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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Estado, Governo e Sociedade


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ESTADO, GOVERNO E SOCIEDADE

Ao utilizar como referência o Dicionário, podemos chegar aos seguintes conceitos:


Estado: s.m. (lat. status,us) (...) 3. Instituição social que se destina a manter a organiza-
ção política de um povo (inicial maiúsc.). 4. O governo, a administração superior de um país;
um conjunto de poderes públicos instituídos (inicial maiúsc.). 5. Unidade de divisão política,
administrativa e territorial de certos países. (...)
O Estado terá leis, normas, para que se possa viver em sociedade. O representante do
Estado é o governo. Poderes: Legislativo, Judiciário e Executivo. Dentro do Estado há terri-
tório, povo, governo e setor privado.
Sociedade: s.f. (lat. sociabilis) 1. Conjunto de homens ou de animais que vivem em grupos
organizados. 2. Conjunto de membros de uma coletividade, sujeitos às mesmas leis; comu-
nidade. 3. Cada um dos diversos estágios da evolução do gênero humano. (...)
5m
Não necessariamente toda sociedade tem território. É possível viver de forma nômade,
por exemplo, de acordo com as próprias normas. Para formar um Estado, a sociedade pre-
cisa de um território.
Território: s.m. 1. grande extensão de terra. 2. área de município, distrito, estado, país etc.
3. Território pode ser uma área delimitada sob uma posse, seja de um animal, uma pessoa ou
de um grupo, de uma organização ou de uma instituição. O termo pode ser também utilizado
na política, na biologia e na psicologia.
Ex.: Argentina, Uruguai, Chile, Distrito Federal, Amazonas, Ceará, Manaus, Recife, Porto
de Galinhas.
Mercado: s.m. (lat. mercatus,us’comércio, negócio’) (...) 3. Reunião periódica de nego-
ciantes em lugar de domínio público. 4. O conjunto dos negócios que são realizados. (...) 8.
ECON O conjunto das transações econômicas, seja no âmbito nacional, seja no plano inter-
nacional. (...)
O setor privado gera bens e serviços. A sociedade vai consumir os produtos e serviços
gerados pelo mercado e trabalhar nele. O mercado entra com a essência de produção de
bens e serviços. O setor privado pode fazer tudo que a lei não proíbe, mas ele é regulado por
lei para não passar de seus limites. O setor público só pode fazer o que a lei permite.
Perceba que três conceitos andam conectados (estado, sociedade e mercado), pois o
Estado é aquele que detém o poder de criar regras, ou seja, de legislar. É o estado quem
possui um conjunto de instituições que irão regular a relação da sociedade com o mercado.
ANOTAÇÕES

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O mercado, por sua vez, é aquele que detém os recursos e assim será capaz de gerar bens
e rendas, além do trabalho e consumo. O mercado depende da sociedade para sobreviver e
irá respeitar aquilo que a legislação não proíba. Lembre-se de que no Brasil temos o princípio
da legalidade, onde a iniciativa privada pode realizar tudo o que a lei não proibir. O Estado
tem o poder de legislar, representado pelo governo.
10m
Em último, e não menos importante que os demais, temos a sociedade, que depende de
um Estado forte e organizado para protegê-la e do mercado para adquirir seus recursos. É
a Sociedade que define a duração do Mercado, pois ela detém a opção de compra e assim,
amparada pelo Estado, tem o poder de decidir onde comprar.
O Estado garante a competitividade do mercado a partir da fiscalização para que a socie-
dade consuma produtos de qualidade e com preços justos.
Ao lidar com a Administração Pública é importante relacionar a Sociedade com o
Estado, veja:
1821 – 1930 1930 – 1965 1985 –...
Estado Patrimonial Burocrático (Getúlio Vargas) Gerencial
15m
Sociedade Mercantil Senhorial (capitanias hereditárias) Capitalista Industrial Pós-industrial

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Quanto aos conceitos introdutórios da administração, julgue o item.
Durante o período de administração patrimonialista, houve um esforço do governo no
sentido de reprimir o nepotismo e a corrupção.

COMENTÁRIO
Dom João, Dom Pedro I e Dom Pedro II indicavam os parentes, gastavam dinheiro público
com festas e a burguesia. Eles não combatiam a corrupção, porque eles mesmos eram
corruptos. Isso era a essência do patrimonialismo.

O Estado, ou Administração, Patrimonial surgiu com a chegada da Família Real, e con-


sequentemente alguns vícios surgiram, como a não separação da coisa pública da privada,
mas o que nos importa é saber que nesse período havia produtos que imperavam o mercado,
como o café, o açúcar, algodão, dentre outros.
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Com o golpe de Vargas (Burocracia), para tentar eliminar vícios patrimonialistas e encer-
rar o ciclo da política café com leite dos Estados de Minas Gerais e São Paulo, passamos
à Administração Burocrática, e no mesmo período ocorria a revolução industrial em todo o
mundo. Avançando à Administração Gerencial, especificamente a partir do ano de 1995, o
Brasil passou a reduzir sua participação no Mercado, transferindo suas atribuições à inicia-
tiva privada por meio de privatizações, terceirizações, contratos de gestão etc. O Estado
passa a sair do mercado, mas entram as agências reguladoras.
20m

A sociedade gera mão de obra, consome o que o mercado oferece e vota nos represen-
tantes do Governo.
Em análise ao livro de Políticas Públicas de Dias e Matos é possível identificar algumas
características do Estado, como:

• O Estado está presente em toda parte;


• O Estado é uma criação humana, constitui uma entidade;
• A função legislativa é a manifestação da vontade do Estado;
• O Estado é responsável pela ordem, justiça, bem comum;
• O Estado tem recursos limitados a serem utilizados.
25m

Além das características, podemos encontrar ainda as funções do Estado na obra de


Dias e Matos:
a. Definir e manter a prioridade entre as muitas demandas conflitantes;
b. Direcionar recursos para onde eles sejam mais eficazes;
c. Inovar quando as políticas existentes tiverem falhado;
d. Coordenar objetivos conflitantes num todo coerente;
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e. Ser capaz de impor perdas a grupos poderosos. Ex.: imposto de renda: quem ganha
mais paga mais proporcionalmente;
f. Representar interesses difusos e desorganizados além daqueles que são concentra-
dos e bem organizados;
g. Assegurar a implementação efetiva das políticas governamentais uma vez que elas
tenham sido decididas;
h. Assegurar a estabilidade das políticas para que elas tenham tempo para surtir efeito;
i. Assumir e manter compromissos internacionais nas áreas de comércio e defesa
nacional para assegurar o bem-estar duradouro do Estado;
j. Administrar cisões políticas para que a sociedade não degenere em guerra civil;
k. Assegurar adaptabilidade das políticas quando as mudanças das circunstâncias
o exigirem;
l. Assegurar coerência entre diferentes âmbitos de políticas, para que as novas políti-
cas sejam compatíveis com as já existentes;
m. Assegurar uma coordenação eficiente das políticas entre os diferentes atores que
operam num mesmo âmbito de políticas.

Ex.: no final de 2019 e início de 2020, foram se desenrolando políticas públicas por conta
da Pandemia.
30m

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
2. Considerando que o Estado não se confunde com as sociedades privadas e nem com
a sociedade civil em geral, é correto afirmar que os objetivos do Estado são os da
a. lucratividade e do market share.
b. proteção do indivíduo e da proteção social.
c. avaliação de desempenho e da defesa social.
d. ordem e da defesa social.
e. análise de mercado e do alcance de resultados.
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COMENTÁRIO
Posso imaginar a dúvida sobre dois itens, o B e o D, pois todos os demais acabam se
eliminando por si só ao abordarem coisas distintas das que descrevemos até o momento.
Na dúvida tente se lembrar da supremacia do interesse público ou do interesse coletivo, e
assim o Estado não foca a proteção do indivíduo, mas a proteção coletiva, o bem comum.

