O documento discute as atividades do Estado, incluindo a atividade financeira do Estado, as necessidades públicas e os serviços públicos. Ele também aborda os critérios políticos para a criação de serviços públicos e as características predominantes do fenômeno financeiro. Por fim, define Direito Financeiro e discute sua autonomia e relacionamento com outros ramos do Direito.
O documento discute as atividades do Estado, incluindo a atividade financeira do Estado, as necessidades públicas e os serviços públicos. Ele também aborda os critérios políticos para a criação de serviços públicos e as características predominantes do fenômeno financeiro. Por fim, define Direito Financeiro e discute sua autonomia e relacionamento com outros ramos do Direito.
O documento discute as atividades do Estado, incluindo a atividade financeira do Estado, as necessidades públicas e os serviços públicos. Ele também aborda os critérios políticos para a criação de serviços públicos e as características predominantes do fenômeno financeiro. Por fim, define Direito Financeiro e discute sua autonomia e relacionamento com outros ramos do Direito.
- Consiste em obter, criar, gerir e despender o dinheiro indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu aqueloutras pessoas de direito público. - Do ponto de vista econômico, cabe observar, embora expressa em algarismos de dinheiro, a atividade financeira desloca, do setor privado para o setor público, massa considerável de bens e serviços, retirando-os uns e outros ao consumo e ao investimento dos particulares. 2-) NECESSIDADES PÚBLICAS - A necessidade é pública quando, em determinado grupo social, costuma ser satisfeita pelo serviço público, ou seja, quando o Estado ou outra pessoa de direito público, para satisfazê-la, institui ou mantém, em regime jurídico e econômico especial, propício a sua obrigatoriedade, segurança, imparcialidade, regularidade ou continuidade, a cargo de seus agentes ou por delegação a pessoas sob sua supervisão. 3-) SERVIÇOS PÚBLICOS - Toda atividade cujo cumprimento deve ser assegurado, regulado e controlado pelos governantes, porque o cumprimento dessa atividade é indispensável à realização e ao desenvolvimento da interdependência social e reveste-se de tal natureza que não pode ser alcançada completamente senão pela intervenção da força governamental. - São os meios técnicos e jurídicos pelos quais, através de seus agentes e suas instalações, a pessoa de Direito Público interno, usando do poder estatal, busca atingir os fins que lhe atribuem as ideias políticas e morais da época. 4-) CRITÉRIO POLÍTICO PARA A CRIAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS - Determinadas necessidades coletivas são consideradas públicas em determinada época, ou em certo país, e não se revestem desse aspecto em outra época ou noutro país. É que a medida das intervenções do Estado, na vida humana, varia de país para país e até no mesmo país, conforme a época, as tradições, as instituições políticas, sendo menores nos países de inclinações individualistas ou de fortes iniciativas individuais, apresentando- se maiores nos países de acentuado paternalismo governamental ou de ásperas tradições estatais. - Tal variedade de medida obedece a critérios políticos ou históricos. Todavia, na fase contemporânea, registra-se universal inclinação para a hipertrofia da intervenção do Estado em quase todos os campos de ação humana e, consequentemente, multiplicação das necessidades públicas satisfeitas pelo processo de serviço público, a exigir mais intensa atividade financeira do organismo governamental. 5-) CARACTERES PREDOMINANTES DO FENÔMENO FINANCEIRO - Processo de repartição do custo do financiamento do Estado ou de outras pessoas de direito público, que se distingue dos métodos da economia privada, porque repousa no princípio da capacidade contributiva e no da máxima conveniência social. - A redistribuição da renda nacional resulta desse processo de repartição dos encargos públicos. - O caráter coativo desse processo, graças a institutos políticos e jurídicos, marcam a ação do Estado, no campo econômico, para obtenção dos recursos necessários a seus fins. 6-) CONCEITO DE DIREITO FINANCEIRO - É o ramo do Direito Público que estuda a atividade financeira do Estado, sob o ponto de vista jurídico. Disciplina normativamente toda a atividade financeira do Estado, compreendida em receita, despesa, orçamento e crédito público. 7-) AUTONOMIA DO DIREITO FINANCEIRO - Consagrada no art. 24, I, CF, além de possuir princípios jurídicos específicos, não aplicáveis a outros ramos do Direito. - Cabe acrescentar que, nos termos do art. 30, II, CF, cabe aos Municípios suplementar a legislação federal e estadual, no que couber, o que demonstra a possibilidade da entidade política local dispor sobre normas de Direito Financeiro. - É importante ressaltar que a União estabelece normas gerais, o que exclui a competência suplementar dos Estados, bem como, inexistindo normas gerais editadas pela União, os Estados exercerão a competência legislativa plena, ficando suspensa a eficácia da lei estadual na hipótese de superveniência da lei federal dispondo em sentido contrário, nos termos do art. 24 da CF. 8-) RELACIONAMENTO COM OS DEMAIS RAMOS DO DIREITO - Possui estreitas relações com os seguintes ramos: a-) Direito Constitucional – por representar o tronco da árvore jurídica, a base elementar do Direito. b-) Direito Administrativos – donde se destacou, mantendo com ele conexões de gênero para espécie. c-) Direito Tributário – que dele se separou, para o estudo específico de uma parte da receita, à luz de princípios próprios que regem as relações entre o fisco e o contribuinte. REFERÊNCIAS: CARNEIRO, Cláudio. Curso de Direito Tributário e Financeiro. SP: Saraiva, 2020. HARADA, Kyioshi. Manual de Direito Financeiro e Tributário. SP: Atlas, 2021. PASCOAL, Valdecir. Direito Financeiro e Controle Externo. RJ: Método, 2019.