito longe, como não foi. Igualmente, supor que tenha havido, em
algum momento uma teoria do fragmento me parece fora de medida,
aparte a própria Collage City, que está longe de ser uma teoria
de projeto. Pode-se dizer que contra uma possível teoria geral do
fragmento há a realidade inexorável da mudança urbana, que ronda
qualquer permanência no tecido urbano e, mais cedo ou mais tarde,
destrói os fragmentos, apenas para recriá-los com novos limites e
novas configurações. Hoje se cogita a possibilidade de um desenho
adaptativo (Batty 2017), cujo nome sugere justamente a busca, mais
do que uma teoria pronta, de uma maneira de lidar com a mudança,
assim como com a pluralidade de agentes.
229
Adalberto RETTO JR.
230
Entre_vista com Prof. Dr. Rômulo Krafta
6. Christopher Alexander
O tema do projeto urbano está no centro das atenções de uma
nova teoria do escrita por Christopher Alexander.
O texto “Alexander’s Theories Applied to Urban Design”, do qual
o senhor é um dos autores, é um claro resgate das teorias do autor
para o debate na cidade contemporânea. Algumas das propostas
do conhecido autor, destinadas a dar vida a projetos “vivos,
morfogenéticos e incrementais”, são testadas em um estudo em
várias cidades como Roma.
Os procedimentos e interpretações alexanderianos, com as
necessárias adaptações e simplificações, também podem ser
pensadas na realidade brasileira?
As formulações do Alexander são sempre controversas e incluem
uma boa dose de obscuridade e ambiguidade. No artigo citado acima
exploramos um texto de Alexander chamado Harmony Seeking
Computations (2005), no qual ele parece tentar vir a termos com a
teoria geral da complexidade, à sua maneira. Como já foi sugerido
anteriormente aqui, as diversas teorias da complexidade existentes
partem do pressuposto de haver formação de macro-ordem a
partir da interação de uma grande quantidade de agentes, dada
em nível local, quer dizer, uma população enorme de agentes, cada
um interagindo com apenas alguns outros, segundo protocolos
conhecidos; a simultaneidade dessas interações formaria uma teia
de tal forma intrincada que seria impossível antever sua configuração
231
Adalberto RETTO JR.
232
Entre_vista com Prof. Dr. Rômulo Krafta
233
Adalberto RETTO JR.
234
Entre_vista com Prof. Dr. Rômulo Krafta
235
Adalberto RETTO JR.
236
Entre_vista com Prof. Dr. Rômulo Krafta
237
Adalberto RETTO JR.
Referências
Allen, P. (1997) Cities and Regions as Self-Organizing Systems Models of
Complexity. Londres, Taylor & Francis.
Alexander, C. (2005) Harmony Seeking Computations, The Grand
Challenge in Non-Classical Computation International Workshop. UK,
University of York
Alfasi, N, Portugali, J. (2004) Planning Just-in-time versus Planning Just-
in-case. Cities (vol. 21)
Bak, P. (1996) How Nature Works: the science of self-organized criticality.
Nova York, Copernicus.
Batty, M. (2007) Cities and Complexity. Understanding cities with
cellular automata, agent-based Models and Fractals. Cambridge, MIT Press.
Bettencourt, L. (2013) The origins of Scaling in cities. Washington,
Science (vol. 340)
Del Rio, V. (1990) Introdução ao Desenho Urbano no Processo de
Planejamento. São Paulo, Pini.
De Roo, G., Silva, E. (2010) A Planner’s Encounter with Complexity.
Farnham, Ashgate.
Hillier, B., Hanson, J. (1985) The Social Logic of Space. Cambridge,
Cambridge University Press.
Krafta, R. (1986) Desenho urbano e regulamentação urbanística. Em:
TURKIENICZ, Benamy; MALTA, Maurício (org.). Desenho urbano – Anais do
II Seminário sobre desenho urbano no Brasil. São Paulo, Pini, 1986.
Lyotard, F. (2000) A condição Pós-moderna. Trad. Ricardo Corrêa
Barbosa. 6a ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2000.
Portugali, J. (1999) Self-organization and the city. Berlin, Springer.