3. Dentre as três funções básicas do Estado, uma tem por suas três missões básicas:
intervenção, fomento e serviço público. Trata-se da função em qual das alternati-
vas a seguir?
a. Legislativa.
b. Executiva.
c. Administrativa.
d. Burocrática.
e. Organizacional.

GABARITO
1. e
2. d
3. c

Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Bruno Eduardo Martins.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição em vídeo pela leitura exclusiva deste
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ESTADO, GOVERNO E SOCIEDADE II

ESTADO, GOVERNO E SOCIEDADE

Vale destacar a própria Constituição Federal de 1988 em seu artigo terceiro:

(...)
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.

Uma grande mudança ocorrida com a reforma gerencial do Estado foi a de inserir téc-
nicas administrativas da iniciativa privada ao setor público, o chamado empreendedorismo.
Com essas mudanças a Sociedade passou a ser considerada o cliente do serviço público, e
para tal é chamada em muitas provas pela expressão “cidadão cliente”.
O empreendedorismo é a inovação que se tem no setor público. Com o gerencialismo, a
administração pública sai do mercado, ou seja, não está para competir com o setor privado,
mas regular e fiscalizar. Porém, as técnicas vão para dentro do Estado.
Como não foi a regra atender o cidadão como cliente no passado, atualmente o Estado tem
dificuldade em atender as necessidades de seus usuários justamente por não as conhecer.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Julgue os seguintes itens, a respeito de empreendedorismo governamental, conver-
gências e diferenças entre a gestão pública e a gestão privada, excelência nos serviços
públicos e paradigma do cliente na gestão pública.
5m
A organização pública geralmente encontra dificuldade para avaliar as necessidades dos
seus clientes, que são os cidadãos, pois não consegue captar sinais claros do mercado.
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COMENTÁRIO
O patrimonialismo escravizava a sociedade. A burocracia estava tão preocupada com a
corrupção que estava olhando apenas para a sua própria estrutura, marginalizando a so-
ciedade. O gerencialismo traz a visão na sociedade, principalmente a partir de 1995.
Como dito, a organização pública realmente tem essa dificuldade. Perceba como é difícil
separar os conceitos de Estado, Sociedade e Mercado, pois ao tratar de Administração
Pública esses três conceitos andam juntos. Um Estado depende de sua sociedade, mas a
sociedade se agrupa por afinidade e com isso são direcionados a objetivos comuns. Em
questão elaborada pela VUNESP foi abordado justamente isso.

2. É correto afirmar que o que caracteriza uma sociedade é a partilha de interesses entre
os membros e a(s).
a. articulações orgânicas de formação natural.
b. participação em atividades sem uma autoridade política.
c. atividades econômicas originadas por essas partilhas.
d. preocupações mútuas direcionadas a um objetivo comum.
e. consequentes ações que coíbem a integração de outros indivíduos.

COMENTÁRIO
Chamo atenção para o item B, que aborda a falta de necessidade de uma autoridade
política. Veja que é requisito para a sociedade a liderança e também as regras, as leis. E
para concluirmos com a necessidade das leis a fim de regular o mercado, analise a próxi-
ma questão.

3. Com respeito à administração pública, julgue os itens a seguir.


O sistema econômico racional depende de mercados regulados e da presença do Esta-
do para garantir a implementação do bem-estar material coletivo.
10m

COMENTÁRIO
O Mercado depende da existência do Estado que irá regulamentar sua atuação. Quando
tentamos separar um dos conceitos estudados o item acaba se tornando errado, veja.
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4. Julgue os itens, relativos à administração pública.


O estado de bem-estar, que considera como foco da gestão pública o atendimento ao
cidadão-cliente, deve evitar intervir nos mecanismos de mercado, mesmo se o objetivo
da intervenção for proteger determinados grupos.

COMENTÁRIO
O Estado é o fiscalizador, ele cria norma, regula, fiscaliza e pune. Se alguém estiver pre-
judicando determinados grupos, o Estado tem que intervir, porque ele precisa garantir a
igualdade e normas criadas.

REDEFINIÇÃO DO PAPEL DO ESTADO

Compreender a redefinição do Estado é aprender sobre as reformas administrativas que


ocorreram no Brasil. Nós temos três administrações, ou tipos de administrações, registradas.
A primeira é considerada Patrimonialista, inserida no Brasil com a chegada da Família Real
Portuguesa ao Brasil.
Nesse período é necessário explicar que a coisa pública não se distinguia da coisa pri-
vada, e com o poder do Rei, autoridade máxima da Administração, era comum preencher os
cargos públicos com indicações do Imperador, além de usufruir do tesouro público para inte-
resses pessoais. Ainda hoje temos tais vícios, e alguns deles podemos encontrar na própria
Constituição Federal de 1988 ao prever o cargo em comissão.
A década de 30, no Brasil, é conhecida como a era de Vargas, que se estende até o ano
de 1945. Getúlio Vargas assumiu o comando do País em decorrência de um golpe de Estado
com a deposição do Presidente Washington Luís. A intervenção de Vargas tentava colocar
um fim à Administração Patrimonialista, um fim à hegemonia da política “café com leite”. Sua
administração burocrática perde força com seu óbito, e no Governo de JK encontramos regis-
tros sobre a redução da burocracia.
15m
Importante destacar que no ano de 1967 houve a edição do Decreto Lei n. 200 que pro-
vocou a desconcentração e descentralização da Administração. Isso, em termos adminis-
trativos, consiste numa evolução e consequente flexibilização. No próprio Plano Diretor de
Bresser Pereira (PDRAE) é intitulado como rumo ao gerencialismo.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
5. Com relação à evolução da administração pública no Brasil, julgue os itens a seguir.
A Reforma Administrativa de 1967, materializada no Decreto-lei n.º 200 do mesmo ano,
transferiu vários tipos de atividades para as entidades da administração indireta, mas,
visando impedir o crescimento desmesurado da máquina administrativa, promoveu a
descentralização de tarefas executivas, mediante contratos com a iniciativa privada.

COMENTÁRIO
Foi isso que o Decreto 200 promoveu, ou seja, a descentralização e, ainda, contratos com
a iniciativa privada. Veja trecho do próprio decreto:

Art. 10. A execução das atividades da Administração Federal deverá ser amplamente des-
centralizada.
§ 1º A descentralização será posta em prática em três planos principais:
a. dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se claramente o nível de direção do
de execução;
b. da Administração Federal para a das unidades federadas, quando estejam devidamente apare-
lhadas e mediante convênio;
c. da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões.

Com o avanço da ditadura militar até o período de redemocratização, a Constituição da


República de 1988 representou um retrocesso, pois é visível a ênfase na burocracia e vícios
patrimonialistas.
No Patrimonialismo, quem está exercendo o governo da coisa pública acaba tendo alguns
requisitos que não tem no setor privado como foro privilegiado, cargos comissionados, esta-
bilidade. Por isso, há alguns vícios patrimoniais na própria Constituição da República.
20m

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
6. A respeito da evolução da administração pública no Brasil após 1930, julgue o
item seguinte.
A Constituição Federal de 1988 (CF) rompeu com o retrocesso burocrático que até então
prevalecia, ao conceder autonomia ao Poder Executivo para tratar da estruturação dos ór-
gãos públicos e proporcionar flexibilidade operacional aos entes da administração indireta.
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COMENTÁRIO
Não se rompeu com a burocracia. Ainda hoje há burocracia.

