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MANUAL DE
ACONSELHAMENTO
NO RECOVERY
Ficha Técnica 2

Título:
Manual de Aconselhamento no Recovery

Autores:
Sónia Esteves
Filipa Campos, MSc
António Marques, PhD

Com a colaboração de:


Associação Nova Aurora na Reabilitação e Reintegração Psicossocial (ANARP)

Local:
Porto

Data de edição:
julho de 2014

Design gráfico:
XPTO Design

Ilustrações:
Nélson Moura

Poemas:
Fernanda Queiroz, Catarina Pinheiro

Testemunhos:
Cláudio Silva, Elisabete Silva, Ivone Lopes, João Pinto, Luís Fonseca, Luís Pereira, Manuela Castro (nome fictício)

Música:
Jorge Mesquita

Agradecimentos:
Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo (ESMAE)

Versão original
Esteves, S., Campos, F., Marques, A. (2014). Manual de Aconselhamento no Recovery.
Porto: Laboratório de Reabilitação Psicossocial FPCEUP/ESTSPIPP

Publicado por:
Laboratório de Reabilitação Psicossocial
FPCEUP/ESTSPIPP

Universidade do Porto/Instituto Politécnico do Porto


Rua Alfredo Allen, s/n,
4200-135 Porto, PORTUGAL
http://www.labrp.com
Índice

Apresentação 4

Poemas 5

O que é o Recovery? 6

“Diário de Luís” 8

Testemunhos 11

“A primeira vez que pensei em suicídio” 12

“A minha irmã estava muito distante” 15

“Quando comecei a ouvir vozes” 18

“Consumir drogas era a única coisa que me ajudava” 21

“O diagnóstico do meu filho mudou a minha vida” 24

“Lidar com os meus ataques de pânico” 27

Questionário 30

Poemas 31

Música 32

Recursos 35
4

Apresentação }
O Manual de Aconselhamento no Recovery rio, designado “Diário de Luís” que nos conta, de
pretende dar informações aos cuidadores e às uma forma breve, a história de vida do Luís an-
pessoas com experiência de doença mental so- tes e depois do despoletar da doença mental. Na
bre alguns dos sintomas e comportamentos que segunda parte, inicia-se o relato de seis testemu-
podem surgir no decorrer da doença. Atualmente nhos acompanhados, posteriormente, de infor-
sabe-se que o conhecimento e o entendimento mações e conselhos práticos sobre como atuar
correto sobre a doença mental facilita o processo perante a problemática revelada em cada teste-
de recuperação pessoal, pelo que se espera que munho. O final deste momento é composto por
este Manual seja um suporte eficaz que contribua um questionário de reflexão sobre os respetivos
para o bem-estar, para a diminuição do estigma e testemunhos, cujo objetivo passa por avaliar se
do auto estigma na doença mental e para a pro- os utilizadores aumentaram a sua informação e
moção da auto estima e do empowerment. conhecimento relativamente à doença mental e
Este Manual assume-se como um documento de ao recovery.
referência nesta área, contando com a participa- A última parte é constituída por uma listagem dos
ção de vários utentes da Associação Nova Au- recursos a nível nacional, como serviços de reabi-
rora na Reabilitação e Reintegração Psicossocial litação psicossocial; a rede de urgências existen-
(ANARP) em áreas distintas, nomeadamente, na te atualmente; e a indicação de algumas revistas,
poesia, música, ilustração e testemunhos pessoais. reportagens e filmes que visam tornar todos os
Na primeira parte encontra-se um pequeno diá- leitores mais informados e melhores “decisores”.
A minha Dor… 5

Choro…
Num vale de lágrimas
Pelo que tanto imploro

poemas
Largar as lástimas

Quero apagar
Do mais intrincado ser
A dor que não passa
Que me faz sofrer
Dias Cinzentos
Cansada da vida
É só desilusão
Lá ando eu deprimida
Que trago no coração
Latejando o meu sofrer
Como queria ser feliz
Querendo crescer
Como uma petiz

Começa a emergir
Fernanda Queiroz
Num despoletar de emoções
Além de deceções
Estando a progredir

Chorei
Implorei
Valor de Mãe…
Tentando aplacar a dor
Nasce por dentro
Com mui fervor
Vê-se por fora
Transporta uma vida
Sofri
Como ninguém…
Vivi
Momentos de solidão
Aquele bebé
Contidos no coração.
Aquele ser que no fundo nada é
Dá dupla vida àquela pessoa
Fernanda Queiroz
Que já é mãe.

Parabéns Mãe
Por teres cuidado de mim
Enquanto fiz parte de ti!

Catarina Pinheiro
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O que é o Recovery?
Recovery/Recuperação pessoal significa coisas diferentes para
pessoas diferentes. A recuperação é um processo complexo e
dinâmico pelo que uma definição pessoal é fundamental.

O conceito de recuperação em saúde mental “O conceito de recuperação procura aumen-


tem dois significados: tar a capacidade do paciente para lidar com o
• Recuperação clinica: surge da experiência sucesso, com os desafios da vida e para gerir
dos profissionais de saúde mental e está rela- com eficácia os seus sintomas. A recuperação
cionado com o tratamento dos sintomas e o exige um compromisso com uma ampla va-
restabelecer do funcionamento social. riedade de serviços e é baseado numa parce-
• Recuperação pessoal: surge da vivência das ria entre os psiquiatras, outros profissionais de
pessoas que experienciam uma doença men- saúde e os pacientes na construção e direção
tal sendo diferente da recuperação clinica. de todos os serviços que visam maximizar a
Coordenação Nacional para a Saúde Mental, 2011 esperança e a qualidade de vida.
American Psychiatric Association (APA), 2005
Recovery pode ser descrito como…
“A recuperação pessoal é descrita como um “O recovery é definido como um processo
processo profundamente pessoal, único, de profundamente pessoal, de redescoberta de
uma mudança de atitudes, de valores, senti- um novo sentimento de identidade e for-
mentos, objetivos, competências e/ou funções. talecimento pessoal para viver, participar e
É uma forma de viver uma vida satisfeita, espe- contribuir para a comunidade, através da (re)
rançosa e contribuindo para a sociedade mes- aquisição de papéis sociais significativos ao
mo com as limitações causadas pela doença. nível do emprego, educação ou da família”
A recuperação envolve o desenvolvimento de Duarte, 2007
um novo significado e propósito na vida de
uma pessoa, como crescimento para além dos
efeitos catastróficos de doença mental ”
Bill Anthony, Centro de Reabilitação Psiquiátrica
DIMENSÕES DO RECOVERY Diversos estudos têm demonstrado que 7
a mudança ocorre mais facilmente:
• Ter esperança em relação ao futuro
• No contexto de uma relação positiva
• Possuir determinação pessoal
• Quando se estabelecem os seus próprios ob-
• Adotar estilos de vida saudáveis
jetivos
• Aprender a gerir os sintomas e as dificuldades
• Quando lhes são ensinadas competências
• Vencer o estigma
• Quando recebem apoio
• Estabelecer e diversificar as ligações e
relações sociais • Quando têm perspetivas positivas e esperança
no futuro
• Estabelecer objetivos pessoais
• Quando acreditam na sua própria eficácia.
• Ter apoio de outros que acreditem e não de-
sistem deles
Marianne Farkas

• Readquirir papéis sociais valorizados e exercer


a cidadania

Duarte, 2007

A Reabilitação Psicossocial é outra perspetiva


sobre o processo de recuperação. Identifica o
recovery como o resultado pretendido para
todos os indivíduos envolvidos. É reconheci-
da como fundamental para promover melho-
rias no funcionamento social e inserção social
das pessoas que experienciam uma doença
mental nos contextos por si aprendidos, para
trabalhar, residir, estudar e socializar.

