Você está na página 1de 175

ADM

ESTADO, GOVERNO E SOCIEDADE 1

1.Estado - instituição social que organiza a política de um povo; é o


governo, a adm de um país, um conjunto de poderes públicos instituídos; é
a unidade de divisão política, adm e territorial dos países;

2.Sociedade - conjunto de humanos que vivem em grupos organizados;


conjunto de membros de uma coletividade sujeito às mesmas leis; é uma
comunidade;

3.Território - extensão de terra; área de municipio, estado, df, país, etc;


pode ser uma área delimitada sob uma posse, de pessoa ou grupo,
organização ou instituição;

4.Mercado - reunião periódica de negociantes em lugar público; conjunto


dos negócios que são realizados; conjunto das transações econômicas, seja
no âmbito nacional ou internacional;

--O Estado é aquele que detém o poder de legislar estabelecendo regras e


possui um conjunto de instituições reguladoras da sociedade e do mercado;

--O Mercado detém os recursos e é capaz de gerar bens e renda, trabalho e


consumo; ele depende da Sociedade para viver e irá respeitar o que o
Estado proíba, atuando de forma regulada (legalidade)

--A Sociedade depende de um Estado regulado e organizado para protegê-


la e do Mercado para adquirir seus recursos; ela define a duração do
Mercado, pois detém a opção de decisão de compra;

-Estado Patrimonial / Sociedade Mercantil Senhorial

surgiu com a chegada da família real portuguesa no BR; vícios surgiram,


como a não separação do público e do privado, nepotismo, corrupção, etc;
imperava a lógica comercial mercantil baseada em comdodities (café,
açúcar, algodão, etc)
-Estado Burocrático / Sociedade Capitalista Industrial

golpe de Vargas e tentativa de erradicar a corrupção, nepotismo e


patrimonialismo, além de vencer a política MG/SP; implementação da
indústria brasileira e de um aparato burocrático para maior regulação,
controle e fiscalização; interferência estatal mais forte na economia;

-Estado Gerencial / Sociedade Pós-Industrial

1985 em diante; redução da participação do Estado no Mercado,


transferindo suas atribuições à iniciativa privada por meio de privatizações,
terceirizações, contratos de gestão; neoliberalismo; Reforma Adm de 1967
(Decreto-Lei 200) transferiu várias atividades adm para entidades da adm
indireta, descentralizando tarefas executivas através de contratos com a
iniciativa privada, impedindo o crescimento desmesurado da máquina adm
do Estado;

---Características do Estado:

-presente em toda a parte;

-criação humana constituindo uma entidade;

-tem função legislativa que é sua manifestação própria;

-é responsável pela ordem, justiça e bem comum;

-tem recursos limitados a serem utilizados

---Funções do Estado

-definir e manter a prioridade entre as muitas demandas conflitantes;

-direcionar recursos para onde eles sejam eficazes;

-inovar quando as políticas existentes tiverem falhado;

-coordenar objetivos conflitantes num todo coerente;


-ser capaz de impor perdas a grupos poderosos;

-representar interesses difusos e desorganizados além daqueles que são


concentrados e bem organizados;

-assegurar a implementação efetiva das políticas governamentais uma vez


que elas tenham sido decididas;

-assegurar a estabilidade das políticas para dar tempo de elas surtirem


efeito;

-assumir e manter compromissos internacionais nas áreas de comércio e


defesa nacional, assegurando o bem-estar duradouro da sociedade

-administrar cisões políticas para que a sociedade não entre em guerra civil;

-assegurar adaptabilidade das políticas quando mudanças de circunstâncias


o exigirem

-assegurar coerência entre diferentes âmbitos de políticas

-assegurar a coordenação eficiente nas políticas entre diferentes atores que


operam em um mesmo âmbito político;

---Detalhes:

-o Estado não foca na proteção do indivíduo, mas sim na proteção coletiva,


no interesse público e no bem comum;
ESTADO, GOVERNO E SOCIEDADE 2

CF-1988-Art.3 - Constituem objetivos fundamentais da Rep Fed do


Brasil:

I-construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II-garantir o desenvolvimento nacional;

III-erradicar a pobreza, marginalização, reduzir desigualdades sociais e


regionais;

IV-promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,


idade e quaisquer outras formas de discriminação;

Reforma Gerencial do Estado

-inserção de técnicas adm da iniciativa privada no setor público;

-a sociedade passou a ser considerada cliente do serviço público, por isto o


cidadão é chamado cidadão-cliente;

-a organização pública encontra dificuldades para avaliar as necessidades


dos seus clientes, que são os cidadãos, pois não consegue captar os sinais
claros do mercado;

- Reforma Adm de 1967 (Decreto-Lei 200) transferiu várias atividades adm


para entidades da adm indireta, descentralizando tarefas executivas através
de contratos com a iniciativa privada, impedindo o crescimento
desmesurado da máquina adm do Estado;

Redefinição do Papel do Estado

-Decreto-Lei 200, 1967

-A execução das atividades da adm federal deverá ser amplamente


descentralizada;

-A descentralização será posta em prática em três planos principais:


a)dentro dos quadros da adm federal, distinguindo-se claramente o nível de
direção do nível de execução;

b)da adm federal para as unidades deferadas, quando estejam devidamente


aparelhadas e mediante convênio;

c)da adm federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões;

*A CF/1988 recuperou certos procedimentos burocráticos e certos vícios


patrimonialistas;

*Para fins de concurso, a ditadura militar não retrocedeu para tais


processos burocráticos e patrimonialistas;

*É comum as bancas dizerem que na ditadura ocorreu retrocesso


burocrático e patrimonialista e na CF-88 ocorreu avanço - está errado!

-Em 1995 passamos pela Reforma Gerencial, apesar de termos


características gerenciais desde 1967, e com isso passamos a ter uma adm
centrada em resultados, deixando de lado o controle prévio em busca do
controle de resultados; lógica empresarial/empreendedora no Estado;
rompe com a rigidez excessiva de regras;

-O Gov.Empreendedor passa a focar em resultados de curto e médio prazo,


a fim de promover o ajuste fiscal e tornar mais eficiente a adm pública,
como dito, o Gov.Empreendedor, ou Gerencial, foca nos resultados, e é
comum considerar a Adm por Objetivos, Resultados, conectada à Reforma
Gerencial;

-Os objetivos são Eficácia, Eficiência e Efetividade;

-Eficácia: planejamento de resultados, pois será a entrega do resultado


previsto; está ligada diretamente ao produto, porém não à utilização do
produto;

-Eficiência: leva em consideração a transformação com base na matéria


prima; na cadeia de valor, ao adquirir matéria prima (input) e transformá-la
em algo, poderá ser medida a eficiência com a aplicação dos recursos
disponíveis; incluem-se os recursos financeiros, humanos, materiais,
tecnológicos, etc.; saber utilizar recursos é apresentar eficiência;

-Efetividade: ligada ao usuário; somente o usuário poderá demonstrar a


efetividade do produto; satisfação e atendimento da necessidade do usuário;

-Território: na base territorial, ocupada por uma população, é que se


exerce o poder do Estado; não é um direito de propriedade sobre o
território, mas sim um direito público de cunho institucional que se
sobrepõe aos direitos privados; no território estatal estão compreendidas
porções de terra, rios, lagos, mares interiores e mar territorial, além do
espaço aéreo, dos navios de guerra e das sedes de missões diplomáticas; os
povos nômades (não fixados), ainda que sujeitos à autoridade de um chefe
local, não formam um Estado, tendo em vista a inexistência de um
território que constitua o limite físico do seu poder jurídico;

-Povo: agrupamento de pessoas que vivem em determinado território, que,


ao demonstrarem uma convergência de intenções, buscando a realização de
fins comuns, compõem o elemento de base do Estado; devemos distinguir
os conceitos de povo e nação; enquanto o primeiro é composto de
indivíduos simplesmente agrupados em um mesmo território (cidadãos), o
segundo traz uma ideia de indivíduos dotados de um conjunto de fatores
comuns, usualmente de base cultural, como raça, língua, costumes, religião,
etc.; é possível a nação existir sem Estado, bem como pode o Estado existir
sem nação, mas não pode existir Estado sem Povo;

-Poder Soberano: o poder do Estado sobre o povo, dentro de seu território,


é supremo, ou seja, não se submete a nenhum outro; o poder exercido sobre
o território e sobre as pessoas que nelas se encontrem , sejam elas nacionais
ou estrangeiras; associa-se a este conceito o de Independência Estatal, isto
é, resta assegurada a liberdade de não admitir o controle por parte de outros
Estados;
-Governo: refere-se ao núcleo decisório do Estado, responsável pela
definição dos objetivos e das diretrizes de atuação estatal; elabora políticas
públicas, bem como toma decisões político-adm afeitas à condução da
coisa pública; no Federalismo, a soberania é um atributo de Estado Federal
como um todo, ao passo que os Estados-membros dispõem de autonomia;

3 dimensões da Estrutura do Estado

-Jurídica: sistema constitucional legal

-Política: esferas de governo (União, Estados-membros, Municípios e DF)


e poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário)

Administrativa: Governo e Adm Pública (Direta e Indireta)

FORMAS E SISTEMAS DE GOVERNO 1

Em Ciência Política chama-se Forma de Governo (ou Sistema Político) o


conjunto de instituições políticas por meio das quais um Estado se
organiza a fim de exercer o seu poder sobre a sociedade. Cabe notar que
esta definição é válida mesmo que o governo seja considerado ilegítimo;

Tais instituições têm por objetivo regular a disputa pelo poder político e
o seu respectivo exercício, inclusive o relacionamento entre aqueles que o
detêm (a autoridade) com demais membros da sociedade (os administrados)

A forma de governo adotada por um Estado não deve ser confundida


com a forma de Estado (unitária ou federal) nem com seu sistema de
governo (monarquismo, presidencialismo, parlamentarismo, dentre outros)

Cada sociedade é única em muitos aspectos e funciona segundo estruturas


de poder e sociais específicas. Assim, alguns estudiosos afirmam que
existem tantas formas de governo quanto há sociedades.
O Sistema de Governo é a maneira pela qual o poder público é dividido e
exercido no âmbito de um Estado. O sistema de governo varia de acordo
com o grau de separação dos poderes, indo desde a separação estrita
entre os poderes legislativo e executivo (presidencialismo, de que é
exemplo os EUA, até a dependência completa do governo junto ao
legislativo (parlamentarismo), no caso do Reino Unido.

Os Sistemas de Governo mais adotados no mundo são:

-Parlamentarismo, Presidencialismo e Semi-presidencialismo

*Forma de Governo: modo pelo qual é exercido o poder no Estado;

*Sistema de Governo: modo pelo qual o Estado é politicamente


organizado

Nas classificações antigas (Aristóteles) há o critério de quantidade de


governantes. Divide-se em forma pura ou impura:

Pura: busca do bem comum

Impura: desvirtuação da atuação do governo; governantes atuam em prol


de si mesmos usando artifícios para iludir governados;
Na classificação de Montesquieu, há 3 formas de governo:

-Monarquia: apenas um governante que exerce seu poder com base em


leis fixas estabelecidas;

-República: o povo como um todo, ou apenas uma parcela, é detentor(a)


do poder soberano;

-Despotismo: há apenas um governante, que exerce seu poder com base


apenas em sua própria vontade, atendendo seus caprichos;

Na classificação de Maquiavel, há um ciclo onde se sair de um Estado


anárquico até um equilíbrio e depois uma volta à anarquia;

Nos sistemas atuais temos monarquias e repúblicas. Diferenças:


FORMAS E SISTEMAS DE GOVERNO 2

Sistema de Governo

Papéis:

-Chefe de Estado: exerce a função de representação legítima interna e


externa do Estado; não detém atribuições políticas (é politicamente
irresponsável);

-Chefe de Governo: é o líder do Poder Executivo, responsável pela


elaboração e implementação de políticas sociais e econômicas;

Parlamentarismo

-Costumam adotar uma diferença clara entre o Chefe de Governo e o Chefe


de Estado, sendo este uma figura simbólica eleita indiretamente ou um
monarca hereditário com pouco ou nenhum poder, e aquele, um Primeiro-
Ministro responsável pelo governo perante o parlamento. Entretanto,
alguns sistemas parlamentaristas possuem chefes de Estado eleitos, e, por
vezes, com alguns poderes políticos. Monarquias Constitucionais adotam
sistemas parlamentaristas de governo.

Presidencialismo

-É um sistema de governo no qual há uma nítida separação dos poderes


entre executivo e o legislativo, de maneira que o poder executivo é
exercido independentemente do parlamento, não é diretamente responsável
perante este e não pode ser demitido em circunstâncias normais.

-A noção de separação estrita de poderes surgiu de forma clara com


Montesquieu como resultado de suas observações da história dos sistemas
políticos na França e Grã-Bretanha, e foi primeiramente adotada de
maneira sistemática pela constituição dos EUA, ao instituir o cargo de
presidente.
-Embora em tese o sistema presidencialista não seja exclusivo de
repúblicas, uma monarquia presidencialista é absoluta.

Semi-presidencialismo

-É um sistema de governo no qual o Chefe de Governo (com título de


primeiro-ministro) e o Chefe de Estado (com título de presidente)
compartilham em alguma medida o Poder Executivo, participando, ambos,
do cotidiano da adm pública de um Estado. Difere do parlamentarismo por
apresentar um Chefe de Estado, geralmente eleito pelo voto direto, com
prerrogativas que o tornam mais do que uma simples figura protocolar;
difere também do presidencialismo por ter um Chefe de Governo com
alguma medida de responsabilidade perante o legislativo.

Resumo:

continua...
Governo do Brasil

-União é a pessoa jurídica de Direito Público representante do Governo


Federal no âmbito interno e da República Federativa do Brasil no
âmbito externo.

-Art.18 - a organização político-adm da Rep Fed do Brasil compreende a


União, os Estados, o DF e os Municípios, todos autônomos, nos termos
desta CF.

-O Gov Federal é o Poder Executivo no âmbito da União; no Brasil ele é


sediado em Brasília (DF) e é o responsável pelos interesses da Adm
FEderal em todo o território nacional; tem como mandatário o Presidente
da República; cabe ressaltar que não existe hierarquia de Leis entre as
criadas pela União e os Estados Membros da Federação, pois existem
competências (Leis Nacionais e Leis Federais).

-O Brasil é uma Rep Fed Constitucional Presidencialista, cuja forma foi


adotada em 1889. o Estado brasileiro está organizado em 3 Poderes:
Executivo, Legislativo e Judiciário.

-O Chefe do Poder Executivo (que acumula as funções de Chefe de Estado


e de Governo) éo Presidente da República. Segundo a CF, no plebiscito de
21 de Abril de 1993, foram mantidas a República e o Presidencialismo,
como forma e sistema de governo, respectivamente.
FORMAS E SISTEMAS DE GOVERNO 2

Divisão Política no Brasil

-O tipo de governo no Brasil é a República Federativa, constituída por 26


Estados, 1 Distrito Federal e 5665 Municípios. O DF está localizado
aproximadamente no centro do território brasileiro, e abriga Brasília, a
capital nacional.

-A independência política do Brasil ocorreu no dia 7 de Setembro de 1822,


data em que foram rompidos os laços coloniais com Portugal. A mesma
data é feriado nacional no Brasil.

-A CF vigente é nova, datando de 5 de Outubro de 1988, e foi celebrada


pouco depois do término do período de ditadura militar, que governou o
país de 1964 a 1984. Atualmente o voto nas eleições é secreto e
obrigatório para todos os brasileiros entre 18 e 70 anos, sendo
facultativo para os analfabetos, jovens de 16 ou 17 anos e idosos acima
de 70 anos.

-O Poder Executivo está representado na pessoa do Presidente da


República e seu Gabinete de Ministros e Secretários. É eleito pelo voto
direto, e exerce o mandato por 4 anos, com possibilidade de uma
reeleição em sequência. O Gabinete de Ministros é nomeado pessoal e
exclusivamente pelo Presidente, bem como as secretarias de primeiro
escalão.

-Fazem parte da adm pública os Entes Adm criados por Lei dentro das
pessoas jurídicas de direito público da União, Estados, DF e Municípios.
Tal estrutura é dividida em Direta e Indireta. A Adm Pública Direta é
exercida pelos órgãos subordinados entre os entes gestores, e a Adm
Pública Indireta é exercida pelas por pessoas jurídicas criadas por Lei
vinculadas aos gestores (Autarquias, Fundações Públicas, Empresas
Públicas ou Sociedades de Economia Mista).
Poderes:

a)Poder Executivo: integrado por diversas carreiras estruturadas de


servidores públicos, com ingresso via concurso público de provas e títulos,
entre elas as de Diplomacia, Militares, Ciclo de Gestão (Especialistas em
Políticas Públicas, Analistas de Orçamento e Planejamento, Comércio
Exterior, Técnico do IPEA, Analista de Finanças e Controle, Analista do
Banco Central, Inspetores da CVM, Analista Susep, Analista Técnico em
Políticas Sociais), Auditores Fiscais (Receita, Previdência e MinTrabalho),
Segurança Pública (PF e PRF) e Regulação Federal (Agências
Reguladoras-Anatel, Ancine, Anp, Anac, Antaq, Antt, Anvisa, Ans e Ana);

-há ainda servidores não estruturados em carreiras (integrantes do PLano de


Classificação de Cargos em 1970), temporários, empregados públicos e
terceirizados via convênio);

b)Poder Legislativo: representado pelo Congresso Nacional, é exercido


pela Câmara dos Deputados e pelo Senado; cada Estado da União é
representado por 3 Senadores, eleitos em votação mjoritária e as cadeiras
na Câmara dos Deputados são divididas de acordo com a população de
cada Estado, sendo os deputados eleitos por votação proporcional.

-o mandato dos Senadores é de 8 anos, e a cada 4 anos há uma eleição, por


meio da qual são renovados 1/3 e 2/3 da Câmara, alternadamente;

-o mandato dos Deputados Federais é de 4 anos;

c)Poder Judiciário: está dividido em 4 áreas jurisdicionais - Justiça


Comum, Justiça do Trabalho, Justiça Eleitoral e Justiça Militar; cada uma
dessas áreas jurídicas são organizadas no Brasil em 2 entrâncias e 1
instância superior, colegiadas por Tribunais superiores compostos por
ministros;

-o STF conta com 11 ministros apontados pelo Presidente da República e


aprovados pelo Senado; é a instância máxima do Poder Judiciário, e suas
decisões versam sobre questões pertinentes ao Direito Constitucional;
-a Justiça Comum tem como órgão da União o STJ; abaixo dessa corte,
existem os Tribunais Regionais Federais como instituições de segunda
entrância, e em cada Estado existem juízes federais que formam os órgãos
de primeira instância. Na justiça federal são julgadas as matérias de direito
público relativas à União; as matérias de direito privado são julgadas na
justiça estadual, tendo como órgão máximo os Tribunais de Justiça; a
justiça estadual também é responsável pelo julgamento das matérias de
direito público relativos aos órgãos da adm pública do Estado a que faz
parte;

-a Justiça do Trabalho tem como órgão máximo da União o TST;

-a Justiça Eleitoral o TSE;

-a Justiça Militar o STM e Tribunais Regionais Federais cujos juízes são


vitalícios;

Funções Essenciais à Justiça

-Ministério Público

-Advocacia Pública

-Advocacia

-Defensoria Pública

Formas de Estado

-Por formas de Estado entendemos a maneira pela qual o Estado organiza


o povo, o território e estrutura o seu poder relativamente a outros de
igual natureza (poder político: soberania e autonomia), que a ele ficarão
coordenados ou subordinados.
-A posição recíproca em que se encontram os elementos do Estado (povo,
território, poder político) caracteriza a forma de Estado (Unitário,
Federado ou Confederado);

-As formas de Estado e as formas de Governo não se confundem; esta


última indica a posição recíproca em que se encontram os diversos órgãos
do Estado ou a "forma de uma comunidade política organizar seu
governo ou estabelecer a diferenciação entre governantes e
governados", a partir da resposta a alguns problemas básicos - o da
legitimidade, o da participação dos cidadãos, o da liberdade política e o da
unidade ou divisão de poder.

-As formas de Estado levam em consideração a composição geral do


Estado, a estrutura do poder, sua unidade, distribuição e competências no
território; independentemente de seus sistemas de governo, apresentam
aspectos diversos concernentes à própria estrutura; enquanto uns se
apresentam como um todo, isto é, como um poder que age
homogeneamente e de igual modo sobre um território, outros oferecem
diferença no que se refere à distribuição e sua atuação na mesma área;
podemos então dividir o Estado em Simples e Composto;

-É fundamental observar como se exerce ou se distribui o poder


político (a soberania):

a)Estado Unitário: forma típica do Estado (França); o poder central é


exercido sobre todo o território sem as limitações impostas por outra fonte
de poder; é a unicidade do poder, seja na estrutura, seja no exercício do
mando; é o Estado Simples, ou seja, aquele onde somente existe um poder
Legislativo, um Poder Executivo e um Poder Judiciário, todos centrais,
com sede na capital; todas as autoridades executivas ou judiciárias são
delegações do Poder Central; é ele que as nomeia e lhes fixa as atribuições;
o Legislativo de um Estado Simples/Unitário é único, nenhum outro órgão
existindo com atribuições de fazer leis; pelo fato de apresentar
centralização política, só tem uma fonte de poder, o que não impede a
descentralização adm; geralmente o Estado Simples/Unitário divide-se em
departamentos e comunas que gozam de relativa autonomia em relação aos
serviços de seus interesses, tudo, porém, como uma delegação do Poder
Central e não como poder originário de auto-organização; o Estado
Unitário/Simples é o Estado Padrão; a teoria clássica da soberania nacional
foi concebida em referência a essa forma normal de Estado, e as
características da soberania (unidade, indivisibilidade, imprescritibilidade e
inalienabilidade) só ao Estado Unitário se aplicam integralmente;

-A Constituição de 1824 estabeleceu no Brasil o Estado Unitário, com


território dividido em Províncias; elas não tinham qualquer autonomia;
como a centralização era grande, com a magnitude do território veio a
necessidade de certa descentralização política, o que se fez com o Ato
Adicional de 1834; as províncias passaram a ter assembleias legislativas
próprias, continuando os seus presidentes a serem nomeados pelo
Imperador; com isso o unitarismo brasileiro teve um aspecto semifederal;

b)Estado Composto: nesta forma o Estado é sempre um, assim se


apresenta na vida internacional e também é formado por mais de um poder
agindo sobre o mesmo território, de maneira harmoniosa;

-São formas compostas: Uniões (pessoal, real e incorporada); Federações;


Confederações; (há também formações como a da Comunidade Britânica
de Nações, Commonwealth)

a)Uniões-> próprias do período monárquico, e, com o enfraquecimento


deste, já não oferecem interesse; as uniões originaram-se das circunstâncias
políticas e sociais então vigentes e desapareceram; União Pessoal
(apresenta um único monarca e os Estados gozam de autonomia interna e
externamente em uma situação temporária; ex: União Ibérica sob Felipe II,
III e IV); União Real (embora cada Estado continue tendo autonomia
interna, a vida internacional é comum sob o poder se um só monarca para
dois ou mais Estados; ex: Suécia e Noruega, Áustria e Hungria); União
Incorporada (Estados desaparecem para constituir um terceiro, o que
significa a criação de um novo Estado; ex: Inglaterra, Escócia e Irlanda
formando o Reino Unido);

b)Confederações: se formam mediante pacto entre Estados e não mediante


Constituição; são Uniões permanentes de Estados Soberanos que não
perdem esse atributo; têm assembleia constituída por representantes dos
Estados que a compõem; não se apresenta como um poder subordinante,
pois as decisões de tal órgão só são válidas quando ratificadas pelos
Estados Confederados; cada Estado permanece com sua própria soberania,
o que outorga à Confederação um caráter de instabilidade devido ao Direito
de Separação (Secessão);

-além de uma assembleia representativa dos Estados, em que todos se


assentam em condições de igualdade, há quase sempre um poder executivo
comum, geralmente um coordenador militar, dado que o objetivo normal
das Confederações é a defesa externa;

-como a Confederação não possui aparelho coativo capaz de impor as


próprias decisões, o meio que se utiliza para coibir conflitos entre os
Estados componentes é a organização de um sistema de arbitragem, cujos
processos variavam imensamente; o membro rebelde da Confederação
sofria numerosas represálias, como a pressão diplomática, o bloqueio
militar, o boicote comercial, medidas que podiam chegar a alterações
substanciais na vida interna do país excluído;

-a mais importante das Confederações foi a Suíça, que se iniciou com um


tratado entre três Cantões, em 1291, tendo passado por várias mudanças,
porém conseguindo subsistir até que se estabeleceu a União Federal em
1848;

c)Federações: é a forma que se divide em províncias politicamente


autônomas, possuindo duas fontes paralelas de Direito Público, uma
Nacional e outra Provincial (ex: Brasil, EUA, etc.); o fato de se exercer
hamônica e simultaneamente sobre o mesmo território e sobre as mesmas
pessoas a ação pública de dois governos (federal e estadual) é o que
justamente caracteriza o Estado Federal; é um Estado formado pela União
de vários estados, um Estado de Estados; o Estado Federal se projeta como
Unidade e não como Pluralidade; a forma federativa moderna se estruturou
sobre bases de uma experiência bem sucedida norte-americana e não sobre
bases teóricas;

-Características fundamentais do sistema Federativo (modelo norte-


americano) :

1)Distribuição do poder do governo em dois planos harmônicos (federal


e provincial); o governo federal exerce todos os poderes que expressamente
lhe foram reservados na CF, poderes que dizem respeito às relações
internacionais da União ou aos interesses comuns das Unidades Federadas;
os Estados membros exercem todos os poderes que não foram
expressamente ou implicitamente reservados à União, e que não lhes foram
vedados na CF; somente nos casos definidos de poderes concorrentes
prevalece o princípio da superioridade hierárquica do Gov Fdereal;

b)Sistema Judiciarista, consistente na maior amplitude e competência do


Poder Judiciário, tendo esse, na sua cúpula, um STF que é o órgão de
equilíbrio federativo e de segurança da Ordem Constitucional;

c)Composição Bicameral do Poder Legislativo, realizando-se


representação nacional na Câmara dos Deputados e a representação dos
Estados-membros no Senado Federal, sendo esta última representação
rigorosamente igualitária;

d)Constância dos princípios fundamentais da Federação e da República,


sob as garantias da imutabilidade destes princípios, da rigidez
Constitucional e do instituto da Intervenção Federal;

Federalismo nos Estados Unidos

-A Constituição dos EUA de 1787 é o marco inicial do Federalismo


Moderno;

-As 13 colônias que rejeitaram a dominação britânica, em 1776,


constituíram-se em outros tantos Estados livres;
-Verificou-se que o governo resultante dessa União Confederal, instável e
precário, não solucionava os problemas internos, notadamente os de ordem
econômica e militar; as legislações conflitantes, as desconfianças, as
rivalidades regionais, ocasionavam, o enfraquecimento dos ideais
nacionalistas e dificultavam muito o êxito da guerra de libertação;