O PULO DO GATO
É comum questões das bancas abordarem que durante a ditadura militar ocorreu o re-
trocesso e durante a publicação da Constituição Federal de 1988 ocorreu um avanço.
Fiquem atentos com essas abordagens, porque, pelas normas e instrumentos publicados,
houve avanço.

Por fim, em 1995 passamos pela reforma gerencial, apesar de encontramos várias carac-
terísticas gerenciais desde 1967, e com isso passamos a ter uma administração centrada em
resultados, deixando de lado o controle prévio (a priori) em busca do controle de resultados
(a posteriori). Veja o comparativo:

25m

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
7. Acerca do modelo de administração pública gerencial, julgue o item subsecutivo.
A adoção da administração gerencial no setor público propicia a flexibilização dos proce-
dimentos operacionais e, por consequência, rompe com a rigidez excessiva de regras.
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COMENTÁRIO
É preciso sair da burocracia tradicional e entrar em burocracia moderna, segundo autores.
A burocracia tradicional é a rígida, aquela que não se pode fazer nada. O rompimento é
com a rigidez e não com a burocracia de fato.

O Governo Empreendedor passa a focar resultados de curto e médio prazo, a fim de pro-
mover o ajuste fiscal e tornar mais eficiente a Administração Pública. Como dito, o Governo
Empreendedor, ou Gerencial, foca os resultados, e comum é considerar a Administração por
Objetivos, ou Resultados, conectada à reforma gerencial. Nesse sentido, o Governo busca
alcançar a Eficácia, a Eficiência, e a Efetividade.
Quando tratamos de eficácia temos que levar em conta o planejamento e o resultado,
pois será a entrega do resultado previsto. A eficácia está ligada diretamente ao produto,
porém não à utilização do produto.
A eficiência leva em consideração a transformação com base na matéria prima. Na cadeia
de valor ao adquirir matéria prima (input) e transformá-la em algo poderá ser medida a efici-
ência com a aplicação dos recursos disponíveis. Lembre-se que quando falamos de recursos
inclusive o financeiro, e não somente ele, pois temos recursos humanos, materiais, tecnoló-
gicos, etc. Saber utilizar seus recursos é apresentar a eficiência.
30m
Por fim a efetividade, que está ligada ao usuário. É claro que quando apresentamos a
cadeia de valor a efetividade e eficácia se encontram no fim do processo, porém, somente o
usuário poderá demonstrar a efetividade do produto. Tente associar à satisfação ou atendi-
mento da necessidade do usuário
Em resumo podemos ter as seguintes palavras chaves:

• Eficácia – Objetivos
• Eficiência – Métodos
• Efetividade – Impactos

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
8. O conceito de estado moderno, ao contrário dos conceitos de sociedade e mercado,
fundamenta-se
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a. na associação voluntária dos indivíduos.


b. na hierarquia social dos grupos sociais.
c. no monopólio da coerção legalmente exercida.
d. em consensos contingentes baseados nas preferências individuais.
e. na subordinação resultante da competição no mercado político.

COMENTÁRIO
a. a sociedade pode se associar com o poder público para executar a política pública.
c. Estado Autoritário.

9. A respeito das características da Administração Pública, julgue o item.


A Administração Pública é um instrumento do Estado para a promoção do desenvolvi-
mento do País e do bem comum da sociedade.

10. Com relação à evolução da administração pública no Brasil, julgue os itens a seguir.
O Estado oligárquico, no Brasil, é identificado com a República Velha, e caracteriza-se
pela associação entre as instituições políticas tradicionais e as entidades da sociedade
civil mobilizadas em torno dos segmentos mais pobres e desprotegidos da população,
por meio de fortes redes de proteção social.

COMENTÁRIO
No Império e na República Velha, a sociedade não era nada.

RESUMINDO

A palavra ESTADO tem sua origem na expressão latina status que, por sua vez, provém
do verbo stare (manter-se, permanecer em pé).
35m
A palavra ESTADO, no sentido em que hoje empregamos, é relativamente nova. Seu
conceito apresentado por Moraes é: Estado é uma forma histórica de organização jurídica,
limitado a um determinado território e com população definida e dotado de soberania, que em
termos gerais e no sentido moderno, configura-se em um poder supremo no plano interno e
num poder independente no plano internacional.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
11. O Estado para existir necessita de alguns elementos. São eles:

I – Território: Extensão de terra que está sob direção de um governo;


II – Povo: conjunto de habitantes de um determinado local;
III – Governo: Ato ou efeito de administrar, sistema político que dirige um Estado com
poder soberano.
Dos itens acima:
a. Apenas o item I está correto.
b. Apenas os itens I e II estão corretos.
c. Apenas os itens II e III estão corretos.
d. Apenas os itens I e III estão corretos.
e. Todos os itens estão corretos.

Território: A plenitude do conceito de Estado só é possível quando consideramos sua


influência sobre um território definido. Na base territorial, ocupada por uma população, é que
se exerce o poder do Estado. Não se trata de um direito de propriedade sobre o território,
mas sim um direito público, de cunho institucional que, por vezes, sobrepõe-se aos direitos
privados. Ainda, no território estatal estão compreendidos as porções de terra, os rios, lagos,
mares interiores e o mar territorial (se for o caso), além do espaço aéreo, dos navios de
guerra e das sedes de missões diplomáticas.
Os povos nômades (que não se fixam em um território), ainda que sujeitos à autoridade
de um chefe, não formam um Estado (Azambuja, 2008), tendo em vista a inexistência de um
território que constitua o limite físico do seu poder jurídico.
Povo: Trata-se do agrupamento de pessoas que vivem em determinado território, que,
ao demonstrarem uma convergência de intenções, buscando a realização de fins comuns,
compõem o elemento de base do Estado. Devem-se distinguir os conceitos de povo e nação.
Enquanto o primeiro é composto de indivíduos simplesmente agrupados em um mesmo ter-
ritório (cidadãos), “nação” traz uma ideia de indivíduos dotados de um conjunto de fatores
comuns, usualmente de base cultural, como raça, língua, costumes, religião etc.
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Assim, é possível a nação existir sem Estado, bem como pode o Estado existir sem
nação, mas não pode existir Estado sem povo. O Estado precisa planejar suas ações. Este
planejamento assume a forma de um conjunto de decisões antecipadas que devem possibi-
litar escolher quais investimentos são prioritários e para quem.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
12. Considere as seguintes afirmações a respeito do Estado:

I – O Estado é uma nação politicamente organizada por leis próprias.


II – Para realizar suas ações, o Estado usa recursos da sociedade, dos quais se apropria,
das mais variadas maneiras; como exemplo, pode-se citar: tributos, aluguéis, renda
de serviços e empréstimos.
III – O controle das variáveis oferta, demanda e preço é atribuído ao Estado.

13. Observe os conceitos abaixo e assinale a alternativa correta, a eles correspondente:

I – Organismo político administrativo que, como nação soberana ou divisão territorial,


ocupa um território determinado, é dirigido por governo próprio e se constitui pessoa
jurídica de direito público, internacionalmente reconhecida;
II – Sistema ou modo pelo qual se rege um Estado;
III – Conjunto de princípios, normas e funções que têm por fim ordenar a estrutura e fun-
cionamento de um órgão público.
40m
I, II e III correspondem respectivamente aos conceitos de:
a. Estado, Governo e Administração Pública.
b. Governo, Estado e Administração Pública.
c. Estado, Administração Pública e Governo.
d. Administração Pública, Estado e Governo.

