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MANUAL DE
ACONSELHAMENTO
NO RECOVERY
Ficha Técnica 2
Título:
Manual de Aconselhamento no Recovery
Autores:
Sónia Esteves
Filipa Campos, MSc
António Marques, PhD
Local:
Porto
Data de edição:
julho de 2014
Design gráfico:
XPTO Design
Ilustrações:
Nélson Moura
Poemas:
Fernanda Queiroz, Catarina Pinheiro
Testemunhos:
Cláudio Silva, Elisabete Silva, Ivone Lopes, João Pinto, Luís Fonseca, Luís Pereira, Manuela Castro (nome fictício)
Música:
Jorge Mesquita
Agradecimentos:
Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo (ESMAE)
Versão original
Esteves, S., Campos, F., Marques, A. (2014). Manual de Aconselhamento no Recovery.
Porto: Laboratório de Reabilitação Psicossocial FPCEUP/ESTSPIPP
Publicado por:
Laboratório de Reabilitação Psicossocial
FPCEUP/ESTSPIPP
Apresentação 4
Poemas 5
O que é o Recovery? 6
“Diário de Luís” 8
Testemunhos 11
Questionário 30
Poemas 31
Música 32
Recursos 35
4
Apresentação }
O Manual de Aconselhamento no Recovery rio, designado “Diário de Luís” que nos conta, de
pretende dar informações aos cuidadores e às uma forma breve, a história de vida do Luís an-
pessoas com experiência de doença mental so- tes e depois do despoletar da doença mental. Na
bre alguns dos sintomas e comportamentos que segunda parte, inicia-se o relato de seis testemu-
podem surgir no decorrer da doença. Atualmente nhos acompanhados, posteriormente, de infor-
sabe-se que o conhecimento e o entendimento mações e conselhos práticos sobre como atuar
correto sobre a doença mental facilita o processo perante a problemática revelada em cada teste-
de recuperação pessoal, pelo que se espera que munho. O final deste momento é composto por
este Manual seja um suporte eficaz que contribua um questionário de reflexão sobre os respetivos
para o bem-estar, para a diminuição do estigma e testemunhos, cujo objetivo passa por avaliar se
do auto estigma na doença mental e para a pro- os utilizadores aumentaram a sua informação e
moção da auto estima e do empowerment. conhecimento relativamente à doença mental e
Este Manual assume-se como um documento de ao recovery.
referência nesta área, contando com a participa- A última parte é constituída por uma listagem dos
ção de vários utentes da Associação Nova Au- recursos a nível nacional, como serviços de reabi-
rora na Reabilitação e Reintegração Psicossocial litação psicossocial; a rede de urgências existen-
(ANARP) em áreas distintas, nomeadamente, na te atualmente; e a indicação de algumas revistas,
poesia, música, ilustração e testemunhos pessoais. reportagens e filmes que visam tornar todos os
Na primeira parte encontra-se um pequeno diá- leitores mais informados e melhores “decisores”.
A minha Dor… 5
Choro…
Num vale de lágrimas
Pelo que tanto imploro
poemas
Largar as lástimas
Quero apagar
Do mais intrincado ser
A dor que não passa
Que me faz sofrer
Dias Cinzentos
Cansada da vida
É só desilusão
Lá ando eu deprimida
Que trago no coração
Latejando o meu sofrer
Como queria ser feliz
Querendo crescer
Como uma petiz
Começa a emergir
Fernanda Queiroz
Num despoletar de emoções
Além de deceções
Estando a progredir
Chorei
Implorei
Valor de Mãe…
Tentando aplacar a dor
Nasce por dentro
Com mui fervor
Vê-se por fora
Transporta uma vida
Sofri
Como ninguém…
Vivi
Momentos de solidão
Aquele bebé
Contidos no coração.
Aquele ser que no fundo nada é
Dá dupla vida àquela pessoa
Fernanda Queiroz
Que já é mãe.
Parabéns Mãe
Por teres cuidado de mim
Enquanto fiz parte de ti!
Catarina Pinheiro
6
O que é o Recovery?
Recovery/Recuperação pessoal significa coisas diferentes para
pessoas diferentes. A recuperação é um processo complexo e
dinâmico pelo que uma definição pessoal é fundamental.
