Você está na página 1de 16

ASB

01

RELAÇÕES HUMANAS

CÓDIGO DE ÉTICA ODONTOLÓGICA

Rua Tomaz Gonzaga, Praça Artur Lago nº 27, Pernambués, Cep : 41.130.330, SSA / BA
pierrefauchard@pierrefauchard.com.br / Tel / Fax : ( 71 ) 3431 – 5731 / 3431 - 7669
O QUE É RH?

• São as ações e atitudes desenvolvidas pelos contatos entre pessoas e grupos.


• Os indivíduos dentro dos grupos sociais da organização mantêm-se numa constante
interação social.
• Esta interação define o comportamento do indivíduo dentro da organização.

A IMPORTÂNCIA DO AUXILIAR EM ODONTOLOGIA:

- A necessidade de cuidados odontológicos:


 Aumento da demanda e pouca oferta de serviços, principalmente porque faltam
auxiliares;
 Diminui a produtividade;
 O treinamento do CD é longo e dispendioso, e é perda de tempo e fator de
encarecimento de seu trabalho executar tarefas que podem ser feitas por pessoal com
treinamento mais simples e menos dispendioso;
 A mão de obra barata diminui os custos;
 O problema de saúde bucal é muito grande para esperar que o CD desempenhe sozinho
todas as diversas tarefas que implicam a prevenção, manutenção e reabilitação da saúde
oral.

- Pessoal Auxiliar:
São as seguintes categorias de pessoal auxiliar em Odontologia:
 Técnico em Saúde Bucal (TSB);
 Técnico em Prótese Dentária (TPD);
 Técnico em Prótese Bucomaxilofacial;
 Técnico em Aparelhos Ortodônticos;
 Auxiliar de Laboratório de Prótese;
 Auxiliar em Saúde Bucal;
 Técnico em Radiologia Dental.

- Pessoal Auxiliar Empregado:


A necessidade do aumento da produtividade e a introdução de muitos materiais novos e
técnicas que requerem a assistência de auxiliares são fatores do aumento da necessidade dos
serviços auxiliares odontológicos. Sem a sua ajuda, a profissão odontológica não pode efetuar
sua principal função, que é a preservação da saúde bucal do público, cada vez mais numerosos e
mais exigente.

VANTAGENS DO AUXILIAR EM ODONTOLOGIA

- Auxiliares e a organização no consultório:


 Os auxiliares devem estar bem preparados para prestar o melhor serviço ao paciente no
menor tempo possível;
 Assim como em medicina, o trabalho em equipe é fundamental e também será
consumado. O paciente aceitará e acabará gostando, principalmente pela maior rapidez e
melhor qualidade do tratamento;
 A equipe, tendo um bom relacionamento, acabará influindo positivamente no paciente,
pois o consultório lhe oferece, acima de tudo, segurança, e ele ficará sabendo que
mesmo na ausência do profissional existe alguém capacitado sempre à sua disposição.
REQUISITOS DA AUXILIAR ODONTOLÓGICA

- Introdução:
 A auxiliar odontológica representa a odontologia para o público e o CD para os
pacientes. Se ela saúda o paciente ao telefone ou pessoalmente, e os anuncia ao CD,
ficando com eles constantemente durante o atendimento ela está em posição de criar e
passar ao paciente uma impressão favorável ou não, do cirurgião dentista.
 Cada auxiliar odontológico deve avaliar-se de tempos em tempos sobre os requisitos
essenciais ao serviço de saúde.

- Requisitos:
- Saúde física e Mental:
 As atividades física e mental desenvolvidas pela auxiliar, assim como sua proximidade
com os pacientes, com o CD e com a equipe de auxiliares, exigem que ela goze de uma
boa saúde.
 Boa saúde é essencial para autoconfiança, bom atendimento e eficiência, e ainda é
refletida na aparência e atitudes.
 A auxiliar deve ter alguns cuidados como manter os exames médicos periódicos, uma
dieta equilibrada, exercícios regulares, sono suficiente, descanso, relaxamento e
trabalho num ambiente agradável.