Marques & Queirós, 2012


8

Diário de Luís }
9

Diário de Luís
O meu percurso escolar foi até ao 10º 35 anos com consumo diário. Sempre soube
ano, sendo um aluno com um traje- separar as águas, nunca fui trabalhar sobre
o efeito da droga, mas depois do trabalho e
to irregular pois reprovei dois anos.
com o convívio dos colegas consumia as mi-
Embora tivesse todo o apoio e moti- nhas doses diárias.
vação dos meus pais, o facto é que Nesta fase da minha vida, tive situações que
eu era um aluno com alguma falta de hoje sinto e compenso com apoio familiar,
concentração nas aulas e um pouco me passaram um pouco ao lado, como por
preguiçoso para estudar, preferindo exemplo a afetividade à minha mãe e irmã,
pois a relação com o meu pai deixou de exis-
as brincadeiras de uma criança nor- tir após o divórcio com a minha mãe tinha eu
mal e bastante sociável, do que fazer 21 anos. A vida boémia fazia parte do meu dia
as tarefas e obrigações escolares. a dia, mas hoje sou uma pessoa que leva uma
vida sem drogas e com uma forte ligação à
Os meus tempos livres eram ocupados a brin- minha família.
car com os meus amigos, a jogar a bola, andar Em 2008, já em Portugal, e sem trabalho, tive
de bicicleta ou jogar computador. Passava- os primeiros sintomas da doença, comecei
mos muito tempo na rua a divertir-nos, pois por ter delírios e ouvir vozes. Os delírios fa-
nesse tempo não havia tantos carros nem os ziam-me sentir uma pessoa especial, ou seja
perigos de hoje em dia. pensava que tinha um dom. Com o passar do
O objetivo ou sonho que eu tinha nessa fase tempo comecei a desconfiar que as pessoas
da minha vida, era ser jogador de futebol queriam fazer-me mal, a televisão e a rádio
como a maioria dos meus amigos. eram vozes de comando, isto tudo sem per-
Comecei a trabalhar em 1994 como emprega- ceber que vivia fora da realidade e que estava
do de armazém. Após passar por alguns em- doente. Até que, por fim, comecei a isolar-me
pregos, fruto da juventude, pois não sabia que e tinha medo de sair a rua. A exaustão apo-
futuro profissional queria, arranjei colocação derou-se de mim, as ideias na minha cabeça
numa empresa de materiais de construção, corriam intensas e confusas, o corpo já não
onde estabilizei a minha vida. Subi na carrei- aguentava mais.
ra profissional ao qual aceitei um convite de
uma empresa do mesmo ramo mas líder de Tinham passados 2 anos desde o primei-
mercado com condições salariais muito atra- ro delírio, até que a minha mãe e irmã
tivas. Posso dizer que as minhas relações com já exaustas e preocupadas com a minha
colegas de trabalho eram bastante saudáveis saúde, decidiram levar-me ao hospital.
e profissionais, pois sempre prezei o trabalho
em equipa. Em 2007 abandonei todos os pro- Fiquei internado 1 mês, e foi-me diagnostica-
jetos que tinha, inclusivé a minha mãe e irmã, do Esquizofrenia. Os delírios e as vozes desa-
e fui viver para França com a minha namo- pareceram e a consciência que tinha vivido
rada que já lá vivia. Apesar de ir para outro fora da realidade era um facto. Devidamente
país, nunca abandonei o vício da droga (con- medicado e com consciência que tinha de
sumo de canábis), vício esse que começou tomar medicação a vida toda, abandonei o
com uma brincadeira de miúdos aos 16 anos, Hospital de dia e procurei uma associação, en-
mas que se tornou dependente dos 20 aos trando assim, numa nova fase da minha vida.
Totalmente consciente do que tinha passa- Atualmente trabalho como part-time ao fim 10
do, separei-me dos meus colegas por decisão de semana num ginásio desportivo, além dis-
própria, ou por vergonha de que possa ter to- so realizo uma atividade na associação que é
mado alguma atitude no passado que denun- a prestação de suporte interpares, onde aju-
ciasse a minha doença. Procurei trabalho sem do os colegas que estão no seu processo de
conseguir uma resposta positiva. Carente de recovery, sendo também esta atividade re-
ter uma rotina que me motivasse, procurei munerada. Em casa, vivo com a minha mãe
ajuda na minha psiquiatra e assistente social, e comparativamente com tempos anteriores
que me aconselharam o Fórum Nova Aurora- ajudo muito mais nas tarefas domésticas.
ANARP. Hoje tenho o objetivo de cumprir as minhas
No Fórum, fui bem recebido por técnicos e tarefas e deveres com sucesso, para que me
utentes e já o frequento há 2 anos. Aqui ga- sinta com maior autoestima, sem estigma e
nhei uma rotina, que era o que eu procurava, feliz com a vida que levo.
por isso considero que me adaptei bem ao
processo de recuperação. Luís Pereira
40 anos
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Testemunhos }
1. “A primeira vez que pensei em suicídio”

2. “A minha irmã estava muito distante”

3. “Quando comecei a ouvir vozes”

4. “Consumir drogas era a única coisa que me ajudava”

5. “O diagnóstico do meu filho mudou a minha vida”

6. “Lidar com os meus ataques de pânico”


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“A primeira vez que
pensei em suicídio”
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“A primeira vez que


pensei em suicídio”
“Eu tentei suicidar-me devido a uma
situação de desespero provocada pela
1
A minha mãe apoiou-me muito durante
todo o processo, lembro-me de ela dizer
doença. Estava descompensada e ti- “desejo que fiques bem e não voltes a fa-
zer o mesmo”.
nha medo da minha família, princi-
palmente do meu pai e da minha mãe. Entretanto já tive recaídas, mas nunca che-
Tinha visões, alucinações, estava de- gou a este patamar. Reconheço que procedi
sinquietada e por vezes fugia de casa. mal, mas sei que não tive culpa porque estava
descompensada pela doença.
No dia da primeira tentativa, em 2001, dis-
se que ia comprar tabaco, andei a pé durante Atualmente, para além de tomar a medica-
muitos quilómetros até que vi um carro de al- ção, penso que tenho que lutar, ter esperan-
guém aberto e com a chave na ignição. Nes- ça, porque vou ultrapassar as dificuldades. Já
se preciso momento, tive uma alucinação de não tenho família próxima, por isso vivo numa
que o carro estava ali para mim. Desloquei-me residência. Por um lado sinto-me deprimida,
com o carro que não era meu durante cerca por outro lado sinto-me bem. O sentimen-
de 800 metro e depois fui embater num edifí- to de depressão deve-se ao facto de não ter
cio. No momento do embate é que pensei que muita privacidade, não durmo sozinha e vivo
me estava a matar (nesse preciso momento já num ambiente pesado. Por outro lado, tenho
não era minha intenção e travei a fundo). apoio, regalias, fiz amizades, tenho uma boa
Fui detida e levada para o Hospital de S.João, medicação…
ficando só magoada na perna. A minha mãe foi
ter comigo ao local do acidente e eu descul- A minha filosofia de vida hoje em dia é
pava-me a ela (entretanto o meu pai já tinha lutar e não desistir, acreditar que há uma
falecido). Depois do embate, o local do aciden- força superior que nos vai ajudar a ultra-
te transformou-se num espetáculo, com várias passar as dificuldades.“
pessoas a assistir e eu só metia as mãos à ca-
beça e pensava “O que é que eu fui fazer?”.
14