Duarte, 2007
Diário de Luís }
9
Diário de Luís
O meu percurso escolar foi até ao 10º 35 anos com consumo diário. Sempre soube
ano, sendo um aluno com um traje- separar as águas, nunca fui trabalhar sobre
o efeito da droga, mas depois do trabalho e
to irregular pois reprovei dois anos.
com o convívio dos colegas consumia as mi-
Embora tivesse todo o apoio e moti- nhas doses diárias.
vação dos meus pais, o facto é que Nesta fase da minha vida, tive situações que
eu era um aluno com alguma falta de hoje sinto e compenso com apoio familiar,
concentração nas aulas e um pouco me passaram um pouco ao lado, como por
preguiçoso para estudar, preferindo exemplo a afetividade à minha mãe e irmã,
pois a relação com o meu pai deixou de exis-
as brincadeiras de uma criança nor- tir após o divórcio com a minha mãe tinha eu
mal e bastante sociável, do que fazer 21 anos. A vida boémia fazia parte do meu dia
as tarefas e obrigações escolares. a dia, mas hoje sou uma pessoa que leva uma
vida sem drogas e com uma forte ligação à
Os meus tempos livres eram ocupados a brin- minha família.
car com os meus amigos, a jogar a bola, andar Em 2008, já em Portugal, e sem trabalho, tive
de bicicleta ou jogar computador. Passava- os primeiros sintomas da doença, comecei
mos muito tempo na rua a divertir-nos, pois por ter delírios e ouvir vozes. Os delírios fa-
nesse tempo não havia tantos carros nem os ziam-me sentir uma pessoa especial, ou seja
perigos de hoje em dia. pensava que tinha um dom. Com o passar do
O objetivo ou sonho que eu tinha nessa fase tempo comecei a desconfiar que as pessoas
da minha vida, era ser jogador de futebol queriam fazer-me mal, a televisão e a rádio
como a maioria dos meus amigos. eram vozes de comando, isto tudo sem per-
Comecei a trabalhar em 1994 como emprega- ceber que vivia fora da realidade e que estava
do de armazém. Após passar por alguns em- doente. Até que, por fim, comecei a isolar-me
pregos, fruto da juventude, pois não sabia que e tinha medo de sair a rua. A exaustão apo-
futuro profissional queria, arranjei colocação derou-se de mim, as ideias na minha cabeça
numa empresa de materiais de construção, corriam intensas e confusas, o corpo já não
onde estabilizei a minha vida. Subi na carrei- aguentava mais.
ra profissional ao qual aceitei um convite de
uma empresa do mesmo ramo mas líder de Tinham passados 2 anos desde o primei-
mercado com condições salariais muito atra- ro delírio, até que a minha mãe e irmã
tivas. Posso dizer que as minhas relações com já exaustas e preocupadas com a minha
colegas de trabalho eram bastante saudáveis saúde, decidiram levar-me ao hospital.
e profissionais, pois sempre prezei o trabalho
em equipa. Em 2007 abandonei todos os pro- Fiquei internado 1 mês, e foi-me diagnostica-
jetos que tinha, inclusivé a minha mãe e irmã, do Esquizofrenia. Os delírios e as vozes desa-
e fui viver para França com a minha namo- pareceram e a consciência que tinha vivido
rada que já lá vivia. Apesar de ir para outro fora da realidade era um facto. Devidamente
país, nunca abandonei o vício da droga (con- medicado e com consciência que tinha de
sumo de canábis), vício esse que começou tomar medicação a vida toda, abandonei o
com uma brincadeira de miúdos aos 16 anos, Hospital de dia e procurei uma associação, en-
mas que se tornou dependente dos 20 aos trando assim, numa nova fase da minha vida.
Totalmente consciente do que tinha passa- Atualmente trabalho como part-time ao fim 10
do, separei-me dos meus colegas por decisão de semana num ginásio desportivo, além dis-
própria, ou por vergonha de que possa ter to- so realizo uma atividade na associação que é
mado alguma atitude no passado que denun- a prestação de suporte interpares, onde aju-
ciasse a minha doença. Procurei trabalho sem do os colegas que estão no seu processo de
conseguir uma resposta positiva. Carente de recovery, sendo também esta atividade re-
ter uma rotina que me motivasse, procurei munerada. Em casa, vivo com a minha mãe
ajuda na minha psiquiatra e assistente social, e comparativamente com tempos anteriores
que me aconselharam o Fórum Nova Aurora- ajudo muito mais nas tarefas domésticas.