- Aparência atrativa e Limpeza:


A auxiliar é julgada pelo aspecto pessoal, com o qual deve ter alguns cuidados:
a) HIGIENE (bem arrumada e limpa)
b) HIGIENE ÍNTIMA (evitar cheiro do corpo durante o período menstrual)
c) PELE E CABELOS (sempre limpos e durante o atendimento devem estar presos com um
gorro)
d) MÃOS (limpas e aparadas)
e) COSMÉTICOS (pó facial, blushe e batom são aceitáveis, mas olhos sombreados não
fazem parte de uma auxiliar de consultório.O perfume suave é aceitável)
f) HIGIENE ORAL (a boca do profissional é uma “professora” da higiene oral e deve dar
um bom exemplo. Não deve fumar durante as horas de trabalho.)
g) UNIFORME (limpa, tradicionalmente branca e que não amasse. Impecavelmente vestida)
h) SAPATOS (quando brancos devem ser limpos todo dia. Devem ser confortáveis, baixos,
firmes e fechados)
i) JÓIAS (nunca devem ser usados em serviço. Não usa relógios, broches ou aliança)
- Idade:
A idade adequada para iniciar como auxiliar odontológica está entre 17 e 25 anos, apesar da
idade não ser um obstáculo.

- Estado de Espírito:
A auxiliar tem que ser carismática e sociável para poder atrair o público.Ela deve atuar como
uma sócia, para que não se perca nenhum paciente por atitudes indelicadas de sua parte.

- Educação:
Uma equilibrada educação escolar de nível médio é o mínimo necessário.
- Atitudes:
A auxiliar deve estar sempre apta a ajudar o CD, submeter seu trabalho à supervisão e aceitar
críticas construtivas. Todos apreciam uma pessoa entusiasta pelo que faz, com uma alegre
disposição e que sempre esta pronta a cooperar.

- Voz, maneira de falar e conversação:


Uma voz bem modulada e uma maneira agradável de falar, boa dicção e cuidadosa escolha de
palavras são extremamente valiosas para transmitir aos pacientes confiança na equipe de saúde
bucal e conseqüentemente no CD.

- O domicílio da auxiliar odontológica:


É vantajoso morar perto do consultório, não só pelos gastos que ocasiona a locomoção, mas
também tendo em vista a sua pontualidade.

- Outros pontos desejáveis:


Pontualidade, iniciativa, cortesia, simpatia, consideração pelos outros e espírito amistoso, calma
nas emergências, desejo de prestar um bom serviço ao CD e aos pacientes, senso de
responsabilidade em continuar melhorando na prestação de seus serviços.

A AUXILIAR ODONTOLÓGICA E A ÉTICA PROFISSIONAL

- Introdução:
 A conduta da auxiliar odontológica não deve permitir ações que a comprometam, pois ela
representa o CD e a Odontologia perante a comunidade;
 Guardar informações confidenciais em todos os assuntos referentes ao consultório, ao
cirurgião dentista e seus pacientes;
 O bem estar dos pacientes deve tornar-se seu principal objetivo;
 A auxiliar deve estar familiarizada com os princípios éticos do CRO, e sua conduta
deverá estar de acordo com esses princípios em qualquer ocasião.
 O sucesso decorrerá, principalmente, do exemplo que o próprio CD lhe dá, trabalhando
ao seu lado dentro da perfeita conduta ética moral.
 Ela deve considerar como sigilo:
a) Os atendimentos e suas causas;
b) Os tratamentos em curso;
c) A identidade ou personalidade dos pacientes;
d) Tudo que se relacione com a correspondência e a contabilidade do consultório.

# VOCÊ SABIA?

Medalha de “honra ao mérito odontológico nacional”

A medalha de “honra ao mérito odontológico nacional” foi criada com o objetivo de premiar as
pessoas que tenham prestado relevantes serviços e trabalhos no da Odontologia.
A homenagem é constituída de Medalha, Diploma e Roseta de Honra ao Mérito Odontológico
Nacional. Em abril de cada ano, em comemoração à criação dos Conselhos de Odontologia
(14/04/1964), é prestada homenagem aos candidatos selecionados.
As premiações compreendem diferentes categorias. São três medalhas para a contribuição
profissional nos campos da Ciência, seja na Pesquisa, no Ensino e nos Serviços; duas medalhas
para a Contribuição Honorífica no plano do desempenho social e político, e uma medalha para a
Contribuição Benemérita, na área da doação material e obras odontológicas altamente
significativas para a sociedade. Os candidatos poderão ser profissionais da Odontologia ou não.

