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Dica de leitura de hoje. Nota: 8.

Utilitarismo a obra seminal de John Stuart Mill,


que explora os princípios fundamentais do utilitarismo, uma teoria ética que afirma
que a melhor ação é aquela que maximiza a felicidade ou o bem-estar geral. Mill
expande as ideias de Jeremy Bentham, seu mentor, fazendo uma defesa do
utilitarismo, em especial pelas críticas que sempre sofreu desde sua concepção como
filosofia moral.

A obra é dividida em cinco capítulos, nos quais Mill faz uma análise profunda dos
princípios do utilitarismo e responde às críticas comuns à teoria ética. No
primeiro capítulo, ele define o utilitarismo e distingue entre prazer e felicidade,
argumentando que algumas formas de prazer são mais valiosas e dignas de busca do
que outras. No segundo Mill examina as objeções ao utilitarismo, incluindo
preocupações sobre a justiça, a moralidade e a liberdade individual, abordando,
ainda, questões relacionadas à utilidade da justiça, explorando como as leis e
instituições sociais devem ser organizadas para maximizar o bem-estar geral.
No terceiro Mill discute as variações no entendimento do utilitarismo, respondendo
aos críticos da teoria. O quarto examina as razões pelas quais os indivíduos
escolhem agir de acordo com os princípios utilitaristas. No último, Mill considera
as relações entre utilitarismo e justiça, explorando como as noções de justiça se
encaixam na estrutura do utilitarismo. Ele argumenta que a justiça é uma parte
essencial da utilidade social e que as leis e instituições justas são fundamentais
para a maximização da felicidade geral.
Embora o esforço de Mill em defesa do Utilitarismo, a teoria não passa imune às
críticas, que passam pela dificuldade em determinar a qualidade versus quantidade
de prazer, que nem todos os prazeres são iguais e o caráter subjetivo disso. Além
disso, críticos argumentam que o utilitarismo pode sacrificar os direitos
individuais em nome do bem-estar geral. Se uma ação que viola os direitos de uma
minoria aumenta a felicidade da maioria, o utilitarismo poderia justificar essa
ação, o que é moralmente problemático para muitas pessoas.
Além disso, o utilitarismo, em sua busca pelo maior bem-estar geral, poderia
justificar decisões injustas se isso resultar em um maior benefício para a maioria,
além de que poderia justificar a exploração de uma minoria se isso resultar em um
maior benefício para a maioria.
Por fim, o utilitarismo, em sua busca pela maximização da felicidade geral, pode
não levar em conta adequadamente a distribuição justa dos recursos e oportunidades
na sociedade, o que é uma preocupação central em teorias éticas contemporâneas.
Mill rebate várias críticas no livro, mas sempre há espaço para visões diferentes,
e como toda teoria, o utilitarismo não é perfeito, tampouco refuta todas as
críticas apontadas.

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