?
• “Tem pensado em suicidar-se ou magoar-se a
si mesmo?”
o que • “Já fez algum plano?”
podemos • “Já falou com mais alguém sobre isto?”

dizer • “Já tentou o suicídio antes?”


• “Está alguém consigo no momento?”

• Informar a pessoa que há ajuda à qual pode re-


correr, o que pode fazer uma grande diferença.

?
o que • Ouvir sem julgar e sem dar conselhos. Devemos
deixar a pessoa falar sobre o que está a sentir e

podemos tentar fazer algumas perguntas diretas sobre o que


tenciona fazer.

fazer • Falar sobre o suicídio não incentiva a pessoa a


pensar mais sobre isso. Na verdade, é melhor que
a pessoa saiba que pode falar com alguém sobre
este tema.

• Ligue para o 112, ou leve a pessoa para a Unida-


de de Emergência de um hospital local.

?
• Veja se a pessoa está disposta a falar com um
serviço de ajuda, como o SOS VOZ AMIGA, através

se for dos números 213544545/ 912802669/ 963524660.


• Ligue para o médico de família e/ou médico psi-
uma crise quiatra da pessoa. Poderá também ser útil pedir ao
médico para fazer uma consulta ao domicílio.
• Caso a pessoa frequente um centro de reabilita-
ção, ou tenha um técnico de referência tente en-
trar em contacto com eles.

Os pensamentos suicidas podem ser um sinal de depressão ou outros pro-


blemas de saúde mental. Quando um individuo pensa em cometer suicídio, o
pensamento de apenas sobreviver nos próximos dias pode parecer cansativo,
avassalador e insuportável. O que pode ajudar é focar no dia de hoje, em vez de
pensar no resto da sua vida.
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2
“A minha irmã
estava muito distante”
2
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“A minha irmã
estava muito distante”
“Inicío este relato referindo a rela- tamentos do marido e foi revelando alguma
ção entre nós, quer entre nós filhos e instabilidade emocional e psicológica.
nossos pais, quer entre irmãos, sem-
Foi uma fase muito difícil, ela não respon-
pre foi muito próxima, de forte parti- dia pelos seus atos, não estava reconhecí-
lha. A minha irmã casou aos vinte e vel, necessitava de um acompanhamento
poucos anos. Nos primeiros tempos, muito apertado, tínhamos receio de a dei-
a relação entre eles era normal, de xar sozinha, temendo pela sua própria se-
um casal recém-casado e sem filhos. gurança e de quem a rodeava pelos mo-
mentos de agressividade que tinha.
Viviam felizes e sem grandes preocu-
pações ou dificuldades. Ambos com A nível profissional, ela era uma pessoa de
emprego bom e seguro. muito rasgo, voluntariosa na procura e ma-
nutenção do seu emprego. Com o despoletar
Com o passar do tempo, começo a verificar da doença, deixou de cumprir com os seus
algum desmazelo por parte da minha irmã, compromissos profissionais. Continuou a ter
relativamente à casa e a si própria. Nota-se vontade de procurar emprego, mas não con-
também indiferença e desmazelo na relação. seguia mantê-los, quer por faltar ao trabalho,
Começamos por perceber, também pela opi- quer pela postura no próprio trabalho, ausen-
nião transmitida pelo meu cunhado, de que tando-se ao longo do dia para o café ou para
a minha irmã poderia não estar bem. Come- passear.
çam assim as consultas e exames. Atualmente tem um companheiro, desde há
Cada vez mais afastada o marido, somos nós, mais de 10 anos. Entre nós, irmãos, a relação
pais e irmãos, que começamos a acompa- próxima mantém-se. As conversas da minha
nhar a minha irmã em todo o processo. irmã desenrolam-se quase sempre à volta
Logo no início deste processo, ficamos a sa- dos mesmos temas e queixas. Por vezes tem
ber pela minha irmã, que apesar de ainda ca- momentos de grande revolta contra tudo e
sado, e aparentemente, numa altura em que contra todos, mas se esta revolta for contra-
viviam uma relação saudável, que o marido riada por frases positivas ou mudanças de as-
terá encontrado outra pessoa. Terá sido este sunto, facilmente se consegue uma alteração
o motivo que despoletou a doença da mi- do comportamento, acalmando.
nha irmã. Dois anos se passaram de exames
e consultas médicas de várias especialidades, Também tem momentos de gratidão,
para finalmente conhecermos o diagnóstico: onde reconhece o amor e o cuidado do
Esquizofrenia. Naquela altura a minha irmã companheiro, o carinho, cuidados e se-
não pediu auxílio de uma forma explícita re- gurança que nós lhe transmitimos e apor-
lativamente à doença. Partilhou connosco as tamos e a importância que passou a ter a
preocupações sobre as atitudes e compor- Associação Nova Aurora na vida dela.”
17
• “Queres ir até outro lugar? Onde te sentes mais

?
confortável?”

o que
• “Com que problemas tens que lidar neste mo-
mento? O que gostarias de mudar? “

podemos • “Sentes medo? Se não sentisses medo o que


gostavas de estar a fazer agora?”
dizer • “Eu só quero que saibas que não estás sozinho.”
• “Lembra-te, eu estou aqui para ti se precisares
de mim.”

• O primeiro passo para lidar com o isolamento ou

?
com os sintomas depressivos é aceitar o que está
a acontecer. Assim, deve reduzir as suas expectati-
o que vas, torná-las realistas e não pressionar demasiado
a pessoa.
podemos • Quando as pessoas se fecham em si próprias,

fazer podem sentir-se isoladas e distantes dos outros


e da sociedade. É compreensível que se sintam
muito vulneráveis em determinadas situações e
ambientes.

• Se acha que o seu familiar ou amigo está a ficar


gravemente deprimido, pode marcar uma consulta

?
com o médico que o acompanha. O médico pode
prescrever um medicamento e/ou aconselhar a

se for pessoa a envolver-se num programa de reabilita-


ção psicossocial. Poderá também ser útil pedir ao

uma crise médico para fazer uma consulta ao domicílio.


• Se o seu familiar ou amigo ficar muito ansioso
em situações sociais, pode ter um ataque de pâ-
nico. Veja como lidar com ataques de pânico na
página 27.