- Aspecto Legal da Profissão:

Dentro do regulamento do pessoal auxiliar das ciências médicas, as auxiliares odontológicas são
incluídas entre as enfermeiras, porém para que alcancem esta regulamentação, tem que ter o
título habilitante inscrito na repartição oficial correspondente. Isto é, tem que ser formada em
enfermagem, o que quase nunca acontece.

Sob o ponto de vista legal, o CD, titular do consultório, é o responsável pela conduta técnica de
seu pessoal auxiliar não formado. Porém se o auxiliar é formado em alguma escola oficial, deve
ter os conhecimentos necessários de sua profissão e, portanto arcar com a responsabilidade
dos seus atos.

A AUXILIAR ODONTOLÓGICA AO TELEFONE

- Introdução:
Devemos controlar a forma como mandamos nossa mensagem e tudo aquilo que interfere na
compreensão de seu significado. A auxiliar deve manejar o telefone de maneira que o paciente
nunca se sinta inibido, na tentativa de contar com o CD, e aceite sem ressentimentos o fato
dele não estar permanentemente à sua disposição.
As informações dadas devem ser corretas,precisas e objetivas.
O primeiro contato com o consultório se faz em 80% dos casos por telefone.

- Aspectos do atendimento telefônico:


a) Acessibilidade (o paciente deve sentir que pode contar com o CD sempre que precisar. A
auxiliar é o elo dessa relação);
b) Importância da voz (não substituir sinceridade, amabilidade e delicadeza por
desinteresse, irritação, pressa e impaciência);
c) Como responder ao telefone (responder prontamente ao primeiro toque);
d) Identificar-se evita perda de tempo (Consultório da Dra ..., bom dia, auxiliar ... falando);
e) Transferir a ligação ao dentista só quando for necessário;
f) Anotação de recados;
g) Número errado (seja cortês mesmo que tenham ligado incorretamente);
h) Marcação de consultas;
i) Como atender chamadas de não pacientes (sempre com cortesia);
j) Chamadas no dia de folga do profissional e após expediente (nunca devem ser dadas
informações muito detalhadas, mas também não se deve dizer que não sabe dizer aonde
ele foi, pois denota irresponsabilidade e falta de organização);
k) Desmarcando consultas (jamais deixar recados com empregados);
l) Estipule um horário para telefonemas;
m) Chamadas durante as férias (durante as férias o telefonema deve ser sempre atendido e
a informação deve ser dada, caso contrário o paciente ficará desorientado quando surgir
algum problema de saúde oral. O auxiliar deve ser instruída a dar o número de telefone de
um colega de confiança do CD);
n) Chamadas pessoais da auxiliar ( só usar em caso de emergência);
o) Chamadas pessoais do paciente (a auxiliar deve ser gentil e se afastar um pouco);
p) Localização do aparelho telefônico (os pacientes n devem ouvir a conversa do CD nem da
auxiliar).
TAREFAS DA AUXILIAR ODONTOLÓGICA
- Tarefas a serem cumpridas antes do início dos trabalhos do profissional:
 Tarefas de limpeza geral do consultório (abrir cortinas e janelas para renovação do ar e
para que a iluminação natural atinja todos os ambientes para desinfecção do ambiente.
Se houver condicionadores de ar, o ambiente deve ser fechado 15 minutos antes do 1º
atendimento);

 Tarefas de manutenção dos equipamentos:


- Ligar o ramal de eletricidade do equipamento, abrir o registro de água e ligar o
compressor, após o fechamento de sua válvula de exaustão;
- Cuidados com o compressor: fechar a válvula de drenagem do ar, ligar o compressor e
esgotar o filtro externo;
- Cuidados com o jato de bicarbonato: depois de drenar os filtros de ar, deve-se esvaziar
o recipiente de pó do aparelho. Depois de esvaziado o recipiente de bicarbonato fechar
a água e pisar no pedal para fazer circular o ar seco pelo seu interior, visando à retirada
de uma possível umidade do circuito do aparelho. Só depois colocar novo pó.