Federalismo do Brasil

-O federalismo brasileiro é diferente; é muito rígido, em um sistema de


federalismo orgânico; o Brasil Império era um Estado juridicamente
unitário, mas na realidade era dividido em províncias; os primeiros
sistemas adm adotados em Portugal foram as Governadorias Gerais,
Feitorias e Capitanias, rumos pelos quais a nação brasileira caminharia
fatalmente para a forma federativa, e quando o centralismo artificial do
Primeiro Império procurou violentar essa realidade, a nação forçou a
abdicação de D.Pedro I, impondo a reforma da Carta Imperial de 1824;

-Contrariamente ao exemplo dos EUA, o federalismo do Brasil surgiu


como resultado fatal de um movimento de origem natural - histórica e não
artificial. A queda do Império deve-se mais ao ideal federativo do que ao
ideal republicano;

-A Constituição de 1891 estruturou o federalismo brasileiro segundo o


modelo dos EUA; ajustou um sistema jurídico constitucional estrangeiro à
uma realidade completamente diversa;

-O BR pelas suas próprias condições geográficas tem vocação histórica


para o federalismo; o país com uma verdadeira imensidão territorial e a
diversidade de suas condições naturais obriga naturalmente a uma
descentralização que é à base do federalismo;

-Tratando-se de um dos maiores Estados do mundo, com território rico em


recursos naturais e quase todos aproveitáveis, sem desertos nem geleiras;
há assim uma vocação histórica do BR para o Estado Federal;

-O grande papel dos estadistas portugueses e da colônia foi manter a


unidade territorial do país; as causas sociais da origem do federalismo
brasileiro são, portanto, visíveis. É a própria imensidão territorial
obrigando a uma descentralização do governo, a fim de manter a
pluralidade das condições regionais, integrando tudo na unidade nacional;

O federalismo ou Estado Federal possui:

-Território próprio - formado pelo conjunto dos Estados-membros;

-População própria - sujeita à organização do Estado Federal e dos


Estados-membros, tendo direitos e deveres frente a um e a outro;

-Soberania própria - não estendida aos Estados-membros;

Nação x Estado

-Nação: conjunto homogêneo de pessoas ligadas entre si por vínculos


permanentes de sangue, idioma, religião, cultura e ideais;

-Estado: agrupamento humano, estabelecido em determinado território e


submetido a um poder soberano; é a nação politicamente organizada;

MODELOS DE ADM 1
1.Adm Patrimonialista:

-construção do Estado com a chegada da corte portuguesa; elevação do


Brasil a integrante do Reino de Portugal; a metrópole já detinha o modelo
patrimonialista; subordinação total da sociedade ao Estado autoritário, sem
limites entre o público e o privado, ocorrendo uma moeda de troca política
de terras e cargos públicos;

-1808 até 1930 - havia um estrutura em 4 níveis, sendo elas as inst


metropolitanas, adm central, adm regional e adm local; era um Estado
oligárquico dominado pela burguesia rural e políticos patrimonialistas; o
poder está centrado em um estamento aristocrático-burocrático de juristas,
letrados e militares que derivam seu poder e sua renda do próprio Estado;
detinha parcela de poder e status jurídico próprio;

-desde a proclamação da República em 1889 até 1930 na era Vargas a Adm


Pública Brasileira não teve organização adm, e assim a ação estatal sofria
forte influência do coronelismo, que atendia interesses da burguesia local;

-com os militares no poder, já em 1894 ocorreu uma mudança com a


promoção da descentralização política e assim os governadores locais
aumentaram seu poder; os governadores locais tiveram forte influência nos
rumos políticos até a era Vargas, reconhecida pela política MG/SP;

-com o aumento da população urbana a burguesia se fortalece e algumas


empresas começam a expandir, não podendo ser mais administradas
diretamente pela família dos proprietários, necessitando modelos
profissionais de adm;

-surge a nova burguesia industrial, gerando reformas políticas, dentre eles a


necessidade de combater a corrupção e nepotismo;
2.Adm Burocrática:

-A Rev de 1930 doi um movimento armado, liderado pelos Estados do RS,


MG e PB, insatisfeitos com o resultado das eleições presidenciais e que
resultou em um golpe de Estado; este derrubou o então presidente
Washington Luís em 1930, impediu a posse de Júlio Prestes e colocou fim
à República Velha;

-implantada a Constituição de 1937 - Estado Novo; estabelecia grande


concentração de poderes nas mãos do chefe do Executivo; seu conteúdo era
fortemente centralizador, ficando a cargo do presidente da Rep a nomeação
das autoridades estaduais, os interventores e a esses, por sua vez, cabia
nomear as autoridades municipais;

-CF de 1937: concentra poderes no Executivo e Legislativo nas mãos do


Presidente da República; estabelece eleições indiretas para Presidente, que
terá mandato de seis anos; acaba com o liberalismo; admite a pena de
morte; retira dos trabalhadores o direito de greve; permitia expurgar
funcionários que se opusessem ao regime; previu a realização de plebiscito
para referendá-la, o que nunca ocorreu;

-1945 fim do Estado Novo; eleição de nova Assembleia Constituinte e nova


eleição presidencial; 1946 entra em vigor a nova Constituição; este período
formou a oposição à Vargas que culminou na ditadura militar de 1964;

-A Adm Burocrática foi adotada para substituir a Adm Patrimonialista, que


definiu as monarquias absolutas, na qual o patrimônio público e o privado
eram confundidos; neste tipo de adm o Estado era entendido como
propriedade do Rei; o patrimonialismo era incompatível com o capitalismo
industrial e as democracias parlamentares do século XIX, pois é essencial
para o capitalismo a separação entre Estado e Mercado; a democracia só
pode existir quando a sociedade civil distingue-se do Estado ao mesmo
tempo em que o controla;

-A Adm Burocrática clássica foi adotada porque era uma alternativa muito
superior à antiga patrimonialista, entretanto o pressuposto de eficiência não
se revelou como deveria; o Estado dito social e econômico do século XX
não garantia rapidez, boa qualidade e custo baixo para os serviços
prestados ao público, sendo uma adm lenta, cara, auto-referida, pouco ou
nada orientada aos usuários dos serviços;
-DASP (Departamento Adm do Serviço Público):

-Órgão previsto na CF 1937; objetiva aprofundar a reforma adm destinada


a organizar e racionalizar o serviço público no país, iniciada por Getúlio
Vargas;

-a Dasp percebeu uma incompatibilidade entre a racionalidade da adm e a


irracionalidade política; pretendia portanto estabelecer maior integração
entre diversos setores da adm pública e promover seleção e
aperfeiçoamento do pessoal por meio da adoção de sistema de mérito, o
único capaz de diminuir as injunções dos interesses privados e político-
partidários na ocupação dos empregos públicos; elaborava propostas de
orçamento federal e fiscalização orçamentária; na prática as iniciativas
relativas à política orçamentária permaneceram nas mãos do Min da
Fazenda até 1940; sistematização dos direitos e deveres do funcionalismo,
definidos no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União, primeor
documento deste tipo no BR; selecionar candidatos aos cargos públicos
federais, promover a readaptação e o aperfeiçoamento dos funcionários
civis da União, estudar e fixar os padrões e especificações do material para
uso nos serviços públicos, auxiliar o Pres da República no exame dos
projetos de Lei submetidos à sanção, inspecionar os serviços públicos,
apresentar relatório anual ao Pres da República;

-composto por Conselho Deliberativo, com Presidente e Diretores,


nomeados pelo Pres da República; Divisão de Organização e Coordenação,
Divisão do Funcionário Público, Divisão do Extramunerário, Divisão de
Seleção e Aperfeiçoamento, Divisão de Material;

-no Gov.Militar teve o seu nome alterado para DAPC (Departamento Adm
do Pessoal Civil), por força do Decreto-Lei 200 de 1967; voltou a chamar-
se DASP em 1975 e em 1985 vinculou-se ao Ministro de Estado
Extraordinário para Assuntos de Adm, deixando de ser órgão de
assessoramento imediato do Presidente da República; em 1986 é extinto e
substituído pela Secretaria de Adm Pública da Presidência da República
(SEDAP);
-COSB

-Comissão de Simplificação Burocrática; promover a simplificação nas


normas e rotinas adm de modo a evitar duplicidade de atribuições, excesso
de pareceres e despachos interlocutórios; estudar meios de descentralização
de serviços mediante delegação de competência, fixação de
responsabilidades e prestação de contas de autoridade; promover medidas
junto aos Ministérios quanto ao exame da situação atual das repartições e
das rotinas que merecem providência imediatas de correção; supervisionar
as atividades das Subcomissões ministeriais, traçando-lhes normas de
sistematização dos trabalhos;

-atividades de simplificação de rotinas, fixação de responsabilidades a


dirigentes de serviços, unidade de execução, reagrupamento de funções,
descentralização de execução, delegação de competência, supressão de
organismos inoperantes ou desnecessários;

-havia em cada Ministério uma Subcomissão que implantava as mudanças


na área ministerial; submetia à análise os serviços internos dos Ministérios
e correções necessárias;

-membros integrantes COSB e Subcomissões são nomeados mediante livre


escolha pelo Pres da República;

-PND - Programa Nacional de Desburocratização, 1979

-dinamizar e simplificar; dirigido pelo Pres da República com assistência


do Min Extraordinário que irá orientar e coordenar a execução do
programa;

-construir melhorias no atendimento dos usuários;

-reduzir a interferência do Governo na atividade de cidadão e empresário,


abreviar a solução dos casos em que essa interferência for necessária,
descentralização das decisões, simplificação da adm e eliminação de
formalidades e exigências cujo custo social seja superior ao risco;

-agilizar a execução de programas federais, assegurar o cumprimento de


objetivos do Gov Federal;
-substituir o controle prévio pelo eficiente acompanhamento da execução e
esforço de fiscalização, identificação de desvios, fraudes e abusos;

-intensificar a execução da Reforma Adm do decreto-lei 200;

-fortalecer o sistema de livre empresa, favorecendo pequenos e médios,


consolidando a grande empresa nacional para receber encargos e
atribuições que hoje estão nas empresas do Estado;

-impedir o crescimento desnecessário da máquina adm federal, mediante


estímulo á execução indireta, contratando empresas privadas capacitadas e
fazendo convênio com órgãos estaduais e municipais;

-velar pelo cumprimento da política de contenção da criação indiscriminada


de empresas públicas, promovendo equacionamento; transferir controle
para o setor privado;

-o Ministro Extraordinário de Desburocratização deverá integrar a estrutura


da Presidência da República, funcionando em articulação com Gabinete
Civil e Secretarias de Planejamento e Comunicação Social que lhe
propiciarão apoio; promover junto aos Ministérios Civis a adoção das
medidas necessárias à realização dos objetivos do programa, procedendo
com revisão e eventual ajustamento das Leis, regulamentos e normas,
respeitada a competência do Poder Legislativo; entender-se com
autoridades estaduais e municipais no caso em que escape a competência
federal; cooperar com Poderes Judiciário e Legislativo; sugerir ao Pres da
República as providências necessárias à fiel execução do decreto;

continua...
-Burocracia no Estado

-termo originalmente para se referir à estrutura adm estatal;

-depois usado para criticar a rigidez do aparelho estatal, principalmente


pelos marxistas, pois o avanço da burocratização seria um obstáculo à
participação democrática popular;

-Max Weber fundou a teoria sociológica clássica e elaborou um conceito de


burocracia baseado em elementos jurídicos do século XIX; o termo era
empregado para indicar funções da adm pública que era guiada por normas,
atribuições específicas, esferas de competência bem delimitadas e critérios
de seleção de funcionários; era um aparato teórico-adm formado por
profissionais especializados, selecionados segundo critérios racionais e que
se encarregavam de diversas tarefas importantes dentro do sistema;

-Características do aparato burocrático segundo Weber:

-funcionários que ocupam cargos burocráticos são considerados servidores


públicos; são contratados em virtude de competência técnica e
qualificações específicas; cumprem tarefas que são determinadas por
normas e regulamentos escritos; sua remuneração é baseada em salários
estipulados em dinheiro; estão sujeitos a regras hierárquicas e códigos
disciplinares que estabelecem as relações de autoridade;

-para Weber a burocracia moderna não é apenas uma forma avançada de


organização adm, com base no método racional científico, mas também
uma forma de dominação legítima; os atributos da adm burocrática
sintetizam as formas de relações sociais das sociedades modernas; a
burocratização é uma condição essencial, apesar disto, para o
desenvolvimento de uma nação, por ser indispensável ao funcionamento do
Estado, gestor dos serviços públicos, e todas as atividades econômicas;

-Um conjunto de normas: deveres, responsabilidades e autoridades


daqueles que ocupam cargos; cada cargo está associado a um conjunto de
deveres, responsabilidades e autoridades, e quando o indivíduo ocupa
aquele cargo ele assume esse conjunto de atributos;

-O princípio da hierarquia: cargos obedecem a uma hierarquia de


importância e ela é conhecida pelos elementos que os diferenciam; eles são
o poder de mando e o valor da remuneração atribuída ao cargo;
-Competência profissional: divisão clara de tarefas e a partir disto a
definição de competências, preparação formal; assim garante-se a forma de
acesso a cargos superiores, baseados na capacidade;

-Conhecimento técnico: todas as regras que definem o sistema social em


que o indivíduo está envolvido e que determinam o desempenho no cargo;

-Abordagem Weberiana:

Características da Burocracia:

-caráter legal das normas e regulamentos;

-caráter formal das comunicações;

-caráter racional e divisão do trabalho;

-impessoalidade nas relações;

-hierarquia e autoridade;

-rotinas e procedimentos padronizados;

-competência técnica e meritocracia

-especialização da adm;
-profissionalização dos participantes;

-completa previsibilidade do funcionamento;

Disfunções da Burocracia

-internalização das normas;

-excesso de formalismo e papelório;

-resistência a mudanças;

-despersonalização do relacionamento;

-categorização do relacionamento;

-superconformidade;

-exibição de sinais de autoridade;

-dificuldade com clientes;

imprevisibilidade do funcionamento;
3.Transição Democrática

-Gov Sarney recria em 1985 o Ministério Extraordinário para Assuntos


Adm e a Comissão Geral do Plano de Reforma Adm, sendo esta
subdividida em câmaras especializadas; resultados apresentados pela
comissão: racionalização das estruturas adm, política de recursos humanos
e contenção de gastos públicos;

-os objetivos da Reforma Adm eram a modernização da adm pública,


tornando-a compatível com os modernos processos de gestão, adequação
do serviço público a padrões de eficência que dessem suporte aos planos do
governo e aos serviços públicos;

-para apoiar o programa de reformas foi criada a SEDAP, Secretaria de


Adm Pública da Pres da República; ou o órgão central da reforma adm,
com responsabilidade de modernizar a adm federal, desburocratizar e
cuidar da construção da adm imobiliária; FUNCEP, Fundação Centro de
Formação do Servidor Público;

-Escola Nacional de Adm Pública (ENAP), com a missão de formar,


aperfeiçoar e profissionalizar o servidor público de nível superior;

-Centro de Desenvolvimento da Adm Pública;

-Diretrizes do Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União, Diretrizes


da Lei Orgânica da Adm.

-Decreto_lei 2.300 extinguiu 8 estatais, dentre elas o Banco Nacional de


Habitação; 37 órgãos colegiados em vários ministérios;

-Cadastro Nacional do Pessoal Civil; Sistema Integrado de Adm de Pessoal


(SIAPE);

-organização do sistema de gerenciamento das contas e pagamento de


pessoal; definição de procedimentos de auditoria de pessoal civil,
acompanhamento e controle de gestão das estatais;

-Ato das Disposições Transitórias - necessidade de uma reforma adm;

-o Governo Collor queria a modernização do Estado, privilegiando ajuste


econômico, desregulamentação, desestatização e abertura da economia;
demissão ou dispensa de 112 mil servidores, celetistas não-estáveis,
ocupantes de cargos comissionados e funções de assessoramento superior;
45 mil se aposentaram; instituição do Regime Jurídico Único, Lei 8.112,
1990, que permitiu a todos os celetistas optarem pelo regime de servidor
estatutário, medida em que, atualmente, é vista tendo exercido um efeito
engessador da adm pública; PEC 59 propunha alteração do regime de
estabilidade do servidor público onde a estabilidade seria obtida após 2
anos de exercício efetivo para servidores em atividades típicas do Estado:
segurança, diplomacia, advocacia, defensorias públicas, controles interno e
externo, tributação, arrecadação e fiscalização de tributos; nos demais casos
a estabilidade seria conquistada após 10 anos de exercício efetivo na
função; a PEC 59 foi retirada de apreciação do congresso; a reforma de
Collor não deixou resultados perenes, quer em termos de cultura
reformista, quer em termos de metodologias, técnicas ou processos;
priorizou o ajuste econômico, a desestatização, abertura comercial e
desregulamentação;

-ele tentou ir rumo ao gerencialismo, mas sem sucesso; o primeiro contrato


de gestão ocorreu no Gov Collor, firmado com o Hospital Sarah
Kubitschek, em Brasília, e a descentralização dos serviços de saúde através
do SUS;

-o Governo Itamar as ações reformistas foram tímidas; criação do CADE,


Conselho Adm de Defesa Econômica; isonomia remuneratória no poder
Executivo, plano de carreira e regulamentação do plano de seguridade
social para o servidor público;

Retrocesso Administrativo
Mudanças Constitucionais da Adm Pública

-necessidade de autorização legislativa para criação, transformação,


extinção de órgãos e entidades e para criação de cargos, empregos e
funções;

-expansão de controle às entidades da adm indireta (rigidez);

-descentralização de recursos a Estados e Municípios (repartição de


competência)

-estabelecimento de isonomia salarial entre os poderes;

-direito à sindicalização;

-regime jurídico único (União, DF, Estados e Municípios)

-plano de carreira para servidores da adm direta e indireta;

-garantia de estabilidade para servidores concursados;

-aposentadoria integral;

-estabilidade para empregados públicos;

-amplidão das competências dos órgãos de controle

-Um grande avanço pela maioria dos autores foi a exigência da concurso
público;

-O rumo ao gerencialismo foi quebrado, sendo retomado posteriormente


(1995);

4.Reforma Gerencial de FHC

-Ministério da Adm e da Reforma do Estado (MARE); Plano Diretor da


Reforma do Estado, aprovado em 1995;

-formular políticas para a reforma do Estado, reforma adm, modernização


da gestão e promoção da qualidade no serviço público; racionalidade e
norma atendam de forma gerencialmente superior às necessidades da
população; foco no controle dos resultados;
-relativização da adm gerencial onde um exército não deve ser a mesma
coisa que um hospital do ponto de vista organizacional e de resultados;

-o núcleo gerencial estratégico inclui o Gov (e Poderes), seus assessores e


auxiliares imediatos; compete a esse núcleo a definição de leis e de
políticas públicas; aqui as decisões devem ser as melhores, atender ao
interesse nacional e ter efetividade, o regime de propriedade deve ser
necessariamente estatal; o setor de atividades exclusivas inclui a prestação
de serviços que só o Estado pode realizar, regulamentar, fiscalizar e
fomentar; polícia, cobrança e fiscalização de impostos, serviço de
desemprego, educação básica, entre outros; critério de eficiência torna-se
fundamental e a propriedade só pode ser estatal;

-no terceiro setor, serviços nãopexclusivos, o Estado atua em conjunto com


outras organizações não-estatais e privadas; aí se situariam as
universidades, hospitais, centros de pesquisa e museus; situação pública
não-estatal;

-na produção de bens e serviços a propriedade privada é a regra e a adm


gerencial é a ideal neste contexto;

-estabilidade do servidor só é administrada para os dois primeiros setores, o


núcleo estratégico e as atividades exclusivas;

-criação de uma política de recursos humanos e órgãos novos, como


agências executivas que cuidam das atividades exclusivas do Estado (de
direito público) e organizações sociais (de direito privado) para
gerenciarem os serviços não-exclusivos do Estado;

-1995, duas PECS 173 e 174 propondo mudanças que viabilizassem a


reforma adm do Estado;

-aumentar a governança do Estado, sua capacidade adm de governar com


efetividade e eficiência, voltando a ação aos serviços do Estado para o
atendimento público dos cidadãos;

-limitar a ação do Estado às funções que lhe são próprias, reservando os


serviços não-exclusivos para propriedade pública não-estatal, e a produção
de bens e serviços para o mercado e iniciativa privada;

-transferir da União para os Estados e Municípios as ações de caráter local;


só em casos de emergência cabe a ação direta da União;
-transferir parcialmente da União para os Estados as ações de caráter
regional, de forma a permitir uma maior parceria entre Estados e União;

-aumentar a efetividade do núcleo estratégico efetivando os resultados e


objetivos;

-modernizar a adm burocrática, que no núcleo estratégico ainda se justifica


pela sua segurança e efetividade, através de uma política de
profissionalização do serviço público, política de carreiras, efetiva adm
salarial, introdução da cultura gerencial no sistema burocrático baseando-se
em avaliações de desempenho;

-dotar o núcleo estratégico de capacidade gerencial para definir e


supervisionar contratos de gestão com agências autônomas que realizam
atividades exclusivas do Estado, e com organizações sociais que realizam
serviços não-exclusivos do Estado em parceria com a sociedade;

Objetivos das atividades exclusivas do Estado:

-transformar autarquias e fundações que possuem poder de Estado em


agências autônomas, administradas conforme contrato de gestão; escolha
de dirigentes por critérios profissionais; liberdade para agir para o alcance
dos objetivos qualitativos e quantitativos (indicadores de desempenho_
previamente acordados;

-substituir a adm pública burocrática, rígida, voltada para o controle a priori


dos processos, pela adm pública gerencial, naseada no controle a posteriori
dos resultados e na competição administrada;

-fortalecer práticas de adoção de mecanismos que privilegiam participação


popular na formulação e avaliação de políticas públicas, promovendo
controle social;

Objetivos das atividades não-exclusivas do Estado

-transferir para o setor público não-estatal os serviços, através de programa


de publicização, transformando as atuais fundações públicas em
organizações sociais, ou seja, em entidades de direito privado, sem fins
lucrativos, que tenham autorização específica do poder legislativo para
celebrar contrato de gestão com o poder executivo e assim ter direito à
dotação orçamentária;

-lograr maior autonomia e maior responsabilidade para os dirigentes desses


serviços;

-lograr controle social direto desses serviços por parte da sociedade através
de conselhos de adm; fortalecer práticas de adoção de mecanismos de
participação popular na formulação e avaliação de desempenho da
organização social, viabilizando controle social;

-lograr maior parceria entre Estado, que continuará a financiar a instituição,


a organização social e a sociedade a que serve; esta participará
minoritariamente de seu financiamento via compra de serviços e doações;

-aumentar a eficiência e qualidade de serviços, atendendo o cidadão-cliente


a um custo menor;

Objetivos para produção para o Mercado:

-dar continuidade ao processo de privatização através do Conselho de


Desestatização;

-reorganizar e fortalecer os órgãos de regulação dos monopólios naturais


que forem privatizados;

-implantar contratos de gestão nas empresas que não puderem ser


privatizadas;
-Diagnóstico feito pela Reforma Gerencial de FHC

Dimensão Institucional Legal

-encarecimento do custeio da máquina adm

-aumento da ineficiência dos serviços públicos

-estruturas obsoletas, hierarquizadas, não dinâmicas e caras

-instabilidade do organograma governamental

-centralização e superposições de órgãos e funções

-inexistência de indicadores de desempenho claros

-tradição municipalista brasileira

Dimensão Cultural e de Gestão

-cultura burocrática forte

-desconfiança exagerada nos políticos adm

-capacidade limitada de resposta da adm

-resistência às inovações

-carência de mecanismos autorreguladores

-instrumentos de supervisão e acompanhamento pouco criativos e


insuficientes

Dimensão de Recursos Humanos

-ausência de política coerente

-concursos públicos realizados sem regularidade

-falta de treinamento e estrutura de carreiras

-concentração de pessoal nos níveis operacionais

-funções operacionais mais bem remuneradas do que na iniciativa privada


-aposentadoria com salários superiores aos da ativa

-crescente número de inativos comparado com o total de ativos

-legislação inadequada, protecionista e inibidora do empreendedorismo

-ausência de motivação negativa, como demissão por insuficiência de


desempenho

-carência de sistema de incentivo

-baixa amplitude das poucas carreiras existentes

-desequilíbrio do sistema remuneratório da União

-carreiras de nível superior mal remuneradas

-sistema previdenciário insustentável

-sistema previdenciário injusto, desequilibrado

*MARE extinto em 1998 e incorporado ao MPOG, Ministério do


Planejamento, Orçamento e Gestão;

*A Adm Gerencial envolve 4 setores: núcleo estratégico, atividades


exclusivas, serviços não-exclusivos e produção de bens e serviços para o
mercado;

TCU - GOVERNANÇA 1

Perspectiva Histórica

1.Governar - palavra grega usada para designar o ato de dar direção para
um destino; coerência entre a direção definida, a ação para segui-la e o
resultado alcançado;
2.Governança: o conceito mais usado atualmente é o do Banco Mundial,
sendo a maneira pela qual o poder é exercido na adm dos recursos
econômicos e sociais, tendo em vista o desenvolvimento; na adm pública a
governança é o braço instrumental da governabilidade, decorrente da
legitimidade democrática, relacionado com a capacidade de assegurar
condições sistêmicas e institucionais para que a organização cumpra sua
função;

3.Problema geral da governança corporativa: como aumentar a


probabilidade de que adm contratados efetivamente realizem os objetivos
estabelecidos pelos proprietários ou partes interessadas em uma org, e
como reduzir os conflitos entre sócios majoritários e minoritários;

-1932 - estudo sistemático do assunto

-1990 - crises financeiras criaram demandas para formalização dos


primeiros padrões mundiais;

-1992 - publicado na ING o Cadbury Report e nos EU o COSO;

-1995 - fundado no BR o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa;

-2002 - Lei Sarbanes-Oxley nos EUA em decorrência de demonstrações


contábeis fraudulentas;

-2020 - debates entre acadêmicos, legisladores e profissionais sobre


governança corporativa;

No plano jurídico brasileiro

-Lei do Mercado de Valores Imobiliários - 1976

-Lei das Sociedades Anônimas - 1976

-Código de Defesa do Consumidor - 90

-Lei Anticorrupção - 2013

-Lei das Estatais - 2016


Governança no Setor Público

-O gradativo esgotamento do modelo de adm pública burocrático-


weberiano ao longo do século XX, associado à crise mundial dos anos 80,
favoreceu o desenvolvimento do modelo gerencial como proposta de tornar
o Estado mais eficiente e mais capaz de atender às crescentes demandas por
mais e melhores serviços

-Novas propostas de modelos:

a)Governança pública pela perspectiva do corpo governante, com ênfase


em três princípios: transparência, integridade e prestação de contas;

b)Guia de melhores práticas de governança pública, acrescentando


liderança, compromisso e integração;

c)Padrão de boa governança pública com eficiência e eficâcia;

-Potenciais benefícios de uma boa governança pública

a)Garantir a entrega de benefícios econômicos, sociais e ambientais para os


cidadãos;

b)garantir a organização seja responsável com cidadãos;

c)clareza acerca de quais são os produtos e serviços prestados para


usuários, mantendo foco no propósito;

d)ser transparente, mantendo a sociedade informada acerca das decisões


tomadas e dos riscos;

e)possuir e utilizar infos de qualidade e mecanismos robustos de apoio às


tomadas de decisão

f)dialogar com a sociedade e prestar contas

g)garantir a qualidade e efetividade dos serviços prestados;

h)promover desenvolvimento contínuo de líderes e colaboradores


i)definir processos, papéis, responsabilidades e limites de poder de
autoridade

j)institucionalizar estruturas de governança

k)selecionar liderança tendo por base aspectos como conhecimento,


habilidades e atitudes;

l)avaliar desempenho e conformidade da org e liderança mantendo um


balanceamento adequado;

m)garantir a existência d sistema efetivo de gestão de riscos

n)utilizar-se de controles internos para manter riscos em níveis adequados e


aceitáveis;

o)controlar as finanças de forma atenta, robusta e responsável;

p)prover aos cidadãos dados e informações de qualidade

NBC T 16.8 - Controle interno aplicável ao Setor Público, esclarece que a


estrutura de controle interno compreende ambiente de controle,
mapeamento e avaliação de riscos, procedimentos de controle e informação
e comunicação, além de monitoramento;

TCU - GOVERNANÇA 2
-A estruturação de governança pública foi motivada por atuação do TCU
mediante a publicação do Referncial Básico de Governança Aplicável a
Órgãos e Entidades da Adm Pública, em suas versões 1.0 (2013) e 2.0
(2014), antecedentes do presente referencial.