O isolamento social pode ser um sintoma de depressão ou de outro problema


de saúde mental, como a ansiedade social. As pessoas podem sentir-se diferen-
tes e não perceber o que está acontecer com elas próprias. Também é possível
que não tenham confiança nas suas capacidades para lidar com situações co-
muns do dia a dia.
18

3
“Quando comecei
a ouvir vozes”
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“Quando comecei
a ouvir vozes”
“No início achei que tinha um chip na
cabeça, comecei a andar sozinho na
3
para um centro de atividades em Valongo.
Contudo, as atividades não eram para mim e
foi então que ingressei na ANARP (há cerca
rua, ouvia mais do que uma voz que
de um ano).
diziam que vinham ter comigo. Ao
mesmo tempo a minha mãe estava a Nesta associação comecei a aplicar estra-
atravessar um processo de divórcio e tégias que me deixam mais calmo, ou seja,
eu a estudar, mas a escola não esta- fazer respiração abdominal, ouvir música
va a correr muito bem por causa das e falar com as vozes para tentar explicar
que elas são fruto da minha imaginação.
vozes.
Em retrospetiva, posso afirmar que deixei de
As vozes hoje em dia são portuguesas mas estar com os meus amigos, de sair à noite, de
antigamente eram brasileiras e diziam coisas ir às aulas e de tirar a carta de condução.
como “És filho do Bin Laden” ou “ Vai ter comi-
go a determinado sítio”. Andei assim durante Hoje estou estável mas ainda ouço vozes,
um ano, em que me isolei de todos e saía à inclusive tem vezes que confundo as vo-
noite sem mais nem menos e sem destino. zes com o meu pensamento.
Um certo dia, depois de fumar uma ganza, Atualmente fico mais ansioso entre as 19 e
a atividade alucinatória ficou pior e pedi ao as 20 horas porque tenho medo que a mi-
meu padrasto para me levar ao hospital. Fi- nha mãe não chegue a casa e nessa altura as
quei internado compulsivamente. A minha vozes voltam. No futuro, gostaria de obter al-
mãe foi ter comigo poucos minutos depois guma formação e depois arranjar trabalho na
e foi-nos informado que o surto psicótico área de eletrónica e telecomunicações.”
evoluiu para Esquizofrenia Paranoide. Poste-
riormente, o Centro de Saúde direcionou-me
20

?
• “Deve ser muito assustador para ti”

o que • “Queres falar sobre o que está a acontecer? Pode


ajudar”

podemos • “Eu sei que achas que está mesmo a acontecer,


mas eu não acho que seja verdade”
dizer • “Eu estou aqui para ti e posso ficar enquanto
precisares”

• Se alguém que conhece está a experienciar um


episódio psicótico grave, poderá precisar de uma
intervenção psiquiátrica, uma vez que não há mui-

?
ta coisa que possa fazer para alterar as suas con-
o que vicções. Devemos conversar de forma tranquila
com a pessoa e ouvir sem julgar.
podemos • É importante não ignorar ou desvalorizar os

fazer pensamentos da pessoa porque dessa forma ela


vai acreditar que as suas crenças são de facto reais.
• Informe o seu familiar ou amigo que estará ao
seu lado para o ajudar a ultrapassar todos os obs-
táculos.

• De forma a evitar transmitir ansiedade à pessoa,


e por mais preocupado que esteja com ela, tente
não demonstrá-lo.

?
• Ligue para o médico de família e/ou médico
psiquiatra da pessoa para marcar uma consulta

se for urgente. Poderá ser útil pedir uma consulta ao


domicílio.

uma crise • Caso a pessoa frequente um centro de reabi-


litação, ou tenha um técnico de referência tente
entrar em contacto com eles.
• Em situações severas leve a pessoa a uma Uni-
dade de Emergência para ser atendido por um
médico psiquiatra.

Pode ser difícil entender, aceitar e lidar com pensamentos e comportamen-


tos incomuns. “Psicose” descreve problemas de saúde mental em que alguém
experiencia mudanças ao nível do pensamento e da perceção. Abrange delírios,
paranoia, ouvir vozes, e desordem no pensamento e discurso.
21

4
“Consumir drogas era a única
coisa que me ajudava”
22

“Consumir drogas era a


única coisa que me ajudava”
“O meu primeiro charro foi consuma-
do na primária, embora tenha sido só
4
mento, fiz um pacto com a minha mãe e dis-
se-lhe que só fumaria haxixe às 6ª feiras, mas
sempre que fumava ficava ansioso e confuso,
2 bafos. Aos 15 anos, que foi quando
pelo que comecei a fumar menos. Já tive 5
desisti da escola e fui trabalhar como recaídas, devido ao consumo de haxixe, por-
ajudante de padeiro comecei a fumar que sempre que consumo, sinto-me mal físi-
com maior frequência. ca e mentalmente, mas no dia a seguir já me
sinto melhor e fumo outra vez.
Nessa altura já tinha o meu próprio dinheiro, Aconselhado pelo Hospital de São João, fre-
saia à noite, os meus amigos fumavam e eu quentei o Espaço T (Associação para Apoio à
também. Comecei a fumar por duas razões, Integração Social e Comunitária) durante al-
primeiro por curiosidade e segundo por in- gum tempo, mas na altura fisicamente esta-
fluência dos meus amigos, que vivem no va muito gordo, andava nervoso e sentia-me
mesmo bairro que eu. estigmatizado, pensava que todas as pessoas
olhavam para mim…até que, há acerca de 2/3
Entretanto, tive um surto pelo que acabei anos ingressei na ANARP.
por ficar internado um mês, mas quando
sai comecei a fumar haxixe normalmente. Desde que tomo medicação fiquei melhor,
tenho menos pensamentos negativos, estou
Continuei a fumar porque gostava e porque mais magro e mais à vontade comigo mes-
acabava por ser um refúgio. Pouco tempo mo. É de referir que conto com o suporte do
depois tive o segundo internamento, e quan- meu pai, mãe e irmãos.
do sai o charro já não me sabia tão bem. De-
pois deste episódio tive alguns sintomas, tais Com a entrada na ANARP também me-
como, sentir-me nervoso, quando estava ao lhorei muito, uma vez que antigamente
pé dos meus colegas não me apetecia falar, era uma pessoa muito reservada e isolada
só queria fumar e andava confuso com tudo. e agora falo com toda a gente.

Certo dia fui comprar um conto e fumei-o Hoje em dia, as minhas estratégias passam
praticamente todo durante a manhã, quan- por manter-me afastado dos meus amigos
do fumava parecia que os meus pulmões do bairro, saio mais com os amigos da Asso-
não estavam a funcionar; nesse mesmo dia, ciação (ANARP) e optei por instalar a Sport TV
à noite, enquanto dormia, sonhei que lobos em casa para não ter de ir ver os jogos para
me estavam a comer, fui dormir com a minha o café. No futuro, desejo ter um emprego e
mãe e tive os dois dias seguintes na cama até manter-me bem, isto é, tomar sempre a me-
ser internado novamente. Depois do interna- dicação e ter uma alimentação saudável.”
23

?
• “Sabes que me preocupo contigo e com o que
te acontece.”
o que • “Estou sempre aqui para ti se precisares.”

podemos • “Eu posso ver como as coisas são difíceis para ti”

dizer • “Gostarias de falar um pouco sobre por que mo-


tivo recorres às drogas? Eu gostaria de perceber
melhor…”

• Se a pessoa com quem está preocupado con-

?
tinua a consumir drogas, poderá ser muito difícil
lidar com o seu próprio sentimento de impotência.
o que • É importante que a pessoa se sinta compreen-

podemos dida e apoiada nesta fase menos favorável da sua


vida.

fazer • Não espere que a mudança aconteça de forma


rápida, muitas vezes as pessoas precisam de sentir
que têm uma boa rede de apoio antes de decidi-
rem parar de consumir.