Poder soberano: O exercício do poder do Estado sobre o seu povo, dentro de seu terri-
tório, é supremo, ou seja, não se submete a nenhum outro. O poder é exercido sobre o terri-
tório e sobre as pessoas que nele se encontrem, sejam elas nacionais ou estrangeiras. Jun-
tamente com a noção de Poder Soberano, associa-se a Independência Estatal, isto é, resta
assegurada a liberdade de não admitir o controle por parte de outros Estados.
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Governo: Refere-se ao núcleo decisório do Estado, responsável pela definição dos obje-
tivos e das diretrizes gerais de atuação estatal. O Governo elabora políticas públicas, bem
como toma decisões político-administrativas afetas à condução da coisa pública.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
14. Com relação à organização do Estado, julgue o item seguinte.
A União é uma entidade federal autônoma, em relação às unidades federadas, à qual
cabe exercer as prerrogativas da soberania do Estado brasileiro, razão pela qual seu
conceito absorve o de Estado Federal.

COMENTÁRIO
O Governo não exerce prerrogativa de soberania. É o Estado.

15. Com relação à organização do Estado, julgue o item seguinte.


No federalismo, a soberania é atributo do Estado Federal como um todo, ao passo que
os Estados-membros dispõem de autonomia

Há três dimensões segundo as quais a estrutura do Estado é estabelecida:


Jurídica: sistema constitucional e legal;
Política: esferas de governo (União, Estados-membros, Municípios e Distrito Federal) e
Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário);
Administrativa: Governo e Administração Pública (Direta e Indireta).

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Administração Geral e Pública para concursos – abordagem completa. Renato Fenili;


Curso de Administração Pública – Foco nas Instituições e Ações Governamentais. José
MatiasPereira;
Administração Pública. Augustinho Vicente Paludo.
ANOTAÇÕES

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GABARITO
1. c
2. d
3. c
4. e
5. c
6. e
7. c
8. a
9. c
10. e
11. e
12. c; c; c
13. a
14. e
15. c

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Formas e Sistemas de Governo
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FORMAS E SISTEMAS DE GOVERNO

Em ciência política, chama-se forma de governo (ou sistema político) o conjunto de ins-
tituições políticas por meio das quais um Estado se organiza a fim de exercer o seu poder
sobre a sociedade. Cabe notar que esta definição é válida mesmo que o governo seja consi-
derado ilegítimo (Ex.: Coreia do Norte, Brasil durante a Ditadura Militar, Venezuela).
Tais instituições têm por objetivo regular a disputa pelo poder político e o seu respec-
tivo exercício, inclusive o relacionamento entre aqueles que o detêm (a autoridade) com os
demais membros da sociedade (os administrados).
A forma de governo adotada por um Estado não deve ser confundida com a forma de
Estado (unitária ou federal) nem com seu sistema de governo (Monarquismo, presidencia-
lismo, parlamentarismo, dentre outros).
5m

O PULO DO GATO
É comum que questões de prova misturem esses conceitos.

Outra medida de cautela a ser observada ao estudar-se o assunto é ter presente o fato
de que é complicado categorizar as formas de governo. Cada sociedade é única em muitos
aspectos e funciona segundo estruturas de poder e sociais específicas. Assim, alguns estu-
diosos afirmam que existem tantas formas de governo quanto há sociedades.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Acerca da estruturação da máquina administrativa no Brasil, julgue os itens a seguir. A
administração pública burocrática representou uma tentativa de substituição das prá-
ticas patrimonialistas, originárias das monarquias absolutistas, em que inexistia clara
distinção entre a res pública e a res privada.

COMENTÁRIO
No Brasil, tivemos uma monarquia. Há modelos de administração considerando a forma e
o sistema também. A burocracia substituiu a monarquia, que era uma administração patri-
monialista sem separação entre a coisa pública e privada.
ANOTAÇÕES

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Formas e Sistemas de Governo
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O sistema de governo é a maneira pela qual o poder político é dividido e exercido no


âmbito de um Estado. O sistema de governo varia de acordo com o grau de separação dos
poderes, indo desde a separação estrita entre os poderes legislativo e executivo (presiden-
cialismo), de que é exemplo o sistema de governo dos Estados Unidos, até a dependência
completa do governo junto ao legislativo (parlamentarismo), caso do sistema de governo do
Reino Unido.
Os sistemas de governo mais adotados no mundo são:

• Parlamentarismo: o parlamento escolhe o representante do executivo.


• Presidencialismo: a sociedade escolhe seus representantes.
• Semipresidencialismo: indiretamente, a sociedade participa da escolha do titular.
10m

Forma de governo: modo pelo qual é exercido o poder no Estado;


Sistema de governo: modo pelo qual o Estado é politicamente organizado.
Nas classificações mais antigas, atinente às formas de governo, de autoria de Aristóte-
les, em que adota o critério do número de governantes. Essa classificação é de duas formas:
pura e impura.
Formas puras de governo: buscam sempre ao bem comum;
Formas impuras de governo: há uma desvirtuação da atuação governamental. Ou os
governantes atuam em prol de si próprio, ou usam artifícios para iludir os governados.

FORMA PURA FORMA IMPURA


Apenas um Monarquia: apenas um indivíduo Tirania ou despotismo: apenas um
governante governa em prol do bem comum. indivíduo governa em benefício próprio
Aristocracia: poucos indivíduos Oligarquia: poucos indivíduos
Minoria governante privilegiados (nobreza) governam privilegiados (nobreza) governam em
visando ao bem comum benefício próprio.
Demagogia: os representantes do povo,
Democracia: o governo é exercido atuam em benefício próprio, fascinando
Governo exercido
diretamente pelo povo, ou por meio de os governados com metas ilusórias,
pelo povo
seus representantes. apenas para angariar o suporte de seu
poder
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Formas e Sistemas de Governo
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
2. No que diz respeito aos sistemas de governo, atente para as seguintes afirmações:

I – Monarquia é um sistema de governo em que o monarca, imperador ou rei, governa um


país como chefe de Estado, sendo o governo vitalício, ou seja, até morrer ou abdicar.
II – O parlamentarismo é um sistema de governo no qual o presidente é o chefe de Estado
e de Governo. Este presidente é o responsável pela escolha dos ministros que o auxi-
liam no governo.
III – O presidencialismo é um sistema de governo em que o Poder Legislativo proporciona
a sustentação política para o Poder Executivo.
15m

COMENTÁRIO
O Legislativo é que escolhe o representante no parlamentarismo. No presidencialismo, o
povo é que escolhe.

Segundo o filósofo francês Charles Montesquieu, há três formas de governo:


Monarquia: há apenas um governante, que exerce seu poder com base em leis fixas
estabelecidas. No Brasil, isso ocorreu em 1808, com a chegada da Família Real;
República: o povo como um todo, ou apenas uma parcela, é detentor do poder soberano; e
Despotismo: há apenas um governante, que exerce seu poder com base apenas em
sua própria vontade, atendendo a seus caprichos. Ex.: Cuba, Venezuela, Coreia do
Norte, países do Oriente.
Atualmente, no mundo ocidental, as formas fundamentais de governo são a monarquia
e a república.
De acordo com Nicolau Maquiavel, o ciclo de governo consiste em sair de um Estado
Anárquico, ir ao equilíbrio e retornar à anarquia.
ANOTAÇÕES

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Formas e Sistemas de Governo
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20m

MONARQUIA REPÚBLICA
Vitaliciedade: o monarca governa Temporariedade: o governante
até quando tiver condições físicas recebe um mandato, que é
PERÍODO DE GOVERNO
para tanto (usualmente até o final exercido até o final de um período
de sua vida). fixo pré-determinado.
Hereditariedade: há uma linha de
Eletividade: o governante é eleito
MODO DE ACESSO AO PODER sucessão familiar que garante o
pelo povo.
acesso ao poder.
Irresponsabilidade: os atos Responsabilidade: o chefe de
do monarca não precisam ser Governo deve prestar contas de
RESPONSABILIDADE
motivados, ou seja, ter seus suas ações à sociedade ou a um
motivos explícitos a seus súditos. órgão de representação popular.

