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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E TECNOLOGIAS

FILOSOFIA E SOCIEDADE

Demócrito

Luanda
2023
ROMEU JEREMIAS GANGA – 20220904

FILOSOFIA E SOCIEDADE

Trabalho sobre Demócrito um filósofo,


apresentado ao curso de Engenharia Civil, do
Departamento de Engenharias e Tecnologias
(DET), do Instituto Superior Politécnico de
Tecnologias e Ciências (ISPTEC).

Orientador:

Luanda
2023
Resumo

Neste trabalho, farei um estudo da vida e obra de Demócrito, tomando por base para minha
pesquisa alguns livros e sites que relatam a vida,teoria,obras e importancia de Demócrito.

O problema filosófico da responsabilidade moral tem por objeto as condições de


imputabilidade de nossos atos e omissões e supõe a consideração de três termos: a pessoa
responsável, o domínio sobre o qual se é responsável, e a instância a qual o indivíduo deve prestar.
O homem se torna sujeito moral, na razão direta de sua responsabilidade, quando assume seus atos
e suas conseqüências, que tanto podem ser objeto de punição e de desprezo, quanto de recompensa
e de louvor. Para alguns a responsabilidade adquire uma significação moral subjetiva quando não
se age em vista de uma recompensa ou por temor de uma punição, mas por dever. Uma tal
perspectiva nos remete a instância da “consciência”, do “discernimento” e da “intenção”.

Índice
Introdução………………………………………………………………………………….1
Vida……………………..……………………………………………………………….....3
Obras…………..…………………………………………………………………………...4
Frases……………………………………...……………………………………………….7
A Importância De Demócrito……………………………………………………………....3
Teoria Atómica De Demócrito……………………………………………………………..2
Filosofia………………………………………………………………………………….…9
Legado…………………..……………………………………………..………………….10
Conclusão……………………………………………………………………………….....13
Referências Bibliográficas……………………...................................................................14
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Introdução

Demócrito de Abdera foi um filósofo pré-socrático da Grécia Antiga. Nasceu na


cidade de Mileto ou Abdera, viajou pela Babilônia, Egito e Atenas, e se estabeleceu em
Abdera no final do século V a.C do ponto de vista filosófico, a maior parte de suas obras
(segundo a doxografia) tratou da ética e não apenas da physis (cujo estudo caracterizava os
pré-socráticos).
Demócrito foi discípulo e depois sucessor de Leucipo de Mileto. Sua fama decorre
do fato de ele ter sido o maior expoente da teoria atômica ou do atomismo. De acordo com
essa teoria, tudo o que existe é composto por elementos indivisíveis chamados átomos (do
grego, "a", negação e "tomo", divisível. Átomo= indivisível). Não há certeza se a teoria foi
concebida por ele ou por seu mestre Leucipo, e a ligação estreita entre ambos dificulta a
identificação do que foi pensado por um ou por outro. Todavia, parece não haver dúvidas de
ter sido Demócrito quem de fato sistematizou o pensamento e a teoria atomista. Demócrito
avançou também o conceito de um universo infinito, onde existem muitos outros mundos
como o nosso.
Embora amplamente ignorado em Atenas durante sua vida, a obra de Demócrito foi
bastante conhecida por Aristóteles, que a comentou extensivamente. É famosa a anedota de
que Platão detestava tanto Demócrito que queria que todos os seus livros fossem
queimados,Séculos mais tarde, na era moderna, filósofos marxistas contraporam
o materialismo de Demócrato contra o idealismo de Sócrates. Há anedotas segundo as quais
Demócrito ria e gargalhava de tudo e dizia que o riso torna sábio, o que o levou a ser
conhecido, durante o renascimento, como "o filósofo que ri".
Na Grécia Antiga, Protágoras de Abdera teria sido seu discípulo direto [5] e,
posteriormente, o principal filósofo influenciado por ele foi Epicuro. No Renascimento,
muitas de suas ideias foram aceitas (por, por exemplo, Giordano Bruno) e tiveram um papel
importante durante o Iluminismo. Muitos consideram que Demócrito é "o pai da ciência
moderna".
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VIDA

O conhecimento da vida de Demócrito, é em grande parte, limitado a tradição não


confiável: ao que parece, Demócrito era um rico cidadão de Abdera, na Trácia, que viajou
muito no Oriente e que viveu até uma idade avançada. De acordo com Diógenes Laércio,
Demócrito escreveu 73 obras; contudo, apenas algumas centenas de fragmentos
sobreviveram à passagem do tempo, sendo a maioria dos seus tratados sobre ética.