• Ligue para o 112 ou leve o seu amigo ou parente


a uma Unidade de Emergência do hospital local.

?
• Pergunte-lhe se gostaria de falar com um servi-
ço de ajuda, como o SOS VOZ AMIGA, através dos

se for números 213544545/ 912802669/ 963524660.


• Ligue para o médico de família e/ou médico psi-
uma crise quiatra da pessoa. Poderá também ser útil pedir ao
médico para fazer uma consulta ao domicílio.
• Caso a pessoa frequente um centro de reabilita-
ção, ou tenha um técnico de referência tente en-
trar em contacto com eles.

O consumo persistente de drogas está associado a uma maior ocorrência de


sintomas positivos, a alterações do pensamento, a alucinações, a hostilidade e a
exacerbação dos défices cognitivos. Este consumo pode levar a um maior nú-
mero de surtos psicóticos e recaídas, o que consequentemente interfere com o
processo de reabilitação.
24

5
“O diagnóstico do
meu filho mudou
a minha vida”
25

“O diagnóstico do meu
filho mudou a minha vida”
O meu filho sempre foi uma pessoa
reservada, não cultivava amizades,
5
Encaminharam-no para a desintoxicação, no
entanto, ele não chegou a ir. Tenho consciên-
cia que ele sempre sentiu o meu suporte, eu
só tinha um ou dois amigos. Na esco-
sou o seu ombro amigo mas também sei que
la sempre foi um aluno responsável, deveria dizer mais vezes “não”.
os professores nunca tiveram nada a
dizer. No final da adolescência come- Isto também é desgastante para a família,
çou a fumar cannabis e foi quando eu por exemplo sinto-me extremamen-
surgiram os problemas. Ficou mui- te cansada, já tive mesmo que me isolar
porque estava a ficar esgotada.
to agressivo, autoritário, querendo
fazer as coisas à sua maneira. Nessa É importante eu própria ter algum descanso
altura fiquei muito desgastada mas para o bem do meu discernimento.
culpava a droga por tudo aquilo.
É de registar que, desde que começou a
Quando se isolou em minha casa durante tomar a medicação, está mais equilibrado
dois anos continuou a ser agressivo, tinha e já não é tão frequente tornar-se agres-
alucinações e eu já não conseguia lidar com sivo.
a situação até que entrei numa depressão. A
dada altura aconselharam-me a ir à polícia Atualmente, está ocupado com alguns com-
se ele continuasse agressivo, mas não quis promissos (que acabam por ser outro com-
manchar o nome do meu filho. Um dia liguei primido), está mais aberto, menos focado em
para o 112 mas não o chegaram a internar. ideias malucas e já cuida mais da sua imagem.
26

?
• “Eu só quero o melhor para ti e estarei sempre
aqui, se precisares de mim”
o que • “Penso que às vezes ficas fora de controlo. E em-

podemos bora eu saiba que não é culpa tua, eu não quero


que fiques pior”

dizer • “Estou um pouco preocupado contigo e pergun-


to-me se não deveríamos conversar com alguém
sobre isso. O que achas?”

• Qualquer que seja o diagnóstico, é importante


receber os cuidados e suporte adequados.

?
• A medicação pode ser necessária para resolver
as flutuações de humor. É frequente os médicos
o que prescreverem estabilizadores de humor, por vezes
combinam-nos com antidepressivos e antipsicóti-
podemos cos. As pessoas ajustam-se aos medicamentos de
forma diferente e pode haver efeitos secundários.
fazer • A intervenção psicológica também tem um pa-
pel importante no processo de reabilitação, uma
vez que visa reforçar as competências da pessoa,
ajudando-a, por exemplo, a encontrar as suas pró-
prias estratégias para lidar com os sintomas.

• Caso sinta que o seu familiar está em perigo,

?
deve procurar ajuda o mais rápido possível. Pode
contactar o médico de família e/ou médico psi-
quiatra.
se for • Quando não conseguir lidar com determinadas

uma crise situações, não há problema em retirar-se durante


algum tempo. Também é importante evitar o seu
desgaste físico e psicológico, de forma a evitar,
eventualmente, despoletar uma depressão e/ou
ansiedade.

A esquizofrenia é uma perturbação psiquiátrica caracterizada, dentre outros


sintomas, por progressiva deterioração neurocognitiva e desajustamento social.
É de referir que a família está muitas vezes presente na vida destes indivíduos
como principal rede de suporte, estando potencialmente sujeita a uma sobrecar-
ga subjetiva. Nestes casos, a Psicoeducação Familiar poderá ser uma terapêutica
de reabilitação a usar com o objetivo de fazer face às necessidades das famílias.
27

6
“Lidar com os meus
ataques de pânico”
28

“Lidar com os meus


ataques de pânico”
“Só quando começou a doença é que
passei a lidar de forma mais ansiosa
6
dizia coisa com coisa, fazia tudo muito rápi-
do mas na realidade já não sabia o que fazia,
o coração ficava tao acelerado que até doía.
em situações de stress, mas não con-
Entretanto fui ao médico e este ajustou-me a
sidero que isso mudou a minha vida. medicação e num segundo já estava feliz.
Houve vezes em que acendia um cigarro e
Um dos ataques de pânico que tive foi a an- nem o fumava, ficava ali a arder até que me
dar de autocarro, que estava cheio de pes- lembrava de acender outro, questionando-me
soas. Era um dia de chuva e de Inverno e as o que estaria ali a fazer o primeiro cigarro.
janelas estavam todas fechadas.
Hoje em dia já tenho mais estratégias,
Comecei a sentir-me mal, com suores, quando ando de autocarro ouço músi-
senti o coração acelerado, falta de ar e pa- ca e gravações de relaxamento para me
recia que todas as pessoas do autocarro manter mais calmo, tento olhar para a rua
estavam a olhar para mim. para não focar a minha atenção nas pes-
soas e às vezes peço para abrir um pouco
Tentei aguentar até ao máximo, mastiguei chi- a janela.
cletes, mas senti-me mal até ao final da viagem.
Já tive outro ataque de pânico no verão de
2012, senti-me incomodado e irritado. Não
?
29
• Gostarias de ir para um local mais silencioso?
o que • Eu sei que isto é muito assustador para ti. Há algu-

podemos ma coisa que possa fazer para ajudar?


• Existe alguma coisa que geralmente ajude nesta si-
dizer tuação? ou “Não há nada que eu possa fazer que nor-
malmente ajude?”