O Brasil é uma República Federativa. É uma república que irá prestar contas à socieda-
de, por meio da sua divisão. O Legislativo fiscaliza o Executivo. O mandato é de 4 anos
e há eleições a cada 2 anos.

3. A partir do século XV I, a Europa Ocidental sofreu diversas transformações que pro-


moveram o crescimento das cidades, das atividades comerciais e da ciência. Foi em
meio a essas mudanças que as Monarquias Nacionais surgiram, contribuindo para o
fortalecimento do poder real e acarretando no desaparecimento gradual da servidão e
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Formas e Sistemas de Governo
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no declínio do mundo feudal. O Estado Nacional Moderno consistiu em um conjunto de


práticas envolvendo questões de ordem econômica, social e política. Assim, o símbolo
da formação dos Estados Modernos na Europa deu-se com
a. a participação dos burgueses na condução da política.
b. o processo de centralização política nas mãos do rei.
c. a unificação dos países e de suas elites.
d. o surgimento da representatividade política através do parlamentarismo.
e. as primeiras iniciativas de implementação da democracia.

COMENTÁRIO
A Europa moderna ainda tem a questão do império e da monarquia muito presente. Essa pre-
sença de reis e imperadores fazendo alianças familiares para aumentar o seu espaço terri-
torial é comum. Atualmente, há outros modelos: república, parlamentarismo, sistema híbrido.
25m

GABARITO
1. c
2. c; e; e
3. b

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Formas e Sistemas de Governo II
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FORMAS E SISTEMAS DE GOVERNO II

FORMAS E SISTEMAS DE GOVERNO

Sistema de Governo

Antecedendo a abordagem aos sistemas de governo, vamos compreender alguns papéis:

• Chefe de Estado: exerce a função de representação legítima interna e externa (inter-


nacional) do Estado. Não detém atribuições políticas (é politicamente irresponsável).
Não precisa prestar contas de suas ações. É mais político que de gestão;
• Chefe de Governo: é o líder do Poder Executivo, responsável pela elaboração e imple-
mentação de políticas sociais e econômicas. É responsável pela gestão. É politica-
mente responsável

Parlamentarismo

Os sistemas parlamentaristas costumam adotar uma diferença clara entre o chefe de governo
e o chefe de Estado, sendo este uma figura simbólica eleita indiretamente ou um monarca here-
ditário com pouco ou nenhum poder, e aquele, um primeiro-ministro responsável pelo governo
perante o parlamento. Entretanto, alguns sistemas parlamentaristas possuem chefes de Estado
eleitos e, por vezes, com alguns poderes políticos. Em geral, as monarquias constitucionais
adotam sistemas parlamentaristas de governo. O exemplo clássico é a Inglaterra.
5m

Presidencialismo

O presidencialismo é um sistema de governo no qual há uma nítida separação dos pode-


res entre o executivo e o legislativo, de maneira que o poder executivo é exercido indepen-
dentemente do parlamento, não é diretamente responsável perante este e não pode ser
demitido em circunstâncias normais.
A noção de separação estrita de poderes surgiu de forma clara na obra de Montesquieu,
como resultado de suas observações da história dos sistemas políticos da França e dos Esta-
dos da Grã-Bretanha, e foi primeiramente adotada de maneira sistemática pela constituição
dos EUA, ao instituir o cargo de presidente.
ANOTAÇÕES

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Embora em tese o sistema presidencialista não seja exclusivo de repúblicas, uma monar-
quia presidencialista é absoluta.

Semipresidencialismo

O semipresidencialismo é um sistema de governo no qual o chefe de governo (geral-


mente com o título de primeiro-ministro) e o chefe de Estado (geralmente com o título de
presidente) compartilham em alguma medida o poder executivo, participando, ambos, do
cotidiano da administração pública de um Estado. Difere do parlamentarismo por apresentar
um chefe de Estado, geralmente eleito pelo voto direto, com prerrogativas que o tornam mais
do que uma simples figura protocolar; difere, também, do presidencialismo por ter um chefe
de governo com alguma medida de responsabilidade perante o legislativo. O Presidente
representa o Estado e tem funções de fazer acordos. O Primeiro-Ministro é responsável pela
gestão e governança do Estado.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Em relação ao Estado e ao governo, bem como à administração pública, julgue os
itens a seguir.
No sistema presidencialista, predomina uma maior dependência entre os Poderes Le-
gislativo e Executivo, podendo o presidente da República ser destituído pelo parlamento.
10m

COMENTÁRIO
Há o processo de impeachment na prática. Mas, na teoria, não se pode destituir o Presidente.

PRESIDENCIALISMO PARLAMENTARISMO
É o sistema de governo típico das Monarquias
FORMA DE GOVERNO É o sistema de governo
Constitucionais (mas também se estendeu às
NO QUAL É APLICÁVEL típico de Repúblicas.
Repúblicas)
Presidente da República
CHEFE DE ESTADO Monarca ou Presidente.
(Chefe do Poder Executivo).
Presidente da República
CHEFE DE GOVERNO Primeiro-Ministro.
(Chefe do Poder Executivo).
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Formas e Sistemas de Governo II
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Há maior dependência entre os Poderes. Uma


RELAÇÃO PODER vez retirada a confiança do Parlamento no
São Poderes independentes
EXECUTIVO X PODER Primeiro-Ministro, ele é destituído. Da mesma
e harmônicos entre si.
LEGISLATIVO forma, o Chefe de Governo pode solicitar ao
Chefe de Estado a dissolução do Parlamento.
Não predeterminada, mas dura enquanto
DURAÇÃO DO
Predeterminada (no Brasil, o o Primeiro-Ministro dispor de confiança do
MANDATO DO CHEFE
período é de 4 anos) Parlamento, compreendida como o apoio de uma
DE GOVERNO
base majoritária
15m

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
2. “A Administração Pública gerencial constitui um avanço, e, até certo ponto, um rom-
pimento com a Administração Pública burocrática. Isso não significa, entretanto, que
negue todos os seus princípios. Pelo contrário, a Administração Pública gerencial está
apoiada na anterior, da qual conserva alguns de seus princípios fundamentais (...).”
A diferença fundamental da administração gerencial para a burocrática está:
a. no sistema de governo, que agora é basicamente parlamentarista.
b. na forma de estado, que agora tem como meta o bem comum.
c. no regime político, que agora é predominantemente democrático.
d. na forma de controle, que agora passa a ter foco nos resultados.
e. na forma de governo, que agora é essencialmente republicana.

COMENTÁRIO
A burocracia tem o seu registro em meados de 1930, com o Golpe de Getúlio Vargas.
Posteriormente, ele é eleito democraticamente. O gerencialismo foca nos resultados e a
burocracia no controle rígido de processos.

Governo do Brasil

União é a pessoa jurídica de Direito Público representante do Governo Federal no âmbito


interno e da República Federativa do Brasil no âmbito externo. É definida no artigo 18 da
Constituição Federal: “Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa
do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autôno-
mos, nos termos desta Constituição. “
ANOTAÇÕES

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O Governo Federal é o Poder Executivo no âmbito da União. No Brasil é sediado em


Brasília (DF) e é o responsável pelos interesses da Administração Federal em todo território
nacional. Tem como mandatário o Presidente da República. Cabe ressaltar, que não existe
hierarquia de leis entre, as criadas pela União e os Estados Membros da Federação, pois
existem competências (lei nacionais e leis federais).
O Brasil é uma república federativa constitucional presidencialista, de forma adotada em
1889. O Estado brasileiro está organizado em três Poderes: o Executivo, o Legislativo e o
Judiciário. Antigamente, o Ministério Público, a advocacia e a defensoria faziam parte do
Poder Executivo. Agora, são consideradas funções essenciais com autonomia.
20m
O Chefe do Poder Executivo (que acumula as funções de chefe de Estado e chefe de
Governo) é o Presidente da República. Segundo a Constituição da República Federativa do
Brasil, no Plebiscito que foi realizado no dia 21 de abril de 1993, disciplinado na Emenda
Constitucional n. 2, de 25 de agosto de 1992, foram mantidos a república e o presidencia-
lismo, como forma e sistema de governo, respectivamente.