As doutrinas físicas e cosmológicas de Demócrito eram uma versão elaborada e


sistematizada das visões do seu mestre, Leucipo. Para explicar os fenómenos físicos em
constante mudança no Universo, Demócrito concebeu o vazio como um vácuo, um espaço
infinito, em que um número infinito de átomos que compõem o mundo físico se move.
Esses átomos eram, para Demócrito, eternos e invisíveis, tão pequenos que o seu tamanho
não poderia ser diminuído (daí a designação atomon, ou indivisível); absolutamente
preenchidos e incompressíveis, diferindo apenas na forma, configuração, posição e
magnitude. Demócrito acreditava que as diferenças de qualidade dos átomos eram apenas
aparentes, devido às impressões causadas nos nossos sentidos por diferentes
configurações e combinações de átomos. Apesar de distinguirmos o quente do frio, o doce
do amargo, ou o duro do mole, para Demócrito, as únicas coisas que existiam eram átomos
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e espaço vazio.

De acordo com Demócrito, tal como os átomos eram eternos, assim também o
movimento.Demócrito excluiu a necessidade de uma causa inteligente para a criação do
universo. Segundo este, o movimento inicial dos átomos teria sido em todas as direções e
do tipo vibratório, daí resultando colisões e, em particular, movimento circular, pelo qual os
átomos semelhantes foram unidos para formar corpos maiores. Para Demócrito, tal não
tinha acontecido como resultado de qualquer projeto inteligente, mas sim como resultado da
manifestação normal da Natureza dos próprios átomos. Demócrito atribuiu a crença em
deuses como resultado de um desejo de explicar fenómenos extraordinários (trovões,
relâmpagos,terremotos).

Demócrito dedicou especial atenção à perceção e ao conhecimento. Ele afirmou, por


exemplo, que as sensações são mudanças produzidas na alma por átomos emitidos a partir
de outros objetos que incidem sobre ela, os átomos da alma apenas podiam ser afetados
pelo contacto com outros átomos. No entanto, para Demócrito, as sensações resultavam de
efeitos causados pelo tamanho e forma dos átomos; o sabor doce, por exemplo, seria devido
a átomos redondos e não muito pequenos. Demócrito também foi o primeiro a tentar
explicar a cor; para ele, a sensação de branco, por exemplo, é causada por átomos lisos e
planos, daí não produzirem nenhuma sombra; a sensação de preto é causada por átomos
ásperos e irregulares.

Obras.

As obras de Demócrito sobreviveram apenas na forma de relatos de segunda mão,


algumas vezes sendo contraditórios e não confiáveis. Muito desses relatos vêm de
Aristoteles, seu principal crítico, mas que reconhecia o valor de sua obra em filosofia
natural. Aristóteles escreveu um relato único, cujas passagens foram encontradas em outros
relatos. Diógenes listou um grande número de obras de Demócrito em diversas áreas,
incluindo ética, física, matemática, música e cosmologia. Duas obras, A Grande Ordem do
Mundo e A Ordem do Micromundo são às vezes tidas como de Demócrito

Demócrito foi um estudioso nas áreas da matemática, física, astronomia, ética, filosofia,
linguística, natureza, música.

Discípulo do filósofo grego, Leucipo de Mileto, uma das mais destacadas ideias de
Demócrito envolve a sistematização do pensamento sobre a "Teoria Atômica".

Segundo ele, o átomo, parte indivisível e eterna, que permanece em constante


movimento, é o elemento primordial, o princípio de todas as coisas.
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Nesse ínterim, todo o universo está composto de dois elementos básicos: o vácuo (o
vazio ou o não-ser) e os átomos.

Além disso, propôs um sistema cosmológico e convencionalismo linguístico. Na área


da matemática avançou nos estudos sobre geometria (figuras geométricas, volume e
tangente) e os números irracionais.