• Os sintomas de ansiedade podem incluir preocupa-

?
ção e irritabilidade, sentimentos de medo, dificuldades
de concentração ou dormir, palpitações cardíacas, in-

o que digestão, tontura, sensação de mal-estar, e respiração


pesada ou rápida. Muitas pessoas sentem um ou mais

podemos destes sintomas num momento ou outro da sua vida.


As pessoas com perturbação de ansiedade experien-

fazer ciam-no com mais frequência, e estes sintomas inter-


ferem significativamente com a sua vida diária.
• As perturbações de ansiedade são tratáveis através
de terapia psicológica e farmacológica, entre outras.

• Tente falar com o seu colega, amigo ou familiar de


forma tranquilizadora mas ao mesmo tempo seja fir-
me e assertivo.
• No caso de a pessoa querer fugir, tente não agarrar,

?
segurar ou conter. O ideal será sugerir que relaxe ou
que caminhe consigo em passo rápido.

se for • Incentive a pessoa a tentar controlar a sua respira-


ção. Poderá pedir-lhe para inspirar e expirar enquanto
uma crise conta lentamente até 4.
• Se os sintomas não desaparecerem dentro de 15
minutos, procure aconselhamento médico urgente-
mente.
• Caso a pessoa frequente um centro de reabilitação,
ou tenha um técnico de referência tente entrar em
contacto com eles.

Às vezes, a ansiedade severa pode causar ataques de pânico. Estes são episó-
dios súbitos de intenso medo ou desconforto, são muitas vezes acompanhados
de sintomas como um ritmo cardíaco acelerado, sudorese, tremores, falta de ar,
dores no peito ou desconforto e sensação de mal-estar. A pessoa pode-se sentir
tonta e com medo de perder o controlo ou morrer.
Questionário 30

de reflexão sobre os testemunhos

• Quais os seus pensamentos e sentimentos depois de ler os testemunhos?

• Algum dos testemunhos é similar à sua experiência pessoal?

?
• Que semelhanças e diferenças encontra?

• Já seguia algum dos conselhos referidos?

• O que é que aprendeu ou descobriu?


31
As pessoas normais não têm nada de especial

Ser ou não ser


Ser homem
Ser único
Ser diferente
Viver a vida um dia de cada vez
Aceitar a diferença
Lutar contra o estigma
Fazer ver aos outros que somos todos iguais
Que podemos ter uma vida normal e integrada na sociedade
Ser ou não ser
Ser diferente, Ser feliz
Cada pessoa é como é
Tem é de saber viver com os seus próprios problemas
Viver a Vida!
Lutar contra as diferenças impostas pela sociedade
Ser capaz de ser feliz e realizada como qualquer ser humano
Ser ou não ser
Ser diferente é ser mais alto
(Existir, desaparecer),
É sentir diferente
Viver ou morrer,
É ser feliz
Ficar ou partir.
(Todos diferentes, todos iguais)
Partir/Fugir para viver,
Catarina Pinheiro
Ficar/permanecer para morrer.
Ser livre para voar,
No infinito morrer.
(Pois com asas de pano,
É difícil levantar)

À liberdade estou presa

poemas
E dela não me consigo desprender
Irei morrer por ela
E por ela viver
Mas
Sem nunca a alcançar.

Amo a vida.
A ela me vou agarrar.
Só eu a posso viver.
Curta é a vida.
Só me resta,
Ser apenas ser,
Ser única,
Ser feliz,
Ser eterna.

Catarina Pinheiro
32

Músicas }
Quando cheguei dessa viagem 33

O tempo melhorou
E um sonho começou
Por causa da paragem
Que a vida me lembrou
O inverno já passou
E a imagem já voltou
Quando cheguei dessa viagem.
músicas
Assim mesmo consegui
Com vontade de voltar Já chegou o dia que eu sabia
E também prossegui
Na miragem de encontrar Já chegou o dia que eu sabia
Porque pra frente segui Todo este tempo é fundamental
Devagar mas a ganhar Esta melodia portanto seria
Afinal estou seguro do meu lugar. Um sonho real por não ser igual
Já chegou o dia que eu sabia
E contei a muita gente A vida não muda pra um lugar fatal.
Que enfrentei tudo o que vi
Que esta terra nunca tente Tudo o que vivi até agora
Ter alguém que não sente Vai contar para sempre sem fim
É preciso arriscar bastante O caminho que tenho faz a hora
Pra em seguida se ir mais avante. E o futuro a depender só de mim.

É sempre bom estar aqui Se eu me encontrar com o destino


No lar que tenho e por aí Não direi que foi apenas de vez
Fico a ver este mundo que em si É preferível o sentido do ensino
É um encontro de mim para ti. Que me traz mais uma lição que se fez.

A contagem crescente pra passagem


Do infinito e eterno imortal
Simplesmente é a própria viagem
Que nos leva pra lá do cerno sim final.

Seguirei por essa estrada de fora


Eu já sei que o mundo vai mudar
Sol e chuva mas vendo onde mora
A entrada pro ideal que realizar.
Encontrei, desta vez, a canção 34

Procurei, nos meus sonhos, sem imaginação


Qual devia ser o mais importante
Num momento que foi a tal explicação
Comecei a pensar em tudo bastante
Encontrei, desta vez, a canção.

Contei pra mim próprio o sentido


Esperando compreender a razão
E então sem nunca te ter esquecido
Passei o tempo a tirar uma conclusão.

Algum talvez tenha conseguido


Bem chegar ao lugar da decisão
Sim nenhum se tinha perdido ou ido
Num desafio que não tivesse direção.

Assim o caminho da paz


Apareceu neste instante pedido
Por fim não sozinho e capaz
Aconteceu ter-te convencido.

Eu pensei na minha lição, a vida


Alcançando o mundo pretendido
E liguei a sensação contida
Ao tal sonho que estava escondido.

Controlei a paixão de desejar


Como se fosse um capricho realizar
E o pensamento teve de experimentar
O tormento de um mar a inventar.
RECURSOS 35

Serviços de Reabilitação Psicossocial

Braga
Associação de Apoio à Saúde Mental “O Salto”
Rua de S.Vitor, 80
4700-439 Braga
Tel :: 253 264 062
Email :: aasm_osalto@sapo.pt

Casa de Saúde Bom Jesus (Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus)


Rua Doutor António Alves Palha, 2
4710-200 Braga
Tel :: 253 203 000
Email :: csbj@ihscj.pt
www.ihscj.pt/csbj

Casa de Saúde S.João de Deus (Instituto S.João de Deus)


Avenida Paulo Felisberto, s/n
4750-194 Barcelos
Tel :: 253 808 210
Email :: ssocial.barcelos@isjd.pt
www.isjd.pt/cssjd.barcelos

Coimbra
Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional
Centro Social Comunitário Dr.Jaime Ramos
3220-231 Miranda do Corvo
Tel :: 239 530 150
Email :: geral@adfp.pt
www.adfp.pt

ARSDOP (Associação para a Reabilitação Social e Desinstitucionalização de Doentes Psiquiátricos)


Morada: Quinta de Arnes
3130-003 Alfarelos
Tel :: 239 640 430
Email :: arsdop@hotmail.com