ANARP. Hoje tenho o objetivo de cumprir as minhas
No Fórum, fui bem recebido por técnicos e tarefas e deveres com sucesso, para que me
utentes e já o frequento há 2 anos. Aqui ga- sinta com maior autoestima, sem estigma e
nhei uma rotina, que era o que eu procurava, feliz com a vida que levo.
por isso considero que me adaptei bem ao
processo de recuperação. Luís Pereira
40 anos
11
Testemunhos }
1. “A primeira vez que pensei em suicídio”
1
“A primeira vez que
pensei em suicídio”
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?
• “Tem pensado em suicidar-se ou magoar-se a
si mesmo?”
o que • “Já fez algum plano?”
podemos • “Já falou com mais alguém sobre isto?”
?
o que • Ouvir sem julgar e sem dar conselhos. Devemos
deixar a pessoa falar sobre o que está a sentir e
?
• Veja se a pessoa está disposta a falar com um
serviço de ajuda, como o SOS VOZ AMIGA, através
2
“A minha irmã
estava muito distante”
2
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“A minha irmã
estava muito distante”
“Inicío este relato referindo a rela- tamentos do marido e foi revelando alguma
ção entre nós, quer entre nós filhos e instabilidade emocional e psicológica.
nossos pais, quer entre irmãos, sem-
Foi uma fase muito difícil, ela não respon-
pre foi muito próxima, de forte parti- dia pelos seus atos, não estava reconhecí-
lha. A minha irmã casou aos vinte e vel, necessitava de um acompanhamento
poucos anos. Nos primeiros tempos, muito apertado, tínhamos receio de a dei-
a relação entre eles era normal, de xar sozinha, temendo pela sua própria se-
um casal recém-casado e sem filhos. gurança e de quem a rodeava pelos mo-
mentos de agressividade que tinha.
Viviam felizes e sem grandes preocu-
pações ou dificuldades. Ambos com A nível profissional, ela era uma pessoa de
emprego bom e seguro. muito rasgo, voluntariosa na procura e ma-
nutenção do seu emprego. Com o despoletar
Com o passar do tempo, começo a verificar da doença, deixou de cumprir com os seus
algum desmazelo por parte da minha irmã, compromissos profissionais. Continuou a ter
relativamente à casa e a si própria. Nota-se vontade de procurar emprego, mas não con-
também indiferença e desmazelo na relação. seguia mantê-los, quer por faltar ao trabalho,
Começamos por perceber, também pela opi- quer pela postura no próprio trabalho, ausen-
nião transmitida pelo meu cunhado, de que tando-se ao longo do dia para o café ou para
a minha irmã poderia não estar bem. Come- passear.
çam assim as consultas e exames. Atualmente tem um companheiro, desde há
Cada vez mais afastada o marido, somos nós, mais de 10 anos. Entre nós, irmãos, a relação
pais e irmãos, que começamos a acompa- próxima mantém-se. As conversas da minha
nhar a minha irmã em todo o processo. irmã desenrolam-se quase sempre à volta
Logo no início deste processo, ficamos a sa- dos mesmos temas e queixas. Por vezes tem
ber pela minha irmã, que apesar de ainda ca- momentos de grande revolta contra tudo e
sado, e aparentemente, numa altura em que contra todos, mas se esta revolta for contra-
viviam uma relação saudável, que o marido riada por frases positivas ou mudanças de as-
terá encontrado outra pessoa. Terá sido este sunto, facilmente se consegue uma alteração
o motivo que despoletou a doença da mi- do comportamento, acalmando.
nha irmã. Dois anos se passaram de exames
e consultas médicas de várias especialidades, Também tem momentos de gratidão,
para finalmente conhecermos o diagnóstico: onde reconhece o amor e o cuidado do
Esquizofrenia. Naquela altura a minha irmã companheiro, o carinho, cuidados e se-
não pediu auxílio de uma forma explícita re- gurança que nós lhe transmitimos e apor-
lativamente à doença. Partilhou connosco as tamos e a importância que passou a ter a
preocupações sobre as atitudes e compor- Associação Nova Aurora na vida dela.”
17
• “Queres ir até outro lugar? Onde te sentes mais
?
confortável?”
o que
• “Com que problemas tens que lidar neste mo-
mento? O que gostarias de mudar? “
?
com os sintomas depressivos é aceitar o que está
a acontecer. Assim, deve reduzir as suas expectati-
o que vas, torná-las realistas e não pressionar demasiado
a pessoa.
podemos • Quando as pessoas se fecham em si próprias,
?
com o médico que o acompanha. O médico pode
prescrever um medicamento e/ou aconselhar a
3
“Quando comecei
a ouvir vozes”
19
“Quando comecei
a ouvir vozes”
“No início achei que tinha um chip na
cabeça, comecei a andar sozinho na
3
para um centro de atividades em Valongo.