-No plano jurídico muitos atos sancionados se alinham com a visão de


melhoria de governança pública, dentre os quais se destacam:

a)Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder


Executivo Federal (Decreto 1.717/1994), que estabelece padrões éticos e
morais para o comportamento da liderança no serviço público;
b)Lei das Contas Públicas (Lei 9.755/1998) que obriga à publicação das
contas públicas nos níveis Federal, Estadual e Municipal;

c)Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Comp.101/2000), que estabelece


parâmetros de responsabilidade e transparência financeira e orçamentária;

d)Decreto do Sistema de Correição do Poder Executivo (5.480/2005);

e)o extinto Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização


(Decreto 5.378/2005), que estabeleceu o modelo de excelência na gestão
pública;

f)Decreto de Gestão da Ética (Decreto 6.029/2007);

g)Decreto de Vedação ao Nepotismo (Decreto 7.203/2010)

h)Lei de Acesso à Informação (12.527/2011) que assegura direito


fundamental de acesso à informação pública e facilita o monitoramento e o
controle de atos adm e da conduta de agentes públicos;

i)Lei de Conflito de Interesses (12.813/2013) que trata do tema no


exercício de cargo ou emprego do Poder Executivo Federal;

j)Lei das Estatais (13.303/2016) que estabelece requisitos de governança


para empresas públicas e de economia mista;

k)Instrução Normativa Conjunta MP/CGU -1/2016, que trata de controles


internos, gestão de riscos e governança no âmbito do Poder Executivo
Federal;

l)Lei de Defesa do Usuário de Serviços Públicos (13.460/2017) e sua


regulamentação pelo Decreto 9.094/2017) que substituíram o GesPública e
tratam sobre a participação, proteção e defesa de direitos dos usuários de
serviços públicos;

m)Decreto da Política de Governança da adm pública federal direta,


autárquica e fundacional e Gov.Pública (9.203/2017)

n)Resoluções CNJ 308 e 309 ambas de 2020, que trouxeram diretrizes


técnicas para atividades de auditoria interna do Poder Judiciário e
organizaram tais atividades sob a forma de sistema;
-Toda org pública deve existir somente em decorrência da necessidade dos
seus serviços ou políticas que implementa; estruturas de Estado dissociadas
dessa realidade, pesadas, caras, lentas e burocráticas não coadunam com
objetivos a que se propõem, nem com resultados esperados;

-A Governança Pública serve para aumentar e preservar o valor que o


Estado entrega aos que o mantêm;

Qual a função do Estado?

-Realizar o bem comum; bem-estar, segurança e justiça; forma de


organização política por excelência da sociedade; pode ser aceito como
espaço natural de desenvolvimento do poder político;

Qual a função da adm pública?

-Adm Pública é o aparelho de Estado organizado com a função de executar


serviços, visando à satisfação das necessidades da população; organização
que objetiva praticas as funções políticas e serviços realizados pelo
governo; execução de obras, serviços, comissionados ao governo para o
interesse da sociedade;

O que é Governança Pública Organizacional?

-Aplicação de práticas de liderança, estratégia e controle, permitindo aos


mandatários de uma org pública avaliar sua situação e demandas,
direcionar a sua atuação e monitorar o seu funcionamento, de modo a
aumentar as chances de entrega de bons resultados aos cidadãos, com
serviços e políticas públicas; este conceito derivado da governança
corporativa foi delineado e adotado pelo TCU em virtude do propósito de
apoiar a melhoria do desempenho das organizações públicas
jurisdicionadas;
Para que serve?

-O propósito não é criar mais controles e mais burocracia; ao contrário, a


governança provê formas de descobrir oportunidades de remover controles
desnecessários, que se tornam empecilhos à entrega de resultados, pois seu
objetivo é a melhoria do desempenho da organização para a geração de
valor; a mera adoção burocrática de práticas, sem foco nos resultados, não
conduz à boa governança e nem condiz com ela; todas as práticas de
governança servem para criar contextos favoráveis à entrega dos resultados
esperados pelos cidadãos, com sustentabilidade;

TCU - GOVERNANÇA 3
Governança não é o mesmo que gestão

-Governança é função direcionadora; gestão é função realizadora;

-Enquanto a Governança é responsável por estabelecer a direção a ser


tomada, com fundamento em evidências e levando em conta os interesses
dos proprietários e partes interessadas, a gestão é a função responsável por
planejar a forma mais adequada de implementar as diretrizes estabelecidas,
executar os planos e fazer o controle de indicadores e riscos;

Governança Pública - 3 atividades principais

a)Avaliar, com fundamento em evidências, o ambiente, cenários,


alternativas, desempenho e resultados atuais e os almejados; avaliar para
poder direcionar; são perguntas típicas neste caso; qual é o problema, quais
são as evidências, devemos agir para tratar o problema, já existem ações
para tratar as questões, estão produzindo resultados, quais são as possíveis
anternativas de tratamento, há evidências de que as alternativas produzam
efeitos esperados, quais dessas alternativas são mais adequadas em custo-
benefício, de que recursos dispomos, onde estamos, onde queremos
chegar?

b)Direcionar, priorizar e orientar a preparação, articulação e


coordenação de políticas e planos, alinhando funções organizacionais às
necessidades das partes interessadas, usuários, cidadãos, sociedade;
assegurar o alcance dos objetivos estabelecidos; direcionar os critérios para
monitoramento; são perguntas típicas: quais alternativas serão selecionadas
para tratar o problema e por quê, quais devem ser os objetivos, como
alcançaremos, que estruturas precisam existir e funcionar para viabilizar a
execução, quais os riscos, quais cuidados?

c)Monitorar os resultados, desempenho e cumprimento de políticas e


planos, confrontando-os com metas, expectativas das partes interessadas;
monitoramento gera insumos para avaliação; são perguntas típicas: estamos
no rumo certo, estamos produzindo efeitos esperados, que correções fazer,
chegaremos ao destino?

Governança Pública - extensão das 3 atividades principais

a)Planejar - dada a direção, as prioridades e objetivos, quais são os passos


para chegar lá?

b)Executar - colocar o plano para funcionar e gerar resultados de políticas


e serviços;

c)Controlar - como estão os indicadores de eficácia e de eficiência? como


lidar adequadamente com os riscos de não cumprir as metas?

Conceitos fundamentais

-TCU sintetizou o conceito de que a Governança Pública Organizacional


compreende essencialmente os mecanismos de liderança, estratégia e
controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a atuação da
gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de
serviços de interesse da sociedade;

-Este conceito é assimilado do Decreto 9.203/2017, e afirma que:

a)tem como foco a governança nas organizações públicas e outros entes


jurisdicionais ao TCU, não se confundindo com governança de políticas
públicas e nem de Centro de Governo, embora sejam relacionadas e
interdependentes;

b)admite que todas as organizações existem para participar da execução de


políticas públicas ou para prestar serviços à sociedade, ou ambas as coisas;

c)indica que a governança é o direcionamento do esforço de gestão das


organizações para resultados de interesse da sociedade, não se confundindo
com a própria gestão;

d)indica que governar é a realização de três atividades: avaliar as demandas


das partes interessadas e estabelecer os problemas/serviços prioritários;
direcionar a capacidade de realização da organização para efetiva resolução
dos problemas/serviços priorizados; monitorar a gestão da organização para
garantir que as direções estabelecidas sejam cumpridas e que os ajustes de
percurso sejam realizados a tempo de evitar que os riscos impeça, ou
prejudiquem a consecução dos objetivos;

e)indica que as diversas práticas que implementam as três atividades de


governança podem ser agrupadas em três mecanismos gerais: liderança,
estratégia e controle;

continua...
TCU - GOVERNANÇA 4

IBGC (2015)

-Princípios e práticas de governança corporativa valem para organizações


públicas, com adaptações; a governança pública organizacional parte do
mesmo problema tratado pela governança corporativa privada: o conflito
agente/principal (ou conflito de agência)

-A governança pública é um mecanismo para evitar conflitos de agência


entre cidadãos (principais) e servidores públicos (agentes);

-Os arranjos institucionais dizem respeito às estruturas, processos,


mecanismos, princípios e regras que influenciam a governança em política
pública;

Papéis das instâncias de governança

a)Instâncias Externas de Governança são responsáveis pela fiscalização,


controle, regulação, desempenhando importante papel para promoção da
governança das org públicas; são autônomas, independentes e não se
vinculam às organizações que são por elas governadas; exemplos típicos
são o Congresso Nacional, TCU e conselhos superiores no Poder
Judiciário;

b)Instâncias Externas de Apoio à Governança são responsáveis pela


avaliação, auditoria e monitoramento independente e, nos casos em que
disfunções são identificadas, pela comunicação dos fatos às instâncias
superiores de governança, sejam elas internas ou externas; exemplos típicos
são as Auditorias independentes e o Controle Social organizado;

c)Instâncias Internas de Governança são responsáveis por definir a


estratégia e políticas internas, bem como monitorar a conformidade e o
desempenho de tarefas destas, devendo agir nos casos em que desvios
forem identificados; também garantem que a estratégia e políticas
formuladas atendam ao interesse público, servindo de elo entre principal e
agente; exemplos típicos são os Conselhos de Adm ou equivalentes e a Alta
Adm;

d)Instâncias Internas de Apoio à Governança realizam comunicação


entre partes interessadas internas e externas à adm; fazem auditorias e
avaliação de processos de governança e gestão de riscos, controles internos
e comunicam quaisquer disfunções identificadas à Alta Adm; exemplos
típicos são Ouvidorias, Auditoria Interna, Conselho Fiscal, Comissões e
Comitês (de riscos, desburocratização, estratégicos, etc;)
*Accountability - são procedimentos que levam os decisores
governamentais a prestar contas dos resultados de suas ações, garantindo
maior transparência e exposição pública das políticas públicas; estabelece o
dever de prestar contas: o gestor operacional presta contas ao prático e este
ao estratégico. O estratégico presta contas aos conselhos superiores, que
presta contas ao controle externo.

TCU - GOVERNANÇA 5
Princípios e Diretrizes

Decreto 9.203/2017

-Dispões sobre a política de governança da Adm Pública Federal Direta,


Autárquica e Fundacional;

-Art.3 - São princípios de governança pública:

1.Capacidade de resposta - é a capacidade de responder de forma


eficiente e eficaz às necessidades das partes interessadas; colaboração entre
estatais, não estatais e sociedade civil contribui para obter um maior
entendimento a respeito das demandas da sociedade, para equilibrar os
interesses, priorizar o atendimento das necessidades e aumentar a confiança
das partes interessadas nas inst públicas; o princípio da capacidade de
resposta depende, portanto, diretamente do princípio da participação; para
melhorar a capacidade de resposta do setor público, há que se focar na
satisfação das expectativas das pessoas em termos de qualidade, quantidade
e rapidez dos serviços públicos prestados; precisa de capacitação técnica,
postura ética e profissional dos agentes; capacitação e envolvimento dos
cidadãos em decisões públicas, inclusive por meios eletrônicos, prestação
de serviços multicanal reduzindo custos;

2.Integridade - ações organizacionais e comportamento do agente público,


referindo-se à adesão e alinhamento consistente aos valores, princípios e
normas éticas comuns para sustentar e priorizar o interesse público sobre o
privado; adoção de políticas de integridade baseadas em contexto,
evidências e riscos, evitando programas de conformidade excessivamente
rígidos, pois tendem a ser limitados e falham como impedimento ao
comportamento antiético; a estratégia de integridade pública deve se
assentar em três pilares: implementar sistema amplo e coerente, cultivar
cultura de integridade pública e possibilitar prestação de contas,
responsabilização e transparência;

3.Confiabilidade - capacidade das inst de minimizar as incertezas para os


cidadãos no ambiente economico, social e politico, passar segurança à
sociedade em relação à sua atuação, manter consistente sua missão;

4.Melhoria regulatória - desenvolvimento, avaliação de políticas e atos


normativos em um processo transparente, baseado em evidências e
orientado pela visão de cidadãos e partes diretamente interessadas;

5.Prestação de contas - accountability; obrigação das pessoas e entidades


às quais tenham sido confiados recursos, incluídas as empresas e
corporações públicas, de assumir responsabilidades de ordem fiscal,
gerencial e programática, informar o cumprimento destas a quem lhes
delegou; prestação de contas espontaneamente, de forma clara e
tempestiva, assumindo integralmente as consequencias de seus atos e
omissões;

6.Transparência - permitir que a sociedade obtenha informações


atualizadas sobre operações, estruturas, processos decisórios, resultados e
desempenho do setor público; disponibilizar dados abertos às partes
interessadas, em uma linguagem cidadã, sendo a sociedade civil a
controladora;

Além disso:

7.Equidade e participação - promover tratamento justo a todas as partes


interessadas, levando em consideração seus direitos e deveres, necessidades
e interesses; participação efetiva das partes interessadas no processo de
tomada de decisão; participação em equidade das partes interessadas
melhora a base de evidências para formulação de políticas, reduz custos de
implementação e cria consciência cívica; o problema é a captura dos
mecanismos de participação por grupos privados oportunistas;
TCU - GOVERNANÇA 6

Decreto 9.203/2017

Art.4 - São diretrizes da governança pública:

1.direcionar ações para busca de resultados para sociedade, encontrando


soluções tempestivas e inovadoras para lidar com a limitação de recursos e
com mudanças de prioridades;

2.promover simplificação adm, modernização de gestão pública,


integração dos serviços públicos, especialmente os prestados por meio
eletrônico;

3.monitorar o desempenho e avaliar a concepção, implementação e


resultados das políticas e ações prioritárias para assegurar as diretrizes
estratégicas sejam observadas;

4.articular inst e coordenar processos para melhorar a integração entre os


diferentes níveis do setor público, com vistas a gerar, preservar e entregar
valor público;

5.fazer incorporar padrões elevados de conduta pela alta adm para


orientar o comportamento dos agentes públicos em consonância com as
funções e atribuições de seus órgãos e entidades;

6.implementar controles internos fundamentados na gestão de risco,


que privilegiará ações estratégicas de prevenção antes de processos
sancionadores;

7.avaliar propostas de criação, expansão ou aperfeiçoamento de


políticas públicas, concessão de incentivos fiscais e aferir, sempre que
possível, seus custos e benefícios;

8.manter processo decisório orientado pelas evidências, conformidade


legal, qualidade regulatória, desburocratização e apoio à participação da
sociedade;

9.editar, revisar atos normativos, pautando-se por boas práticas


regulatórias e legitimidade, estabilidade e coerência do ordenamento
jurídico e realizando consultas públicas sempre que conveniente;
10.definir formalmente as funções, competências e responsabilidades
das estruturas e arranjos inst.;

11.promover as comunicação aberta, voluntária e transparente das


atividades e dos resultados da organização, de maneira a fortalecer o acesso
público à informação;

*A boa governança idade; pública se baseia em relações éticas,


conformidade, transparência e prestação de contas com responsabilidade;

TCU - GOVERNANÇA 7
Mecanismos e Práticas

*Mecanismo Liderança: elemento crucial para promover boa governança


pública; comprometimento alto dos agentes dos mais altos níveis políticos
e gerenciais; implementação de valores, estratégias, políticas e processos
necessários; liderança é sinônimo de instância interna de governança,
englobando os conselhos ou colegiados superiores e a alta adm;

-São os membros das instâncias internas de governança que lideram a org e


são responsáveis pela direção e supervisão estratégicas e ainda pela
accountability da org;
-Responsáveis coletivamente pelo estabelecimento de objetivos e
atividades organizacionais alinhados com os interesses das partes
interessadas, estruturas e processos adequados para governança eficaz;

-É papel fundamental da liderança avaliar o modelo de governança adotado


e ajustá-lo ao contexto e aos objetivos org, comunicando-os
adequadamente às partes interessadas;

-Promove a cultura de ética e integridade para que gestores e colaboradores


individualmente priorizem o interesse público sobre o privado;

-Deve possuir coletivamente as competências adequadas e voltadas aos


objetivos;

-Desenvolvimento de lideranças é alcançado por seleção e escolha e


oportunidades de aprimoramento durante exercício de mandato, com
avaliações regulares de desempenho e alcance de metas;

*Práticas de Liderança:

-Estabelecer Modelo de Governança: representação clara e pública de


como funciona ou deveria funcuionar a org; definição de um conjunto de
diretrizes de avaliação, direção, monitoramento e gestão;

-Promover Integridade: ações organizacionais e comportamento do agente


público; adesão e alinhamento aos valores, princípios e normas étcias
comuns; priorizar interesse público; construção e preservação da imagem
da organização, reputação e credibilidade perante a sociedade;

-Promover Capacidade de Liderança: os resultados dependem da


competência das pessoas da organização; mobilizar conhecimentos,
habilidades e atitudes para otimização de resultados; nomeação de
dirigentes por processos lícitos e transparentes, baseados em mérito;

continua...
*Mecanismo Estratégia

-Traçar claramente objetivos, estratégias de atuação, planos de ação e


acompanhamento de implementação;

-A liderança direciona a estratégia, monitora a execução e avalia


periodicamente o desempenho, acompanha mudanças interna e
externamente, identifica expectativas das partes interessadas e promove
revisão estratégica;

-Estratégia parte da missão e valores institucionais, visão de futuro; análise


de ambiente interno e externo, riscos e limites aceitáveis de exposição;

-Deve ser desenvolvida com orçamentos viáveis, comunicada e desdobrada


para demais unidades org; traduzir objetivos estratégicos para elas, com
indicadores e metas, monitorando e avaliando;

-Atualização da estratégia com o aprendizado org;

*Práticas de Estratégia

-Gerir riscos: identificar e entender riscos e manter instâncias responsáveis


informadas; resposta apropriada aos riscos; implantar estrutura de gestão de
riscos; garantir alocação de recursos e canais de comunicação necessários;

-Estabelecer estratégia: maneira como a organização irá atuar, quem serão


seus clientes e quais necessidades deles serão a tendidas; que benefícios
tangíveis e intangíveis serão oferecidos, como recursos serão alocados,
quais parcerias serão adotadas;

-Promover gestão estratégica: desdobrar a estratégia na cadeia hierárquica;


geração de sinergia para entrega de valor; tradução da estratégia em metas;

-Monitorar alcance dos resultados organizacionais: formas de


acompanhamento de resultados, soluções para melhorias do desempenho e
instrumentos de promoção do processo decisório com evidências;

-Monitorar o desempenho das funções de gestão: objetivos, indicadores e


metas definidos, alinhados à estratégia organizacional; acordos de serviços
estratégicos; a liderança monitora o desempenho das funções de gestão e
informa as partes acerca do mesmo; recebe relatórios da gestão; definição
de rotinas de monitoramento do alcance das metas;

TCU - GOVERNANÇA 8

*Mecanismo de Controle

-Cidadãos delegam ao setor público o poder para gerir recursos e alcançar


resultados; em contrapartida, as org devem prestar contas aos cidadãos,
demonstrando que administram os recursos a elas confiados, conforme
princípios éticos, diretrizes governamentais e normas;

-O controle sobre o uso dos recursos é um requerimento da sociedade e só é


viável com transparência e prestação de contas eficazes;

-Os cidadãos exercem controle através das informações que lhes


possibilitem conhecer o que acontece nas org, entender o planejamento,
seus feitos e resultados; desvios do interesse público serão devidamente
apurados e tratados;

*Práticas de Controle

-Auditoria Interna: protege o valor das org na entrega de bens, serviços e


políticas públicas, avaliando a eficácia dos processos de governança
implementados;

-Promover a transparência: CF 88, Art5 - acesso à informação é um


direito fundamental do cidadão; 2011 o BR firmou compromisso de
aumentar a disponibilidade sobre atividades governamentais, como
signatário da OGP, Open Government Partnership; desde então se avança
nos mecanismos de transparência; Lei de Acesso à Informação 2011(LAI)
regulou o direito constitucional de acesso à info, obrigando União, Estados,
DF e Municípios, incluindo entidades sem fins lucrativos que recebem
dinheiro público a observarem procedimentos para garantia de acesso da
sociedade; possibilitou o exercício direto de acesso por qualquer pessoa,
garantindo gratuidade da informação, limitando prazos para atendimento
das solicitações e possibilitando recurso em caso de negativas; obrigou a
criação de serviços de acesso à informação (SIC), físicos e eletrônicos;
impediu exigências exageradas de identificação e ainda aas que de
apresentação de justificativas para os pedidos; previu a responsabilização
de agentes públicos pela inobservância da lei, e até de pessoas físicas e
entidades privadas que detiverem informações em virtude de vínculo de
qualquer natureza com o poder público; estabeleceu a publicidade como
regra e o sigilo como exceção; a divulgação de infos de interesse público,
independente de solicitações; desenvolvimento da cultura de transparência
e controle social da adm pública; obrigou que os sítios oficiais das org
mantivessem infos íntegras, autênticas, atualizadas e disponíveis em
formato aberto; a normatização a respeito de dados abertos foi ampliada
para o Gov Fed em 2012, com a instituição da Estrutura Nacional de Dados
Abertos (INDA) e depois, em 2016, com a publicação da Política de Dados
Abertos do Poder Executivo Federal (Decreto8.777/2016), cuja gestão
passou a ser coordenada pela CGU a partir de 2019; cada órgão da Adm
Federal Direta, Autárquica e Fundacional deve elaborar e executar um
Plano de Dados Abertos; em 2017 o Decreto 9.023 definiu a transparência
como princípio da governança pública, com comunicação aberta e
voluntária das atividades e resultados da org;

-Garantir Accountability: a liderança garante a implementação do modelo


de governança pública e seus mecanismos de prestação de contas e
responsabilização, garantindo acesso a todas as informações de interesse
público; a prestação de contas ajuda na transparência; a Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF 101/2000) trouxe regras para prestação de
contas da gestão fiscal de todos os entes federativos, com ampla
divulgação, inclusive eletrônica, de planos, orçamentos, leis de diretrizes
orçamentárias, prestação de contas e pareceres, relatórios, etc.; em 2009, a
Lei Comp 131 acrescentou à LRF informações à execução orçamentária e
financeira; o descumprimento da Lei Comp pode impedir o ente de receber
transferências;

-Avaliar a satisfação das partes interessadas: monitorar e avaliar a


imagem da org perante as partes, a satisfação destas com os bens, serviços
e políticas, cuidando que melhorias sejam feitas sempre que necessário; a
org deve determinar requisitos de qualidade (ABNT 2015) de produtos e
serviços, monitorando a percepção dos clientes quanto ao grau de
satisfação dos usuários; as inconformidades identificadas, incluindo
reclamações de usuários, devem ter suas causas determinadas para que
ações corretivas sejam adotadas; Emenda 19 de 1998 estabeleceu diretrizes
para o direito do usuário do serviço público;

-Assegurar a efetividade da auditoria interna: aumentar e proteger o valor


org, fornecendo avaliação, assessoria e conhecimento objetivos baseados
em riscos; a efetividade da auditoria interna agrega valor quando oferece
maneiras de aprimorar os processos de governança e controle; o estatuto de
auditoria interna deve ser aprovado pela liderança e contemplar as regras de
auditoria; estabelecer o nível de autoridade; permitir o acesso direto e
irrestrito da Alta Adm e reporte funcional ao Conselho ou Colegiado
Superior; prestar serviços de avaliação e consultoria para apoiar a liderança
em sua supervisão;

TCU - GOVERNANÇA 9
Governança

a)Governança Corporativa: sistema pelo qual as organizações são


dirigidas e controladas; mecanismos de convergência de interesses, direta e
indiretamente impactados pelas atividades da org; estrutura adm para
garantir resultados às partes interessadas;

b)Governança Pública: sistema que determina o equilíbrio de poder entre


os envolvidos, cidadãos, representantes eleitos, alta adm, gestores e
colaboradores, com vistas a permitir que o bem comum prevaleça sobre
interesses privados;

c)Governança Global: inst, mecanismos, relacionamentos e processos


formais e informais entre Estado, Mercado, cidadãos e org, internas ou
externas ao setor público, por meio dos quais os interesses coletivos são
articulados, direitos e deveres são estabelecidos e diferenças mediadas;
Perspectivas

a)Perspectiva Organizacional (ou corporativa): ou perspectiva de órgãos


e atividades intraorganizacionais, trata do desempenho individual das org
púbicas e outros entes jurisdicionais ao TCU;

b)Perspectiva de Políticas Públicas: ou perspectiva dos entes federativos,


esferas de poder e políticas públicas; trata do desempenho dos programas e
políticas públicas, levando em conta a extensa rede de interações entre
entes públicos e privados para sua realização;

c)Perspectiva de Centro de Governo: ou perspectiva de sociedade e


Estado; trata do direcionamento que o governo é capaz de dar à nação e da
sua legitimação perante as partes interessadas;

TCU - GOVERNANÇA 10
Funções de Gestão

1.Gestão de Pessoas

-Realizar planejamento da gestão de pessoas

-Definir a demanda por colaboradores e gestores

-Assegurar o provimento das vagas

-Desenvolver as competências dos colaboradores e gestores

-Manter ambiente de trabalho positivo para o desempenho

-Gerir o desempenho dos colaboradores e gestores

2.Gestão de Tecnologia e Segurança de Informação

-Planejamento tech

-Gerir serviços tech

-Gerir nível de serviço tech

-Gerir riscos e continuidade de serviços tech


-Definir políticas de responsabilidade para gestão

-Processos e atividades de gestão

-Executar processo de software

3.Gestão de Contratações

-Integridade

-Capacidade

-Planejamento

-Processos de trabalho

-Gerir riscos

-Contratar e gerir com base em desempenho

-Realizar contratações sustentáveis

4.Gestão Orçamentária

-Processo orçamentário da org

-Contemplar prioridades de orçamento

*A Governança de órgãos e entidades da adm pública envolve 3 funções


básicas alinhadas às tarefas sugeridas pela ISO/IEC 2008, que são avaliar,
direcionar e monitorar;

continua...
TCU - GOVERNANÇA 11

Governabilidade

-Refere-se ao poder político em si, que deve ser legítimo e contar com
apoio da população e seus representantes; é a capacidade política de
governar derivada da relação de legitimidade do Estado e seu governo com
a sociedade; há governabilidade na media em que os dirigentes contem com
os necessários apoios políticos para governar e que a capacidade política de
governar decorra do relacionamento do Estado e seu governo com a
sociedade;