Casa de Saúde Rainha Santa Isabel (Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus)
Morada: Rua Padre Bento Menni
3150-146 Condeixa-a-Nova (Unidade de Ganhos de Autonomia)
Tel :: 239 949 070
Email :: direcção.csrsi@ihscj.pt
www.ihscj.pt/csri
Faro 36

ASMAL (Associação de Saúde Mental do Algarve)


Morada: Rua Aboim Ascensão, 47
8000-199 Faro (Fórum Sócio-Ocupacional de Faro)
Tel :: 289 825 858
Email :: asmal@mail.telepac.pt
www.asmal.org.pt

Santa Casa da Misericórdia de Albufeira, Casa da Paz


Morada: Apartado 54 – Cerca Velha
8200-466 Paderne
Tel :: 289 368 567/69
Email :: casapaz@sapo.pt

UNIR (Associação dos Doentes Mentais, Famílias e Amigos do Algarve)


Morada: Rua Geraldino Brites, Lote A6, Loja A e B
8100-583 Loulé
Tel :: 289 411 131
Email :: unir@portugalmail.pt
www.unir.com.sapo.pt

Guarda
Casa de Saúde Bento Menni (Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus)
Morada: Rua José dos Santos
6300-575 Guarda
Tel :: 271 200 840
Email :: direcção.csbm@ihscj.pt
www.ihscj.pt

LEIRIA
CEERDL (Centro de Educação Especial Rainha D.Leonor)
Morada: Rua Dinant – Cidade Nova
2500-325 Caldas da Rainha
Tel :: 262 840 050
Email :: ceerdl.administrativo@ceerdl.org
www.ceerdl.org

LISBOA
AASPS (Associação de Apoio e Segurança Psico-Social)
Morada: Rua do Cruzeiro, 194-B
1300-172 Lisboa (Ajuda)
Tel :: 213 630 884
Email :: aaspsocial@gmail.com
ACARPS (Associação Comunitária da Amadora para a Reabilitação Psicossocial) 37
Morada: Estrada de Alfragide, 34, r/c Dto – Buraca
2720-020 Amadora
Tel :: 214 715 054
Email :: acarps@gmail.com

ACSMO (Associação Comunitária de Saúde Mental de Odivelas)


Morada: Rua Dário Cannas, 4, 3º Dto
2675-325 Odivelas
Tel :: 219 341 138
Email :: acsmo.dirc@gmail.com

ADEB (Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares)


Morada: Br.Dr. Alfredo Bensaúde – Rua Costa Malheiro, Lote C – C2 e C3, Loja A
1800-174 Lisboa
Tel :: 218 540 740/8
Email :: adeb@adeb.pt
www.adeb.pt

AEAPE (Associação de Educação e Apoio na Esquizofrenia)


Morada: Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, Pólo Hospitalar Júlio de Matos
(Arque de Saúde de Lisboa); Clínica Psiquiátrica II – Pavilhão 21 Novo R/C; Av. do Brasil, 53
1749-002 Lisboa
Tel :: 217 917 000
Email :: aeape.aeape@gmail.com

AEIPS (Associação para o Estudo e Integração Psicossocial)


Morada: Av. António José de Almeida, 26
1000-043 Lisboa
Tel :: 218 453 580
Email :: geral@aeips.pt
www.aeips.pt

ARIA (Associação de Reabilitação e Integração Ajuda)


Morada: Quinta do Cabrinha, Loja 9 A
1300 Lisboa (Fórum Sócio-Ocupacional de Lisboa)
Tel :: 213 635 512
Email :: aria.fso.lisboa@gmail.com
www.aria.com.pt

Associação Domus Mater


Morada: Rua João Nascimento, Lote 7, Olaias
1900-269 Lisboa
Tel :: 218 406 187
Email :: domusmater@gmail.com
www.domusmater.co.nr

Casa de Saúde da Idanha (Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus)


Morada: Rua 25 de Abril, nº5 – Idanha
2605-119 Belas 38
Tel :: 214 339 400
Email :: direcção.csi@ihscj.pt
www.ihscj.pt/csi/

Casa de Saúde do Telhal (Instituto São João de Deus)


Morada: Estrada do Telhal, s/n
2725-588 Mem Martins
Tel :: 219 179 200
Email :: cst.telhal@isjd.pt
www.isjd.pt/cst.telhal

Centro de Reabilitação Psicossocial Horizonte


Morada: Rua Eduardo Costa, 4
1170-117 Lisboa
Tel :: 218 689 429
Email :: horizonte.psico@gmail.com

Clínica Psiquiátrica S.José (Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus)


Morada: Azinhaga Torre do Fato, 8
1600-774 Lisboa (Telheiras)
Tel :: 217 125 110
Email :: cpsj@ihscj.pt
www.ihscj.pt/cpsj

FNERDM (Federação Nacional das Entidades de Reabilitação de Doentes Mentais)


Morada: Avenida António José de Almeida, 26
1000-043 Lisboa
Tel :: 210 168 465
Email :: geral@fnerdm.pt
www.fnerdm.pt

GAC (Grupo de Ação Comunitária)


Morada: Rua Victor Santos, Lote R.8, Loja R. 8 A
1600-785 Lisboa (Carnide) (Fórum Sócio-ocupacional Sol Nascente)
Tel :: 217 156 513
Email :: forumsn@sapo.pt

GIRA (Grupo de Intervenção e Reabilitação Ativa)


Morada: Rua Luciano Cordeiro, 34 – 1º
1150-216 Lisboa
Tel :: 213 544 535
Email :: gira@gira.org.pt
www.gira-ipss.org

OLHAR (Associação para a Prevenção e Apoio à Saúde Mental)


Morada: Rua Augusto Gil, 1-2ªD; 1000-062 Lisboa ou Fundação da Juventude, Gab.6;
Rua das Flores, 69; 4050-265 Porto
Tel :: 217 971 805
Email :: assolhar@gmail.com
www.olhar.home.sapo.pt
Porto 39

AFUA – Associação de Familiares, Utentes e Amigos do Hospital de Magalhães Lemos


Morada: Rua Professor Álvaro Rodrigues
4460-895 Guifões
Tel :: 220 138 244
Email :: afua@iol.pt
www.afuahml.com

ANARP – Associação Nova Aurora na Reabilitação e Reintegração Psicossocial


Morada: Rua Coronel Almeida Valente, 280/282
4200-030 Porto
Tel :: 225 504 394
Email :: etecf.anarp@gmail.com
www.anarp.org.pt

ADEB- Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares


Morada: Urbanização de Santa Luzia
Rua Aurélio Paz dos Reis, nº 357, torre 5, R/C - Paranhos
4250-068 Porto
Tel :: 226 066 414 /228 331 442
Email :: regiao_norte@adeb.pt

Encontrar+se – Associação de Apoio a Pessoas com Perturbação Mental Grave


Morada: Apartado 10079, Foz do Douro;
4151-901 Porto
Telm :: 919 060 165
Email :: encontrarse@gmail.com
www.encontrarse.pt

Santarém

Farpa (Associação de Familiares e Amigos do Doente Psicótico)