Contudo, as atividades não eram para mim e
foi então que ingressei na ANARP (há cerca
rua, ouvia mais do que uma voz que
de um ano).
diziam que vinham ter comigo. Ao
mesmo tempo a minha mãe estava a Nesta associação comecei a aplicar estra-
atravessar um processo de divórcio e tégias que me deixam mais calmo, ou seja,
eu a estudar, mas a escola não esta- fazer respiração abdominal, ouvir música
va a correr muito bem por causa das e falar com as vozes para tentar explicar
que elas são fruto da minha imaginação.
vozes.
Em retrospetiva, posso afirmar que deixei de
As vozes hoje em dia são portuguesas mas estar com os meus amigos, de sair à noite, de
antigamente eram brasileiras e diziam coisas ir às aulas e de tirar a carta de condução.
como “És filho do Bin Laden” ou “ Vai ter comi-
go a determinado sítio”. Andei assim durante Hoje estou estável mas ainda ouço vozes,
um ano, em que me isolei de todos e saía à inclusive tem vezes que confundo as vo-
noite sem mais nem menos e sem destino. zes com o meu pensamento.
Um certo dia, depois de fumar uma ganza, Atualmente fico mais ansioso entre as 19 e
a atividade alucinatória ficou pior e pedi ao as 20 horas porque tenho medo que a mi-
meu padrasto para me levar ao hospital. Fi- nha mãe não chegue a casa e nessa altura as
quei internado compulsivamente. A minha vozes voltam. No futuro, gostaria de obter al-
mãe foi ter comigo poucos minutos depois guma formação e depois arranjar trabalho na
e foi-nos informado que o surto psicótico área de eletrónica e telecomunicações.”
evoluiu para Esquizofrenia Paranoide. Poste-
riormente, o Centro de Saúde direcionou-me
20
?
• “Deve ser muito assustador para ti”
?
ta coisa que possa fazer para alterar as suas con-
o que vicções. Devemos conversar de forma tranquila
com a pessoa e ouvir sem julgar.
podemos • É importante não ignorar ou desvalorizar os
?
• Ligue para o médico de família e/ou médico
psiquiatra da pessoa para marcar uma consulta
4
“Consumir drogas era a única
coisa que me ajudava”
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Certo dia fui comprar um conto e fumei-o Hoje em dia, as minhas estratégias passam
praticamente todo durante a manhã, quan- por manter-me afastado dos meus amigos
do fumava parecia que os meus pulmões do bairro, saio mais com os amigos da Asso-
não estavam a funcionar; nesse mesmo dia, ciação (ANARP) e optei por instalar a Sport TV
à noite, enquanto dormia, sonhei que lobos em casa para não ter de ir ver os jogos para
me estavam a comer, fui dormir com a minha o café. No futuro, desejo ter um emprego e
mãe e tive os dois dias seguintes na cama até manter-me bem, isto é, tomar sempre a me-
ser internado novamente. Depois do interna- dicação e ter uma alimentação saudável.”
23
?
• “Sabes que me preocupo contigo e com o que
te acontece.”
o que • “Estou sempre aqui para ti se precisares.”
podemos • “Eu posso ver como as coisas são difíceis para ti”
?
tinua a consumir drogas, poderá ser muito difícil
lidar com o seu próprio sentimento de impotência.
o que • É importante que a pessoa se sinta compreen-
?
• Pergunte-lhe se gostaria de falar com um servi-
ço de ajuda, como o SOS VOZ AMIGA, através dos
5
“O diagnóstico do
meu filho mudou
a minha vida”
25
“O diagnóstico do meu
filho mudou a minha vida”
O meu filho sempre foi uma pessoa
reservada, não cultivava amizades,
5
Encaminharam-no para a desintoxicação, no
entanto, ele não chegou a ir. Tenho consciên-
cia que ele sempre sentiu o meu suporte, eu
só tinha um ou dois amigos. Na esco-
sou o seu ombro amigo mas também sei que
la sempre foi um aluno responsável, deveria dizer mais vezes “não”.
os professores nunca tiveram nada a
dizer. No final da adolescência come- Isto também é desgastante para a família,
çou a fumar cannabis e foi quando eu por exemplo sinto-me extremamen-
surgiram os problemas. Ficou mui- te cansada, já tive mesmo que me isolar
porque estava a ficar esgotada.
to agressivo, autoritário, querendo
fazer as coisas à sua maneira. Nessa É importante eu própria ter algum descanso
altura fiquei muito desgastada mas para o bem do meu discernimento.
culpava a droga por tudo aquilo.
