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MOLÉCULA DOS ANESTÉSICOS LOCAIS E FATORES QUE AFETAM SUA AÇÃO

A maioria dos anestésicos são AMINAS TERCIARIAS

 Parte lipofílica: anel aromático


 Parte hidrofílica: grupamento amina
 Cadeia intermediaria: agrupamento amida ou Ester

Amidas: lidocaína, etidocaina, mepivacaina, bupivacaina, prilocaina, articaina

Os anestésicos locais (principio ativo) são BASES fracas, pouco solúveis em água e instáveis a
exposição ao ar.

Então, este é associado a um SAL ACIDO, tornando-o solúvel em água e estável

Anestésico = sal cloridrato

 Cloridrato (sal acido) de lidocaína (anestésico basico)

Dentro do anestésico, existem moléculas sem carga (RN), que são bases e moléculas com
cargas positivas, chamadas de cátion

 RN = base, sem carga


 RNH+= cátion, com carga
 Apenas a porção sem carga consegue entrar na membrana
 Somente a porção com carga desempenha o bloqueio anestesico

pKa

Quando o pH da solução é igual ao pKa do anestésico, 50% da droga existem na forma com
carga e outros 50% sem carga.

Quanto mais próximo de 7.4 (pH humano), mais rápido o anestésico vai iniciar sua ação.
Quanto mais se distancia, mais tempo demora.

Quanto menor o pKa (próximo a 7.4), menor o período de latência, ou seja, o anestésico
começa fazer efeito mais rápido.

 Por exemplo: Lidocaina pKa = 7.7; inicio de ação = 2-4 minutos


 Por exemplo: Bupivacaina pKa = 8.2; inicio de ação = 5-8 minutos

A acidificação do tecido diminui a eficácia do anestésico local. Uma area inflamada, por
exemplo, tem pH de 5 a 6 (mais acido que o do tecido normal (7.5)).

A adrenalina e outros vasopressores são acidificados, assim inibem a oxidação.

Soluções sem adrenalina tem pH em torno de 6.5 (básico), enquanto com adrenalina, o pH cai
para 3.5 (bem acido). O pH mais baixo tem mais probabilidade de produzir sensação de
queimação e ardencia na infiltração, bem como inicio da anestesia mais lenta.

Ou seja pKa = TEMPO DE INICIO DE AÇÃO DO ANESTESICO


SOLUBILIDADE NOS LIPIDEOS

O aumento da solubilidade nos lipídeos permite que a anestesia penetre mais facilmente na
membrana do nervo (que é constituída em 90% de lipídeos)

Isso reflete biologicamente no aumento da potencia do anestésico

LIGAÇÃO PROTEICA

É responsável pela DURAÇÃO da atividade do anestesico

As proteínas constituem aproximadamente 10% da membrana do nervo e os anestésicos locais


que possuem maior grau de ligação as proteínas fixam-se mais firmemente aos sítios
receptores de proteínas e possui duração de atividade mais longa

VASOATIVIDADE

A vasoatividade afeta a potencia e a duração da anestesia

Quanto maior a vasoatividade, menor duração e potencia da anestesia

A infiltração de anestésicos com maior propriedade vasodilatadora aumenta a perfusão


sanguínea do local

O AL infiltrado é absorvido pelo compartimento cardiovascular mais rapidamente e


transportado do local de infiltração e do nervo, proporcionando uma anestesia de duração
mais curta, bem como diminuição da potencia e da carga. Por isso são adicionados
vasoconstritores!!!

 pKa – inicio de ação


 solubilidade de lipídeos – potencia anestésica
 ligação proteica – duração
 difusão em tecido não nervoso – inicio de ação
 atividade vasodilatadora – potencia e duração do anestesico

A parte hidrofílica é uma AMINA. O que vai ditar se a molécula é aminoamida ou aminoester
é a cadeia intermediária. A maior propensão a causar alergias no caso dos ésteres está
relacionado ao seu metabólito PABA

o sal cloridrato é adicionado à solução anestésica para torná-la mais hidrossolúvel e estável. Já
o bissulfito é um antioxidante do vasoconstritor

a benzocaína não se torna ionizável, ou seja, a sua ação não depende de pH e ela está sempre
100% na forma RN
nem sempre conseguiremos injetar o anestésico tão próximo assim do nervo. Então ele vai ter
a missão de passar por osso, musculo e outros tecidos até chegar ao nervo. Quanto mais ele
conseguir se difundir, melhor

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