Morada: Quinta Monte Abade
2000-471 Santarém
Telm :: 968 809 100
Email :: a.farpa@sapo.pt

Setúbal
Associação de Saúde Mental Dr. Fernando Ilharco
Morada: Rua Mártires da Pátria, nrº72 R/C
2900-493 Setúbal (Fórum Sócio-ocupacional )
Tel :: 265 572 787
Email :: asmdfi-geral@hotmail.com

Persona (Associação para a Promoção da Saúde Mental)


Morada: Rua Berthelot, 1 – Quimiparque (UVAP nos pisos 1 e 2)
2830-137 Barreiro
Tel :: 212 060 999 40
Email :: geral@persona.pt
www.persona.pt

Rumo (Cooperativa de Solidariedade Social, CRL)


Morada: Quinta da Fonte, rua Ilhéu do Rei, lote 16
2835-302 Lavradio (Residência e Apartamentos de Autonomia)
Tel :: 212 044 545
Email :: residenciarumo@gmail.com

Viseu

Associação de Solidariedade (ARTENAVE Atelier)


Morada: Avenida Doutor Baptista Ferro
3620-360 Moimenta da Beira
Tel :: 254 583 522
Email :: atelier@artenave.org
www.artenave.org

Região Autónoma dos Açores


Casa de Saúde de S.Miguel (Instituto São João de Deus)
Morada: Rua S.João de Deus, s/n, Apartado 155
9501-902 Ponta Delgada
Tel :: 296 201 600
Email :: cssm.pdelgada@isjd.pt
www.isjd.pt/cssm.pdelgada

Casa de Saúde do Espirito Santo


(Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus)
Morada: Rua Doutor Bettencourt Conceição, 125
9700 – Angra do Heroísmo, Açores
Tel :: 295 401 350
Email :: direcção.cses@ihscj.pt
www.ihcjs.pt/cses

Casa de Saúde Nossa Senhora da Conceição


(Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus)
Morada: Largo do Bom Despacho
9500-167 Ponta Delgada
Tel :: 296 306 322
Email :: direcção.csnsc@ihscj.pt
www.ihscj.pt/csnsc

Casa de Saúde S.Rafael (Instituto São João de Deus)


Morada: Rua Doutor Anibal Bettencourt, s/n
9701-902 Angra do Heroísmo
Tel :: 295 204 330
Email :: cssr.angra@isjd.pt
www.isjd.pt/site/index.php
Região Autónoma da Madeira 41

Casa de Saúde S.João de Deus (Instituto São João de Deus)


Morada: Caminho do Trapiche – Santo António
9020-126 Funchal
Tel :: 291 741 032
Email :: cssjd.funchal@isjd.pt
www.isajd.pt/cssjd.funchal

Rede de Urgências
Porto
Hospital Geral de Stº António SA
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, 24h.

Hospital de S. João
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, das 8h às 20h.

Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia


Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, das 8h30 às 20h30.

Hospital de Magalhães Lemos


Tem urgência interna de psiquiatria e um serviço de observação.
Horário: todos os dias, para além do horário normal de funcionamento dos serviços.

BRAGANÇA
Hospital Distrital de Bragança
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, das 8h às 20h. Das 20h às 8h em regime de prevenção.
Fins-de-semana em regime de prevenção 24h.

VIANA DO CASTELO
Centro Hospitalar Alto Minho, SA
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: de 2ª a 6ª feira, das 9h às 17h. Das 17h às 9h em regime de prevenção.
Fins-de-semana e feriados em regime de prevenção 24h.

BRAGA
Hospital de S. Marcos
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: de 2ª a 6ª feira, das 8h às 20h. Das 20h às 8h em regime de prevenção ao Internamento.
Fins-de-semana e feriados, das 9h às 21h, em regime de prevenção ao Serviço de Urgência.

AVEIRO
Hospital Infante D. Pedro, SA
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, das 8h às 20h.
CASTELO BRANCO 42
Hospital Amato Lusitano
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, 24h.

COVILHÃ
Centro Hospitalar Cova da Beira, SA
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, 24h.

COIMBRA
COIMBRA NORTE
Hospitais da Universidade de Coimbra
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, 24h.

COIMBRA SUL
Hospital de Sobral Cid
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, 24h.

GUARDA
Hospital de Sousa Martins
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, 24h.

LEIRIA
Hospital de Santo André, SA
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, das 8h às 20h.

VISEU
Hospital de São Teotónio, SA
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, das 8h às 22h.

Grupo dos hospitais Psiquiátricos da Região de Lisboa e Vale do Tejo


Hospital Júlio de Matos e Hospital Miguel Bombarda
Tem urgência de psiquiatria, conjunta, a funcionar no Hospital Curry Cabral
Horário :: todos os dias, 24h.

Hospital de Santa Maria


Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, 24h.

Hospital de S. Francisco Xavier, SA


Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, das 8h às 20h. Das 20h às 8h, em regime de prevenção.

AMADORA – SINTRA
Hospital do Prof. Fernando da Fonseca
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, 24h
SETÚBAL 43
Hospital de S. Bernardo, SA
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, 24h

BARREIRO
Hospital Nossa Senhora do Rosário, SA
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, 24h

SANTARÉM
Hospital Distrital de Santarém, SA
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, 24h

PORTALEGRE
Hospital Doutor José Maria Grande
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: De 2ª a 6ª feira, das 9h às 15h. Das 15h às 24h, em regime de prevenção.

ÉVORA
Hospital do Espírito Santo
Tem urgência de psiquiatria, em regime de prevenção.
Horário :: De 2ª a 6ª feira, das 14h às 9h. Fins-de-semana e feriados, durante 24h.

FARO
Hospital Distrital de Faro
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: De 2ª a 6ª feira, das 9h às 18h.

Revistas
Revista “Saúde Mental, Mental Health”
www.revista.saude-mental.net/

Reportagens
“Mentes Inquietas” Programa: Linha da Frente (RTP1)
“A Lucidez da Loucura” Grande Reportagem (SIC)
“Jogos da Mente” Repórter TVI (TVI24)

Filmes
“Uma Mente Brilhante” (“A Beautiful Mind”) Direção: Row Howard; Data:2001
“O Solista” (“The Soloist”) Direção: Joe Wright; Data: 2009
Outros sítios da Internet 44

Blog, Fórum Sócio-Ocupacional Nova Aurora


www.usanarp.wordpress.com

ACS (Coordenação Nacional para a Saúde Mental)


www.acs.min-saude.pt/pt/saudemental/

PNSM (Programa Nacional para a Saúde Mental)


www.saudemental.pt/

Portal da Saúde
www.min-saude.pt/portal

INR (Instituto Nacional para a Reabilitação)


www.inr.pt/

FNERDM (Federação Nacional de Entidades de Reabilitação de Doentes Mentais)


www.fnerdm.pt/index.htm

Movimento UPA, Encontrar+Se


www.encontrarse.pt/Default.aspx?Tag=CONTENT&Contentld=2178

Janssen-Cilag Farmacêutica, Lda


www.janssen-cilag.pt/disease/detail.jhtml?itemname=schizophrenia_about

Entendendo a Esquizofrenia
www.entendendoaesquizofrenia.com.br/website

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