É de registar que, desde que começou a
Quando se isolou em minha casa durante tomar a medicação, está mais equilibrado
dois anos continuou a ser agressivo, tinha e já não é tão frequente tornar-se agres-
alucinações e eu já não conseguia lidar com sivo.
a situação até que entrei numa depressão. A
dada altura aconselharam-me a ir à polícia Atualmente, está ocupado com alguns com-
se ele continuasse agressivo, mas não quis promissos (que acabam por ser outro com-
manchar o nome do meu filho. Um dia liguei primido), está mais aberto, menos focado em
para o 112 mas não o chegaram a internar. ideias malucas e já cuida mais da sua imagem.
26
?
• “Eu só quero o melhor para ti e estarei sempre
aqui, se precisares de mim”
o que • “Penso que às vezes ficas fora de controlo. E em-
?
• A medicação pode ser necessária para resolver
as flutuações de humor. É frequente os médicos
o que prescreverem estabilizadores de humor, por vezes
combinam-nos com antidepressivos e antipsicóti-
podemos cos. As pessoas ajustam-se aos medicamentos de
forma diferente e pode haver efeitos secundários.
fazer • A intervenção psicológica também tem um pa-
pel importante no processo de reabilitação, uma
vez que visa reforçar as competências da pessoa,
ajudando-a, por exemplo, a encontrar as suas pró-
prias estratégias para lidar com os sintomas.
?
deve procurar ajuda o mais rápido possível. Pode
contactar o médico de família e/ou médico psi-
quiatra.
se for • Quando não conseguir lidar com determinadas
6
“Lidar com os meus
ataques de pânico”
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?
ção e irritabilidade, sentimentos de medo, dificuldades
de concentração ou dormir, palpitações cardíacas, in-
?
segurar ou conter. O ideal será sugerir que relaxe ou
que caminhe consigo em passo rápido.
Às vezes, a ansiedade severa pode causar ataques de pânico. Estes são episó-
dios súbitos de intenso medo ou desconforto, são muitas vezes acompanhados
de sintomas como um ritmo cardíaco acelerado, sudorese, tremores, falta de ar,
dores no peito ou desconforto e sensação de mal-estar. A pessoa pode-se sentir
tonta e com medo de perder o controlo ou morrer.
Questionário 30
?
• Que semelhanças e diferenças encontra?
poemas
E dela não me consigo desprender
Irei morrer por ela
E por ela viver
Mas
Sem nunca a alcançar.
Amo a vida.
A ela me vou agarrar.
Só eu a posso viver.
Curta é a vida.
Só me resta,
Ser apenas ser,
Ser única,
Ser feliz,
Ser eterna.
Catarina Pinheiro
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Músicas }
Quando cheguei dessa viagem 33
O tempo melhorou
E um sonho começou
Por causa da paragem
Que a vida me lembrou
O inverno já passou
E a imagem já voltou
Quando cheguei dessa viagem.
músicas
Assim mesmo consegui
Com vontade de voltar Já chegou o dia que eu sabia
E também prossegui
Na miragem de encontrar Já chegou o dia que eu sabia
Porque pra frente segui Todo este tempo é fundamental
Devagar mas a ganhar Esta melodia portanto seria
Afinal estou seguro do meu lugar. Um sonho real por não ser igual
Já chegou o dia que eu sabia
E contei a muita gente A vida não muda pra um lugar fatal.
Que enfrentei tudo o que vi
Que esta terra nunca tente Tudo o que vivi até agora
Ter alguém que não sente Vai contar para sempre sem fim
É preciso arriscar bastante O caminho que tenho faz a hora
Pra em seguida se ir mais avante. E o futuro a depender só de mim.