TRAÇOS GERAIS DO ESTADO BRASILEIRO


Federativo: união permanente de estados não soberanos, mas autônomos.
FORMA Apenas o Estado detém soberania, o governo não a detém, logo os
representantes de governo não têm soberania.
Estado democrático de direito: fundamenta-se em um ordenamento jurídico
democrático, com eleições livres e periódicas para a escolha do Governo, bem
TIPO
como há um ordenamento jurídico constitucional e legal, independência entre
Poderes e existência de direitos e garantias individuais.
25m
Presidencialista: o chefe do Poder Executivo é eleito pelo povo, para governar
SISTEMA DE GOVERNO
por um prazo fixo e predeterminado.
República: governante (Chefe do Poder Executivo) é eleito pelo povo para um
FORMA DE GOVERNO
mandato de 4 anos.
Democracia semidireta: o poder do povo é exercido por meio de
REGIME POLÍTICO representantes eleitos (indireta), havendo, simultaneamente, a possibilidade de
participação popular direta através de plebiscito, referendo e iniciativa popular.
ANOTAÇÕES

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
3. Assinale a alternativa correta.
a. O Brasil é uma República porque o Chefe de Estado é eleito pelo povo, por período
de tempo determinado. É Parlamentarista porque o presidente da República é Chefe
de Estado e também Chefe de governo. É Federativa porque os Estados não têm
autonomia política.
b. A União está divida em três poderes, dependentes e harmônicos entre si: o Legisla-
tivo, que elabora leis; o Executivo, que atua na execução de programas ou prestação
de serviço público; e o Poder Judiciário, que cujo objetivo é legislar.
c. O Brasil tem um sistema bipartidário, ou seja, admite a formação legal de dois partidos
políticos. O partido político é uma associação voluntária de pessoas que decidem entre
esquerda e direita, que tem como objetivo influenciar e fazer parte do poder político.
30m
d. O Brasil é uma República Federativa Presidencialista, formada pela União, Estados,
Distrito Federal e municípios, em que o exercício do poder é atribuído a órgãos dis-
tintos e independentes, submetidos a um sistema de controle para garantir o cumpri-
mento das leis e da Constituição.
e. O Brasil é uma República Federativa Parlamentarista, formada pela União, Estados,
Distrito Federal e municípios, em que o exercício do poder é atribuído a órgãos dis-
tintos e independentes, submetidos a um sistema de controle para garantir o cumpri-
mento das leis e da Constituição.

GABARITO
1. e
2. d
3. d

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Formas e Sistemas de Governo III
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FORMAS E SISTEMAS DE GOVERNO III

FORMAS E SISTEMAS DE GOVERNO

Divisão Política do Brasil

O tipo de governo no Brasil é a República Federativa, constituída por 26 Estados, 1


Distrito Federal e 5565 Municípios. O Distrito Federal está localizado aproximadamente no
centro do território brasileiro, e abriga Brasília, a capital nacional.
A independência política do Brasil ocorreu no dia 7 de setembro de 1822, data em que
foram rompidos os laços coloniais com Portugal. A mesma data, 7 de setembro, é feriado
nacional no Brasil.
A Constituição vigente no Brasil é nova, datando de 5 de outubro de 1988, e foi elaborada
pouco depois do término do período da Ditadura Militar, que governou o país de 1964 a 1984.
Atualmente, o voto nas eleições é secreto e obrigatório para todos os brasileiros entre 18 e
70 anos, sendo facultativo apenas para os analfabetos, pessoas acima de 70 anos e jovens
de 16 ou 17 anos. O voto é eletrônico e biométrico.

Divisão Política do Brasil – Poder Executivo

O Poder Executivo está representado na pessoa do Presidente da República e seu Gabi-


nete de Ministros e Secretários. É eleito pelo voto direto, e exerce o mandato por 4 anos, com
possibilidade de uma reeleição em sequência. O Gabinete de Ministros é nomeado pessoal e
exclusivamente pelo Presidente, bem como as secretarias de primeiro escalão.
Fazem parte da administração pública os entes administrativos criados por lei dentro
das pessoas jurídicas de direito público da união, estados, distrito federal e municípios. Esta
estrutura da administração pública é dividida em direta e indireta. A administração pública
direta é exercida por órgãos subordinados entre os entes gestores e a indireta é exercida por
pessoas jurídicas criadas por lei vinculadas aos gestores. A administração indireta é exercida
por autarquias, fundações públicas, empresas públicas ou sociedades de economia mista.
5m
Integram o Poder Executivo Federal diversas carreiras estruturadas de servidores públi-
cos, com ingresso via concurso público de provas e títulos, entre elas as de Diplomacia
(Diplomatas), Militares (Forças Armadas do Brasil), Ciclo de Gestão (Especialista em Políti-
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Formas e Sistemas de Governo III
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cas Públicas, Analistas de Orçamento e Planejamento, Analistas de Comércio Exterior, Téc-


nico do IPEA, Analista de Finanças e Controle, Analista do Banco Central do Brasil, Analistas
e Inspetores da CVM, Analista da SUSEP, Analista Técnico de Políticas Sociais), Auditores
Fiscais (Receita Federal, Previdência Social e Ministério do Trabalho), Segurança Pública
(Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal) e Regulação Federal (Especialista em Regula-
ção das Agências Reguladoras Federais – ANATEL, ANCINE, ANEEL, ANP, ANAC, ANTAQ,
ANTT, ANVISA, ANS e ANA).
Há, ainda, os servidores não estruturados em carreiras (integrantes do Plano de Classi-
ficação de Cargos em 1970), temporários, empregados públicos (celetistas) e terceirizados
via convênio.

Divisão Política do Brasil – Poder Legislativo

O Poder Legislativo, representado pelo Congresso Nacional, é exercido pela Câmara


de Deputados e pelo Senado. Cada estado da União é representado por três Senadores da
República, eleitos em votação majoritária e as cadeiras na Câmara de Deputados são divi-
didas de acordo com a população de cada estado, sendo os deputados eleitos por votação
proporcional.
O mandato dos Senadores é de 8 anos, e a cada quatro anos há uma eleição, por meio
da qual são renovados 1/3 e 2/3 da Câmara, alternadamente. O mandato dos Deputados
Federais é de quatro anos.

Divisão Política do Brasil – Poder Judiciário


10m

O Poder Judiciário do Brasil está dividido em quatro áreas jurisdicionais: justiça comum,
justiça do trabalho, justiça eleitoral e justiça militar. Cada uma dessas áreas jurídicas é orga-
nizada, no Brasil, em duas entrâncias e uma instância superior, colegiadas por Tribunais
superiores compostos por ministros. A Justiça Militar é a única diferente, com primeira e
segunda instância.
O Supremo Tribunal Federal conta com 11 ministros apontados pelo Presidente da Repú-
blica e aprovados pelo Senado. É a instância máxima do poder judiciário, e suas decisões
versam sobre questões pertinentes ao direito constitucional.
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A justiça comum tem como órgão máximo da união o Superior Tribunal de Justiça. Abaixo
dessa corte, existe os tribunais regionais federais como instituição de segunda entrância, e
em cada estado existem juízes federais que formam os órgãos de primeira instância. Na jus-
tiça federal, são julgadas matérias de direito público relativas a união. As matérias de direito
privado são julgadas na justiça estadual tendo como órgão máximo os Tribunais de Justiça. A
justiça estadual também é responsável pelo julgamento das matérias de direito público rela-
tivos aos órgãos da administração pública do estado a que faz parte.
A justiça do Trabalho tem como órgão máximo da união o Tribunal Superior do Trabalho,
a justiça eleitoral tem como órgão máximo da união o Tribunal Superior Eleitoral, a justiça
militar tem como órgão máximo da união o Superior Tribunal Militar e os Tribunais Federais
Regionais, cujos juízes ocupam o cargo em caráter vitalício.