-São as condições substantivas/materiais do exercício do poder e


legitimidade do Estado e seu governo, derivadas de sua postura diante da
sociedade civil e mercado;

-Legitimidade está relacionada com governabilidade, visto que se os


governos não forme legítimos não haverá condições necessárias para
governar;

-Também significa que o governo deve tomar decisões amparadas em um


processo que inclua a participação dos diversos setores da sociedade, dos
poderes constituídos, das instituições públicas e privadas e segmentos
representativos da sociedade, para garantia de que as escolhas atendam
efetivamente os anseios da sociedade, e contem com seu apoio na
implementação dos programas e projetos, também na fiscalização dos
serviços;

-A origem da governabilidade são os cidadãos e a cidadania organizada, os


partidos políticos, as associações e demais grupos representativos da
sociedade;

-O desafio da governabilidade é conciliar os muitos interesses de diversos


atores, normalmente interesses divergentes, reuni-los em objetivos comuns
a serem perseguidos por todos; esta é a capacidade de articulação e
intermediação de interesses;

-A governabilidade diz respeito às condições sistêmicas e institucionais as


quais se dá o exercício do poder, tais como as características do sistema
político, a forma de governo, as relações entre os poderes e o sistema de
intermediação de interesses;

ACCOUNTABILITY 13
-É a obrigação de membros de um órgão adm ou representativo de prestar
contas às instâncias controladoras ou aos seus representados; pode-se usar
o termo responsabilização;

-Pode ser traduzido como "Prestar Contas"; significa que quem


desempenha funções de importância na sociedade deve regularmente
explicar o que faz, como faz e por que faz, quanto gasta e o que vai fazer a
seguir; não é a penas prestar contas em termos quantitativos, ,as de auto-
avaliar a obra feita, dar a conhecer o que se conseguiu e justificar aquilo em
que se falhou;

-A obrigação de prestar contas é tanto maior quanto a função pública, ou


seja, quando se trata do desempenho de cargos pagos pelo dinheiro dos
contribuintes;

-É um processo de avaliação e responsabilização permanente dos agentes


públicos, que abrange tanto os eleitos quanto os nomeados e os de carreira,
em razão do múnus público que lhes é delegado pela sociedade;

-É a responsabilização permanente dos gestores públicos em razão dos atos


praticados em decorrência do uso do poder que lhes é outorgado pela
sociedade;

-Accountability se realiza quando qualquer ação, independente da sua


origem, venha a representar alguma forma de sanção, seja ela legal ou
moral, e que reflita em constrangimento ou embaraço efetivo à atividade do
agente público;

-Adm Pública Tradicional APT- concentra-se em assegurar a


Accountability social apenas em relação aos agentes eleitos, e apenas foca
sobre os admnistradores a Accountability institucional, já que espera que
sigam os padrões e estejam em conformidade com regras e procedimentos
estabelecidos;
-Para que a Accountability institucional se realize, precisamos de apdrões
de ação objetivos, fixados por Lei, pelos regulamentos e pelas normas
procedimentais;

-Os administradores são basicamente responsáveis pelo processo de


implementação das políticas e prestam contas por essa implantação perante
líderes políticos; estes últimos, responsáveis pelas decisões políticas e
como elas serão implantadas, prestam contas aos eleitores;

-Nova Gestão Pública NGP - parte do pressuposto que a burocracia


tradicional é ineficiente porque foca nos recursos e não resultados; é
necessário, portanto, focar nos resultados, por isso o modelo de mercado é
superior ao modelo burocrático; há uma reconceituação do cidadão como
consumidor e cliente; deve-se atender as preferências de seus clientes,
expressas nas demandas dos consumidores pelos serviços oferecidos;
ênfase na privatização dos serviços públicos tornando o fornecedor privado
desses serviços o responsável pela sua prestação perante o consumidor
final; há a adoção de uma visão privada na adm pública; neste caso a
Accountability se caracteriza por uma visão tipicamente de mercado;

-Novo Serviço Público NSP- parte da premissa de que o governo não deve
ser conduzido como um negócio, mas sim como uma democracia; então a
adm pública se caracteriza por uma nova postura frente aos seus desafios -
servir ao cidadãos, não aos consumidores, buscar o interesse público, dar
mais valor à cidadania do que ao empreendedorismo, pensar
estrategicamente e agir democraticamente, reconhecer que a Accountability
não é simples, servir ao invés de dirigir, valorizar as pessoas e não somente
a produtividade;
ACCOUNTABILITY 14

-Accountability representa a responsabilidade objetiva de uma pessoa ou


organização responder perante pessoas e organizações;

-Tem duas etapas: a primeira delega responsabilidade para que a segunda


proceda à gestão, gerando a obrigação do gestor em prestar contas,
demonstrando bom uso dos recursos;

Tipos:

-Acc Vertical: caracterizada pela realização de eleições livres e justas,


sendo o voto o meio pelo qual os cidadãos podem premiar ou punir o
mandatário na eleição seguinte;

-Acc Horizontal: caracterizada pela existência de agências estatais de


controle dispostas a supervisionar e até punir ações de outras agências;

-Acc Societal: amplia o conceito da vertical, sendo caracterizada como


forma de atuação da sociedade no controle das autoridades políticas, com
ações de associações de cidadãos e de movimentos com o objetivo de expor
os erros governamentais e ativar o funcionamento das agências horizontais;

Instrumentos de Transparência

-Lei de Responsabilidade Fiscal

-Art.48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será


dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público:
os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; prestações de
contas e o respectivo parecer prévio; relatório resumido de execução
orçamentária e relatório de gestão fiscal; versões simplificadas desses
documentos;

-Art48A. os entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou


jurídica o acesso a informações referentes:
--quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no
decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a
disponibilização mínima dos dados referentes ao número do
correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à
pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento, e quando for o caso, ao
procedimento licitatório realizado;

--quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das


unidades gestoras inclusive referente a recursos extraordinários;

-Art49.As contas apresentadas pelo Chefe do Poder executivo ficarão


disponíveis durante todo o exercício no respectivo Poder Legislativo e no
órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação
pelos cidadãos e instituições da sociedade;

--A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro


Nacional e das agências financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, especificando os
empréstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos dos
orçamentos fiscal e da seguridade social e, no caso das agências
financeiras, avaliação circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades
no exercício;

GOVERNO ELETRÔNICO 1

-Gov Federal inicia implementação de um novo paradigma na gestão


pública com a Estratégia de Governança Digital (EGD), explorando,
potencializando sinergias que promovam eficácia, eficiência, efetividade e
economicidade ao Estado Brasileiro;

-Assim se ampliam as possibilidades de participação social e construção


colaborativa de políticas e iniciativas de governo digital, para que possam
ser oferecidos melhores serviços que respondam à demanda de
transparência e prestação de contas para sociedade;
-EGD simplifica e agiliza a prestação de serviços públicos e melhora os
ambientes de negócios e eficiência da gestão pública; Programa Bem Mais
Simples Brasil (2015);

-Governo Digital refere-se ao uso de tecnologias digitais como parte


integrada das estratégias de modernização governamentais, para gerar
benefícios sociais; ecossistema governamental composto de atores de
governo, empresas, org da soc civil e indivíduos que apoiam a produção e o
acesso a dados, serviços, conteúdos mediante interações com governo;

-EGD foi baseada em documentos de referência internacional, como os


documentos da OECD (2014) que recomendou aos governos desenvolver e
implementar estratégias de governo digital que:

a)assegurem transparência, abertura e inclusão nos processos e operações;

b)incentivem envolvimento e participação de partes interessadas públicas,


privadas e da sociedade civil na elaboração de políticas públicas e no
desenho e implementação de serviços públicos;

c)criem uma cultura orientada a dados no setor público;

d)reflitam uma abordagem de gerenciamento de risco para lidar com


segurança e privacidade digital, adotando medidas eficazes e adequadas
para aumentar confiança nos serviços governamentais;
Histórico:

-Identidade Digital do Governo (IDG): modelo padrão de portal, que


facilita a busca por informações e navegação, além de melhorar a UX com
normas e diretrizes que ampliam a acessibilidade; Barra de Governo que
identifica sítios ".gov" com links de acesso direto aos principais canais
governamentais;

-Portal de Serviços: plataforma centralizada que facilita cidadãos e


empresas a acessarem os serviços federais, como seguro-desemprego,
farmácia popular, financiamento estudantil, dentre outros;

-Novo Portal Brasil: plataforma moderna, interativa e acessível que


agrega conteúdo dos ministérios e secretarias do governo federal, com
notícias diárias e serviços;

-Portal Brasileiro de Dados Abertos: plataforma centralizada para acesso


a dados abertos governamentais;

-Guia de Aplicativos: catálogo de aplicativos para dispositivos móveis por


órgãos do Poder Executivo Federal, no qual o cidadão obtém informações e
conhece os aplicativos que o governo oferece gratuitamente;

-Portal do Servidor: oferece informações e notícias importantes para os


servidores públicos;

-Redes Sociais: perfis nas redes; reformulação do Portal e Blog do


Planalto;

-Participa.br: ambiente de discussão organizado em comunidades


temáticas para que a sociedade debata e colabore com políticas públicas;

-Dialoga Brasil: plataforma de participação digital para o cidadão elaborar


e apoiar propostas para ajudar a melhorar as principais políticas e
programas governamentais;

-TIC Domicílios 2017: Política de Governança Pública, Identificação Civil


Nacional, legislações para diminuir burocracia e simplificação do
atendimento aos usuários; Decreto 9.094 + Conselho Nacional para
Desburocratização/Brasil Eficiente, visando modernizar a adm pública;

-Estratégia Brasileira para Transformação Digital 2018 (E-Digital):


diagnóstico dos desafios a serem enfrentados e visão de futuro para
transformação digital da economia, governo e sociedade; organizada em
dois eixos, sendo Economia Digital + Governo Digital apresentando 100
ações de curto e médio prazo para acelerar a transformação digital;

a)ampliar serviços digitais, alcançar a disponibilização de pelo menos dois


mil diferentes serviços de governo no Portal de Serviços (servicos.gov.br)

b)implementar dispensa de certidões e docs para serviços públicos digitais


que já constem na base de dados do gov;

c)implementar um sistema de autenticação única ao cidadão, agregando os


principais níveis de segurança em uma única ferramenta;

d)consolidar plataformas de Governo Digital do GovFederal;

e)aprimorar uma plataforma digital de participação social, como espaço


privilegiado para o diálogo entre a adm pública federam e a soc civil;

-Gov.br 2019: serviços e sistemas se concentram no portal único, o


gov.br; ele foi instituído pelo Decreto 9.756/2019 e tem como principal
objetivo reunir em um só lugar os serviços para o cidadão e informações
sobre atuação do Governo Federal; foco na simplicidade e nas necessidades
do usuário de serviços públicos; até 2020 os sites do Governo estarão
integrados no gov.br, sendo este a entrada única para páginas institucionais
da adm federal;

-Estratégia de Governo Digital 2020/22: princípios, objetivos e iniciativas


que nortearão a transformação do governo por meio de tecnologias digitais;
baixar custo para o cidadão e facilitar; Decreto 10.332/2020 legitimou e
deu publicidade ao plano estratégico junto a todos os órgãos da adm
pública e à soc;

Governo Eletrônico - Conceitos

a)Dados em Formato Aberto: dados representados em meio digital em


um formato sobre o qual nenhuma organização tenha controle exclusivo,
passíveis de utilização por qualquer pessoa;
b)Governança Digital: utilização pelo setor público de tecnologias da
informação e comunicação com o objetivo de melhorar a informação e
prestação de serviços, incentivando a participação de cidadãos no processo
de tomada de decisão e tornando o governo mais responsável, transparente
e eficas;

c)Segurança da Informação e Comunicação: ações que objetivam


viabilizar e assegurar a disponibilidade, integridade, confidencialidade e
autenticidade de informações;

d)Serviços Públicos Digitais: conjunto de ações do Estado que envolvem


a interação em meios digitais com a sociedade para atendimento direto às
suas necessidades, visando o alcance de direitos ou possibilitando o
cumprimento de um dever; estão associados ao resultado percebido pela
população, o que ela recebe como entrega útil, e abrangem o
relacionamento com o usuário (atual ou futuro), que lhe gera valor ou lhe
resolve um problema, atendendo seus interesses, inclusive o de estar quite
com suas obrigações perante o Estado;

e)Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC): ativo estratégico


que apoia processos de negócios institucionais, mediante a conjugação de
recursos, processos e técnicas utilizados para obter, processas, armazenar e
disseminar informações;

f)Tecnologias Digitais: referem-se Às TIC's, incluindo a internet,


tecnologias e dispositivos móveis, desenvolvimento de serviços e
aplicações, análise de dados, utilizados para melhorar a geração, coleta,
troca, agregação, combinação, análise, acesso, busca e apresentação de
conteúdo digital;

continua...
Princípios para Governança Digital

-valores e assunções fundamentais adotados por uma organização; são as


convicções que orientam e impõem limites À tomada de decisão,
comunicação dentro e fora da org, bem como à sua adm; devem ser
limitados em número, apresentados em linguagem simples e expressar com
máxima clareza os valores fundamentais de uma org,;

a)foco nas necessidades da sociedade: tanto pessoas físicas quanto


jurídicas; estes são os principais insumos para o desenho e a entrega de
serviços públicos digitais;

b)abertura e transparência: ressalvado o disposto em legislação


específica, dados e informações são ativos públicos que devem estar
disponíveis para sociedade, de modo a dar transparência e publicidade à
aplicação dos recursos públicos nos programas e serviços, gerando
benefícios sociais e econômicos;

c)compartilhamento da capacidade de serviço: órgãos e entidades


deverão compartilhar infraestrutura, sistemas, serviços e dados, de forma a
evitar duplicação de esforços, eliminar desperdícios e custos e reduzir a
fragmentação da informação em silos;

d)simplicidade: reduzir a complexidade, a fragmentação e a duplicação


das informações e serviços públicos digitais, otimizando processos de
negócio, com foco na eficiência da prestação de serviços à sociedade;

e)priorização de serviços públicos digitais: sempre que possível, os


serviços públicos serão oferecidos em meios digitais, sendo
disponibilizados para o maior número possível de dispositivos e
plataformas;

f)segurança e privacidade: os serviços púbicos digitais devem propiciar


disponibilidade, integridade, confidencialidade, autenticidade dos dados e
informações, além de proteger o sigilo e a privacidade pessoais dos
cidadãos na forma da legislação;

g)participação e controle social: possibilitar a colaboração dos cidadãos


em todas as fases do ciclo das políticas públicas e na criação e melhoria dos
serviços; órgãos e entidades públicas devem ser transparentes e dar
publicidade à aplicação dos recursos nos programas e serviços do Gov
Federal, fornecendo informações de forma tempestiva, confiável e acurada
para que o cidadão possa supervisionar a atuação do governo;

GOVERNO ELETRÔNICO 2

Padrões Web do Governo Eletrônico - E-PWG

-Recomendações de boas práticas na área digital, com o objetivo de


aprimorar a comunicação, fornecimento de informações e serviços
prestados por meios eletrônicos;

-Garantia do nível de qualidade; mensuração de resultados; requisitos para


correta contratação de equipe responsável por desenvolver o sítio;
diminuição de tempo e custo de desenvolvimento e manutenção;
padronização de ambientes acelera adaptação e migração para techs
modernas, aumentando a comunicação com a soc;

Redação Web do Governo

-Persuasão, Objetividade, Relevância, Credibilidade, Abrangência

Decreto 10.332, Abril de 2020

-Institui a Estratégia de governo Digital para o período 2020/22, no âmbito


dos órgãos e das entidades da adm pública federal direta, autárquica e
fundacional e dá outras providências:

-Art4: A Estratégia de Governo Digital observará as disposições da


Estratégia Brasileira para Transformação Digital (E-Digital), instituída pelo
Decreto 9.319 de 2018;
Legislações

-Decreto de 2000: cria no âmbito do Conselho de Governo, o Comitê


Executivo do Governo Eletrônico e dá outras providências;

-Decreto de 2003: institui Comitês Técnicos do Comitê Executivo do


Governo Eletrônico e dá outras providências;

-Decreto 6.932 de 2009: simplificação de atendimento público; institui a


Carta de Serviços ao Cidadão e outras providências;

-Decreto 8.638 de 2016: institui a Política de Governança Digital no


âmbito dos órgãos e entidades da adm pública federal, autárquica e
fundacional;

-Decreto 9.094 de 2017: Dispõe sobre a simplificação do atendimento


prestado aos usuários dos serviços públicos, ratifica a dispensa do
reconhecimento de firma e da autenticação em documentos produzidos no
País e institui a Carta de Serviços ao usuário; simplificação do atendimento
prestado aos usuários; CPF suficiente e substitutivo para apresentação de
dados do cidadão no exercício de obrigações e direitos e na obtenção de
benefícios;

-Decreto 9.854 de 2018: altera o Decreto 8.638 de 2016 para instituir a


Rede Nacional de Governo Digital;

-Decreto 10.718 de 2019: regulamenta a Lei 13.874 de 2019 para dispor


sobre os critérios e os procedimentos para classificação de risco de
atividade econômica e para fixar prazo para aprovação tácita e altera o
Decreto 9.094 de 2017 para incluir elementos na Carta de Serviços ao
usuário;

-Decreto 10.332 de 2020: Institui a Estratégia de Governo Digital para o


período de 2020/22, etc.;

-Decreto 10.996 de 2022: altera o 10.332 de 2020 (Estratégia de Governo


Digital), no âmbito dos órgãos e das entidades da adm pública federal
direta, autárquica e fundacional;
Decreto 10.332 de 2020

-Art.1: fica instituída a Estratégia de Governo Digital para o período


2020/22, na forma do anexo, na adm pública federa direta, autárquica e
fundacional;

-Art.2: órgãos e entidades instituirão Comitê de Governança Digital;


deliberar sobre assuntos de implementação das ações de governo digital e
uso de recursos de TI e comunicação;

-Comitê de Governança Digital será composto:

a)por um representante da Secretaria-Executiva ou unidade equivalente,


que o presidirá;

b)por um representante de cada unidade finalística;

c)pelo titular da unidade de TI e comunicação;

d)pelo encarregado do tratamento de dados pessoais;

-Os membros do Comitê serão ocupantes de cargo em comissão de nível


equivalente ou superior ao nível 5 do Grupo-Direção e Assessoramento
Superiores;

-Os representantes serão indicados e designados em ato da autoridade


máxima do órgão ou da entidade;

-A participação no Comitê de Governança Digital será considerada


prestação de serviço público relevante, não remunerada;

-O Presidente do Comitê poderá convidar representantes de outros


órgãos e entidades para participar de suas reuniões, sem direito a voto;

continua...
-Art.3: Para consecução dos objetivos estabelecidos na Estratégia de
Governo Digital, os órgãos e as entidades irão elaborar os seguintes
instrumentos de planejamento:

1.Plano de Transformação Digital, que conterá, no mínimo, as ações de:

a)transformação digital de serviços;

b)unificação de canais digitais

c)interoperabilidade de sistemas

d)segurança e privacidade

2.Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação;

3.Plano de Dados Abertos;

--Os instrumentos de planejamento serão:

a)elaborados pela unidade competente dos órgãos e das entidades;

b)aprovados pelo respectivo Comitê de Gov Digital;

--Os órgãos e as entidades poderão elaborar conjuntamente seus Planos


de Transformação Digital, estruturados de acordo com a área temática ou
com a função de governo;

--O Plano de Transformação Digital incluirá sua estratégia de


monitoramento, que será pactuada com a Secretaria Especial de
Modernização do Estado da Scecretaria-Geral da Presidência da República;

-Art.4: A Estratégia de Governo Digital observará as disposições da


Estratégia Brasileira para Transformação Digital (E-Digital) 2018;
1.As soluções tech e de comunicação desenvolvidas ou adquiridas pelos
órgãos e pelas entidades observarão as disposições da Estratégia de
Governo Digital;

2.O detalhamento do estágio de implementação da Estratégia de


Governo Digital será disponibilizado no endereço eletrônico
www.gov.br/governodigital;

Art.5: Compete à Secretaria Especial de Modernização do Estado da Sec-


Geral da Presidência da República:

1.coordenar e monitorar a execução da Estratégia de Governo Digital;

2.coordenar a avaliação da Estratégia de Governo Digital;

3.monitorar a execução dos Planos de Transformação Digital dos órgãos e


das entidades;

Par.Unico: o Secretário Especial de Modernização do Estado da


Secretaria-Geral da Presidência da República editará as normas
complementares necessárias à execução das competências previstas no
caput;

Art.6: Compete à Secretaria de Governo Digital da Secretaria Especial de


Desburocratização, Gestão e Gov.Digital do Ministério da Economia:

1.aprovar os Planos de Transformação Digital dos órgãos e entidades;

2.coordenar as iniciativas de transformação digital dos órgãos e entidades;

3.coordenar a Rede Nacional de Governo Digital - Rede Gov.br e elaborar


as diretrizes para adesão voluntária dos interessados;

4.ofertar as tecnologias e os serviços compartilhados para a transformação


digital;

5.definir as normas e os padrões técnicos a serem observados pelos órgãos


e pelas entidades;
6.selecionar e alocar a força de trabalho adicional necessária para execução
da Estratégia de Gov.Digital;

7.desenvolver as capacidades requeridas para equipes de transformação


digital, em conjunto com a Escola Nacional de Adm Pública;

Par.Unico: Rede Nacional de Governo Digital - Gov.br, de natureza


colaborativa e adesão voluntária, no âmbito da União, Estados, DF e
Municípios, com a finalidade de promover o intercâmbio de informações e
articulação de medidas conjuntas relacionadas à expansão da Estratégia de
Gov.Digital;

Objetivos do Decreto 10.332 de 2020

1.Oferta de serviços públicos digitais

-transformar 100% dos serviços públicos digitalizáveis até 2022;

-simplificar e agilizar a abertura, alteração e extinção de empresas no BR,


de forma que os procedimentos possam ser realizados em um dia, até 2022;

2.Avaliação de satisfação nos serviços digitais

-oferecer meio de avaliação de satisfação padronizado para, no mínimo,


50% dos serviços públicos digitais;

-aprimorar a satisfação dos usuários dos serviços públicos e obter nível


médio de, no mínimo, 4,5 em escala 5 até 2022;

-aprimorar a percepção de utilizada das informações dos serviços no portal


único Gov.br e atingir, no mínimo, 75% de avaliações positivas até 2022;

3.Canais e serviços digitais simples e intuitivos

-estabelecer padrão mínimo de qualidade para serviços públicos digitais até


2020;
-realizar no mínimo 100 pesquisas de experiência com usuários reais dos
serviços públicos até 2022;

4.Acesso digital único aos serviços públicos

-consolidar622 domínios do Poder Executivo Federal no portal único


Gov.br até 2022;

-integrar todos os Estados ao Gov.br até 2022;

-consolidar a oferta dos aplicativos móveis na conta única do Governo


Federal nas lojas, até 2020;

-ampliar a utilização do Login Único de acesso ao Gov.br para 1000


serviços públicos digitais até 2022;

5.Plataformas e ferramentas compartilhadas

-Iniciativa 5.1 - implementar meios de pagamento digitais para no mínimo


30% dos serviços públicos digitais que envolvam cobrança;

-5.2 - disponibilizar caixa postal do cidadão que contemplará os requisitos


do domicílio eletrônico;

6.Serviços públicos integrados

-interoperar os sistemas do Gov Federal, de forma que, no mínimo, 600


serviços públicos disponham de preenchimento automático de informações
relativas ao Cadastro Base do Cidadão, ao Cadastro Nacional de Pessoa
Jurídica e ao Cadastro de Endereçamento Postal;

-ampliar para 20 a quantidade de atributos no cadastro base do cidadão;

-estabelecer barramento de interoperabilidade dos sistemas do Gov


Federal,, garantindo que pessoas, org e sistemas computacionais
compartilhem os dados;
7.Políticas públicas baseadas em dados e evidências

-produzir 40 novos painéis gerenciais de avaliação e monitoramento de


políticas públicas;

-catalogar as 300 principais bases de dados do Gov Federal;

-disponibilizar o mapa de empresas no BR;

8.Serviços públicos do futuro e tecnologias emergentes

-desenvolver no mínimo 6 projetos de pesquisa, desenvolvimento e


inovação com parceiros do Gov Federal, inst de ensino superior, setor
privado e terceiro setor;

-implementar recursos de IA no mínimo em 12 serviços públicos federais;

-disponibilizar pelo menos 9 conjunto de dados por meio de soluções


blockchain da adm federal;

-implantar laboratório de experimentação de dados com tecnologias


emergentes

9.Serviços preditivos e personalizados ao cidadão

-implantar mecanismo de personalização da oferta de serviços públicos


digitais, baseados no perfil do usuário;

-ampliar a notificação ao cidadão em no mínimo 25% dos serviços digitais;

10.Implementação da Lei Geral de Proteção de Dados no âmbito do


Gov Federal

-estabelecer método de adequação e conformidade dos órgãos com


requisitos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD);

-estabelecer plataforma de gestão da privacidade e uso de dados pessoais


do cidadão;
11.Garantia da segurança das plataformas de Governo Digital e de
missão crítica

-grantir no mínimo 99% de disponibilidade das plataformas compartilhadas


de Gov Digital;

-implementar controles de segurança da informação e privacidade em 30


sistemas críticos do Gov Federal;

-definir padrão mínimo de segurança cibernética a ser aplicado nos canais e


nos serviços digitais;

12.Identidade Digital ao cidadão

-prover milhões de validações biométricas mensais para serviços públicos


federais;

-disponibilizar identidade digital ao cidadão, com expectativa de emissão


de 40 milhões;

-criar condições para expansão e para redução dos custos dos certificados
digitais para que custem no máximo R$ 50,00 por usuário anualmente;

-disponibilizar novos mecanismos de assinatura digital;

-incentivar o uso de assinaturas digitais com alto nível de segurança

-estabelecer critérios para adoção de certificado de atributos para


simplificação de processos de qualificação de indivíduo ou entidade

-promover a divulgação ampla de sistemas e aplicações para uso e


verificação das políticas de assinatura com códigos abertos e interoperáveis

13.Reformulação dos canais de transparência e dados abertos

-integrar portais de transparência de dados abertos e ouvidoria ao portal


único do gov.br;

-ampliar a quantidade de bases de dados abertos, de forma a atingir 0,68


pontos no critério disponibilidade de dados do índice organizado pela Org
para Coop e Des Economico;
-melhorar a qualidade das bases de dados abertos. atingir 0,69;

14.Participação do cidadão na elaboração de políticas públicas

-aprimorar os meios de participação social e disponibilizar a nova


plataforma de participação;

15.Governo como Plataforma para novos negócios

-disponibilizar no mínimo 20 novos serviços interoperáveis que interessem


às empresas e org;

-criar dinâmica de integração entre os agentes públicos de transformação


digital e ecossistema de inovação GovTech;

-ampliar em 20% a quantidade de competições de inovação abertas para


identificação ou desenvolvimento de soluções de base tecnológica para o
Gov Federal;

-sistematizar e disseminar conhecimentos sobre compras públicas de


inovação;

-incorporar a temática de GovTechs em no mínimo 2 programas de


empreendedorismo inovador ou de transformação digital;

-realizar no mínimo 2 eventos sobre GovTechs na adm pública federal,


com foco no marco legal das start-ups;

16.Otimização das Infraestruturas de Tecnologia da Informação

-realizar no mínimo seis comprar centralizadas de bens e serviços comuns


de tecnologia e comunicação

-ampliar o compartilhamento de soluções de software estruturantes,


totalizando um novo software por ano;

-disponibilizar o Portal Nacional de Contratações Públicas;

-migração de serviços de pelo menos 30 órgãos para nuvem;


-negociar acordos corporativos com os maiores fornecedores de tecnologia
da informação e comunicação do governo, de forma a resultar na redução
de no mínimo 20% dos preços de lista;

17.O Digital como fonte de Recursos para Políticas Públicas Essenciais

-aprimorar a metodologia de medição da economia de recursos com a


transformação digital;

-disponibilizar painel com o total de economia de recursos auferida com a


transformação digital;

18.Equipes de governo com competências digitais

-capacitar 10 mil profissionais das equipes do Gov Federal em áreas do


conhecimento essenciais para a transformação digital;

-difundir os princípios da transformação digital por meio de eventos e


ações de comunicação de forma a atingir 50 mil pessoas;

-promover ações com vistas ao recrutamento e à seleção de força de


trabalho dedicada à transformação digital e TI na adm federal;

----

TEÓRICOS DA QUALIDADE 1

-Walter Shewhart

-introdução da estatística aos processos de garantia de qualidade; cartas de


controle que aplicavam métodos de prevenção para garantir a qualidade do
produto durante o processo de produção, impedindo a produção de
produtos defeituosos;
-PDCA (Plan, Do, Check, Act), ferramenta de melhoria contínua;
concretiza padronização de ações e resolução de problemas, gerando
constantes melhorias de gestão;

-CEP (Controle Estatístico de Processos), monitora os processos


envolvidos antes que uma saída se torne defeituosa, tornando possível
eliminar as causas raízes e reduzindo o número de reincidências;

-Qualidade é um processo completo, que não ocorrer apenas na hora de


monitorar as saídas; ele provou que era possível analisar a produção como
um todo, visando corrigir os problemas durante os processos e não somente
descartando produtos defeituosos ao final do ciclo;

-Criou um método preciso para determinar as causas das não


conformidades, utilizando fórmulas concretas para demonstrar isso por
meio da estatística e dos números;

Williiam Edwards Deming

-fazer o possível para que pessoas trabalhem com alegria (!)