Braga
Associação de Apoio à Saúde Mental “O Salto”
Rua de S.Vitor, 80
4700-439 Braga
Tel :: 253 264 062
Email :: aasm_osalto@sapo.pt
Coimbra
Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional
Centro Social Comunitário Dr.Jaime Ramos
3220-231 Miranda do Corvo
Tel :: 239 530 150
Email :: geral@adfp.pt
www.adfp.pt
Casa de Saúde Rainha Santa Isabel (Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus)
Morada: Rua Padre Bento Menni
3150-146 Condeixa-a-Nova (Unidade de Ganhos de Autonomia)
Tel :: 239 949 070
Email :: direcção.csrsi@ihscj.pt
www.ihscj.pt/csri
Faro 36
Guarda
Casa de Saúde Bento Menni (Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus)
Morada: Rua José dos Santos
6300-575 Guarda
Tel :: 271 200 840
Email :: direcção.csbm@ihscj.pt
www.ihscj.pt
LEIRIA
CEERDL (Centro de Educação Especial Rainha D.Leonor)
Morada: Rua Dinant – Cidade Nova
2500-325 Caldas da Rainha
Tel :: 262 840 050
Email :: ceerdl.administrativo@ceerdl.org
www.ceerdl.org
LISBOA
AASPS (Associação de Apoio e Segurança Psico-Social)
Morada: Rua do Cruzeiro, 194-B
1300-172 Lisboa (Ajuda)
Tel :: 213 630 884
Email :: aaspsocial@gmail.com
ACARPS (Associação Comunitária da Amadora para a Reabilitação Psicossocial) 37
Morada: Estrada de Alfragide, 34, r/c Dto – Buraca
2720-020 Amadora
Tel :: 214 715 054
Email :: acarps@gmail.com
Santarém
Setúbal
Associação de Saúde Mental Dr. Fernando Ilharco
Morada: Rua Mártires da Pátria, nrº72 R/C
2900-493 Setúbal (Fórum Sócio-ocupacional )
Tel :: 265 572 787
Email :: asmdfi-geral@hotmail.com
Viseu
Rede de Urgências
Porto
Hospital Geral de Stº António SA
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, 24h.
Hospital de S. João
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, das 8h às 20h.
BRAGANÇA
Hospital Distrital de Bragança
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, das 8h às 20h. Das 20h às 8h em regime de prevenção.
Fins-de-semana em regime de prevenção 24h.
VIANA DO CASTELO
Centro Hospitalar Alto Minho, SA
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: de 2ª a 6ª feira, das 9h às 17h. Das 17h às 9h em regime de prevenção.
Fins-de-semana e feriados em regime de prevenção 24h.
BRAGA
Hospital de S. Marcos
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: de 2ª a 6ª feira, das 8h às 20h. Das 20h às 8h em regime de prevenção ao Internamento.
Fins-de-semana e feriados, das 9h às 21h, em regime de prevenção ao Serviço de Urgência.
AVEIRO
Hospital Infante D. Pedro, SA
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, das 8h às 20h.
CASTELO BRANCO 42
Hospital Amato Lusitano
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, 24h.
COVILHÃ
Centro Hospitalar Cova da Beira, SA
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, 24h.
COIMBRA
COIMBRA NORTE
Hospitais da Universidade de Coimbra
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, 24h.
COIMBRA SUL
Hospital de Sobral Cid
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, 24h.
GUARDA
Hospital de Sousa Martins
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, 24h.
LEIRIA
Hospital de Santo André, SA
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, das 8h às 20h.
VISEU
Hospital de São Teotónio, SA
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, das 8h às 22h.
AMADORA – SINTRA
Hospital do Prof. Fernando da Fonseca
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, 24h
SETÚBAL 43
Hospital de S. Bernardo, SA
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, 24h
BARREIRO
Hospital Nossa Senhora do Rosário, SA
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, 24h
SANTARÉM
Hospital Distrital de Santarém, SA
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: todos os dias, 24h
PORTALEGRE
Hospital Doutor José Maria Grande
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: De 2ª a 6ª feira, das 9h às 15h. Das 15h às 24h, em regime de prevenção.
ÉVORA
Hospital do Espírito Santo
Tem urgência de psiquiatria, em regime de prevenção.
Horário :: De 2ª a 6ª feira, das 14h às 9h. Fins-de-semana e feriados, durante 24h.
FARO
Hospital Distrital de Faro
Tem urgência de psiquiatria
Horário :: De 2ª a 6ª feira, das 9h às 18h.
Revistas
Revista “Saúde Mental, Mental Health”
www.revista.saude-mental.net/
Reportagens
“Mentes Inquietas” Programa: Linha da Frente (RTP1)
“A Lucidez da Loucura” Grande Reportagem (SIC)
“Jogos da Mente” Repórter TVI (TVI24)
Filmes
“Uma Mente Brilhante” (“A Beautiful Mind”) Direção: Row Howard; Data:2001
“O Solista” (“The Soloist”) Direção: Joe Wright; Data: 2009
Outros sítios da Internet 44
Portal da Saúde
www.min-saude.pt/portal
Entendendo a Esquizofrenia
www.entendendoaesquizofrenia.com.br/website