Demócrito de Abdera foi um dos maiores sábios e escritores da antiguidade. Contudo,


muitos de seus escritos se perderam com o tempo. Segue abaixo, algumas de suas obras que
se destacam:

 Pequena ordem do mundo


 Do entendimento
 Do bom ânimo
 Pitágoras
 Da forma
 Preceitos

Frases

 “Convém ao homem dar maior atenção à Alma do que ao corpo, pois a


excelência da Alma corrige a fraqueza do corpo; a fraqueza do corpo,
contudo, sem a razão, é incapaz de melhorar a Alma.”
 “Falsos e hipócritas são aqueles que tudo fazem com palavras, mas na
realidade nada fazem.”
 “Se você sofreu alguma injustiça, console-se; a verdadeira infelicidade
é cometê-la.”
 “Sábio é quem não se aflige com o que lhe falta e se alegra com o que
possui”
 “A felicidade não reside nas posses e nem em ouro, ela mora na alma.”
 “Na realidade, não conhecemos nada, pois a verdade está no íntimo.”
 “A moderação aumenta o gozo e acresce o prazer.”
 “O caráter de um homem faz o seu destino.”

Importância de Demócritos

Leucipo e Demócrito ficaram mais conhecidos pela posteridade como os fundadores


da teoria atomista. Nos escritos deixados pelos pensadores pré-socráticos, reunidos e
conhecidos como as teorias da Escola de Abdera, encontram-se as primeiras ideias de
átomo que se tem registro na história.
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As teorias desses pensadores podem ser consideradas também como o início da


Química, além de serem uma importante ferramenta para compreender o pensamento
dos pluralistas na Grécia Antiga. O pensamento dos dois filósofos é inseparável, visto
que a doutrina atomista foi iniciada por Leucipo e finalizada por Demócrito, o seu
discípulo. "Leucipo é o responsável por apontar, pela primeira vez, que a origem do
Universo derivada de microscópicos, infinitos e indivisíveis elementos, que se
agregavam sempre, formando os seres e objetos do mundo. Demócrito, seu discípulo da
Escola de Abdera, aperfeiçoou a teoria do mestre Leucipo, dando a ela um nome e
maiores detalhes.

Para os pré-socráticos, a natureza seria composta pelos átomos. A palavra grega


átomo significa "sem divisão" ou "indivisível". Os átomos seriam, na concepção dos
atomistas antigos, a menor partícula possível.

→ Átomo

Modelos atômicos mais modernos que tiveram influência da teoria de Demócrito.

As menores partículas tinham uma capacidade de agregarem-se e soltarem-se de


acordo com as suas características. A teoria atomística de Leucipo e Demócrito é
bastante rudimentar e ultrapassada, se comparada com modelos atômicos mais
recentes, como os modelos de Bohr e Rutherford. Porém, a história da Atomística
começa com Leucipo e Demócrito que, além da importância histórica, detêm o
mérito de ter formulado uma teoria atomista sem nenhum tipo de equipamento
tecnológico para ajudar e comprovar o que estavam falando.

Segundo a teoria atomística antiga, os átomos que compunham os objetos


possuíam as mesmas características dos objetos que formavam. Por exemplo, se o
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objeto fosse azul, os átomos seriam azuis. Se o objeto fosse triangular, os átomos que
o formavam eram triangulares. Os átomos eram infinitos e agrupavam-se pela
similaridade, ou seja, os iguais tinham a capacidade de se juntar, dando forma às
coisas.

Os átomos eram infinitos e nunca foram criados, tendo sempre existido no Universo.
Também eram invisíveis e somente poderiam ser racionalizados e nunca provados

Teoria atomica de demócrito

A palavra átomo significa indivisível. Para Demócrito era muito importante


estabelecer que as unidades constituintes de todas as coisas não podiam ser
divididas em unidades ainda menores. Isto porque se os átomos também fossem
passíveis de desintegração e pudessem ser divididos em unidades ainda menores,
a natureza acabaria por se diluir totalmente.

Além disso, as partículas constituintes da natureza tinham que ser eternas,


pois nada pode surgir do nada. Neste ponto, Demócrito concordava com
Parmênides e com os eleatas. Para ele, os átomos eram unidades firmes e sólidas.
Só não podiam ser iguais, pois se todos os átomos fossem iguais não haveria
explicação para o fato de eles se combinarem para formar por exemplo rochas ou
mesmo seres.

Demócrito achava que existia na natureza uma infinidade de átomos


diferentes: alguns arredondados e lisos, outros irregulares e retorcidos. E
precisamente porque suas formas eram tão irregulares é que eles podiam ser
combinados para dar origem a corpos os mais diversos. Independentemente,
porém, do número de átomos e de sua diversidade, todos eles seriam eternos,
imutáveis e indivisíveis.

