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em pacientes com
COVID-19
Licenciado para - Cleyde Amelia Carvalho Fialho - 00653996330 - Protegido por Eduzz.com
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A infecção pela COVID-19 tomou proporções pandêmicas, tornando-se um
grave problema de saúde pública mundial. Dentre os aspectos que integram o
cuidado do paciente com COVID-19, a atenção nutricional é essencial, uma vez
que muitos pacientes evoluem com graves complicações.
• Atentar-se aos pacientes em UTI por tempo superior a 48 horas, devido maior risco de desnutrição
APORTE Início
Entre 15 a 20 kcal/kg/dia, nos primeiros quatro dias ou enquanto durar a fase aguda. Posteriormente,
CALÓRICO se disponível, realizar calorimetria indireta (CI), se disponível, ou evoluir para 25 kcal/kg.
Fase de reabilitação
Aumentar a meta calórica. Primeiramente, realizar CI, se não disponível, considerar 35 kcal/kg/
peso.
Obesidade
IMC na faixa de 30 a 50 kg/m² 11 a 14 kcal/kg de peso atual/dia.
IMC > 50 kg/m² 22 a 25 kcal/kg de peso ideal/dia.
Atenção especial
Mantém-se a orientação padrão de considerar as calorias não-nutricionais, como o uso de
propofol, glicose endovenosa e hemofiltração com citrato para evitar a hiperalimentação. Além
disso, pacientes com obesidade necessitam de uma atenção especial.
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APORTE PROTEICO Recomendação
1,5 a 2,0 g/kg/dia (até mesmo nos pacientes com Lesão Renal Aguda (LRA)).
Obesidade
2,0 a 2,5 g/kg de peso ideal/dia.
Atenção especial
Pacientes com tempo prolongado de intubação estão sujeitos a grande perda funcional do processo
de deglutição e, portanto, devem ser avaliados quanto ao risco de disfagia e à necessidade de
terapia nutricional (TN) artificial.
Disfunção pulmonar
Manipular o coeficiente respiratório e reduzir a produção de CO2 em pacientes críticos com
disfunção pulmonar por meio de fórmulas com alto teor lipídico e baixo teor de carboidrato é
contraindicado.
MONITORAMENTO DA SÍNDROME DE
REALIMENTAÇÃO
A Síndrome de Realimentação (SR) é caracterizada por alterações hidroeletrolíticas graves
(hipofosfatemia, hipomagnesemia, hipocalemia) devido o alto fluxo intracelular destes eletrólitos em
pacientes desnutridos, que são alimentados de forma rápida e/ou excessiva.
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Os parâmetros de monitoração da SR devem ser avaliados nas primeiras 72 horas.
Potássio (K)
Magnésio (Mg)
Fósforo (P)
Tiamina (B1)
A presença de hipofosfatemia, além de sinalizar risco de SR, atrasa o desmame ventilatório de pacientes
críticos. Adicionalmente, é recomendado avaliar a suplementação de B1 em pacientes com risco de SR.
Posição prona
A posição prona é uma manobra terapêutica para tratamento da COVID-19. A manobra é segura e
barata, mas exige trabalho em equipe e habilidade, além de organização no processo de execução.
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Dessa forma, são sugeridos cuidados específicos para TN.
ECMO
Pacientes submetidos à ECMO - sigla em inglês para “Oxigenação por Membrana Extracorpórea”,
devem seguir as recomendações padronizadas para os demais pacientes com COVID-19. No entanto,
apresentam maior risco de gastroparesia e isquemia intestinal. Ainda assim, o uso de TNP com
emulsão lipídica pode ser utilizado rotineiramente, haja vista que não há complicações da interação
entre a TNP com a ECMO.
Os neurônios olfativos não possuem receptores da (ECA2), porém as células de sustentação possuem
muitos. Essas células são responsáveis por manter um equilíbrio iônico no muco que os neurônios
dependem para enviar sinais para o cérebro. Caso esse equilíbrio seja rompido, a sinalização neuronal
pode ser interrompida e, com isso, ocorre a perda do olfato. Além disso, as células de sustentação
também fornecem suporte físico e metabólico necessário para os cílios dos neurônios olfativos, nos
quais os receptores que detectam os odores se concentram. A lesão desses cílios leva à perda do olfato.
Ademais, o epitélio olfativo tem a capacidade de se regenerar. Portanto, a anosmia pode ser reversível.
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Estudos com suplementação de probióticos, polifenóis e ácidos graxos polinsaturados têm sido
realizados com a finalidade de avaliar possível prevenção de contágio viral (p. ex., através da melhora
do sistema imunológico do paciente) ou possível redução da severidade do quadro clínico do paciente
infectado. No entanto, não há até o momento evidências robustas e recomendações que suportem a
suplementação de probióticos, polifenóis e ácidos graxos polinsaturados no paciente com COVID-19
para tais desfechos.
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SÍNDROME PÓS COVID-19
A definição de síndrome pós COVID-19 encontra-se em discussão na literatura. Porém, a maioria
dos estudos, debatem a síndrome pós COVID-19 pela persistência de sintomas, desenvolvimento de
complicações tardias e ou sequelas após algumas semanas do surgimento dos sintomas agudos.
Os efeitos residuais da infecção por COVID-19, tais como fadiga, dispneia, dor torácica, distúrbios
cognitivos e artralgia são os mais comuns ou observados entre os sobreviventes da COVID-19. Todas
essas repercussões podem ter efeitos negativos importantes na qualidade de vida do indivíduo. Por
isso, a compreensão das sequelas após a recuperação da COVID-19 é necessária, a fim de desenvolver
uma abordagem assertiva.
Um programa de reabilitação para os pacientes com perda funcional pós COVID-19 deve ser
implementado e mantido de forma continuada, composto pelas seguintes condutas
• TN hiperproteica
• Suplementação nutricional
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COVID-19 E ALEITAMENTO MATERNO
O Aleitamento Materno (AM) é essencial para a saúde das lactentes. Dessa maneira, de acordo com a
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), as lactantes com COVID-19 podem amamentar seus bebês, se
assim o desejarem, com determinados cuidados.
• Lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos antes e depois de tocar o bebê
• Evitar que o bebê toque a máscara e ou o rosto da mãe, especialmente boca, nariz, olhos e cabelos
• Evitar que a criança seja manipulada (banho, sono, fraldas) pela genitora e/ou por pessoas com
suspeita ou diagnóstico de COVID-19
Adicionalmente, estudos sugerem que a presença de anticorpos no leite de mães imunizadas contra
COVID-19 pode garantir algum grau de proteção. Ressalta-se que a presença desses anticorpos não
justifica o abandono das recomendações de segurança contra a COVID-19.
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