 Tarefas de ordem clínica:


- Organizar a fichas do dia por ordem de chegada dos pacientes;
- Comprovar se o protético mandou o trabalho de dia, caso contrário tomar as medidas
providências;
- Telefonar para os pacientes do dia confirmando o horário;
- Telefonar para os pacientes que sofreram cirurgia no dia anterior para saber de seu
estado;
- Guardar junto com as fichas, dentro de envelopes, as radiografias secadas;
- Preparar os quites de instrumentos esterilizados de acordo com o paciente e
procedimentos marcados para aquele dia;
- Testar o refletor, seringas, cadeiras motorizadas, motores de AR e sugador;
- Colocar às mão guardanapos e aventais protetores do paciente;
- Abrir a cuspideira e deixar correr água.

- Tarefas a serem cumpridas antes do CD começar a intervir:


 Prender ao jacaré o guardanapo de papel ou pano a frente do paciente para sua
proteção;
 Providenciar o kit básico e colocá-lo ao alcance do CD;
 Lavagem das mãos: depois dos passos já vistos, lavar as mãos na presença do paciente.
Se deixar a sala em qualquer ocasião, deve lavar as mãos assim que voltar;
 Pegar o bico do sugador de saliva no kit esterilizado e colocar na mangueira do sugador.
Isto deve ser feito na frente do paciente;
 Cuidados gerais: fica subentendido que após a saída de cada paciente a antes da chegada
do próximo, procede-se a limpeza da unidade dentária, refletor e cadeira;
 Ajustar a luz do refletor de tal forma que ela incida sobre a boca do paciente.

Tarefas a serem cumpridas no desenvolvimento da intervenção clínica:


 Aparelho fotopolimerizador: não transportar o aparelho quente, pois o filamento se
parte com facilidade. Não torcer o cabo e não fazer quinas vivas. Guardá-lo enrolado, em
uma gaveta, sem objetos sobre ele.

 Amalgamador: limpar a cápsula após a retirada do amálgama;


 Bomba de vácuo: o maior cuidado é não deixar faltar água durante o trabalho para não
queimar o selo mecânico;

 Unidade auxiliar: tem que ser limpa após a saída de cada paciente;

 Raios X: durante o trabalho deixar o cabeçote do aparelho com o cone voltado para cima,
a fim de evitar vazamento de óleo.

CÓDIGO DE ÉTICA ODONTOLÓGICA


DOCUMENTO DA ASSEMBLÉIA CONJUNTA
REVISADO PELA COMISSÃO RELATORA

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. Código de Ética Odontológica regula os direitos e deveres dos profissionais e das
entidades com inscrição nos Conselhos de Odontologia, segundo suas atribuições específicas.

Art. 2º. A Odontologia é uma profissão que se exerce, em benefício da saúde do ser humano e
da coletividade, sem discriminação de qualquer forma ou pretexto.

CAPÍTULO II
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Art. 3º. Constituem direitos fundamentais dos profissionais inscritos, segundo suas
atribuições específicas:

I - diagnosticar, planejar e executar tratamentos, com liberdade de convicção, nos limites de


suas atribuições, observados o estado atual da ciência e sua dignidade profissional;

II - resguardar o segredo profissional;

III - contratar serviços profissionais de acordo com os preceitos deste Código;


IV - recusar-se a exercer a profissão em âmbito público ou privado onde as condições
de trabalho não sejam dignas, seguras e salubres.

CAPÍTULO III
DOS DEVERES FUNDAMENTAIS

Art. 4º. Constituem deveres fundamentais dos profissionais inscritos:

I - exercer a profissão mantendo comportamento digno;


II - manter atualizados os conhecimentos profissionais e culturais necessários ao
pleno desempenho do exercício profissional;
III - zelar pela saúde e pela dignidade do paciente;
IV - guardar segredo profissional;
V - promover a saúde coletiva no desempenho de suas funções, cargos e cidadania,
independentemente de exercer a profissão no setor público ou privado;
VI - elaborar as fichas clínicas dos pacientes, conservando-as em arquivo próprio;
VII - apontar falhas nos regulamentos e nas normas das instituições em que trabalhe,
quando as julgar indignas para o exercício da profissão ou prejudiciais ao paciente, devendo
dirigir-se, nesses casos, aos órgãos competentes;
VII - apontar falhas nos regulamentos e nas normas das instituições em que trabalhe,
quando as julgar indignas para o exercício da profissão ou prejudiciais ao paciente, devendo
dirigir-se nesses casos, aos órgãos competentes;
VIII - propugnar pela harmonia na classe;
IX - abster-se da prática de atos que impliquem mercantilização da Odontologia ou
sua má conceituação;
X - assumir responsabilidade pelos atos praticados;
XI - resguardar a privacidade do paciente durante todo o atendimento.

