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Direito Internacional Privado
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Avaliação nº 5

O Direito Civil Internacional trata-se do conjunto de normas destinadas a


disciplinar o direito material em matéria cível para os fatos jurídicos que envolvem
elementos estrangeiros. Estas normas são tanto as leis promulgadas pelo
congresso nacional (em razão do princípio da soberania) quanto tratados e
convenções internacionais ratificados pelo Estado brasileiro. Dentre os temas que
se destacam em matéria de Direito Civil Internacional estão o direito das sucessões
internacionais, o direito dos contratos internacionais, a proteção do consumidor
internacional e a propriedade intelectual internacional.
O direito dos contratos internacionais tem previsão tanto no art. 9º da Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), o Decreto-Lei nº 4.657 de 1942
, bem como na Convenção Interamericana sobre Direito Aplicável aos Contratos
Internacionais, da qual o Brasil é signatário, mas ainda não ratificou. O direito das
sucessões internacionais é disciplinado pelo art. 10 da LINDB. A propriedade
intelectual, no direito civil internacional, tem como uma de suas principais fontes a
Convenção de Estocolmo, de 1967, esta que se propôs a revisar a Convenção de
Paris de 1883. A Convenção de Paris foi um marco internacional no direito da
propriedade intelectual internacional, por ter sido o primeiro documento a regular e
dar padrões internacionais para o registro de marcas. A Convenção de Estocolmo
foi incorporada ao ordenamento jurídico pátrio por via da Lei nº 9.279 de 1996.
Quanto aos Direitos Reais no âmbito do Direito Civil Internacional, observa-se que o
Novo Código de Processo Civil de 2015 estabeleceu a competência absoluta da
jurisdição brasileira para o conhecimento de ações relativas a imóveis situados no
país.
A arbitragem internacional é um método tradicional de resolução de conflitos
e se trata de um mecanismo em que as partes de um litígio elegem um foro privado
de suas confianças, para um julgamento pretensamente mais ágil e neutro, o que
seria mais adequado fatos jurídicos comerciais transnacionais. A arbitragem, porém,
só veio a ser incorporada ao ordenamento jurídico pátrio por meio da promulgação
da Lei 9.307/96, a Lei de Arbitragem, seguida pelo reconhecimento da
constitucionalidade da arbitragem pelo STF em 2001 (o entendimento foi firmado no
julgamento de recurso em processo de homologação de Sentença Estrangeira, SE
5.206), e a adesão do Brasil à Convenção de Nova York de 1958 em 2002, por via
do Decreto nº 4.311, de 2002.
A sentença arbitral (ou laudo arbitral) é equiparada, no ordenamento jurídico
pátrio, a Título Executivo Judicial, tal qual disposto no art. 515, inciso VII do CPC,
bem como no art. 31 da Lei de Arbitragem. Todavia, para que seja apta a produzir
efeitos, a sentença arbitral deve apresentar todos os requisitos específicos
expressos no art. 26 da Lei de arbitragem. A competência para homologação de
sentença arbitral era do STF até a promulgação da Emenda Constitucional nº 45,
quando, então, passou a ser de competência do STJ. Não cabe ao órgão
supracitado, no entanto, apreciar o mérito da sentença. É reservada ao STJ a
função de exercer o juízo de delibação. Este trata-se tanto da verificação dos
requisitos constantes no art. 26 da Lei de arbitragem quanto da verificação da
adequação da sentença arbitral do caso concreto com a soberania nacional, a
ordem pública e os bons costumes, tal qual disposto no art. 17 da LINDB.

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