-constância de propósito para aprimoramento contínuo dos produtos e


serviços;

-nova filosofia face à nova realidade econômica

-cessa a dependência da inspeção em massa para atingir qualidade; ter


evidências estatísticas de que a qualidade está sendo construída na
organização;

-eliminar a prática de fechamento de negócios na base do preço; romper


com fornecedores que não tratam a qualidade através de evidências
estatísticas;

-aprimoramento contínuo do sistema é tarefa da gerência; encontrar e


solucionar problemas;

-instituir métodos modernos de treinamento no local de trabalho

-instituir métodos modernos de supervisão, liderança, focando na ajuda às


pessoas, a fim de realizarem um trabalho bem feito
-encorajar comunicação sincera entre chefia e empregados;

-derrubar barreiras entre departamentos

-eliminar slogans e posters que conclamem ao aumento da produtividade


sem explicitar métodos;

-eliminar padrões de trabalho que exijam cotas numéricas arbitrárias;

-permitir orgulho pelo trabalho ao horista e remover qualquer barreira neste


sentido;

-instituir vigoroso programa de educação e encorajar o auto-aprimoramento

-comprometimento da Alta Direção criando condições que permitam a


promoção dos pontos todos os dias;

TEÓRICOS DA QUALIDADE 2

Philip Crosby

1.Gerentes comprometidos com aprimoramento da Qualidade pois


incrementa os lucros;

2.Equipes para aprimoramento de Qualidade com chefes que orientem;

3.Avaliação de resultados averiguando o processo;

4.Avaliação de custos do processo de Qualidade

5.Garantia de Qualidade, comunicando e divulgando as notícias referentes


aos custos entre supervisores e empregados

6.Ação corretiva promovendo reuniões para encontrar e solucionar


problemas;

7.Estabelecer comitês para zero-defeitos; investigação e implementação;


8.Treinamento de supervisores para que todos gerentes entendam cada
etapa do programa a ponto de explicar aos outros;

9.Implementar o dia Zero-Defeitos no qual todos se comprometem com a


Qualidade;

10.Estabelecer metas

11.Empregados consultados sobre as causas reais dos problemas;

12.Recompensar os que atingiram as metas propostas

13.Comitê de Qualidade formado por profissionais de diferentes áreas;

14.Etapa final: repetir tudo

-As etapas de Crosby não precisam ser trabalhadas ao mesmo tempo, nem
seguidas na ordem, mas todas devem ser cumpridas ants de começar novo
ciclo;

-Na proposta de Crosby os colaboradores devem ser orientados a fazer suas


atividades corretamente desde a primeira vez, buscando o zero defeito;

Armand Feigenbaund

-Sistema eficiente para integrar desenvolvimento, manutenção e


aprimoramento da Qualidade através de vários grupos que formam a org, a
fim de atingir e satisfazer as necessidades do consumidor, da maneira mais
econômica possível;

1.Estabelecer padrão de Qualidade

2.Avaliar conformidade com padrão estabelecido

3.Agir corretivamente quando o padrão não for atingido

4.Planejar a fim de aprimorar o padrão


-O cliente externo tem a palavra final, e os fatores que afetam a Qualidade
podem ser divididos em categorias:

1.Tecnológicos: máquinas, materiais, insumos e processos

2.Humanos:tempo e pessoal (considerados como os elementos mais


importantes)

3.Gerência deve perseguir Qualidade como objetivo primevo;

4.Ações necessárias para atingir objetivos devem ser implementadas por


toda empresa;

5.Motivação, avaliação dos resultados, comprometimento com Qualidade


mantidos em alto nível

Joseph Juran

-Adotar princípios de Qualidade japoneses

1.Programa anual visando aprimoramento da Qualidade dos produtos,


permitindo resultados rápidos; senso de responsabilidade para participação
ativa, desenvolvendo habilidades e hábito de aprimoramento;

2.Programa de treinamento para qualidade; ciência da qualidade inclui


métodos, ferramentas e técnicas

3.Alto nível de movitação, medição e avaliação de resultados;


compromisso com qualidade todo o tempo;

-Evitar programas como Zero-Defeito;

-Gastar tempo para o entendimento de todos a respeito do compromisso


com qualidade em todos os níveis da organização;
-Trilogia de Juran:

1.Controle de Qualidade;

2.Aprimoramento da Qualidade;

3.Planejamento da Qualidade

Kaoru Ishikawa

-QC Research Group JUSE

-Criou sistema COmpany Wide Quality Control -CWQC

-Passou a ser denominado TQT, Total Quality Control

1.Envolvimento de todos os departamentos na qualidade;

2.Aprimoramento contínuo

3.Participação de todos empregados em todos níveis

4.Atenção às definições de qualidade do cliente

-Aplicação das 7 ferramentas de qualidade:

1.Diagrama de Pareto

2.Diagrama de Causa e Efeito

3.Histograma

4.Folhas de verificação

5.Gráficos de dispersão

6.Fluxograma

7.Cartas de Controle
Genichi Taguchi

-Estatística aplicada à qualidade

-Robust Design

-Ciclo de produção desde o Design até a transformação em produto


acabado;

-Qualidade é a perda imposta à atividade a partir do momento em que o


produto é expedido

-Esta perda inclui o custo da insatisfação dos clientes, que por sua vez
conduzem a custos de reputação da empresa; o cliente é a parte mais
importante do fluxo do processo; produtos e serviços de qualidade vão
garantir o retorno dos clientes, melhorando a reputação e aumentando a
cota de mercado;

-A chave para reduzir as perdas não está na conformidade com as


especificações, mas a redução da variância em relação aos objetivos
fixados;

-A qualidade e o custo de um produto são determinados em grande medida


pelo seu Design e pelo seu processo de fabricação;

-Quatro pontos principais de Taguchi:

1.Em um mercado competitivo a melhoria contínua de qualidade e a


redução de custos são necessárias para sobrevivência das empresas;

2.Uma medida importante de qualidade de um determinado artigo


produzido é o custo total que esse artigo infringe à sociedade;

3.A perda de um consumidor devido à má qualidade é aproximadamente


igual ao quadrado do desvio da sua característica de performances em
relação ao seu objetivo ou valor nominal

4.Qualquer pequeno desvio do valor objetivo conduz a uma má qualidade;


Pontos comuns aos teóricos acima citados:

-comunicação inter áreas na fase do projeto de produtos, serviços e


processos;

-qualidade é algo dinâmico com aprimoramento contínuo

-é vital o envolvimento de fornecedores nos esforços em prol da qualidade

-a solução da maioria dos problemas relacionados à qualidade é de


responsabilidade gerencial

-os gerentes devem ser agentes da mudança

-educação e treinamento são processos contínuos em todos os níveis da


empresa, liderados pela Alta Direção

Shewhart - cartas de controle e controle estatístico da qualidade

Juran - trilogia da qualidade (planejamento, controle e aprimoramento)

Deming - fazer certo na primeira vez

Ishikawa - círculos de qualidade

Feigenbaum - sistema e garantia de qualidade

ERAS DA QUALIDADE 1, 2 e 3

Era da Inspeção/Foco no Produto

-Frederick Taylor: The Control of Quality in Manufacturing; função do


inspetor de qualidade; início do século XX;

-Separação do planejamento e da produção;


-Operários e supervisores não estavam preparados para colaborar no
planejamento;

-Planejamento fica com engenheiros e gerentes;

-Supervisores e operários executam tarefas;

-Era raro um departamento de qualidade

-Sistema de Taylor aumentou a produtividade e passou a ser referencial de


produção para empresas norte-americanas e mundiais; ênfase no produto
gerou problemas ao longo do tempo por desconsiderar outras fases
produtivas;

-1922 incorpora a figura do inspetor em tempo integral; atividade


incorporada ao Controle de Qualidade sendo a primeira vez que a qualidade
era vista como responsabilidade gerencial e independente;

-A atividade dos inspetores era a de identificação e quantificação dos


produtos defeituosos, que resultava em medidas punitivas; fabricantes
removiam peças defeituosas sem que houvesse estudo prévio sobre as
causas;

-Objetivo era obter qualidade igual e uniforme nos produtos, dando ênfase
à conformidade;

Criação dos Departamentos de Qualidade gerou dois problemas:

-Alta Direção das empresas concluiu que qualidade era responsabilidade


exclusiva do departamento de qualidade;

-Alta Direção se distanciou da função qualidade, delegando aos gerentes,


ficando cada vez menos informada sobre o assunto; em situações de crise
não tinham conhecimentos necessários, com presteza e confiabilidade, para
adotar ações adequadas; nunca eram removidas as causas reais dos
problemas, com soluções momentâneas por seu baixo nível de aprendizado
adquirido;
Era do Controle Estatístico/Foco no Processo

-Modelo de inspeção total em massa torna-se caro e ineficaz;

-Shewhart aplica conhecimentos estatísticos e desenvolve poderosa técnica


com finalidade de solucionar problemas de controle de qualidade da Bell
Telephone Laboratories;

-Cria o Gráfico de Controle de Processo, até hoje utilizado na indústria;


método preciso e mensurável para definição do controle do processo,
estabelecendo princípios para monitorar e avaliar a produção;

-Reconheceu a variabilidade, segundo nível de complexidade, como


inerente aos processos industriais e utilizou técnicas estatísticas para
controle de processos;

-Estio de gestão corretiva: identificar as causas reais e agir sobre elas;

-Matéria prima, operador e equipamento são algumas das fontes de


variabilidade (causas) que podem apresentar variações no desempenho e
característica, portanto, afetar o produto (efeito); conhecimento destas
variações permite que a partir da sua quantificação e do estabelecimento de
limites estatísticos seja possível manter o processo sob estado de controle;
através dos gráficos de controle de processo é possível identificar,
minimizar e algumas vezes remover as causas especiais de variação;

-2 Guerra exigiu novas técnicas para combater ineficiência;

-Programas de capacitação foram oferecidos nos EUA e Europa tanto no


controle de processo quanto nas técnicas de amostragem estatística com
objetivo de controlar a qualidade; ênfase no controle de variabilidade;

-Formação de associações em prol da qualidade; jornal especializado em


qualidade; ASQC (American Society Quality Control)

continua...
Era da Garantia de Qualidade/Foco no Sistema

-2 Guerra: produtos destinados a uso militar tiveram prioridade;

-Diminuição da produção de bens de consumo;

-No fim da guerra os bens para população civil erma escassos; empresas
focaram nos prazos de entrega para garantir fatia de mercado e a qualidade
dos produtos deteriorou; a falta de produtos atraiu novos competidores que
por inexperiência ofereciam produtos e serviços de qualidade ruim;

-Aumentou o fornecimento de produtos e serviços tecnológicos com


requisitos exigentes; este fato mais o aumento de tensão gerado pelo
crescimento da concorrência provocaram revisões dos conceitos adotados e
grande reviravolta adm e econômica nos meios empresariais;

-Publicaram-se trabalhos acerca da Qualidade;

4 principais movimentos desta Era:

-Quantificação dos custos da Qualidade: abordados pela primeira vez por


Juran na primeira edição do livro Quality Control Handbook 1951 que
buscava sinalizar aos gerentes o impacto das ações de qualidade sobre
custos, especialmente os incorridos devido às falhas internas e externas nos
produtos; ações de qualidade voltadas para prevenção provocaram a
redução dos custos totais, sendo uma mina de ouro;

-custos totais de uma empresa compreendem todos os esforços e recursos


que são investidos para fornecimento de produtos e serviços aos clientes;
custos de produção compreendem gastos com materiais diretamente
consumidos, com mão-de-obra direta, equipamentos e tecnologias; custos
de fabricação são a soma dos custos de produção e custos indiretos de
produção (gastos com engenharia, projeto, pesquisa, controle, manutenção
de insumos, salários e gastos adm); custos de comercialização são os de
marketing, vendas e distribuição; custos totais englobam todos os
anteriores mais impostos, aluguéis, energia, etc; neste último figura o custo
total de qualidade, associados à produção, identificação, prevenção e
correção de produtos e serviços que não atendam requisitos, classificados
em:

-custos de prevenção: são aqueles incorridos no esforço de fazer certo na


primeira vez, evitar a ocorrência de defeitos; atividades de planejamento,
engenharia, desenvolvimento, projeto, planejamento, controle de processos,
treinamento, aquisição e análise de dados de qualidade, controle de
qualidade, calibração e manutenção de equipamentos, seleção de
fornecedores, manutenção preventiva dos equipamentos;

-custos de avaliação: associados às atividades de medir e avaliar as


características da qualidade de produtos e serviços, componentes e
materiais utilizados par aassegurar conformidade com especificações;
custos de mao-de-obra e equipamentos de teste, de inspeção e ensaio, de
matérias primas, produtos em processamento e produto final;

-custos de falhas internas: surgem quando produtos, componentes,


materiais ou serviços não atendem aos requisitos de qualidade e falahas são
descobertas antes da entrega do produto ao cliente; perda de mao-de-obra e
materiais devido a produtos refugados, custo de recuperações e retrabalho,
análise de falhas, atraso na linha de produção, reensaio, rebaixamento de
preço; excesso de produção, máquinas e materiais alocados previamente
para compensar perda interna futuramente esperada;

-custos de falhas externas: ocorrem quando o produto entregue ou serviço


prestado não apresenta qualidade esperada; custos de devolução e
substituição dos lotes vendidos, custos de adm de reclamações, assistencia
técnica e garantia, processos de responsabilidade civil, etc.; perda de
reputação no mercado, vendas futuras e participação no mercado;

-Controle total da Qualidade: TQC (Total Quality Control) introduzido


por Feigenbaum; a qualidade dos produtos e serviços é um trabalho de
todos; o controle inicia na elaboração de projeto e termina quando o
produto está nas mãos do consumidor satisfeito; procura-se atuar sobre
todas as causas potenciais da não-conformidade; ações são conduzidas
sobre todo o sistema, o terceiro nível de complexidade; visão sistêmica
cujo objetivo é promover um controle preventivo do início do projeto à
entrega;

-a alta qualidade de produtos é difícil de ser alcançada se o trabalho for


feito de maneira isolada; é necessário envolver mais de uma área da
empresa, desde o projeto ao produto; deu origem à ISO 9000;

-Técnicas de confiabilidade:

-Indústrias aeroespacial, eletrônica e militar foram propulsoras;

-Análise de efeito e modo de falha (FMEA), revisão sistemática dos modos


pelos quais um componente de um sistema pode falhar;

-Análise individual de cada componente, verificação da probabilidade de


falhas dos componentes-chave de um sistema;

-Redundância, utilização de componentes em paralelo no sistema, afim de


garantir seu funcionamento mesmo que um deles falhe;

-Pesquisas de impacto do clima organizacional no processo de qualidade


total;

-criação do Engenheiro de Qualidade

Era da Gestão da Qualidade Total (TQM)/Foco no Negócio

-Recuperação do mercado americano em meio à invasão de produtos


japoneses de alta qualidade no fina dos 70;

-É uma evolução natural de 3 eras que a precederam e está em curso até


hoje; engloba Garantia de Qualidade, Controle Estatístico da Qualidade e
Inspeção, porém seu enfoque valoriza prioritariamente os clientes e a sua
satisfação como fator de preservação e ampliação da participação no
mercado;
-Gestão da Qualidade Total envolve aplicação progressiva em todos os
aspectos do negócio; aplicada em tudo na empresa;

-Alta Direção reconhece o impacto da qualidade no sucesso competitivo da


empresa;

-Estratégias empresariais partem da definição do ponto de vista do cliente;


cliente está amparado por mecanismos legais e por cláusulas contratuais;
identificar as necessidades do cliente é fato decisivo;

-A definição de estratégias cabe à Alta Gerência e é orientada pela


satisfação do cliente;

-Adm busca meios de quantificação não apenas das características do


produto para garantir atendimento às especificações, mas também para
permitir a compreensão e o monitoramento das complexas atividades
gerenciais impostas na atualidade; adota-se o TQM;

-A autoavaliação utilizando critérios de qualidade PNQ (Premio Nacional


de Qualidade) passou a ser um meio eficaz para ajudar empresas a
identificarem pontos fortes e fracos; sistemas de gestão adequam-se aos
requisitos de gestão que são: liderança da Alta Direção, visão sistêmica,
aprimoramento contínuo, abordagem preditiva nas ações adm,
desenvolvimento de pessoas participantes no processo produtivo, foco no
cliente, conhecimento do processo, sistema de informações confiável;

-Para alcançar resultados: criar meios para medir resultados; implantar


sistema de reconhecimento e recompensas para motivar e buscar o
comprometimento dos profissionais, rever metas de qualidade e compará-
las com a concorrência, treinar gerentes nos princípios de qualidade,
acompanhamento de parâmetros como satisfação dos consumidores;

continua...
ERAS DA QUALIDADE 4

Evolução da qualidade no Japão

-Até meados do século XX produtos japoneses eram ruins e o método de


qualidade era o de inspeção;

-Hoje um produto japonês é visto como bom;

-Japão ganhou a guerra econômica de forma notável e muitso copiam seu


modelo;

-Criação da Japanese Union of Scientists an Engineers (JUSE);

-Padronização ampla de produtos que é boa para a análise de qualidade,


melhoria contínua;

-Ampla comunicação e educação pública;

-Liderança e direção centralizadas

-Envolvimento e comprometimento da Alta Direção empresarial no critério


de qualidade, não apenas na produção;

-Elevar a qualidade à condição de tópico de importância nacional;

-Participação dos funcionários em todos os níveis da empresa na qualidade;

-Foco no cliente com uma cuidadosa atenção à sua definição de qualidade;

-Aprimoramento contínuo (KAIZEN, filosofia de melhoria contínnua)


como parte do trabalho diário de todos os funcionários;

Evolução da qualidade no Brasil

-Já havia estudos de qualidade e excelência na adm pública nos 80 e 90;

-Como gerencialismo criou-se a Fundação Nacional da Qualidade; criação


do Gespública;

-1876 - INPM Inst Nacional de Pesos e Medidas


-1922 - INT Inst Nacional de Tecnologia

-1930 - IPT Inst de Pesquisas Tenológicas

-1940 - ABNT

-1973 - INMETRO

-1974 - Fundação Cristiano Ottoni; ABCQ Ass Brasileira para Controle de


Qualidade;

-1978 - IBQN INst Brasileiro de Qualidade Nuclear

-1989 - Emitido o primeiro certificado ISO 9000. criada a marca


Conformidade do INMETRO;

-1990 - Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade PBQP, Código


de Defesa do Consumidor; NBR 19000;

-1991 - Fundação para O Premio de Qualidade

Prêmio Qualidade do Gov Federal

-Ligado à Fundação Nacional de Qualidade

-MEG - Modelo de Excelência em Gestão é citado no edital

-MEG não é prescritivo em relação a ferramentas, estrutura ou forma de


gerir o negócio; os fundamentos deste modelo podem ser expressos em
características tangíveis, mensuráveis quantitativa e qualitativamente por
meio de ações gerenciais propostas na forma de questões e de solicitações
de resultados;

-MEG usa o ciclo PDCL (Plan, Do, Check, Learning)

-instituído em 1998, administrado pela Secretaria de Gestão do Min do


Planejamento, Orçamento e Gestão;

-prêmio setorial (setor público) de âmbito nacional;

-reconhece o esforços das organizações públicas em busca da excelência e


concede placas de reconhecimento, bronze, prata e ouro; os excelentes
acima da faixa ouro recebem trofeu PQGF; tem conselho composto por
representantes da sociedade civil, jornalistas, empresários e presidentes de
indústrias que validam o processo e decisões da banca de juízes e dão
legitimidade, transparência e isenção a todo o processo, garantindo
credibilidade;

-MEGP - Modelo de Excelência em Gestão Pública

-MEG - Modelo de Excelência em Gestão

-Quando se estuda o MEG vale tanto para setor público quanto privado;

-Quando se estuda o MEGP ele é voltado para o setor público somente;

-MEGP não tem mais vigência tendo sido revogado com a Gespública, mas
o MEG é o modelo abordado em prova;

ERAS DA QUALIDADE 5

Prêmio Qualidade do Gov Federal

-As 7 partes do MEGP foram transformados em Critérios de Avaliação da


Gestão Pública, incorporando referenciais de excelência a partir dos quais a
adm pública pode implementar ciclos contínuos de avaliação e melhorias;

-4 blocos do MEGP, Modelo de Excelência em Gestão Pública

continua...
-Primeiro bloco: Liderança, Estratégia e Planos, Cidadãos e Sociedade,
formam o bloco geral do planejamento;

-Segundo bloco: Pessoas e Processos, representa a execução do


planejamento; neste espaço se concretiza a ação que transforma objetivos e
metas em resultados;

-Terceiro bloco: representa o Controle, pois serve para acompanhar o


atendimento à satisfação dos destinatários, orçamento, finanças, gestão de
pessoas e fornecedores, parcerias, desempenho dos serviços/produtos;

-Quarto bloco: Informação, representa a inteligência da organização; são


processados e avaliados dados e fatos internos e externos, sob controle ou
não da org, que podem influenciar seu desempenho; capacidade de agir
corretivamente para melhorar suas práticas de gestão e desempenho;

*A figura também representa o relacionamento entre blocos evidenciando o


enfoque sistêmico do modelo de gestão;

-O processo de avaliação é composto de 3 etapas: análise crítica


individual, análise crítica de consenso e visita às instalações;
-A pontuação sofreu mudanças durante o tempo e foram incluídos org do
Poder Judiciário e Legislativo e outras diversas áreas do governo federal;

-O nome do prêmio muda para Prêmio Nacional de Gestão Pública, porém


a mesma sigla é mantida por questões de marketing;

Evolução da Qualidade no Mundo

-Qualidade passa a ser linguagem internacional de negócios evidenciada


através da explosão no processo de certificação ISO 9000 e 14000 e da
consolidação dos prêmios nacionais de qualidade;

-Satisfação total do cliente em relação ao produto e em relação aos aspectos


sociais e ecológicos;

-Qualidade passa a ser uma ferramenta eficaz de negócios;

-Parceria é um formato que migra para dentro das empresas, com


fornecedores ocupando espaço físico na planta do consumidor, diminuindo
significativamente o lead time;

-Empresas se destacam no aspecto liderança através de conceitos


abrangidos pela Qualidade;

-Contabilidade moderna baseada na atividade gerencial; consolida-se a


Unidade Estratégica do Negócio;

-Gerenciamento do tempo sendo os lead times cada vez menores afim de


atender um mercado cada vez mais exigente e passar na frente;

continua...
Qualidade na Indústria X Qualidade nos Serviços

-Qualidade foi construída essencialmente no âmbito da indústria fabricante


de produtos; as prestadoras de serviços ficaram à margem deste processo;

-A partir de 1990 com grande mão de obra no setor de serviços e com o


aumento progressivo da sua importância ne economia mundial, a Qualidade
passou a ser um fator importante; as prestadoras de serviço absorveram
parte dos conhecimentos e lições aprendidas da Qualidade nas indústrias;

-Albrecht, Moller, Tscholl, Teboul

-Teboul: dividiu a empresa em duas áreas de atuação - funcionários de


apoio que não tem contato com cliente externo + funcionários de linha de
frente que tem contato direto com cliente; na indústria a maior parte dos
funcionários são de apoio e a Qualidade é construída de dentro pra fora; na
prestadora de serviços os funcionários são de linha de frente e a Qualidade
é construída de fora para dentro sendo o consumo simultâneo com o
serviço prestado;

Variáveis que influenciam na busca de Qualidade

-tempo sobre o qual são marcados os passos do processo de evolução e em


função do qual são exigidas respostas ágeis e eficazes;

-nível de complexidade, apresentando novos desafios à compreensão de


processos e definição de modelos de gestão que assegurem prepetuação ao
negócio;

-incertezas que refletem o desconhecimento sobre os aspectos relevantes


do processo produtivo e comercialização numa nova era;

-estilo de gestão que consiste no modo de orientar técnicas adm, ou


modelos organizacionais;