Capítulo IV
DAS AUDITORIAS E PERÍCIAS ODONTOLÓGICAS

Art. 5º. Constitui infração ética:

I - deixar de atuar com absoluta isenção quando designado para servir como perito ou auditor,
assim como ultrapassar os limites de suas atribuições e de sua competência;
II - intervir, quando na qualidade de auditor ou perito nos atos de outro profissional,
ou fazer qualquer apreciação na presença do examinado, reservando suas observações, sempre
fundamentadas, para o relatório sigiloso e lacrado.

Capítulo V
DO RELACIONAMENTO

Seção I
Com o Paciente

Art. 6º. Constitui infração ética:

I - exagerar em diagnóstico, prognóstico ou terapêutica;


II - deixar de esclarecer adequadamente os propósitos, riscos, custos e alternativas
do tratamento;
III - executar ou propor tratamento desnecessário ou para o qual não esteja
capacitado;
IV - abandonar paciente, salvo por motivo justificável, circunstância em que serão
conciliados os honorários e indicado substituto;
V - deixar de atender paciente que procure cuidados profissionais em caso de
urgência, quando não haja outro cirurgião-dentista em condições de fazê-lo;
VI - iniciar tratamento de menores sem autorização de seus responsáveis ou
representantes legais, exceto em casos de urgência ou emergência;
VII - desrespeitar ou permitir que seja desrespeitado o paciente;
VIII - adotar novas técnicas ou materiais que não tenham efetiva comprovação
científica;
IX - fornecer atestado que não corresponda à veracidade dos fatos codificados (cid)
ou dos que não tenha participado.

Seção II
Com a Equipe de Saúde:

Art. 7º. No relacionamento entre os membros da equipe de saúde serão mantidos o respeito, a
lealdade e a colaboração técnico-científica.

Art. 8º. Constitui infração ética :

I - desviar cliente de colega;


II - assumir emprego ou função sucedendo o profissional demitido ou afastado em
represália por atitude de defesa de movimento legítimo da categoria ou da aplicação deste
código;
III - praticar ou permitir que se pratique concorrência desleal;
IV - ser conivente em erros técnicos ou infrações éticas;
V - negar, injustificadamente, colaboração técnica de emergência ou serviços
profissionais a colega;
VI - criticar erro técnico-científico de colega ausente, salvo por meio de
representação ao Conselho Regional;
VII - explorar colega nas relações de emprego ou quando compartilhar honorários;
VIII - ceder consultório ou laboratório, sem a observância da legislação pertinente;
IX - utilizar-se de serviços prestados por profissionais não habilitados legalmente.

Capítulo VI
DO SIGILO PROFISSIONAL

Art. 9º. Constitui infração ética:

I - revelar, sem justa causa, fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão do exercício de
sua profissão ;
II - negligenciar na orientação de seus colaboradores quanto ao sigilo profissional.

§ 1º. Compreende-se como justa causa, principalmente:


a) notificação compulsória de doença;
b) colaboração com a justiça nos casos previstos em lei;
c) perícia odontológica nos seu exatos limites ;
d) estrita defesa de interesse legítimo dos profissionais inscritos;
e) revelação de fato sigiloso ao responsável pelo incapaz.

§ 2º. Não constitui quebra de sigilo profissional a declinação do tratamento empreendido, na


cobrança judicial de honorários profissionais.
Capítulo VII
DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS

Art. 10º. Na fixação dos honorários profissionais, serão considerados:

I - a condição sócio-econômica do paciente e da comunidade;


II - o conceito do profissional;
III - o costume do lugar;
IV - a complexidade do caso;
V - o tempo utilizado no atendimento;
VI - o caráter de permanência, temporariedade ou eventualidade do trabalho;
VII - a circunstância em que tenha sido prestado o tratamento;
VIII - a cooperação do paciente durante o tratamento;
IX - o custo operacional.