Portugali, J., Stolk, E. (2016) Complexity, Cognition, Urban Planning and
Design. Berlin, Springer.
Rowe, C., Koetter, F. (1979) Collage City, Massachusetts, MIT Press.
West, G. (2017) Scale: The Universal Laws of growth, innovation,
sustainability and the pace of life in organisms, cities, economies and
238
Entre_vista com Prof. Dr. Rômulo Krafta
239
240
Entre_vista com Donatella Calabi
241
Adalberto RETTO JR.
242
Entre_vista com Donatella Calabi
243
Adalberto RETTO JR.
244
Entre_vista com Donatella Calabi
2. Questão de método
245
Adalberto RETTO JR.
246
Entre_vista com Donatella Calabi
247
Adalberto RETTO JR.
248
Entre_vista com Donatella Calabi
249
Adalberto RETTO JR.
250
Entre_vista com Donatella Calabi
251
Adalberto RETTO JR.
252
Entre_vista com Donatella Calabi
253
Adalberto RETTO JR.
254
Entre_vista com Donatella Calabi
255
Adalberto RETTO JR.
256
Entre_vista com Donatella Calabi
14 Manfredo Tafuri, Ricerca del Rinascimento, Torino 1992, p. 127: “Ampliare lo spettro
delle analisi verificabili” é um apelo lançado no capítulo em que o autor trabalha com analogias
e diferenças nas estratégias urbanas das cidades italianas entre os séculos XV e XVI. Para o
período medieval, a falta de estudos comparativos sobre a configuraçao do espaço urbano é
lamentado por Jacques Heers, quando se propõe de levar adiante uma leitura deste tipo em: La
ville au Moyen Age, Paris 1980.
15 Paul Veyne, Comment on écrit l’histoire, Paris 1978, p. 85.
16 Lucien Febvre, Problemi di metodo storico, Torino 1976 2, p. 182.
257
Adalberto RETTO JR.
258
Entre_vista com Donatella Calabi
21 Fernand Braudel, Civiltà e imperi del Mediterraneo nell’età di Filippo II, Torino 1976, I,
p. 330.
259
Adalberto RETTO JR.
260
Entre_vista com Donatella Calabi
261
Adalberto RETTO JR.
262
Entre_vista com Donatella Calabi
263
Adalberto RETTO JR.
264
Entre_vista com Donatella Calabi
265
Adalberto RETTO JR.
266
Entre_vista com Donatella Calabi
267
Adalberto RETTO JR.
268
Entre_vista com Donatella Calabi
270
Entre_vista com Donatella Calabi
29 Paul M. Hohemberg, LLynn Hollen Lees, La città europea dal Medio Evo a oggi, Bari
1987, pp. 9-15; R. Mols, Introduction à la Demographie Historique des villes d’Europe du XIV au
XVIII siècle, Louvain 1954.
30 Léopold Genicot, Les grandes villes de l’Occident en 1300, in: Economies et sociétés au
moyen Age, Melanges offerts à E. Perroy, Paris 1973, pp. 199-219.
31 Léopold Genicot, Les grandes villes de l’Occident en 1300, in: Economies et sociétés au
moyen Age, Melanges offerts à E. Perroy, Paris 1973, pp. 199-219.
271
Adalberto RETTO JR.
272
Entre_vista com Donatella Calabi
273
Adalberto RETTO JR.
40 Guido D’Agostino, Città e monarchie nazionali nell’Europa moderna, in: Pietro Rossi (a
cura di), Modelli di città, Torino 1987, p. 399.
41 Marino Berengo, cit., pp. 669-670.
42 Giorgio Chittolini, La città europea tra Medioevo e Rinascimento, in P. Rossi (a cura di),
cit., pp. 370-393.
274
Entre_vista com Donatella Calabi
potências mundiais43.
É um fato que, para ler a estrutura edificada, parece mais do
que nunca necessário dotar-se de algum instrumento que permita
observá-la através da “abstração da longa duração”, sem negligenciar
as operações que se medem no tempo breve44.
AR e BB: A senhora poderia discorrer sobre o estudo da cidade
como variável de transformação?