4 aprendizagems essenciais para profissionais do XXI UNESCO:

-Aprender a conhecer: conciliar uma cultura geral com a necessidade de


aprofundamento em uma área específica de atuação;

-Aprender a fazer: desenvolver capacidade de enfrentar situações


inusitadas que requerem trabalho coletivo; assumir iniciativa e
responsabilidade em face de situações profissionais;

-Aprender a Conviver: aceitar culturas e diversidades; gestão pacífica de


conflitos;
-Aprender a Ser: desenvolvimento de autonomia e capacidade de
julgamento, etc.;

ERAS DA QUALIDADE 6

Qualidade Total - TQM (Total Quality Management)

-Adm orientada a criar consciência da qualidade em todos os processos


organizacionais;

-Objetiva conquistar distribuidores e parceiros negociais;

-Diversos estágios como planejamento, organização, controle e liderança;

-Conceito de Seis Sigma;

-TQM foi sendo desenvolvido por numerosos consultores empresariais dos


EUA como Deming, Juran e Feigenbaum; este último definia como um
sistema eficaz que integra desenvolvimento de qualidade, manutenção da
mesma e esforços de melhoria entre os diferentes setores da empresa, como
o objetivo de criar produtos e serviços com economia máxima e satisfação
de clientes;

-No Japão o TQM tomou seu formato padrão que influenciou o mundo;

-Toyota foi a primeira a empregar o TQM superando o Fordismo; os


colaboradores da org possuem uma gama mais ampla de atribuições, cada
um sendo diretamente responsável pela consecução dos objetivos da org;

-Comunicação organizacional em todos os níveis;

continua...
Princípios da TQM

-Produzir bens e serviços que respondam concretamente às necessidades


dos clientes;

-Garantir sobrevivência da empresa por meio de lucro contínuo obtido com


o domínio da qualidade;

-Identificar o problema mais crítico e solucioná-lo pela mais elevada


prioridade (Pareto)

-Falar, raciocinar e decidir com dados e fatos;

-Adm a empresa ao longo do processo e não por resultados;

-Reduzir metodicamente as dispersões por meio do isolamento das causas


fundamentais;

-O cliente é Rei; servir com produtos de qualidade;

-Prevenção deve ser sempre considerada;

-Trial and Error; nunca permitir que um problema se repita;

-Lógica do PDCA (Plan, Do, Check, Act to correct)

Qualidade Total descrita pelos 14 pontos de Deming:

-Criar constância de propósito de aperfeiçoamento do produto e serviço,


afim de torná-los competitivos, perpetuá-los no mercado e gerar empregos;

-Adotar nova "filosofia"; nova era econômica, adm consciente de suas resp
liderando em direção à transf;

-Acabar com a dependência da inspeção para obtenção de qualidade;


eliminar a inspeção em massa; priorizar a internalização da qualidade do
produto;

-Acabar com a prática de negócios compensadores baseados apenas no


preço; ao invés disso, minimizar o custo total; um único fornecedor para
cada item; relacionamentos duradouros, calcados na qualidade e confiança;
-Aperfeiçoar continuamente todo o processo de planejamento, produção e
serviços com o objetivo de aumentar a qualidade e produtividade,
consequentemente, reduzir custos;

-Fornecer treinamento no local de trabalho;

-Adotar e estabelecer liderança; ajudar pessoas a realizar um trabalho


melhor; liderança dos trabalhadores e liderança empresarial com compelta
reformulação;

-Eliminar o medo;

-Quebrar barreiras entre departamentos; colaboradores dos setores de


pesquisa, projetos, vendas, compras e produção devem trabalhar em equipe,
tornando-se capazes de antecipar problemas que possam surgir durante a
produção ou utilização dos produtos e serviços;

-Eliminar sologans, exortçaões e metas dirigidas aos empregados;

-Eliminar padrões artificiais (numéricos) para o chão de fábrica, a adm por


objetivos, e adm através de números e metas numéricas;

-Remover barreiras que despojem pessoas de orgulho no trabalho, atenção


dos supervisores deve voltar-se para qualidade e não para números;

-Estabelecer programa rigoroso de educação e auto aperfeiçoamento para


todo o pessoal;

-Colocar todos para trabalhar de modo a realizar transformação;

ERAS DA QUALIDADE 7

Ferramentas de Qualidade

-De Gestão: metodologias da prática adm, com o objetivo de atingir


eficiência e eficácia em tarefas

-De Qualidade: técnicas que objetivam analisar, definir, mensurar e propor


soluções de gerenciamento org;
--PDCA, Brainstorming, Diagramda de Causa e Efeito (Ishikawa),
Diagrama de Pareto (20/80), Fluxograma, Histograma, Diagrama de
Dispersão (Diagnóstico de problemas)

--5W2H, Diagrama de Afinidade, Matriz GUT, Benchmarking


(Planejamento e qualidade)

--Cartas de controle, folhas de verificação, Seis Sigma, Kaizen, 5S;

7 Ferramentas Básicas de Qualidade

-São suficiente para que pessoas com pouco treinamento em estatística


possam usar e resolver a maioria dos problemas de qualidade;

-Fluxograma, Cartas de Controle, Diagramas de Causa-Efeito (espinha


de peixe ou Ishikawa), Folhas de Verificação, Histogramas, Gráficos de
Dispersão e Diagrama de Pareto;

-Ishikawa observou que 95% dos problemas podem ser resolvidos por
estas ferramentas e que qualquer trabalhador poderia utilizá-las

PDCA 1

-PDCA (Plan, Do, Check, Act to correct), ciclo de Shewhart ou cilco de


Deming; é utilizado na atualidade como PDSA (Study);

-Japão, 1950;

-tronar mais claros e ágeis os processos de execução de gestão de qualidade


em 4 passos;

-Plan: missão, visão, objetivos, procedimentos e processos metodológicos


para atingir resultados; planificar objetivos, o caminho para que o objetivo
seja atingido e a definição do método a ser utilizado para conseguir; metas
para manter e metas para melhorar; SCDA (Standard) para atingir metas
padrão e manter resultados em um nível desejado; padronizar os processo
para que todos os envolvidos executem a mesma tarefa da mesma forma;

-Do: realizar as atividades; treinamento dos envolvidos no método a ser


empregado, execução do método e coleta de dados para análise; rigor nas
etapas;

-Check: monitorar e avaliar periodicamente os resultados, processos, etc,


confrontando-os com o planejado, com objetivos, especificações e estado
desejado, consolidando informações e fazendo relatórios; verificação de
resultados e dados; pode ser feito durante o "do" ou depois; detalhamento
de erros e falhas; verificar se o trabalho é feito dentro do padrão, se os
valores variaram e efetuar comparação com padrão, verificar itens de
controle com valores objetivos;

-Act to correct: agir de acordo com o avaliado anteriormente; determinar


novos planos de ação para qualidade, eficiência e eficâcia, aprimorando a
execução e corrigindo falhas; ações corretivas de falhas no "check"; se o
trabalho desviar do padrão, agir para correção; se um resultado estiver fora
do padrão, agir para correção; agira por melhorias no sistema e no método;

*repetir todo o ciclo;

*melhorias contínuas gradativas agregam valor ao projeto e asseguram a


satisfação de clientes;

continua...
PDCA 2

-SDCA - padronizar o processo garantindo que ele seja realizado de


maneira constante; que todas as informações para execução do processo
sejam registradas e todos envolvidos sejam informados e orientados;
disciplina operacional; com a padronização ocorre a estabilidade das
melhorias alcançadas; após um processo estável se pode trabalhar em
melhorias; pequenas mudanças de maneira contínua;

-PDSA - Plan, Do, Study, Act; mudança de Check para Study; o ciclo
passou para um âmbito maior de estudo e análise; procura-se adquirir
conhecimento pelo estudo e análise com ponderação e amadurecimento;

-PDCL - Plan, Do, Check, Learning; orienta que por meio de Conselhos se
busque definir o que a organização aprendeu; realimentar o sistema com
novas aprendizagens; aprendizado contínuo e com possibilidade de escala,
replicação; este ciclo PDCL é recomendado no MEG, modelo de gestão do
PNQ (Prêmio Nacional de Qualidade) da FNQ (Fundação Nacional de
Qualidade);

-MASP - Método de Análise e Solução de Problemas é baseado nas etapas


PDCA

--problema: identificá-lo

--observação: características do problema

--análise: causas principais

--plano de ação: plano de eliminação de causas

--ação: agir para eliminação

--verificação: confirmar eficácia da ação

-padronização: eliminar definitivamente as causas

--conclusão: recapturar atividades desenvolvidas e planejar futuro


FERRAMENTAS - BRAINSTORMING E DELPHI 1

Brainstorming

-Processo estruturado para geração de ideias que pode ser feito individual
ou em grupo;

-Tempestade cerebral/ideias;

-Sendo uma dinâmica de grupo é usada em várias empresas para resolver


problemas específicos, desenvolver ideias e projetos, juntar informações e
estimular o pensamento criativo;

-Método americano criado para testar e explorar a capacidade criativa de


indivíduos e grupos, principalmente nas áreas de relações humanas;

-Ideias diversas podem chegar aum denominador comum, gerando


inovação; nenhuma ideia deve ser descartada ou julgada como errada; todas
devem estar na compilação ou anotação de todas as ideias ocorridas no
processo, para depois evoluir até a solução final;

-Regras básicas; é proibido debater as ideias apresentadas, pois isso causa


inibição; quanto mais ideias melhor; nenhuma ideia desprezada; igualdade
de oportunidade;

-Ajuda na formação de subsídios em forma de ideias e também no precesso


decisório; também na redefinição de tarefas;

-Tipos

-Estruturado: onde todos os participantes expõem ideias através de


rodadas que estimulam a participação; o problema é que este método pode
criar pressão pela obrigação de fornecer ideias;

-Não-estruturado: ideias vão sendo sugeridas livremente sem obrigação,


fato que ajuda em um melhor ambiente propositivo; cuidar para que os
extrovertidos não dominem o brainstorming;

-Regras:

1.Foco na quantidade: coletar o máximo de ideias

2.Adie o julgamento: suspensão da crítica às ideias no momento de sua


geração, sendo trabalhadas mais tarde;

3.Acolha ideias comuns: não cercear a criatividade; incentivar o


pensamento divergente;

4.Aperfeiçoe as ideias: copmbinar e aprimorar ideias à medida que surgem;

-Atividades principais:

1.Desenvolver enunciado para o problema

2.Selecionar grupo de 6 a 12 participantes


3.Enviar nota aos participantes acerca do problema; inclusão do enunciado
do problema, o contexto, soluções e outras coisas úteis;

4.Escrever o problema em um quadro visível para todos verem

5.Falar sobre as 4 regras do brainstorming

6.Requisitar novas ideias pela ordem de mãos levantadas; uma ideia por
vez;

7.Gravador ou alguém anotando as ideias

8.Sessão de 30min

9.Selecionar grupo para avaliação;

10.Fornecer ao grupo lista de ideias; fazer com que eles selecionem as


melhores

11.Lista final à pessoa ou grupo de trabalho do projeto;

FERRAMENTAS - BRAINSTORM E DELPHI 2

-Composição do grupo

-Líder

-Membros

-Secretário

*devems er escolhidas pessoas que tenham experiência com o problema em


causa; pessoas no mesmo patamar de hierarquia na org;

*secretário deve ter escrita rápida;

*nome da pessoa não deve ser anotado na lista de ideias;


-O problema deve ser escrito em termos específicos para que as ideias
específicas possam ser geradas; generalidades não podem ser soluções
criativas; um grande número de soluções poderá ser um problema;

-Grupo de avaliação

-Deve conter de 3 a 5 pessoas

-Usando número ímpar elimina-se o empate;

-Usar as mesmas pessoas do fornecimento de ideias assegura familiaridade


com o problema;

-Usar outras pessoas externas beneficia a objetividade;

-A tarefa do grupo de avaliação é avaliar todas ideias e selecionar as


melhores para possível implementação ou estudo adicional; líder recebe
lista de ideias do secretário e confere se estão concisas;

-As ideias então são organizadas em categorias lógicas e apresentadas ao


grupo de avaliação para revisão;

-O grupo de avaliação sujeita as ideias a testes práticos;

-Como aplicar o Brainstorm?

-Aplicar o Diagrama de Causa e Efeito, ou espinha de peixe, pois é uma


forma visual de levantar causas e efeitos que combinados com Brainstorm
tem ótimos resultados;

continua...
FERRAMENTAS - BRAINSTORMING E DELPHI 3

Delphi

-A técnica foi usada nos anos 50, pela RAND Corporation, para identificar
a capacidade soviética de destruição de alvos estratégicos americanos; foi
utilizada em estudos de previsão tecnológica e planejamento org;

-Ela estrutura o processo de comunicação de um grupo, permitindo um


conjunto de pessoas lidar com um problema complexo;

-Permite descobrir opiniões de grupo especialista com o Painel Delphi


através de uma série de questionários, cada um dos quais denominado
"ronda";

-Em cada ronda é apresentada uma série de proposições específicas para


que individualmente cada um as ordene mediante um dado critério
estabelecido;

-Os resultados são depois agregados e entregues aos especialistas para que
possam reformular sua opinião acerca das proposições apresentadas;

-O número de rondas realizadas varia de acordo com o grau de consenso


atingido pelos especialistas;

-É anônimo, tem interação com feedback controlado e tem respostas


estatísticas do grupo;

-Ele emprega um painel de especialistas para obter conhecimento; os


participantes não confrontam suas opiniões; utiliza ferramentas estatísticas
simples para identificar padrões de acordo;

-A vantagem é permitir que pessoas que não se conhecem desenvolvam um


projeto em comum, sem ter que revelar suas opiniões pessoais, chegando a
um acordo sobre uma dada área de interesse;

-Uma série de questionários é aplicada em cada ronda; o especialista


responde a cada um em cada ronda, classificando as várias proposições por
ordem de importância; após isso o especialista pode acrescentar novas
proposições; estas farão parte da ronda seguinte; após a primeira ronda os
especialistas terão acesso aos resultados consolidados; passa-se a uma
segunda ronda onde eles voltam a ordenar as proposições que agora
incluem as antigas e as novas que os diversos inquiridos introduziram na
primeira; serão realizadas várias rondas até atingir um nível de consenso
razoável ou se concluir sobre a impossibilidade de consenso;

-Delphi pode se iniciar com uma lista prévia de proposições ou pode ser
solicitado aos especialistas que proponham problemas relevantes de
análise;

-Pode ser usado o Q-Sort onde o especialista define primeiro quais as


proposições considera mais importantes, menos importantes e neutras; em
uma pirâmide o inquirido posicionará as proposições de acordo com grau
de relevância;

-Atualmente os processos de Delphi são conduzidos segundo uma de duas


formas distintas; a mais comum é a versão de papel e lápis, chamada
Exercício Delphi; agora temos ferramentas Web que possibilitam a
condução online, permitindo agilização;

continua...
Passos para Delhpi

-Define-se o facilitador que fica responsável por compilar as informações


dos questionários respondidos pelos especialistas;

-Define-se critérios de consenso ou de término de rodadas;

-Seleciona-se os especialistas com base no tema sendo analisado;

-Questionário para enviar para especialistas;

-Facilitador organizar as respostas recebidas e cria sumário das respostas


para submeter os especialistas de modo a buscar uma revisão da resposta
inicial e assim conseguir consenso;

-Caso obtido consenso repete-se o passo 2 até que seja obtido o consenso
ou que algum critério pré-definido seja alcançado, por exemplo, número de
rodadas;

-Desvantagens Delphi: tempo dispendido e custo associado, já que podem


ser necessárias várias rodadas;

FERRAMENTAS - PARETO 1

-Vilfrfedo Pareto - teoria das elites dominantes; comportamento político é


essencialmente racional; lei da distribuição de renda; Manuale de
Economia Politica;

Ótimo de Pareto

-A melhor alocação de recursos possível já que eles são escassos;

-Eficiência (Ótimo) de Pareto

-Conceito macroeconômico foi utilizado em engenharia, informática e


ciências sociais;

-É ume estado em que os recursos são alocados da forma mais eficiente


possível; qualquer realocação para melhorar a situação de indivíduo irá
necessariamente piorar as condições de outro; ser eficiente não
necessariamente é ser igualitário;

-É um conceito que parte do pressuposto de um mercado em competição


perfeita onde os recursos são alocados da forma mais eficiente; todos
envolvidos estariam vivendo a melhor forma possível; todos teriam o maior
excedente possível;

-Ao tentar mudar esse equilíbrio e beneficiar um agente desse mercado


necessariamente outro agente perderia o seu excedente; um seria
prejudicado em benefício de um outro; o excedente do consumidor é
calculado pelo valor que ele está disposto a pagar por um produto menos o
valor que ele de fato paga; já o excedente do produtor é calculado pelo
valor que ele recebe da venda menos o seu custo de produção; a soma do
excedente do produtor e do consumidor é o excedente total da economia;

-Se esse mercado ainda não chegou ao seu ótimo, uma mudança de
alocação de recursos beneficia um agente econômico sem prejudicar
nenhum outro agente; o crescimento nesse mercado está sendo bom para
todos os envolvidos;

-Quando esse mercado chega a um equilíbrio (de Pareto) já não é possível


um agente crescer sem que outro agente seja prejudicado; em um mercado
nesse equilíbrio o excedente total da economia é o maior possível;

Princípios (Ferramentas) de Pareto

-Regra 80/20 (usado para definir prioridades na correção de defeitos)

-Diagrama de Pareto (barras verticais que mostram infos de modo a


identificar as causas mais vitais e prioritárias para solução de um um
problema)

-Curva A-B-C (priorização)

-Lei dos Poucos

-Princípio de escassez
-Pareto enunciou o princípio com base no chamado conhecimento
empírico; pessoas em sua sociedade eram divididas naturalmente entre o
"alguns de muito" e "muitos de pouco"; se estabeleceram dois grupos de
proporções 80-20;

-20% dos proprietários possuem 80% das terras;

-São números arbitrários e podem variar; é uma descrição adaptável de um


fenômeno;

-Os produtos A, que são 20% dos itens da loja, mas que geram 80% dos
movimentos de estoque, são colocados perto dos lugares onde os pedidos
são preparados para perder o mínimo de tempo possível na movimentação
de mercadorias dentro de uma armazém;

-Pode ser aplicado no controle de qualidade, pois 20% dos defeitos


afetam 80% dos processos; assim, de forma relativamente fácil, aparecem
os vários elementos envolvidos em uma falha e pode-se identificar
problemas realmente importantes que carregam o maior percentual de
erros;

-A preocupação de Pareto é com problemas e suas causas potenciais;

FERRAMENTAS - PARETO 2

-A Curva ABC é um método de classificação de informações para separar


itens de maior importância ou impacto, os quais são normalmente em
menor número; é uma classificação estatística de materiais baseada em
Pareto em que se considera a importância dos materiais, baseada nas
quantidades utilizadas e no seu valor; pode ser utilizada para classificar
clientes em relação aos seus volumes de compras ou em relação à
lucratividade proporcionada; serve para analisar a dependência ou risco em
face de um cliente, ou ainda para que tipo de clientes a org deve focar;
ordena os clientes por ordem decrescente da sua contribuição para a
empresa de modo a se poder segmentar por grau de dependência, risco ou
ainda por outro critério; é usada para adm de estoques, definição de política
de vendas, prioridades, programação de produtos; percebe-se o giro de
itens no estoque, nível de lucratividade e grau de representação no
faturamento da org;

-A Curva ABC no caso de estoques: demonstra o giro de estoque, a


proporção sobre o faturamento no período e a margem de lucro obtida;

-Classe A - maior importância, valor ou quantidade, correspondendo a 20%


do total;

-Classe B - importância, quantidade ou valor intermediário,


correspondendo a 30% do total;

-Classe C - menor importância, valor ou quantidade, correspondendo a


50% do total ;

-A análise da Curva ABC proporciona o trabalho de controle de estoque.


itens de Classe A merecerão maior atenção; assim se otimiza aplicação de
recursos financeiros ou materiais, evitando desperdício ou aquisições
indevidas, favorecendo a lucratividade;

FERRAMENTAS - DIAGRAMA DE ISHIKAWA 1

-Outra ferramenta é o Diagrama de Causa e Efeito/Ishikawa/Espinha de


Peixe/6M que apoia o processo de identificação de possíveis causas-raízes
de um problema, utilizado após a aplicação de uma análise de Pareto; ela
ajuda a investigar um efeito indesejável até sua causa-raiz;

-O Diagrama de causa e Efeito/Ishikawa classifica as causas de um


problema produtivo: materiais (matéria-prima), meio-ambiente, máquina,
mão de obra, método, medida (medição); este sistema permite estruturar
hierarquicamente as causas potenciais de um determinado problema ou
também uma oportunidade de melhoria, assim como os efeitos sobre a
qualidade dos produtos; é uma das ferramentas mais eficazes e mais
utilizadas nas ações de melhoria e controle de qualidade nas organizações,
permitindo agrupar e visualizar as várias causas que estão na origem de
qualquer problema; são diagramas feitos por grupos de trabalho e
envolvem todos os agentes na análise;

-Método do Diagrama de Causa e Efeito/Ishikawa

-determinar o problema que será analisado e o objetivo a se alcançar; evitar


palavras abstratas;

-juntar informação a respeito do problema;

-juntar grupo de auxílio para criação do diagrama, apresentar infos e


promover brainstorming sobre o problema;

-ordenar as informações sucintamente com principais causas;

-desenhar diagrama tendo em conta as causas que devem estar de acordo


com os 6 M's;

Componentes do Diagrama de Causa e Efeito/Ishikawa

-Cabeçalho: título, autor e data

-Efeito: indicador de qualidade e problema a ser analisado; efeito ocupa o


lado direito da folha;

-Eixo Central: flecha horizontal apontando para o efeito; flechas inclinadas


partindo do eixo;

-Causa: causa potencial, pertencente a uma categoria que pode colaborar


com o efeito; flechas horizontais que apontam para flecha da categoria;

-Sub-causa: causa potencial que pode contribuir com uma causa


específica; derivações de uma causa;

Ishikawa prezava por alguns principais conceitos:

-envolvimento de todos os departamentos nas atividades de Qualidade;

-meta principal é o aprimoramento contínuo


-participação de todos os empregados em todos os níveis

-atenção especial às definições de Qualidade do cliente

FERRAMENTAS - FLUXOGRAMAS 1

-Conjunto simples de símbolos para operações, decisões e outros elementos


de processo; notação padrão ANSI 1970 para representar fluxos e sistemas;

-São usados para decrever o fluxo de materiais, papeis e trabalho ou


colocação de máquinas, análise de saídas e entradas em centros de
expedição;

-Representado contendo palavras Início e Fim ou algo que assim indique;

-Setas de um símbolo ao outro representando o caminho de controle;

-Passos de processamento representados como retângulos

-Entradas e saídas representadas por paralelogramos

-Pode ser usado para capturar rapidamente um fluxo de processo para


compartilhar onde os detalhes não exigem documentação; para começar um
projeto de modelagem onde não haja financiamento disponível para
ferramentas com recursos mais completos; para resolver diagramas
detalhados para uso em codificação tradicional de sistemas;

-É usado para representar um processo de maneira esquemática;

-Vantagens: bem entendidos por engenheiros de software e sistemas; em


alto nível ajuda a criar consenso; adequado para ilustrações de caminhos
felizes; aprendizado rápido; suportado por ferramentas de baixo custo,
incluindo gráficas e uso geral e de visualização;

-Desvantagens: existem muitas variações apesar do padrão ANSI; pode ser


impreciso quando usado para descrever processos complexos de negócio;
objetos não têm um conjunto de atributos descritivos; modelos construídos
são planos exigindo o uso de símbolos de conexão para mostrar onde
segmentos de processos continuam;
FERRAMENTAS - FLUXOGRAMAS 2

Tipos de Fluxogramas:

1.Diagrama de Blocos - é o mais simples; apenas blocos; sequenciamento


do processo sem envolver pontos de decisão; usado como instrução de
trabalho; representação macro de um processo;

2.Fluxograma de Processo Simples - semelhante aos blocos porém com


pontos de decisão;

continua...
3.Fluxograma Funcional - sequencia de atividades de um processo entre
áreas ou seções por onde ele ocorre; é um tipo de fluxograma muito
utilizado para processos que não se restringem a uma única área, e como
são identificados responsáveis por cada fase, é possível identificar até
certos gargalos de processo;

4.Fluxograma Vertical ou Diagrama de Processo: é vertical e


constituído de símbolos e padrões estabelecidos em colunas que facilitam
seu preenchimento; traz rapidez de preenchimento, clareza na interpretação
e facilidade de leitura; estudos e processos produtivos; fragmenta
atividades complexas em pequenas atividades; Addison (ASME)
Princípios:

a)Da Evidência: não aceitar nada como verdadeiro, enquanto não for
convencido como tal, de modo a procurar evitar a precipitação ou a
prevenção contra determinados fatos;

b)Da Análise: fracionar as dificuldades em tantas partes quantas forem


necessárias, de modo a facilitar a sua compreensão e seu entendimento;

c)Da Síntese: pensar ordenadamente, reunindo fatos, informações e objetos


mais simples até chegar aos mais complexos, admitindo existir entre eles
uma certa ordem de execução;

d)Da Enumeração: fazer enumerações completas e revisões detalhadas


certificando-se de que nada foi omitido ou esquecido;

Regras Básicas:

a)Entrada/Saída - todos os símbolos devem possuir entradas e saídas,


exceto os de término de fluxo que possuem somente entradas; os
conectores possuem entrada e saída conforme o caso, e os de informações
adicionais possuem somente saídas;

b)Término de fluxo - conforme abaixo


c)Conjunto de Documentos- A-deverão ser representados pela
sobreposição da simbologia de documento ou B-no caso de representar um
grupo de documentos em que não há a necessidade de identificá-los;

d)Nome do documento/Número de vias - escrever o nome do documento


na primeira vez que o documento aparecer no processo e depois colocar sua
sigla;

FERRAMENTAS - HISTOGRAMA 1

-São gráficos de barras que mostram variação sobre uma faixa específica;
decrevem uma tendência central, o grau de dispersão e o formato de uma
distribuição estatística;

-Guerry 1833; análise de dados de crimes;

-Possibilita conhecer características de um processo ou um lote de produto


permitindo uma visão geral da variação de um conjunto de dados;

-Descrevem a frequência com que variam os processos e a forma de


distribuição dos dados como um todo; monitoram a frquência com que algo
acontece;

-É uma ferramenta adequada para descobrir as atividades frequentemente


demandadas pelo público de um setor, possibilitando ainda a análise do
tipo Curva ABC;
-Primeiro é necessário recolher dados e organizá-los em uma tabela para
simplificar a coleta.