Art. 11º. Constitui infração ética:

I - oferecer serviços gratuitos a quem possa remunerá-los adequadamente;


II - receber ou dar gratificação por encaminhamento de paciente;
III - instruir cobrança através de procedimento mercantilista;
IV - abusar da confiança do paciente submetendo-o a tratamento de custo
inesperado;
V - receber ou cobrar honorários complementares de paciente atendido em
instituições públicas;
VI - receber ou cobrar remuneração adicional de cliente atendido sob convênio ou
contrato;
VII - agenciar, aliciar ou desviar, por qualquer meio, paciente de instituição pública ou
privada, para a clínica particular;
VIII - cobrar ou receber honorários inferiores aos da Tabela Nacional para Convênios
e Credenciados ou outra que a substitua, desde que aprovada por todas as entidades nacionais
da Odontologia.

Capítulo VIII
DAS ESPECIALIDADES

Art. 12º. O exercício e o anúncio das especialidades em Odontologia obedecerão ao disposto


neste Capítulo e às normas do Conselho Federal.

Art. 13º. O especialista, atendendo paciente encaminha por cirurgião-dentista, atuará


somente na área da sua especialidade.

Parágrafo Único. Após o atendimento, o paciente será devolvido com os informes pertinentes.

Art. 14º. É vedado intitular-se especialista sem inscrição no Conselho Regional.


Art. 15º. Para fins de diagnóstico e tratamento o especialista poderá conferenciar com outros
profissionais.

Capítulo IX
DA ODONTOLOGIA HOSPITALAR

Art. 16º. Compete ao cirurgião-dentista internar e assistir paciente em hospitais públicos e


privados, com e sem caráter filantrópico, respeitadas as normas técnico-administrativas das
instituições.

Art. 17º. As atividades odontológicas exercidas em hospital obedecerão às normas do


Conselho Federal.

Art. 18º. Constitui infração ética, mesmo em ambiente hospitalar, executar intervenção
cirúrgica fora do âmbito da Odontologia.

Capítulo X
DAS ENTIDADES PRESTADORAS DE ATENÇÃO A SAÚDE BUCAL

Art. 19º. As clínicas, cooperativas, empresas e demais entidades prestadoras e/ou


contratantes de serviços odontológicos aplicam-se as disposições deste Capítulo e as do
Conselho Federal.

Art. 20º. Os profissionais inscritos, quando proprietários, ou o responsável técnico


responderão solidariamente com o infrator pelas infrações éticas cometidas.

Art. 21º. As entidades mencionadas no artigo 19 ficam obrigadas a:

I - manter a qualidade técnico-científica dos trabalhos realizados;


II - proporcionar ao profissional condições mínimas de instalações, recursos
materiais, humanos e tecnológicos definidas pelo Conselho Federal de Odontologia, as quais
garantam o seu desempenho pleno e seguro, exceto em condições de emergência ou iminente
perigo de vida;
III - manter auditorias odontológicas constantes, através de profissionais
capacitados;
IV - restringir-se à elaboração de planos ou programas de saúde bucal que tenham
respaldo técnico, administrativo e financeiro;
V - manter os usuários informados sobre os recursos disponíveis para atendê-los.

Art. 22º. Constitui infração ética:

I - apregoar vantagens irreais visando a estabelecer concorrência com entidades congêneres;


II - oferecer tratamento abaixo dos padrões de qualidade recomendáveis.
III - executar e anunciar trabalho gratuito com finalidade de aliciamento;
IV - anunciar especialidades sem as respectivas inscrições de especialistas no
Conselho Regional;
V - valer-se do poder econômico visando a estabelecer concorrência com entidades
congêneres ou profissionais individualmente;
VI - propor remuneração pelos serviços prestados por profissionais a ela vinculados
em bases inferiores à Tabela Nacional de Convênios e Credenciamentos.
VIII - não manter os usuários informados sobre os recursos disponíveis para o
atendimento e deixar de responder às reclamações dos mesmos.

Capítulo XI
DO MAGISTÉRIO

Art. 23º. No Exercício do magistério, o profissional inscrito exaltará os princípios éticos e


promoverá a divulgação deste Código.