Funções Essenciais à Justiça

Não corresponde ao quarto poder. É autônomo e não se vincula a nenhum dos poderes.

• Ministério Público;
• Advocacia Pública: trabalha defendendo os interesses da administração pública;
• Advocacia: defendem interesses de particulares;
• Defensoria Pública.

Formas de Estado

Por formas de Estado, entendemos a maneira pela qual o Estado organiza o povo, o ter-
ritório e estrutura o seu poder relativamente a outros de igual natureza (Poder Político: Sobe-
rania e Autonomia), que a ele ficarão coordenados ou subordinados. A posição recíproca
em que se encontram os elementos do Estado (povo, território e poder político) caracteriza
a forma de Estado (Unitário, Federado ou Confederado). Nosso estado tem forma federada,
com autonomia entre os entes federados, sem hierarquia entre eles.
15m
Não se confundem, assim, as formas de Estado com as Formas de Governo. Esta última
indica a posição recíproca em que se encontram os diversos órgãos do Estado ou “a forma de
uma comunidade política organizar seu governo ou estabelecer a diferenciação entre gover-
nantes e governados”, a partir da resposta a alguns problemas básicos – o da legitimidade,
o da participação dos cidadãos, o da liberdade política e o da unidade ou divisão do poder.
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O PULO DO GATO
Há poucas questões sobre o tema estudado agora, mas é importante não fazer confusão.

As formas de Estado levam em consideração a composição geral do Estado, a estrutura


do poder, sua unidade, distribuição e competências no território do Estado. Examinando os
vários Estados, verificamos que, independentemente de seus sistemas de governo, apre-
sentam aspectos diversos concernentes à própria estrutura. Enquanto uns se apresentam
como um todo, isto é, como um poder que age homogeneamente e de igual modo sobre um
território, outros oferecem diferença no que se refere à distribuição e sua atuação na mesma
área. Pelo exposto, temos a mais importante divisão das formas de Estado, a saber. Estado
Simples e Estado Composto.
É fundamental observar como se exerce e/ou se distribui o poder político, isto é, a
Soberania.

• ESTADO UNITÁRIO
– PODER CENTRAL

• ESTADO COMPOSTO
– ESTADO UNITÁRIO (FORMAÇÃO HISTÓRICA)

• ESTADO REGIONAL
– MENOS CENTRALIZADO (Espanha/Itália)

• ESTADO FEDERAL
– VÁRIOS CENTROS AUTÔNOMOS DE PODER

Formas de Estado – Estado Unitário

O Estado Simples ou Unitário, de que a França é exemplo clássico, constitui a forma


típica do Estado propriamente dito, segundo a sua formulação histórica e doutrinária;
O poder central é exercido sobre todo o território sem as limitações impostas por outra
fonte do poder. Como se pode notar, é a unicidade do poder, seja na estrutura, seja no exer-
cício do mando, o que bem caracteriza esse tipo de Estado.
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Darcy Azambuja disserta: “O tipo puro do Estado Simples é aquele em que somente
existe um Poder Legislativo, um Poder Executivo e um Poder Judiciário, todos centrais, com
sede na Capital. Todas as autoridades executivas ou judiciárias que existem no território são
delegações do Poder Central, tiram dele sua força; é ele que as nomeia e lhes fixa as atribui-
ções. O Poder Legislativo de um Estado Simples é único, nenhum outro órgão existindo com
atribuições de fazer leis nesta ou naquela parte do território”.
Pelo fato de apresentar a centralização política, o Estado Unitário só tem uma fonte de
Poder, o que não impede a descentralização administrativa. Geralmente o Estado Simples,
divide-se em departamentos e comunas que gozam de relativa autonomia em relação aos
serviços de seus interesses, tudo, porém como uma delegação do Poder Central e não como
poder originário ou de auto-organização.
Queiroz Lima ao assegurar que: “O Estado Unitário é o Estado Padrão. A teoria clássica
da soberania nacional foi concebida em referência a essa forma normal de Estado, e as
características da soberania – unidade, indivisibilidade, imprescritibilidade e inalienabilidade
– só ao Estado Unitário se aplicam integralmente.”
20m
A Constituição de 1824 estabeleceu no Brasil o Estado Unitário, com o território dividido
em Províncias. Estas, a princípio, não tinham qualquer autonomia. Como a centralização do
poder era grande, com a magnitude do território veio a necessidade de certa descentraliza-
ção política, o que se fez com o Ato Adicional de 1834. As Províncias passaram a ter assem-
bleias legislativas próprias, continuando os seus presidentes a serem nomeados pelo Impe-
rador. Com isso, o unitarismo brasileiro teve um aspecto semifederal.

Formas de Estado – Estado Composto

Na forma composta, o Estado é sempre um, ou pelo menos, assim se apresenta na vida
internacional e também é formado por mais de um poder agindo sobre o mesmo território, de
maneira harmoniosa.
São consideradas formas compostas de Estado:

a) as Uniões (pessoal, real e incorporada);


b) as Confederações;
c) as Federações.
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Obs.: Além dessas, há outras formações políticas, como a Comunidade Britânica de Nações.

As Uniões: estas foram próprias do período monárquico, e, com o enfraquecimento deste,


já não oferecem interesse. As uniões originaram-se das circunstâncias políticas e sociais
então vigentes, e, desapareceram.
A União Pessoal: apresenta um único monarca. Estados gozam de autonomia no plano
interno e externo. Representam uma situação temporária. Ex.: Portugal e Espanha sob Felipe
II, Felipe III e Felipe IV
As Uniões: estas foram próprias do período monárquico, e, com o enfraquecimento deste,
já não oferecem interesse. As uniões originaram-se das circunstâncias políticas e sociais
então vigentes, e, desapareceram.
A União Real: embora cada Estado continue tendo autonomia interna, a vida internacio-
nal é comum, sob o poder de um só monarca. Ex.: Suécia e a Noruega, Áustria e a Hungria
durante muitos anos.
As Uniões: estas foram próprias do período monárquico, e, com o enfraquecimento deste,
já não oferecem interesse. As uniões originaram-se das circunstâncias políticas e sociais
então vigentes, e, desapareceram.
A União Incorporada: Estados desaparecem para constituir um terceiro, o que significa a
criação de um novo Estado. Os antigos reinos da Inglaterra, Escócia e Irlanda, eram indepen-
dentes, passando posteriormente a formar a monarquia britânica.
As Confederações:

• formam mediante um Pacto entre Estados e não mediante uma Constituição;


25m
• são uma União permanente de Estados Soberanos que não perdem esse atributo;
• têm uma assembleia constituída por representantes dos Estados que a compõe;
• não se apresentam como um poder subordinante, pois, as decisões de tal órgão só
são válidas quando ratificadas pelos Estados Confederados;
• cada Estado permanece com sua própria soberania, o que outorga a Confederação
um caráter de instabilidade devido ao Direito de Separação (secessão).