-Depois de fazer o input dos dados, o Histograma apresentará os dados em


uma visualização da barras facilitando o entendimento da frequência de um
determinado dado;

Elaboração do Histograma

1.Determinação da amostra: ela deve ser obtida da forma mais aleatória


possível de maneira que possa representar a totalidade dos funcionários;
neste exemplo, 55 funcionários; o dado em questão é a altura:
2.Cálculo de Amplitude: amplitude de uma série de dados numéricos de
uma amostra é a diferença entre o maior e o menor valor dos dados, sendo
representada pela letra R (range);

3.Escolher o número de classes: o número de faixas de variação a ser


lançado no gráfico; não existe uma regra determinada para escolha; não
pode ser muito grande de forma a dispersar demasiadamente os dados, nem
muito pequeno de forma a descaracterizar os histograma; depende do
tamanho da amostra;

4.Cálculo do Intervalo das Classes: divide-se a amplitude (R) pelo


número de classes, de acordo com a fórmula:
5.Cálculo dos Extremos das Classes: selecionar o menor valor da amostra
e arredondar pra baixo se for conveniente

Etc...

FERRAMENTAS - DIAGRAMA DE DISPERSÃO 1

Diagrama de Dispersão

-Representação gráfica da associação entre pares de dados;

-Características de duas causas (pressão e temperatura)

-Determinar se há associação entre duas variáveis; estudar as causas e as


características de qualidade; relação entre duas causas; estudar correlação
entre diferentes características de qualidade;

-Vincular duas variáveis a uma observação

continua...
Correlações de dados no Diagrama de Dispersão

Ex:
-Gráficos de Dispersão são usados para examinar a associação entre duas
medidas que podem ser características de qualidade; investiga as relações e
associações entre pares de variáveis permitindo enxergar padrões fora do
comum, dados afetados por causas especiais e agrupamentos interessantes;

FERRAMENTAS - 5W2H - 1

-Checklist de ações que devem ser desenvolvidas em um projeto; usada


para controle e execução de atividades em projetos;

-5+2 perguntas essenciais que devem ser respondidas que orientarão a


execução de um projeto;

-What, Why, Where, When, Who + How, How much?

-Equipes percebem a sua influência particular nos projetos como um todo

-Objetiva a execução de tarefas;

-Permite que certificações sejam obtidas, como ISO 9001, PBQP-H e


OHSAS e ONA;

-É utilizada em perícia e avaliações;

-Plano de ação é a definição de estratégias de ações empreendidas por


indivíduos e grupos nos negócios de uma org, para que possam alcançar
juntos objetivos; aplicado em uma ou mais áreas da org.; o 5W2H ajuda na
formulação dos planos de ação;

-Ajuda no gerenciamento e mapeamento, além de padronização de


processos, elaboração de planos de ação e procedimentos associados a
indicadores;

continua...
FERRAMENTAS - MATRIZ GUT 1

-Priorizar problemas que devem ser atacados pela gestão; analisar


prioridade que certas atividades devem ser realizadas em situações de
problemas, estratégias, desenvolvimento de projetos, tomada de decisões,
etc.;

-GUT - Gravidade, Urgência e Tendência

-Está ligada à Matriz SWOT e sua análise dos ambientes interno e externo
da empresa, onde analisa a prioridade de resolução de um problema;

-GUT auxilia o gestor a avaliar de forma quantitativa os problemas da


empresa, tornando possível priorizas as ações corretivas e preventivas para
o extermínio total ou parcial do problema;

-Elaborada por Kpner e Tregoe;

-Permite que o gestor utilize os recursos do seu orçamento empresarial em


questões realmente importantes e não efetue gastos desnecessários;

-Pode ser aplicado facilmente a partir de uma planilha de Excel e pode ser
usada com outros métodos como SWOT, Ishikawa, Pareto, etc.;
FERRAMENTAS - MATRIZ GUT 2

1.Gravidade: medir o impacto de cada situação isolada e o que pode


causar na empresa em caso de não ser solucionada; impacto de cada
problema deve ser avaliado de 1 a 5;

2.Urgência: avaliar problemas de acordo com prazos para resolução de


cada um; problemas de resolução mais lenta são mais urgentes do que
problemas de resolução rápida; deve ser medida de 1 a 5;

3.Tendência: indica os problemas que poderão se tornar ainda mais graves


em caso de não receberem a devida atenção; representa a capacidade que
cada problema tem de aumentar a sua dimensão; de 1 a 5;
Procedimentos para Matriz GUT

1.Listar todos os problemas relacionados às atividades que você terá que


realizar em seu departamento;

2.Atribuir uma nota para cada problema listado, dentro dos três aspectos
principais que serão analisados, gravidade, urgência e tendência;

3.Somar os valores em cada tópico, G, U e T separadamente para


posicionar o que obteve maior importância e o que obteve menos;

4.Produzir o resultado da análise o multiplicando G x U x T; o resultado


quando comparado com o de outras análises de problemas com GUT
poderá ser interpretado como importante ou não;

*pode-se usar gráfico de Pareto junto com GUT


FERRAMENTAS - BENCHMARKING 1

-Técnica de comparação (não é cópia);

-Comparação de métodos para que a adm aplique que seja mais eficiente;

-Abordagem sistemática para medir métricas-chave nas operações, sistemas


e processos de uma empresa em relação às melhores práticas, no segmento
ou não;

-Comparação com processos semelhantes; identificação de áreas de pontos


fortes ou fracos na empresa para fins de desenvolvimento de estratégias;

-Deve-se sempre definir primeiro as melhores práticas a serem comparadas


(e não copiadas);

-O custo é menor pois a pesquisa é feita internamente na própria empresa

-Concorrentes escondem práticas que levam ao sucesso;

-É uma prática genérica, pois é impossível fazer benchmark diretamente


com uma empresa concorrente, pois ela esconde seus processos de sucesso;
portanto é possível investigar os mesmos processos em outras empresas;

-Devemos usar quando queremos detalhar processos operacionais a fim de


determinar sua posição competitiva, identificar a lacuna entre a empresa e
seus pares, em seu segmento ou fora dela; avaliar até que ponto você pode
procurar reduzir essa lacuna no desenvolvimento da estratégia;

-Benchmark funciona melhor com processos e serviços compartilhados, ou


seja, com características uniformes; (serviços comodities e processos)

continua...
FERRAMENTAS - BENCHMARKING 2

4 fases e 10 etapas de Benchmarking (Robert Camp)

1.Planejamento:

a)identificar quais parâmetros necessitam de benchmarking, ou seja, o que


precisa ser comparado;

b)identificar empresas que possam fazer parte da comparação;

c)estabelecer métodos de coleta de dados;

2.Análise

a)determinar a lacuna competitiva atual, ou seja, qual distância em relação


ao concorrente e aos processos que estão sendo comparados;

b)projetar métodos de coleta de dados;

c)demonstrar graficamente as informações

3.Integração

a)comunicar os resultados do benchmark; como foi a distância, o que foi


apresentado;

b)estabelecer metas funcionais

4.Ações

a)desenvolver plano de ação;

c)monitorar progresso;
d)recalibrar

-A segunda fase de Camp (análise) é a fase essencial, composta de duas


etapas:

1.identificar outros seguimentos além do seu que utilizem processos


diretamente comparáveis;

2.identificar nesses segmentos e no seu, em qualquer país,quem são os


líderes, os melhores nesses processos;

-Tipos de Benchmarking(5)

1.Interno: o ponto de referência passa a ser os processos internos da


próprias empresa, sendo comum em corporações que buscam implantar as
melhores práticas de negócio de uma unidade para outras;

2.Competitivo: o ponto de referência é o resultado dos concorrentes;

3.Funcional: é o resultado do melhor processo semelhante em relação aos


outros dentro de uma mesma empresa;

4.Genérico: o ponto de referência ocorre em algum resultado ou processo


de empresas de tipo de negócios diferente;

5.Colaborativo: o ponto de referência ocorre em algum resultado ou


processo em colaboração de algum tipo de grupo de empresas;

-Benefícios

-sintonizar a empresa com as melhores práticas do mercado

-aperfeiçoamento da cultura de melhoramento contínuo;

-melhora comunicação empresarial


-profissionalização de processos

-melhor visão de processos; melhores oportunidades de terceirização dos


mesmos;

-diminuição de erros;

-redução de custos

FERRAMENTAS - DIAG. DE AFINIDADE E LISTA DE


VERIFICAÇÃO 1

-Também chamado de Método KJ ou LP - language processing, é uma das


sete novas ferramentas de qualidade;

-Objetivo dela é esclarecer o caráter, a forma e a dimensão de problemas ao


agrupar ideias e opiniões (parecido com brainstorming) de acordo com suas
similaridades emsituações onde não há disponibilidade de dados
estatísticos para tomada de decisões;

-Método demorado; não é recomendado para análise de problemas simples


que exijam resolução rápida; serve para problemas com maior nível de
complexidade;
-Objetivo do Diagrama de Afinidades é agrupas itens disponíveis que
tenham alguma afinidade; eles são primeiramente arranjados em grupos
baseados nas relações comuns entre cada item; depois são desenvolvidos
títulos de assunto para cada grupo de dados;

-Desenvolvido no Japão por Iro Kawakita para organizar grandes


quantidades de dados complexos, aparentemente não relacionados,
arranjando-os para descobrir temas comuns entre dados;

Objetivos

-ordenar e agrupar grandes quantidades de dados qualitativos ou ideias

-desenvolver títulos para os gráficos de Pareto;

-ajudar usuário a descobrir temas comuns por meio de arranjo de dados em


categorias e assuntos;

*ele resume dados qualitativos de pesquisas com clientes, pesquisas com


funcionários, dados de comparação sobre competidores,
reclamações,sugestões, ideias, etc.;
Como usar?

-reunir pessoas que possam contribuir

-elaborar uma declaração sobre questão a ser considerada;

-registrar dados em notas adesivas ou cartões

-organizar as notas adesivas em subgrupos relacionados;

-criar principais temas de subgrupo;

-completar diagrama de afinidades;

Montagem do grupo e coleta de dados

-pessoas com criatividade estimulada;

-grupo pequeno (5-7)

-baseando-se no conhecimento do problema os participantes colocam na


mesa tudo aquilo que imaginam ser a principal causa ou uma daquelas que
ocasionam o objeto de discussão; distribui-se pequenos cartões onde eles
escrevem tudo o que imaginam; estimular novas ideias;

-distribuir pequenos cartões onde as pessoas escrevem tudo que imaginam;

Agrupamento e organização de ideias

-com as ideias aleatoriamente colocadas pelo time iremos separá-las por


pontos em comum, ou seja, afinidades; dar um nome a cada grupo de
ideias; isso ajudará na visualização mais resumida;

Finalização do estudo

-Colocar os grupos de ideias em torno do título central que é o problema;


FERRAMENTAS - DIAG. DE AFINIDADE E LISTA DE
VERIFICAÇÃO 2

-Folhas (Listas) de Verificação de Oshikawa;

-Meio eficiente de coletar dados deforma útil e significativa;

-Facilitação de compreensão de dados brutos;

-É usada para facilitar a coleta e análise de dados; propósito de coleta de


dados deve estar claro; o número de defeitos e onde são encontrados pode
ser registrado e analisado com relação às causas;

-Utilizadas para determinar a ocorrência de eventos como inconformidades,


defeitos, problemas;

-Podem ser usadas para verificação de ocorrências de quebras de máquinas


ou equipamentos e até processos; fornecem as bases factuais para análises
subsequentes e ações corretivas;

-São úteis para coleta de dados, tornando mais fáceis de compreender e de


utilizar de forma efetiva; combinando com outras ferramentas ajuda em
processos de qualidade;

-São utilizadas para colher dados baseados em uma observação amostral


com objetivo de definir um modelo;

Etapas:

1.Identificar quais problemas ocorrem com frequência;

2.Construir uma tabela com os problemas frequentes; problemas são os


títulos das linhas à esquerda; parte cima contém colunas que são períodos
de tempo nos quais os problemas podem ocorrer;

3.Com todas as linhas prontas, podemos implantar a Lista de Verificação


no trabalho, verificando o tipo de defeito que ocorre quando ele acontecer;
analisar dados com relação a tendências utilizando histogramas, Pareto,
etc.;
-As Folhas/Listas de Verificação nem sempre precisam estar em formato
tabela; pode-se usar figuras e diagramas

-Qualquer forma de inspeção ou estudo é boa candidata para folhas/listas


de verificação;

Como usar

1.Chegar a um acordo quanto à definição dos eventos ou condições


observados; chegar a um acordo sobre a definição geral de um projeto;

ex: se estiver procurando razões para o atraso dos pagamentos de


fornecedores, chegue a um acordo sobre a definição de "atraso";

2.Decida quem vai coletar dados, período e fontes; dados podem vir de
uma amostra ou população completa; coletores devem ter tempo e
conhecimento necessários para coletar informações adequadas;

3.Colete dados por um período suficiente certificando-se que representam


resultados dentro de um ciclo típico da empresa; fazer estratificação;

Elaboração

1.Definir objetivo da coleta de dados e tipo de folha de verificação

2.Incluir campo para registro de nomes e códigos de áreas+ produtos e


pessoas responsáveis;

3.Folha autoexplicativa para preenchimento

4.Conscientização para coleta

5.Executar um pré-teste
Aspectos a serem coletados

-Em qual produto ocorria defeito

-Qual era o tipo de defeito

-Em qual turno ocorriam os defeitos

-Quais eram os parâmetros da máquina no momento do defeito

-Em qual máquina ocorriam defeitos

FERRAMENTAS - 5S e 8S - 1

5S - programa de qualidade desenvolvido no Japão;

-SEIRI - Senso de Utilização, Descarte, Classificação e Organização

-SEITON - Senso de Ordenação, Arrumação, organização

-SEISO - Senso de Limpeza, Inspeção, zelo;

-SEIKETSU - Senso de Saúde, Padronização, Higiene, Asseio, Bem estar

-SHITSUKE - Senso de Autodisciplina, autocontrole, respeito

*busca organizar espaços, diminuir desperdícios e aumentar produtividade

*são atitudes individuais e coletivas que impactam a qualidade

*maior controle nos processos, economia de recursos e otimização das


atividades, desenvolvimento sustentável
1.SEIRI - Utilização

-classificar materiais de trabalho de acordo com a frequência de uso,


descartando o é inútil; estruturar ambiente de trabalho com as principais
necessidades; ganhar espaço, facilitar manutenção e limpeza, melhor
controle de estoques, redução de custos, preparação do ambiente;

2.SEITON- Organização

-simplificar e dar aos objetos não utilizados o seu destino; organizar;


economizar tempo, facilitar localização de ferramentas, redução de pontos
inseguros;

3.SEISO: Limpeza

-elementos que causem desconforto devem ser consertados; local limpo;


equipos com menos possibilidades de erros; ambiente saudável e agradável,
redução da possibilidade de acidentes, conservação de ferramentas e
equipos, melhor relacionamento interpessoal;

4.SEIKETSU - Saúde e Padronização

-facilidade de identificação dos objetos e ferramentas; equilíbrio físico e


mental; melhoria de áreas comuns; condições de segurança melhores;

5.SHITSUKE - Disciplina

-produtividade, trabalho diário agradável, melhores relações humanas,


valorização das pessoas, cumprimento dos procedimentos operacionais e
adm;

FERRAMENTAS - KAIZEN E SIX SIGMA - 1

-Kaizen - melhoria contínua que envolve todos

-ensinar pessoas a terem recursos, cultura de melhoria contínua, perseguir


meta, transferir conhecimento, saber eliminar reduzir mudar atividade;
-obtenção de lucro, cultura participativa, melhorias por necessidade,
eliminação de desperdícios, satisfação de clientes

-Foco no cliente: entregar o que ele quer na hora que ele precisa;

Sistemas de apoio ao Kaizen

-Just in Time

-Manutenção Produtiva Total (TPM)

Mão de obra, Método, Material e Máquina

1.Mão de Obra: elaboração do POP Procedimento Operacional Padrão,


criar uma rotina baseada na experiência dos trabalhadores, evitando erros;
padronização de procedimentos; padrão obedecido e seguido por todos;
eliminação do desperdício;

2.Método: metodologia de produtividade; aplicação do Kaizen


inicialmente; projeto, padronização metodológica; resultados assertivos e
rápidos;

3.Materiais: produção enxuta; peças devem chegar conforme o necessário;


na quantidade e local certo, Just in Time; a ideia de estoque de produtos se
torna ultrapassada e ocupa espaço desnecessário que poderia ser para algo
produtivo; lotes fabricados de forma proporcional à demanda do cliente;

4.Máquinas: aumentar disponibilidade de máquinas utilizadas no


processo; diminuir a parada e o tempo de setup dos instrumentos e equipos,
otimizando o uso de máquinas; manutenção preventiva;
-Kaizen + Kanban + Just in Time são metodologias usadas no contexto da
produção por parte das empresas;

-Just in Time: determina o que nada deve ser produzido, transportado ou


comprado antes da hora certa;

-Kanban: utilização de cartões para indicar o andamento de fluxos de


produção em empresas de fabricação em série; estimula entrega e produção
de peças;

FERRAMENTAS - KAIZEN E SIX SIGMA - 2

-Six Sigma - melhoria de qualidade surgido na Motorola;

-É uma ferramenta para reduzir defeitos de produtos e serviços;

-Eliminação de peças defeituosas;

-Redução de 3 a 4 peças por milhão em pelas produzidas;

-Redução do desperdício na não qualidade e redução de custos; melhoria no


atendimento de clientes, confiabilidade e entrega;

-Utiliza-se aspectos quantitativos para eliminar defeitos como intuito de


ficar próximo da exatidão;

-O Six Sigma é uma ferramenta estatística;

-A origem do defeito pode ser dada por uma ferramenta não estatística;
Segue duas metodologias inspiradas no ciclo PDCA: DMAIC e
DMADV

-DMAIC: usado para projetos focados em melhorar processos de negócios


já existentes;

--Define the problem: definição do problema a partir de opiniões de


consumidores e objetivos do projeto;

--Measure Key Aspects: mensurar relações de causa e efeito; determinar


relações;

--Analyse: análise dedados e mapeamento de identificação das causas-raiz


dosdefeitos e oportunidades de melhoria;

--Improve the process: melhorar e otimizar baseado em dados; desenho e


experimentos; prova de erros;padronizar trabalho; executar pilotos do
processo;

--Control: controlar futuros estados do processo para assegurar que desvios


do objetivo sejam corrigidos; controle estatístico de processo;
monitoramento contínuo;
-DMADV: usado para projetos focados em criar novos desenhos de
produtos e processos; DFSS (Design for Six Sigma)

--Goals: objetivos consistentes com clientes e estratégia empresarial

--Measure and identify: mesnsurar e identificar características críticas para


qualidade;

--Analyze: analisar para desenvolver alternativas; desenho de alto nível;


avaliação de capacidades para seleção do melhor projeto;

*quanto maior o Sigma, menor o número de peças defeituosas;

*objetiva diminuir o desvio padrão na produção, reduzindo variações;

*3 a 4 defeitos por milhão

*eficiência, produtividade e redução de custos;

*maior satisfação de clientes e fortalecimento de marca

*melhoria contínua
FERRAMENTAS - GERÊNCIA DE QUALIDADE - 1

-Incorporação da política de qualidade da empresa

-Suporte às atividades de melhoria contínua

-Gerenciamento do projeto e entregas; medidas técnicas de qualidade;

-Qualidade - grau em que um conjunto de características inerentes atende


aos requisitos;

-Gerenciamento de compromissos de entrega de qualidade;

-Gerenciamento de prevenção (preferível à inspeção); projetar com


qualidade nas entregas;

-Prevenção mantendo erros fora do processo e inspeção mantendo erros


fora do alcance dos clientes;

-Amostragem de atributos (resultado conforme ou inconforme);


amostragem de variáveis; tolerâncias como faixa de resultados aceitáveis e
limites de controle;

-Satisfação do cliente: entender, avaliar, definir e gerenciar expectativas


para atender clientes; prevenção ao invés de inspeção planejando a
qualidade tendo um custo menor com prevenção de erros do que corrigindo
erros quando eles são encontrados durante o uso do produto serviço;

-Melhoria contínua: ciclo PDCA é a base; gerenciamento de qualidade


total GTQ); Six Sigma e Lean aprimorando qualidade de gerenciamento de
projetos;

-Responsabilidade gerencial: participação de todos membros; gerência


fornece recursos adequados;

-Custo da Qualidade: CDQ é o custo total do trabalho de conformidade e


do trabalho de não conformidade que deve ser executado como esforço
compensatório; custos são incorridos ao longo de todo ciclo de vida da
entrega;
5 níveis de Gerenciamento de Eficácia crescente

-É caro deixar cliente encontrar defeitos

-Detectar e corrigir defeitos antes que as entregas sejam enviadas para


cliente controlando qualidade;

-Garantia de qualidade para examinar e corrigir processo em si e não


apenas defeitos especiais;

-Incorporar qualidade no planejamento e design do projeto do produto;

-Criar uma cultura na organização que esteja ciente e comprometida coma


qualidade em processos e produtos

Métodos Ágeis

-Passos frequentes de qualidade e revisão integrados ao longo do projeto ao


invés de concentrados no fim do projeto;

-Retrospectivas recorrentes verificam regularmente a eficácia dos processos


de qualidade;

-Procuram causa-raiz dos problemas e sugerem tentativas de novas


abordagens para aprimorar qualidade;

-Avaliam quaisquer processos experimentais para determinar se estão


funcionando e devem ser continuados ou receber novos ajustes, ou
abandonados;

5.Persistência: superar desafios e obstáculos; adaptação às mudanças


encontrando soluções criativas;

6.Liderança: (etc);

Tipos:

1.Individual: criação solo de uma empresa; trabalho solo


FERRAMENTAS - EMP E STARTUP - 1

Empreendedorismo

-capacidade de identificar oportunidades de negócios e transformá-las em


empreendimentos bem sucedidos;

-criar algo novo, diferente, intencionando o lucro;

-criação, gestação, crescimento de um negócio; assumindo riscos


calculados e decisões estratégicas;

-conjunto de habilidades que envolvem criatividade, inovação, resiliência,


visão de negócios, liderança, capacidade de negociação, networking;

-mobilização de recursos para transformar oportunidades em empresas e


org; gerando valor para clientes e lucro para empresários e investidores;

1.Inovação: empreendedores são conhecidos por identificar e explorar


oportunidades de negócios; abordagem inovadora para problemas
existentes;

2.Risco: riscos calculados para aproveitar oportunidades de negócio; riscos


financeiros, de tempo e de carreira;

3.Visão: visão clara do que querem alcançar e como chegar lá; pensar a
longo prazo e antecipar tendências e mudanças no mercado;

4.Paixão: motivação interna para terem sucesso (!)

ou com equipe reduzida; assume a maior parte dos riscos e


responsabilidades;

2.Social: resolver problemas sociais, ambientais ou culturais; soluções


inovadoras sustentáveis; geração de impacto social e lucro;

3.Corporativo: funcionários desenvolvem produtos serviços que fazem


empresa crescer; ajudam na mudança do mercado;
4.Pequenas empresas: criação e gestão de pequenas empresas, lojas de
varejo, restaurantes e prestadores de serviço; ajudam economia local;
podem vir a crescer;

5.Base tecnológica (Startup): criação de empresas inovadoras tech;


crescimento rápido e escala; atração de investidores para expansão;

6.Franquia: aquisição de licença para operar e replicar modelo de negócio;


franqueado paga uma taxa (royalty) ao franqueador em troca do direito de
usar sua marca, produtos e serviços;

7.Oportunidade: identificação de oportunidade de negócio no mercado


decidindo explorá-lo obtendo lucro;

8.Necessidade: negócio iniciado por falta de opções de emprego ou fontes


de renda; motivado pela sobrevivência econômica; autoemprego;

Fatores que influenciam:

-Habilidades e conhecimentos: educação, exp profissional; gestão eficaz;

-Capital próprio e financiamento: capacidade de investir obtendo


financiamento externo;

-Condições econômicas

-Concorrência e mercado

-Políticas e regulamentações

-Infraestrutura e acesso a recursos


FERRAMENTAS - EMP E STARTUP - 2

-Startup
-Empresa jovem de desenvolvimento inicial que explora ideia de negócio
única, inovadora ou disruptiva; desenvolve, testa e lança produtos, serviços,
modelos de negócio com alto potencial de crescimento;

-Abordam nichos de mercado não atendidos e resolvem problemas


existentes de maneiras novas; impulsionadas por tech;

-Estrutura ágil, adaptável e tomada de decisões rápidas

-Resposta rápida às condições de mercado e demandas dos clientes;

-Contam muitas vezes com financiamento externo, investidores e capital de


risco para acelerar expansão;

-Alto potencial de crescimento e retorno lucrativo para investidores;

-Riscos altos, competição alta;

1.Inovação: capacidade de concentrar ideias inovadoras e abrir novos


mercados;

2.Fase inicial: estão na fase inicial de desenvolvimento, construindo base


de clientes e alcançando sustentabilidade;

3.Risco e incerteza: novas ideias podem ou não dar certo; riscos


financeiros e pessoais;

4.Crescimento e escalabilidade: potencial para crescer e escalar


rapidamente; crescimento acelerado para novos mercados e grande número
de clientes;

5.Flexibilidade adaptativa: podem mudar rapidamente de direção,ajustar


suas ofertas de produtos e serviços e responder feedback do mercado;

6.Cultura: trabalho dinâmico, colaborativo, orientado a resultados;


criatividade, iniciativa na tomada de decisões rápida, autonomia;
7.Financiamento: capital de risco, investidores-anjo ou outras formas de
financiamento externo; investidores fornecem recurso financeiro em troca
de participação na empresa esperando resultados significativos;

8.Rede de apoio: ecossistemas de empreendedorismo como incubadoras ,


aceleradoras e programas de mentorias;

Tipos:

1.De Base Tecnológica: desenvolvimento e venda de produtos baseados


em tecnologia, como software e hardware, IA, biotecnologia, etc.;

2.De Produtos: produtos físicos inovadores, eletrônicos ou de consumo


industrial;

3.De Serviços: consultoria, marketing digital, serviços financeiros, saúde e


educação;

4.De Mercado (marketplaces): plataformas online ou aplicativos para


conectar compradores e vendedores facilitando transações e interações
entre usuários; e-commerce, caronas, acomodações;

5.De Software de Serviço (SaaS): soluções em nuvem; clientes pagam


assinatura para acessar software em vez de comprar licença;

6.De Fintech: transformar serviços financeiros como pagamentos e


empréstimos, gestão de patrimônio e seguros;

7.De Biotecnologia e Saúde: medicina, diagnósticos, terapias, dispositivos


médicos e soluições digitais;

8.De Energia e Sustentabilidade: geração e armazenamento de energia


limpa, eficiência energética e gestão de recursos naturais;

9.De Economia Compartilhada: compartilhamento de recursos como


carros, acomodações ou espaços de trabalho, reduzindo custos de usuários;

10.De IA e Machine Learning: resolver e melhorar processos em diversos


setores, finanças, educação e transporte, por ex;
Financiamento:

-Próprio (bootstrapping): investimento próprio dos empreendedores com


suas economias ou receitas geradas pela própria empresa;

-Amigos e familiares: ok

-Investidores-anjo: indivíduos de alto-patrimônio líquido que investem em


troca de participação acionária, oferecendo orientação e conexões valiosas;

-Capital de Risco: VC's investem em startups com alto potencial de


crescimento e retorono;

-Incubadoras e aceleradoras: programas de apoio fornecendo espaço,


escritório, mentoria, conexões e financiamento;

-Coletivo (crowdfunding): plataformas online de financiamento coletivo


em troca de recompensas, produtos ou serviços, ou participação acionária;

-Subsídios e concursos: de org não-governamentais, fundações ou


entidades que apoiam a inovação e desenvolvimento;

-Empréstimos bancários elinhas de crédito: ok

-Financiamento de Dívida: contas conversíveis e empréstimo de capital;


FERRAMENTAS - 5S e 8S - 2

-8S- melhorar produtividade e combater desperdício;

1.SHIKARI YARO: senso de determinação e união: trabalho em equipe


motivado;

2.SHIDO: capacitação, educação e treinamento: capacitação contínua;

3.SETSUYAKU: economia e combate ao desperdício: evitar desperdício


e gastos;

4.SEIRI: utilização: o necessário para o trabalho;

5.SEITON: organização: identificação fácil de ferramentas

6.SEISO: limpeza: ambiente limpo

7.SEIKETSU: padronização e arrumação: manter condições de trabalho


favoráveis

8.SHITSUKE: disciplina: manter padrões técnicos, morais e éticos;


CICLO DE GESTÃO - 1,2 e 3

Funcões do Adm:

1.Prever

2.Organizar

3.Coordenar

4.Comandar

5.Controlar

Modelos da Adm Pública Brasileira

1.Patrimonial

2.Burocrático

3.Gerencial

Decreto Lei 200/1967

Art.6: As atividades da Adm Federal obedecerão aos seguintes princípios:

1.Planejamento:

Art.7 - A ação governamental obedecerá a planejamento que vise


promover o desenvolvimento econômico-social do País e a segurança
nacional, norteando-se segundo planos e programas elaborados e
compreenderá a elaboração e atualização dos seguintes instrumentos
básicos:

a)plano geral de governo (inicia com o processo eleitoral)


b)programas gerais, setoriais e regionais, de duração plurianual (a lei
estabelecerá de forma regionalizada as diretrizes, objetivos e metas da amd pública
federal para despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada; os planos nacionais, regionais e setoriais previstos
na CF88 serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo
CN;)

c)orçamento-programa anual

d)programação financeira de desembolso

2.Coordenação:

Art.8 - As atividades da Adm Federal e especialmente a execução dos


planos e programas de governo serão objeto de permanente coordenação.