Art. 24º. Constitui infração ética:

I - utilizar-se do paciente de forma abusiva em aula ou pesquisa;


II - eximir-se de responsabilidade nos trabalhos executados em pacientes pelos
alunos;
III - utilizar-se da influência do cargo para aliciamento e/ou encaminhamento de
pacientes para clínica particular.

Capítulo XII
DAS ENTIDADES DA CLASSE

Art. 25º. Compete às entidades da classe, através de seu presidente, fazer as comunicações
pertinentes que sejam de indiscutível interesse público.

Parágrafo único. Esta atribuição poderá ser delegada, sem prejuízo da responsabilidade
solidária do titular.

Art. 26º. Cabe ao presidente e ao infrator a responsabilidade pelas infrações éticas


cometidas em nome da entidade.

Art. 27º. Constitui infração ética:

I - servir-se da entidade para promoção própria ou vantagens pessoais;


II - prejudicar moral ou materialmente a entidade;
III - usar o nome da entidade para promoção de produtos comerciais sem que os
mesmos tenham sido testados e comprovada sua eficácia na forma da Lei;
IV - desrespeitar entidade, injuriar ou difamar os seus diretores.
Capítulo XIII (*)
DA COMUNICAÇÃO

Art. 28º. A comunicação em Odontologia obedecerá ao disposto neste Capítulo e às


especificações dos Conselhos Regionais, aprovados pelo Conselho Federal.

Seção l
Do Anúncio, da Propaganda e da Publicidade

Art. 29º. Os anúncios, a propaganda e a publicidade poderão ser feitos através dos veículos de
comunicação, obedecidos os preceitos deste Código e da veracidade, da decência, da
respeitabilidade e da honestidade.

Art. 30º. Nos anúncios, placas e impressos deverão constar:

- o nome do profissional;
- a profissão;
- o número de inscrição no Conselho Regional.

Parágrafo único. Poderão ainda constar :


I - as especialidades nas quais o cirurgião-dentista esteja inscrito;
II - os títulos de formação acadêmica "stricto sensu" e do magistério relativos à
profissão;
III - endereço, telefone, fax, endereço eletrônico, horário de trabalho, convênios e
credenciamentos;
IV - instalações, equipamentos e técnicas de tratamento;
V - logomarca e/ou logotipo;
VI - a expressão "CLÍNICO GERAL", pelos profissionais que exerçam atividades
pertinentes à Odontologia decorrentes de conhecimentos adquiridos em curso de graduação.

Art. 31º. Constitui infração ética:

I - anunciar preços e modalidade de pagamento;


II - anunciar títulos que não possua;
III - anunciar técnicas e/ou tratamentos que não tenham comprovação científica;
IV - criticar técnicas utilizadas por outros profissionais como sendo inadequadas ou
ultrapassadas;
V - dar consulta, diagnóstico ou prescrição de tratamento por meio de qualquer
veículo de comunicação de massa, bem como permitir que sua participação na divulgação de
assuntos odontológicos deixe de ter caráter exclusivo de esclarecimento e educação da
coletividade;
VI - divulgar nome, endereço ou qualquer outro elemento que identifique o paciente, a
não ser com o seu consentimento livre e esclarecido, ou de seu responsável legal;
VII - aliciar pacientes;
VIII - induzir a opinião pública a acreditar que exista reserva de atuação clínica para
determinados procedimentos;
IX - anunciar especialidade odontológica não regulamentada pelo Conselho Federal de
Odontologia;
X - divulgar ou permitir que sejam divulgadas publicamente observações
desabonadoras sobre a atuação clínica ou qualquer manifestação relativa à atuação de outro
profissional.

Art. 32. Às empresas que exploram os vários ramos da Odontologia, tais como clínicas,
cooperativas, planos de assistência à saúde, convênios, credenciamentos, administradoras,
intermediadoras, seguradoras de saúde e congêneres aplicam-se as normas deste Capítulo.

Seção II
Da Entrevista

Art. 33º. O profissional inscrito pode utilizar-se de veículos de comunicação para conceder
entrevistas ou divulgar palestras públicas sobre assuntos odontológicos de sua atribuição, com
finalidade educativa e interesse social.

