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Direito

Processual
Penal I
Prof. Paulo Cruz – paulofucam@gmail.com
Teoria da Ação Penal

I- Introdução: Conceito. Ação Penal Não Condenatória (HC, MS e Revisão


Criminal)

II- Espécies:

1- Iniciativa Pública:

a) Incondicionada (art. 100, caput, CP): Regra geral. Exceção deve estar
expressa na própria lei. Privativa do MP (art. 129, I, CF)

b) Condicionada (art. 100, § 1º, CP): Representação (art. 30 e 38, CPP) ou


Requisição do Ministro da Justiça (controle político);
2- Iniciativa Privada: Jus Persequendi outorgado ao particular. Maior
interferência na esfera privada e maior ônus ao ofendido com a publicidade
exigida pelo processo.

Obs.: O prazo de seis meses compreende o período compreendido entre a


ciência da autoria, eventual comunicação do fato à autoridade policial,
instauração e desenvolvimento do IP e, por fim, o ajuizamento da ação penal
com o oferecimento da queixa-crime.

a) Propriamente dita (art. 30, 31 e 38, CPP): Pode ser proposta pelo próprio
ofendido ou por seu representante legal, no prazo decadencial de 6 meses (S.
594, STF).

b) Personalíssima (art. 236, § único, CP): Só pode ser proposta pelo ofendido.
III- Ação Penal Pública
1- Condições Genéricas: a) Legitimidade (ativa e passiva): opções políticas
do constituiente;
b) Possibilidade Jurídica do Pedido: análise objetiva do
tipo penal;
c) Interesse: análise abstrata da necessidade do
processo;
d) Justa Causa: lastro probatório mínimo. Fumus comissi
delicti.
2- Princípios: a) Obrigatoriedade (art. 24, CPP): Transação Penal (art. 76, Lei
nº 9.099/95);
b) Indisponibilidade (arts. 42 e 576, CPP): Suspensão
Condicional do Processo
IV- Ação Penal Pública Condicionada

1- Representação: conceito; natureza; legitimidade e prazo (S. 594, STF);

2- Retratação da Representação (art. 25, CPP): Lei nº 11.340/06 (Maria da


Penha)

3- Renúncia: expressa ou tácita (extinção da punibilidade)

4- Retratação da Retratação: divergência

5- Requisição do Ministro da Justiça: dirigida ao PGR (controle político do ius


persequendi)
V- Ação Penal de Iniciativa Privada
1- Legitimidade: legitimação extraordinária
2- Condições Genéricas: idem
3- Princípios: a) Oportunidade: renúncia e extinção da punibilidade;
b) Disponibilidade: desistência, perempção, perdão do ofendido;
c) Indivisibilidade (art. 49, CPP): Possibilidade de aditamento da
queixa pelo MP. Divergência. Três correntes: maioria entende
que o juiz deve notificar o querelante sob ônus de extinção da
punibilidade.

4- Ação Privada Personalíssima (art. 236, § ú., CP);


5- Ação Privada Subsidiária:
1- Legitimidade;
2- Interesse: inércia do MP mediante o não oferecimento da denúncia no prazo legal;
3- Natureza: aditamento, intervenção e retomada a qualquer tempo pelo MP;
4- Prazo (art. 38, CPP): termo a quo é a data do término do prazo para o
oferecimento da denúncia. Intimação?

VI- Ação Civil Ex Delicto (art. 63, CPP): Dever de reparar o dano (efeito genérico e
imediato de qualquer condenação – art. 91, I, CP). Natureza. Legitimidade.
Justificantes (art. 65). Necessidade de Liquidação? Juiz fixa valor mínimo para
reparação(art. 387, IV, CPP). Posterior apuração do montante real do dano (art. 63, §
ú., CPP). Ação de conhecimento (arts. 64 e 66, CPP). Arquivamento do IP, extinção
da punibilidade e absolvição
por atipicidade (art. 67, CPP).

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