*A coordenação será exercida em todos os níveis da Adm, mediante


atuação das chefias individuais, realização sistemática de reuniões com
participação de chefias subordinadas e a instituição e funcionamento de
comissões de coordenação em cada nível adm;

*No nível superior da Adm Federal, a coordenação será assegurada através


de reuniões do Ministério, reuniões de Min de Estado responsáveis por
áreas afins, atribuição de incumbência coordenadora a um dos Min de
Estado; funcionamento de Secretarias Gerais, coordenação central de
sistemas de atividades auxiliares;

*Quando submetidos ao Presidente da República, os assuntos deverão ter


sido previamente coordenados com todos os setores neles interessados,
inclusive no que respeita aos aspectos adm pertinentes, através de consultas
e entendimentos, de modo a sempre compreenderem soluções integradas e
que se harmonizem com a política geral e setorial do Governo; identico
procedimento será adotado nos demais níveis da Adm Federal, antes da
submissão dos assuntos à decisão da autoridade competente;
*Os órgãos que operam na mesma área geográfica serão submetidos à
coordenação com objetivo de assegurar a programação e execução
integrada dos serviços federais;

*PU - Quando ficar demonstrada a inviabilidade de celebração de convênio


com órgãos estaduais e municipais que exerçam atividades identicas, os órg
federais buscarão com eles coordenar-se para evitar dispersão de esforços e
de investimentos na mesma área geográfica;

3.Descentralização:

Art.10 - A execução das atividades da Adm Federal deverá ser


amplamente descentralizada;

*A descentralização será posta em prática em 3 planos principais:

1.Dentro dos quadros da Adm Federal distinguindo-se claramente onível de


direção do de execução;

2.Da Adm Federal para as unidades federadas, quanto estejam devidamente


aparelhadas e mediante convênio;

3.Da Adm Federal para a órbita privada mediante contratos ou concessões

*Em cada órgão da Adm Federal os serviços que compõem a estrutura


central de direção devem permanecer liberados das rotinas de execução e
tarefas de mera formalização de atos adm, para que possam concentrar-se
nas atividades de planejamento, supervisão, coordenação e controle;

*A Adm casuística, assim entendida a decisão de casos individuais,


compete ao nível de execução especialmente aos serviços de natureza local
que estão em contato com os fatores e com o público;

*Compete à estrutura central de direção o estabelecimento das normas,


critérios, programas e princípios, que os serviços responsáveis pela
execução são obrigados a respeitar na solução dos casos individuais e no
desempenho de suas atribuições;
*Ressalvados os casos de manifesta impraticabilidade ou inconveniência, a
execução de programas federais de caráter nitidamente local deverá ser
delegada no todo ou em parte mediante convênio aos órgãos estaduais ou
municipais incumbidos de serviços correspondentes;

*Os órgãos federais responsáveis pelos programas conservarão autoridade


normativa e exercerão controle e fiscalização indispensáveis sobre a
execução local, condicionando-se à liberação dos recursos ao fiel
cumprimento dos programas e convênios;

*Para melhor desincumbir-se das tarefas de planejamento, coordenação,


supervisão e controle e com objetivo de impedir o crescimento
desmesurado da máquina admm, a Adm procurará desobrigar-se da
realização material de tarefas executivas, recorrendo sempre que possível à
execução indireta mediante contrato, desde que exista na área iniciativa
privada suficientemente desenvolvida e capacitada para desempenho dos
encargos de execução;

*A aplicação desse critério está condicionada em qualquer caso aos


ditames do interesse público e às conveniências da segurança nacional;

4.Delegação de Competência:

Art.11 - A delegação de competência será usada como instrumento de


descentralização adm, com objetivo de assegurar maior rapidez e
objetividade às decisões, situando-se na proximidade dos fatos , pessoas e
problemas a atender;

Art.12 - É facultado ao Presidente da República, aos Min de Estado e em


geral às autoridades da Adm Federal delegar competência para prática de
atos adm, conforme se dispuser em regulamento;

*PU - O ato de delegação indicará com precisão a autoridade delegante, a


autoridade delegada e as atribuições objeto de delegação;
5.Controle

Art.13 - O controle de atividades de Adm Federal deverá exercer-se em


todos os níveis em todos os órgãos, compreendendo particularmente:

a)o controle pela chefia competente da execução dos programas e


observância das normas que governam a atividade específica do órgão
controlado;

b)o controle pelos órgãos próprios de cada sistema, da observância das


normas gerais que regulam oexercício das atividades auxiliares;

c)o controle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos bens da


União pelos órgãos próprios do sistema de contabilidade e auditoria;

Art.14 - O trabalho Adm será racionalizado mediante simplificação de


processos e supressão de controles que se evidenciam como puramente
formais ou cujo custo seja evidentemente superior ao risco;

---

PPA- Plano Pluri Anual (Médio Prazo)

Ato das Disposições Constitucionais Transitórias

Art.35 - O disposto no Art 165 será cumprido de forma progressiva no


prazo de até 10 anos, distribuindo-se os recursos entre regiões
macroeconômicas em razão proporcional à população a partir da situação
verificada no biênio 86-87;

*Até a entrada em vigor da lei complementar serão obedecidas as seguintes


normas: 1-projeto plurianual para vigência até o final do primeiro exercício
financeiro do mandato presidencial subsequente será encaminhado até
quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro
(primeiro ano de mandato) e devolvido para sanção até o encerramento da
sessão legislativa;
Prazos do ciclo PPA:

-PPA deve ser encaminhado 4 meses antes do encerramento do primeiro


exercício financeiro (primeiro mandato)

-2018 partidos propõem plano de governo que se converterá em programas


efetivos com plano pluri anual; eleições ocorrem;

-2019 (primeiro ano de governo) novo governo eleito assume, porém ainda
está cumprindo neste primeiro ano o final do PPA/LOA/LDO do governo
anterior;

-2020 (segundo ano de governo) entra em vigor o PPA/LOA/LDO do


governo em questão, com duração de 4 anos (2020, 21, 22 e 23);

-2022 partidos propõem plano de governo que se converterá em programas


efetivos com plano pluri anual; eleições ocorrem;

-2023 (primeiro ano de governo) novo governo eleito assume, porém ainda
está cumprindo neste primeiro ano o final do PPA/LOA/LDO do governo
anterior;

-2024 (segundo ano de governo) entra em vigor o PPA/LOA/LDO do


governo em questão, com duração de 4 anos (2024, 25, 26 e 27);
*PPA (plano pluri anual) enviado até 31/08 e sancionado até 22/12

*LDO (lei de diretrizes orçamentárias) enviada até 15/4 e sancionada até


17/7

*LOA (lei orçamentária anual) enviada até 31/08 e sancionada até 22/12

*cada ente federado (Federal, Estadual, Municipal e DF) tem seus prazos
específicos e diferenciados;

*LOA é de iniciativa privativa do Presidente da República, vinculado a


prazos determinados acima; o não cumprimento dos prazos é crime de
responsabilidade;

*ciclo de governo - 4 anos

*ciclo de PPA - 4 anos (começa no segundo ano de governo)

Manual Técnico do Orçamento 2019 (editado anualmente) prevê:

-que o PPA é um instrumento de planejamento estratégico de médio prazo


que estabelece de forma regionalizada as diretrizes e as metas da Adm
Pública Federal para despesas de capital e outras delas decorrentes e para
as relativas aos programas de duração continuada;

*Entre os instrumentos de planejamento obrigatoriamente elaborados a


cada mandato do chefe do Poder Executivo, o único considerado de médio
prazo é o PPA;

---
Estratégia Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - ENDES
(Longo Prazo)

PL 9.163/2017

Art.9 - propõe o horizonte de 12 anos para a Estratégia Nacional e, em seu


Art.10 - dispõe sobre o conteúdo desta em seis partes;

1.Diretrizes e bases do desenvolvimento econômico e social nacional


equilibrado;

2.Desafios a serem enfrentados pelo país;

3.Cenário macroeconômico;

4.Orientações de longo prazo;

5.Macrotendências e seus impactos nas políticas públicas;

6.Riscos e possíveis orientações para construção de suas medidas


mitigadoras;

-O ENDES consiste em um dos instrumentos do planejamento do


desenvolvimento nacional equilibrado, sendo que o detalhamento das
políticas públicas deverá ser apresentado nos respectivos planos nacionais,
setoriais e regionais e no PPA;

Art.13 - destaca o seguinte conteúdo mínimo para planos nacionais;


setoriais e regionais:

1.Diagnóstico do setor;

2.Objetivos estratégicos, de modo compatível com outros planos


governamentais correlatos;

3.Vigência;
4.Metas necessárias ao atendimento dos objetivos;

5.Estratégias de implementação necessárias para alcançar os objetivos e as


metas;

6.Identificação dos recursos necessários e dos responsáveis pela


implementação dos riscos e suas respostas;

7.Análise de consistência com outros planos nacionais, setoriais e regionais


e as suas relações com isntrumentos de planejamento do PPA, com a Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) e com a Lei Orçamentária Anual (LOA);

8.Ações para situações de emergência ou contingência;

9.Mecanismos e procedimentos para monitoramento e avaliação de


eficiência, eficácia e efetividade + economicidade das ações programadas

---

Planejamento

-Envolver um destino, avaliar rotas alternativas e determinar o curso


específico para alcançar o destino escolhido;

-Diagnosticar situação atual, ou nova, avaliar a informação diagnosticada,


determinar objetivo, meta, destino e depois traçar o caminho para se
alcançar o destino escolhido;

-Substituir o improviso pela ciência, ou seja, deixar de executar em


primeiro lugar, e passar a priorizar o planejamento como primeiro passo;

-Visualizar o futuro e traçar um plano de ação;

-É o processo adm que determina antecipadamente o que um grupo de


pessoas deve fazer e quais metas que devem ser atingidas;

-Estrutura estratégica, tática e operacional; no nível estratégico são tomadas


decisões e no nível operacional são definidas as rotinas; o nível tático é o
intermediário que interpreta as decisões e implanta no nível operacional;

-Ao realizar o planejamento é necessário definir os recursos, a finalidade e


como implantar e verificar os possíveis desvios;
-Controlar a execução para que o produto do planejamento seja alcançado
com sucesso dentro do orçamento disponível e no tempo previsto;

-Importante fazer análise de informações e dados;

Conceitos

-Planejamento: metodologia adm que permite diagnosticar, analisar as


situações atuais; estabelecer objetivos, metas e resultados a serem
alcançados pelas empresas e de delinear ações e estratégias para alcance;
leis e normas que servem de sustentação do processo adm;

-Plano Estratégico: plano de médio a longo prazo que contém estratégia,


objetivos e metas da org, elaborados após diagnóstico de ambiente, interno
e externo; declaração do negócio, da missão e da visão de futuro +
indicadores de gestão;

-Gestão estratégica: conjunto de decisões que determinam o desempenho


de uma org no longo prazo; esse tipo de gestão inclui análise profunda dos
ambientes internos e externos; formulação, implantação, avaliação e
controle de estratégia;

-Alta Administração: conjunto de gestores de nível hierárquico


estratégico da org com poderes para estabelecer políticas, objetivos;
direção geral da org; dirigente; ministros, secretários-executivos,
secretários e autoridades equivalentes, presidentes de tribunais, diretores de
agências nacionais, autarquias, fundações do poder público, presidentes de
empresas públicas e sociedades de economia mista;

-Indicadores de Gestão: medidas utilizadas para avaliar o resultado de


processos da org e nível de alcance de metas; estabelecimento de metas
quantificadas; análise crítica do desempenho da org; subsidiar o processo
decisório e replanejamento;

Lei 13.249/2016 que institui o PPA aborda alguns conceitos de Gestão:

Art.2 - O PPA 2016-19 é um instrumento de planejamento governamental


que define diretrizes, objetivos e metas da Adm pública federal para
despesas de capital e outras delas decorrentes e para relativas aos
programas de duração continuada, viabilizando a implementação e gestão
de políticas públicas;

Art.5 - Reflete políticas públicas e orienta atuação governamental por meio


de Programas Temáticos e de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado,
assim definidos: (?)

Art.6 - Programa Temático é composto assim:

2.Indicador, que é uma referência que permite identificar e aferir,


periodicamente, aspectos relacionados a um Programa, auxiliando
avaliação de seus resultados;

Art.11 - A gestão do PPA consiste na articulação dos meios necessários


para viabilizar o alcance dos Objetivos e Metas, sobretudo para garantia de
acesso às políticas pelos segmentos populacionais mais vulneráveis e busca
o aperfeçoamento: (?)

Estrutura do Planejamento:
Temporalidade do Planejamento:

---

Políticas Públicas

-As carreiras do Ciclo de Gestão do Poder Executivo Federal são aquelas


responsáveis por atividades necessárias à gestão e avaliação de políticas
públicas para promoção do desenvolvimento nacional e melhora do acesso
aos serviços públicos;

-Ciclo composto de etapas, sendo que cada uma possui uma carreira com
qualificação específica para realizar as atividades pertinentes;

Etapas:

1.Diagnóstico de necessidades em algum setor

2.Elaboração das políticas públicas para suprir essa demanda

3.Dimensionamento orçamentário e adequação das políticas ao orçamento


disponível

4.Monitoramento da aplicação dos recursos, identificação de eventuais


erros e avaliação de resultados

5.Melhoria do processo
Carreiras do Cilco de Gestão

Analista de Comércio Exterior (ACE)

-Atividades de gestão do comércio internacional; formulação,


implementação e avaliação de políticas relacionadas à elevação do nível de
competitividade e inovação industrial, comércio e serviço brasileiros;
ampliação de investimentos e volume de comércio exterior dos setores
produtivos; fortalecimento da inserção internacional da economia brasileira
e do desenvolvimento do país;

-Associação dos Analistas de Comércio Exterior (AACE)

Planejamento e Orçamento (APO e TPO)

-Planejamento de gastos e gestão orçamentária do governo federal; cargos


de Analista de Planejamento e Orçamento (APO) e Técnico de
Planejamento e Orçamento (TPO); coordenação de processos
relacionados a essas atividades e elaboração, acompanhamento e execução
de orçamento federal;

-TPO participam das etapas de coleta e tratamento primário de elementos


necessários à elaboração, execução, acompanhamento e processamento de
trabalhos orçamentários; análise e consolidação de informações que
subsidiam a formulação de diretrizes da política orçamentária; revisão e
acompanhamento de orçamentos governamentais;

-Ministério do Planejamento, orçamento e Gestão; Secretaria de Orçamento


Federal (SOF); Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos
(SPI);
Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG)

-Atividades de gestão governamental; elaboração, implementação e


avaliação de políticas públicas, assessoramento de dirigentes do alto
escalão da Adm Federal; vinculados ao Min do Planejamento; carreira
transversal que atua nos diversos órgãos da Adm Federal (direta, autárquica
e fundacional)

-Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão


Governamental (ANESP);

---

Estágios do Cilco de Políticas Públicas:

1.Agenda - seleção de prioridades

2.Formulação - apresentação de soluções alternativas

3.Implementação - execução das políticas públicas

4.Avaliação - análise das ações

*Nem sempre os estágios são seguidos à risca


----

IPEA (TPP e TD)

-Pesquisadores que fornecem suporte técnico e institucional às ações


governamentais para formulação e reformulação de políticas públicas e
programas de desenvolvimento; Técnico em Planejamento e Pesquisas
(TPP) e Técnico em Desenvolvimento (TD)

-Pesquisas econômicas e sociais e avaliação de ações governamentais;

-Associação dos Funcionários do IPEA (AFIPEA)

----

*O novo Ciclo de Gestão é alimentado por informações dos resultados


observados e registrados nos Balanços e Demonstrações de Resultado;
PROCESSO DECISÓRIO - 1

-Decisões tomadas diariamente pelos adm, afim de resolver problemas ou


aproveitar oportunidades;

-Qualidade das decisões determinam desempenho da org.;

-Cada decisão está na incerteza de seus resultados;

-Chester Barnard - As funções do Executivo - inseriu o conceito de tomada


de decisão, substituindo expressões de "alocações de recursos" ou
"definições de políticas";

-Decisão é a escolha entre alternativas ou possibilidades com o objetivo de


resolver um problema ou aproveitar uma oportunidade;

-Desde Barnard a tomada de decisão passou a ser encarada como essência


do trabalho de um administrador (finanças, marketing, recursos humanos,
produção, operações);

-Estimar consequências e impactos da tomada de decisão na organização;

-Calcular riscos e probabilidades que acompanham suas decisões;

Ambiente da tomada de decisão

-Cada organização deve ser organizada em uma escala que vai da completa
certeza à completa incerteza, de acordo com a disponibilidade de
informações sobre cada alternativa e seus resultados;

-A racionalidade na tomada de decisão reside na escolha de estratégias


mais apropriadas para se alcançarem objetivos delineados;
-Certeza: situação na qual toda informação necessária para tomada de
decisão se encontra disponível; o adm conhece o objetivo a alcançar e tem
informações precisas e confiáveis sobre os resultados e consequências de
cada alternativa possível; poucas decisões são tomadas em situação de
certeza;

-Risco: situação na qual não é possível prever com certeza os resultados


associados a cada alternativa, mas há informações suficientes para estimar
suas probabilidades de ocorrência; essas probabilidades podem ser
calculadas por meio de modelos matemáticos e estatísticos ou baseados na
experiência e nos conhecimentos dos adm; a maioria das decisões
organizacionais são tomadas em ambientes de risco;

-Incerteza: situação na qual a informação sobre as alternativas e suas


consequências é incompleta e imprecisa; os adm não conseguem estimar
com precisão os riscos associados a cada alternativa ; decisões que
envolvem fatores fora do controle do adm) legislatura, conjuntura
econômica, etc.) ou o desconhecimento de informações fundamentais, o
que acontece quando se lida com novos mercados ou produtos; algumas
decisões são tomadas em ambiente de elevada incerteza;

Tipos de decisões

-Programadas e Não Programadas

1.Programadas - são soluções para situações repetitivas e estruturadas


determinadas por abordagens específicas para quais a organização já
desenvolveu mecanismos de atuação e controle; é uma resposta a
problemas organizacionais recorrentes e serve para resolver situações
simples ou complexas, desde que sejam estruturadas e definidas; a maioria
das decisões organizacionais são programadas;
-Limitam a liberdade do adm; não dependem muito do seu julgamento, mas
sim de mecanismos já definidos e testados;

-Regras: normas explícitas sobre como o adm deve proceder perante uma
situação estruturada; simples de usar e garantem uniformidade e
consistência;

-Procedimentos: série de etapas sequenciais que devem servir para


responder a uma situação bem estruturada; ao identificar a situação, o adm
deve apenas executar a sequencia de passos predefinidos;

-Políticas: são orientações genéricas sobre como proceder em situações


recorrentes, mas menos estruturadas; políticas apenas estabelecem
parâmetros de atuação, não atuando em uma solução específica; contêm
certa ambiguidade, deixando espaço para interpretação e o julgamento do
gestor;

2.Não-Programadas: soluções específicas para resolver situações


desestruturadas e pouco frequentes, para as quais a informação é
incompleta e ambígua; pela sua importância, exigem que se desenvolva
uma resposta customizada e por essas razão são resultados de um processo
decisório que inclua maior planejamento e análise, o que exige maior
tempo;

-A maioria das decisões em nível estratégico são consideradas não-


programadas; exigem análise de toda informação que conseguirem coletar e
usar seu julgamento individual para tomar a decisão mais adequada;
Fundamentos da Tomada de Decisão

Etapas do Processo Decisório

1.Identificação da situação/problema: sempre que houver disparidade


entre o estado atual e o estado desejado para a org, a identificação de uma
oportunidade ou problema inicia o processo;

2.Análise e diagnóstico da situação/problema: estabelecimento de


objetivos para gerar alternativas de solução, no entanto, antes de gerá-las
devemos analisar as causas subjacentes; a causa-raiz do problema ou da
oportunidade é fundamental para enquadrar corretamente a situação;

3.Desenvolvimento de alternativas: gerar possibilidades de ações que


permitam responder às necessidades da situação e solucionar as causas
subjacentes; muitas empresas falham porque os gestores não conseguem
gerar alternativas; brainstorming;
4.Avaliação de alternativas: uma vez que temos o conjunto de alternativas
de ação, avaliamos e comparamos elas objetivando a seleção da melhor;
devemos considerar os impactos de cada alternativa como financeiro,
benefícios, ativos intangíveis, tempo, risco, etc.; usar matriz de prós e
contras; lista de vantagens e desvantagens; atribuição de pesos
diferenciados; árvore de decisão e matriz de resultados;

5.Seleção e implementação da melhor alternativa: adm seleciona a


melhor que se adequa aos objetivos e valores da org e que resolva os
problemas ou aproveite a oportunidade;

6.Monitoramento e feedback: avaliação da eficácia no alcance das metas;


coleta de informações e feedbacks que possibilita avaliar se uma nova
decisão ou retificação são necessárias;

*tomar decisões ótimas que maximizem resultados;

Modelo de Racionalidade e Intuição na Decisão

Premissas:

-Situação definida

-Metas claras e conhecidas

-Sem restrições de tempo e recursos

-Informação precisa, mensurável e confiável das alternativas e resultados


potenciais;

-Critérios de avaliação claros, constantes no tempo e estáveis

-Decisor racional que usa lógica para avaliar e ordenar alternativas

*contexto material de recursos e restrições de tempo limitam a


racionalidade no processo decisório
Com a racionalidade limitada, adm utiliza princípios heurísticos para
tomada de decisão; regras empíricas para simplificar o processo decisório:

1.Heurística da disponibilidade: tendência a basear os julgamentos em


eventos e infos que estão disponíveis facilmente na memória; tendencia a
recordar com facilidade acontecimentos frequentes e recentes, além dos
marcantes do ponto de vista emocional;

2.Heurística da representatividade: tendência para basear os julgamentos


em estereótipos previamente formados; avaliar a probabilidade de
determinado evento ou acontecimento comparando-o a uma categoria a
qual estão familiarizados;

-Heurísticas simplificam o processo decisório e tem duas grandes


vantagens: economizam tempo do decisor, o que compensa a perda da
qualidade, e apresentam uma formulação consistente e razoável, que
conduz a resultados satisfatórios; entretanto, produzem desvios
sistemáticos no julgamento influenciando as decisões; são vieses cognitivos
involuntários e intuitivos levando á perpetuação de erros na avaliação de
decisões;

-Há 8 armadilhas psíquicas identificadas por Hammon e Raiffa no que


concerne aos processos decisórios:

1.Ancoragem: ancorar o julgamento em uma informação inicial,


dificultando assim o ajuste de informações posteriores;

2.Perpetuação do Status Quo: favorecer alternativas que perpetuam a


continuidade evitando mudanças;

3.Custo irrecuperável: fazer escolhas que justifiquem decisões passadas,


mesmo que essas decisões revelem estarem erradas;

4.Evidência confirmadora: buscar informações que corroborem seu


instinto ou seu ponto de vista evitando informações que a contradigam;
5.Formulação do Problema: diante do primeiro passo de identificar a
situação, o modo como a situação é formulada pode influenciar escolhas
feitas;

6.Lembrança: valorizar acontecimentos presentes na memória;

7.Excesso de confiança: confiar demais na precisão de suas previsões, o


que pode levar a falhas no julgamento e avaliação de decisões;

8.Prudência: fazer estimativas e projeções muito seguras e conservadoras

Estilos de tomada de decisão:

-Diretivo: característico de pessoas orientadas para o desempenho e com


baixa complexidade cognitiva; adm lógicos, focados no curto prazo e
eficientes; rapidez na tomada de decisões e alcance de resultados; decisão
em aspectos técnicos com pouca informação e dados, considerando pouco
as alternativas; não sentem conforto em situações pouco estruturadas,
tomando decisões com base nas regras e procedimentos existentes;

-Comportamental: forma de decisão baseada no bem-estar das pessoas;


adm são abertos e comunicativos e entendem impactos nas pessoas;
preocupação com pessoas e suas metas; aconselhamento e persuasão;
evitam conflitos;

-Analítico: pessoas orientadas para tarefas e com elevada complexidade


cognitiva; autocracia com decisões teécnicas racionais com base m dados
objetivos; muitos dados e muitas alternativas; análise detalhada da
informação e maximização dos resultados alcançados com a decisão;
demora para processamento de dados e informações;

-Conceitual: decisões socialmente orientadas; participativos e criativos


com decisões a longo prazo; dados de múltiplas fontes, pessoas ou controle
gerencial; diversas alternativas; valor a ética no processo decisório;
estimulam consciência e abertura nas relações; partilham metas com
subordinados;
*Processos decisórios diários devem ser potencializados pelas organizações
através de recursos físicos, financeiros e humanos;

*Administrador regula o processo decisório da maneira mais eficaz


possível, tomando providências para que o processo decisório seja eficaz;

Você também pode gostar