Se um corpo – por exemplo, de uma árvore ou de um animal – morre e se


decompõe, seus átomos se espalham e podem ser reaproveitados para dar origem
a outros corpos. Pois se é verdade que os átomos se movimentam no espaço,
também é verdade que eles possuem diferentes engates e podem ser novamente
reaproveitados na composição de outras coisas que vemos ao nosso redor.

É claro que também podemos construir objetos de barro. Mas o barro nem
sempre pode ser reaproveitado, pois se desfaz em partes cada vez menores, até se
reduzir a pó. E estas minúsculas partículas de argila podem ser reunidas para
formar novos objetos.

Hoje em dia podemos dizer que a teoria atômica de Demócrito estava quase
perfeita. De fato, a natureza é composta de diferentes átomos, que se ligam a
outros para depois se separarem novamente. Um átomo de hidrogênio presente
numa molécula de água pode ter pertencido um dia à uma molécula de metano.
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Um átomo de carbono que está hoje no músculo de um coração provavelmente


esteve um dia na cauda de um dinossauro.

Hoje em dia, porém, a ciência descobriu que os átomos podem ser divididos
em partículas ainda menores, as partículas elementares. São elas os prótons,
nêutrons e elétrons. E estas partículas também podem ser divididas em outras,
menores ainda. Mas os físicos são unânimes em achar que em alguma parte deve
haver um limite para esta divisão. Deve haver as chamadas partículas mínimas, a
partir das quais toda a natureza se constrói.

Demócrito não teve acesso aos aparelhos eletrônicos de nossa época. Na


verdade, sua única ferramenta foi a sua razão. Mas a razão não lhe deixou
escolha. Se aceitamos que nada pode se transformar, que nada surge do nada e
que nada desaparece, então a natureza simplesmente tem de ser composta por
partículas minúsculas, que se combinam e depois se separam.

Demócrito não acreditava numa força ou numa inteligência que pudessem


intervir nos processos naturais. As únicas coisas que existem são os átomos e o
vácuo, dizia ele. E como ele só acreditava no material, nós o chamamos de
materialista.

Por detrás do movimento dos átomos, portanto, não havia determinada


intenção. Mas isto não significa que tudo o que acontece é um acaso, pois tudo é
regido pelas inalteráveis leis da natureza. Demócrito acreditava que tudo o que
acontece tem uma causa natural; uma causa que é inerente à própria coisa. Conta-
se que ele teria dito que preferiria descobrir uma lei natural a se tornar rei da
Pérsia.

Para Demócrito, a teoria atômica explicava também nossas percepções


sensoriais. Quando percebemos alguma coisa, isto se deve ao movimento dos
átomos no espaço. Quando vejo a Lua, isto acontece porque os átomos da Lua
tocam os meus olhos.

Mas o que acontece com a consciência? Está aí uma coisa que não pode ser
composta de átomos, quer dizer, de coisas materiais, certo? Errado. Demócrito
acreditava que a alma era composta por alguns átomos particularmente
arredondados e lisos, os átomos da alma. Quando uma pessoa morre, os átomos
de sua alma espalham-se para todas as direções e podem se agregar a outra alma,
no mesmo momento em que esta é formada.

Isto significa que o homem não possui uma alma imortal. E este é um
pensamento compartilhado por muitas pessoas em nossos dias. Como Demócrito,
elas acreditam que a alma está intimamente relacionada ao cérebro e que não
podemos possuir qualquer forma de consciência quando o cérebro deixa de
funcionar e degenera.
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Com sua teoria atômica, Demócrito coloca um ponto final, pelo menos
temporariamente, na filosofia natural grega. Ele concorda com Heráclito em que
tudo flui na natureza, pois as formas vão e vêm. Por detrás de tudo o que flui,
porém, há algo de eterno e de imutável, que não flui. A isto ele dá o nome de
átomo.

filosofia

Aristóteles diz que o raciocínio que guiou Demócrito para afirmar a existência dos
átomos foi o seguinte: o movimento pressupõe o vazio no qual a matéria se desloca, mas se
a matéria se dividisse em partes sempre menores infinitamente no vazio, ela não teria
consistência, nada poderia se formar porque nada poderia surgir da diluição sempre cada
vez mais infinitamente profunda da matéria no vazio. Daí concluiu que, para explicar a
existência do mundo tal como o conhecemos, a divisão da matéria não pode ser infinita, isto
é, que há um limite indivisível, o átomo. "Há apenas átomos e vazio", disse ele. Observando
um raio de sol que penetrou numa fresta de um recinto escuro, Demócrito viu partículas de
poeira num movimento de turbilhão, levando-o à ideia de que os átomos (os indivisíveis da
matéria) se comportariam da mesma maneira, colidindo aleatoriamente, alguns se
aglomerando, outros se dispersando, outros ainda nunca se juntando com outro átomo.[9]

