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As faces do

totalitarismo
Profa.: Lays Mendes Silva
Alexis de
Tocqueville
Nesta aula
veremos Ortega y Gasset

Herbert Marcuse

Lays Mendes
Formas de governo
Desde Platão, há uma forte análise dos regimes políticos e o que ocorre quando elas
se corrompem.

O governo de um só, se respeitado é uma MONARQUIA. Se desrespeitado, é uma


TIRANIA.
Uma aristocracia, se corrompida, é uma OLIGARQUIA (o poder é exercido por um
pequeno grupo de pessoas, pertencentes ao mesmo partido, classe ou família.).
Uma democracia, se corrompida, é uma DEMAGOGIA (claro interesse em
manipular a massa popular).

Mas o TOTALITARISMO é uma forma diferente de corrupção de


todas as demais.
Sobre o Totalitarismo

O totalitarismo é um regime distinto de uma mera


corrupção no sistema, de uma oligarquia ou de uma tirania.

O regime totalitário apresenta, como característica, uma


degradação de caráter inédita e, justamente por isso, é
mais grave e perigosa.
Hannah Arendt
- (1906-1975), Alemanha.
OBRA: As origens do totalitarismo.

Analisa os exemplos de dois polos


distintos: a Alemanha nazista e a União
Soviética (URSS).
Para ela, o totalitarismo se constitui como
uma forma inédita de poder político no
séc. XX, legitimado por ideologias radicais,
como a discussão biologizante de raças
(caráter racista) ou das lutas de classes,
baseados nos princípios marxistas.
Hannah Arendt CARACTERÍSTICAS DO
REGIME TOTALITÁRIO
1. Qualquer tentativa que saia dos parametros ideológicos
estabelecidos não será apenas uma mera opinião, mas
uma afronta à verdade daqueles que representam o
regime vigente.
2. O totalitarismo se baseia na anulação total da
liberdade, tida como perigosa para a ordem social.
3. Destrói, de forma radical, todo o espaço público,
invadindo assim a vida do indivíduo totalmente.
4. Um dos caminhos do totalitarismo é o isolamento das
pessoas, destruindo os espaços compartilhados por
todos.
5. Isolamento e solidão da vida humana.
André Comte-Sponville

"O totalitarismo constitui um sistema


político em que todos os poderes
pertencem de fato a um mesmo clã, que
impõe em toda parte sua ideologia, sua
organização, seus homens. Reina
geralmente em nome do bem e da
verdade, governa pela mentira e pelo
terror".
André Comte-Sponville
André Comte-Sponville
Comte-Spoville aponta que a palavra
"totalitarismo" passou a ser utilizada na década
de 20 para designar as semelhanças entre os
regimes ditatoriais nazistas e comunistas.
Também traz semelhanças entre os dois
regimes, que seriam:
1. Partido de massa;
2. Ideologia do Estado;
3. Controle total dos meios de comunicação e
propaganda;
4. Ausência da liberdade individual;
5. Regime policial com campos de concentração.
André Comte-Sponville
Aponta que os campos de concentração se destoavam entre um regime e outro.

Elazar Barkan, professor da Universidade de Columbia, aponta que o nazismo é


um regime único, com um projeto de extermínio de populações.

Lembra ainda que o nazismo foi o único regime a implementar verdadeiros


campos de extermínio, que resultaram na morte de milhões. No regime de
Stalin, havia campos de trabalho forçado e os prisioneiros viviam em
condições degradantes, mas não havia câmaras de gás e uma política de
extermínio em massa como no regime nazista.

No regime stalinista, matava-se pela oposição ao governo. No regime nazista,


matava-se pelo simples fato de nascer dentro de uma determinada categoria
biológica.
Albert Camus, o filósofo do absurdo
(1913-1960), Argélia.
Existencialista, adota a filosofia e a estética do
absurdo, que diz que há uma tendência
humana de buscar significado à vida. No
entanto, há um conflito quando isso ocorre, já
que seria “humanamente impossível” de
encontrá-lo.

Ele faz uma análise do espírito no ensaio O


homem revoltado e aponta que toda tentativa
ou ambição de alcançar um absoluto termina em
injustiça. A revolução pode ter intenções
generosas, mas ao substituir o homem por um
homem abstrato nega a realidade tal como ela é,
indo em direção à destruição.
Indicação de filme

A Onda (Die Welle) - (2008)

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