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Atos, Termos e Prazos


no Processo do
Trabalho
Trata dos atos, termos, prazos,
nulidades e despesas no
processo do trabalho;

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Publicado por Tales Calaza


ano passado ! 3.267 visualizações

1. Atos e prazos

Os atos processuais, em regra, serão


públicos (salvo quando determinar o
interesse social, como nos casos de
segredo de justiça, por exemplo) e
serão realizados em dias úteis, no
horário compreendido entre as 6
horas e as 20 horas, nos termos do
artigo 770 da CLT, sendo que penhora
pode ser realizada aos domingos e
feriados, desde que haja autorização
expressa do juiz ou presidente do
tribunal.

A citação, em regra, será feita por via


postal na fase de conhecimento. A
Súmula 16 do TST diz que presume-se
recebida a notificação 48 horas após a
sua postagem, sendo que a não
entrega ou a entrega após o prazo
constitui ônus da prova do
destinatário. A notificação da Fazenda
Pública deve ser feita via postal, de
acordo com a doutrina majoritária,
dispensando a aplicação dos artigos
247, inciso III e 249 do CPC, que
dizem que, em regra, deverá ser feita
por oficial de justiça. Na execução, a
citação deverá ser realizada de forma
pessoal, por oficial de justiça.

Os prazos serão contados em dias


úteis, com a exclusão do dia do
começo e a inclusão do dia do
vencimento (artigo 775 da CLT).

Notificada a parte na sexta, o prazo


começará a contar na segunda (se for
dia útil), mas o início do prazo é
considerado no dia da notificação, no
caso, sexta (Súmula 1 do TST).
Quando há notificação no sábado, o
início do prazo se dá no primeiro dia
útil subsequente, e a contagem se
inicia no próximo dia útil subsequente
(Súmula 262 do TST).

No caso de procuradores distintos em


litisconsórcio, não haverá prazo em
dobro, pois o artigo 229 não se aplica
na Justiça do Trabalho, tendo em
vista a celeridade processual. O prazo
processual será suspenso nos dias
compreendidos entre 20 de dezembro
e 20 de janeiro, inclusive (artigo 775-
A da CLT).

A fazenda pública tem prazo em dobro


para recorrer e prazo quádruplo para
contestar. Para o Ministério Público
do Trabalho os prazos são apenas
dobrados (artigo 180 do CPC).

2. Nulidades

Só haverá nulidade declarada se


houver manifesto prejuízo para
alguma das partes, devendo esta ser
alegada na primeira oportunidade em
que a parte puder se pronunciar nos
autos ou em audiência. As nulidades
estão previstas nos artigos 794 à 798
da CLT.

As nulidades não podem ser arguidas


por quem tiver lhe dado causa e o juiz
pode declarar nulidade absoluta de
ofício. A nulidade relativa deve ser
requerida pelas partes, sob pena de
convalidação.

Quando for possível suprir a nulidade


ou repetir-se o ato, a nulidade não
será pronunciada. As nulidades
apenas prejudicarão atos posteriores.

3. Despesas

As despesas mínimas de um processo


serão de R$ 10,64 e as despesas
máximas serão no valor de quatro
vezes o teto da previdência (artigo 789
da CLT). O artigo 789-B da CLT traz a
tabela com os emolumentos
suportados pelo requerente.

O artigo 790, §§ 3º e 4º da CLT, traz


informações relacionadas a
gratuidade judiciária, dizendo que é
facultado ao juiz ou tribunal conceder
a gratuidade para quem receba até
40% do valor do teto da previdência,
de ofício ou a requerimento da parte.
A gratuidade de justiça será garantida
para a parte que comprovar
insuficiência de recursos para o
pagamento das custas do processo.

São isentos de custas os entes trazidos


pelo artigo 790-A da CLT, sendo eles:
a fazenda pública, a administração
pública direta, autárquica e
fundacional, o Ministério Público do
Trabalho e a massa falida (Súmula 86
do TST).

Os honorários periciais são trazidos


pelo artigo 790-B da CLT, e seu
pagamento deve ser feito pela parte
sucumbente da pretensão do objeto
da perícia, ainda que beneficiário da
gratuidade judiciária. Admite-se
parcelamento pelo juízo. A União
apenas irá pagar os honorários
periciais se o beneficiário da justiça
gratuita não obtiver créditos capaz de
suportar a despesa.

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Tales Calaza
Calaza Legal Studio

Advogado no escritório Rocha & Gonçalves


Advogados Associados. Pós Graduado em Processo
Civil, Cursando Pós Graduação em Direito do
Consumidor na Era Digital e com cursos de extensão
em Direito Contratual (Harvard Law School), Direito
de Família (UniDomBosco) e Direito Imobiliário
(UniDomBosco). Influências internacionais e
diversos reconhecimentos e publicações jurídicas.
Apaixonado pelo Direito.

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