Seção III
Da Publicação Científica

Art. 34º. Constitui infração ética:

I - aproveitar-se de posição hierárquica para fazer constar seu nome na co-autoria de obra
científica;
II - apresentar como usa, no todo ou em parte, obra científica de outrem, ainda que
não publicada;
III - publicar, sem autorização, elemento que identifique o paciente;
IV - utilizar-se, sem referência ao autor ou sem sua autorização expressa, de dados,
informações ou opiniões coletadas em partes publicadas ou não de sua obra;
V - falsear dados estatísticos ou deturpar sua interpretação.

Capítulo XIV
DA PESQUISA CIENTÍFICA

Art. 35º. Constitui infração ética:

I - desatender às normas do órgão competente e à legislação sobre pesquisa em saúde;


II - utilizar-se de animais de experimentação sem objetivos claros e honestos de
enriquecer os horizontes do conhecimento odontológico e, conseqüentemente, de ampliar os
benefícios à sociedade;
III - desrespeitar as limitações legais da profissão nos casos de experiência in anima
nobili;
IV - infringir a legislação que regula a utilização do cadáver para estudo e/ou
exercícios de técnicas cirúrgicas;
V - infringir a legislação que regula os transplantes de órgãos e tecidos post-mortem
e do "próprio corpo vivo";
VI - realizar pesquisa em ser humano sem que este ou seu responsável, ou
representante legal, tenha dado consentimento, por escrito, após ser devidamente esclarecido
sobre a natureza e as conseqüências da pesquisa;
VII - usar, experimentalmente sem autorização da autoridade competente, e sem o
conhecimento e o consentimento prévios do paciente ou de seu representante legal, qualquer
tipo de terapêutica ainda não liberada para uso no país.

Capítulo XV
DAS PENAS E SUAS APLICAÇÕES
LEI 4.324 DE 14/04/1964 / DECRETO 68.704 DE 03/06/1971

Art. 36º. Os preceitos deste Código são de observância obrigatória e sua violação sujeitará o
infrator e quem, de qualquer modo, com ele concorrer para a infração, às seguintes penas
previstas no artigo 17 do Estatuto, de 10 de julho de 1998:

I - advertência reservada;
II - censura pública;
III - suspensão do exercício profissional, até cento e oitenta (180) dias, "ad
referendum" do Conselho Federal;
IV - suspensão do exercício profissional até trinta (30) dias;
V - cassação do exercício profissional "ad referendum" do Conselho Federal.

Art. 37º. Salvo nos casos de manifesta gravidade e que exijam aplicação imediata de
penalidade mais grave, a imposição das penas obedecerá à gradação do artigo anterior.
Parágrafo Único. Avalia-se a gravidade pela extensão do dano e por suas
conseqüências.

Art. 38º. Considera-se de manifesta gravidade, principalmente:

I - imputar a alguém fato antiético de que o saiba inocente, dando causa a instauração de
processo ético;
II - acobertar ou ensejar o exercício ilegal da profissão;
III - exercer, após ter sido alertado, atividade odontológica em entidade ilegal,
inidônea ou irregular;
IV - ocupar cargo cujo profissional dele tenha sido afastado por motivo de movimento
classista;
V - exercer ato privativo de cirurgião-dentista, sem estar para isso legalmente
habilitado;
VI - manter atividade profissional durante a vigência de penalidade suspensiva;
VII - praticar ou ensejar atividade torpe.

Art. 39º. A alegação de ignorância ou a má compreensão dos preceitos deste Código não exime
de penalidade o infrator.
Art. 40º. São circunstâncias que podem atenuar a pena:

I - não ter sido antes condenado por infração ética;


II - ter reparado ou minorado o dano.

Art. 41º. Cumulativamente, poderá ser aplicada ao infrator pena pecuniária que variará de uma
a cinqüenta vezes o valor da anuidade em vigor, podendo ainda ser convertida em serviço
gratuito comunitário, a requerimento do apenado.

Capítulo XVI
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 42º. O profissional condenado por infração ética às penas previstas no artigo 36 deste
Código, poderá ser objeto de reabilitação, na forma prevista no Código de Processo Ético
Odontológico.

Art. 43º. As alterações deste Código são da competência exclusiva do Conselho Federal,
ouvidos os Conselhos Regionais.

Art. 44º. Este Código entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 1992.

Você também pode gostar