Além de uma assembleia representativa dos Estados, em que todos se assentam em


condições de igualdade, há quase sempre um poder executivo comum, geralmente um coor-
denador militar, dado que o objetivo normal das Confederações é a defesa externa.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Formas e Sistemas de Governo III
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Como a Confederação não possui um aparelho coativo capaz de impor as próprias deci-
sões, o meio de que se utiliza para coibir os conflitos entre os Estados componentes é a orga-
nização de um sistema de arbitragem, cujos processos variavam imensamente. Em muitos
casos, o membro rebelde da Confederação sofria numerosas represálias, como a pressão
diplomática, o bloqueio militar, o boicote comercial, medidas que podiam chegar a alterações
substanciais na vida interna do país excluído.
A mais importante das confederações foi a. Suíça, que se iniciou com um tratado entre
três Cantões, em 1291, tendo passado por várias mudanças, porém conseguindo subsistir,
até que se estabeleceu a União Federal em 1848.

Formas de Estado – Estado Federal

É aquele que se divide em províncias politicamente autônomas, possuindo duas fontes


paralelas de Direito Público, uma Nacional e outra Provincial. Exemplos: Brasil, EUA, México,
Argentina são estados federais.
O fato de se exercer harmônica e simultaneamente sobre o mesmo território e sobre as
mesmas pessoas a ação pública de dois governos distintos (federal e estadual) é o que jus-
tamente caracteriza o Estado Federal.
Queiroz Lima: define o Estado Federal como um estado formado pela União de vários
estados; “É um Estado de Estados”.
Esta definição se ajusta a um conceito de Direito Público interno, o qual tem por objetivo o
estudo das unidades estatais na sua estrutura intima. Devemos ressaltar que o Estado Fede-
ral se projeta como Unidade não como Pluralidade.
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A forma federativa moderna se estruturou sobre bases de uma experiência bem-sucedida
norte-americana e não sobre bases teóricas.

Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Bruno Eduardo Martins.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição em vídeo pela leitura exclusiva deste
material.
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Formas e Sistemas de Governo IV
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FORMAS E SISTEMAS DE GOVERNO IV

FORMAS DE ESTADO

Estado Federal

É aquele que se divide em províncias politicamente autônomas, possuindo duas fontes parale-
las de Direito Público, uma Nacional e outra provincial. Exemplos: Brasil, EUA, México e Argentina.
O exercício harmônico e simultâneo sobre o mesmo território e sobre as mesmas pes-
soas da ação pública de dois governos distintos (federal e estadual) é justamente o que
caracteriza o Estado Federal.
Queiroz Lima define o Estado Federal como um estado formado pela União de vários
estados. “É um Estado de Estados”.
Essa definição ajusta-se a um conceito advindo do Direito Público interno, o qual tem por
objetivo o estudo das unidades estatais na sua estrutura íntima.
Deve-se ressaltar que o Estado Federal projeta-se como Unidade, não como Pluralidade.
A forma federativa moderna estruturou-se sobre bases de uma experiência norte-ameri-
cana bem sucedida, e não sobre bases teóricas.
São características fundamentais do sistema federativo, segundo o modelo norte-americano

• Distribuição do poder do governo em dois planos harmônicos (federal e provincial).


– O governo federal exerce todos os poderes que expressamente lhe foram reserva-
dos na Constituição Federal, poderes esses que dizem respeito às relações inter-
nacionais da União ou aos interesses comuns das Unidades Federadas. Os Esta-
dos Membros exercem todos os poderes que não foram expressa ou implicitamente
reservados à União, e que não lhes foram vedados na Constituição Federal. Apenas
nos casos definidos de poderes concorrentes prevalece o princípio da superioridade
hierárquica do Governo Federal.

• Sistema Judiciarista
5m
– Consistente na maior amplitude e competência do poder judiciário, tendo na sua
cúpula um Supremo Tribunal Federal, que é o órgão de equilíbrio federativo e de
segurança da Ordem Constitucional.
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Formas e Sistemas de Governo IV
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• Composição bicameral do Poder Legislativo, realizando-se a representação nacional


na câmara dos deputados e a representação dos Estados Membros no Senado Fede-
ral. Tal representação é rigorosamente igualitária.

ATENÇÃO
É fundamental não confundir o Poder Legislativo da União com o dos estados e municípios,
ambos com características próprias.

• Constância dos princípios fundamentais da Federação e da República, sob as garan-


tias da imutabilidade desses princípios, da rigidez Constitucional e do instituto da
Intervenção Federal.

Estado Federal: Federalismo nos Estados Unidos


10m

A Constituição Norte-Americana de 1787 é o marco inicial do Moderno Federalismo.


As treze colônias que rejeitaram a dominação Britânica, em 1776, constituíram-se em
outros tantos Estados livres.
Verificou- se que o governo resultante dessa união confederal instável e precária não solu-
cionava os problemas internos, notadamente os de ordem econômica e militar. As legislações
conflitantes, as desconfianças internas, as rivalidades regionais ocasionavam o enfraqueci-
mento dos ideais nacionalistas e dificultavam sobremaneira o êxito da guerra de libertação.

Estado Federal: Federalismo brasileiro

O Federalismo Brasileiro é diferente e muito rígido, constituído em um sistema orgânico.


O Brasil Império era um Estado juridicamente unitário, mas na realidade era dividido em
províncias. Os primeiros sistemas administrativos adotados por Portugal foram as Governa-
dorias Gerais, as Feitorias, as Capitanias, escolhas que fatalmente encaminhariam a nação
brasileira para a forma federativa.
Quando o centralismo artificial do primeiro Império procurou violentar essa realidade, a
nação forçou a abdicação de D. Pedro I, impondo a reforma da Carta Imperial de 1824.
Contrariamente ao exemplo norte-americano, o federalismo brasileiro surgiu como resul-
tado fatal de um movimento de origem natural-histórica e não artificial.
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Deve-se a queda do Império mais ao ideal federativo do que ao ideal republicano.


A Constituição de 1891 estruturou o federalismo brasileiro segundo o modelo norte-a-
mericano. Ajustou um sistema jurídico constitucional estrangeiro a uma realidade completa-
mente diversa.
O Brasil, por suas próprias condições geográficas, tem vocação histórica para o federa-
lismo. A verdadeira imensidão territorial e diversidade de condições naturais forçaram uma
descentralização, que é a base do federalismo.
15m
O grande papel dos estadistas portugueses e da colônia foi manter a unidade territorial do
país. As causas sociais da origem do federalismo brasileiro são, portanto, visíveis. A própria
imensidão territorial tornou obrigatória uma descentralização do governo, a fim de manter a
pluralidade das condições regionais integradas na unidade nacional.
O federalismo ou Estado federal possui as características que se seguem.

• Território próprio
– Formado pelo conjunto dos Estados Membros.

• População Própria
– Está sujeita à organização do Estado Federal e dos Estados
- Membros, tendo direitos e deveres frente a um e a outro.

• Soberania própria
– Não estendida aos Estados Membros.

ATENÇÃO

Diferenciação entre Nação e Estado

• NAÇÃO
– “Conjunto homogêneo de pessoas ligadas entre si por vínculos permanentes de
sangue, idioma, religião, cultura e ideais.”

• ESTADO
– “Agrupamento humano, estabelecido em determinado território e submetido a um
poder soberano”. É a “nação politicamente organizada”. É representado pelo governo.
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Formas e Sistemas de Governo IV
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OBRAS DE REFERÊNCIA

• Administração Geral e Pública para concursos, de Renato Fenili.


– Oferece abordagem completa.

• Curso de Administração Pública, de José Matias Pereira.


– Apresenta foco nas Instituições e Ações Governamentais

• Administração Pública, de Augustinho Vicente Paludo.


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