Para Demócrito, o cosmos (o Universo e tudo o que nele existe) é formado por
um turbilhão de infinitos átomos de diversos formatos que jorram ao acaso e se chocam.
Com o tempo, alguns se unem por suas características (às vezes, as formas dos átomos
coincidentemente se encaixam tão bem como peças de quebra-cabeça) e muitos outros se
chocam sem formar nada (porque as formas não se encaixam ou se encaixam fracamente).
Dessa maneira, alguns conjuntos de átomos que se aglomeram tomam consistência e
formam todas as coisas que conhecemos, que depois se dissolvem no mesmo movimento
turbilhonar dos átomos do qual surgiram.[9]

A consistência dos aglomerados de átomos que faz com que algo pareça sólido,
líquido, gasoso ou anímico ("estado de espírito") seria então determinada pelo formato
(figura) e arranjo dos átomos envolvidos. Desse modo, os átomos de aço possuem um
formato que se assemelha a ganchos, que os prendem solidamente entre si; os átomos
de água são lisos e escorregadios; os átomos de sal, como demonstra o seu gosto, são
ásperos e pontudos; os átomos de ar são pequenos e pouco ligados, penetrando todos os
outros materiais; e os átomos da alma e do fogo são esféricos e muito delicados.

Legado
Na antiguidade
O epicurismo (cujos representantes principais foram Epicuro e Lucrécio), que teve uma
ampla difusão na antiguidade, foi influenciado pelo atomismo de Demócrito, mas com
grandes mudanças. A principal diferença foi o abandono da ideia de turbilhão de átomos e a
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afirmação de que os átomos possuem peso e que, por isso, os átomos percorrem linhas
retilíneas paralelas, tal como objetos em queda livre. Ocasionalmente, cada átomo exibe
espontaneamente um desvio mínimo da linha reta indeterminado e imprevisível, desvio esse
chamado clinamen. Esse desvio mínimo é que explicaria o choque e encontro entre os
átomos.

Do Renascimento até o presente


Visto que, na concepção de Demócrito, o cosmos não é determinado por um poder que
estivesse acima dele e o submetesse a algum plano ou finalidade (tal como divindades
religiosas ou a causa final que Aristóteles defendia; ver artigo teleologia), mas sim pelo
movimento imanente (auto-criador ou emergente) do próprio cosmos, sua ideia de
necessidade era intrínseca à de acaso, e a de ordem, intrínseca à de caos. Esse modo de
pensar pode ser encontrado amplamente difundido desde o renascimento e permeia toda a
filosofia e ciência modernas, desde Giordano Bruno, Galileu Galilei e Espinoza até a física
quântica e a cosmologia atual, passando pela teoria da evolução das espécies, mesmo que
sua ideia original do átomo tenha se tornado obsoleta desde o século XVIII.

Conclusão

Considerado o último grande filósofo da natureza, Demócrito concordava com


seus antecessores num ponto: as transformações que se podiam observar na
natureza não significavam que algo realmente se transformava. Ele presumiu,
então, que todas as coisas eram constituídas por uma infinidade de partículas
minúsculas, invisíveis, cada uma delas sendo eterna e imutável. A estas unidades
mínimas Demócrito deu o nome de átomos.

Referências Bibliográficas

Os pensadores, Volume II, As Nuvens. Tradução de Gilda Maria Reale Starzynski. SãoEd.
Abril,1972.
Cazavechia, William R. e Tada, Elton V. S. Demócrito e o Método Maiêutico. <
http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2006/anaisEvento/docs/CI-226-TC.pdf>
Cícero.
Tusculanae Disputationes. García Morente, Manuel. Fundamentos da Filosofia I: lições
preliminares. Tradução de Guilhermo de la Cruz Coronado. São Paulo: Ed. Mestre Jou,
1980.
Law, Stephen. Filosofia. Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges: Ed. Zahar, 2011.
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Marcondes, Danilo. Iniciação à história da Filosofia dos Pré-socráticos a Wittgenstein. Rio


de Janeiro
Marcondes, Danilo e Franco, Irley. A Filosofia: O que é? Para que serve? Rio de Janeiro:
Ed. Zahar: Ed. PUC-Rio, 2011.

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