DC: Foi observado no passado que responder à pergunta “que
coisa é uma cidade?” para o período entre os séculos XI e o XIV, é
aparentemente muito fácil: a maior parte dos escritos e das pinturas
mostra a cidade como cinturão murado, densamente construída no
seu interior, com um perfil dominado pelas construções religiosas;
o coração da vida ativa é o mercado, onde se efetua a troca entre
os vários setores de produção; no momento em que se consolida
esta centralidade, acrescentam-se funções culturais e político-
administrativas45. Mas, ao longo dos séculos, a maior parte das cidades,
mesmo permanecendo em boa medida fiel à própria imagem, não a
preserva: em geral suscita não um discurso, mas outros discursos
simultâneos que se entrecruzam. Os séculos XVI e XVII não fogem
certamente a esta regra. Ao contrário, na Europa é justamente esta a
fase em que uma série de iniciativas de definições setoriais preparam
o nascimento da cidade contemporânea46: iniciativas que são em
parte velhas, porque são repetitivas de outras já empreendidas no
passado, e em parte totalmente novas. Existem fatores externos que
condicionam o desenvolvimento e as transformações das cidades,
nesta ótica é possível estudar a cidade como variável dependente; ou
275
Adalberto RETTO JR.
9. Crédito
Donatella Calabi
276
Entre_vista com Donatella Calabi
277
Adalberto RETTO JR.
278
Entre_vista com Donatella Calabi
279
280
Entre_vista com Guido Zucconi
1. Introdução
281
Adalberto RETTO JR.
282
Entre_vista com Guido Zucconi
2. Biografia e historiografia
283
Adalberto RETTO JR.
284
Entre_vista com Guido Zucconi
285
Adalberto RETTO JR.
286
Entre_vista com Guido Zucconi
287
Adalberto RETTO JR.
288
Entre_vista com Guido Zucconi
289
Adalberto RETTO JR.
5. O quantitativo e o qualitativo
290
Entre_vista com Guido Zucconi
291
Adalberto RETTO JR.
6. Continuidade histórica
292
Entre_vista com Guido Zucconi
293
Adalberto RETTO JR.
7. Créditos
Guido Zucconi
Nasceu em Modena (1950), formou-se m Arquitetura junto ao
Politécnico de Milão (1975), posteriormente obteve o título de Master
em História da Arquitetura junto à Universidade de Princeton, USA
(1977). Ensinou junto à Faculdade de Arquitetura de Veneza, Milão
e na Faculdade de Letras da Universidade de Udine. Desde 1994 é
professor do Instituto Universitário de Arquitetura de Veneza (IUAV),
na qualidade de titular de ensino de História da Arquitetura, mantém
cursos de História do Urbanismo e de História da Arquitetura
contemporânea.
Foi “visiting professor” na Universidade de Edimburgo em 2000 e
na Ecole Pratique de Hautes Etudes, na Sorbonne em Paris em 2001.
Fez conferências em Roma, Napoles, Milão, Turim, Palermo, Atenas,
Lion, Paris, Londres, Edimburgo, São Paulo, Brasília.
294
Entre_vista com Guido Zucconi
295
Adalberto RETTO JR.
abril de 2004.
Tradução
A versão em português é de Ilda Rugai Delicato, com revisão de
Adalberto Retto Júnior e de Norma Constantino.
Imagens
Fernanda Turini
296
Sobre o Autor
Sobre o Autor
297
Adalberto RETTO JR.
298
Sobre o Autor
299
Adalberto RETTO JR.
300
A coletânea ilustra um quadro sinóptico de
dez entrevistas realizadas a partir de 2003,
e destaca a importância das mesmas para
construção de um itinerário de pesquisa no
campo da historiografia do projeto urbano
em escala internacional. As perguntas
foram previamente apresentadas e lapida-
das, em conjunto, tendo por base um plano
de pesquisa predeterminado, cujo objetivo
primordial era fornecer uma estrutura para
que os entrevistados expressassem seus
pontos de vista, a partir de uma abordagem
centrada nas variáveis da pesquisa e nas
características do fenômeno estudado. Em
síntese, as entrevistas foram pensadas
como estratégia de coleta de dados primá-
rios ou em combinação com observações e
análises de outros tipos de documentos.
Adalberto RETTO JR